Edição 540 | Ano IV




Brasília/DF e São Paulo/SP
Exportação já supera meta do governo para este ano
As exportações brasileiras já superaram a meta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a projeção do Banco Central para este ano. Até a segunda semana de agosto, as vendas externas somaram US$ 151,769 bilhões. A meta do MDIC é de US$ 145 bilhões em 2011, mas o número será elevado no final deste mês. Já o Banco Central estima vendas externas de US$ 150 bilhões. Por outro lado, as importações acumuladas até a segunda semana de agosto ainda não atingiram a estimativa do Banco Central, de US$ 135 bilhões. Elas chegaram a US$ 134,263 bilhões. O MDIC não tem meta para as importações.
Segundo os dados divulgados hoje, as exportações nas duas primeiras semanas de agosto alcançaram US$ 11,214 bilhões, e as importações US$ 9,794 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,42 bilhão. Houve crescimento nas três categorias de exportação.
Os semimanufaturados subiram 54,7%, pela média diária, passando de US$ 112,5 milhões para US$ 174,1 milhões. Subiram principalmente por contas dos embarques de ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto, couros e peles e celulose. As exportações de básicos cresceram 29,7%, passando de US$ 417,4 milhões para US$ 541,3 milhões pela média diária, por conta, principalmente, de milho em grão, petróleo, soja em grão, café em grão, minério de ferro, farelo de soja e carne de frango. As exportações de manufaturados tiveram alta de 18,1%, de US$ 324,5 milhões para US$ 383,1 milhões, em razão dos crescimentos em etanol, laminados planos, polímeros plásticos, aparelhos para terraplanagem, óleos combustíveis, automóveis, aviões e autopeças.
Nas importações, a média diária até a segunda semana de agosto de 2011, de US$ 979,4 milhões, ficou 27,9% acima da média de agosto de 2010 (US$ 765,6 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (169,5%), aeronaves e partes (50,0%), farmacêuticos (45,5%), cobre e suas obras (45,4%) e combustíveis e lubrificantes (43,9%).

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Alimentos contribuem para fim da deflação no IPC-S
Alimentação foi a classe de despesa que mais contribuiu para o término da deflação no Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que passou de -0,01% para 0,17%, entre a primeira e a segunda quadrissemana de agosto. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços dos alimentos também pararam de cair no período (de -0,48% para 0,14%).
Entre os alimentos, foram registradas quedas mais fracas de preços ou aumentos em itens de peso no cálculo da inflação varejista. É o caso de legumes (de -5,74% para -4,62%) e frutas (de -0,63% para 2,83%).
As outras classes de despesa que apresentaram aceleração ou queda mais fraca de preços foram Habitação (de 0,31% para 0,35%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,17% para -0,04%).
Em contrapartida, houve desaceleração e queda mais intensa de preços nos grupos Transportes (de 0,20% para 0,07%), Vestuário (de -0,22% para -0,47%) e Despesas Diversas (de 0,10% para 0,08%). Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais manteve a mesma taxa de variação de preços no período (0,34%).
Entre os produtos pesquisados, as mais expressivas altas de preço foram apuradas em limão (50,10%); aluguel residencial (0,81%); e plano e seguro saúde (0,64%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas em batata-inglesa (-23,31%); tomate (-5,65%); e alho (-4,91%). (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas:

Tóquio / Japão

Wall Street reduz queda dos índices asiáticos apenas Japão se manteve em alta
As Bolsas de Valores asiáticas tiveram as quedas limitadas nesta terça-feira, dia 16/8, após a terceira valorização seguida dos mercados de Nova Iorque, mas o euro recuava antes da reunião entre os líderes de Alemanha e França sobre possíveis medidas adicionais para conter a crise de dívida da Europa. A maioria dos profissionais de mercado não espera que o encontro entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, às 11 (horário de Brasília), gere um progresso substancial na resolução dos problemas do bloco monetário europeu. O euro operava em baixa ante o dólar, após alta de 1,4% na segunda-feira.
- Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,23%, reduzindo os ganhos de mais cedo.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 0,26% às 8h21 (horário de Brasília), principalmente porque as ações sul-coreanas aceleraram para acompanhar a alta das Bolsas vizinhas no pregão anterior, quando os mercados de Seul estavam fechados por feriado O impulso também veio da notícia de que o Google ofereceu US$ 12,5 bilhões para comprar a Motorola Mobility. O acordo ajudou os índices de Wall Street a subir até 2,2%.
- O índice de Seul subiu 4,83%.
- O mercado se desvalorizou 0,24% em Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan recuou 0,27%, enquanto o índice referencial de Xangai perdeu 0,71%.
- Cingapura encerrou em queda de 1,45%.
- Sydney fechou com perda de 0,83%.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa sobe pela 5ª sessão consecutiva registrando alta de 2,20%
A Bovespa fechou em alta pela quinta sessão consecutiva no pregão de ontem, dia 15/8, aproveitando a calma nos mercados no exterior.
- O Ibovespa subiu 2,20%, atingindo os 54.651 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 7,99 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,591, na venda, em queda de 1,24%.
Análise - A alta de ontem foi puxada pela valorização das "blue chips" (as ações mais negociadas da Bolsa) Petrobras e Vale, cujas ações preferenciais subiram 3,39% e 1,76%, respectivamente. "A Bolsa está refletindo muito os bons ventos vindos do exterior", afirmou Raffi Dokuzian, superintendente da Banif Corretora. Entre as boas notícias hoje, está o anúncio do Google de que vai comprar a Motorola Mobility, segmento de smartphones, tablets e acessórios da empresa, por cerca de US$ 12,5 bilhões em dinheiro em uma estratégia para impulsionar o uso de seu sistema operacional Android. A companhia vai pagar US$ 40 por ação da Motorola, um ágio de 63% sobre o valor de fechamento da ação da fabricante de celulares na sexta-feira passada em Nova York. Com o anúncio, as ações da Motorola dispararam no mercado norte-americano, subindo quase 57%, para US$ 38,25.

Nova Iorque  EUA
Bolsas dos EUA sobem e voltam ao nível pré-rebaixamento
A Bolsa de Nova Iorque terminou em forte alta o pregão de ontem, dia 15/8, impulsionada por anúncios de operações de fusões e aquisições nos Estados Unidos, o que permitiu a recuperação das perdas sofridas na semana passada.
- O Dow Jones ganhou 1,90%, para 11.482,90 pontos.
- O termômetro da tecnologia, Nasdaq, fechou em alta alta de 1,88%, aos 2.555,20 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu 2,18%, para 1.204,49 pontos.
Análise 1 - "É um mercado esquizofrênico, bipolar: passamos da depressão à euforia", disse uma fonte de um grande banco europeu em Nova York. "Subitamente, o humor do mercado se reverteu. Nada levava a crer nesta recuperação." Essa é a terceira sessão em alta dos índices de Wall Street, que superaram assim o nível de fechamento de 5 de agosto, antes do rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos pela agência Standard & Poor's. "O mercado deveria permanecer volátil, mas a tendência parece certamente mais promissora que nas últimas semanas", disse Andrew Fitzpatrick, da Hinsdale Associates.
Análise 2 - Segundo o analista, as operações foram estimuladas por anúncios de fusões e aquisições. O Google anunciou nesta segunda a compra do fabricante de aparelhos móveis Motorola Mobility (cujas ações subiram 55,78%, a US$ 38,12) por mais de US$ 12 bilhões. "Uma das questões agora é saber em que momento as grandes empresas começarão a utilizar a enorme liquidez de que dispõem. Tivemos um exemplo (nesta segunda-feira), foi algo muito animador e compensou o índice Empire State", comentou Hugh Johnson, da Hugh Johnson Advisors. As notícias das empresas deixaram em segundo plano um indicador decepcionante nos Estados Unidos: o índice que mede a atividade manufatureira na região de Nova Iorque, caiu a -7,7 em agosto, quando os analistas esperavam uma melhoria. "É muito cedo para dizer que o mercado chegou ao piso, mas há sinais de que a pior parte do movimento de vendas ficou para trás", disse Scott Marcouiller, da Wells Fargo Advisors.

Londres / Inglaterra
Europeias sobem mas não foi suficiente para superar perdas da semana
Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em alta nos pregões de ontem, dia 15/8, após alguns países da região introduzirem medidas para restringir as práticas de venda a descoberto. Dados que mostraram um aumento nas vendas no varejo dos EUA também contribuíram para o avanço. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 6,92 pontos, ou 3,00%, para 237,49 pontos, mas acumulou queda de 0,58% na semana.
- Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 avançou 157,20 pontos, ou 3,04%, para 5.320,03 pontos.
- Em Paris, o CAC 40 ganhou 124,22 pontos, ou 4,02%, para 3.213,88 pontos.
- Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em alta de 200,08 pontos, ou 3,45%, a 5.997,74 pontos.
- Na semana, porém, o Xetra DAX caiu 3,82% e o CAC 40 recuou 1,97%, enquanto o FTSE 100 acumulou ganho de 1,39%.
- Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 611,42 pontos, ou 4,00%, para 15.888,61 pontos.
- O IBEX 35, da Bolsa de Madri, avançou 397,90 pontos, ou 4,82%, para 8.647,30 pontos.
- Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 181,59 pontos, ou 3,02%, para 6.202,46 pontos.
- O ASE, da Bolsa de Atenas, ganhou 14,97 pontos, ou 1,53%, para 991,14 pontos.
Análise 1 - Na semana, esses quatro índices acumularam queda, liderados pelo ASE, que caiu 6,67%, seguido por FTSE MIB (-0,79%), PSI 20 (-0,75%) e IBEX 35 (-0,28%). Os bancos foram novamente o destaque da sessão após França, Espanha, Itália e Bélgica terem introduzido uma série de medidas para restringir as vendas a descoberto e, dessa forma, inibir o declínio das bolsas.Em Paris, o BNP Paribas e o Natixis fecharam em alta de 4,2% e 9,2%, respectivamente, mesmo depois de dados mostrarem que a economia da França ficou estável no segundo trimestre na comparação com o trimestre anterior. Em Milão, o UniCredit subiu 5,6%, enquanto o Banco Santander avançou 6,6% em Madri. Em Bruxelas, o Dexia teve ganho de 17%. Segundo Manoj Ladwa, operador da ETX Capital, "embora as proibições às vendas a descoberto possam oferecer suporte aos preços por um ou dois dias, é altamente improvável que elas evitem uma nova onda de vendas. Embora os investidores não possam vender a descoberto, qualquer rali das ações será visto como uma oportunidade para liquidar as posições atuais".
Análise 2 - David Jones, estrategista-chefe de mercado do IG Index, disse que esforços anteriores para conter as vendas a descoberto não conseguiram "acalmar os nervos do mercado". Ele acrescentou que restrições similares foram impostas pelo Reino Unido em 2008 e forneceram um impulso temporário para o mercado, mas que um mês depois o índice FTSE 100 havia caído 20%. Em Londres, onde as autoridades decidiram não adotar restrições às vendas a descoberto, o Barclays subiu 5,3%. Do início de julho até ontem, os papéis do banco acumulavam uma queda de aproximadamente 30%. Na Suíça, o UBS avançou 5,7% impulsionado pelo enfraquecimento do franco em relação a outras moedas. A força do franco suíço pesou bastante sobre os resultados financeiros das empresas do país no segundo trimestre. Nos EUA, dados do Departamento do Comércio mostraram que as vendas no varejo subiram 0,5% em julho na comparação com junho, para US$ 390,42 bilhões. Economistas esperavam alta de 0,6%.

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AGROBUSINESS


São Paulo / SP
JBS registrou prejuízo líquido de R$ 180,8 milhões
O grupo brasileiro JBS, maior processador global de carne bovina, registrou prejuízo líquido de R$ 180,8 milhões no segundo trimestre de 2011, contra lucro de R$ 3,7 milhões em igual período do ano passado. Segundo comunicado da empresa divulgado ontem a tarde, dia 15/8, o prejuízo se deve ao resultado negativo apresentado pela Pilgrim's Pride - unidade de Frango da JBS, impactada pela alta nos preços dos grãos e demanda reduzida - e do fraco desempenho da unidade de carne bovina nos Estados Unidos no trimestre. A companhia informou Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 587,7 milhões no período, queda de 41,2% em relação a R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2010. A receita líquida no trimestre atingiu R$ 14,6 bilhões, alta de 3,6% na comparação anual. No semestre, a companhia registrou vendas de R$ 29,3 bilhões, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Agência Reuters)

São Paulo / SP

Minerva tem prejuízo no trimestre e aposta no mercado interno
O Frigorífico Minerva fechou o segundo trimestre de 2011 com receita bruta de R$ 1,015 bilhão --recorde para a companhia e 10,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado ontem a tarde, dia 15/8, pela empresa. "O crescimento de receita verificado entre abril e junho deste ano se deve, em grande parte, ao expressivo avanço de 81,4% nas vendas ao mercado interno ante igual período de 2010", informou o Minerva em nota.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 79,7 milhões, com uma margem de 8,5% no segundo trimestre de 2011 e expansão de 14,5% quando
comparado ao segundo trimestre de 2010. Ainda segundo o balanço, o Ebtida acumulou um recorde de R$ 315,7 milhões nos últimos 12 meses, com margem de 8,8%.
A empresa reportou um prejuízo líquido de R$3,4 milhões no trimestre --no mesmo trimestre de 2010, o prejuízo líquido havia sido de R$7,4 milhões. "No semestre, acumulamos lucro de R$11,2 milhões, uma grande reversão no prejuízo de R$ 31,4 milhões contabilizado no primeiro semestre de 2010", afirmou.
O Minerva informou ainda que encerrou o segundo trimestre com R$ 613,6 milhões em caixa, "suficientes para saldar todos os nossos compromissos até o final de 2012". "O destaque do nosso endividamento é o seu perfil bastante confortável, não impondo qualquer pressão de curto prazo. Do total do endividamento da companhia, 51,1% são denominados em dólar, em linha com nosso mix de vendas entre mercado doméstico e exportações", diz o balanço.
A empresa ainda informou, em nota, que mantém a estratégia de priorizar compras de gado à vista. "Além disso, focaremos ainda mais no mercado doméstico, dando especial atenção ao segmento do pequeno e médio varejo, dados seus melhores fundamentos em relação às exportações", disse Fernando Galletti de Queiroz, diretor presidente do Grupo Minerva.

São Paulo / SP
Preços de alimentos seguem firmes
Ainda que tenha recuado em relação ao início do ano, o índice de preços globais de alimentos do Banco Mundial permanece muito acima dos patamares de 2010 e próximo às máximas históricas de 2008, alcançadas antes do recrudescimento da crise financeira global, em setembro daquele ano. Levantamento divulgado ontem pela instituição mostra que, de abril a julho, o indicador atingiu, em média, 278,3 pontos, 5% abaixo do nível de fevereiro. Na comparação com julho do ano passado, porém, a alta é de 33%.
De acordo com análise divulgada pelo banco, os estoques globais de alguns produtos, como o milho, continuam "alarmantemente" baixos, apesar de um aumento generalizado da oferta desde abril. Os preços elevados prejudicam inclusive os trabalhos de ajuda humanitária em países como a Somália, onde mais de 12 milhões de pessoas precisam urgentemente de assistência, e uma severa estiagem comprometeu a já desestruturada produção nacional. O próprio milho é um dos poucos itens que compõem o índice do Banco Mundial que segue com valorização mesmo em relação ao resultado de fevereiro - 3%, sendo que na comparação com julho de 2010 o incremento chega a 84%. Outro produto agrícola que sobe em relação a fevereiro é o arroz (2%), cuja valorização em 12 meses é de 21%.
Na bolsa de Chicago, referência global para as cotações dos principais grãos, os de maior liquidez - milho, trigo e soja - continuam firmes, apesar da volatilidade. Os três subiram ontem, e seus contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os mais negociados) acumulam em 12 meses altas de 68,52%, 0,99% e 29,49%, respectivamente, segundo o Valor Data. Para Vinícius Ito, analista da Newedge baseado em Nova York, o mercado de grãos deve seguir sustentado, a menos que haja uma "hecatombe" nos mercados financeiros. No caso do milho, diz, o cenário para oferta está consolidado nos Estados Unidos e o mercado deverá se voltar cada vez mais para as intenções e condições de plantio no próximo verão no Hemisfério Sul, principalmente na Argentina e no Brasil.
Já a soja entra no período mais crítico de desenvolvimento da safra 2011/12 dos EUA com condições climáticas desfavoráveis e lavouras em piores condições do que no ciclo passado. Embora o cenário não seja dramático, afirma, a relação entre oferta e demanda é apertada. Fabio Silveira, economista da RC Consultores baseado em São Paulo, diz que as turbulências financeiras e incertezas econômicas irradiadas dos países desenvolvidos tendem, no longo prazo, a aprofundar a tendência de retração captada pelo índice do Banco Mundial desde fevereiro. Silveira ainda projeta alta de 20% do índice CRB (Commodity Research Bureau), composto por 19 commodities (inclusive não agrícolas), em 2011, mas estima uma retração de 7% para o ano que vem. Especificamente para a soja, o especialista calcula preço médio em Chicago 27% superior em 2011 do que em 2010, mas baixa de 16% em 2012. No mercado de milho, Silveira estima ganho de 61% neste ano e queda de 11% no próximo. (Agência Valor)

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SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
Renner testará loja exclusiva feminina
A Renner desenvolveu um modelo de lojas com venda exclusiva de produtos femininos. A rede testará a aceitação do formato em duas unidades, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O grupo prevê inaugurar até outubro uma loja com o novo formato na capital paulista, no Shopping Vila Olímpia. A unidade se juntará a Caxias do Sul/RS, que recebeu o formato no fim do ano passado, para servir de termômetro sobre a proposta.
As lojas de produtos femininos serão menores. Terão em média 700 m², ante os 2.200 m² de uma unidade normal. O tamanho também é inferior às unidades compactas - de 1.200 m², em média - que a empresa vem testando desde o ano passado. "Acho que a questão de testar formatos menores e públicos específicos acontece conforme o mercado vai amadurecendo", afirma o diretor de Relações Institucionais da Renner, Adalberto dos Santos.
Não há previsão sobre o potencial de expansão do novo formato. Segundo Santos, isso dependeria da elaboração de um plano de viabilidade. O anúncio da Renner segue decisão semelhante da Riachuelo. A concorrente informou na sexta-feira, na divulgação dos seus resultados, que vai adotar o formato feminino a partir de 2012. Assim como a Renner, a empresa justifica a decisão como forma de "explorar mercados maduros cuja disponibilidade de grandes áreas é escassa".
A estratégia de expansão - A nova unidade de São Paulo faz parte do plano de expansão da Renner para 2011. A empresa prevê encerrar o ano com 30 novas lojas. Plano que, segundo Santos, não será alterado apesar de uma piora no cenário internacional. Segundo ele, a recente emissão de R$ 300 milhões em debêntures deixaram a companhia em uma situação de caixa confortável para levar adiante as inaugurações. Do total previsto, 15 unidades serão no modelo compacto. A companhia também terminará o ano com duas unidades da marca Blue Steel, que também passa por experimentação.
Os resultados positivos - A Renner apurou um incremento de 26% no lucro no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2010, para R$ 161,1 milhões. O resultado foi influenciado por uma queda de temperatura durante o período, que contribuíram para o desempenho das lojas Renner. Houve também contribuição dos resultados financeiros, com alta de 30% no segundo trimestre, para R$ 32 milhões. A alta no preço do algodão e os custos de consolidação com a Camicado, adquirida em abril, não afetaram a margem do grupo. A margem Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) total teve leve alta, de 21,1% no primeiro semestre de 2010, para 21,4% no mesmo período deste ano.

Da redação - São Paulo / SP
Riachuelo lucra 71,2% mais no trimestre
A Guararapes Confecções, controladora da rede de moda Riachuelo, fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 100 milhões, 71,2% mais que no mesmo período de 2010. A receita líquida consolidada da companhia cresceu 19,3%, para R$ 710,96 milhões. Considerando apenas a Riachuelo, a alta nas vendas foi de 14%, para R$ 571,2 milhões, com expansão de 5% em lojas abertas há mais de 12 meses. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) cresceram 38,4%, para R$ 170 milhões, o equivalente a 23,9% das vendas.

Da redação - São Paulo / SP
Pernambucanas e Marisa estão de olho nos R$ 14 bi da classe C
Além do setor supermercadista, que tem ampliado seu portfólio em vestuário para abocanhar uma fatia dos cerca de R$ 14 bilhões que deverão ser gastos este ano pela classe emergente no segmento, redes como Pernambucanas, Renner, Riachuelo, C&A e Marisa também se armam para fidelizar o consumidor com produtos de maior valor agregado. Conforme estimativa de pesquisa realizada pelo instituto Data Popular, que se refere ao consumo apenas no ramo de vestuário, no ano passado a classe C respondeu pelo gasto de R$ 12,8 bilhões no segmento de vestuário (excluindo calçados e acessórios), sendo que a projeção para este ano é ainda maior: a perspectiva é de um incremento de no mínimo 10% no volume comercializado para o público C.
No caso das lojas Marisa, a empresa afirma que a ideia é aprofundar a conversa com a mulher da classe C, e esse é o mote da nova campanha publicitária da empresa. No caso da Pernambucanas não é diferente: a rede, dona de mais de 274 lojas localizadas em sete Estados brasileiros, busca seguir as principais tendências do circuito fashion. Além disso, mantém um grande otimismo com relação às vendas do departamento de roupas e acessórios, ao lançar uma nova coleção Primavera-Verão mais contemporânea, totalmente voltada aos consumidores da classe C.

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Vendas do Dia dos Pais ultrapassam expectativas do Grupo Pão de Açúcar
O final de semana nas lojas do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, apresentou vendas acima das expectativas. O principal destaque ficou para o setor de informática do Extra, que aumentou suas vendas em 40% em relação ao mesmo período do ano passado. A venda de notebooks dobrou no final de semana. Outra categoria que surpreendeu foi a de portáteis, com destaque para as Cafeteiras Especiais, que cresceram 76% em comparação ao ano passado.

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
McDonald’s é empresa que mais contrata no Brasil
A rede de fast food McDonald´s é a empresa que mais contrata no país, de acordo com a pesquisa “Melhores Empresas para Trabalhar – Brasil”, conduzida pelo Great Place to Work em parceria com a Revista Época. Com 32 anos de operação no Brasil, a marca conta com mais de 600 restaurantes em mais de 140 cidades do país. O ranking das dez empresas que mais contratam também conta com o Magazine Luiza, na quarta colocação. Três bancos (Itaú Unibanco, Bradesco e HSBC), duas empresas de telecomunicações (Vivo e GVT), duas indústrias de bens de consumo (Ambev e Kraft Foods) e uma de tecnologia (IBM) completam o top ten.

Da redação - São Paulo / SP

Tip Top quer chegar a 100 lojas em dois anos
A rede de vestuário infantil Tip Top abriu recentemente uma loja na Rua Oscar Freire, em São Paulo. Com a adoção do modelo de franquias, a empresa conta hoje com 40 lojas em operação e pretende fechar o ano com 55 unidades nos principais shoppings do país. A Tip Top pretende fechar 2013 com 100 pontos de venda em funcionamento

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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque/EUA e São Paulo/SP
Especialistasa afirmam que o negócio Google/Motorola pode atrair investigações
O Google, que já é alvo de investigações antitruste, pode ter se exposto a maiores escrutínios de autoridades com a proposta de aquisição da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões em dinheiro. Especialistas afirmam que as agências reguladoras do governo irão querer analisar como a maior aquisição feita pelo Google afetará a competição no mercado de telefones móveis. O Google já está sendo investigado pela Federal Trade Comission dos Estados Unidos quanto ao possível uso de sua força em buscas online para causar prejuízo a competidores. "Parece inevitável que o governo dos Estados Unidos tenha que fazer uma intromissão no setor de aparelhos móveis e estabelecer algumas regras básicas", disse Eric Goldman, professor associado da Santa Clara Law. "Muitos dólares estão em questão", afirmou.
O Google, fabricante do software para aparelhos móveis Android, descreve a aquisição como uma forma de permanecer competitivo contra rivais como Apple e Microsoft No mês passado, o Google perdeu para Apple, Microsoft, Research in Motion e três outras empresas um leilão de patentes da tecnologia wireless da Nortel. O presidente-executivo do Google, Larry Page, afirmou em uma teleconferência nesta segunda-feira que o portfólio de patentes da Motorola protegeria o Android de ameaças anticompetitivas. "Eles irão partir para a ofensiva ao dizer que são as vítimas", disse Daniel Crane, professor de direito da Universidade de Michigan.
Por um lado, isso pode ser verdade. Embora o Google domine as buscas na internet, ele é mais fraco no segmento de telefones móveis. "Isso realmente mostra os passos que concorrentes estão tomando em um mercado muito competitivo", disse David Olson, professor da Boston College Law School. "E também revela como a lei de patentes exige que grandes companhias tenham um grande portfólio de patentes para o hardware usado com seu software". (Agência Reuters)

Da redação - São Paulo / SP

Groupon tem prejuízo de mais de US$ 100 milhões no trimestre
O Groupon, criador do conceito de compras coletivas, fechou o segundo trimestre do ano com um prejuízo líquido de US$ 102,7 milhões, 186% mais que no mesmo período de 2010. As receitas da empresa avançaram 36,2% em relação ao trimestre anterior e 905,7% na comparação anual, para US$ 878 milhões. A empresa fechou o primeiro semestre do ano com 115,7 milhões de usuários, um número que a companhia espera ver crescer de forma acelerada até o final do ano. O Groupon, porém, gastou US$ 345,1 milhões em ações de marketing para conquistar novos consumidores entre janeiro e junho, mostrando que o custo de obtenção de clientes é alto.

Da redação - São Paulo / SP
Saveme.com.br completa um ano com 4 milhões de visitas mensais
Em 2010, o Grupo Buscapé adquiriu o ZipMe e rebatizou-o como SaveMe, site que reúne ofertas disponíveis nos sites de compras coletivas e clubes de compra. Só no Brasil, são mais de 2000 sites do gênero. Atualmente, cerca de 5.000 ofertas são apresentadas no Saveme.com.br, que conta com 4 milhões de visitas mensais e um tempo de navegação média de sete minutos. Conta com cerca de 600 clientes, entre sites de compras coletivas e clubes de compra, com presença em mais de 50 cidades do Brasil e também em outros países da América do Sul, como Argentina, Chile, Colômbia e México.

Da redação - São Paulo / SP
Roupas são itens mais consumidos por brasileiros que compram online nos EUA
De acordo com o PuntoMio, facilitador de compras online nos EUA, no primeiro semestre do ano o setor de vestuário foi o mais procurado por consumidores brasileiros em lojas eletrônicas norte americanas. A categoria acumula 21,71% dos produtos encomendados por brasileiros e enviados pelo PuntoMio ao país. Em segundo lugar estão os eletrônicos (12,78%), seguidos por perfumaria e cosmética, que equivalem a 12,44% das compras.

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TELECOM

São Paulo /SP
Lucro e receita da Oi caem no 2º trimestre
A Oi teve um lucro líquido de R$ 354 milhões no segundo trimestre, queda de 13,7% na comparação com o mesmo período de 2010, informou a companhia ontem a tarde, dia 15/8.  O resultado, contudo, ficou acima da média das estimativas de seis analistas consultados pela agência Reuters, que previam um lucro líquido de R$ 320 milhões. "No 2º trimestre, a companhia apresentou lucro líquido de R$ 354 milhões, enquanto no primeiro trimestre o resultado havia sido prejuízo de R$ 395 milhões, em função, basicamente, do melhor desempenho operacional e menores despesas financeiras", informou a companhia em seu balanço.
Os investimentos no período foram de R$ 1,04 bilhão. A receita líquida ficou em R$ 7,07 bilhões, recuando 4% na comparação anual. O resultado ficou em linha com estimativa de analistas, de R$ 7,1 bilhões. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 2,476 bilhões de abril a junho, caindo 7,9%, mas superando estimativas de R$ 2,26 bilhões.
A margem Ebitda alcançou 35%, ante previsão de 31,8%. A companhia tem sido pressionada por investidores por ter que apertar as margens na telefonia fixa em meio ao aumento de competitividade, e por perder mercado nos últimos meses em telefonia móvel. A Oi também passa por um processo de reestruturação de sua complexa estrutura acionária, composta por sete classes de ações. Além disso, o grupo mudou recentemente o comando da empresa, com a saída de Luiz Eduardo Falco da presidência e a nomeação de Francisco Valim para assumir o cargo. (Agência Reuters)


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