Edição 615 | Ano IV

Montevidéu / Uruguai
Governo afirma que não há risco de recessão no Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem, dia 19/12, em Montevidéu, no Uruguai, que "não há risco de recessão" no Brasil, apesar da desaceleração econômica nos últimos meses. "Nunca ouvi dizer que um crescimento de 3%, 3,5% fosse recessão", disse Mantega, que está na capital uruguaia para a 42ª Cúpula do Mercosul. "O que houve foi uma desaceleração, mas já estamos em trajetória de crescimento", afirmou.
Dados do IBGE mostram que a economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre. O crescimento nulo fez o governo admitir que a expansão do PIB de 2011 será menor os 3,8% inicialmente esperados. Mantega fez as declarações após se reunir com ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais dos demais países que integram plenamente o Mercosul (Uruguai, Argentina e Paraguai, além do Brasil).
A cúpula dos chefes de Estado terá início nesta terça-feira. A presidente Dilma Rousseff chegará a Montevidéu às 11h30, onde se encontrará com os colegas da Argentina, Cristina Kirchner, do Paraguai, Fernando Lugo e o anfitrião uruguaio, José Mujica. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, também é esperado.
Imposto de importação - Mantega também confirmou que "está sendo discutida uma lista com cem novos itens a ser taxados com a tarifa máxima da TEC (Tarifa Externa Comum), de 35%", o que dificultaria a entrada de determinados produtos estrangeiros no bloco. "A Argentina pede 200 para impedir que entrem produtos de fora do Mercosul", disse o ministro da Fazenda. Uma das grandes preocupações de agentes econômicos é que a China redirecione ao Mercosul os produtos que não conseguirá vender nos mercados europeu e americano, mais afetados pela crise.
Mantega afirmou ainda que não se permitirá uma nova valorização do real, como quando "o dólar chegou a R$ 1,50, R$ 1,55 há alguns meses". "É muito prejudicial para a indústria brasileira quando o real se valoriza, porque encarece a mercadoria brasileira (no mercado externo). A gente vai forçar para que haja um dólar mais valorizado, não há patamar, nem limite inferior nem superior", disse.
Sobre a crise - De acordo com Mantega, os ministros fizeram uma avaliação da crise internacional e sua repercussão nos países latino-americanos. O ministro lembrou que os países do Mercosul são em sua maioria "exportadores de commodities, e as commodities até agora estão indo bem", avaliou.
Apesar disso, ele disse que estão sendo estudados mecanismos de retaguarda financeira para o caso de a crise internacional se aprofundar. Mantega disse também será acelerada a implementação do Banco do Sul.

 
São Paulo / SP
Austeridade fiscal prematura pode gerar nova recessão mundial
A adoção prematura de programas de austeridade fiscal pelos governos de países desenvolvidos pode levar a economia mundial a uma nova recessão, de acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Segundo o órgão, se essas nações continuarem adotando medidas para reduzir gastos e aumentar a arrecadação, terão fracassado em aprender as lições trazidas pela década de 1930, quando os EUA usaram esse tipo de estratégia cedo demais e acabaram provocando uma forte recessão nos anos de 1937 e 1938.
De acordo com a Unctad, nos últimos anos a maioria dos países desenvolvidos tentou estimular a confiança do setor privado interrompendo ou revertendo as políticas de aumento nos gastos públicos implementadas após a mais recente crise, mas claramente essa estratégia não funcionou, já que os indicadores sugerem a possibilidade de uma "recessão plena" em algumas dessas nações em 2012. "O círculo vicioso induzido pela contração fiscal, pela fraqueza das instituições financeiras e pela fragilidade financeira das famílias está alimentando uma crise de confiança e pesando sobre os investimentos e a criação de empregos nos setores público e privado", afirmou o órgão, acrescentando que a recessão nas economias desenvolvidas provavelmente afetará "todos os países" e que as nações em desenvolvimento deveriam se preparar para isso.
A Unctad afirmou ainda que a diferença nas taxas de juros dos bônus dos países da zona do euro não são resultado de déficits orçamentários ou níveis de endividamento maiores ou menores. "O spread reflete principalmente um risco cambial em vez do risco genuíno de um default soberano. Os país vulneráveis da zona do euro não emitem a moeda com a qual se endividam e não possuem um credor confiável a quem possam recorrer." O órgão também recomendou aos países desenvolvidos que "evitem a intensificação das medidas de austeridade porque dificilmente elas produzirão os efeitos desejados e podem levar o mundo a uma nova recessão ou até mesmo a uma depressão". (Agência Dow Jones)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das bolsas europeias e fechamento das asiáticas:

Londres / Inglaterra
Bolsas da Europa sobem com ajuda de indicador alemão
As bolsas europeias operam em alta neste momento, com ajuda do índice bom sobre o sentimento das empresas da Alemanha, embora ainda pese sobre os mercados a decisão dos ministros de Finanças europeus de ampliar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em um valor abaixo das expectativas. Londres apresenta queda, com destaque para as ações da AstraZeneca. Às 8h08 (de Brasília), Londres caía 0,07%, mas Paris subia 0,90% e Frankfurt avançava 0,89%.
Após uma teleconferência ontem, os ministros europeus confirmaram planos para contribuir com 150 bilhões de euros em empréstimos bilaterais adicionais para o FMI, mas o valor é menor do que os 200 bilhões de euros esperados inicialmente em razão de resistência política. O Reino Unido decidiu não colaborar, argumentando que qualquer recurso adicional para o FMI deveria fazer parte de um acordo global.
- Em Londres, AstraZeneca caía 2,32%, depois de anunciar que terá um encargo antes de impostos de US$ 381,5 milhões no quarto trimestre deste ano em consequência do desempenho fraco de dois de seus medicamentos em testes. A companhia farmacêutica confirmou sua expectativa de que os ganhos principais por ação em todo o ano fiquem entre US$ 7,20 e US$ 7,40, mas alertou que o valor final provavelmente estará no piso da faixa.
Enquanto isso, Deutsche Telekom recuava 1,94% em Frankfurt, em seguida ao anúncio da AT&T ontem de que encerrou as negociações para comprar a T-Mobile USA, subsidiária da Deutsche Telekom na área de telefonia celular nos EUA. Entre outros fatores negativos para as bolsas, ainda há ameaças de rebaixamentos de ratings de países da zona do euro e preocupa os investidores os comentários pessimistas feitos ontem pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
- Por outro lado, o índice IFO sobre o sentimento das empresas da Alemanha subiu para 107,2 em dezembro, de 106,6 em novembro. "Isso sinaliza alguma estabilização na atividade de negócios, depois da moderação observada desde o começo de 2011", comentaram analistas da Newedge, destacando que, no geral, o cenário para a economia alemã está moderadamente encorajador.


Tóquio / Japão
Maioria das Bolsas da Ásia sobe por caça a barganhas
A maioria das Bolsas de Valores asiáticas fechou em alta nesta terça-feira, dia 20/12, mas a confiança do mercado permaneceu frágil por temores de que os esforços para conter a crise de dívida da zona do euro estejam falhando e de que regras mais duras para fortalecer o capital dos bancos possam reduzir seus lucros.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,24% às 7h32, após declínio de 2,9% no dia anterior. O índice de Seul foi destaque, encerrando em alta de 0,91%, após tombo de 5% por causa da notícia da morte de Kim.
- Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,49%, saindo da mínima em três semanas atingida na
- O mercado teve variação positiva de 0,06% na Bolsa de Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan ganhou 0,44%.
- Enquanto o índice referencial da Bolsa de Xangai recuou 0,10%.
- A Bolsa de Cingapura retrocedeu 0,14%.
- A Bolsa de Sydney fechou com desvalorização de 0,18%.
Análise - O humor nos mercados da Ásia já era avesso a riscos após a morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, que gerou receios de instabilidade na região e desencadeou a venda de ativos de maior risco na segunda-feira, com os investidores transferindo dinheiro para a segurança do dólar. Profissionais do mercado disseram que os volumes baixos de negócios antes das festas de fim de ano podem exacerbar as oscilações de preços, mas que é improvável uma outra perda forte até que haja outro catalisador, como rebaixamentos de ratings soberanos na zona do euro. "Não é nada mais que recompras em um mercado vendido, dadas as poucas notícias positivas para recuperar a confiança", disse Makoto Noji, estrategista sêniro da SMBC Nikko Securities. Por outro lado, as vendas induzidas pelos problemas de dívida da Europa baratearam algumas ações asiáticas, como as dos bancos chineses, enquanto sinais de uma melhora na economia dos Estados Unidos levaram alguns gestores de capital dos EUA a aumentarem a posse de ações.


ONTEM – Resultados das principais bolsas do mundo: NY, Bovespa e Europeias


São Paulo / SP

Bovespa cai pelo quarto dia, com mais pessimismo por Europa
A Bovespa teve nesta segunda-feira a quarta baixa seguida, em dia de exercício de opções, impactada por declarações do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, e pelo comportamento negativo das blue chips Vale e Petrobras.
- O Ibovespa caiu 1,42%, a 55.298 pontos.
- O giro financeiro da sessão foi de R$ 9,26 bilhões, impactado pelo vencimento de opções sobre ações, que movimentou R$ 4,01 bilhões.
Análise 1 - "A Bolsa abriu em alta e reverteu com os comentários do BCE tirando a esperança do mercado", afirmou a chefe de gestão de fortunas da Mirae Securities, Luciana Pazos. "A situação é bastante complexa e tira a esperança de um rali de fim de ano", completou. Draghi disse esperar que a economia da zona do euro se recupere muito gradualmente em 2012. Além disso, a instituição alertou que os riscos à estabilidade financeira na região cresceram consideravelmente no segundo semestre, apontando de forma mais clara para a preocupação com os efeitos de contágio. Luciana lembrou que os ativos brasileiros estão baratos, o que poderia atrair os investidores, mas o cenário impede uma onda compradora. "Como tem incertezas em todos os blocos - redução do crescimento na China, crise na Europa e os EUA sem uma recuperação mais rigorosa - o mercado fica bem sensível, com reação exagerada a qualquer notícia", ressaltou.
Análise 2 - No Ibovespa, pesaram as blue chips e o setor de construção. Gafisa desabou 12,97%, a R$ 4,43, com preocupações dos investidores sobre seu endividamento. Em mineração, a preferencial da Vale caiu 1,76%, a R$ 36,80, enquanto MMX perdeu 3,4%, a R$ 6,26. Em siderurgia, a Gerdau Metalúrgica desvalorizou 3,69%, a R$ 16,96. No setor de petróleo, a preferencial da Petrobras caiu 0,85%, a R$ 21,12, enquanto OGX recuou 1,39%, a R$ 12,77. Na outra ponta, Klabin registrou a maior alta do dia, de 2,48%, a R$ 7,45.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em queda
Os investidores no pregão nova-iorquino de ontem, dia 19/12, aceleraram as perdas na reta final da jornada depois que os ministros de Finanças da eurozona não foram capazes de fechar um acordo para aumentar até 200 bilhões de euros as contribuições para o Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoiar os países da região em problemas.
- O índice Dow Jones Industrial da Bolsa de Nova Iorque fechou nesta segunda-feira em baixa de 0,84%, aos 11.766,26 pontos.
- Já o seletivo S&P 500 retrocedeu 1,17% e o índice composto do mercado Nasdaq perdeu 1,26%.
Análise 1 - Ao final de uma esperada conferência telefônica, os ministros de Finanças ratificaram seu compromisso de fornecer em forma de empréstimos bilaterais 150 bilhões de euros ao FMI, segundo assinalou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. No final do pregão, todos os setores fecharam em vermelho, liderados pelo de matérias-primas, que perdeu 2,06% em seu conjunto, seguido pelo financeiro (-1,78%), o energético (-1,58%) e o de transportes (-1,75%), entre outros. A maioria dos componentes do Dow Jones terminaram o dia em negativo, liderados pelo Bank of America (-4,13%) e pelo JPMorgan Chase (-3,73%).
Análise 2 - As farmacêuticas Pfizer e Merck lideraram os tímidos avanços no índice de referência de Wall Street, com altas de 0,61% e 0,52% respectivamente. No mercado Nasdaq, o portal Yahoo! fechou em queda de 2,21%, o site de leilões eBay perdeu 2,07%, a Microsoft retrocedeu 1,85%, o Google caiu 0,66%, enquanto a Apple terminou com um ligeiro avanço de 0,31%. Em outros mercados, o petróleo subiu para US$ 93,80 por barril, o ouro retrocedeu a US$ 1.595,4 a onça, o dólar ganhava terreno perante o euro (que fechou cotado a US$ 1,2995) e a rentabilidade da dívida pública americano a dez anos descia para 1,1%.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham pregões quase estáveis
O principal índice de ações da Europa fechou perto da estabilidade nos pregões de ontem, dia 19/12, em meio a um menor volume de negócios, com as mineradoras entre as maiores baixas após fracos dados sobre o setor imobiliário chinês alimentarem preocupações com a demanda. Também pesou o novo enfraquecimento do otimismo com uma solução para a crise de dívida soberana da zona do euro.
- O FTSEurofirst 300, referência para o mercado acionário da região, teve leve alta de 0,06%, para 957 pontos. Dados preliminares indicavam antes uma leve queda.
- Em Londres, o índice Financial Times cedeu 0,41%, a 5.365 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX baixou 0,54%, para 5.671 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 subiu 0,06%, a 2.974 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib declinou 0,16%, para 14.548 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve queda de 0,6%, a 8.253 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 avançou 0,19%, para 5.328 pontos.
Análise 1 - As mineradoras perderam terreno, com o índice STOXX Europe 600 Basic Resources Index em queda de 1%. Sinais de que o mercado imobiliário está esfriando na China, principal consumidor de metais do mundo, pioraram a perspectiva para a demanda dos metais industriais e pesou sobre o sentimento do mercado. Na zona do euro, ministros de finanças europeus estão tentando aperfeiçoar o arsenal do FMI (Fundo Monetário Internacional) e pressionam para uma orientação por regras fiscais mais duras, mas cresceram as dúvidas sobre o plano da UE e estrategistas dizem que os benefícios levariam longo tempo para se materializar. "É muito longo prazo", disse o diretor de ações internacionais da Legal & General, Ian King. "O foco do mercado está no curto prazo."
Análise 2 - O mercado também reagiu à conclusão divulgada pela agência de classificação de risco Fitch na sexta-feira, de que uma "solução abrangente" para a crise está tecnicamente e politicamente além do alcance. A agência alertou que seis economias da zona do euro, incluindo Itália e Espanha podem ser atingidas por rebaixamentos de rating de crédito no futuro próximo.

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Ford terá fábrica de motores na Bahia
A Ford vai construir uma segunda fábrica na Bahia, desta vez para a produção de motores. O prédio será instalado no complexo industrial de Camaçari, próximo à linha de montagem dos modelos Fiesta e EcoSport, e terá capacidade para 210 mil unidades ao ano. O investimento que será anunciado nesta terça-feira, 20, ao governador Jaques Wagner na cerimônia da instalação da pedra fundamental é de R$ 400 milhões. O novo projeto está inserido no plano de R$ 4,5 bilhões que o grupo vai aplicar no Brasil até 2015. Será a primeira fábrica de motores automotivos no Nordeste. A Ford também foi a primeira montadora a ter linha de produção na região, há dez anos.
Recentemente, a chinesa JAC Motors informou que também fará uma fábrica em Camaçari, vizinha à Ford. A Fiat escolheu Pernambuco para sua segunda unidade no País. A expectativa dos governos locais é de atrair outros projetos do setor para a região, que vem registrando forte crescimento econômico nos últimos anos. A Ford mantém sigilo sobre o motor que será fabricado na Bahia, mas adianta tratar-se de um produto global, "que traz avanços do ponto de vista do meio ambiente e eficiência energética", diz o diretor de assuntos corporativos da Ford América do Sul, Rogelio Golfarb.
É provável que seja uma família de motores com a tecnologia chamada pela matriz do grupo de EcoBoost, que chega à Europa no início de 2012. O motor poderá equipar o novo compacto que a marca fará em São Bernardo do Campo/SP até 2015. O investimento para esse automóvel global, de R$ 800 milhões, foi anunciado na semana passada. Sem dar detalhes, Golfarb informa tratar-se de um propulsor mais leve que os atuais e com agressiva relação peso e potência. "Esse motor vai fazer uma grande diferença para nós do ponto de vista competitivo", diz.
A Ford já tem uma unidade de motores, item considerado o coração do automóvel, em Tatuí/SP. Essa filial terá a capacidade produtiva ampliada de 250 mil para 500 mil unidades nos próximos cinco anos, com investimentos de R$ 500 milhões. Outras montadoras que estão construindo fábricas de motores no Brasil são a General Motors, em Florianópolis/SC, e a Mitsubishi, em Catalão/GO. O complexo que a Fiat terá em Goiana/PE também contemplará a produção de motores.
Segundo Golfarb, a nova linha em Camaçari vai ampliar o índice de componentes locais nos carros da marca. Hoje, os modelos Fiesta e EcoSport, produzidos na Bahia, têm 60% de conteúdo adquirido na própria região, levando-se em conta o valor do veículo. Ele lembra que muitos consultores apostavam que a fábrica baiana apenas faria a montagem das peças que viriam de outros Estados ou consideravam a operação inviável. "Nós sentimos orgulho por termos sido pioneiros e por termos criado uma tendência hoje seguida por outras companhias."
Carro global - Segundo Marcos de Oliveira, presidente da Ford Brasil e Mercosul, o novo projeto representa mais um passo na estratégia do grupo de ter 100% de sua linha de veículos no Brasil formada por produtos globais. Um dos frutos dessa estratégia, o novo EcoSport, foi totalmente desenvolvido no centro de engenharia que a Ford mantém na Bahia. O utilitário-esportivo será produzido em mais quatro países - sendo um deles a Índia, onde o veículo será apresentado no Salão do Automóvel de Nova Délhi em janeiro.
Paralelamente, a Ford do Brasil fará um evento em Brasília no dia 4 de janeiro para mostrar o novo EcoSport, mas o lançamento no mercado nacional está previsto para o segundo semestre de 2012. A companhia, contudo, trabalha para antecipar sua chegada às lojas. Golfarb ressalta que a Ford está consciente do ambiente competitivo brasileiro, com a chegada de novas fabricantes, e que "não ficará parada". De janeiro a novembro, a Ford vendeu 286,7 mil veículos no País, garantindo uma participação de 9,25% das vendas totais, fatia que era de 10,5% há um ano. (Agência Estado)


Da redação – São Paulo / SP
Iveco insere o Vertis no Programa Mais Alimentos
A Iveco passa a ofertar mais um modelo de sua linha de caminhões ao Programa Mais Alimentos a partir deste mês, com o maior desconto do programa em relação a todos os concorrentes do mercado.  São 13% de desconto em relação ao preço normal de lista de seus veículos.  Além de inserir o modelo Vertis 90V16, de 09 toneladas, a empresa já vinha ofertando a linha de caminhões leves Iveco Daily entre 3,5 e 7 toneladas ao Programa.
O Mais Alimentos faz parte do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com uma linha de crédito específica para financiar investimentos em infraestrutura das propriedades rurais e propiciar o aumento da produção e da produtividade.
Com o programa, os pequenos agricultores podem contar com uma linha de crédito especial com limite de R$ 130 mil e juros de 2% ao ano, três anos de carência e prazo para pagamento de até dez anos. Além do desconto especial de 13%, os veículos Iveco contam com garantia de 12 meses para a Linha Daily, sem limite de quilometragem, e 2 anos para o Iveco Vertis, sendo o segundo ano somente para o trem de força.
Trata-se de uma importante linha de crédito, onde as parcelas poderão ser pagas uma vez por ano, dependendo do tipo de cultivo do agricultor familiar. A expectativa da Iveco a partir de agora é de ampliar ainda mais as vendas aos proprietários rurais, fazendo com que concessionários divulguem mais amplamente os benefícios do Programa em suas respectivas regiões. Para ter acesso às informações da Iveco no Programa Mais Alimentos, basta ao agricultor procurar a concessionária Iveco mais próxima de sua cidade.


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AGROBUSINESS

 
Da redação – São Paulo / SP
Além da carne bovina, peixes, suínos e aves vão encarecer as festas
O frango resfriado é o segundo da lista dos que mais encareceram, 34,18%, com o quilo passando de R$ 3,95 para R$ 5,30, em média. Em seguida aparecem os típicos da época: chester e peru, que inflacionaram 22,88% e 12,24%, respectivamente. O quilo do primeiro saiu da média de R$ 9,44 no Natal passado para atuais R$ 11,60. Já o segundo, que custava cerca de R$ 10,33 em 2010, hoje está na casa dos R$ 12,10.
Embora a remuneração ao produtor tenha ficado 7,41% menor nos últimos 12 meses, a carne suína está até 9,63% mais cara ao consumidor de Campo Grande, segundo o Nepes. A costeleta fresca, por exemplo, fechou novembro em R$ 9,56, contra R$ 8,72 no ano passado.
A explicação para essa e para maioria das carnes adquiridas de criatórios, incluindo peixes de cativeiro, está nos preços das rações – as commodities milho e soja tiveram altas expressivas neste ano. "As indústrias estão dizendo que esses insumos subiram, em média, 30% no ano, e que estão repassando cerca de 14% disso ao consumidor", explica o pesquisador do Nepes, José Francisco dos Reis Neto.
O gerente de um dos açougues do Mercadão Municipal, Alfredo Kenji, diz que a alta foi realmente sentida, porém, a sazonalidade do pernil e outros cortes suínos no período, deve falar mais alto na hora da escolha do consumidor. "Independente do preço, essa época aumenta as vendas de três, quatro carcaças por dia, para de 10 a 15. Para o consumidor é tradição", relata.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – São Paulo / SP
Vinícola Salton amplia exportação para os EUA
Com o objetivo de fortalecer a marca e destacar o reconhecimento da qualidade dos seus produtos, a Vinícola Salton estabeleceu a partir da quinta-feira passada (15/12) mais um parceiro comercial. Agora, a empresa passa também a exportar seus produtos para os Estados Unidos. Junto à importadora A&M Imports, da cidade de Baltimore, a vinícola disponibilizará vinhos e espumantes da linha Premium para os consumidores norte-americanos.
Os EUA estão no caminho de se tornar o maior mercado consumidor de vinhos do mundo. Assim, a Salton investe neste comércio em expansão, atuando inicialmente nos principais estados na costa leste norte-americana e após, expandindo para outras regiões em potencial do país. “Apesar da extrema competitividade, os consumidores americanos ditam tendências e estão abertos a novidades. Os EUA representam um mercado importante para a Salton, que além do grande potencial de consumo traz visibilidade, inclusive no próprio Brasil”, avalia o coordenador de exportação da Vinícola, Vagner Montemaggiore.
Para garantir a sua fatia de mercado, a Salton chega aos Estados Unidos investindo fortemente no segmento On Trade, principalmente nas redes de Steak Houses. Com isso, os vinhos e espumantes Salton se tornam novas opções para os consumidores da região. “Esta é uma ótima oportunidade para intensificarmos a promoção da marca Salton no exterior. Estamos muito otimistas em relação à nova parceria com o mercado norte-americano”, atesta o diretor-presidente da vinícola, Daniel Salton.
Sobre a Vinícola Salton - A Vinícola Salton é reconhecida como uma das principais vinícolas do país, sendo líder na comercialização de espumantes no Brasil. Com unidade localizada no distrito de Tuiuty, em Bento Gonçalves/RS e São Paulo, a Salton recebe cerca de 70 mil visitantes por ano. Centenária e 100% brasileira, a empresa elabora vinhos, espumantes, frisantes, e suco de uva de altíssima qualidade. Além disso, a qualidade dos produtos da Salton é atestada pelas mais de 200 medalhas já conquistadas em premiações nacionais e internacionais de renome tais como a Expovinis (Brasil), a The International Wine and Competition (Inglaterra), a Challenge International du Vin (França), a San Francisco International Wine (EUA), entre muitas outras. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Salton - Máquina Comunicação Corporativa Integrada)


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SERVIÇOS e VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Alimentação fora do lar eleva faturamento de franquias do setor
Os dados do setor de alimentação fora do lar no Brasil crescem há dez anos em ritmo acelerado e, para 2011, a previsão é de comemorações. O mercado prevê crescimento entre 15% e 16%, segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), alavancando os negócios de empresas do setor, que fecham o ano com resultados positivos. A boa fase é observada pela expansão de franquias de alimentação, com novas marcas e unidades que invadem todo o território brasileiro. Um exemplo é a rede Donna’s, que, atuando em franquias há apenas um ano, conta com nove unidades em operação e faturamento de R$ 23 milhões. Outras quatro lojas serão inauguradas em breve.
 

Da redação – São Paulo / SP
Grupo explora oferece produtos da marca para os viajantes
O grupo de hotéis chileno explora, conhecido por incentivar as viagens de aventura na América do Sul, lançou uma loja virtual (www.explora.bootic.net) com os produtos mais procurados por quem viaja para a Patagônia, ao deserto do Atacama e à Ilha de Páscoa. As opções vão de camisetas (US$ 35,00) e jaquetas (US$ 105,00) a acessórios como bonés, cintos e cachecóis. Metade da renda obtida com a venda é destinada aos projetos sociais e de conservação apoiados pela Fundação explora nas regiões em que o grupo atua.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Multiplan preparar expansão de shopping no mercado carioca
A Multiplan, uma das maiores empresas de shopping centers do Brasil, anunciou a compra de um terreno de 36 mil m2 na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A área, atualmente ocupada pelo Walmart, é contígua ao VillageMall, empreendimento em construção. Com isso, a Multiplan ampliou seu estoque de terrenos para desenvolvimentos futuros para 619 mil m2. O terreno foi adquirido por R$ 231 milhões e viabiliza futura expansão do VillageMall e a construção de edifícios corporativos integrados ao shopping.


Nova Iorque / EUA
Americana Kohl’s investe em postos para veículos elétricos
A rede americana de lojas de departamentos Kohl’s fechou uma parceria com a ECOtality e a Coulomb Technologies para instalar estações de recarga de veículos elétricos em 33 lojas nos Estados Unidos, como um projeto piloto. Em cada loja haverá de duas a quatro vagas de estacionamento para que os clientes possam recarregar as baterias dos carros, gratuitamente, enquanto fazem suas compras. A recarga será ativada por meio de cartões RFID disponíveis no balcão de atendimento ao cliente da loja e por meio de terminais telefônicos nas estações de recarga. (Agência EFE)


Da redação – São Paulo / SP
Vendas de materiais de construção sobem 3,9% em novembro
As vendas de materiais de construção cresceram 3,9% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Abramat, associação das indústrias do setor. Na comparação com outubro, as vendas recuaram 1,7%, mas o acumulado do ano apresenta crescimento de 2,5%.


Da redação – São Paulo / SP
Imaginarium abre franquia no Bangu Shopping
A rede de presentes e decoração Imaginarium inaugurou uma nova franquia na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a primeira na região. A loja está montada no Bangu Shopping, em Bangu.


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TI, WEB e e-COMMERCE

 
Da redação – São Paulo / SP
Receita mundial de armazenamento em disco externo cresce 10,4%
O mercado de armazenamento em disco externo em todo o mundo movimentou 5,1 bilhões de dólares no terceiro trimestre de 2011, um crescimento de 10,4% em comparação com a receita de 4,6 bilhões de dólares de igual período do ano passado, de acordo com o Gartner. Ainda que o setor tenha saltado pelo sétimo trimestre consecutivo, o instituto de pesquisas aponta que a expansão foi tímida em comparação com anos anteriores. "A taxa de crescimento mundial ano a ano mostra que o período teve o menor aumento percentual dos últimos sete trimestres", afirma Roger Cox, vice-presidente de pesquisa do Gartner. "A América do Norte, que cresceu 6,7% no terceiro trimestre, parece estar trabalhando sob o peso de uma economia extremamente lenta. Além disso, o prolongado debate e a incerteza em torno da dívida da região também teve influência negativa no terceiro trimestre”, avalia.
Embora Ásia/Pacífico e América Latina tenham contribuído fortemente para os ganhos, a receite ano a ano foi de  23% e 15,%, respectivamente. A região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) continuou a obter resultados que desafiaram os problemas econômicos. Segundo o levantamento, essas três regiões se beneficiaram pela busca de Direct-attached storage (DAS), infraestrutura para Fabric-Attached Storage (FAS) associado com a transição para um ambiente de servidor virtualizado, assim como o movimento de trocar backup em fita para disco. As vendas no período foram lideradas pela EMC (respondendo por 32,1% do market share), seguida por IBM (12,9% do maket share) e NetApp (10,7%). IBM, HP e Hitachi/Hitachi Data Systems ganharam participação de mercado. A análise mostra que EMC teve atuação impulsionada pela aquisição da Isilon e pelo lançamento da série VNX, sistema de armazenamento unificado.


Da redação – São Paulo / SP
SAP anuncia novo vice-presidente de Educação para AL
Enrico Martellini assume a vice-presidência de Educação da SAP para a América Latina, informa a companhia. Há 13 anos na SAP, Martellini terá como principal objetivo transformar a área por meio de um novo portfólio e modelo de entrega de cursos e treinamentos, que serão mais flexíveis e com cobertura mais ampla, afirma a empresa. Para alcançar as metas propostas, Martellini vai atuar como apoio à inovação, com treinamentos e cursos específicos para as mais recentes ferramentas da organização, como o SAP Hana, solução de computação em memória, e mobilidade. Além disso, a área de Educação estará em linha com o plano de crescimento da empresa no Brasil, que prevê triplicar a receita de software em cinco anos, até o início 2015. “A área de Educação é extremamente relevante para os negócios da SAP, uma vez que, para tirar melhor proveito dos investimentos feitos em soluções, os usuários têm de estar capacitados para usar as ferramentas da melhor maneira possível”, afirma.

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ENERGIA


São Paulo / SP
Energia eólica pode alcançar preço de hidrelétrica
O preço da energia eólica no Brasil pode alcançar o valor da energia gerada pelas grandes hidrelétricas, como Belo Monte, Jirau ou Santo Antônio. O fato, histórico, pode ocorrer hoje, em São Paulo. A Aneel (agência reguladora do setor de energia elétrica no Brasil) promove logo mais o leilão A-5 (lê-se, A menos cinco) --quando as distribuidoras irão contratar energia de que necessitam para atender seus mercados a partir de 2016. O preço médio da geração eólica no último leilão R$ 99 por MWh (megawatt-hora) pode baixar mais e se aproximar dos preços mais competitivos de hidrelétricas, entre R$ 80 e R$ 90/MWh. A despeito disso, eólica já é a 2ª fonte mais barata do país. Seis fábricas estão instaladas ou em fase de instalação. O resultado é uma superoferta de projetos. Dos 6.286 MW habilitados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) para o leilão de hoje, 5.149 MW são de fonte eólica. No total, 205 empreendimentos disputarão o leilão. Investidores aproveitaram a ausência de grandes hidrelétricas (por falta de licença ambiental) e de térmicas (por falta de gás natural) e prometem dominar a disputa por contratos para 2016. (Agência FolhaNews)


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TELECOM

 
Brasília / DF
Brasil fechou novembro com 236 milhões de celulares
O Brasil terminou o mês de novembro com 236,08 milhões de acessos na telefonia móvel, informou a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). O crescimento foi de 19,51% em relação ao mesmo mês de 2010. Só neste ano, foram 38,54 milhões de novas habilitações na telefonia celular. Em relação a outubro, foram mais de 4,45 milhões de novas linhas, um crescimento de 1,92%. Agora, há 120,81 celulares a cada 100 habitantes no Brasil. Do total de acessos em operação, 81,65% são pré-pagos e 18,35%, pós-pagos. Em novembro, Alagoas e Pará romperam a barreira de um celular por habitante. Apenas Maranhão e Piauí continuam com menos de um celular por habitante. A Vivo continua líder, com 29,6% do mercado. A Tim tem 26% de participação, e a Claro, 25,1%. A Oi é a quarta colocada, com 18,9%.


Da redação - São Paulo / SP

Claro continua perdendo mercado e TIM cresce diferença
A briga pela segunda posição está estabilizada. A TIM vem crescendo mês a mês a diferença, com folga, para a terceira colocada Claro, mesmo com queda de 0,04% de market share. No mês de novembro, a operadora ampliou essa diferença para 17,1% [382.527 novas linhas], comparada à distância conquistada no mês anterior, de 8,7%, com novos 147.679 acessos móveis.
Dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registram para a TIM em novembro 61.458.962 assinantes, com 1.234.313 novos, que vinha liderando o número de novos acessos, mas perdeu em outubro e novembro para a Vivo, primeira do ranking, que a ultrapassou nesses meses, respectivamente com 1.548.163 e 1.395.700. A TIM obteve em novembro participação de mercado de 26,03%, crescimento de 0,03% em relação ao mês anterior.
A Claro, na terceira posição, sofreu queda de 0,11% de market share em novembro, contra os 0,06% registrado no mês de setembro, e totalizou 59.232.374 acessos móveis, com 851.786 novos assinantes. A Oi, quarta do ranking, continua ganhando participação de mercado, embora tímida [0,06%], totalizando 18,92% . O resultado é favorável, visto que vinha apresentando queda até agosto. O desempenho vem apoiado também no crescimento de novos assinantes, que no mês de novembro chegou perto de 1 milhão [970.559], ou seja, mais do que a Claro [851.786 novos assinantes].
Ainda na liderança, a Vivo totaliza 69.982.227 acessos móveis e foi a principal responsável pelos 236,08 milhões de acessos móveis registrados no mês de novembro, de acordo com a Anatel. Em 12 meses, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) somou 38,54 milhões de novas habilitações (crescimento de 19,51%) e teledensidade de 120,81 acessos por cem habitantes (crescimento de 18,48%).


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MERCADO DE LUXO

 
Da redação – São Paulo / SP
Grieb & Benzinger lança o Blue Ocean
O grupo alemão Grieb & Benzinger anunciou um modelo especial de relógio dedicado aos apreciadores de cronógrafos. (LEIA na íntegra)



 
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