Edição 590 | Ano IV

São Paulo /SP
Gigantes da tecnologia chinesas vão investir US$ 540 milhões no Brasil
Com o olho no crescente mercado de equipamentos eletrônicos brasileiro, gigantes da tecnologia chinesas fecharam nesta segunda-feira cinco planos de cooperação com parceiros locais durante uma visita a São Paulo patrocinada pela prefeitura de Shenzhen, importante polo tecnológico e financeiro chinês, num total de US$ 540 milhões. O presidente da ZTE na América do Sul, Yuan Lie, assinou um acordo com o importador local Zero-X para atingir receitas de US$ 150 milhões com a venda de celulares nos próximos três anos. Segundo Lie, a empresa deve faturar US$ 350 milhões no Brasil em 2011.
A ZTE já anunciou US$ 300 milhões de investimento em seu parque industrial e em centros de distribuição e de pesquisa e desenvolvimento, também produzirá tablets no país, em Hortolândia, no interior paulista. "Podemos oferecer as mesmas soluções e serviços que antes eram vendidos por empresas ocidentais a um preço mais competitivo, mantendo a mesma performance", disse Lie.
A fornecedora de serviços de telecomunicações Huawei assinou dois protocolos com as importadoras Nisalux e AXT para aumentar suas vendas locais, atingindo receita de R$ 120 milhões nos próximos 12 meses. "Eles serão a nossa força de vendas para clientes como TIM e Vivo", disse James Taylor, vice-presidente de vendas da Huawei na América do Sul.
Segundo Taylor, a empresa também produzirá tablets. "Até o primeiro trimestre de 2012 já estaremos fabricando tablets. Não podemos esperar mais", disse ele. No começo do ano, a Huawei anunciou US$ 300 milhões em investimentos em uma fábrica em Campinas. De acordo com Marcio Paschoal, diretor da Nisalux, uma das novidades da Huawei serão os aparelhos dual chips (que comportam dois chips), com preços entre R$ 179 e R$ 349. "Hoje, esses produtos só estão à venda no mercado informal", disse ele.
Outro acordo foi assinado com a fabricante de equipamentos de radiotransmissão Hytera e o importador Trunk Net. A previsão é que as vendas dos equipamentos, particularmente voltados para a comunicação de empresas de segurança e da polícia, atinjam receita de US$ 50 milhões. "Já temos acordos costurados para isso no próximo ano", disse Chen Qinzhou, presidente da Hytera. Já a fabricante de aparelhos celulares Sangfei vai investir US$ 50 milhões na fábrica da Philips da zona franca de Manaus (AM). Desde 2007, a chinesa, que pertence à gigante estatal CEC (China Eletronics Corporation), tem o direito de licenciamento para produzir aparelhos da Philips. (Agência FolhaNews)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação - São Paulo / SP
Dieese afirma que 13º salário vai injetar R$ 118 bilhões na economia até dezembro
O pagamento do 13º terceiro salário aos trabalhadores brasileiros deve injetar até dezembro cerca de R$ 118 bilhões na economia, valor 15,6% maior do que o estimado para o ano passado (R$ 102 bilhões), segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A quantia representa 2,9% do PIB (Produto Interno Bruto) e será paga a cerca de 78 milhões de brasileiros. A conta considera os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados.
O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2011 é cerca de 5,4% superior ao observado em 2010. Desse total, 29,7 milhões são aposentados ou pensionistas (38,1% do total). Os trabalhadores com carteira assinada, 48,3 milhões de pessoas, correspondem a 61,9% do total. E os empregados domésticos (formais com carteira de trabalho) somam 2,4 milhões, ou 3,1% do total. Cerca de outras 1 milhão de pessoas (1,2% do total) são aposentados e beneficiários de pensão da União.
Do montante a ser pago a título de 13º, cerca de 20% dos R$ 118 bilhões, pouco mais de R$ 34 bilhões serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 84 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados, incluindo os domésticos. Não são levados em consideração dos ganhos dos autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho. Também não é considerado, pelo levantamento, o adiantamento da primeira parcela do 13º salário ao longo do ano.
Por Região do Brasil - A região Sudeste é a que deve concentrar a maior parte da quantia que será injetada na economia (51,3%) porque possui a maior parte de trabalhadores, aposentados e pensionistas do país. Outros 15,4% devem ficar na região Sul e 15,19% na região nordeste. As regiões centro-oeste e norte devem ficar com 8,6% e 4,6% do valor, respectivamente.
Segundo o estudo do Dieese, a média recebida no país é de R$ 1.445. Já o maior valor médio para o 13º salário, levando-se em conta todos os beneficiados (trabalhadores, aposentados e pensionistas), deve ser pago em Brasília, e chegar ao ao valor de R$ 3.193 (ante R$ 2.850, em 2010). O menor, de R$ 974 (ante R$ 830, em 2010), deve ser pago no Maranhão. A economia paulista deverá receber, até o final de 2011, a título de 13° salário, cerca de R$ 35,9 bilhões, aproximadamente 30,4% do total do Brasil e 59,3% da região Sudeste. Esse montante representa em torno de 2,7% do PIB estadual.
Por Setor da economia - Os dados mostram que cerca de R$ 82 bilhões que serão pagos, até o final do ano, destinam-se a 45,9 milhões de trabalhadores formais. Desse total, 60% ficarão com empregados do setor de serviços (incluindo administração pública). Aos empregados da indústria serão destinados 21%. Os comerciários receberão 12,5% e os trabalhadores da construção civil, 4,8%. Outros 2% serão pagos aos trabalhadores da agropecuária. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Dieese)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Grécia gera temor sobre crise e Bolsas da Ásia caem
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira, dia 1/11, após o inesperado anúncio de que a Grécia fará um referendo sobre seu acordo de resgate, pondo em dúvida os esforços para resolver a crise de dívida da zona do euro.
A decisão tomada pelo primeiro-ministro grego, George Papandreou, para convocar um referendo pode resultar em eleições antecipadas se a população, prejudicada pelas duras medidas de austeridade, rejeitar o acordo, possivelmente desencadeando um calote de dívida. Os investidores temem que a medida grega mine os esforços da Europa para impedir o espalhamento da crise, enquanto o nervosismo do mercado põe os bônus italianos sob nova pressão.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 2,46%, após fechar outubro com ganho de mais de 12%.
- Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou em baixa de 1,70%.
- O índice de Seul teve leve alta de 0,03%. 
- A Bolsa de Taiwan avançou 0,45%, enquanto o índice referencial de Xangai ganhou 0,07%.
- Cingapura retrocedeu 2,33% .
- E Sydney fechou com desvalorização de 1,52%.
Análise - A decisão tomada pelo primeiro-ministro grego, George Papandreou, para convocar um referendo pode resultar em eleições antecipadas se a população, prejudicada pelas duras medidas de austeridade, rejeitar o acordo, possivelmente desencadeando um calote de dívida. Os investidores temem que a medida grega mine os esforços da Europa para impedir o espalhamento da crise, enquanto o nervosismo do mercado põe os bônus italianos sob nova pressão. Operadores disseram que as ações asiáticas devem sofrer com realização de lucros, após a forte alta da semana passada. Uma outra razão para vender foi a queda do índice manufatureiro da China em outubro, fazendo o mercado de Hong Kong perder 2,49%.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa tem maior ganho mensal desde maio de 2009
Apesar da forte queda registrada hoje, o índice Ibovespa ainda conseguiu emplacar o seu maior ganho mensal (11,5%) desde maio de 2009, após uma longa sequência de seis meses consecutivos de perdas.
 - O indicador retrocedeu 1,97% na rodada desta segunda-feira, atingindo os 58.338 pontos. Apesar do bom desempenho de outubro, neste ano a desvalorização acumulada é de 15,8%.
- O giro financeiro total da Bolsa foi de R$ 6 bilhões, dentro da média deste mês.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,704, em um avanço de 1,18% no dia. Em outubro, a taxa cambial cedeu 9,46%, mas ainda acumula alta de 2,28% nestes dez meses.
Análise - Para manter o "viés de alta", analistas técnicos (que se baseiam em gráficos para identificar as tendências da Bolsa) avaliam que esse índice precisa oscilar acima dos 60 mil pontos. Historicamente, os meses de novembro e dezembro são períodos em que esse indicador sobe. Em termos "fundamentalistas", economistas do setor financeiro apontam que os mercados precisam ter mais detalhes sobre a viabilidade do plano anticrise europeu anunciado na semana passada. "Após o tão esperado anúncio das medidas para estabilização financeira imediata da Europa, os investidores agora começam a analisar com mais calma a situação. A amplitude da aceitação revelará, nos próximos dias, se o plano é ou não viável. Até la, as Bolsas devem continuar sem tendência definida", comenta Eduardo Dias, analista da Omar Camargo Investimentos, numa referência às negociações para que a China coloque recursos no fundo de estabilidade financeira. Esse fundo é uma das ferramentas estratégicas que a UE deve usar para socorrer outros países da região em dificuldades financeiras, a exemplo de Portugal e Espanha. No domingo, o presidente da China, Hu Jintao, embarcou numa viagem para a Europa, com o objetivo de participar da reunião do G20, que terá como pauta principal a crise no Velho Continente.
Repercussão da Europa e Focus no mercado brasileiro - Entre as notícias de maior destaque no dia, a agência europeia de estatísticas Eurostat revelou que a zona do euro teve a maior taxa de desemprego (10,2%) em setembro desde o início da série histórica em 1998. No front doméstico, o boletim Focus mostrou que boa parte dos economistas do setor financeiro revisou novamente para baixo suas projeções para a inflação: a taxa prevista para 2012 caiu de 5,60% para 5,59%. Para esse ano, a estimativa do PIB também foi ajustada ligeiramente para baixo: em vez de um crescimento de 3,30%, a mediana das projeções aponta uma alta de 3,29%.
Analistas ressaltam que a semana terá uma agenda econômica bastante pesada à frente. Nos EUA, há pelo menos dois eventos de peso: a nova reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA), que não deve trazer novidades sobre a política de juros, mas pode surpreender caso se confirmem os rumores de uma nova rodada de injeções de capital na economia; na sexta, há a divulgação do fundamental relatório sobre geração de empregos. Na Europa, o mundo deve monitorar a troca de guarda no BCE (Banco Central Europeu, com a entrada do italiano Mario Draghi. O BCE é um dos organismos fundamentais para a gestão da crise no Velho Continente.
Ainda no front externo, há o início da reunião do G20 (grupo dos países mais desenvolvidos), que também deve merecer atenção cerrada dos mercados: ainda se discute as formas de ajudar os demais países europeus em dificuldades financeiras, a exemplo de Portugal e Espanha. Além da agenda macroeconômica, há uma extenso cronograma de balanços corporativos de peso, tanto no front externo quanto doméstico.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA caem com MF Global, mas têm melhor mês desde 91
Os principais índices do mercado de ações norte-americano encerraram seu melhor mês desde 1991 em queda nos pregões de ontem, dia 31/10. O setor financeiro foi golpeado com o pedido de proteção contra falência da MF Global e com os novos temores que surgiram sobre a crise na Europa.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 2,26%, para 11.955 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq teve variação negativa de 1,93%, para 2.684 pontos.
- O índice S&P 500 (Standard & Poor's 500) registrou oscilação negativa de 2,47%, para 1.253 pontos.
Análise  - No acumulado de outubro, o Dow Jones teve ganho de 9,5%, o Nasdaq teve alta de 11,1% e o S&P 500 subiu 10,8%, cravando o melhor mês desde dezembro de 1991. Em um sinal de que os problemas da Europa estão longe de terminar, a rentabilidade dos títulos de dívida italianos e espanhóis subiu expressivamente, levando o BCE (Banco Central Europeu) a comprar a dívida, enquanto ações de bancos europeus ficaram sob forte pressão de venda.
A falência da MF Global - A MF Global, corretora de futuros que fez grandes apostas em títulos da dívida soberana europeia, entrou com pedido de proteção judicial contra falência, tornando-a maior vítima norte-americana da crise da zona do euro. A negociação das ações da empresa foi interrompida. Os papéis do setor financeiro tiveram uma queda acentuada. A ação do Morgan Stanley, que está propensa a um mau desempenho desde o surgimento de temores sobre a Europa, caiu quase 9%. As perdas desta segunda-feira marcaram uma reversão da euforia da semana passada devido a um acordo de líderes europeus destinado a conter a crise da dívida. "Começamos o dia com mais perguntas sobre a União Europeia", disse o diretor administrativo da Southwest Securities, Mark Grant, na Flórida. "Sérias dúvidas foram levantadas, e em seguida veio a notícia da MF Global. A MF está envolvida em todos os tipos de mercados, e as conseqüências de sua falência são desconhecidas". Com a aceleração da onda de vendas perto do fechamento do pregão, o índice de volatilidade CBOE saltou mais de 22%, tendo seu maior ganho diário desde meados de agosto.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Lucro da Cielo cai 6,3% no 3o trimestre, com custos maiores
Custos maiores num cenário de maior concorrência pressionaram a última linha dos resultados da Cielo no terceiro trimestre, ofuscando receitas maiores com transações. A maior empresa de meios de pagamentos eletrônicos do país informou pela manhã que seu lucro líquido de julho a setembro somou R$ 457,6 milhões, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período de 2010.
Já o lucro operacional, medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, em inglês) somou R$ 586,5 milhões, recuo de 10,4% na comparação anual. A margem Ebitda cedeu 8 pontos percentuais, para 55,5%. A Cielo teve receita operacional líquida de 1,056 bilhão de reais no trimestre, montante 2,4% superior ao apurado entre julho e setembro do ano anterior.
O faturamento com aluguel cobrado dos lojistas por equipamentos (POS), de R$ 272,3 milhões, caiu 7,9% na comparação anual, embora tenha crescido 2,7% ante o trimestre imediatamente anterior. E as receitas com antecipação de recebíveis, de 159,9 milhões de reais, avançaram 41,2% ante o terceiro trimestre de 2010. No entanto, seus custos dos serviços prestados cresceram 15,3% no ano a ano, para 365,6 milhões de reais. Além disso, as despesas operacionais dispararam 52,3%, para R$ 165,8 milhões, em meio a novas contratações de pessoal e gastos maiores com marketing. A empresa disse ter fechado o período com participação de mercado de 57,9%. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Lucro do Itaú cresce 25,5% e atinge R$ 3,8 bilhões no trimestre
O lucro líquido do Itaú Unibanco atingiu R$ 3,807 bilhões no terceiro trimestre, com aumento de 25,5% ante o mesmo intervalo em 2010 e alta de 5,7% no confronto com os três meses imediatamente anteriores. No acumulado de janeiro a setembro, os ganhos do banco chegaram a R$ 10,940 bilhões, com expansão de 16,0% no confronto com igual intervalo em 2010.
A carteira de crédito do Itaú, incluindo operações de avais e fianças, chegou a R$ 382,236 bilhões em setembro, com acréscimo de 6,1% em relação ao segundo trimestre e de 22,8% ante o mesmo período do ano anterior. No segmento de pessoas físicas, os destaques no trimestre foram as carteiras de crédito imobiliário e de crédito pessoal, com crescimentos de 14,7% e 10,0%, respectivamente. No período de 12 meses, foram as carteiras de cartão de crédito (22,0%), crédito pessoal (43,4%) e crédito imobiliário (79,3%).
Já a carteira que engloba os empréstimos para empresas registrou crescimento trimestral de 6,2% e de 22,4% em 12 meses. O índice de inadimplência total, considerando operações de crédito com atraso superior a 90 dias, atingiu 4,7% em setembro, superior ao patamar registrado em junho (4,5%) e no mesmo mês do ano passado (4,2%).

 
Madri / Espanha
Lucro do Santander recua 6,9% no Brasil e atinge R$ 1,8 bilhão no trimestre
O Santander registrou lucro líquido de R$ 1,802 bilhões no Brasil no terceiro trimestre, com redução de 6,87% na comparação com o contabilizado no mesmo período do ano passado e de 13,5% ante os três meses imediatamente anteriores. No acumulado de janeiro a setembro, os ganhos do banco chegaram a R$ 5,956 bilhões, com expansão de 9,0% no confronto com igual intervalo em 2010.
A carteira de crédito chegou a R$ 184,788 bilhões no país, com aumento de 20,0% em 12 meses, com destaque para o desempenho dos segmentos de pessoa física e pequenas e médias empresas. Já no terceiro trimestre, o saldo apresentou crescimento de 7,8%, em parte decorrente do impacto da forte desvalorização do real ante o dólar. Excluindo esse efeito, o acréscimo foi de 5,4% no período.
O segmento de pessoa física teve alta de 24,6% em um ano e de 6,2% no trimestre, principalmente devido a cartões e crédito imobiliário. O volume de crédito para pequenas e médias empresas somou R$ 44,179 bilhões no trimestre, com alta de 24,0% e 7,7%, respectivamente. O índice de inadimplência alcançou 6,7% no terceiro trimestre, ante 6,1% um ano antes. Com relação ao segundo trimestre, o indicador ficou estável.
O resultado mundial do banco espanhol apontou queda de 13% no lucro líquido até setembro, para 5,3 bilhões de euros. O resultado ficou ligeiramente abaixo da previsão de analistas, que esperavam 5,5 bilhões de euros. O Santander vai precisar de 6,5 bilhões de euros para cumprir os novos requisitos de capital da zona do euro, mas manifestou que não tem intenção de levantar capital.  (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Bradesco cria empresa para administrar ativos imobiliários
Dono de um patrimônio de R$ 3,8 bilhões em imóveis, o Bradesco anunciou a criação de uma empresa para administrar seus ativos, a BSP - Bradesco Empreendimentos Imobiliários. Responsável a partir de agora pela gestão de 840 imóveis, a nova companhia vai buscar "ganho de eficiência e otimização de estrutura", segundo comunicado enviado à Bolsa na segunda-feira, incluindo a redução de custos. A BSP também poderá buscar construir empreendimentos em parceria com terceiros, de olho na valorização imobiliária. Neste ano, o Banco do Brasil anunciou também mudanças em sua estrutura imobiliária. O banco vai expandir sua rede de agências bancárias por meio de um fundo de investimento imobiliário que vai buscar pontos para a construção dos estabelecimentos, além de reformá-los. Com a parceria com investidores, o banco não precisará imobilizar seus ativos, passando a pagar apenas aluguel nessas novas agências.

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INDÚSTRIA


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
IBGE afirma que produção industrial tem queda de 2% em setembro
A produção da indústria brasileira caiu 2% em setembro na comparação livre de influência sazonais com agosto. O resultado representa uma acentuação da queda frente ao desempenho de agosto, quando o setor havia registradado recuo de 0,1%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado mostra uma forte freada da indústria, que sente os efeitos de alta dos juros (processo encerrado em agosto), a menor demanda global diante da crise e a desaceleração do consumo doméstico. A queda de agosto para setembro é a maior desde abril (-2,3%).
Desde abril, a indústria perde ritmo, tendência que se acentuou agora com a forte retração de setembro. O patamar de produção em setembro ficou 4% abaixo do pico do setor, registrado em março deste ano. No primeiro trimestre, a indústria cresceu 1,3% na comparação com o trimestre anterior. No segundo trimestre, houve queda de 0,6%. E, agora, no terceiro trimestre a perda se intensificou e ficou em 0,8%. "Há uma clara perda de dinamismo da indústria, que se acerelou no terceiro trimestre, muito por causa da retração de setembro", disse André Macedo, técnico do IBGE.
Em relação a setembro de 2010, houve queda de 1,6%. Já no acumulado do ano, a indústria soma alta de 1,1%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou positivo em 1,6%. Segundo o IBGE, as categorias com piores desempenhos foram as de bens duráveis (-9%), bens de capital (-5,5%), semi e não duráveis (-1,3%), intermediários (estável); na comparação setembro ante agosto. Já os setores com as quedas mais expressivas, na mesma comparação, foram: fumo (-30,6%), material elétrico e equipamentos de comunicação (-13,6%), veículos automotores (-11%). Por outro lado, as altas de destaque ficaram com material de escritório e informática (9,6%) e outros produtos químicos (4,2%). (Fonte: Assessoria de imprensa do IBGE)

Da redação – São Paulo / SP
iPhone 4S pode ser fabricado no Brasil, indica Anatel
A homologação do iPhone 4S pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações – publicada ontem, dia 31/10, pode ter trazido mais do que uma boa notícia para os fãs da Apple. Além de liberar o produto para venda no País, o certificado da Agência também aponta para uma possível produção local do novo smartphone da Apple, o que poderia reduzir os custos do aparelho. O certificado de nº 2927-11-1993 do órgão federal traz a unidade da Foxconn de Jundiaí na seção “Outras Unidades Fabris” do aparelho. Ao lado dela, está listada a fábrica chinesa Futaihua Industry. Apesar de não ser uma confirmação oficial, a citação aponta um caminho interessante e plausível, já que o próprio governo federal anunciou planos fabricar aparelhos iOS no Brasil com a Foxconn há alguns meses. Até o fechamento desta reportagem, não conseguimos localizar as assessorias da Apple e da Foxconn para comentar o assunto. Vale lembrar que recentemente o empresário Eike Batista sinalizou interesse em atuar em investir na fabricação de iPads no Brasil juntamente com a Foxconn.

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SETOR AUTOMOTIVO


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Setor automotivo é responsável por recuo industrial
A forte queda de 11% na produção de veículos automotores foi a principal responsável pela retração de 2% da indústria de agosto para setembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Trata-se da maior retração desde dezembro de 2008, quando havia sido de 38,8%, provocada pelo estouro da crise global.O setor é um dos que tem maior peso na indústria, -11%,  e possui um encadeamento muito grande com outros ramos, que fornecem para as montadoras --como siderurgia, borracha e plástico, autopeças e outros.
Segundo André Macedo, técnico do IBGE, várias fábricas pararam a produção por alguns dias em setembro ou deram férias coletivas a fim de ajustar seus elevados níveis de estoque. Essas paralisações, diz, levaram à queda da produção de veículos.
"É um setor que tem peso importante na indústria e muitas ramificações em toda a cadeia. Por isso, gera o impacto em outros setores", disse.
Para Macedo, o acúmulo de estoques é fruto do menor consumo doméstico e da tendência de desaceleração da economia apontada pelos próprios dados da indústria.
Um sinal disso é que a indústria oscilou de abril a agosto com um patamar de produção 2% abaixo do pico de março deste ano. Essa distância cresceu para 4% com a queda de setembro.
Aliada à retração da fabricação de celulares, a queda de veículos explica a perda de 9% na produção de bens duráveis.A parada das montadoras também afetou a produção de caminhões, veículos considerados como bens de capital (ativo físico de empresas que os usam em suas atividades, ou seja, são itens de investimento).
Diante disso, a categoria de bens de capital registrou queda de 5,5%, a maior desde fevereiro de 2009, quando o país sofria os efeitos da crise global.
Segundo Macedo, a categoria sofre ainda com o menor otimismo de empresários e a crescente importações de bens de capital (máquinas e equipamentos).
Esses efeitos afetam principalmente a máquinas destinadas à própria indústria, de acordo com o técnico.De agosto para setembro, a produção de máquinas e equipamentos caiu 4,1%, representando o quarto impacto negativo mais relevante para a indústria. (Fonte: Assessoria de Imprensa do IBGE)

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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Indústrias de café enfrentam preço elevado e oferta reduzida
As indústrias de café, que tiveram bom desenvolvimento nos últimos anos, poderão passar por um período mais difícil a partir de agora. Os preços da matéria-prima estão elevados, a economia mundial se desacelera e as indústrias são obrigadas a reajustar as tabelas de preço da bebida exatamente no momento em que os consumidores perdem renda, principalmente nos países mais ricos.
A entrada do café ainda é crescente nos países emergentes, mas o consumo em alguns desses mercados ainda está amadurecendo e não há garantia imediata de evolução. O cenário não é bom, pelo menos a curto prazo, mas Andrea Illy, presidente da italiana Illycaffè, uma das principais marcas no mundo, está confiante. Illy esteve no Brasil para a abertura da primeira loja da empresa no país.
Ele admite que a atual crise financeira que afeta a Europa pode dificultar a evolução do consumo a curto prazo. Outra grande mola propulsora da evolução do consumo mundial nos últimos anos, o Brasil, já atingiu os patamares de consumo da Itália e da França -cinco quilos per capita- e agora poderá ter um ritmo menos acelerado de crescimento. Illy tem consciência, no entanto, de que é o momento de manter a qualidade do produto, mesmo tendo de pagar mais pela matéria-prima. Isso obrigou a empresa a reajustar em 10% sua tabela de preços.
A empresa busca um reposicionamento da marca mantendo "a paixão pela excelência", diz ele. Importa café do tipo arábica de 14 países e mantém apenas um "blend" nos nove produtos que coloca no mercado. No Brasil, busca um parceiro para ampliar sua atuação. Ele está consciente de que os preços do café, elevados no campo devido à demanda e aos baixos estoques, não têm data para ceder. Na avaliação do presidente da Illy, o produto deve ser negociado entre US$ 1,80 e US$ 2 por libra-peso (453 gramas) a partir do início do próximo ano. Os estoques mundiais de café estão baixos e, mesmo após a reposição, os preços não devem ceder muito. Os custos dos produtores aumentaram pelo menos sete vezes nos últimos 15 anos.
Esses custos elevados vão impedir, aliás, um grande avanço da produção em áreas novas, o que deveria ocorrer devido aos bons preços do produto no momento. "Não teremos outro Vietnã", país que teve aceleração muito grande de produção em poucos anos, assumindo o posto de segundo maior produtor no mundo, abaixo apenas do Brasil, diz Illy. O aumento de oferta de café deverá vir da elevação da produtividade, o que já está ocorrendo. Nos últimos 15 anos, a produção cresceu quase 50% graças à produtividade, diz ele.
Os estoques mundiais estão baixos, inferiores a 20% do consumo, que é de 135 milhões de sacas por ano. Em 2012, com a safra melhor do Brasil, poderá haver ampliação de 10 milhões de sacas nos estoques, "mas antes de 2014 não se chegará a um patamar objetivo de 40 milhões a 45 milhões de sacas", diz. Com isso, os preços médios ficarão altos, conclui.
Apesar desse cenário desconfortável de preços e demanda atual nos países ricos, Illy acredita em boa evolução do consumo de café no médio prazo. China e Índia adquirem cada vez mais hábitos ocidentais, inclusive o de tomar café. Em uma geração, a China será um dos principais consumidores mundiais de café, segundo Illy. Acreditando nisso, a Illy acaba de adquirir participação de um sócio em uma empresa que tinha na China e incrementa o desenvolvimento da marca naquele país.
O presidente da Illy acredita que a demanda de café deverá aumentar pelo menos 30 milhões de sacas nos próximos dez anos. Nos anos 1990, o consumo cresceu à média anual de 1,7%, subindo para 2,5% nos anos 2000. Nesta década, poderá ficar um pouco acima de 2%, se confirmado esse volume estimado por Illy. (Agência FolhaNews)

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SERVIÇOS e VAREJO

Brasília / DF
Cartão tradicional eleva o lucro do varejo
Principal instrumento para estreitar relacionamento com a clientela, sobretudo com os novos consumidores da classe C, o cartão de uso exclusivo em uma loja começa a dar lugar aos com bandeiras internacionais (como Visa, MasterCard, Diners e Amex) e que são aceitos em diferentes estabelecimentos. Essa tendência tem como pano de fundo o interesse dos bancos --que são emissores dos cartões, franqueados das bandeiras e donos das empresas credenciadoras-- em aumentar a base de clientes, a frequência de uso e a rentabilidade das operações.
Algumas lojas já estão vendo nesse interesse a oportunidade para dividir o risco de crédito do cliente. Entre os consumidores, também há falta de disposição para carregar cartões de várias lojas. A Riachuelo aderiu ao cartão com bandeiras no fim de 2010. Desde então, foram 900 mil cartões emitidos para clientes que já têm o cartão exclusivo da loja. A meta é chegar a 1 milhão até o fim do ano. A loja tem emitidos 20 milhões de cartões próprios.
A Riachuelo não está sozinha. "Os cartões embandeirados devem adicionar mais valor aos negócios nos próximos anos", afirma relatório da Lojas Renner. O grupo adotou o cartão com bandeira (Visa e MasterCard) em setembro de 2010. A Marisa tem 12,2 milhões de cartões exclusivos e, segundo relatório da empresa, há 1,6 milhão de cartões dela que podem ser usados em várias lojas diferentes. (Agência FolhaNews)

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Importações batem recorde e registram média diária de US$ 989,3 milhões
No mês passado, as importações registraram média diária de US$ 989,3 milhões, recorde para qualquer mês pelos dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria. As compras de outros países totalizaram US$ 19,7 bilhões ao longo do mês, e as exportações US$ 22,1 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1º) pelo governo. Na média diária, as exportações foram de US$ 1,1 bilhão, o que determinou um saldo diário positivo em US$ 117,8 milhões. O superavit total do mês passado (a diferença entre exportações e importações) foi de US$ 2,3 bilhões, melhor resultado para um mês de outubro desde 2007. No acumulado do ano, as vendas para outros países já totalizam US$ 212,1 bilhões, e as importações US$ 186,7 bilhões, saldo positivo em US$ 25,3 bilhões. A corrente de comércio nos primeiros 10 meses do ano já chega a US$ 398,8 bilhões.

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TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP
Ibope afirma que uso da internet no Brasil cresce 14% em setembro
O uso da internet em domicílios e locais de trabalho dos brasileiros cresceu 14% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, colocando o país acima da Alemanha, segundo dados do Ibope Nielsen Online Dos 61,2 milhões de brasileiros com acesso à rede no local de trabalho ou em casa, 46,3 milhões foram usuários ativos no mês passado, informou o instituto de pesquisas.
O patamar é superior ao apresentado pela Alemanha, com 46,26 milhões de usuários ativos, assim como o de França e Reino Unido, países já superados pelo Brasil em agosto de 2010. Os Estados Unidos e o Japão ainda mantêm a liderança, com 203,4 e 62,3 milhões de usuários ativos, respectivamente. Segundo o Ibope, a velocidade de conexão dos brasileiros também tem aumentado.
Em setembro, 77,8% dos usuários ativos em domicílios tinham conexão com mais de 512 Kbps, contra 61% um ano antes. As conexões mais rápidas, de 2 a 8 Mbps, passaram a atender a 21,3% dos usuários ativos nesses locais, contra 12,1% um ano antes. No segundo trimestre de 2011, o número de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente no Brasil passou para 77,8 milhões.

Da redação – São Paulo / SP
Petrone é novo vice-presidente de Operações da Neoris
A consultoria de TI, Neoris, contrata Júlio César Petrone como vice-presidente de Operações no Brasil. Com mais de 20 anos de experiência no mercado de tecnologia da informação, o executivo, será responsável por coordenar as equipes de projetos e tem como objetivo consolidar o conceito de atendimento nearshore e contribuir ativamente para o plano de expansão da empresa no mercado local. Petrone ficará baseado em São Paulo e se reportará diretamente ao presidente da Neoris no Brasil, Frederico Vilar. Antes de ingressar na Neoris, Petrone teve passagens por empresas como Ernst & Young e BearingPoint. Nos últimos sete anos, atuou como diretor sênior da Sonda IT, onde coordenou a unidade de negócios da consultoria no Brasil, sendo responsável ainda pela viabilização de parcerias de negócios e clientes estratégicos na implementação de aplicativos de gestão empresarial e outras soluções corporativas. O executivo é graduado em Análise de Sistemas e Direito e ainda possui especialização em Sistemas de Informação pelo Centro de Estudos em Administração e Gerência da Escola de Engenharia Mauá.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Vocalcom abre filial no mercado carioca
Com o objetivo de consolidar a presença no mercado brasileiro, a Vocalcom, fornecedora de soluções para contact center, anuncia a inauguração da filial da empresa no Rio de Janeiro com operação prevista para novembro. O escritório atenderá clientes do estado e ainda do Espírito Santo. “A ideia é crescer em 40% a partir da nova unidade. Ficamos satisfeitos em conseguir atender cada vez melhor os clientes que já possuímos e conquistar novas parcerias", afirma o country manager da Vocalcom, Carlos Carlucci. A empresa diz que está realizando investimentos para impulsionar os negócios. Em junho, por exemplo, o fundo de investimento Apax Partners efetuou a aquisição de 65% da companhia.

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TELECOM


São Paulo / SP
Lucro da TIM dobra no trimestre e atinge R$ 317 milhões
A TIM encerrou o terceiro trimestre do ano com faturamento de R$ 4,4 bilhões, alta de 18,9%. No período, a operadora mais que dobrou seu lucro, chegando a R$ 317 milhões, segundo informa o relatório financeiro. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu menos, 11%, a R$ 1,1 bilhão. A margem, no entanto, recuou dois pontos percentuais, a 26%. A base de assinantes subiu 26,2% nos três meses encerrados em setembro, chegando a 59,2 milhões de usuários. A operadora informou ainda crescimento na participação dos smartphones em sua base. No ano, os celulares inteligentes chegaram a 19,5% do total de aparelhos, o que puxou a receita com tráfego de dados. O crescimento desse tipo de serviço --que inclui serviços de acesso à internet, por exemplo-- foi de 47,6% em relação ao mesmo período do ano passado, e totalizou R$ 834 milhões. Os usuários do serviço pré-pago de internet (Infinity Web) chegaram a 2,2 milhões por dia, segundo a empresa. A TIM ocupa hoje a vice-liderança de mercado de celulares no país, com cerca de 26%, segundo a Anatel. A primeira colocada é a Vivo, que encerrou o mês de setembro com 29,4% e a terceira posição é da Claro, que registra 25,3%. A base de acessos móveis no Brasil cresceu em 3,3 milhões em setembro, encerrando o mês com um total de 227,4 milhões de linhas, segundo a Anatel.

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TURISMO e GASTRONOMIA


Da redação – São Paulo / SP

Um novo caviar
O caviar de escargot é uma das iguarias mais cobiçadas no universo da gastronomia de luxo.
A incessante busca por novos sabores, texturas e aromas, faz dos chefs de cozinha verdadeiros artistas, capazes de transformar o simples ato de degustar em uma experiência singular. Suas criações viram tendências e, mais que isso,  ditam o que é luxo e exclusivo na gastronomia em todo o mundo. Fruto dessas experimentações, o caviar de escargot – conhecido como caviar branco ou ainda pérola de Afrodite – virou hit entre os paladares gourmets, sendo um dos manjares mais pedidos nos seletos restaurantes da mais alta culinária.
Assim como o famoso caviar de esturjão, a nova délicatesse é dona de um sabor e aroma inigualáveis e encanta pela beleza. Sua textura e cor acetinada se assemelham ao de uma pérola, daí o apelido "pérolas de Afrodite", atribuído também por seu poder afrodisíaco. "Um sabor que remete à sensação de um passeio pelo bosque depois da chuva, com notas de champignon e folhas de carvalho salpicadas por essências de musgo, uma viagem pelos aromas do outono", define Dominique Pierru, um dos gênios da culinária francesa que esteve envolvido em seu complexo processo de criação.
Para chegar ao patamar de um manjar seleto e exclusivo, o caviar de escargot passou por anos de experimentações. Desde meados de 1980, começou, modestamente, a ser conhecido na França. Mas as ovas, quando pasteurizadas, perdiam sabor e comprometiam sua textura. Foi somente em 2007, com o desenvolvimento de técnicas de preparação em infusão de flor de sal de Guérande que o produto ganhou espaço na gastronomia de luxo com sabor e texturas preservados. Atualmente, o quilo do caviar de escargot tem um custo médio de 1.600 euros, já que sua produção é limitada e laboriosa. Cada escargot coloca entre 80 a 150 ovas por ano, o equivalente a quatro gramas, o que enche uma colherinha de café. Para conseguir um quilo, são necessários 22 mil ovos, resultantes da desova de 300 escargots.
Um trabalho minucioso - A produção do caviar de escargot exige cuidados extremos. Esses moluscos da espécie Helix Aspersa Maxima são criados em estufas entre exuberante vegetação com ar-condicionado, iluminação artificial, e seguem ainda uma dieta baseada em plantas e complementos cereais específicos, tudo isso ao som de música clássica. Depois da reprodução, desovam em caixas que contêm uma terra especialmente fina. As pérolas passam por uma rigorosa seleção de qualidade e, posteriormente, são submetidas a uma esterilização, o que requer precisão para não danificar sua frágil estrutura. Finalmente, são submergidas em uma salmoura de flor de sal de Guérande com alecrim. A iguaria é conservada no vácuo e no escuro sob temperatura controlada por volta dos 4º C.
No prato - Atualmente, o caviar de escargot pode ser degustado em templos de délicatesse na Inglaterra, França, Espanha, Holanda, Rússia e Estados Unidos. Normalmente, é servido como aperitivo acompanhado por um bom champagne, mas a criatividade dos chefs de cozinha vai mais além. A iguaria ganha versões em pescados, massas e sushis. De olho na nova sensação gourmet, a Blanc Luxury Gastronomy acaba de lançar o produto em latas para consumidores diretos na Excellence Fair 2011, que aconteceu em meados de agosto em Girona, Espanha. Para Blas Hervías, idealizador e dono da companhia, o conceito de luxo mudou. "Antes o luxo significava possuir algo exclusivo, agora luxo é mais emocional, é viver novas experiências", filosofa. Há quem garanta que somente uma pequena porção do delicado manjar em uma colher de café já é suficiente para descobrir uma sensação inesquecível.Os consumidores podem encontrar a latinha com 30 gramas por 80 euros, em média, na Harrods, em Londres; Hediard e La Grande Epicerie, em Paris; Boucherie du Molard e Lyzamir, em Genebra; Loegismose ,na Dinamarca; Plantin, em Beverly Hills; e na Caviar House, na Holanda.

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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Os itens mais bizarros das celebridades a serem leiloados
O amor de um fã por seu ídolo pode ser levado às últimas consequências, principalmente quando dinheiro não é um empecilho. Muitos gastam de diversas maneiras, viajando junto com a banda que mais gostam ou comprando todos os produtos licenciados relacionados ao objeto de adoração. Outros, por um lado, tem uma queda pelo bizarro e colecionam até mesmo guardanapos usados, lenços sujos, restos de comida e afins. Exemplos dessa obsessão não faltam em leilões, que vendem desde o pedaço de uma torrada mordida por Justin Timberlake a um chiclete mascado por Britney Spears. (LEIA +)

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MÍDIA e MKT

São Paulo / SP
Faturamento de mídias sociais crescerá 40% em 2011 e 2012
O faturamento mundial das mídias sociais - jogos, sites de relacionamento e qualquer outra página que promova atividades de interação social entre pessoas - crescerá acima de 40% neste ano e no próximo, segundo estimativa da empresa de pesquisa Gartner.
Serão US$ 10,3 bilhões de faturamento em 2011, crescimento de 41,4% em relação aos US$ 7,3 bilhões do ano passado. Para o ano que vem, a expectativa é de um crescimento ainda maior: 44,6%, para US$ 14,9 bilhões. A receita do mercado pode chegar a US$ 29,1 bilhões em 2015, segundo a Gartner.
De acordo com empresa, o faturamento com propaganda continuará sendo o principal motor do segmento. A estimativa é que o valor passe dos US$ 5,5 bilhões previstos este ano para US$ 8,2 bilhões em 2012. O montante será gerado por diversas formas de anúncios, como comerciais em vídeo para dispositivos como PCs, celulares e tablets e o "display advertising", propaganda que usa texto e recursos multimídia.
Propaganda personbalizada - Na avaliação da empresa de pesquisa, os anunciantes vão migrar cada vez mais dos "anúncios estáticos e por cliques" para sistema de "engajamento contínuo", que usam dados coletados durante a navegação do internauta para direcionar a propaganda que tem mais chance de resultar em uma venda. Os jogos sociais podem chegar a uma receita de US$ 3,2 bilhões em 2011, subindo para US$ 4,5 bilhões no ano que vem. A assinatura de serviços, que sustenta os negócios de empresas como o americano LinkedIn e o alemão Xing, não deve ser uma receita muito importante para o segmento. Em 2011, a estimativa é que os pagamentos somem US$ 236 milhões, evoluindo para US$ 313 milhões no ano que vem.

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – São Paulo / SP (APOIO i-press.biz)
Brasil de 2022 é tema de evento da 'Economist'
O evento "O Brasil de 2022: Ordem e Progresso?", organizado pelo grupo que edita a revista britânica "The Economist", começa na próxima quinta-feira em São Paulo. Mais de 30 palestrantes, especialistas de diversas áreas, do Brasil e do exterior, confirmaram participação. (LEIA +)

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Reportagem ESPECIAL


Da redação – São Paulo/SP e Nova Iorque/EUA
Sete competências-chave mais procuradas na área de TI
Por Mary K. Pratt*
O CIO da U.S. Gas & Electric, Greg Taffet, está buscando talentos. Ele empregou quatro nos últimos seis meses e está pensando em somar mais 11 à sua equipe de 20 pessoas. Sua lista de vagas em aberto inclui um programador de EDI, um programador de gestão de risco, um programador de CRM, um analista de negócios e um assistente do gerente de TI. (LEIA na íntegra)



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