Edição 573 | Ano IV


Da redação – São Paulo / SP
Gastos com TI na AL alcançarão US$ 300 bilhões em 2011
Os gastos com TI na América Latina deverão chegar a 300 bilhões de dólares em 2011, com crescimento de aproximadamente 4% sobre os 290 bilhões de dólares gerados no ano passado, segundo projeções do Gartner. A consultoria estima que até 2015 as companhias da região vão investir 384 bilhões de dólares nessa e que o Brasil responderá por mais de 40% dos negócios. Os dados fazem parte do estudo “Latin American Scenario” que a consultoria de pesquisas vai apresentar durante o Gartner Symposium ITxpo 2011, que acontece de 25 a 27/10 em São Paulo. A pesquisa é global e entrevistou 2014 CIOS de 44 países, sendo que 145 são da América Latina.

Parte do estudo foi divulgado nesta sexta-feira (30/09) pelo vice-presidente de infraestrutura do Gartner, Donald Feinberg, que comentou que os gastos com TI na AL entre 2008 e 2015 vão registrar uma taxa de crescimento anual de 54%. Uma das áreas que deverão receber forte investimento das companhias é a de serviços em TI, que responderá por 33 bilhões de dólares do bolo total da receita do setor em 2011. Para 2014, os negócios nessa área vão gerar na região um faturamento de 45 bilhões de dólares.
Feinberg destaca que o mercado de serviços de TI na AL vai registrar uma taxa de expansão de 10,8% até 2014, mais que o dobro da média mundial, projetada em 4,3% para os próximos quatro anos.O estudo do Gartner também mostrar quais são as 10 tecnologias que estão nas prioridades do orçamento de TI dos CIOs na região em 2011.

Veja a seguir:

1 - Gerenciamento em TI
2 - Cloud computing
3 - Tecnologias para mobilidade
4 - Virtualização
5 - Business Intelligence
6 - Infraestrutura
7 - Business Process Management (BPM)
8 - Aplicações Orientadas a Objetos (SOA)
9 - Sistemas de Gestão Empresarial
10 - Telecomunicações


Da redação - Brasília / DF
Planalto negocia acordo sobre royalties do petróleo
Apesar de ter dito que estava fora das negociações sobre a divisão dos royalties do petróleo, após duas propostas em que abria mão de parte de seus ganhos, o governo Dilma tenta convencer Estados não produtores a reduzir suas reivindicações. Os governos destas regiões pretendem ganhar, com a negociação, ao menos R$ 8 bilhões de receita extra advinda do pagamento de royalties e participações especiais (tributo pago sobre campos com grande lucratividade). Os ganhos seriam obtidos já a partir do ano que vem. O Planalto espera que eles fiquem satisfeitos com menos, cerca de R$ 6 bilhões. O ideal, de acordo com os técnicos da Fazenda, é que os governadores de Estados não produtores se contentassem com menos ainda, cerca de R$ 4 bilhões. Mas esse valor tem sido recusado. Para destinar os R$ 6 bilhões a Estados não produtores, a União abriria mão de R$ 1,8 bilhão entre royalties e participação especial. Os municípios produtores e as cidades afetadas pela exploração de petróleo abririam mão de outro R$ 1 bilhão. O restante dos recursos viria dos Estados produtores. (Fontes: Assessoria de Imprensa do Governo Federal e Agência Brasil)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
Inflação medida pelo IPC-S é de 0,50% em setembro
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) avançou de forma mais intensa e subiu 0,50% até a quadrissemana finalizada em 30 de setembro, após mostrar alta de 0,40% no indicador de até 31 de agosto, segundo dados divulgados hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mas o desempenho ficou abaixo do IPC-S imediatamente anterior, de até 22 de setembro (0,58%).
A taxa ficou dentro das previsões dos analistas consultados pela Agência Estado (de 0,49% a 0,59%) e levemente abaixo da mediana das expectativas (0,52%). Com o resultado anunciado hoje, o indicador acumula altas de 4,69% no ano e de 7,14%, em 12 meses.
As taxas de inflação mais fracas em quatro das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-S levaram à elevação mais fraca do indicador (de 0,58% para 0,50%). Segundo a FGV, houve desacelerações de preços em Alimentação (de 0,90% para 0,55%), Vestuário (de 1,25% para 0,93%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,58% para 0,51%) e Transportes (de 0,18% para 0,14%). Isso porque, em cada uma destas classes de despesa, foram apuradas elevações de preços menos intensas em preços de itens de peso no cálculo da inflação varejista, como frutas (de 6,71% para 3,44%), roupas (de 1,39% para 1,12%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,27% para 0,11%) e serviços de reparo em automóvel (de 1,18% para 0,65%), respectivamente.
Em contrapartida, houve acelerações de preços em Habitação (de 0,52% para 0,65%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,15% para 0,20%) e Despesas Diversas (de 0,15% para 0,29%), da terceira para a quarta quadrissemana de setembro. Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas altas de preço foram apuradas em limão (26,47%); taxa de água e esgoto residencial (2,12%); e aluguel residencial (0,91%). Já as mais significativas quedas de preço foram registradas em alho (-18,74%); tomate (-6,55%); e cebola (-10,30%). (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da Redação – São Paulo / SP
Transação ultrarrápida na Bolsa chega ao varejo
O mundo das transações eletrônicas ultrarrápidas na Bolsa, comandadas pelos robôs pré-programados para identificar oportunidades de ganho de centavos na terceira casa decimal, chegou finalmente ao investidor pessoa física do varejo. Corretoras e provedores de tecnologia oferecem, a partir de R$ 250 mensais, a possibilidade de qualquer mortal colocar sua inteligência para criar algoritmos (sequência de passos para tomar uma decisão como comprar ou vender uma ação) e programar os robôs para tomar decisões com muito mais agilidade do que o clique do "enter" do "homebroker" de um computador caseiro. Completamente automatizadas, essas transações são detonadas por supercomputadores que fecham negócios em 50 milissegundos (20ª parte de um segundo), tempo mais do que suficiente para comprar soja no Brasil e vendê-la no mercado de Chicago, nos Estados Unidos, se houver diferença de preço. Enquanto o "homebroker" fecha, na melhor das hipóteses, uma só transação, os supercomputadores podem fazer 20 negócios diferentes nesse mesmo intervalo de tempo. Os supercomputadores ficam fisicamente no prédio da BM&FBovespa, que aluga o espaço para corretoras e provedoras de tecnologia, como Robotrader, CMA e SunGard, colocarem seus computadores na porta de entrada dos servidores da Bolsa que executam as transações. (Fonte: Agência FolhaNews)

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas: e Abertura das Européias:

Tóquio / Japão
Incertezas globais derrubam Bolsas da Ásia
As bolsas asiáticas sofreram hoje, dia 3/10, com a crise da dívida soberana na zona do euro e as incertezas sobre o crescimento da economia global. Houve quedas acentuadas em todos os mercados, também no embalo das perdas ocorridas em Wall Street na sexta-feira. Não houve negociações na China e na Coreia do Sul por ser feriado.
- Este foi o exemplo na Bolsa de Hong Kong, que estendeu as perdas e atingiu o pior resultado em mais de 28 meses. O índice Hang Seng caiu 4,4% e encerrou aos 16.822,15 pontos, o menor fechamento desde 15 de maio de 2009.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, também fechou em forte queda, com as ações dos setores financeiro e tecnológico liderando o declínio. O índice Taiwan Weighted baixou 2,93% e terminou aos 7.013.97 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney seguiu o embalo dos demais mercados regionais. O índice S&P/ASX 200 teve baixa de 2,8% e fechou aos 3.897 pontos.
- Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, sofreu com os fracos resultados dos mercados norte-americanos. O índice PSEi recuou 3,35% e fechou aos 3.865,84 pontos, devolvendo todos os ganhos das últimas semanas.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa com os investidores fugindo dos ativos de risco por temores sobre recuo na economia global e preocupações com a crise das dívidas na Europa. O índice Straits Times cedeu 2,0% e fechou aos 2.621,40 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 5,6% e fechou aos 3.348,70 pontos, seguindo as baixas nos mercados regionais. As perdas foram lideradas por papeis relacionados ao setor agrícola, financeiro e minerador.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, tombou 5,2% e fechou aos 869,31 pontos.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, perdeu 1,4% e fechou aos 1.367,52 pontos, acompanhando os demais mercados.

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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Inflação ameaça retorno de renda fixa
Com previsão do mercado de inflação oficial medida pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - em 6,52% em 2011, a maioria dos investimentos em renda fixa corre sério risco de terminar este ano com rendimento real negativo ou praticamente zero. Se confirmada a previsão do mercado, será a primeira vez desde 2003 que o IPCA romperá o teto da meta estabelecida pelo governo, obrigando o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a cumprir o ritual de explicar publicamente as razões desse fracasso. O IPCA-15 de setembro, que funciona como uma prévia do IPCA cheio, já está em 7,3% em 12 meses. E não há muito o que fazer para conseguir uma proteção de última hora contra o aumento de preços, segundo especialistas. A proteção contra inflação, normalmente feita através de fundos de investimento e títulos do Tesouro Direto que rendem o IPCA mais juros, só funciona para quem "comprou" o seguro com certa antecedência (normalmente, quando a inflação não preocupa). Quem procurar proteção agora "entrará na alta", pagará caro pelos papéis e fundos e terá proteção mínima em curto prazo. Mas terá garantia de retorno real se a inflação persistir em 2012, 2013 em diante. Não são poucos os analistas que veem anos de taxas firmes pela frente. Para 2012, a expectativa do mercado já é de IPCA em 5,52%. A boa notícia é que é possível recuperar o atraso (ou as perdas). Existem diversas estratégias e opções de investimento para quem não quer apanhar sempre da inflação. (Agência FolhaNews)

Da redação – São Paulo / SP
Aumenta uso de cartões pelos brasileiros
Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostra que a posse de cartões de crédito, de débito e de rede/loja na população aumentou de 68%, em 2008 para 72,4%, em 2011. Nos estabelecimentos comerciais, os meios eletrônicos de pagamento também ganharam mais espaço e responderam por 54% das vendas. Segundo a pesquisa, realizada com 4.000 pessoas em 11 capitais, a posse do cartão de débito foi a que mais cresceu nos últimos três anos, de 53% em 2008 para 60% em 2011. Em seguida vêm o cartão de crédito, de 48% para 53%; e o cartão de rede/loja, de 26% para 28%. Na classe C a evolução do uso de cartões foi mais nítida, subindo de 38% para 47% nos últimos dois anos. Dos consumidores das classes A e B, 88% possuem cartões. Os itens que os consumidores mais adquirem com o cartão são roupas, calçados, joias, bens duráveis para a casa e estadias de hotéis e pousadas, com 68% cada. Em seguida, estão passagens para viagens (64%), material para construção (61%), combustível (57%) e produtos alimentícios (54%). Já as categorias menos adquiridas com cartão são jornais, revistas e livros (15%), educação (25%), lazer (29%) e serviços médicos, clínicas e hospitais (31%). Os meios eletrônicos continuam mais utilizados para valores maiores: acima de R$ 500 (84%), entre R$ 100 e R$ 500 (80%) e entre R$ 50 e R$ 100 (63%). Abaixo de R$ 50, predominam as compras em dinheiro.


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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
Abate de bovinos teve queda de 7% em relação a 2010
O Brasil abateu 7,065 milhões de cabeças de bovinos no segundo trimestre deste ano, com redução de 0,5% em relação ao primeiro trimestre e de 7% na comparação com o mesmo período de 2010. No acumulado de 2011, a queda é de 3,5% em relação ao primeiro semestre de 2010. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mato Grosso continua sendo o líder nacional de abate bovino, com 14,8%. São Paulo, com 11,7%, ocupa a segunda posição e Mato Grosso do Sul, com 11,5%, a terceira.
A Região Centro-Oeste participou com 35,8% do abate de bovinos, seguida pelo Sudeste (20,9%), Norte (20,5%), Sul (12,1%) e Nordeste (10,7%). Já o abate de suínos registrou aumento de 5,3% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2011. O país abateu 8,615 milhões de suínos, um recorde na série histórica.
No segundo trimestre deste ano, o país também abateu 1,310 bilhão de frangos, com crescimento de 6% na comparação com o mesmo período de 2010 e de 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2011. Segundo o IBGE, o país produziu 5 bilhões de litros de leite no segundo trimestre, 2,6% a mais do que no mesmo período de 2010.
A produção de ovos de galinha no segundo trimestre deste ano foi de 633,4 milhões de dúzias, um aumento de 2,4% em relação ao primeiro trimestre e de 3,7% na comparação com o segundo trimestre de 2010. No acumulado do ano, a produção de ovos de galinha teve crescimento de 3,1%. São Paulo foi maior produtor nacional de ovos de galinha nesse período, com 28,7% de participação no total da produção. Minas Gerais ficou em segundo lugar, 11,7%.

Da redação – Porto Alegre / RS
Trigos para panificação são apresentados no Rio Grande do Sul
A Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola – Coodetec estará presente em mais uma Tarde Tecnológica da ASP Agropecuária e Sementes, em Santo Augusto/RS. O evento está marcado para o dia 05 de outubro e deve reunir técnicos e triticultores da região. Na ocasião, a equipe técnica da Coodetec apresentará as novas cultivares de trigo, com características que vão agradar o produtor rural. De acordo com o representante técnico de vendas da Cooperativa, Valderi Gnatta, os participantes da Tarde Tecnológica irão conhecer os trigos CD 122, CD 123 e CD 124. “As três cultivares têm indicação para o Rio Grande do Sul e atendem os triticultores que buscam trigo de qualidade para panificação”, argumentou.
A cultivar CD 122 possui bom tipo agronômico, ampla adaptação e bom tamanho de espigas. Além disso, é trigo pão de alta qualidade industrial. Já o trigo pão de farinha branqueadora CD 123 é precoce e de baixa estatura. Estas duas cultivares possuem alto potencial de rendimento de grãos e resistência a ferrugem da folha. Em 2012, a Coodetec irá lançar no mercado a cultivar CD 124, mas os participantes da Tarde Tecnológica da ASP já terão acesso à variedade. Este trigo possui alto potencial de rendimento de grãos, bom tipo agronômico, boa resistência a giberela e germinação na espiga. A Tarde de Campo da ASP Agropecuária e Sementes tem início às 14 horas, na Vila Ponte Seca, em Santo Augusto/RS. Mais informações: (55) 3781 1023 ou (55) 9963 1032.
Dia de Campo - Na última quinzena de setembro, os trigos da Coodetec também foram apresentados em Três de Maio/RS. O Dia de Campo de Trigo foi promovido pela Cotrimaio, em parceria com a Setrem, e reuniu cerca de 300 produtores, técnicos e estudantes. Na oportunidade, os trigos que mais chamaram a atenção dos visitantes foram o CD 122 e o CD 123. De acordo com produtores que passaram pelo local, as características que mais se destacaram foram a sanidade, porte baixo, precocidade e o tamanho das espigas.

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SETOR AUTOMOTIVO

Da redação – Brasília / DF
Investimentos da Nissan reduzirão necessidade de importações
Com a ampliação da fábrica da Renault no Paraná e a construção de uma planta da Nissan em Resende, no sul do estado do Rio, anunciadas no sábado, o grupo franco-japonês deve reduzir as importações de carros para o Brasil. Segundo o presidente mundial da empresa, o brasileiro Carlos Ghosn, as duas marcas pretendem aumentar o índice de nacionalização dos veículos vendidos no país.
O executivo disse que, atualmente, a maioria dos carros da Nissan vendidos no país são importados, principalmente do México. Enquanto o Brasil deve se tornar, até o final do ano, o segundo maior mercado da Renault, perdendo apenas para a França, para a Nissan ainda figura como um mercado potencial. "O que queremos fazer é manter um mercado estratégico para a Renault, mas também permitir à Nissan contribuir mais com o desenvolvimento do mercado brasileiro", disse o Ghosn.
Com relação ao aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre carros importados, Ghosn disse que a decisão incentiva as montadoras a produzir localmente. Segundo ele, o índice de 65% de nacionalização para que o veículo não pague a alíquota é baixo se comparado ao de outros países que recebem investimentos das montadoras globais. A China, por exemplo, exige uma taxa de nacionalização de peças e partes de 90% e a Índia, de 95%.
Ghosn afirmou que a meta da aliança Renault-Nissan é dobrar a participação atual no mercado brasileiro, de 6,5% (5,5% da Renault e 1% da Nissan). Essa fatia de mercado está, inclusive, abaixo dos 10% de participação da companhia nas vendas em nível mundial. Segundo ele, até 2016, a participação da empresa no mercado mundial será 8% com a Renault e 5% com a Nissan. Ele explicou, no entanto, que a "estratégia não considera o número atual de 3,6 milhões de carros vendidos por ano no país, mas cerca de 4,5 milhões ao ano daqui a cinco anos". (Fonte: Agência Brasil)

Nova Iorque / EUA
Empresário da GM propôs fusão com Ford em 2008
O então CEO da General Motors Rick Wagoner propôs à concorrente Ford uma fusão entre as montadoras em 2008, um ano antes de sua companhia ser obrigada a decretar falência, segundo informações do jornal americano "The New York Times" deste domingo. O presidente Bill Ford e o executivo-chefe Alan Mulally, ambos da Ford, conversaram com Wagoner sobre a possibilidade antes de recusar a proposta, o que, de acordo com o jornal, mostra como os executivos da GM estavam desesperados em relação à situação da companhia. A notícia publicada pelo "NYT" foi adaptado do livro "Once Upon a Car - The Fall and Resurrection of America's Big Three Automakers - G.M., Ford and Chrysler", de Bill Vlasic, que será lançado nos Estados Unidos no dia 4 de outubro. A obra ainda não tem lançamento previsto no Brasil. Em junho de 2009, um mês depois da Chrysler, a General Motors, segunda maior do mundo, recorreu à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa, assim, conseguiu a proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana - o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O pedido da GM por proteção foi o terceiro maior da história dos Estados Unidos, sendo o maior já feito pela indústria manufatureira do país. Em termos de ativos (US$ 82 bilhões), a concordata da GM só ficou atrás dos colapsos do banco de investimento Lehman Brothers e da companhia de telecomunicações WorldCom. (Agência EFE)

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SERVIÇOS e VAREJO

Da redação – São Paulo / SP
Casino reestrutura negócios no Uruguai
O grupo varejista francês Casino, sócio do Pão de Açúcar no mercado brasileiro, reorganizou suas operações no Uruguai, com a venda de sua participação majoritária para sua própria subsidiária colombiana, a Exito, por US$ 746 milhões. No país, a empresa é dona das redes Disco, Geant e Devoto, líderes no varejo supermercadista local. Com a transação, a Exito avança no sentido de se tornar a plataforma unificada de expansão do grupo Casino nos países hispânicos da América Latina.

Da redação – São Paulo / SP
Leroy Merlin é rede de home centers mais admirada do país
A rede de home centers Leroy Merlin conquistou pelo segundo ano seguido a primeira colocação em seu segmento no ranking “As empresas mais admiradas no Brasil”, elaborado anualmente pela Revista Carta Capital. O prêmio escolhe as empresas com melhor imagem no país, avaliando aspectos como ética, compromisso com o RH e o país, qualidade de produtos e serviços, respeito pelo consumidor, solidez financeira e desenvolvimento sustentável. A Leroy Merlin chegou ao Brasil em 1998 e possui hoje 22 lojas em seis Estados e no Distrito Federal.

São Paulo / SP
Modelo "chique e barato" da Target está em xeque
Enquanto discutia, em uma conferência realizada este ano, previsões de vendas pelo critério "mesmas lojas" para 2011, o diretor financeiro da Target, Douglas Scovanner, observou que seu maior concorrente, o Walmart, vinha recebendo críticas de Wall Street por seu fraco desempenho no varejo. A maior empresa do setor havia registrado outro trimestre de vendas "mesmas lojas" negativas. Durante anos a Target se beneficiou dessas comparações. As mercadorias da Target eram mais modernas; seus anúncios publicitários mais descolados; e seus funcionários, mais satisfeitos. Mas ultimamente a rede vem tendo cada vez mais dificuldade para contar essa história.
Investidores insatisfeitos com o crescimento anêmico das vendas da Target vêm mostrando sua insatisfação derrubando as ações da companhia - uma queda que já chega a 14% este ano. Sindicatos trabalhistas, após anos de docilidade, estão acordando para o fato de que os salários e benefícios pagos pela Target são muito parecidos com os do Walmart. Rivais criticam o manual de estratégia "chique-barato" da Target. Os consumidores podem agora encontrar roupas mais sofisticadas a preços baixos em outros lugares. Fala-se muito sobre a incapacidade do Walmart de reanimar seus negócios nos EUA - suas vendas pelo critério mesmas lojas, o mais importante do varejo, estiveram estagnadas no primeiro semestre, após caírem por quase dois anos. Mesmo assim, o quadro não é muito melhor na Target.
Segundo o senso comum em Wall Street, os clientes da Target que mudaram para o Walmart durante a recessão deveriam voltar para a Target assim que a economia voltasse a crescer. Mas até agora isso não aconteceu, o que ajuda a explicar por que o desempenho das ações da Target está abaixo da performance de dois terços das 95 varejistas que fazem parte do índice S&P 500. A empresa está abrindo menos lojas no momento. Para incrementar as vendas, vem acrescentando gêneros alimentícios ao mix das lojas e dando desconto de 5% nas compras feitas com cartão de crédito ou débito emitido pela rede. Essas medidas ajudam a receita, mas afetam o resultado final. Desconsiderando os gêneros alimentícios, cujas margens de lucro são baixas, e o desconto de 5%, as vendas em mesmas lojas cresceram menos de 1% este ano - mais ou menos o mesmo que no Walmart.
Os executivos da Target insistem que as vendas vão aumentar no segundo semestre. Eles apontam para um crescimento de 4% nas vendas em mesmas lojas no mês passado e dizem que os planos de abertura de pequenas lojas em cidades americanas, sua expansão para o Canadá, e a melhoria do comércio eletrônico vão ajudar a aumentar a receita anual em 48% até 2017, para US$ 100 bilhões. Há poucos anos, varejistas empórios "fast fashion" como a Hennes & Mauritz e a Forever 21 pareciam a única ameaça real à Target. Agora, todas as redes, da Kohl's à J.C. Penney e a Kmart abraçaram o "chique-barato". (Agência Valor)

Da redação – São Paulo / SP
Água Doce investe em treinamento à distância
Os franqueados da rede Água Doce, que conta com 100 lojas em nove Estados e no Distrito Federal, passaram a contar com treinamentos à distância, coordenados pelo departamento de Treinamento e Nutrição. O treinamento dos franqueados e a apresentação de novos produtos eram feitos na central da Água Doce, em Tupã/SP. No ano passado, uma experiência em DVD com videoaulas fez a franqueadora repensar o modelo. Em novembro, na próxima convenção de franqueados da rede, a empresa distribuirá dois DVDs, chamados “Bar” e “Cozinha”, com receitas vencedoras dos concursos Mestre Cuca e Doce Mistura, bem como ajustes e adequações de receitas do cardápio. O franqueado assiste juntamente com sua equipe de bar e cozinha, visualizando procedimentos importantes para o bom funcionamento da casa.

Da redação – Brasília / DF
Franqueado adquire oito lojas da Mr. Mix em Goiás
A Mr. Mix, maior rede especializada em milk shakes do Brasil, abriu sua 31ª loja. A nova unidade está localizada no centro de Trindade/GO. O novo franqueado, Adalberto Vieira, pretende abrir, com quatro sócios, outras sete unidades da Mr. Mix em Goiás, sendo duas em Aparecida de Goiânia e cinco em Goiânia. A Mr. Mix pretende chegar a 100 unidades em operação no final do ano que vem.

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TI, WEB e e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
Gartner afirma que HP pode ser comprada por SAP ou Oracle
A saída para a HP encontrar o seu rumo e manter a confiança no mercado, após as constantes trocas de CEOs, pode ser a fusão com a SAP ou com outras companhias de software. A opinião é do vice-presidente de análises de infraestrutura do instituto de pesquisas Gartner, Donald Feinberg, que voltou a comentar sobre uma possível união entre as duas empresas. Porém, ele disse que antes a fabricante de hardware teria de dividir suas unidades de negócios: corporativa e de consumo. Nesse caso, outros candidatos na parte de servidores podem ser Oracle e Microsoft.
Em encontro com jornalistas nesta sexta-feira (30/9) em São Paulo, Feinberg comentou que a HP tem bons produtos, mas que os problemas com a troca de comando traz incertezas para os clientes, que estão renovando os parques de TI. Ele observa que a HP está com problemas de gestão por ter feito quatro trocas nos últimos seis anos, desde a saída da CEO Carly Fiorina em 2005.
A última mudança de comando foi na semana passada, quando Leo Apotheker foi substituído pela candidata a governadora da Califórnia, Meg Whitman. O ex-CEO da SAP estava há 11 meses no comando da HP. Ele sucedeu Mark Hurd, que deixou a companhia acusado de envolvimento em um escândalo sexual com uma ex-consultora de marketing de uma empresa terceirizada.
Apotheker foi demitido por ter tomado diversas decisões que estimularam críticas, incluindo a separação da divisão de computadores da HP, que foi anunciada antes de a empresa ter encontrado compradores. A HP não atingiu as metas financeiras nos últimos nove meses e as ações da empresa caíram pela metade durante a sua gestão.
Problemas de comando - “A HP tem os melhores servidores x86 e foi a empresa que mais cresceu com a venda desses equipamentos nos últimos cinco anos. O problema da HP é o board e não os produtos, que são bons”, afirma o analista do Gartner. Ele acha que a fabricante deveria focar as atenções apenas no segmento corporativo, seguindo o modelo que deu certo na IBM, quando decidiu sair do mercado de consumo, com a venda da divisão de computadores de consumo para a Lenovo.
Feinberg considera que o atendimento aos dois segmentos demanda muito energia das companhias, que precisam ter estruturas duplicadas de vendas e marketing. “Hoje, as empresas não podem mais fazer tudo”, ressalta.
Caso a HP adote essa estratégia, o analista do Gartner acha que a unidade de computadores corporativos pode ser um complemento importante para a SAP na hora da venda de seus aplicativos. Outro ganho para a fornecedora de software é o braço da HP de serviços, antiga EDS.
O especialista acredita que a produtora alemã de sistemas de gestão empresarial (ERP) conseguirá atender melhor aos clientes na entrega de uma solução completa. Hoje, a SAP depende de acordos com fabricantes de computadores para integrar a plataforma Hight-Performance Analytics Appliance (Hana), baseada em nuvem que combina hardware, storage, sistema operacional, software de gerenciamento e recurso de busca de dados in-memory.
Outros possíveis casamentos - Além da HP, o analista do Gartner avalia outros possíveis casamentos envolvendo a HP. Ele diz que a Microsoft é um potencial candidato à compra da fabricante de hardware para poder ter ofertas completas para o mercado corporativo, principalmente o sistema operacional Windows para servidores e sistemas para cloud computing. Há dois anos, Feinberg afirmou que era a HP que iria comprar a Microsoft. Agora a situação pode se inverter.Outra associação que não está descartada é com a Oracle. Segundo Feinberg, embora a empresa de Larry Ellison já tenha a linha de hardware da Sun, ela precisa de um braço de servidores mais forte que traga receitas maiores na venda composta com aplicativos da marca.

São Paulo / SP
Brasil tem o 39º melhor ambiente para empresas de TI
O Brasil melhorou o seu ambiente empresarial em 2,9 pontos, segundo a avaliação do estudo "IT Industry Competitiveness Index", da Business Software Alliance, de abrangência mundial. Com 39,5 pontos, o país subiu uma posição na classificação, depois de em 2009 ter registado uma nota de 36,6, numa escala de 0 a 100. Os Estados Unidos lideram a classificação com 80,5 pontos, seguidos da Finlândia (72 pontos) e de Singapura (69,8). Este país subiu seis lugares, desde 2009. O contexto empresarial brasileiro tem as suas melhores qualidades no ambiente de negócio, avaliado com 73,6 pontos e no ambiente legal, que recebeu 58 pontos. A pior nota foi dada ao cenário de pesquisa e desenvolvimento (21,2 pontos) e no cenário infraestrutura (25,9 pontos). De acordo com o quadro de avaliação da organização, o país perde precisamente na área mais valorizada pelo estudo: o ambiente da investigação e desenvolvimento. Este vale 25% da nota enquanto a infraestrutura e o capital humano representam 20%, cada. De acordo com Matthew Reid, vice-presidente da BSA para as comunicações, os Estados Unidos vão passar a ter mais países brigando pela liderança da referida classificação.
Vários países estão fazendo grandes investimentos para desenvolver os seus setores de TI, segundo ele. A Malásia subiu 11 lugares para o 31º lugar, e a Índia, 10 lugares para 34º. A Alemanha também melhorou, de 20ª para 15ª, e a Polónia atingiu a 30ª posição (era 25ª). A China, devido aos problemas de proteção de propriedade intelectual e apoio à pesquisa e desenvolvimento, também subiu apenas um lugar, para 38º posição no ranking. “Os segredos para se atingir o sucesso nesta área não são desconhecidos. Há elementos básicos e fundamentais necessários para um país ser competitivo”, considera Reid.A quarta versão do estudo foi realizada conjuntamente com a revista The Economist e engloba 66 países. O trabalho procura avaliar tanto o suporte público como o privado ao sector das TI.

Da redação – São Paulo / SP
Internet em dispositivos móveis cresce 60% no Brasil
O Brasil é o país que mais cresce no acesso a internet em dispositivos móveis, como celulares e tablets. Esse dado foi divulgado por Alex Banks, Diretor para América Latina da ComScore, na semana passada. Segundo ele, nos últimos quatro meses o acesso à rede por esses dispositivos aumentou em 60%. Entretanto, apenas 1% dos pageviews na internet não vêm de computadores ou laptops.


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TURISMO e GASTRONOMIA

Da redação – São Paulo / SP
Novos pratos para Primavera, no Josephine
Além de diversas opções de saladas em seu cardápio, o Josephine festeja a chegada da Primavera com novos pratos em seu menu. Criados pelos chefs Cícero Gomes e Ulisses Gonçalves, os pratos são: Carré em crosta de ervas, servido com risoto de fung-seco e rúcula (fica até o final da estação - R$6 2,90); Josephine (salada de folhas, queijo brie, tomate seco e croutons, molho de mostarda e metal - R$ 31,90); Córsega II (carpaccio de salmão defumado servido com salada e molho próprio – R$ 36,90) e Gênova (folhas verdes, fundo de alcachofra, lâminas de salmão defumado, gergelim, tomate seco, molho balsâmico – R$ 36,90). O restaurante ainda apresenta uma carta de bebidas com destaque para a variedade de drinks refrescantes, como o Ruby Fresh Martini (absolut ruby red, suco de maracujá, xarope de açúcar – R$ 21,50), Cosmopolitan Citron (absolut citron, suco de cramberrym desh de limão e grand manier – R$ 21,50) e Absolut Trilogy (absolut mango, caju, lichia em calda de açúcar – R$ 25,90). Inaugurado em 2000, o Josephine reside na Rua Jacques Félix, número 253, Vila Nova Conceição, em São Paulo.


Da redação – Porto Alegre / RS
Bom gosto no menu
O chef francês Antoine Chepy e a pâtissière brasileira Bianca Muller estão reformulando o menu. Agora os almoços semanais (12h às 15h) oferecem três opções de entradas, três opções de pratos principais e as sobremesas do cardápio. Para a Happy Hour (17h às 19h30min) temos aperitivos e "tapas" para acompanhar os momentos de descontração e as facilidades de espumante e vinhos em taças, num clima de autêntico Bar de Vinhos. Finalmente, o cardápio principal vai conter todo o sabor e a "expertise" do chef: comida de bistrô com qualidade e simplicidade. O endereço é na Rua Marquês do Herval, 52, bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Telefone para reservas: (51) 3395.4597.


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MERCADO DE LUXO

Guangzhou / China
Montblanc inaugura sua maior boutique: até o momento
Com dois andares e 557 metros quadrados, a nova boutique Montblanc está localizada no shopping Tai Koo Hui, em Guangzhou, na China. (LEIA +)

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MÍDIA e MKT

Da redação – São Paulo / SP
Telefônica assume controle de ativos da TVA
A Telefônica passou ter, desde ontem (29/9), o controle integral da operação de cabo da TVA em São Paulo. Em comunicado enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Telesp informou que adquiriu 49% do capital oridinário da Lemontree Participações que, por sua vez, era detentora de 80,1% da Comercial Cabo TV São Paulo, empresa que representava a operação de cabo da TVA em São Paulo. A aquisição já era prevista por um acordo assinado entre a Telefônica e o grupo Abril em 2006, quando a operadora espanhola comprou os ativos de MMDS da TVA em em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba e passou a ter o capital total das operação de cabo em São Paulo, Florianópolis e Foz do Iguaçu. O negócio realizado ontem, que envolveu 68,5 milhões de ações ordinárias da Lemontree, foi possível graças à Lei 116, que define novas regras para o serviço de TV por assinatura no Brasil e foi sancionada pela Presidente Dilma Roussef no começo deste mês. A nova legislação abriu o mercado de TV para operadoras de telefonia e acabou com a limitação da participação de capital estrangeiro no serviço de TV a cabo.

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SUSTENTABILIDADE

São Paulo / SP
Muitas empresas ignoram conceito de sustentabilidade
Negócios que se dizem sustentáveis ganham pontos com o consumidor, e os microempresários sabem disso. O que eles desconhecem, contudo, é o próprio conceito de sustentabilidade, aponta a primeira sondagem do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - sobre o tema, feita com 3.058 micro e pequenas empresas do país em agosto deste ano. Do total de entrevistados, 58% afirmaram não ter conhecimento algum sobre o assunto. Ainda assim, 47% deles disseram que a questão representa oportunidade de ganho, e 79% pontuaram que ser sustentável atrai clientes. A incoerência é "reflexo do pouco conhecimento [do empresário]", avalia o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos. "As empresas têm dado muita atenção à questão ambiental, mas a sustentabilidade também tem como base aspectos sociais e econômicos", diz o professor Clovis Armando Alvarenga Netto, coordenador do curso de ecodesign, da Fundação Vanzolini. A sustentabilidade alia projetos ambientais a sociais (como oferta de cursos e outros planos que se destinam às pessoas da região da empresa) -que precisam auxiliar o empreendimento a gerar lucro. "Se não for assim, não será sustentável", reforça Alvarenga Netto. Por acreditarem que o conceito está unicamente ligado à questão ambiental, empresários têm dificuldades de implantar práticas efetivas.
Na Apdata, de software, a tentativa foi barrada pela "falta de conscientização dos funcionários", afirma a presidente, Luiza Nizoli, 50. Há seis anos, a empresa começou a adotar práticas simples, como redução de uso de papel, mas esbarrou na resistência da equipe, que teria de mudar hábitos. "As pessoas enxergam que a empresa quer ganhar [sozinha]."
CUSTO É EMPECILHO - Para ter um negócio sustentável, Luiz Cezar Pereira, 70, sócio da Enersud, fabricante de turbinas eólicas, construiu fábrica em Maricá (a 54 km do Rio de Janeiro) com nova estrutura. Nela, há geração de energia eólica e solar, sistema de captação de água de chuva, telhas brancas (que reduzem o calor interno) e calha plástica (que beneficia a iluminação natural). O custo foi 40% maior, se comparado ao de uma estrutura convencional. O retorno do investimento, diz Pereira, vem com o tempo. "Precisamos ser assim para nos apresentarmos ao mercado, e esse é hoje o nosso argumento de venda", explica.
Para muitos donos de empresas de micro e pequeno portes, porém, o custo é um dos maiores empecilhos para a implantação de projetos que aliem as três bases da sustentabilidade --ambiental, econômica e social. "Ao rever processos de gestão, [o gestor] verá que há ações que não impactam o caixa", diz Claudio Albuquerque, diretor da ImparBrasil, consultoria em responsabilidade socioambiental. Clovis Alvarenga Netto, da Fundação Vanzolini, concorda. "Existem iniciativas de curto prazo que podem contribuir [para diminuir custos, como redução do uso de papel]", sinaliza o professor.
Para especialistas, a falta de informação impede empresas de adotarem práticas efetivas, e a maioria reduz suas ações à troca de copo plástico por caneca e à economia de papel e energia. "É um primeiro passo", considera. É o que acontece na Medilab, laboratório de análises clínicas. "Não temos muita opção [porque os custos aumentariam]", diz a gerente Kelsilayne Fraga, 34. Quando a economia passou a ser revertida em benefícios para os funcionários, como sala com rede para cochilos, a adesão foi maior. Hoje a Apdata conta com comitê sobre o tema para tentar implementar novas práticas.


São Paulo / SP
Mapear insumo é primeiro passo para que empresas sejam sustentáveis
A lenha, insumo mais utilizado na Patroni Pizza, foi trocada por briquetes de madeira (pó de serra prensado), com maior rendimento. A escolha, avalia Rafael de Oliveira Augusto, 28, diretor de marketing, não foi aleatória. Antes, cada uma das cem unidades da rede de franquias consumia 6 toneladas de lenha por ano. Hoje, são utilizadas cerca de 3,2 toneladas de briquete. A diferença também está no preço: 25 kg de lenha custam, em média, R$ 26; a mesma quantidade do pó de serra prensado sai por R$ 18. A ideia da Patroni é "potencializar os principais ativos da empresa pautada em projetos que minimizem os impactos social e ambiental", esclarece o executivo. Para fazer a troca, Augusto teve de avaliar processos. "A primeira pergunta que tenho de fazer é o que impacta o negócio", orienta Ricardo Zibas, gerente sênior da área de sustentabilidade da consultoria de gestão KPMG.
EM CADEIA - Feita a análise, é hora de mapear fornecedores, recomenda Claudio Albuquerque, diretor da ImparBrasil, consultoria focada em responsabilidade socioambiental. "O empreendedor precisa saber onde está na cadeia [de suprimentos] e de quem ele pode cobrar", indica ele. É o que faz a Alog, de tecnologia da informação. "Como compramos muitos dispositivos eletrônicos, buscamos fornecedores 'verdes'", diz Victor Arnaud, 32, diretor de marketing e processos. Na PuraInova, de dermocosméticos, as caixas das embalagens são compradas de uma empresa que vende matéria-prima reciclada. Além disso, a água, principal insumo, é retirada em local onde há plantação de árvores para "compensar" o carbono emitido na extração. "Tentamos encontrar alternativas", afirma Joel Ponte, 48, presidente da empresa. Ter equipamentos novos e fazer manutenção constante são práticas simples, que fazem parte de uma gestão sustentável, dizem especialistas.
A estutura - Há quem vá além e invista na renovação do ambiente. Foi o que fez Raquel Cruz, 42, dona da empresa de cosméticos Feitiços Aromáticos. No ano passado, o prédio foi pintado de branco e foram instalados vidros na estrutura, permitindo economia de 40% no consumo de energia. A troca de torneiras e caixas sanitárias por modelos econômicos reduziu em 20% o consumo de água. Para os funcionários, a empresa reservou espaço para estacionar bicicletas. "Hoje temos um ambiente melhor", avalia Cruz. Pensar no espaço físico é parte do processo, avalia a arquiteta Alexandra Lichtenberg, da Planejamento Estratégico para Sustentabilidade. A escolha do local deve privilegiar iluminação e ventilação naturais e facilitar o transporte de funcionários. Internamente, ela recomenda pintura clara e móveis de madeira certificada.
Aplicação do conceito em todo o processo - Em Jarinu (a 68 km de São Paulo), a Cassiopéia sobrevive há 30 anos fazendo produtos de limpeza manualmente com insumos de origem vegetal, quase três vezes mais caros do que derivados de petróleo usados nos produtos de limpeza químicos comuns. Produzidas pela empresa, matérias-primas como aloe vera (babosa) são cultivadas sem agrotóxicos. "Tento seguir o ideal do meu pai [fundador da Cassiopéia], que era produzir com fórmulas menos agressivas", diz a dona, Becky Weltzien, 40. uando o primeiro item "verde" foi lançado, "ninguém queria saber". Hoje "todos seguem essa linha". Os pedidos são enviados em caixas de papelão reciclado com proteção interna de granulado de fécula de milho (isopor biodegradável). Nas gôndolas, os produtos são cerca de 20% mais caros que os convencionais, mas a empresa, afirma, cresce. Com os 20 funcionários, ela se reúne para fazer pão integral e falar sobre reciclagem. "Eles adotam práticas da empresa em suas casas." (Agência FolhaNews)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Da redação – Porto Alegre
White Cube ministra curso sobre banco de dados durante 11º Student to Business da Microsoft
A White Cube – especializada em consultoria de banco de dados, Business Inteligence e treinamento – irá ministrar as aulas das trilhas de Banco de Dados e Infraestrutura de Redes da 11ª edição do programa gratuito de capacitação Students to Business realizado pelo Centro de Inovação Microsoft-PUCRS, que deve iniciar na próxima semana. (LEIA +)



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