Edição 576 | Ano IV

Da redação – ESPECIAL STEVE JOBS
Morre um gênio, nasce um mito: Steve Jobs o eterno inquieto
 
O fundador da Apple, Steve Jobs, 56, morreu ontem a noite, dia 5/10. O executivo, que sofria de câncer, se afastou da companhia de tecnologia em agosto. Ele ocupava a presidência-executiva da Apple desde 1997, em sua segunda passagem pela empresa. Jobs deixa a mulher, Laurene Powell, e quatro filhos – e Lisa, que teve com a ex-namorada Chris-Ann Brennan, e Reed, Erin Siena e Eve, do casamento com Laurene.
No comando da Apple, Jobs fez a empresa se tornar a de maior valor de mercado do mundo e criou produtos que, mais do que dar lucro à empresa, se tornaram símbolos de tecnologia e de design e, caso raro no mundo corporativo, gerou até legiões de fãs, os chamados "applemaníacos". São os casos, por exemplo, do tocador de música iPod, do telefone celular iPhone e do tablet iPad.
 






No comunicado em que anunciou a morte, a Apple disse que "perdeu seu gênio criativo e visionário", enquanto o mundo perdia "um ser humano maravilhoso". "Steve deixa uma companhia que apenas ele poderia ter construído e o seu espírito será a base da Apple para sempre." Já a família de Jobs informou que ele "morreu em paz, cercado por sua família". "Em sua vida pública, Steve ficou conhecido como um visionário; em sua vida privada, ele amou sua família. Somos gratos às muitas pessoas que compartilharam seus desejos e orações durante o último ano da doença de Steve", informou o comunicado, que ainda disse que um site será aberto em breve para quem quiser oferecer tributos e lembranças.
A Apple divulgou em seu site um endereço de e-mail (rememberingsteve@apple.com) para que as pessoas compartilhem "pensamentos, lembranças e condolências". Jobs passou por um transplante de fígado há dois anos e, em 2004, descobriu que tinha uma forma rara de câncer no pâncreas. Nas suas raras aparições neste ano, como no lançamento do iPad 2, em março, ele pareceu ainda mais magro que o normal.
Em agosto, disse em sua despedida: "Sempre disse que, se chegasse o dia em que não poderia mais cumprir meus deveres e expectativas, eu seria o primeiro a avisá-los. Infelizmente esse dia chegou." 


O legado do gênio
Steve Jobs era considerado o grande responsável pela ascensão da Apple do posto de empresa combalida ao status de companhia com maior valor de mercado do mundo. Desde que reassumiu o comando da empresa em 1997 - cargo do qual foi destituído dois anos antes - Jobs elevou o valor das ações da Apple de um patamar de US$ 5 para mais de US$ 370. Como comparação, a Microsoft, que na volta de Jobs à Apple era a líder em tecnologia, vale hoje US$ 209 bilhões, cerca de US$ 140 bilhões menos que a rival.
Sob sua gestão, a companhia foi responsável por revoluções nos mercados de música, telefonia celular e computadores. Os equipamentos com prefixo "i", que na pronúncia em inglês significa "eu", tornaram-se objetos de desejo dos consumidores e sinônimo de ameaça para os concorrentes.
Considerado um gênio por muitos, Jobs criou uma certa dependência da Apple com relação à sua imagem. Por conta disso, desde que começou a lutar contra um tipo raro de câncer, surgiram questões sobre o futuro da companhia sem ele. No comunicado em que anunciou sua saída da companhia, em agosto, o executivo tomou duas medidas para tentar amenizar esse impacto: a primeira foi a nomeação de Tim Cook, responsável pela operação diária da companhia, para o cargo de executivo-chefe.

A repercussão da morte no mercado
A repercussão da morte de Jobs foi forte e quase imediata, principalmente nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, seis dos dez 'trending topics' (assuntos mais comentados do microblog) mundiais eram relacionados ao fundador da Apple. Um dos primeiros a comentar a morte foi "[Mark Zuckerberg", fundador do Facebook. "Steve, obrigado por ter sido um mentor e um amigo", disse em seu Twitter. "Obrigado por mostrar que o que construímos pode mudar o mundo. Vou sentir a sua falta." Às 22h22, mais 96 mil pessoas tinham curtido e mais de 8 mil tinham compartilhado o comentário de Zuckerberg no Facebook.

Outro executivo do setor que prestou homenagem a ele foi Bill Gates, fundador da Microsoft - empresa que disputou com a Apple de Jobs o posto de mais importante empresa de tecnologia do mundo. "Estou verdadeiramente entristecido ao saber da morte de Steve Jobs. Melinda [mulher de Gates] e eu estendemos nossas sinceras condolências a sua família e a seus amigos, e para todos que Steve tocou ao longo de seu trabalho", disse Gates. "Steve e eu nos conhecemos há cerca de 30 anos, e fomos colegas, concorrentes e amigos ao longo de mais de metade de nossas vidas."
Por sua vez, o substituto de Jobs no comando da Apple, Tim Cook, disse em comunicado que "não há palavras para expressar nossa tristeza". "Honraremos sua memória ao nos dedicar a continuar o trabalho que ele tanto amava", apontou.

 
Nova Iorque / EUA
Lojas da Apple no mundo todo ficam de luto após morte de Jobs
De Nova York à Austrália, fãs da tecnologia e dos computadores compareceram a lojas Apple do mundo todo para homenagear Steve Jobs, destacando o seu caráter visionário que transformou o cotidiano de milhões de pessoas.
Na sede da empresa que o executivo fundou em 1976 - na Infinite Loop, 1, Cupertino, Califórnia -, bandeiras tremulavam a meio mastro, e muita gente se reuniu num gramado próximo após a morte de Jobs, ontem, dia 5/10. Abalados, fãs da Apple deixavam flores, e um homem tocava gaita de fole.
"Na minha cabeça, não existe diferença entre ele e Pasteur", disse Chitra Abdolzadeh, que trabalha no setor da saúde em Cupertino, numa referência ao ilustre químico francês.
Ben Chess, de 29 anos, engenheiro em uma empresa de Internet e ex-estagiário da Apple, viajou depois do expediente de trabalho de San Francisco até o QG da Apple para deixar um ramo de flores. "É a coisa certa a fazer", disse.
Jobs, que morreu aos 56 anos vítima de um câncer pancreático, revolucionou a maneira como os usuários navegam na Internet ao lhes dar o iPod, o iPhone e o iPad. Ele havia deixado em agosto o comando da empresa, a maior do mundo no setor de tecnologia.
Os "geeks" chineses pareciam especialmente comovidos. "Vim aqui ver como eles vão operar no primeiro dia depois de perderem Steve Jobs", afirmou Jin Yi, de 27 anos, na maior loja da Apple na China, em Xangai, que abriu no mês passado. "É uma pena o dia de hoje. Ele criou todos esses aparelhos que alteraram as percepções das pessoas sobre as máquinas. Mas não conseguiu testemunhar o último passo, pelo qual, por meio dos seus equipamentos, as vidas das pessoas poderão ser efetivamente unidas a essas máquinas."
Em Hong Kong, Charanchee Chiu deixou um solitário girassol e uma rosa branca em frente a loja local da Apple. "Estou triste. Acho que ele deveria ter vivido mais", afirmou Chiu, que disse ter enviado a Jobs mensagens aconselhando-o sobre saúde e a prática do tai-chi.

"ODEIO O CÂNCER" - Na loja Apple do centro de San Francisco, as pessoas seguravam imagens de Jobs nas telas dos iPads, e grudavam cartões e bilhetes na vitrine, dizendo "Obrigado Steve" e "Odeio o câncer". No lado de fora havia velas e maçãs vermelhas. Cory Moll, funcionária da loja, disse que Jobs era uma inspiração para ela. "Temos sorte por tê-lo tido enquanto o tivemos", afirmou Moll, segurando um iPad com uma citação em homenagem ao empresário."O que ele fez para nós como cultura ecoa de forma ímpar em cada pessoa. Mesmo que elas nunca usem um produto da Apple, o impacto que eles tiveram é abrangente demais."
No outro lado do país, em Nova York, um memorial improvisado com folhetos exibindo imagens de Jobs foi montado em frente à loja 24 horas da Apple na Quinta Avenida. Transeuntes usavam seus iPhones para tirar fotos."Vamos sentir a sua falta, Steve, descanse em paz. Obrigado pela sua visão", dizia um folheto.(Agências Reuters e EFE)
 
______________________
INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – Brasília / DF
Preço de commodities tem maior alta do ano em setembro
Os preços dos produtos básicos (commodities) com mais impacto sobre a inflação brasileira subiram em setembro, após cinco meses de queda, e tiveram a maior alta do ano. Segundo o Banco Central, a alta do IC-Br (Índice de Commodities do BC) foi de 7,8% em relação a agosto. O aumento foi generalizado. Os produtos agropecuários subiram 8,8%. Metais, como alumínio e minério de ferro, tiveram alta de 5% no mês. As commodities energéticas (petróleo, gás natural e carvão) subiram 8,4%. A elevação do índice do BC foi maior que a registrada pelo indicador internacional CRB, que tem outra composição e subiu 6,4% no mês. No ano, o índice brasileiro subiu 5,5%, enquanto o indicador internacional teve alta de 7,6%.

Brasília / DF

Contribuintes pagarão apenas 17% de dívidas parceladas no Refis
Empresas e contribuintes pessoa física que aderiram ao Refis da Crise pagarão apenas 17% do total das dívidas inscritas no programa. De acordo com balanço feito nesta quarta-feira pela Receita Federal, dos 577,9 mil contribuintes que entraram no programa em 2009, apenas 212,4 mil participaram da etapa de consolidação da dívida, quando o parcelamento de até 180 meses começa a ser pago efetivamente.
Dessa forma, os débitos que serão quitados somarão R$ 173,04 bilhões. Em 2009, foram inscritas no parcelamento dívidas que ultrapassam R$ 1 trilhão. De acordo com o subsecretário de Arrecadação da Receita Federal, Carlos Roberto Occaso, isso ocorre porque a maioria dos contribuintes entra no parcelamento apenas para conseguir obter uma certidão negativa de débitos, que foi entregue na inscrição do programa, em 2009.
Assim, mesmo com débitos junto à Receita, os contribuintes continuaram "com o nome limpo", e puderam participar de licitações governamentais e conseguir empréstimos em bancos públicos. "Isso indica claramente que esses parcelamentos especiais estão sendo utilizado como rolagem de divida, como protelação de pagamento", afirma. Ele critica esse tipo de parcelamento especial, que é aprovado pelo Congresso Nacional. Desde 2000, foram feitos quatro parcelamentos especiais e nunca foi pago mais de 17% do valor inscrito. "Do ponto de vista técnico, se mostra absolutamente inadequada essa solução", completa.

__________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)
 

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:


Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia se recuperam
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em alta nesta quinta-feira, com cobertura de posições vendidas e caça a pechinchas, por otimismo de que os líderes da zona do euro estejam agindo para ajudar o setor financeiro do bloco.
- O índice MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 4,1%, compensando mais de metade das perdas sofridas nesta semana e afastando-se da mínima em dois anos atingida na terça-feira.
- Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,66%, interrompendo uma série de quatro dias de declínio em meio à cobertura de posições vendidas - quando investidores realizam ganhos ao comprar de volta ações que eles haviam vendido anteriormente em uma aposta na queda dos preços. Os setores de commodities e tecnologia foram destaque de alta.
- O mercado de Hong Kong também se valorizou com cobertura de posições, produzindo fortes ganhos em várias ações relacionadas à China que estavam entre as mais vendidas dos últimos pregões. O índice Hang Seng disparou 5,67%.
- O índice de Seul encerrou em alta de 2,63%.
- A Bolsa de Taiwan avançou 2,04%.
- Cingapura subiu 2,94%.
- Sydney fechou com valorização de 3,65%.
Análise - Dados sugeriram que os EUA podem conseguir evitar uma recessão econômica, aliviando a aversão a risco do mercado depois da intensa onda de vendas desta semana, gerada pelo temor de que a crise de dívida da Europa possa desencadear uma crise financeira global. "Os dados dos EUA reforçam a percepção de que, apesar da recente deterioração da confiança, a turbulência financeira até agora não causou danos materiais sérios à economia, pelo menos nos EUA", avaliou Hiroki Shimazu, economista sênior de mercado da SMBC Nikko Securities.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 0,65%
Ontem, dia 5/10, a Bovespa teve uma recuperação somente moderada após três sessões consecutivas de baixa, seguindo de perto a melhora vista nas Bolsas europeias e americanas.
- O índice Ibovespa avançou 0,65% no fechamento, batendo os 51.013 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,89 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,832, em forte queda de 1,87%.
Análise - O mercado brasileiro de ações precisa manter o patamar dos 50 mil pontos no curto prazo, para evitar uma queda maior. O mercado tem que segurar o patamar atual de preços. Se começar a oscilar abaixo dos 50 mil, a situação vai ficar feia. Pode haver uma sequência de acionamento de 'stops' que deve ser muito intensa. Os investidores tivessem ânimo suficiente para manter o Ibovespa acima da marca dos 54 mil pontos, o que aumentaria as chances de um retorno para a casa dos 58 mil. A semana final de setembro não trouxe o cumprimento dessas promessas, e agora, inúmeros analistas avaliam as chances de que novas ordens de venda empurrem o Ibovespa para o patamar dos 48 mil pontos, o "piso" deste ano. Para a análise técnica (que se baseia em gráficos para detectar tendências da Bolsa), esses patamares de preço são importantes. Para alguns valores do Ibovespa, uma quantidade significativa de ordens de venda pode estar pré-programada, numa indicação de que a partir daquele limite uma quantia significativa de investidores opta por ficar de fora.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA sobem pelo 2º dia com alta das commodities
As principais Bolsas de valores dos EUA fecharam em forte alta os pregões de ontem doa 5/10, conforme investidores aumentaram a demanda por papéis dos setores de matérias-primas e energia, em meio à alta dos preços de commodities, e se voltaram para ações desvalorizadas de empresas de tecnologia.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 1,21%, para 10.939 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 2,32%, para 2.460 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,79%, para 1.144 pontos. O mercado acionário continuou se recuperando de um declínio que levou o S&P 500 brevemente para território considerado baixista. Isso mudou de forma abrupta na terça-feira, com o índice avançando 4% nos minutos finais da sessão.
- O índice Nasdaq 100 para o setor de tecnologia saltou 3,7% e acumula alta de 7,3% nas últimas duas sessões.
Análise - A ação do Yahoo esteve entre as de melhor desempenho do pregão, com alta de mais de 10%, após a Reuters ter noticiado que a Microsoft considera adquirir a companhia. "Muitas pessoas estão olhando as ações de tecnologia como um setor de bom crescimento", disse o presidente da Empire Executions, Peter Costa, em Nova Iorque. Operadores citaram a relativa força no S&P 500 após o índice superar o patamar de 1.100 pontos na terça-feira. O movimento foi visto como um catalisador para que investidores com posição vendida embolsassem lucros e como um amortecedor da pressão de venda. Dados econômicos mostraram que o crescimento no setor de serviços dos Estados Unidos desacelerou em setembro, mas ainda manteve crescimento, enquanto as contratações do setor privado aumentaram, sugerindo que a economia ainda não está entrando em recessão.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham pregão em alta
As principais Bolsas europeias fecharam com fortes altas nos pregoes de ontem, dia 5/10, sustentadas principalmente pelos ganhos dos bancos.
- A Bolsa de Frankfurt liderou a alta, ganhando 4,91% no fechamento.
- Já a de Paris registrou alta de 4,33%.
- Milão de 3,94%, Londres de 3,19% e Madri de 3,06%.
Análise - As ações de bancos foram o destaque da sessão, sustentadas pelas informações de que os responsáveis políticos da União Monetária contemplam um plano coordenado para recapitalizar os bancos. A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou "justificado" recapitalizar os bancos europeus em apuros e disse estar disposta a revisar os tratados europeus para melhorar a governabilidade da zona do euro.


_________
INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Setor de máquinas e equipamentos prevê deficit de US$ 19 bilhões
Apesar da recente alta do dólar, o setor de máquinas e equipamentos brasileiro segue preocupado com os efeitos das importações sobre as empresas nacionais. A previsão da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos) é fechar o ano com um deficit de US$ 19 bilhões, acima dos R$ 15,7 bilhões verificados no ano passado.
A associação divulgou nesta quarta-feira que a vantagem das importações sobre as exportações no setor, entre janeiro e agosto, alcançou US$ 12,1 bilhões. Neste ano, 44% das máquinas compradas por brasileiros vieram do exterior. Em 2008, esse percentual era de 39%.
O setor está faturando 9% mais neste ano. Porém, segundo Lourival Júnior Franklin, da Abimaq, isso se deve mais ao aumento de preço do que ao incremento do volume produzido. A utilização da capacidade instalada das fábricas ficou em 83% em agosto. No mesmo período do ano passado, estava em 83,7%.
Os empregos gerados também recuam desde maio e estão em agosto 5,9% acima de agosto do ano passado. Em maio, a alta era de 7,5%. "Com o câmbio a R$ 1,70, as máquinas importadas estavam de graça. A R$ 1,85 continuam baratas, mas ainda não dá competitividade à indústria", afirma Franklin. "Para o setor, o câmbio ideal deveria estar em R$ 2,10."


São Paulo / SP
AGCO investe R$ 100 milhões para ampliar produção no Brasil
A multinacional AGCO, terceira maior no segmento de máquinas agrícolas, investirá cerca de R$ 100 milhões na modernização e ampliação de três de suas quatro unidades de produção no Brasil entre 2011 e 2012, informou o presidente da companhia ontem a tarde, dia 5/10, ao mercado. Deste total, R$ 65 milhões serão investidos na fábrica de colheitadeiras em Santa Rosa e 10 milhões de reais na nova linha de produção de pulverizadores em Canoas, ambas no Rio Grande do Sul, e mais R$ 25 milhões em Mogi das Cruzes no interior paulista.
O presidente-executivo global da AGCO, Martin Richenhagen, afirmou os investimentos para ampliar e reformular a capacidade de produção da companhia são destinados a manter a posição de mercado da companhia no Brasil. Os investimentos anunciados em coletiva realizada em São Paulo vêm logo depois da compra pela AGCO da multinacional do setor de armazenagem e equipamentos para o setor de carnes GSI Holdings, por 940 milhões de dólares.
"A GSI nos proporcionará uma sólida posição nos segmentos de armazenagem de grãos e produção de proteínas", disse Richenhagen. Ele acrescentou que a companhia pode ganhar muito em sinergias, sobretudo em produção e distribuição. Apesar de trabalhar com um cenário otimista para as vendas de máquinas agrícolas, o vice-presidente sênior da AGCO América do Sul, André Carioba, ressaltou que a companhia pode perder um pouco de participação no mercado brasileiro.
Isso por conta do ritmo menor das vendas de tratores destinados ao programa Mais Alimentos, que tem taxas de juros mais baixas para aquisição de máquinas de menor potência agrícola. O executivo ressaltou que este mercado está praticamente saturado na região Sul, mas ainda tem bastante espaço para crescer no Nordeste do país. Segundo Carioba, as vendas de tratores no Brasil recuaram cerca de 10% até setembro, por conta deste desaquecimento em máquinas de menor potencial, mas cresceram entre 8% e 9% no segmento de colheitadeiras, que inclui máquinas de maior potência. Os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) referentes a setembro devem sair esta semana. "Os números do ano [para a venda de tratores e colheitadeiras] não devem mudar muito, e devem ficar bem perto destes níveis," afirmou Carioba.

___________________
TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP
Unimed Paulistana ganha sustentabilidade com solução da IBM
Mais um caso de sucesso da IBM Brasil em parceria com a Betta Informática, a Unimed Paulistana, integrante do maior sistema de saúde da América Latina, otimizou processos, ganhou sustentabilidade e reduziu custos com a renovação do parque de servidores. Baseado em uma solução completa e customizada, o projeto teve o objetivo de consolidar a infraestrutura de servidores, economizar energia e ampliar a disponibilidade, a segurança e a capacidade de processamento do sistema. Com a implantação concluída em junho, já se verificam resultados expressivos.
A principal preocupação da Unimed Paulistana era passar pela migração sem comprometer a disponibilidade, fator obrigatório na área da saúde: o sistema deveria continuar funcionando 24X7 durante toda a implantação. Por três meses a equipe da Betta Informática, parceira de negócios da IBM há 20 anos, trabalhou no desenvolvimento da proposta mais adequada à demanda do cliente e, ao fim desse processo, ficou definido que a solução – exclusiva para a tecnologia do centro médico/cirúrgico da Unimed Paulistana, o Hospital Unimed Santa Helena – consistiria em um Storage DS5020, dois autoloaders, um chassi Blade H com 12 lâminas, 52gb de memória RAM e dois Chassis Blade S.
“A criatividade para reduzir custos com servidores começou a ficar escassa conforme crescia a demanda operacional e os novos projetos. Nossa equipe de infraestrutura tinha como principais desafios a redução de custos e a otimização do consumo de energia para contribuir com a ‘TI Verde’ e a prática da sustentabilidade”, comenta Ricardo Norcia, gestor de Tecnologia da Informação da cooperativa. O processo de virtualização transformou 100 servidores físicos em 21 lâminas Blade. Além disso, o projeto gerou ganho imediato ao reduzir o número de licenças de software – Windows Server caiu de 70 para 30 e SQL Server de 8 para apenas 2 licenças. “Após a implementação desse moderno e otimizado parque tecnológico, o processamento pesado de dados, que antes demorava dias, agora roda em poucas horas”, acrescenta Heber Faria, membro da equipe de infraestrutura da Unimed Paulistana.
E a TI da cooperativa garante que muito mais está por vir. Com o novo parque eles esperam aumentar o desempenho dos principais sistemas em 300% e economizar cerca de 60% no consumo de energia elétrica (cerca de R$ 150 mil ao ano), além de reduzir em 60% o espaço utilizado pelos data centers. “Alianças com tecnologias de última geração garantem à Unimed Paulistana o crescimento operacional esperado e a excelência nos serviços aos nossos clientes”, conclui Ricardo Norcia.
 
_______
ENERGIA


São Paulo / SP
Petroleira Total quer expandir atuação no Brasil
A petroleira francesa Total planeja expandir as atividades de exploração de petróleo no Brasil por meio da aquisição de novos blocos na próxima rodada de licitações da ANP (Agência Nacional do Petróleo), no ano que vem, afirmou nesta quarta-feira o diretor-geral da subsidiária brasileira, Denis Palluat de Besset.
A companhia tem interesse nas áreas localizadas na chamada faixa equatorial brasileira, região inexplorada que tende a ser a grande atração da 11ª rodada de licitações, por causa das semelhanças com a costa oeste africana - uma das zonas mais promissoras de exploração no mundo. "Estamos esperando a 11ª rodada com muita ansiedade, porque serão ofertados blocos da costa norte do Brasil, praticamente a mesma estrutura do que temos na África", disse o executivo a jornalistas após palestrar na Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil 2011), no Rio. Então para nós é muito interessante porque temos muita experiência lá", acrescentou.
Nas áreas onde já está presente, a Total também prevê avanços. Besset disse que a companhia vai perfurar em até duas semanas mais um poço no BM-S-54, bloco onde uma descoberta de petróleo foi anunciada em setembro do ano passado.
A segunda perfuração será realizada num ponto distante da primeira descoberta, o que poderá resultar na descoberta de um outro prospecto. A sonda já está próxima ao local escolhido para a perfuração, segundo o executivo. Localizado no pré-sal da bacia de Santos, o bloco é operado pela Shell, que possui 80% de participação. A Total detém 20% da área.
Além da segunda perfuração, as sócias decidiram realizar testes no poço onde foi realizada a primeira descoberta. "Temos que trabalhar muito mais para fazer a delimitação das reservas e poderemos ter volume suficiente para que a área possa ser desenvolvida", disse ele. "Vamos fazer teste no poço já perfurado e continuar a delimitação e apreciação das descobertas", continuou.
O diretor-geral da Total no Brasil disse ainda que a companhia, em parceria com a Petrobras, está preparando plano de desenvolvimento na área Xerelete, na bacia de Campos. A empresa planeja para o próximo ano perfuração de um outro poço na região.
A descoberta de Xerelete foi realizada no início da década passada pela Total. A empresa vendeu participação do bloco à Petrobras, que se tornou a operadora do bloco, e ficou como sócia minoritária no projeto. "Vamos fazer outro poço no ano que vem e vamos desenvolver essa área. Estamos preparando plano de desenvolvimento que ainda não foi concluído", afirmou. (agência Reuters)




------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2011 - Todos os direitos reservados