Edição 556 | Ano IV





Bruxelas / Suécia
Grécia em perigo novamente afeta mercados
A Comissão Europeia anunciou neste domingo que enviará "nos próximos dias" uma equipe de especialistas para Atenas encarregada de concluir o trabalho sobre um novo pacote de resgate para o endividado país até o final do mês.  "Funcionários da Comissão Europeia retornarão a Atenas nos próximos dias para fornecer suporte técnico a autoridades gregas no trabalho em andamento", disse o Comissário Europeu para Assuntos Financeiros e Monetários, Olli Rehn, num comunicado. "Assim que a Grécia cumprir as condições, eu espero que a revisão da troca possa ser concluída até o final de setembro", afirmou Rehn, referindo-se à Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os comentários foram feitos após a Grécia anunciar hoje que planeja criar um novo imposto imobiliário para cumprir as metas orçamentárias. (Agência Dow Jones)

Brasília/DF e São Paulo/SP
Custo da Copa no Brasil corre o risco de explodir
O custo da Copa-14 pode repetir os problemas do Pan-Americano do Rio em 2007, quando o valor final do evento superou em 10 vezes o orçamento original. A menos de três anos para o Mundial, o país ainda não tem as contas fechadas para o torneio. O Portal da Transparência do governo, montado pela Controladoria-Geral da União, diz que a Copa custará R$ 23,4 bilhões. A Abdib - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base -, que tem acordo de cooperação técnica com a CBF - Confederação Brasileira de Futebol - e o Ministério do Esporte, trabalha com outros números. Estima em R$ 112 bilhões o custo total do Mundial e em R$ 84,9 bilhões, se considerado o recorte feito pelo Portal da Transparência, com o cálculo incluindo só aeroportos, portos, segurança, arenas e mobilidade urbana. O MPF - Ministério Público Federal - acha que essa situação conduz o país ao risco de uma explosão de custos. O alerta é do procurador-chefe do Ministério Público Federal do Amazonas, Athayde Ribeiro Costa, atual coordenador do Grupo de Trabalho Copa do Mundo 2014.



_______________________
INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação - São Paulo / SP
IPC-C1 registra alta em agosto
O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de agosto apresentou variação de 0,33%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,73%, no ano e 7,30% nos últimos 12 meses.
Em agosto, o IPC-BR registrou variação de 0,40%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 7,10%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1, conforme ilustra a tabela a seguir.
Três das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (-0,92% para 0,52%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,46%) e Habitação (0,29% para 0,43%). Contribuíram para estes movimentos os itens: frutas (-2,03% para 8,51%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,05% para 0,83%) e taxa de água e esgoto residencial (0,00% para 1,28%), nesta ordem.
Em contrapartida, os grupos Vestuário (0,52% para -0,66%), Educação, Leitura e Recreação (0,11% para 0,01%), Despesas Diversas (0,20% para 0,11%) e Transportes (0,02% para 0,00%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. As influências partiram dos itens: roupas (0,67% para -0,52%), excursão e tour (0,78% para -3,17%), alimento para animais domésticos (2,06% para -0,44%) e gasolina (0,23% para -0,10%), respectivamente.

___________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

Da redação – São Paulo / SP
Procura por ouro quadruplica na Bolsa
O volume de operações com ouro praticamente quadruplicou no país em 2011, ano conturbado nos mercados globais por conta da crise da dívida na Europa e o rebaixamento da avaliação de risco dos EUA. Em oito meses, foram 16.440 lotes negociados (pouco mais de quatro toneladas) na BM&FBovespa, contra 4.962 lotes (1,2 tonelada) em idêntico período em 2010. Há pelo menos dez anos os preços do metal têm subido, e somente nos últimos 12 meses já ascenderam mais de 45% no exterior e mais de 30% no mercado brasileiro.
O cenário mundial ajudou, com juros internacionais e Bolsas de Valores no chão. "A cotação subiu muito rápido porque os países começaram a repor seus estoques do metal", afirma o diretor comercial da corretora Ourominas, Joselito Soares. "Num quadro mundial como esse, ninguém quis ficar descoberto em ouro."
Cotações no auge - Mas os interessados devem saber que o precioso metal já está próximo do topo previsto para este ano, na visão atual de parte dos analistas. Sendo negociado em torno de US$ 1.850 a onça na praça de Nova York (a referência internacional), especialistas apontam para o preço-alvo de US$ 2.000 em médio prazo. Há quem discorde dessas projeções. O renomado economista e gestor Marc Faber, em uma entrevista recente, zombou daqueles que colocam a valorização atual do ouro como uma "bolha". Entre eles esteve o megainvestidor George Soros, que se pronunciou ainda em setembro do ano passado.
Para Faber, o metal ainda está "dirt cheap" (baratíssimo, em tradução não literal) e deveria ter valor atual de US$ 6.000 a onça. "Esses preços estão refletindo a desconfiança dos investidores na capacidade dos políticos em resolver os problemas presentes [nos EUA e na Europa]", afirma José Inácio Franco, diretor da Reserva Metais, empresa brasileira especializada na negociação com o metal. "Acho que boa parte das pessoas acredita que as lideranças políticas vão errar muito antes de acertar", diz. "Obviamente o ouro já não está tão barato como antes", ressalta.
Para ele, caso a Europa e os Estados Unidos tomem medidas que os mercados reconheçam como eficazes para sanar seus problemas fiscais, as cotações podem experimentar uma "realização significativa", ou seja, ainda há espaço para queda forte. O profissional também reconhece que, no Brasil, os juros altos tornam a renda fixa uma opção "difícil de bater". Franco, no entanto, sugere que o investidor poderia avaliar a transferência de pelo menos uma parcela das reservas aplicadas em Bolsa para a commodity.

HOJE – Fechamento das Bolsas Asiáticas e Abertura das Bolsas Européias:

Tóquio / Japão

Bolsas da Ásia tombam com temor por zona do euro
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira, dia 12 / 9, e o euro bateu o menor valor em 10 anos contra o iene, com a renúncia de uma autoridade do BCE (Banco Central Europeu) gerando mais dúvida sobre a capacidade da zona do euro para combater a crise de dívida. - Em Tóquio, o índice Nikkei teve queda de 2,31%, no menor nível de fechamento desde abril de 2009.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 3,18%.
- O índice de Seul encerrou em baixa de 1,83%.
- O mercado tombou 4,21% em Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan destoou ao avançar 0,82%.
- Enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,05%.
- Cingapura retrocedeu 2,89%.
- E a Bolsa de Sydney fechou com desvalorização de 3,72%.
Análise - O petróleo e o cobre caíam e o dólar tinha forte alta. As preocupações sobre a zona do euro, combinadas com o temor sobre a lentidão do crescimento econômico global, ampliavam o pessimismo que arrebatou os mercados globais nas últimas seis semanas. "As pessoas estão bem nervosas sobre a Grécia e outros países da região europeia, então essa é a razão pela qual os investidores estão fugindo para o dólar", disse Tetsu Emori, gestor de fundos da Astmax Co Ltd, em Tóquio. "É aversão a risco." A renúncia do alemão Juergen Stark ao conselho do BCE ressaltou as divisões internas sobre o programa de compra de bônus - uma das principais armas da autoridade monetária contra a crise de dívida, pois reduz os juros da dívida de países sob pressão dos mercados de bônus.

Londres / Inglaterra
Bolsas na Europa abrem com forte queda de olho no calote da Grécia
O calote da Grécia que estava sendo esperado para o último fim de semana não se concretizou, mas isso não diminuiu as preocupações nas bolsas nesta segunda-feira, dia 12/9. Os mercados na Europa recuam fortemente.
- Às 8h45, a Bolsa de Londres recuava 2,48%.
- A Bolsa de Frankfurt caía 3,28%.
- A Bolsa de Paris tinha baixa de 4,53%.
- A Bolsa de Madri desvalorizava-se 3,18%.

_________
INDÚSTRIA


Rio de Janeiro / RJ

Indústria no Brasil parou de crescer há 3 anos
A indústria de transformação brasileira parou de crescer há três anos, freada pelo câmbio valorizado, pelo custo Brasil e pelo excesso de oferta mundial. Desde julho de 2008, logo antes do início da crise global, praticamente não houve crescimento da produção de manufaturados nem do nível de emprego no setor. Pelos números do PIB, a expansão da indústria de transformação de julho de 2008 a julho de 2011 foi de apenas 1%, comparada a 7,8% para a construção civil e 10,5% para os serviços. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange as seis maiores regiões metropolitanas, o emprego industrial cresceu apenas 2,2% naquele mesmo período. Enquanto isso, o emprego se expandia em 13,7% na construção civil e 11,8% nos serviços.
A pressão sobre a indústria fica clara na migração de fábricas de empresas nacionais para o exterior, como na recente decisão da Paquetá Calçados de transferir a unidade exportadora de Sapiranga (RS) para a República Dominicana. A desaceleração do PIB do segundo trimestre para 0,8% (3,2% em ritmo anualizado) ante os três primeiros meses do ano, na série sem influências sazonais, teve como freio principal a quase paralisia da indústria. O ritmo foi de apenas 0,2% (0,8% anualizado).
No setor industrial, porém, o item que de fato segurou o crescimento foi a indústria de transformação, com expansão nula. A transformação corresponde a 62% da indústria, e abarca todas as manufaturas. Não fazem parte da indústria de transformação o segmento extrativo-mineral, a construção civil e eletricidade, água, esgoto e limpeza urbana. A fraqueza da indústria de transformação também fica clara no fato de que o seu nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) pode cair abaixo da média histórica nos próximos meses, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Todo esse quadro de enfraquecimento industrial pesou na decisão do Banco Central de cortar a taxa básica, a Selic, em 0,5 ponto porcentual, para 12%, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Mas o fato de que a paralisia já dura três anos leva alguns economistas a defender a ideia de que o problema na indústria não é conjuntural, mas sim estrutural. Nessa visão, a indústria está perdendo peso relativo dentro da economia, atingida por uma combinação de fatores que favorece a agricultura, as matérias-primas e o setor de serviços. "A indústria da transformação hoje está no nível de três anos atrás e a inflação está fortíssima; não dá mais para fazer um diagnóstico da inflação olhando a indústria", diz Samuel Pessôa, economista da consultoria Tendências. O câmbio valorizado é apontado consensualmente como a principal causa da estagnação na indústria, ao atrair a competição importada e dificultar as exportações. A desvalorização desde junho, de 8,4%, de R$ 1,54 por dólar para R$ 1,68, é um pequeno alento, mas ainda está muito longe de resolver o problema de competitividade da indústria.
Em termos de quantidades, o Brasil exporta hoje menos produtos manufaturados do que em 2008, segundo dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). A queda, comparando o primeiro semestre de cada ano, é de 17%. Já a participação da indústria de transformação no total exportado caiu, entre 2008 e o primeiro semestre de 2011, duas vezes mais que entre 2002 e 2008, em pontos porcentuais. Dessa forma, a proporção era de 80% em 2002, 70% em 2008 e 50% no primeiro trimestre de 2011. (Agência Estado)


_____________
AGROBUSINESS


Da redação – Brasília / DF
Por novos mercados, avicultura de MS aposta em tecnologia de produção
A modernização dos aviários tem transformado a avicultura em Mato Grosso do Sul. A tecnologia diminuiu o tempo de produção dos frangos até o abate. Atualmente um animal está pronto em 42 dias. Em um país de grandes distâncias, diminuir o tempo entre propriedades rurais e indústria ainda é um desafio. E esse gargalo na produção fica ainda maior quando o alimento a ser transportado é frágil. Pecuária pesa no PIB agropecuário; custos maiores pressionam No setor da avicultura é assim. Os animais não podem viajar por muito tempo até o frigorífico. Por isso a indústria brasileira se modernizou rapidamente e criou núcleos produtores que inclui parceria com as granjas, qualificação de mão de obra e indústria. Mas se esse suporte de produção foi alcançado, ainda existem outros.
No Brasil ainda se come pouca carne de frango. Mas o brasileiro está se adaptando às novas realidades de mercado e preço. Um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco) mostra que o consumo per capita de frango no país bateu recorde em 2010. 44,523 quilos por pessoa. O número é 13,63% maior que os 39,182 quilos per capita de 2009. O cálculo toma como base a produção para o consumo interno, não conta a exportação. A pesquisa concluiu que a média de crescimento do consumo de frango pela população brasileira nos últimos 30 anos, ficou em 5,6% ao ano, de 1981 a 2010. "O mercado interno tem crescido. A demanda está em franca expansão justamente porque a classe 'C' está comprando mais. Quando você melhora a sua renda, a primeira coisa, você melhora a sua alimentação. A proteína faz parte da alimentação desde o princípio. Então você melhora a sua renda e quer comer melhor. A classe 'C' tem contribuído para o aumento do consumo no Brasil", disse Marcelo Moser, gerente de indústria.
E esses polos de produção de carne se espalham por Mato Grosso do Sul. Aos poucos as regiões vão ganhando características próprias e com perfil para determinados sistemas de criação. Falar na produção de carne de frango, é quase obrigatório falar de Sidrolândia, município que fica na região central do estado, distante 70 quilômetros de Campo Grande.
A economia principal do município gira em torno do frango. Desde 1993, a segunda maior indústria de carne do Brasil se instalou na região, colocando Mato Grosso do Sul em destaque na produção de aves. Um trabalho do campo que reflete diretamente na cidade. "Sidrolândia teve um problema de agricultura na década de 80 e início de 90. Nós fomos buscar uma indústria que suprisse a necessidade do município continuar crescendo. Graças a Deus trouxemos uma avicultura forte. Na época quando inauguramos esta empresa, o município tinha dez mil habitantes, e hoje temos 42 mil habitantes, em menos de 18 anos", afirmou Nilo Cervo, secretário de desenvolvimento rural e meio ambiente de Sidrolândia.
São mais de 20 países da Europa, Oriente Médio, Ásia. O Japão é o principal cliente. O mercado japonês compra quatro mil toneladas por mês. Este grande mercado consumidor ainda tem as exigências. Exportação para o outro lado do mundo é só coxa. Uma carne nobre, uma das melhores peças do frango. Grande mercado, grande exigência, grande também na fiscalização. Os técnicos japoneses visitam com frequência a indústria brasileira. Eles querem garantir a segurança no setor sanitário na produção da carne.
Para a indústria garantir tamanha qualidade do produto foi preciso mudar os sistemas de produção. Apenas garantir o mercado internacional não foi suficiente. Era preciso ter granjas preparadas para tantos cuidados e responder aos exigentes padrões de segurança alimentar. "Todo o ambiente é climatizado, controlado de acordo com as temperaturas que as aves exigem”, disse Lígia Souza, veterinária. Os ovos, por exemplo, seguem por uma esteira, sem precisar da presença do homem dentro do galpão. Tudo é controlado por um sistema de monitoramento. As aves ficam mais tranquilas, sem ameaças constantes, e o bem estar do animal acelera a produção de ovos férteis que seguem normas de segurança internacionais.
"Na granja de matrizes o controle é muito rígido na biosseguridade. Começa pelo valor das aves. Elas estão agrupadas. Um lote desses têm 30 mil aves fêmeas. E cada uma vai botar 180 ovos. 80% viram pintinho. Então o valor agregado é alto. Os silos de ração são externos. Os caminhões não entram. Só pessoas autorizadas entram nas granjas. Os banhos são dos pés a cabeça para entrar, e qualquer material tem de ser fumegado ou desinfetado para visar à saúde. Estas são normas que o Ministério da Agricultura impõe para atividade, mas a empresas muitas vezes acaba fazendo normas mais rígidas do que o próprio ministério", conclui a veterinária. “Meu sucesso vem de 15 anos. Comecei na atividade em 98 e acabei entrando na atividade de ovos férteis. A melhor forma que eu achei foi trabalhar com esta tecnologia hoje. O ninho automático, a esteira, estou feliz com o resultado", disse Marino Welter, avicultor
Na avicultura de corte, a tecnologia também encurta o tempo de produção com foco no alimento de qualidade. Hoje, em 42 dias um frango vai para o abate. Antigamente este tempo chegava a seis meses. Frango caipira ainda precisa desse tempo todo para ficar terminado. A tecnologia diminui o contato do homem com os animais. A ração chega por esta tubulação. E o alimento chega a medida que as aves vão comendo. O cardápio é bem a vontade. A dieta dos animais pode adiantar o abate. E a água não só mata a sede mas proporciona ambientes mais agradáveis para o bem estar do frango.
"Água fria, fresquinha. Se por um acaso a água esquentar, será jogada fora do barracão e virá outra nova. O frango de corte não gosta de água quente. Dá problema no intestino. Ele é que nem a gente”, disse Iluir Antônio Scariot, avicultor.
Em um futuro próximo os países terão de produzir mais alimento. É uma necessidade da demanda mundial. Estudos científicos mostram que o campo terá de ser aperfeiçoar, aprimorar os sistemas, aumentar a produção. O Brasil é visto por organismos internacionais como um celeiro na produção de alimentos. No contexto desse mapa do alimento está Mato Grosso do Sul, com terras férteis, clima favorável, posição geográfica privilegiada, e mais, um trabalhador rural atento aos conceitos de modernidade.

Da redação – São Paulo / SP
Análise do mercado de frango
A menor oferta de animais para abate e a boa demanda interna e externa favoreceram os aumentos recentes do frango vivo e da carne, segundo pesquisadores do Cepea. No entanto, neste início de setembro, os reajustes no mercado doméstico, dos animais e da carne, deram uma trégua. Em agosto, houve recuperação nos embarques brasileiros de carne de frango de 14,9% sobre o volume do mês anterior, totalizando 318,2 mil toneladas - dados da Secex. No mercado interno, os preços da carne de frango neste início de setembro se apresentam estáveis ou em queda na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. No segmento do frango vivo, prevalecem quedas. No caso do atacado de São Paulo, entre 1º e 8 de setembro, o frango inteiro congelado teve queda de 0,7%, passando para a média de R$ 2,88/kg nessa quinta-feira. Já o frango inteiro resfriado valorizou no mesmo período, 1,8%, comercializado a R$ 2,85/kg na quinta.

_________________
SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
A revolução das cores acelera mercado de carros
Você para no sinal vermelho, olha para o lado e vê um carro verde-abacate. Logo atrás, vem um modelo amarelo cor de ovo e, na outra pista, surge um abóbora berrante. Não é ilusão de ótica. Já se foi o tempo em que o cinza e o prata dominavam as ruas. Agora, é a vez dos vários tons de verde, do azul-celeste e do laranja, entre outras cores exóticas. O branco também vem conquistando cada vez mais os consumidores.Uma pesquisa divulgada recentemente pela Dupont, uma das maiores fornecedoras mundiais de tintas automotivas, mostra que a alvura total já supera os clássicos prata e cinza no mercado brasileiro, assumindo a terceira colocação, com 13% das preferências dos compradores. O branco já ultrapassou o cinza (12%) e o vermelho (9%). Hoje, perde apenas para o prata (34%) e o preto (24%) - e promete ganhar força.
Na BMW, a cor já representa 35% das vendas no Brasil. O jipinho X1 é o campeão de "brancura" da marca. A demanda tem sido tão grande que, para conseguir um com essa característica, é preciso encarar dois meses de fila de espera. Não por acaso, a empresa alemã só tem colocado carros brancos em seus estandes nos principais eventos automotivos do mundo - foi assim no último Salão do Automóvel de São Paulo, realizado no fim de 2010.
A Audi também tem acompanhado a tendência. Hoje, 25% dos carros da montadora são brancos. Até a inglesa Land Rover, famosa por seus jipões geralmente verdes, pretos ou prata, viu os pedidos de automóveis da cor "básica" crescerem de 5% para 35% em dois anos. Luis Fernando Guidorzi, diretor de marketing da Land Rover do Brasil, conta que todas as concessionárias têm hoje ao menos um carro branco no show-room. Segundo ele, o tom tem sido associado à sofisticação e modernidade. "Basta ver os novos gadgets e equipamentos tecnológicos, que são, em sua maioria, nessa cor", analisa. As tonalidades intensas também vêm fazendo sucesso. O novo Fiat Uno na cor amarelo marca-texto já responde por mais de 5% das vendas do modelo, segundo a Fiat. Seguem na mesma trilha o CrossFox laranja, da Volkswagen, e o Idea Adventure verde-musgo, da Fiat, ambos cases de sucesso.
Pinturas ainda mais inusitadas prometem colorir os automóveis nos próximos anos. De acordo com Nancy Lockhart, gerente mundial de marketing de cores da Dupont, o marrom e o bege devem vir com tudo. "Alguns fabricantes estão usando até variações de marrom com um toque metálico", diz ela. A cor já é vista em modelos na Europa - e desperta atenção no Brasil. Também está no radar das montadoras o acabamento fosco, principalmente em vermelho, azul e preto. Essa moda também se originou nos paí-ses europeus. A pintura fosca, mais cara que a tradicional, por enquanto tem sido empregada em carros sofisticados.
Peter Fassbender, diretor do centro de estilo da Fiat no Brasil, afirma que esse boom de criatividade nas cores decorre de dois fatores principais. Em primeiro lugar, boa parte dos compradores, principalmente os mais jovens, deseja ter um carro que traduza seu estilo de vida, sem se preocupar tanto com o impacto da cor no valor de revenda. O importante, para esse público, é projetar uma imagem moderna e aproveitar o momento. "As novas cores dão mais opções aos clientes", comenta. Com isso, as montadoras acabam atendendo a um leque maior de consumidores. Para se manter em sintonia com os desejos dos clientes, a Fiat ouve desde arquitetos e artistas plásticos até grupos de consumidores e profissionais de moda. O amarelo vibrante do novo Fiat Uno, por exemplo, foi em grande parte inspirado em coleções vistas durante desfiles em São Paulo e no Rio de Janeiro.
As montadoras também ficam atentas a um curioso fenômeno da indústria automobilística. Os tons dirigidos ao segmento premium geralmente caem facilmente no gosto popular. Um caso clássico é o vermelho Ferrari, que anos atrás passou a colorir modelos mais baratos por ser associado, no imaginário popular, a um estilo de vida esportivo e sofisticado. Curiosamente, hoje o vermelho representa menos da metade das Ferraris vendidas, embora ainda seja a cor predominante. "Com outros tons, como o branco, ocorre o mesmo", observa Fassbender, da Fiat. Há dois anos, jipões, sedãs de luxo e esportivos dessa cor começaram a chegar ao Brasil. Pouco tempo depois, surgiram pedidos para que as montadoras fabricassem também modelos compactos brancos.
Além da Fiat, a Ford já aderiu à moda. A montadora aposta que o novo Ka, recém-lançado, vai gerar impacto no tom alvura total. A estratégia é a mesma - aproveitar nos populares o sucesso que a cor tem feito em modelos requintados como o jipão Edge e o sedã Fusion. Com outros tons do arco-íris poderá acontecer algo parecido. As cores mais sóbrias, como preto, cinza e prata, devem ser cada vez mais destinadas aos consumidores de perfil conservador, que não abrem mão do clássico. A todos os demais, as montadoras estão reservando dezenas de tons e sobretons.


________________
SERVIÇOS e VAREJO


Rio de Janeiro / RJ

Casino eleva a 45,9% sua participação no capital do Grupo Pão de Açúcar
A empresa de distribuição francesa Casino e sua matriz Rallye aumentaram a 45,9% a participação no capital da CBD - Companhia Brasileira de Distribuição -, o Grupo Pão de Açúcar, cujo controle foi o centro de uma disputa em julho passado com o Carrefour. "Esta aquisição reafirma a confiança e o compromisso do Rallye, e do Casino, no Brasil", afirma um comunicado do Rallye. O grupo Rallye anunciou que em agosto comprou 3,3 milhões de ações preferenciais do Pão de Açúcar e quatro milhões de opções de compra, que dão o direito de adquirir a mesma quantidade de ações preferenciais. No fim do último mês de junho, o Casino já havia comprado cerca de US$ 1 bilhão em ações da rede varejista brasileira, o que elevou na época sua participação no capital total do grupo de 37% para 43,1%.
PÃO DE AÇÚCAR E CARREFOUR - No início de julho, o empresário Abilio Diniz - sócio brasileiro do Casino - foi forçado a abandonar um plano para unir o Pão de Açúcar com a unidade no Brasil do também francês Carrefour, depois de vigorosa oposição do Casino ao negócio. O Carrefour, concorrente direto do Casino na França, havia informado em junho que recebera uma proposta da empresa brasileira Gama, de propriedade do fundo de investimentos BTG Pactual, apoiada pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, para criar uma empresa comum no Brasil. O objetivo era fundar um gigante brasileiro no setor de distribuição com vendas de 30 bilhões de euros e sinergias estimadas entre 600 milhões de euros e 800 milhões de euros. O BNDES retirou oficialmente o apoio pré-aprovado de R$ 4,5 bilhões, inviabilizando a engenharia financeira montada para unir Pão de Açúcar e Carrefour. O banco alegou falta de entendimento dos sócios Casino e Abilio Diniz, que dividem o comando do Pão de Açúcar. (Agence France Presse / AFP)

São Paulo / SP
Marfrig consolida distribuição de alimentos
Pouco depois de um ano da compra da produtora e distribuidora americana de alimentos Keystone Foods por US$ 1,26 bilhão, a brasileira Marfrig trará a marca para a América Latina. A operação local vai concentrar todos os negócios de abastecimento de restaurantes e cozinhas industriais do Grupo Marfrig, nas divisões Seara e Bovinos Brasil. No mundo, a Keystone é uma das principais fornecedoras das redes de alimentação McDonald's, Subway, Chipotle e Campbell's.
Segundo a empresa, os produtos da Keystone na região serão os mesmos da Marfrig, entre eles cortes especiais de carnes, hambúrgueres, empanados e frios, além das linhas de fabricação terceirizadas como a linha de sobremesas Bassi. Também estão incluídos os produtos importados pela marca, como batatas fritas congeladas, azeites, e peixes. A nova empresa vai integrar também as logísticas de armazenamento e de distribuição das divisões Seara e Bovinos Brasil, que até agora funcionavam de forma independente.
Serão absorvidas também as equipes comerciais e administrativas dos dois serviços de alimentação, assim como os centros de distribuição, logística de transporte e depósitos em todo o país. Para comandar a operação, a Marfrig contratou como diretor-geral Rodrigo Vassimon, ex-executivo da Unilever para a divisão de serviços alimentares. Juntas, as duas unidades têm capacidade de produção de 200 mil toneladas por ano de produtos processados. A operação, sediada em São Paulo, terá 4.000 funcionários e faturamento de cerca de R$ 1 bilhão.

Nova Iorque / EUA
Americana Costco fecha ano com vendas de US$ 87 bilhões
A Costco, maior rede de clubes de atacado dos EUA, disse que no ano fiscal encerrado em 28 de agosto suas vendas tiveram um crescimento de 14% na comparação anual, chegando a US$ 87 bilhões. Excluindo os números da operação mexicana (uma joint-venture), o crescimento foi de 11%. Considerando apenas mesmas lojas, as vendas subiram 6% no total, com alta de 10% no mercado internacional e de 5% nos EUA. (Agência EFE)


__________________   
COMÉRCIO EXTERIOR


Alesund / Noruega
Noruega quer explorar pesca no Brasil
Se o Brasil olha com atenção como a Noruega fez para fugir da maldição da corrupção do petróleo, é graças ao bacalhau que noruegueses não param de olhar para o Brasil. Em 2002, os brasileiros importavam 17 mil toneladas do pescado. No ano passado, chegaram a 34 mil, o maior importador em volume. O setor agora mira a aquicultura, a produção de espécies nobres - especialmente de salmão - em cativeiro e trazer sua expertise para reservatórios no Brasil. Além de bacalhau e salmão, os noruegueses já exportam o king crab, aquele enorme caranguejo criado em águas geladas, onde competem com os chilenos. "Várias missões de empresários noruegueses visitam o Brasil pensando em produzir no país em vez de só exportar", conta o vice-cônsul da Noruega no Rio de Janeiro, Johnny Haaberg. "O consumo per capita de pescado ainda é um quinto do norueguês, há muito para crescer" (9 kg/ano no Brasil, ante 50 kg/ano na Noruega). Hoje, o bacalhau permite novas vocações econômicas. Há passeios de barco em Alesund para turistas pescarem o seu bacalhau (o repórter da Folha, sem o menor jeito para a coisa, conseguiu pescar dois), que é cozinhado nos restaurantes locais. Cada vez mais sofisticados, já atraem turistas japoneses, russos e da Europa continental. (Agência Folha, Raul Juste Lores – enviado especial a Alesund/Noruega)

___________________
TI, WEB e e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP
Internet barateia o acesso à elite dos investimentos
A febre das compras coletivas da internet, que abriu as portas do consumidor de varejo aos preços comercializados só no atacado, chegou aos investimentos pessoais. Reunidos pela internet, pequenos investidores da classe média agora podem juntar forças - e suas economias-- para aplicar em fundos de investimento e em CDBs (Certificados de Depósito Bancário) de alto rendimento, mas com barreira de entrada na casa de R$ 300 mil. São aplicações sofisticadas, com custos baixíssimos, feitas por gestores estrelados (a maioria independente dos grandes bancos), mas que estão disponíveis somente para dar atendimento personalizado àqueles que investem milhões. No caso dos fundos de investimento, a saída encontrada para viabilizar os "investimentos coletivos" de centenas de pequenos tíquetes foi criar "fundos de fundos" que aplicam exclusivamente no veículo alvo da aplicação. Esses fundos funcionam como um espelho da aplicação alvo, replicando a variação exata das cotas, com as mesmas regras de aplicação e políticas de resgate. Além do rendimento e da performance diferenciados, o pequeno investidor tem a vantagem de partilhar a mesma qualidade de serviço oferecida aos grandes aplicadores que, em tese, exigem mais transparência e têm um poder de barganha maior em eventuais disputas com os gestores de recursos.

Da redação – São Paulo / SP

Comprafacil.com investe em vendas pelas redes sociais
O Comprafacil.com colocou no ar seu Programa de Afiliados, que permite ao usuário gerar lucros reais ao divulgar produtos usando suas próprias redes sociais, sites, blogs e e-mails. Para participar, é preciso preencher um formulário gratuito no site e se tornar um afiliado. A partir daí, o participante divulga na internet os produtos do site de e-commerce e, para cada item comercializado, ganha até 6% do valor total. O objetivo da empresa é fazer com que em um ano o Programa de Afiliados responda por 10% das vendas do Comprafacil.com.

Da redação – Porto Alegre / RS
Segurança da informação em tempos de mobilidade
 Manter altos níveis de produtividade, agilidade e efetividade nas ações, com baixo custo são razões para empresas investirem em algumas tendências que ganham visibilidade e tomam conta do mercado. É o caso dos dispositivos móveis,   com uso de cloud computing ou do acesso a redes sociais. Ambas as tendências desafiam a segurança de informações, consideradas  patrimônio da empresa, tamanha a sua importância. “A informação é o maior ativo das empresas e, independente de onde os dados estejam, devem ser identificados e protegidos”, afirma Andre Mazeron, gerente de soluções de infraestrutura e segurança do Grupo Processor 

Desafio a TI - Em tempos de grandes ataques promovidos por cibercriminosos, o temor por vazamento de informações leva a  investimento superior voltado à restrição do acesso aos dados corporativos ou ao uso correto das redes sociais, com redução de riscos para a empresa. “Os dispositivos móveis e as redes sociais fazem parte do dia a dia das pessoas e, muitas vezes, são fundamentais para o trabalho. O foco das corporações deve ser o de gerir esses conteúdos e estabelecer o uso seguro e produtivo”, ressalta José Bodni, diretor de América latina e Caribe da M86 Security, parceira da Processor. O objetivo é para que, livre de problemas com segurança, os gestores consigam utilizar redes sociais para forjar oportunidades ao divulgar informações que tragam resultados positivos como lançamentos de produtos ou a comemoração de resultados obtidos. No caso de smarpthones, tablets e demais dispositivos de mobilidade da informação, a preocupação diz respeito a possibilidade  de dados restritos deixarem o ambiente corporativo pela facilidade oferecida pela plataforma. A solução passa por criar o ambiente seguro, com políticas claras e pessoas engajadas no processo. “São diversas as iniciativas propostas pelo Grupo para essa linha. Uma das mais interessantes é o serviço que envolve consultoria e a ferramenta de Data Loss Prevention (DLP) para garantir que nenhuma informação usada pela concorrência saia das empresas sem análise prévia”, informa Marcelo Martins, coordenador da área de consultoria e serviços da Processor. (Fonte: Assecom)

Da redação – Porto Alegre / RS
Kor Corretora promove Viagem Segura para Buenos Aires
A Kor Corretora de Seguros em parceria com a Seguros Unimed vai levar vencedor e acompanhante da promoção Viagem Segura para passar um fim de semana em Buenos Aires, na data que ele escolher. A ação via Facebook vai de 12 de setembro a 02 de outubro. O seguro viagem é uma aposta da empresa e já registrou 300% de crescimento em um ano. Os participantes devem postar uma foto de uma viagem marcante na rede social e curtir a Fan Page www.facebook.com/ShoppingSegurosOnline. Os concorrentes terão 20 dias para curtir a página www.facebook.com/ShoppingSegurosOnline e postar a foto e justificativa de uma viagem inesquecível. Depois de publicado os participantes deverão arrecadar likes para o seu post. O mais curtido leva passagem de ida e volta, hospedagem e seguro viagem para Buenos Aires. O vencedor poderá escolher a data da sua viagem, com saída de Porto Alegre, até o dia 10 de dezembro. O seguro viagem oferece assistência médica, hospitalização, intervenções cirúrgicas, honorários médicos, gastos odontológicos, assistência jurídica, localização de bagagens e até regresso para o domicílio, entre outros serviços emergenciais. O pagamento pode ser feito em até 6 vezes e a contratação inclusive via internet no site www.shoppingsegurosonline.com.br. Com sede em Porto Alegre e atuação em todo território nacional, a Kor Corretora tem mais de 30 anos de experiência no mercado de seguros. Mais informações em www.kor.com.br e www.twitter.com/korcorretora. (Fonte: Fabulosa Ideia Assessoria)


______________________   
TURISMO e GASTRONOMIA


Paris / França
Chinês busca comprar parte da Islândia para fazer resort
Um magnata chinês busca comprar uma grande porção de terra na Islândia para um projeto de US$ 100 milhões de resort ecoturístico que incluiria um campo de golfe e outras instalações esportivas, segundo o jornal "Financial Times". Huang Nubo, que já foi oficial do governo chinês, selou um acordo provisório para adquirir 300 quilômetros quadrados de território islandês - o país tem 103 mil quilômetros quadrados de área. Entretanto, o ministro do Interior do país enfatizou que, sob as leis nacionais, tamanha venda de terra para um estrangeiro, parte dela propriedade do Estado, seria ilegal. Uma exceção especial seria necessária, disse o ministro Ogmundur Jonasson. O primeiro passo seria uma carta ao ministério, e "não a recebemos", acrescentou. (Agende France Presse / AFP)

________________
MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Brasileiros descobrem `Patagônia AAA'

Sem pechincha, muitos turistas brasileiros têm preferido outros destinos no país, justamente os mais distantes, com hotéis caros e exclusivos e passeios com guias em terras geladas. É cada vez maior o número de brasileiros em Ushuaia e El Calafate, ambas no extremo sul do país, na região da Patagônia argentina, além de Puerto Madryn, Mendoza e Salta. (LEIA +)

 


---------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2011 - Todos os direitos reservados