Edição 593 | Ano IV

Manaus / AM
Produtos da Amazônia terão certificado de procedência
 
O apelo de produtos da Amazônia cresce no país, assim como o desejo de produtores locais de aumentar a presença em outros lugares. Mas esses pequenos empresários têm dificuldades para expandir a área de atuação. Entre as razões estão a apresentação e o acabamento dos artigos, segundo empresários e consultores. Rodrigo Bolton, dono da Ateliê Especiarias, de São Paulo, é um dos que dizem que os produtos podem ser aperfeiçoados para alcançar novos consumidores. O empresário esteve na Fiam - Feira Internacional da Amazônia -, realizada de 26/10 a 29/10, e explica que 30% dos produtos são sofisticados, com sementes lapidadas e design diferenciado. "Os outros 70% precisam de dicas de acabamento e de montagem, mas [os produtores] aceitam sugestões e produzem conforme o desenho."
Uma das soluções para avançar em relação à qualidade foi dada pela Suframa - Superintendência da Zona Franca de Manaus - e pela Fucapi - Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica - no evento: a criação do Selo Amazônico. A ideia é certificar artigos que atendam a critérios como qualidade dos itens, segurança na confecção e desenvolvimento econômico da região (leia mais abaixo). "Pretendemos agregar valor econômico aos produtos que utilizam matéria-prima oriunda da biodiversidade da Amazônia e que tenham todo o processo produtivo - ou parte dele - instalado na região", explica a coordenadora do projeto Hyelen Gouvêa. A expectativa, diz ela, é que o selo estampe itens a partir do início de 2013.
O mercado de artigos com a grife da Amazônia é cada vez mais extenso -inclui artesanato, produtos fitoterápicos e artefatos de madeira. Graça Santos, dona da Complevida, contribui com mais um: complementos alimentares naturais com grãos e cereais na composição. A fórmula foi desenvolvida por ela, para uso próprio, após uma crise de depressão. "Procurei um laboratório para certificar a eficiência." Ela diz que começou a venda boca a boca e, por semana, faturava R$ 300. "Hoje vendo R$ 4 mil por semana." "Os artesãos e microprodutores ainda precisam de assistência técnica para que os produtos sejam cada vez mais desejados", considera Syglia Saad, coordenadora de projeto de orgânicos na região. (Agência FolhaNews – Rosângela de Moura, enviada especial a Manaus)

Da redação – São Paulo / SP
Grécia enfrenta semana decisiva
A Grécia enfrentará uma semana decisiva na definição de seu futuro na Zona do Euro. Com alta instabilidade política, o país precisa decidir se aceita ou não as condições impostas pela União Europeia para receber um pacote bilionário de ajuda financeira que a impeça de quebrar. Enfraquecido e sem o apoio da oposição, o primeiro-ministro George Papandreou aceitou deixar o comando do país se e quando um governo de coalizão fosse montado. Após reunir-se com seus ministros, Papandreou pediu ao presidente grego, Karolos Papoulias, que organizasse um encontro entre ele e o líder da oposição, o conservador Antonis Samaras. A expectativa era de que os dois acertem os detalhes da formação de um novo governo, que contaria com o apoio da oposição.
Líder do partido Nova Democracia, Samaras foi o principal pivô na iminente queda de Papandreou. Na sexta-feira, o primeiro-ministro conquistou, de forma bastante apertada, um voto de confiança do parlamento. No sábado, Papandreou tentou formar um governo de coalizão e esperava o apoio da oposição, o que não ocorreu. Durante todo o sábado e o domingo, Samaras reafirmou que seu partido aceitaria unir forças com os socialistas para aprovar o pacote de medidas austeras exigidas pela União Europeia afim de dar continuidade aos repasses financeiros que estão impedindo à Grécia de declarar insolvência. Mas desde que Papandreou deixasse o poder.
O primeiro-ministro aceitou a condição, mas apenas se um governo de coalização fosse formado. As duas principais forçar políticas discutem como montar esse governo. O partido de papandreou quer que um governo transitório seja montado e que novas eleições só sejam convocadas no ano que vem. Os conservadores exigiam que novas eleições fossem realizadas antes do final do ano. O impasse deixou a União Europeia apreensiva sobre os efeitos que ele pode causar nos mercados nessa segunda-feira. De acordo com o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, a Grécia precisa definir quem governará o país de maneira convincente nas próximas horas para que a confiança seja restaurada. De acordo com ele, o status grego de membro da Zona do Euro está em jogo. (Fontes: Agências EFE e Reuters)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP

Verifique a agenda do investidor para a segunda semana de novembro
Dentro da agenda para a segunda semana de novembro, os investidores estarão atentos ao orçamento do Tesouro norte-americano e à balança comercial do país em setembro. Já na Europa, também teremos o término da reunião do BoE - Banco Central da Inglaterra -, que definirá a nova taxa básica de juro. No panorama doméstico, atenção para os indicadores de inflação, com destaque para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado - referente ao mês de outubro. Ainda por aqui, sairá a a pesquisa mensal de comércio e de emprego e salário.

Segunda-feira (7/11)
BRASIL
- 8h30min - O Banco Central revelou o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
- 11h - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, trazendo a diferença entre as exportações e importações contabilizadas durante o período.[

EUA
- 17h - O Federal Reserve divulga o Consumer Credit referente ao mês de setembro, com objetivo de medir o total de crédito disponível ao consumidor.
 
Terça-feira (8/11)
BRASIL
- 8h - A FGV - Fundação Getulio Vargas - anuncia o IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor – Semanal - referente à primeira quadrissemana de novembro. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
- 8h - A fundação também publica o IGP-DI de outubro, importante medida de inflação nacional.
- 9h - O IBGE (Instituro Brasileiro de Geografia e Estatística) anuncia a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física Regional de setembro, que acompanha a evolução do nível de produto na indústria, mediante recortes locais.

EUA
- Não são esperados indicadores relevantes no país neste dia.
 
Quarta-feira (9/11)
BRASIL
- 7h - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) apresenta o IPC referente à primeira quadrissemana de novembro. O índice é baseado em uma pesquisa de preços feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 1 a 20 salários mínimos.
- 9h - O IBGE ainda revela o Levantamento da Produção Agrícola referente ao mês de outubro.
- 12h30min - O Banco Central divulga o Fluxo Cambial, com dados sobre o 
movimento de entrada e saída de dólares do País referentes à última semana.

EUA
- 12h - Sai o Wholesale Inventories de setembro, relatório que contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista.
- 12h30min - Confira o relatório de Estoques de Petróleo norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information Administration).
 
Quinta-feira (10/11)
BRASIL
- 8h - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) do primeiro decênio de novembro, que é bastante utilizado pelo mercado, e retrata a evolução geral de preços na economia.
- 9h - O IBGE apresenta a Pesquisa do Comércio de setembro, que acompanha a evolução da atividade comercial no Brasil, com indicadores calculados para cada região do País.

EUA
- 10h30min - Atenção para o Trade Balance (balança comercial) com base no mês de setembro, que mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país
- 10h30min - Serão apresentados o Export Prices e o Import Prices, ambos do mês de outubro. Os índices excluem de suas bases a produção agrícola e as cotações do petróleo, respectivamente.
- 11h30min - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.
- 16h - O Departamento de Tesouro norte-americano fornece os dados de outubro do Treasury Budget (orçamento governamental).

Inglaterra
- Atenção para a reunião de política monetária do Banco Central da Inglaterra. Os membros do comitê vão decidir sobre eventuais mudanças nos parâmetros do juro básico.

Sexta-feira (11/11)
BRASIL
- 9h - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publica o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), ambos referentes ao mês de outubro. O IPCA é um dos principais índices utilizados pelo Banco Central para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação
- 9h - O instituto também reporta a Pesquisa Mensal de Emprego de setembro, documento que descreve o mercado de trabalho no País.
- 9h30min - O órgão ainda apresenta a Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil de outubro, levantamento dos preços e dos custos dos materiais utilizados no setor.

EUA
-12h55min - A Universidade de Michigan publica a preliminar do Michigan Sentiment de novembro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.Como começa a semana subsequente?

Segunda-feira (14/11)
BRASIL
- 8h30min - O Banco Central revela o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
- 11h - O Ministério de Comércio Exterior reporta a Balança Comercial referente à última semana, trazendo a diferença entre as exportações e importações contabilizadas durante o período.

EUA
- Não são esperados indicadores relevantes no país neste dia


Da redação – São Paulo / SP
RESUMO da Semana – 31 de outubro a 4 de novembro de 2011
IBRE divulga IGMI-C do trimestre - Dando continuidade à sequência programada de divulgações, o IGMI-C está sendo atualizado com informações referentes ao terceiro trimestre de 2011. Nesse período, as taxas de retorno da renda, capital e total foram de, respectivamente, 2,77%, 0,96% e 3,74%, sobre o trimestre anterior.

Confiança da indústria tem décima queda consecutiva - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas recuou 0,4% entre setembro e outubro de 2011, ao passar de 101,1 para 100,7 pontos.

IPC-S avança em quatro capitais - O IPC-S de 31 de outubro de 2011 registrou variação de 0,26%, 0,05 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa divulgada na última apuração. Das sete capitais pesquisadas, três registraram decréscimo em suas taxas de variação.
Indústria

Produção industrial registra queda de 2,0% em setembro - Descontadas as influências sazonais, a produção industrial em setembro teve queda de 2,0% se comparada com agosto. Na comparação com setembro de 2010, o total da indústria recuou 1,6% em setembro deste ano e avançou 1,1% no índice acumulado dos nove meses do ano. (Fonte: IBGE)

Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe registra alta de 0,39% em outubro - A quarta quadrissemana de outubro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,39% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado representou aceleração ante 0,34% da prévia anterior. Nas sete classes de despesa que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,66%), Alimentação (0,53%), Transportes (-0,12%), Despesas Pessoais (0,80%), Saúde (0,30%), Vestuário (-0,72%) e Educação (-0,02%). (Fonte: Fipe)
ICV desacelera e fecha outubro em 0,31% - O Índice do Custo de Vida (ICV) apresentou taxa de 0,31% em outubro. O número é bem inferior à variação de setembro, de 0,69%. Nos últimos 12 meses, a inflação geral é de 6,79%. Este ano de 2011, de janeiro a outubro, já acumula alta de 5,01%. (Fonte: DIEESE)

Setor Público
Balanço do superávits do mês de setembro - O superávit primário do setor público consolidado atingiu R$8,1 bilhões em setembro. O Governo Central e os governos regionais apresentaram superávits de R$6 bilhões e R$2,2 bilhões, respectivamente. As empresas estatais tiveram déficit de R$46 milhões. Em 2011, o superávit primário acumulado do setor público chegou a R$104,6 bilhões (3,5% do PIB), comparativamente a R$76,9 bilhões (2,87% do PIB) no mesmo período em 2010. No acumulado em doze meses até setembro, o superávit alcançou R$129,4 bilhões (3,25% do PIB). (Fonte: BC)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Ações da Ásia recuam após acordo de coalizão na Grécia
As bolsas de valores asiáticas mostraram fragilidade nos pregões de hoje, dia 7/11, e os mercados de crédito enfraqueceram, com investidores ainda nervosos apesar do acordo que prevê a formação de um novo governo de unidade na Grécia, para evitar um iminente default do país.Investidores também voltaram as atenções para outro país europeu bastante endividado, a Itália, que também enfrenta instabilidade política, colocando a nação sob presssão para rapidamente restaurar sua credibilidade nos mercados financeiros.
- Às 8h, o índice MSCI de ações Ásia-Pacífico, com exceção do Japão, caía 0,65%.
- Em Hong Kong e Xangai, as bolsas de valores foram pressionadas pelo setor financeiro, conforme investidores se prepararam para importantes dados macroeconômicos nesta semana, incluindo o último relatório mensal de inflação da China, previsto para quarta-feira.
- Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,395, para 8.767 pontos.
- Na Bolsa de Hong Kong, o mercado cedeu 0,83%, para 19.677 pontos.
- Em Xangai, a bolsa perdeu 0,73%, a 2.509 pontos.
- A Bolsa de Sydnei teve baixa de 0,18%, para 4.273 pontos.
Análise - Os spreads entre o índice de grau de investimento iTraxx, exceto Japão, - uma medida do apetite por risco do investidor - subiu 4 pontos-base, conforme as ações recuaram. Os spreads dos mercados de crédito estão um pouco maiores, enquanto as ações estão mistas, porque as questões de dívida podem importar mais para Europa e os mercados de crédito estão mais pessimistas com esses tipos de incertezas", afirmou o estrategista sênior, fora o Japão, para o Credit Agricole CIB, Frances Cheung, em Hong Kong.Com muitos centros financeiros na Ásia fechados por um feriado nesta segunda-feira, incluindo Índia, Malásia, Filipinas e Cingapura, os preços das ações podem não necessariamente representar o sentimento do mercado, devido aos baixos volumes, disseram analistas.


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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA
HP anuncia tablet corporativo que vai brigar com iPad
Uma semana após anunciar a decisão de manter sua divisão de computadores pessoais a HP anuncia nova versão de seu tablet com Windows 7, o Slate 500. Batizado de Slate 2 e voltado ao mercado corporativo (dominado pelo iPad, da Apple), o aparelho tem tela capacitiva multi-toque de 8.9 polegadas e um processador Intel Atom Z670 rodando a 1.5 GHz. A HP conseguiu reduzir o preço para US$ 699 ao criar uma configuração com apenas 32 GB de memória interna. O sistema operacional é o Windows 7 Home Premium. O aparelho estará disponível mundialmente em novembro. Esse é o primeiro tablet lançado pela HP após a empresa anunciar a decisão de manter a divisão de sistemas pessoais (Personal Systems Group), que produz smartphones, tablets e PCs. Recentemente, a HP decidiu cancelar a produção dos tablets TouchPad e dos smartphones da família Pre, todos baseados em tecnologia e um sistema operacional (o WebOS) adquiridos da Palm.
O futuro dos tablets e PCs da HP agora gira ao redor do Windows 8, e a empresa afirma que irá lançar um tablet com Windows 8 no futuro. O Slate 2 é baseado no Windows 7, mas oficiais da HP não informaram se haverá um caminho de migração para o Windows 8. Como um tablet corporativo, o Slate 2 se integra facilmente em ambientes Windows, disse Kyle Thornton, gerente da categoria de produtos emergentes da HP. Assim como os PCs, o tablet pode rodar quaisquer aplicativos desenvolvidos para o Windows. “Clientes corporativos estão realmente procurando uma fácil integração com sua infraestrutura”, disse Thornton. Segundo ele, é necessário trabalho extra para integrar aparelhos baseados nos sistemas Android (da Google) e iOS (da Apple) aos ambientes de TI.
Segundo Thornton, o Slate 2 pode ser usado para acessar documentos corporativos ou tomar notas usando a uma caneta (stylus). Com um teclado externo opcional, o aparelho se transforma em PC. O Slate 2 também tem recursos de segurança e ferramentas que permitem aos administradores gerenciar remotamente o aparelho, informa a companhia. Dados podem ser apagados com um comando remoto em caso de perda ou roubo, e a HP inclui em seu tablet  o Computrace Pro, da Absolute Software, que ajuda a rastrear aparelhos perdidos. O hardware também inclui o Trusted Platform Management (TPM), uma tecnologia de autenticação e criptografia baseada em hardware. Também há uma ferramenta para que os administradores de sistema possam distribuir uma imagem de sistema padronizada a centenas de tablets, diz Thornton.
O tablet é baseado em um dos mais recentes processadores móveis da Intel, o Atom Z670, uma CPU single-core que roda a 1.5 GHz. Ele tem aceleradores para facilitar a decodificação de vídeo em 1080p, e segundo o fabricante também pode rodar o Android 3.0, de codinome Honeycomb. A HP não informou se tem planos de oferecer uma versão do tablet com o Android pré-instalado. A HP irá competir com a Dell, que anunciou recentemente o tablet Latitude ST, também baseado no Windows 7, e com a Cisco, que oferece um tablet Android chamado Cius. O iPad, da Apple, é o mais popular no mercado corporativo, onde é usado para acesso a e-mail, calendários, web e documentos. (Agência IDG News Service)


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AGROBUSINESS


Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil pode ter safras recordes
A configuração de um La Niña mais fraco durante a temporada 2011/12 indica apenas problemas climáticos isolados para a produção de soja e milho do Brasil, disseram agrometeorologistas. E num cenário de crescimento de área plantada e maiores investimentos, as chances de safras recordes ficam maiores. O Brasil está na fase intermediária de plantio de soja e milho, os dois principais grãos produzidos no país, e ainda serão necessários pelo menos mais dois meses para que as culturas atinjam fases críticas em que chuvas são necessárias.
Mas no que depender dos modelos climáticos, e do que eles indicam em relação ao La Niña, o produtor não tem muito com o que se preocupar. "Pelo menos por enquanto, não tem nada tão alarmante", afirmou a agrometeorologista Ana Ávila, diretora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, parceira da estatal Embrapa.
O La Niña, fenômeno caracterizado pelo esfriamento das águas na região central do oceano Pacífico, tende a interferir no clima em algumas regiões brasileiras importantes produtoras de grãos. Mas neste ano ele se configura como menos intenso e ocorrerá em um período mais curto, explicam os especialistas. "A grande característica dessa La Niña, diferente da de 2010/11, é que ela vai ser de intensidade moderada, por isso que ela é 'light', mas estão falando isso porque ela vai ser de tiro curto, de curta duração", afirmou o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos.
O La Niña na safra passada estendeu-se de junho de 2010 até o outono de 2011. O atual provavelmente começará na segunda metade da primavera, acabando no outono. "No que depender do fenômeno, os problemas serão mínimos", acrescentou Santos, lembrando que na safra atual o La Niña no Sul do Brasil deve ser marcado por alguns períodos de falta de chuva, que podem variar de uma semana a dez dias.
O La Niña pode causar a redução do volume de chuvas na metade sul do Rio Grande do Sul, no sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Além disso, o fenômeno pode trazer chuvas intensas e concentradas em períodos de colheita no Centro-Oeste e Sudeste. Mas "a intensidade da La Niña a princípio vai ser bastante fraca, a diferença da temperatura do oceano Pacífico em relação à média está baixa, menos de um grau na região estudada. Então o reflexo não é tão significativo", ressaltou Samuel Braun, meteorologista do Simepar, do Paraná.
No entanto, o La Niña tem feito alguns órgãos públicos e privados a manterem a cautela em relação à próxima safra, apesar de tudo indicar que o plantio de soja será recorde, em torno de 25 milhões de hectares, com produtores estimulados pelos bons preços das commodities agrícolas. Na safra passada, quando o tempo foi extremamente favorável apesar do desenvolvimento de um La Niña mais forte, a produtividade média da soja brasileira foi recorde, de 3.115 quilos por hectare, e a safra do segundo produtor mundial da oleaginosa superou 75 milhões de toneladas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgará na próxima quarta-feira sua segunda previsão de safra 2011/12, terá a chance de rever seus números após a avaliação do mês passado refletir temores com o La Niña. Por ora, a estatal vê uma safra de soja de no máximo 73,3 milhões de toneladas, apesar do crescimento de 800 mil ha no plantio. No caso do milho, para a Conab, também poderá ser uma das maiores áreas da história, de 14,5 milhões de hectares.
Isso num ano em que o uso de fertilizantes será recorde, assim como os investimentos em variada gama de biotecnologia, o que geralmente favorece o aumento da produtividade agrícola. "O grande problema que vejo pelo La Niña é o excesso de chuva na colheita de soja do Centro-Oeste e Sudeste", acrescentou o especialista da Somar, lembrando que isso não quebra a safra, mas pode afetar a qualidade. mJá a agrometeorologista do Cepagri avalia que produtores ainda podem tomar algumas ações para evitar problemas com o La Niña, como o uso de sementes adequadas e o escalonamento do plantio para evitar que alguns períodos de estiagem afetem a safra como um todo. (Agência Reuters)

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SETOR AUTOMOTIVO


Rio de Janeiro / RJ
Indústria vai acompanhar demanda por carros mais limpos
Nas grandes montadoras, não há dúvidas: o declínio das reservas de petróleo, as maiores restrições ambientais e uma clientela cada vez mais preocupada com a sustentabilidade irão mudar a cara do mercado automobilístico no futuro. Para enfrentar esse desafio, muitas já estão investindo em tecnologias alternativas ao tradicional motor a combustão. Na Califórnia/EUA, é possível usar energia captada por painéis solares instalados em casa para obter, da água, o hidrogênio para abastecer o tanque do FCX Clarity, lançado em 2008 pela Honda. O carro roda sem emitir poluente ou gás do efeito estufa.
"O que sai do escapamento é vapor d'água", diz Alfredo Guedes Júnior, engenheiro e relações-públicas da Honda Automóveis do Brasil. Ele explica que, ao deixar o tanque, o hidrogênio vai para um reator, onde ocorre um processo de fusão com o oxigênio retirado da atmosfera. Isso gera a energia que impulsiona o motor elétrico e abastece as baterias responsáveis por alimentar as demais funções do veículo.
Protótipo de um modelo semelhante já circula na Alemanha, na China, na Coreia do Sul, no Japão e em outras partes dos EUA. Batizado de Hydrogen, ele foi desenvolvido pela Opel, a subsidiária europeia da GM. A empresa investiu mais de 1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 3,5 bilhões) em tecnologia nos últimos dez anos. A previsão é que o veículo seja lançado comercialmente em 2016. (Agência FolhaNews)

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SERVIÇOS e VAREJO


São Paulo / SP
Comércio espera Natal mais conservador em 2011
A inflação mais alta, o crescimento menor da economia doméstica e o endividamento dos brasileiros, além da crise global, devem presentear os consumidores do país com uma boa dose de cautela neste Natal --artigo raro em 2010. Isso não quer dizer queda de vendas. A CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) calcula aumento entre 6% e 7% do número de transações comerciais natalinas neste ano --percentual que, no entanto, é bem inferior ao de 10,9% em 2010.
O clima mais conservador do Natal 2011, na avaliação de consultores e varejistas ouvidos pela Folha, deve se traduzir melhor pelo perfil dos produtos que os consumidores levarão para casa e pela estratégia de compra. "Os consumidores devem mudar o nível de endividamento, optando por itens com preço mais em conta dentro de uma mesma categoria, por exemplo", diz Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. A dívida total das famílias brasileiras, de acordo com dados da LCA Consultores, é preocupante e já corresponde a 40% da massa anual de renda, considerando os ganhos obtidos com trabalho e os benefícios pagos pela Previdência Social.
As incertezas no cenário externo, com os problemas econômicos na Europa e nos EUA, também pesam mais neste fim de ano. "Com receio de que a crise internacional tenha impacto na economia doméstica, o consumidor tende a evitar parcelamentos longos", afirma Almawi. Assim, visitando lojas de grandes redes varejistas em São Paulo, é comum ver os produtos que custam mais -como eletroeletrônicos e linha branca (fogão, geladeira, entre outros)- expostos com uma grande variedade de modelos e preços. E, geralmente, os mais em conta ficam à frente nos mostruários.
Mesmo assim, de acordo com a CNDL, os eletroeletrônicos perderam até 10% de participação no "mix" de produtos das lojas neste Natal, enquanto itens de perfumaria e cosméticos ganharam o dobro de espaço. "Perfumes e cosméticos são produtos que entraram mais recentemente na lista de preferências dos consumidores da nova classe média. E, pelo valor mais acessível, são uma aposta dos lojistas", diz Roque Pellizzaro Junior, presidente da instituição. "Vestuário também é beneficiado em um ambiente de consumo mais cauteloso, pois tem uma grande variedade de preços e modelos, além de atender a uma necessidade prática", afirma Marcelo Villin Prado, diretor do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial).
Ainda na avaliação de Prado, 2010 foi um ano de "ousadia anormal" no consumo, em parte impulsionada por uma "propaganda massiva" de que o país estava imune à crise externa. "Foi ano eleitoral, e a ideia da crise como 'marolinha' no Brasil estimulou a despreocupação", diz o executivo."Mas, considerando que 2010 foi o melhor da história em vendas, um crescimento mesmo moderado em 2011 já é muito bom", diz.

Da redação – São Paulo / SP
Marisa cresce 16,7% no trimestre
A Lojas Marisa, uma das principais varejistas de vestuário do país, disse que suas vendas líquidas subiram 16,7% no terceiro trimestre do ano na comparação anual, para R$ 453,6 milhões. A margem bruta subiu 1,1 ponto percentual, chegando a 51%. Em mesmas lojas, foi registrada alta de 6,93% nas vendas. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) subiram 12,1% no período, para R$ 82,5 milhões, mas o lucro líquido caiu 18,3%, para R$ 34 milhões, por conta da greve dos Correios e da maior despesa com impostos no trimestre. A empresa encerrou o ano com 12,5 milhões de portadores do cartão private label, 16,8% mais que há um ano. As vendas por meio dos cartões Marisa (private label e co-branded) cresceram 5,6% na comparação anual, para R$ 286,4 milhões.

Da redação – Florianópolis / SC
Rede Berlanda compra Gavazzoni e lidera em Santa Catarina
A aquisição da rede Gavazzoni, com 30 pontos de venda em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, fechada na semana passada pela rede Berlanda, faz com que a empresa se torne a maior varejista de eletroeletrônicos, em número de pontos de venda, em solo catarinense. Com o negócio, a Berlanda fechará o ano com 187 lojas nos dois Estados (sendo 179 em Santa Catarina) e previsão de faturar R$ 410 milhões. A Salfer, com sede em Joinville (SC), conta com 130 lojas no Estado, mais 77 no Paraná, onde a Berlanda não atua. O ranking em número de lojas é seguido pela rede catarinense Koerich, com 84 lojas, Magazine Luiza, com 59 unidades, Ponto Frio, com 16, e Casas Bahia, com 13. O valor da transação com a Gavazzoni não foi revelado. O negócio gerou sobreposição do número de unidades em 20 das 30 cidades em que a rede já mantinha pontos de venda. A estratégia será manter as duas marcas em operação por até cinco anos. (Agência ValorOnline)


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TI, WEB e e-COMMERCE

 
Da redação - São Paulo / SP
Gartner lista dez tendências tecnológicas para 2012
Dez áreas tecnológicas merecem a atenção das empresas hoje e no próximo ano, segundo estudo recém-divulgado pelo Gartner. Entre elas, o instituto de pesquisas classifica a mobilidade em primeiro lugar, por forçar as empresas a prepararem o seu software de modo a disponibilizarem acesso às aplicações de todas as formas possíveis e promover a consumerização das TICs ou a abordagem “Bring Your own Device” (BYOD) ou “Bring Your own Technology” (BYOT).
Não por acaso, a segunda maior preocupação para a estratégica dos CIOs centra-se nas aplicações e interfaces e sua adaptação ao novo ambiente de mobilidade. O Gartner observa que os parâmetros válidos há 20 anos (baseados em janelas, menus e ícones) devem ser substituídos por tecnologias com enfoque na mobilidade, que incluem sistemas de interação por toque, por vídeo ou por voz, priorizando novos padrões como o HTML5.
A experiência do usuário de redes sociais e as tecnologias contextuais também serão um ponto extremamente importante na agenda dos líderes de TI para o ano de 2012, na lista da consultoria, junto com a chamada Internet das Coisas, que ocupa a quarta posição na lista. Nesse sentido, as tecnologias de comunicação em proximidade ou Near Field Communication (NFC), para pagamentos móveis, começará a ter projetos concretos.
Também relacionada com a mobilidade, está a quinta tendência a ser considerada pelos CIOs no próximo ano: as lojas on-line de aplicações. A App Store e o Android Market, em conjunto, deverão distribuir cerca de 70 mil milhões de aplicações móveis até 2014. Da perspectiva do ambiente corporativo, isso significa passar de um planejamento mais centralizado para uma abordagem na qual é necessário ter em conta um mercado onde existem vários fornecedores e aplicações. Assim as empresas terão de avaliar melhor os riscos e o valor que cada uma traz para a organização como um todo.
 
BI e análise de dados
Muitas empresas já usam plataformas de Business Intelligence e soluções de análise de dados. Mas na verdade, diversos estudos têm mostrado que nem todas conseguem extrair o máximo de benefícios a partir delas. Por isso, existe ainda um longo caminho a percorrer nessa área. Considerando a conjuntura econômica, as empresas não podem deixar de investir em soluções capazes de permitir conhecer em profundidade as necessidades e o comportamento dos seus clientes.
Isso permite a cada uma delas responder de acordo com as necessidades de seus clientes, melhorando assim os negócios. Face à contenção nos orçamentos de investimento em TI, as empresas devem procurar extrair o máximo das soluções de BI que já têm. Nesse ponto, o enfoque no Big Data pode ser enganador. A expressão Big Data ou grandes volumes de dados é usada para reconhecer o crescimento exponencial de dados, a disponibilidade e o uso da informação em ambientes futuros. Esse conceito dá um peso indevido ao volume de informações a ser gerido, segundo o Gartner.
Muitos CIOs focaram-se simplesmente na gestão de grandes volumes de dados, esquecendo-se muitas outras dimensões relacionadas com a gestão da informação. Deixam no ar, assim, muitos desafios a serem abordados mais tarde, muitas vezes com maiores dificuldades. Questões de acesso e classificação de dados não podem ser negligenciadas. Caso contrário, segundo os analistas do Gartner, a empresa se verá obrigada a um novo investimento massivo – em dois ou três anos – para resolver problemas negligenciados quando da implantação de infraestrutura
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Nova fase para o modelo de cloud computing
Completam a lista compilada pelo Gartner as tecnologias in-memory, e os servidores de baixo consumo energético para cloud computing – a tendência mais comentada no mundo das TIC, desde que apareceu há cinco anos. Apesar de ser um importante fator no setor das TIC, cloud computing ainda não está produzindo os resultados esperados. De acordo com estudo da Symantec, organizações que já investiram em tecnologias de virtualização e em plataformas de cloud, híbridas ou privadas, tendem a seguir um caminho semelhante: evoluir da virtualização de aplicações menos críticas para as mais importantes (como o e-mail e as aplicações de colaboração, de comércio eletrônico e da cadeia de abastecimento, bem como as de planejamento de recursos empresariais e de gestão das relações clientes).
Nesse sentido, mais da metade (59%) pretende virtualizar as aplicações de bases de dados ao longo dos próximos 12 meses. Cerca de 55% pretende virtualizar aplicações Web e 47% consideram virtualizar aplicações de correio electrónico e calendário. Apenas 41% tencionam virtualizar aplicações ERP, segundo o Gartner. E, à medida que as tecnologias de virtualização e as clouds privadas são cada vez mais adotadas, o custo e o desempenho dos sistemas de armazenamento crescem de importância na hora de escolher um ou outro sistema. Mais da metade dos entrevistados pela Symantec (56%) afirmou que os custos de armazenamento aumentaram com a virtualização de servidores.
Portanto, as três principais razões para a implementação de virtualização de sistemas de armazenamento, incluem redução dos custos operacionais (55%), melhorias de desempenho dos sistemas de armazenamento (54%), e melhorias do potencial de recuperação de desastres (53 %). Embora a tendência seja imparável, a implantação real de cloud computing nem sempre satisfaz os critérios previamente estabelecidos. O estudo observa ainda que os projetos de virtualização de servidores são os mais bem sucedidos. Normalmente, existe uma diferença média de 4% entre os objetivos propostos e os alcançados. É uma diferença muito menor do que a registada para os sistemas de virtualização de armazenamento, em torno de 33%, com grandes decepções em termos de capacidades de escala, flexibilidade e redução dos custos operacionais. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Gartner)

São Paulo / SP
Varejo de alimentos busca lugar na internet
A venda de alimentos pela internet entrou de vez na rota de expansão das varejistas brasileiras. O segmento, que nasceu nos anos 90 como um serviço adicional, passa por uma fase de ampliação nas redes Pão de Açúcar, Sonda e Walmart. Em 2010, as vendas pela internet dos supermercados somaram cerca de R$ 1,6 bilhão. Mas representam apenas 0,8% do total do setor, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A modalidade perde até para o telefone, que respondeu por 3% das vendas.

O Walmart está desenhando um plano para lançar o serviço em todos os Estados onde atua. ?Ainda não definimos quais serão as primeiras cidades. Mas já mapeamos o mercado?, diz o diretor de e-commerce da empresa, Roberto Wajnsztok. A expectativa do setor é que eles comecem a operação delivery em São Paulo no ano que vem. Hoje, o Walmart faz entrega em domicílio em Curitiba e em Porto Alegre, com as marcas Mercadorama e Nacional. As operações já existiam quando o Walmart comprou as redes do grupo Sonae, em 2005. Mas o negócio começou a chamar a atenção do grupo em 2010, quando o ritmo das vendas online acelerou. O Walmart não divulga o faturamento do segmento, mas diz que deve crescer 90% em 2011.
Se lançar o serviço em São Paulo, o Walmart enfrentará diretamente o Sonda e o Pão de Açúcar, que acaba de investir R$ 5 milhões para ampliar sua capacidade de processamento de 1 mil para 10 mil pedidos por dia. Para entregar mais encomendas, o Pão de Açúcar também automatizou parte do processo de separação e embalagem de produtos. ?Essas mudanças devem proporcionar aumento de 30% nas vendas até dezembro?, diz o diretor de operações, João Gravata. O Sonda pretende triplicar suas vendas pela internet em 2012. A operação atual é limitada pelo espaço do centro de distribuição, que será ampliado, segundo o diretor de e-commerce da rede, Júlio Lopes. A área de delivery existe desde 2004, mas só ganhou o status de unidade de negócios em 2010. Além do crescimento de cerca de 40% ao ano, a operação online chamou a atenção porque o gasto médio é cinco vezes maior que o das compras nas lojas, diz Lopes, sem revelar o valor.

Além das grandes varejistas nacionais, os supermercados regionais também estão apostando na operação delivery. As redes catarinenses Angeloni e Comper e as cariocas Princesa e Zona Sul têm o serviço. Em muitas delas, a venda online é uma evolução do serviço de tele-entrega. Na Princesa, por exemplo, 70% dos mil pedidos mensais de entrega ainda são feitos por telefone. A pontualidade da entrega e a seleção dos produtos são os diferenciais dos supermercados na operação delivery, afirma o consultor do Centro de Excelência em Varejo da FGV-SP, Juracy Parente. ?Se na loja o cliente aceita encontrar um produto perto do prazo de validade, os consumidores que compram pela internet não vão receber esses produtos. Eles são mais exigentes, mas tendem a ser mais fiéis?, diz Parente.
A questão do preço ainda é secundária. Uma das razões é que a comparação entre as empresas é difícil, pois a cesta de compras é grande. Mas novas tecnologias devem mudar isso e aumentar a relevância do preço na decisão de compras de alimentos pela internet. Uma funcionalidade do site Meu Carrinho, do grupo Buscapé, vai permitir que os consumidores comparem listas inteiras de compras a partir do ano que vem. Para o consultor da FGV, o fortalecimento do e-commerce de alimentos do Walmart pode motivar consumidores mais sensíveis a preços e a promoções a fazer compras online. Segundo pesquisas do site Meu Carrinho, a percepção dos consumidores é que os preços na internet são maiores do que nos supermercados. As varejistas procuradas pelo jornal O Estado de S. Paulo dizem que os preços são uma média dos valores praticados nas lojas. Cabe a elas, portanto, mudar essa impressão. (Agência Estado)


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ENERGIA


Brasília / DF
Energia solar fica mais competitiva no país
A energia solar, renovável que mais cresce no mundo, começará a ganhar incentivos do governo para sua adoção no Brasil -embora de forma muito mais tímida do que ocorreu com a eólica. Seis distribuidoras de energia devem iniciar projeto-piloto de geração solar em 2012. A ideia é aplicar um plano da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que donos de painéis fotovoltaicos liguem suas instalações na rede e troquem energia com as concessionárias. Se a experiência der certo, o governo começará a estudar a desoneração tributária de equipamentos do setor. Até agora, a energia solar tem sido deixada de molho no país, sob a alegação de custos altos demais. Esse quadro mudou: hoje o megawatt-hora fotovoltaico tem custo ao consumidor estimado de R$ 500 a R$ 600, o mesmo ou menos do que pagam os usuários de energia convencional de 31 distribuidoras em Estados como Mato Grosso e Minas Gerais. O preço dos painéis fotovoltaicos tem despencado -caiu 50% somente no último ano. Isso fez com que a capacidade instalada no planeta crescesse 74% em 2009 e 2010. A eólica aumentou 26% no período, segundo o relatório "Renewables 2011".


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TELECOM

Da redação – São Paulo / SP
Bancos internacionais aprovam crédito de US$ 1 bilhão para Oi
O grupo Oi, por meio das empresas Telemar Norte Leste, Brasil Telecom S.A., TNL PCS e 14 BRT, recebeu uma linha de crédito rotativo (revolver credit facility) no valor de 1 bilhão de dólares para aplicar em suas operações. O empréstimo tem prazo de 5 anos e um custo de Libor + 0,90% ao ano. O contrato foi celebrado junto a um grupo de nove bancos comerciais globais, tendo como líderes as seguintes instituições: Bank of America, HSBC, RBS e Citibank. Também integram a operação, em diferentes níveis de participação, os bancos Tokio Mitsubishi, Barclays, Deutsche Bank, Morgan Stanley e Sumitomo Mitsui. “Isso mostra o bom momento do País e da companhia, pois é um sinal inequívoco de que os bancos estão confortáveis com o perfil de crédito da Oi, que teve a capacidade de fechar uma operação deste porte mesmo num cenário desafiador, de muita volatilidade nos mercados”, diz o diretor de tesouraria da Oi, Bayard Gontijo. A operação foi estruturada de forma que as contratantes possam fazer uso da linha de crédito a qualquer momento, ao longo dos cinco anos. A operadora não pretende utilizar esse crédito no momento. “A Oi tem atualmente uma situação de caixa bastante confortável. Esta operação forma um significativo colchão de liquidez, fortalecendo a estrutura de capital e o perfil de crédito do grupo, além de possibilitar maior eficiência da gestão do caixa”, afirma Gontijo.

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MERCADO DE LUXO


Nova Iorque / EUA
Jóias de Elisabeth Taylor serão expostas e leiloadas
As joias da atriz Elizabeth Taylor poderão ser vistas em uma exposição em Nova Iorque, antes de serem leiloadas nos dias 13/12 a 16/12. (LEIA +)

 

Da redação – França / Paris (Jean Pierre Sorteux, correspondente i-press.biz)
Perfumes clássicos da Rolex são colocados à venda
Na década de 1970, a Rolex não estava satisfeita em apenas fazer alguns dos melhores relógios do mundo. (LEIA +)



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