Edição 597 | Ano IV

São Paulo / SP
Brasil avança na competitividade, mas permanece na mesma posição em ranking
A nota do Brasil em termos de competitividade subiu 0,5 ponto de 2009 para 2010, de acordo com o Índice Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) de Competitividade das Nações, mas essa elevação não foi suficiente para fazer com que o País ganhasse posições no ranking de 43 países, no qual o Brasil segue em 37º lugar desde 2008. Essa é a avaliação do diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, que afirmou que boa parte dos países que compõem o índice teve avanços de forma mais rápida que o Brasil nos últimos anos.

Foi o caso de Coreia do Sul, atualmente em sexto lugar, Rússia (25º) e China (28º), por exemplo. Por outro lado, países que entraram em crise recentemente, como Grécia (33º), Itália (24º) e Portugal (29º), ainda ocupam colocações à frente do Brasil em razão de um estoque de anos de indicadores econômicos e sociais melhores avaliados. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, por exemplo, aumentou 2,33% ao ano entre 2000 e 2010, mais do que a média dos 43 países, que foi de 2,09%. Porém, a velocidade do crescimento do PIB per capita do grupo de países que mais avançaram no ranking no período foi de 3,53% - esse conjunto inclui Coreia do Sul, Israel, República Checa, Rússia, Hungria, China, Polônia, Argentina, México e Turquia.

O Brasil também avançou no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e melhorou 7,6% nos últimos dez anos, acima da média de 43 países, que foi de 5,2%, e inclusive acima do grupo de nações com maior avanço no ranking, que cresceu 7%. Apesar disso, o IDH brasileiro é de 0,699, em uma escala de 0 a 1 (do pior para o melhor), enquanto a média dos 43 países é de 0,803 e a do grupo de nações selecionadas pelo índice calculado pela Fiesp, de 0,778.

De acordo com Roriz Coelho, fatores como aumento do investimento, acúmulo de reservas e crescimento com gastos em educação influenciaram positivamente a competitividade do Brasil. Já a carga tributária e a queda das exportações de manufaturas e de alta tecnologia puxaram o Brasil para baixo no ranking. Segundo ele, na última década, entre os 43 países analisados, o Brasil foi o oitavo a ganhar maior competitividade, saindo de uma nota de 18,4 pontos em 2000 para 24,8 pontos em 2010. A nota vai de 0 a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, mais competitivo.

Nos últimos dez anos, o Brasil ganhou 6,4 pontos, menos que os 11,4 da China, 9,6 da Coreia do Sul e 9,1 da Rússia. Esses países tiveram avanços na produtividade da indústria, investimentos em pesquisa e desenvolvimento e registro de patentes. Entre os que mais perderam competitividade na década, estão Japão (-11,4 pontos), Venezuela (-9,4) e África do Sul (-9,2). Segundo o diretor da Fiesp, as três nações registraram queda na balança comercial, nos investimentos e nos indicadores tecnológicos. Entre os 50 mil dados agrupados para compor o ranking, Roriz Coelho destacou aqueles que mais poderiam proporcionar uma posição melhor ao Brasil em termos de competitividade - a redução da carga tributária, a diminuição do consumo do governo, a queda dos juros e do spread bancário, o aumento dos investimentos e a ampliação do crédito ao setor privado.
O consumo do governo brasileiro corresponde a 21,2% do PIB, enquanto no grupo de países selecionados a média é de 16,3%. A carga tributária brasileira corresponde a 33,6% do PIB e a do grupo de países que compõem o índice, 27,1%. A taxa de juros do Brasil é 6,6 vezes maior que a média das 43 nações pesquisadas e o spread é 11,5 vezes maior que o verificado no Chile, na Itália, no Japão e na Malásia. "Não podemos nos contentar com uma melhora razoável. Comparativamente a nós mesmos, melhoramos, mas em relação a outros países poderíamos ter evoluído mais", afirmou o diretor da Fiesp. Roriz cita como exemplo os indicadores sociais do Brasil. "Nossos indicadores sociais evoluíram, mas com o tamanho da carga tributária que temos deveriam ter melhorado muito mais. Não é que o governo não tenha dinheiro, o fato é que ele é mal aplicado." (Agência Estado)

São Paulo / SP

Fusões e aquisições têm o menor volume desde 2008
As fusões e aquisições anunciadas no terceiro trimestre deste ano totalizaram R$ 23,3 bilhões, a menor cifra já vista desde 2008, ano em que eclodiu a última crise global. Segundo relatório divulgado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o volume é maior apenas quando comparado ao segundo e terceiro trimestres daquele ano, quando foram registrados R$ 16,4 bilhões e R$ 15,3 bilhões, nesta ordem. De julho a setembro deste ano foram feitas 25 operações, contando com reestruturações societárias e ofertas públicas de aquisição de ações (OPA).
No acumulado dos nove meses, o montante somado também é menor. Até setembro último, as transações totalizaram R$ 100,8 bilhões, retração de 33,1% ante igual intervalo de 2010. "Este indicador também é um dos mais baixos da série acompanhada desde 2006, superando apenas as movimentações realizadas em 2008 e 2009", destaca a Anbima em seu relatório. De acordo com a Anbima, foram anunciados 102 negócios em 2011, faixa similar à registrada nos três primeiros trimestres do ano passado, porém com um volume médio menor, de R$ 1,0 bilhão, contra R$ 1,4 bilhão em 2010.
A aquisição da Aleadri (representando 50,45% da Schincariol) pela Kirin, de R$ 4,7 bilhões, e a compra de participação na Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração por um consórcio de empresas chinesas por R$ 3,1 bilhões foram consideradas as maiores operações do trimestre. "Estas transações elevaram a participação asiática nas aquisições de empresas brasileiras por estrangeiras, que passou de 16,9% até o segundo trimestre para 35,9% no período", segundo a Anbima.
Os principais setores - Novamente, o segmento de TI e Telecom ganhou destaque. De janeiro a setembro deste ano, o setor respondeu por 35,8% das operações, sua maior participação desde 2006. Essa forte presença é justificada pelo fato de ter sido palco das duas maiores transações feitas no ano até setembro: a reestruturação societária das empresas controladas pela Telemar Participações (Oi) e a incorporação da Vivo pela Telesp (Telefônica), que somadas movimentaram R$ 32,1 bilhões. (Agência Estado)

Nova Iorque / EUA
Classificação de risco do Brasil é elevado para BBB
A Standard & Poor's Ratings Services informou ontem, dia 17/11, que elevou a classificação de risco soberano de longo prazo do Brasil de BBB- para BBB. O risco de longo prazo da moeda também melhorou, passando de BBB+ para A. A agência também reafirmou os ratings de curto prazo para país de A-3 para moeda estrangeira e A-2 para a moeda local. A perspectiva do país é estável. Neste nível, o Brasil mantém o chamado "grau de investimento", conquistado em abril de 2008, quando a  nota de crédito para moeda estrangeira subiu de BB+ para BBB- com perspectiva estável. Com esta nova nota, o país entrou no grupo de nações consideradas mais seguras para investir, com pouca probabilidade de inadimplência. Isso significa que o Brasil passa a ser visto como de baixo risco para aplicações financeiras de estrangeiros.
Em agosto deste ano, a S&P já havia elevado a perspectiva da nota soberana do Brasil em moeda local de estável para positiva. A perspectiva em moeda estrangeira havia sido elevada para positiva em 23 de maio. Segundo a agência, a elevação refletia as alterações adotadas em sua metodologia de avaliação de ratings soberanos, adotadas a partir de 30 de junho.
A mudança na perspectiva da nota representava o primeiro passo antes de uma elevação efetiva do rating. A agência afirmou em agosto que a perspectiva positiva considera que os fatores que garantem a estabilidade macroeconômica do país continuarão se fortalecendo nos próximos anos, com redução gradual das limitações fiscais e do risco a choques externos. Outras duas agências de risco já melhoraram a nota brasileira. A Fitch elevou a nota do Brasil para "BBB" no início de abril, também segundo degrau dentro da classificação de "grau de investimento." A Moody's também fez o mesmo movimento em junho, ao elevar a nota brasileira de "Baa3" para "Baa2".
Compromisso fiscal - Segundo a Standard and Poor´s, em comentário sobre a elevação da nota brasileira nesta quinta-feira, a administração da presidenta Dilma Rousseff demonstrou seu compromisso com metas fiscais, alargando o escopo para usar os instrumentos de política monetária para influenciar a economia doméstica. "Esperamos que o governo busque políticas monetária e fiscal cautelosas, combinadas com o resiliente crescimento econômico do país, possa moderar o impacto de choques externos potenciais e sustentar boas perspectivas paaa o crescimento de longo prazo", disse a agência em comunicado.
Classificação de risco - A classificação de risco é uma ferramenta usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país irão colocar suas aplicações. Ela reflete o risco que um país tem de não honrar o pagamento de seus títulos. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair investimentos. A partir de um determinado patamar de classificação de risco o país é considerado "grau de investimento". Ou seja, o risco de calote é muito baixo. Muitos fundos de investimento estrangeiro direcionam recursos apenas para países que têm esta classificação. Parte deles é mais exigente, aplicando apenas em países que são considerados "grau de investimento" por ao menos duas das três grandes agências.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
IGP-10 recua no mês
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,44%, em novembro. A taxa apurada em outubro foi de 0,64%. Em 12 meses, o IGP-10 variou 6,48%. A taxa acumulada no ano é de 5,14%. O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
- O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,48%, em novembro. Em outubro, a variação foi de 0,81%. Os Bens Finais registraram taxa de variação de 0,46%, em novembro, ante -0,23%, em outubro. Contribuiu para esta aceleração o subgrupo alimentos in natura, que teve sua taxa elevada de -2,16% para 2,19%. O índice relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, registrou variação de 0,29%. No mês anterior, a taxa foi de -0,04%.

- O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação de 0,46%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,91%. Dois dos cinco subgrupos apresentaram desaceleração, com destaque para materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,06% para 0,17%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou variação de 0,46%. No mês anterior, foi registrada variação de 1,00%.

- O índice de Matérias-Primas Brutas registrou variação de 0,55%. Em outubro, a taxa foi de 1,86%. Neste grupo, vale destacar as seguintes desacelerações: soja (em grão) (1,47% para -2,63%), milho (em grão) (2,23% para -2,23%) e minério de ferro (5,23% para 3,03%). Em sentido oposto, citam-se: bovinos (-0,74% para 1,77%), algodão (em caroço) (-4,86% para -0,02%) e aves (-1,04% para 0,53%).

- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,31%, em novembro, ante 0,37%, em outubro. Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração, com destaque para Habitação (0,73% para 0,47%). Neste grupo, vale mencionar o comportamento dos preços dos itens: taxa de água e esgoto residencial (3,19% para 0,00%), gás de bujão (1,71% para 0,86%) e material para limpeza (0,75% para 0,06%).
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,10% para -0,11%), Despesas Diversas (0,39% para 0,11%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,39%). Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: gasolina (-0,04% para -0,64%), alimento para animais domésticos (3,16% para 0,11%) e dentista (1,59% para 0,25%), respectivamente.
Em sentido contrário, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,14% para 0,46%), Alimentação (0,09% para 0,20%) e Vestuário (0,77% para 0,89%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, os destaques couberam aos itens: passagem aérea (4,77% para 8,46%), hortaliças e legumes (-5,79% para -0,83%) e roupas (0,83% para 1,21%), respectivamente.

- O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em novembro, taxa de variação de 0,39%, acima do resultado do mês anterior, de 0,16%. Dois dos três grupos componentes do índice apresentaram aceleração: Materiais e Equipamentos (0,22% para 0,27%) e Mão de Obra (0,03% para 0,50%). Em sentido inverso, a taxa do grupo Serviços recuou de 0,52% para 0,29%. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Asiáticas seguem em baixa por apreensão com crise européia
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa pelo quarto dia seguido os pregões de hoje, dia 18/11, enquanto as dificuldades de financiamento aumentavam na Europa, com os juros pagos em bônus da Espanha atingindo um nível insustentável. Preocupações sobre a crise de dívida europeia fizeram investidores fugir do risco das commodities, que ampliaram o declínio de quinta-feira, quando seus preços tiveram a maior redução desde setembro.
- Pressionado pelo setor de recursos naturais, o índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,16%. A queda das commodities também afetou o mercado da Austrália, que tombou 1,91%.
- Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 1,23%, fechando a terceira semana no vermelho, com baixa acumulada de 18% neste ano.
- O índice de Seul encerrou em baixa de 2%.
- O mercado se desvalorizou 1,73% em Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan perdeu 2,08%, enquanto o índice referencial de Xangai declinou 1,89%.
- A Bolsa de Cingapura retrocedeu 1,72%.
Análise 1 - O primeiro-ministro italiano Mario Monti prometeu que seu país implementará reformas fiscais radicais para sair da crise de dívida. O nervosismo do investidor continuou firme, porém, diante da dificuldade que os governos da zona do euro estão enfrentando para levantar fundos, com os bancos restringindo o crédito e a liquidez do mercado. "A crise de dívida da zona do euro está se transformando em uma crise de liquidez global e levando a um círculo vicioso de aperto crescente de crédito, gerando a venda de ativos de risco", avaliou Kazuto Uchida, direto-executivo da divisão de mercados globais do Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa cai 2,68% mesmo após agência elevar nota do Brasil
A continuada tensão com a crise de dívida soberana na zona do euro fez o investidor deixar em segundo plano dados positivos da economia americana e a elevação do risco soberano de longo prazo do Brasil pela Standard & Poor's, fazendo a Bolsa paulista fechar em forte baixa.
- O Ibovespa recuou 2,68%, a 56.988 pontos, após ter chegado a cair 3,24% na mínima do dia.
- O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,9 bilhões.
Análise 1 - Para o economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flávio Serrano, novos sinais negativo da Europa ampliaram a aversão ao risco em todo o mundo. Espanha e França realizaram leilões de títulos públicos e tiveram dificuldades para vender os papéis. Analistas descreveram o resultado do leilão espanhol, que pagou os maiores juros desde 1997, como "muito ruim". "Houve um movimento externo de piora na percepção do quadro europeu", disse Serrano. De pouco adiantaram dados econômicos encorajadores dos Estados Unidos, como a inesperada queda nos novos pedidos de seguro-desemprego e a queda mais suave nas construções de moradias em outubro. Para o economista, a elevação do rating brasileiro pela Standard & Poor's, de "BBB-" para "BBB", foi insuficiente para afastar o pessimismo dos investidores. "A Bolsa até melhorou depois do anúncio. Mas (a mudança) é um alinhamento com as demais agências. Não dá para esperar que isso mude o cenário", afirmou.
Análise 2 - No Ibovespa, Gafisa foi a pior, com queda de 6,96%, a R$ 5,21, puxando a fila do setor imobiliário. Santander caiu 4,56%, a R$ 13,60, após o banco avisar que vai vender no mercado cerca de 3% do capital na forma de ADRs, em Nova York. Ainda, Usiminas recuou 2,92%, a R$ 22,57, após a Ternium confirmar que negocia para adquirir uma participação na siderúrgica mineira. Entre as blue chips, a ação preferencial da Vale perdeu 2,2%, a R$ 41,35, enquanto a da Petrobras recuou 2,67%, a R$ 21,52.

 
Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA caem afetadas por Europa e fatores técnicos
Investidores fugiram do mercado acionário norte-americano no pregão de ontem, dia 17/11, derrubando seus principais índices. A saída do mercado foi causada por uma repentina queda abaixo de um nível técnico importante, devido a mais preocupações quanto à Europa.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 1,13%, para 11.770 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,68%, para 1.216 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,96%, para 2.587 pontos.
Análise 1 - O S&P 500 recuou gradualmente durante a manhã até cair abaixo do patamar de 1.225 pontos, quando as vendas aumentaram tanto no mercado à vista quanto no futuro. Investidores têm cada vez mais se concentrado na Europa, e os mercados estiveram cautelosos mais cedo com o avanço dos rendimentos dos bônus da Espanha e da Itália para níveis considerados insustentáveis. Algumas fontes do mercado citaram a disputa entre democratas e republicanos no "supercomitê" do Congresso, cuja meta é encontrar formas de reduzir a dívida dos EUA.
Análise 2 - Mas Peter Costa, presidente da Empire Executions, disse que nenhum dos catalisadores apontados por membros do mercado como causas da onda de vendas era, de fato, novidade. "Não é preciso muita coisa se você está oscilando em um nível de suporte ou resistência", disse. "Quando você está prestes a romper algum deles e algo acontece, as negociações geradas por computadores entram em ação, e isso geralmente acelera quaisquer reações que você esteja vendo." A queda observada por volta do meio-dia foi rápida, e o giro financeiro aumentou uma vez que o nível de 1.225 pontos foi atingido. Cerca de 2,83 milhões de contratos futuros de S&P E-Mini foram negociados ontem, com cerca de 250 mil trocando de mãos em um período de 15 minutos, algo pouco usual e que ocorreu no momento em que o mercado cedeu mais de 1%.

 
Londres / Inglaterra
Ações europeias têm mínima em 6 semanas com temor de contágio

As Bolsas de Valores da Europa encerraram os pregões de ontem, dia 17/11, no menor patamar em seis semanas, em meio a preocupações de que a crise de dívida da região saia de controle, depois de Espanha e França pagarem altos rendimentos nos leilões de seus bônus.
- O índice de ações da região fechou em queda de 1,34%, a 957 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,56%, a 5.423 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,07%, para 5.850 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 declinou 1,78%, para 3.010 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 1,43%, a 15.198 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou desvalorização de 0,4%, para 8.270 pontos. ]
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve queda de 0,81%, para 5.440 pontos.
Análise - França e Espanha viram seus custos de financiamento subir nos leilões de dívida nesta manhã, refletindo as crescentes incertezas sobre as finanças públicas dos países e a insatisfação com a resposta das autoridades à crise. "O mercado ainda está preocupado sobre a implementação de todas as medidas (de austeridade e contra a crise), que não são detalhadas o suficiente para ser críveis", disse o estrategista do JPMorgan-Cazenove, Emmanuel Cau. O setor bancário foi o mais abatido, com quedas acima de 2%.

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MERCADO FINANCEIRO


Nova Iorque / EUA
Bradesco diz estar ‘observando’ oportunidade com Losango
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse hoje que o banco está apenas "observando" a financeira Losango, mas tentou demonstrar pouco interesse pelo tema. "Estamos observando. Mas queria dizer que isso não é uma coisa relevante na nossa estratégia. O Bradesco tem como política analisar todas as oportunidades que o mercado oferece, mas nosso foco é o crescimento orgânico", disse  a jornalistas, durante evento promovido pelo banco em Nova Iorque. Vários bancos estariam avaliando  a compra da Losango, que foi colocada à venda pelo HSBC, entre eles Santander, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e o próprio Bradesco, que evitou confirmar essa informação. As propostas de compra seriam enviadas este mês. O banqueiro também negou a informação veiculada na imprensa de que o Bradesco poderia assumir a gestão de carteira do banco Cruzeiro do Sul. "Não, nesses termos de que estamos assumindo a gestão, não. E sobre isso  a gente ainda não se manifesta. O ideal seria perguntar para o Cruzeiro do Sul". Trabuco disse ainda que o Bradesco quer continuar sendo um banco de cobertura nacional. "O varejo fora do Brasil não nos interessa", garantiu. (Agência Estado)

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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA

Kodak quer vender unidade de compartilhamento de fotos
A Eastman Kodak está tentando vender sua unidade de compartilhamento online de fotos, afirmou o Wall Street Journal, na edição de ontem, dia 17/11, o que levou a ação da companhia a subir quase 8%. O jornal, citando fontes, disse que a companhia se aproximou de sites de compartilhamento de fotos, rivais, empresas de private equity (fundo que compra empresas e investe na valorização delas para revender depois) e varejistas para falar sobre a compra do negócio. Uma pessoa da qual a Kodak se aproximou disse que a companhia buscava obter "centenas de milhões de dólares" pelo serviço, por meio do qual é possível subir fotos para a internet, compartilhá-las e imprimi-las, segundo a publicação. O porta-voz da Kodak Gerard Meuchner disse à Reuters por e-mail que a companhia não comenta rumores ou especulações. Em 7 de novembro, a Kodak vendeu sua unidade de sensores de imagem para a empresa de private equity Platinum Equity por uma quantia não revelada. Anteriormente, em novembro, a Kodak afirmou que estava analisando levantar US$ 500 milhões em financiamento adicional. (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS


Da redação – Brasília / DF
Área do milho cresce em Goiás
O município de Jataí, no sudoeste de Goiás, é um grande produtor de milho. Nesta safra de verão, o município cultiva perto de 16 mil hectares. São agricultores como Antonio Gazarini, que está plantando 1.150 hectares. Como o mercado estava comprador, ele decidiu vender antecipadamente toda a produção. "O preço foi convidativo e nos induziu a plantar mais", explica. Os bons preços do milho este ano levaram os produtores goianos a investirem pesado na cultura, o estado é o que teve maior percentual de crescimento na área. Os 532 mil hectares da primeira safra representam um crescimento de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. Além da expansão das áreas, houve também mais investimento em tecnologia.A expectativa agora é que o clima ajude no desenvolvimento da lavoura. O agrônomo Jair Barrachi, que cuida de uma área de 250 hectares de milho, está otimista, já que a previsão é de clima favorável durante o ciclo da planta. "Devemos ter um clima favorável ao milho, como aconteceu na safra anterior", ressalta.

Da redação – Curitiba / PR
Trigo encalha mesmo com produção 30% menor
Com a colheita de trigo na reta final, as vendas não decolam no Paraná. Pelo contrário, estão mais fracas do que no ano passado, apesar da redução de 30% na safra, provocada por recuo no plantio e na produtividade. Dados da Secretaria da Agricultura (Seab) revelam que somente 624 mil toneladas do cereal foram vendidas até o momento, contra 782 mil toneladas negociadas nesta mesma época de 2010. Perto de 2 milhões de toneladas estão em estoque no estado, apesar de o país importar metade das 10 milhões (t) que consome.
Os números refletem o descontentamento do setor com os preços do grão. Líder nacional no cultivo, o Paraná está retirando das lavouras cerca de 1 milhão de toneladas a menos nesta safra. O produto se tornou mais escasso e a qualidade é considerada boa. Os preços do trigo são praticamente os mesmos que os registrados em novembro de 2010: R$ 24,84 por saca de 60 quilos. O valor está abaixo do preço mínimo para o produto (índice oficial baseado nos cultos), que no caso do trigo tipo pão é de R$ 28,60 por saca.
As estimativas oficiais dão conta de que a produção paranaense vai atingir 2,4 milhões de toneladas neste ano, contra 3,4 milhões alcançadas em 2010. Do volume total esperado, 26% foram negociados até o momento, aponta a Seab. "Em porcentual vendido estamos em linha com o ano passado, mas a quantidade neste ano é menor", aponta Flávio Turra, gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).
Nos últimos 15 dias, o comércio de trigo ficou parado em todo o estado, por causa da expectativa em torno dos leilões de compra ou escoamento realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os subsídios, porém, não empolgaram o mercado. Apenas 40% do volume que poderia ser vendido foram arrematados. Principal mecanismo de apoio à comercialização de grãos do governo nos últimos anos, os leilões de Prêmio por Escoamento de Produto (PEP) oferecem aos compradores (indústrias e ou moinhos) um valor adicional, variável conforme a demanda, pela aquisição do trigo. Em contrapartida, o arrematante do PEP se compromete a pagar ao agricultor o valor mínimo estipulado pelo governo. A esperança do setor é que novos leilões sejam lançados nas próximas semanas.

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Venda de motos cresce 9% na 1ª quinzena de novembro
As vendas de motocicletas no país subiram 9% na primeira quinzena de novembro, ante igual intervalo do ano passado, para 77.861 unidades, segundo dados da Abraciclo (associação do setor). Na comparação com os 15 primeiros dias de outubro, a alta foi ainda mais expressiva: 18,4%. Conforme a entidade, as vendas diárias no início de novembro ficaram em 8.651 unidades, frente a 7.926 motocicletas um ano antes, com o mesmo número de dias úteis. Em nota, o presidente da Abraciclo, Roberto Akiyama, avalia que "os primeiros números de novembro compensam a baixa apresentada nos emplacamentos do mês anterior". Em outubro o mercado brasileiro de motos encolheu 16%, quando comparado a setembro, e 3% perante o mesmo mês de 2010, totalizando 146.110 unidades. Para o consolidado do mês, com base nas vendas diárias, a Abraciclo projeta 173.025 emplacamentos de motocicletas, 18% acima de outubro e 9% superior ao registrado em novembro de 2010. Para o ano até novembro, a estimativa é a de crescimento de 21%, com vendas de 1.753.211 unidades. (Agência ValorOnline)

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SERVIÇOS e VAREJO


Da redação – São Paulo / SP

Osklen negocia para ganhar escala global
Enquanto aumenta o número de grifes estrangeiras de luxo abrindo lojas no Brasil, o empresário e designer Oskar Metsavath, dono da Osklen, já tem traçada a sua estratégia: "Eu quero ganhar escala. Estou negociando com o grupo PPR, a Louis Vuitton, a Marvin Traub e a Alpargatas." Seu plano é negociar uma fatia majoritária da Osklen. Ele continuaria na empresa, cuidando do design, do estilo da marca. A grife de moda tem atualmente 63 lojas no Brasil e dez no exterior. É com uma moda de estilo próprio, e não cópias do que se vê nas passarelas de Nova York ou Paris, que Metsavah pretende chamar a atenção do consumidor interessado em produtos de luxo. Competir com grifes estrangeiras em solo brasileiro vai ficar cada vez mais difícil. "Num primeiro momento, as grifes nacionais vão sofrer. Quem copia a moda lá de fora, vai perder clientes. Num segundo momento, quem tiver um estilo genuíno vai ser beneficiado", diz o dono da Osklen. "O brasileiro gosta de comprar no exterior e vai começar a perceber que pode comprar aqui também."

Da redação – São Paulo / SP
PBKIDS projeta alta de 12% nas vendas de Natal
A rede de brinquedos PBKIDS projeta para este final de ano um crescimento de 12% em suas vendas em relação ao Natal 2010 em suas 57 lojas. A rede projeta um aumento de até 7% no valor do tíquete médio, para R$ 146, e o estoque foi reforçado em 15% em relação a 2010, com cerca de 60% de produtos importados.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF

Exportações de cooperativas brasileiras batem recorde no acumulado até outubro
As exportações das cooperativas brasileiras passaram do patamar dos US$ 5 bilhões, pela primeira vez em um ano, informou nesta quinta, dia 17, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O total chegou a US$ 5,141 bilhões, ultrapassando o registrado no período de janeiro a outubro de 2010 (US$ 4,417 bilhões) e também os valores registrados nos anos anteriores da série histórica iniciada em 2005. Nos primeiros dez meses de 2011, as exportações apresentaram crescimento de 34,6% sobre igual período de 2010. A participação do setor na pauta de exportações brasileira está em 2,4%.
Segundo o ministério, nas importações das cooperativas houve crescimento de 32,5% sobre igual período do ano passado e as compras somam US$ 284 milhões no acumulado deste ano, com participação de 0,3% no total das aquisições do país no exterior. Com esses resultados, a balança comercial das cooperativas apresenta saldo positivo de US$ 4,857 bilhões nos primeiros dez meses, resultado recorde para o período superando em 34,7% o superávit de 2010 (US$ 3,606 bilhões).
Nos dez meses de 2011, São Paulo foi o Estado com maior valor de exportações de cooperativas, com US$ 1,716 bilhão, representando 33,4% do total. Em seguida estão Paraná (US$ 1,696 bilhão, 33%), Minas Gerais (US$ 666,8 milhões, 13%); Rio Grande do Sul (US$ 331,4 milhões, 6,5%) e Santa Catarina (US$ 248,9 milhões, 4,8%). O Paraná foi o Estado com maior valor de importações via cooperativas, com US$ 115,4 milhões, representando 40,6% do total. Em seguida estão Santa Catarina (US$ 68,1 milhões, 24,0%), São Paulo (US$ 46,6 milhões, 16,4%), Rio Grande do Sul (US$ 20,1 milhões, 7,1%), Goiás (US$ 15,7 milhões, 5,5%).
Entre os principais produtos exportados pelas cooperativas estão açúcar refinado (com vendas de US$ 902,5 milhões, representando 17,6% do total exportado pelas cooperativas), soja em grãos (US$ 663,1 milhões, 12,9%), café em grãos (US$ 623,7 milhões, 12,1%) e açúcar em bruto (US$ 596,3 milhões, 11,6%). Já entre os produtos adquiridos pelas cooperativas, os principais, no período, foram diidrogeno-ortofosfato de amônio (US$ 24,7 milhões, 8,7%), cevada cervejeira (US$ 23,8 milhões, 8,4%), ureia com teor de nitrogênio (US$ 22,3 milhões, 7,8%), malte não torrado (US$ 17,9 milhões, 6,3%) e nitrato de amônio (US$ 13,3 milhões, 4,7%).
No acumulado do ano, o principal mercado de destino dos produtos das cooperativas brasileiras foi a China, com vendas de US$ 661 milhões, representando 12,9% do total. Em seguida, aparecem Emirados Árabes Unidos (US$ 497,2 milhões, 9,7%), Estados Unidos (US$ 483,5 milhões, 9,4%), Alemanha (US$ 384,9 milhões, 7,5%) e Países Baixos (US$ 265,1 milhões, 5,2%). As cooperativas adquiriram insumos, principalmente, da Argentina (compras de US$ 43,2 milhões, 15,2% do total), Alemanha (US$ 36,9 milhões, 13,0%), Rússia (US$ 35,6 milhões, 12,6%), dos Estados Unidos (US$ 24,6 milhões, 8,7%) e do Paraguai (US$ 21,8 milhões, 7,7%). (Fonte: Agência Brasil e Assessoria de Imprensa do Ministério do Comércio Exterior)

São Paulo / SP
País registra fluxo cambial positivo de US$ 1,3 bilhões na semana
O fluxo cambial ao Brasil ficou positivo em US$ 1,3 bilhão na semana passada, com o saldo do mês mostrando superavit de US$ 1,264 bilhão em novembro, informou o Banco Central ontem, dia 17/11, com dados referentes até o dia 11/11. O saldo do mês foi composto por superavit de US$ 128 milhões de dólares nas operações comerciais e de US$ 1,136 bilhão nas transações financeiras. Até o dia 4 de novembro, o fluxo estava negativo em US$ 36 milhões. No ano, o superavit cambial alcança US$ 69,428 bilhões, mais que o dobro das entradas líquidas de US$ 24,354 bilhões registradas em todo o ano de 2010. (Agência Reuters)

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TI, WEB e e-COMMERCE


Rio de Janeiro / RJ
Microcity abre escritório no Rio de Janeiro

A Microcity, empresa de outsourcing de infraestrutura de TIC de LAN e desktops, abriu filial no Rio de Janeiro e anunciou a ampliação das atividades da unidade de Brasília. De acordo com a empresa, o objetivo é se aproximar e atender aos mercados governamental, em Brasília, e de óleo e gás, no RJ, além de organizar nova estrutura de vendas das filiais, antes baseada em parcerias e/ou franquias. Agora, a Microcity opera com filiais próprias, informa.
A companhia afirma que a unidade de Brasília será liderada por Hamilton Barretto. No capital do País, a Microcity estima que as contam governamentais respondam por 30% do faturamento. O escritório, de acordo com Marcelo Rodrigues, diretor comercial da organização, vai atender as regiões norte, nordeste e centro-oeste. Nessas três áreas, focará no setor corporativo.
Já no Rio de Janeiro, a companhia espera crescimento impulsionado pela Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 e ainda pela exploração do Pré-Sal. “O mercado de óleo e gás vai crescer muito nos próximos anos e queremos acompanhar essa demanda”, afirma Rodrigues. Sobre a nova operação, a companhia estima que ela responda por 35% do faturamento nos próximos três anos, de acordo com Rodrigues. A filial será gerenciada pelo responsável pelo mercado de Minas Gerais, Charles Dias. Até então, informa a Microcity, as operações do Rio eram realizadas por meio do escritório em São Paulo.

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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
CEO da PPR compra casa de dois cômodos por US$ 32 milhões
Trinta e dois milhões de dólares por uma casa de dois quartos pode parecer um pouco caro para a maioria das pessoas, mas não para François Pinault, CEO da PPR, companhia que agrega as grifes Gucci e Stella McCartney. (LEIA na íntegra)

Da redação – São Paulo / SP
Capacete Bianchi com assinatura da Gucci
A fabricante italiana de motocicletas Bianchi fechou uma parceria com a grife Gucci. A joint venture apresenta uma série especial de um capacete. (LEIA na íntegra)



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