Edição 533 | Ano IV

Nova Iorque / EUA
Petróleo sofre forte queda em dia de turbulência nos mercados
Os preços do barril de petróleo encerraram o dia de ontem, dia 4/8, em forte queda em Nova Iorque e em Londres, pressionados pelos temores sobre os reflexos da debilidade da economia mundial na demanda da commodities. O preço do barril retrocedeu em Nova Iorque a seu nível mais baixo desde 18/2. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou a US$ 86,63, em queda de US$ 5,3 (5,8%) em relação à quarta-feira.
Em Londres, o barril de Brent com igual vencimento perdeu US$ 5,98, cotado a US$ 107,25 no fechamento. "É algo básico", disse Adam Sieminski, do Deutsche Bank. "O temor de um retorno da recessão com o enfraquecimento econômico dos Estados Unidos e a crise da dívida na Europa têm deixado os investidores nervosos", disse. Nesse contexto, os investidores esperam uma demanda reduzida por energia. "É difícil apostar nos mercados de petróleo se não há expectativa de crescimento", disse Rich Ilczyszyn, da MF Global.
Após cifras de crescimento ruins nos EUA na sexta-feira, os dados fracos da atividade manufatureira na segunda-feira e os gastos de consumo na terça-feira, o mercado passou a se concentrar no emprego, que também veio ruim. Ontem, dia 4/8, o informe semanal de Departamento do Trabalho mostrou que as novas taxas de desemprego recuaram muito levemente durante a última semana de julho.
Hoje, serão publicadas as cifras oficiais mensais. "O pessimismo é geral sobre as perspectivas do crescimento de emprego e os investidores somaram a isso todos os problemas da dívida na Europa e nos Estados Unidos, um crescimento fraco ou quase nulo no Japão e sinais de enfraquecimento da atividade na China", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates. O nervosismo dos investidores ficou ainda maior após comentários do Banco Central europeu, que não convenceu os mercados sobre sua capacidade de conter a crise da dívida na Zona Euro, sendo que duas grandes economias - Itália e Espanha - estão sob forte pressão. (Agence France Presse / AFP)

São Paulo / SP
Liminar suspende venda da Schincariol para a japonesa Kirin
Liminar na 1ª Vara Cível de Itu/SP suspendeu ontem a venda do controle da Schincariol para a japonesa Kirin. A liminar determinou também que sejam apresentados todos os documentos, as cartas e os memorandos relativos à negociação e ao preço pago pela holding Aleadri-Schinni Participações, dos irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, que detém o controle do grupo, com 50,45%. Mas indeferiu pedido de busca e apreensão dos documentos da companhia. Uma multa de R$ 100 mil foi estabelecida caso a decisão não seja cumprida. Os irmãos José Augusto Schincariol, Daniela Schincariol e Gilberto Schincariol Junior, detentores de 49,55% da companhia, argumentam que não foi respeitado o direito de preferência que teriam de comprar a parte dos primos Adriano e Alexandre. Os dois venderam na segunda-feira a totalidade de uma empresa de participações por R$ 3,95 bilhões. Os escritórios Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga, que representa os irmãos Adriano e Alexandre, e TozziniFreire, que advoga pela Kirin, devem recorrer.
O Mattos Filho havia argumentado anteriormente que, como não houve venda de ações da Schin, e, sim, da Aleadri-Schinni Participações, não cabe à outra parte o direito de preferência na compra. O caso corre em segredo de Justiça. Os irmãos José, Daniela e Gilberto são representados pelo escritório de advocacia Teixeira, Martins & Advogados, de Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Agência Folha)

São Paulo / SP
Brasil está preparado para enfrentar crise
Com o agravamento do quadro internacional, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira que o País está preparado para enfrentar o problema com o mínimo de danos para a economia brasileira. "Houve um agravamento da situação internacional que tem atingido as bolsas no mundo todo e aqui também no Brasil, e isso reflete o enfraquecimento dos EUA e a situação europeia que não está resolvida. Eu espero que não continue esse agravamento", avaliou o ministro, em rápida entrevista na portaria do Ministério da Fazenda, antes de embarcar para o Peru. Segundo Mantega, o Brasil nunca esteve tão bem e tão preparado para enfrentar as consequências de uma nova crise. "Nós não só temos mais reservas, como temos os mecanismos, os instrumentos que criamos na crise de 2008 e que poderão ser implementados a qualquer momento", afirmou. O ministro disse que o governo tem de ficar alerta e olhar as consequências desse quadro internacional na economia. Mantega disse que não acredita no overshooting do dólar, mas espera um "movimento relativo" da moeda. (Agência Estado)

Da redação – Brasília / DF
Receita Federal soma R$ 40,2 bilhões em autuações no 1º semestre
As fiscalizações da Receita Federal no primeiro semestre resultaram em notificações que somam R$ 40,2 bilhões, valor 21,8% superior ao total autuado no mesmo período do ano passado. O valor se refere a impostos que empresas e pessoas físicas deixaram de pagar, além de multas e juros. Até o fim do ano, a expectativa é de que esse valor chegue a R$ 100 bilhões. Grande parte do montante foi cobrado de empresas, que foram autuadas em R$ 38,03 bilhões, 23,4% a mais do que no ano passado. O setor mais autuado foi o industrial, que concentrou quase 20% do total. Entre as pessoas físicas, as notificações somam R$ 2,24 bilhões, mesmo valor registrado no primeiro semestre do ano passado. As pessoas com maior valor a pagar são proprietários e dirigentes de empresas, que terão que entregar R$ 632 milhões ao fisco.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Confiança do setor de serviços sobe 0,8% em julho
O empresário do setor de serviços está mais confiante na situação atual da economia assim como no cenário para os próximos meses, aponta sondagem da FGV - Fundação Getúlio Vargas. O ICS - Índice de Confiança de Serviços - da FGV avançou 0,8% entre junho e julho de 2011, ao passar de 131,6 para 132,6 pontos. A alta aconteceu após duas quedas consecutivas. O aumento do Índice de Confiança foi influenciado pelas expectativas mais favoráveis em relação aos meses seguintes. O indicador que mede a perspectiva futura subiu 1,4%, para 149,5 pontos, o maior nível desde março de 2010 (153,7).
Já o Índice da Situação Atual ficou estável em 115,8 pontos, 2,0% acima do nível de julho do ano anterior. "O resultado dos dois indicadores mostra que o setor mantém-se relativamente aquecido e com perspectivas ainda favoráveis para os meses seguintes", diz a FGV, em nota.
Entre junho e julho, o indicador que avalia a satisfação com a situação atual dos negócios aumentou 1,2% ao passar para 125,3 pontos. No mesmo período, o do nível de demanda atual diminuiu praticamente na mesma magnitude, ao atingir 106,2 pontos, o menor desde janeiro passado (103,5).
O quesito que mede o grau de otimismo dos empresários em relação ao ambiente dos negócios nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu no aumento do índice de expectativas, com o indicador avançando 2,8%, ao alcançar 151,3 pontos, o maior desde março de 2010 (153,1). Das 2.591 empresas consultadas em julho, 54,9% preveem melhora dos negócios no semestre julho-dezembro de 2011 (contra 50,0% em junho), enquanto 3,6% esperam piora (contra 2,8%). (Fonte: Assessoria de imprensa da FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)
HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:


Tóquio / Japão
Temor com EUA e zona do euro abala Bolsas da Ásia
As Bolsas de Valores da Ásia tiveram fortes perdas nesta sexta-feira, dia 5/8, acompanhando o pânico por temores sobre a saúde da economia global que levou investidores a reduzir posições e procurar ativos de menor risco.
- O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão despencava 4,43%, às 8h23 (horário de Brasília).
- A Bolsa de Tóquio perdeu 3,72%, a 9.299 pontos, menor nível desde o pós-terremoto de março.
- O índice de Seul caiu 3,7%, para 1.943 pontos.
- Em Hong Kong houve baixa de 4,29%, a 20.946 pontos, mínima em 10 meses.
- Xangai, de 2,15%, a 2.626 pontos.
- A Bolsa de Taiwan recuou fortes 5,58%, a 7.853 pontos, menor nível em quase um ano.
- Cingapura encerrou em baixa de 3,61%, a 2.994 pontos.
- Sydney caiu 4%, a 4.105 pontos, o menor patamar em dois anos. O destaque de baixa ficou com as mineradoras.
Análise - Temores de que a economia mundial possa estar voltando à recessão e a alta dos rendimentos dos bônus da Itália e da Espanha assustaram os investidores. "Não são só as más notícias da economia dos Estados Unidos. Parece que os spreads dos CDS (credit default swaps) italianos e espanhóis aumentaram. É isso que realmente está derrubando os mercados", disse Takashi Aoki, administrador de fundos do Mizuho Asset Management. "Os investidores estão preocupados de que a forte queda em Wall Street ontem tenha sido um sinal de que as perspectivas de crescimento econômico estão enfraquecendo", afirmou Bevin Yeh, administrador de fundos do Prudential Financial em Taipei.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 5,72%, a maior desde 2008
A Bovespa terminou o pregão de ontem, dia 4/8, com a maior queda desde novembro de 2008, derrubada pelo temor dos investidores sobre uma nova onda de problemas na economia global, principalmente EUA e Europa.
- O Ibovespa caiu 5,72%, atingindo os 52.811 pontos. Além da maior desvalorização em quase três anos, a Bolsa atingiu a menor pontuação desde julho de 2009.
- O giro financeiro foi de R$ 9,64 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,581, em alta de 1,15% no dia.
Análise 1 - "Em momentos de queda na Bolsa, é muito comum que a gente tenha um dia de pânico generalizado, e a gente acredita que isso claramente foi o que aconteceu hoje", disse Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos. O mercado teme que os Estados Unidos entrem em uma nova recessão econômica e que os problemas de dívida da Europa não estejam sequer perto de serem resolvidos. As preocupações derrubaram os preços das commodities no exterior, fazendo com que as maiores queda da Bolsa hoje ocorressem em ações de empresas do setor, como Vale, Petrobras e OGX.
Análise 2 - Nos EUA, um relatório do Departamento do Trabalho apontou que o número de pessoas que se inscreveu para receber o auxílio-desemprego pela primeira vez chegou a 400 mil na semana passada, praticamente estável em relação à semana anterior. O dado foi o último a se somar a outros sinais de desaceleração americana que fizeram as Bolsas caírem ao longo da semana: uma queda no consumo das famílias, uma redução no ritmo de alta no setor manufatureiro e o fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre."Muitos índices nos Estados Unidos saíram muito fracos nessa semana, mostrando que a economia estão muito ruim. Isso pesou para um pessimismo generalizado, principalmente porque ninguém sabe quem vai comandar esse recuperação", diz Almawi.Ela explica que, em momentos de baixo crescimento econômico, é necessário que o governo aumente seus gastos e reduza impostos para estimular a economia --como aconteceu durante a crise de 2008. Agora, porém, devido aos problemas de endividamento, os EUA precisam cortar gastos.
Análise 3 - O projeto aprovado na terça-feira para elevar o teto da dívida prevê cortes de despesas de mais de US$ 1 trilhão nos próximos anos. Na Europa, aumentam os temores de que Itália e Espanha entrem para o grupo de países que precisam de ajuda financeira para superar seus problemas de envididamento. O BCE (Banco Central Europeu) sinalizou que está comprando títulos governamentais em resposta à crise da dívida em países da região. A Bolsa de Londres caiu 3,42%; Frankfurt teve queda de 3,40%. Nesse sentido, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, deixou subentendido que deve retomar o programa de compra de títulos e afirmou que a instituição vai voltar a injetar liquidez nos mercados a partir do próximo dia 9, quando emprestará recursos aos bancos em operação extraordinária. Analistas destacam que mesmo que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) utilize todos os recursos de que dispõe para apoiar os dois países, só poderá gastar no máximo 340 bilhões de euros, volume insuficiente para socorrer a terceira e a quarta economias europeia. No Japão, o governo interveio no mercado de câmbio para reduzir os recentes ganhos do iene.
Análise 4 - A nova queda da Bovespa hoje levou o índice a romper mais um patamar considerado "piso" para os analistas: os 53 mil pontos. "Está com toda a cara de que agora vai a 48 mil pontos, é o próximo piso do mercado", afirma Gilberto Coelho, analista técnico da XP Investimentos. Para Carlos Augusto Nielebock, operador de Bolsa da Icap Brasil, ainda há mais um patamar a ser rompido antes disso, os 50 mil pontos. "O primeiro piso que o mercado tinha era de 55 mil pontos para o Ibovespa. Mas o mercado lá fora não parou de cair, e não adianta acreditar que aqui parou se lá fora continuar caindo." Coelho afirma que é até possível que haja dias de alta na Bolsa nas próximas semanas, mas elas não serão sustentáveis. "Pode ter um repique, porque as pessoas estão achando muito barato e veem uma oportunidade de comprar, mas nada de longo prazo. A Bolsa só vai subir quando tiver uma sinalização de que as coisas estão mais calmas no exterior."

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA despencam mais de 4%, pior movimento em 2 anos
Os investidores se afastaram do mercado acionário dos EUA ontem, dia 4/8, que enfrentou sua pior onda de vendas desde a crise internacional no início de 2009.
- O Dow Jones recuou 4,31%, a 11.383 pontos.
- Enquanto que o Standard & Poor's 500 cedeu 4,78%, a 1.200 pontos.
- O Nasdaq teve desvalorização de 5,08%, a 2.556 pontos.
Análise 1 - Os indicadores despencaram com temores de que os EUA estejam diante de outra recessão e de que a crise da dívida soberana da Europa esteja engolfando duas de suas maiores economias: Itália e Espanha. Em poucos dias, desde o fechamento do dia 21 de julho, o índice Dow Jones perdeu cerca de 1.300 pontos e voltou a situar-se em seu nível de fechamento do dia 9 de dezembro, após sua pior sessão desde 2009. Analistas previram maiores perdas, ainda que o mercado acionário já tenha enfrentado quedas em nove dos últimos 10 anos. O retorno das Treasuries com vencimento em dois anos caiu para um patamar mínimo recorde à medida que investidores buscaram segurança em bônus de médio prazo. "As pessoas estão 'jogando a toalha' pois não conseguem encontrar alívio em nenhuma outra frente", disse o estrategista de mercado da Lord Abbett, Milton Ezrati, que gerencia US$ 110 bilhões em ativos.
Análise 2 - A queda do S&P 500 coloca o índice mais de 10% abaixo de sua máxima no ano, em 29 de abril, o que é considerado uma correção. Mais de 13 bilhões de ações trocaram de mãos, caracterizando o pregão com o maior giro financeiro em mais de um ano. Se considerado o pico histórico do S&P (em 9 outubro de 2007), o fechamento de hoje está 19.6% menor. As ações em queda superaram as que registraram ganhos na Bolsa de Nova York na proporção de cerca de 19 para 1. Desde o início de 2008, já foram registrados 17 dias com quedas de 4% ou mais - 13 em 2008 e quatro em 2009. O mal-estar recente do mercado resulta de uma série de fatores. Os dados econômicos dos Estados Unidos apresentaram uma piora, sugerindo uma desaceleração do crescimento em relação a um ritmo já considerado lento no primeiro semestre. Europa também pesa. "Os problemas com as dívidas da Europa, especialmente com a queda do retorno sobre os bônus dos governos espanhol e italiano, estão fazendo investidores buscarem o máximo de liquidez possível", disse o diretor-gerente da Wedbush Morgan, Stephen Massocca.
Análise 3 - O medo que ronda os mercados é de que a economia americana volte à recessão. E que, mesmo depois do segundo resgate à Grécia e do acordo que elevou o teto da dívida americana, os governos não tenham feiro o necessário para enfrentar o frágil crescimento econômico no momento que a crise da dívida europeia se deslocou para a Itália e a Espanha, economias maiores do que a Grécia. O temor é que a crise saia do controle. A taxa de juros dos títulos italianos, que já está acima dos 6%, aumentou acentuadamente, agravando a preocupação sobre a situação insustentável da dívida da Itália. A taxa de juros dos títulos espanhóis também aumentou. Tal cenário se deu apesar da intervenção do Banco Central Europeu, que, pela primeira vez desde março, começou a comprar títulos em uma tentativa de evitar que a crise da dívida engula a Itália.

Londres / Inglaterra
Temor sobre expansão global derruba Bolsas
As Bolsas de Valores europeias tombaram nos pregões de ontem, dia 4/8, com o principal índice de ações do continente voltando para os menores patamares de meados de 2009. As preocupações são com o crescimento econômico mundial e problemas fiscais na zona do euro, como na Itália.
- O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 encerrou a sessão com baixa de 3,33%, a 993 pontos. Foi a primeira vez que o indicador caiu abaixo da marca de 1 mil pontos em 12 meses.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 3,43%, a 5.393 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,4%, para 6.414 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 3,9%, para 3.320 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,21%, a 16.459 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou queda de 3,89%, para 8.686 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 3,26%, para 6.325 pontos.
Análise - "O fato é: nós não vemos grandes volumes nos mercados de opções por pessoas em busca de proteção. Investidores estão saindo de forma maciça de ações, é isso. E pode levar um tempo até que eles voltem", disse o estrategista-chefe de alocação e fundos da Dexia Asset Management, Jean-Yves Dumont. A venda generalizada de ações europeias nesta semana reduziu o valor de mercado dos índices de blue chips da Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha e Holanda em mais de 400 bilhões de euros. Isso é quase o valor do fundo de resgate definido pela União Europeia, de 440 bilhões de euros.

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MERCADO FINANCEIRO



Brasília / DF

Poupança registra em julho maior captação do ano
Os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 6,1 bilhões no mês passado, segundo dados do Banco Central. Essa é a maior captação líquida do ano. Nos sete primeiros meses de 2011, a poupança registra uma entrada de R$ 3,1 bilhões, queda de 84% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste ano, muitos investidores migraram para outras aplicações, principalmente fundos de renda fixa e CDB, e a poupança registrava saída de recursos até junho. Julho, no entanto, é tradicionalmente um mês de captação positiva para a poupança, como mostram os dados de 2010 e 2009 para esse mesmo mês, que superam o resultado deste ano.

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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Grupo Campari compra brasileira Sagatiba por US$ 26 milhões
O mercado de bebidas do Brasil se torna alvo de um assédio internacional e até a cachaça é agora alvo de investidores internacionais. Depois da compra no início da semana da Schincariol pelo grupo japonês Kirin, ontem, dia 4/8 foi a vez da italiana Davide Campari-Milano anuncar a aquisição da marca brasileira de cachaça Sagatiba por US$ 26 milhões. A aposta é de que o consumidor brasileiro, com uma renda cada vez melhor, estará cada vez mais inclinado a pagar mais por uma cachaça de qualidade.
No mercado de bebidas, a aquisição foi considerada como simbólica. O acordo demonstra que investidores internacionais estão dispostos em apostar em produtos tipicamente nacionais para também lucrar com o consumo em expansão.  A Campari ainda pagará um valor adicional equivalente a 7,5% das vendas anuais da Sagatiba durante os próximos oito anos. Em 2010, a Campari já havia acertado um acordo de distribuição da marca no Brasil e América Latina. O entendimento permitiu que o produto fosse distribuído em 40 países pelo mundo.
Agora, a opção foi pela compra de 100% das ações da Sagatiba, que havia sido fundada pelo empresário Marcos de Moraes em 2004 e colocou no mercado marcas como Pura, Velha e Preciosa. As vendas da empresa chegaram a 112 mil caixas de nove litros cada em 2010, uma expansão de 21,6% em média entre 2005 e 2010.
Segundo o CEO da empresa italiana, Bob Kunze-Concewitz, a decisão de adquirir a Sagatiba vem da projeção de que bebidas de maior qualidade ganharão um público consumidor cada vez maior no Brasil, diante do aumento da renda. "Com a aquisição da Sagatiba, o grupo tem como objetivo explorar a categoria de cachaças premium que continua a crescer no Brasil ", afirmou a empresa em um comunicado. Segundo a Campari, consumidores estão migrando para produtos de maior qualidade e mais caros, "graças à maior renda e crescimento demográfico". "Há muito potencial ", afirmou o executivo, apostando em crescimento de mais de 10% por ano. Em 2010, 85 milhões de caixas de nove litros de cachaça foram consumidas no mundo. 99% desse volume foi consumida no Brasil.  Segundo o CEO da empresa, o segmento premium ainda representa apenas 2% do mercado total da cachaça.  "Mas está ganhando terreno", disse.
Expansão - Outro motivo claro foi o de usar a marca brasileira para consolidar a empresa ainda mais no mercado nacional, um dos poucos em plena expansão. "A aquisição irá fortalecer de forma significativa nosso portfolio nesse mercado emergente chave", disse o executivo, sobre o Brasil. "O acordo irá permitir acesso a um dos maiores segmentos do mercado brasileiro", afirmou, lembrando que o sucesso das marcas premium estão ocorrendo por conta da "melhoria sócio-econômica" do País. De fato, foi a expansão nos mercados emergentes que permitiu nesse ano que a companhia italiana, que detém mais de 40 rótulos, atingir um crescimento em vendas e pretende se expandir também na China.
A Campari registrou lucro líquido de 75,3 milhões de euros (US$ 107 milhões) no primeiro semestre, 8,7% a mais que em 2010. Já as vendas no período atingiram um total de 589 milhões de euros.Os italianos não estão sozinhos na expansão pelo Brasil. A aquisição ocorre na mesma semana em que o grupo japonês Kirin pagou quase R$ 4 bilhões pelo controle da cervejaria brasileira Schincariol por R$ 3,95 bilhões. Dados do setor indicam que, de fato, a expansão do consumo no Brasil tem atraído empresas a buscar negócios no País. Hoje, o Brasil já é o sétimo maior mercado de bebidas no mundo e vem crescendo acima da taxa internacional de 9%. Além de um maior número de consumidores, há também uma busca por produtos de melhor qualidade. Não por acaso, a Companhia Muller de Bebidas já lançou a Cachaça Reserva 51 e a 51 Gold. Já a tradicional Cachaça 51 passou a ser neste ano a quarta bebida mais vendida no mundo, segundo a International Wine & Spirit Research (IWSR). 
Cachaça - Nesta quinta, a investidores, a empresa italiana foi obrigada a explicar o que é a cachaça. "É um derivativo da cana de acucar e um ingrediente chave para a clássica caipitinha, a famosa bebida brasileira com limão e açúcar", explicou o comunicado emitido em Milão.

São Paulo / SP
Gerdau vê lucro despencar dentro do esperado
A maior produtora de aços longos das Américas, Gerdau, divulgou que terminou o segundo trimestre com um resultado praticamente em linha com o esperado pela média do mercado, encerrando uma temporada de resultados das produtoras de aço brasileiras marcada por desempenho siderúrgico fraco. A companhia apurou lucro líquido de R$ 503 milhões nos três meses encerrados em junho, queda de 41% sobre o resultado obtido um ano antes, ante expectativa média de oito analistas apurada pela Reuters de R$ 534,2 milhões.
O resultado veio depois que Usiminas e CSN divulgaram nesta semana números de produção de aço ainda influenciados por um cenário adverso de fraqueza do dólar, excesso de capacidade produtiva no mundo e custos elevados com matéria-prima que deixaram claro a importância de investimentos em mineração e foco maior no mercado interno de aço. A Gerdau teve uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 1,309 bilhão no segundo trimestre, com a margem caindo de 21% para 15%. Em relação ao mesmo intervalo do último ano, o Ebitda cedeu 24%. A expectativa média do mercado era de um Ebitda de R$ 1,297 bilhão, com margem de 14,6%.
A empresa, que possui operações produtivas em 14 países, incluindo Estados Unidos e na Europa, regiões que estão no centro das preocupações de investidores que acompanham a saúde financeira mundial, produziu 5,123 milhões de toneladas de aço bruto no trimestre passado, alta de 9% na comparação anual e de 8 por cento sobre os três primeiros meses de 2011. Depois de ter anunciado investimento de R$ 718 milhões no Estado de São Paulo no final de maio, a siderúrgica divulgou nesta quinta-feira que vai injetar mais R$ 183 milhões até o segundo trimestre de 2012 nas usinas de aços especiais de Pindamonhangaba e Mogi das Cruzes, no interior do Estado. O insumo é usado no setor automotivo, cujas vendas elevadas desaceleraram no início do segundo semestre.
Em vendas em volume, houve crescimento de 12%, para 4,897 milhões de toneladas, resultando em uma receita líquida de R$ 9,010 bilhões, ante R$ 8,296 bilhões um ano antes e R$ 8,364 bilhões nos três primeiros meses deste ano, quando a empresa foi afetada por descontos de preços aplicados no final do ano passado. A dívida líquida ao final de junho somava R$ 7,787 bilhões, queda de 37,5 sobre o final de 2010, enquanto o caixa ficou em R$ 4,121 bilhões, salto sobre os R$ 2,204 bilhões de dezembro passado. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Rio Tinto confirma lucro recorde de US$ 7,6 bilhões
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto apurou lucro líquido de US$ 7,6 bilhões no 1º semestre deste ano, uma alta de 30% ante o verificado em igual intervalo de 2010. Conforme a companhia, segunda maior mineradora do mundo, o resultado final no semestre foi recorde.
Antes de ajustes, os ganhos da Rio Tinto ficaram em US$ 7,8 bilhões, 35% superior ao verificado um ano antes, impulsionado pelas vendas de minério de ferro à China e preços mais altos da commodity. Na mesma base de comparação, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 27%, para US$ 14,3 bilhões, montante também recorde para a mineradora.
No semestre, os investimentos da mineradora saltaram a US$ 5,1 bilhões, ante US$ 1,8 bilhão nos seis primeiros meses de 2010. Conforme a companhia, o recuo nos volumes de venda no semestre reflete, principalmente, menores vendas de minério de ferro, em razão das condições climáticas que afetaram embarques no intervalo, em linha com o menor teor de ouro e cobre em três minas: Kennecott Utah Copper, Escondida e Grasberg.
A Rio Tinto destacou que o projeto de Pilbara, que prevê expansão da capacidade de minério de ferro para 333 milhões de toneladas métricas por ano está com o cronograma antecipado em seis meses, o que permitirá o alcance dessa performance, agora, na primeira meta de 2015. A mineradora informou ainda que elevou de US$ 2 bilhões para US$ 7 bilhões o programa de recompra de ações, que se encerrado no primeiro trimestre de 2012, conforme as condições do mercado. (Agências Reuters e Valor Online)

São Paulo / SP
Sony acelera investimentos no Brasil, terceiro mercado para suas câmeras
A personalização e o rejuvenescimento do design das câmeras fotográficas elevaram o Brasil, em cinco anos, da nona para a terceira posição global no ranking de vendas da Sony. Depois de registrar o maior crescimento em vendas no mundo em 2010, a gigante japonesa deve registrar uma expansão de 60% no mercado brasileiro este ano, atingindo 2,3 milhões de unidades. Para fazer frente à demanda, a empresa pretende aumentar em mais de 50% a produção local de câmeras em 2012. O investimento total da Sony no Brasil será de R$ 80 milhões no ano que vem. O valor será aplicado na ampliação do parque industrial de câmeras - que hoje produz cerca de 2 milhões de unidades por ano - e também em logística, para garantir que as novidades cheguem rapidamente às mãos dos consumidores. "O Brasil ainda é um mercado jovem e com chances muito boas de crescimento", disse ao Estado Masashi Tiger Imamura, presidente da divisão de imagem digital da corporação.
Quando se refere à "juventude" do mercado, Imamura ressalta o objetivo de aumentar as vendas de maior valor no mercado local. Este ano, a companhia inicia a produção local da Alpha, primeiro modelo de fabricação nacional com lente independente. Enquanto um modelo CyberShot custa a partir de R$ 299, a nova câmera Alpha será vendida a R$ 2.499. "A ideia é que o cliente evolua dentro da nossa linha de produtos, passando a buscar produtos mais sofisticados", diz Imamura. De acordo com dados da consultoria em tecnologia GfK, a Sony domina 48% do mercado de câmeras portáteis no País com o modelo CyberShot. O desafio de Ron Tsutsui, diretor-presidente da operação brasileira da Sony, é agora diversificar o gosto do brasileiro, ainda restrito às câmeras mais simples (e baratas).
Classe C - Para crescer no País, a Sony foi às casas dos consumidores tentar entender qual tipo de produto as pessoas estavam dispostas a comprar. Nas visitas a residências da classe C, ficou claro que era preciso falar mais claramente com o jovem. A empresa atualiza mensalmente o levantamento nos lares da classe média "emergente" e diz já ter visitado 200 residências desde o início do projeto. De acordo com o gerente geral de marketing da Sony no Brasil, Carlos Paschoal, as decisões de compra da classe média emergente estão concentradas nos filhos, embora o dinheiro saia do bolso dos pais. "É muito comum que os filhos sejam os primeiros a frequentar a faculdade e estejam bem mais em contato com a tecnologia. Logo, a opinião deles conta muito."
Para agradar o jovem e a classe popular, a Sony também "personalizou" suas câmeras, investindo em ousadias de design. Surgiram câmeras coloridas - incluindo um modelo cor de rosa, voltado para as adolescentes - e até pedrinhas de strass foram adicionadas às "caixas" das câmeras. No entanto, Imamura é claro ao dizer qual é o principal argumento de venda da Sony: "Tentamos nos adaptar aos detalhes que o consumidor quer, com novidades, mas não queremos perder o foco do ponto de vista da qualidade de imagem." Segundo o executivo, é inevitável que o planejamento de produtos passe a levar mais em conta o que consumidores de países como o Brasil procuram. (Agência Estado)

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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP
Preço do arroz segue em recuperação com resultado melhor esperado na próxima safra
Os preços do arroz em casca seguem em ritmo de recuperação no mercado do Rio Grande do Sul. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apenas no mês passado o Indicador subiu quase 13%. Segundo os pesquisadores do Cepea, a recuperação veio principalmente do recuo de arrozeiros que seguraram o produto e da política agrícola. Entidades representativas e produtores esperam com isso alcançar melhores resultados na próxima safra.
Além da recuperação dos preços, a prorrogação de custeio, investimento e empréstimo do governo federal, anunciada em julho, sinalizou um fôlego aos produtores. Mesmo assim, o presidente da Comissão de Arroz da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong, acredita que muitos arrozeiros devem investir em outras atividades. "Alguns vão migrar para a lavoura de soja, muitos vão incrementar a pecuária. A lavoura de arroz realmente vai ter uma mudança estrutural muito acentuada nessa próxima safra", afirma Schardong.
Já o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) espera manter a área plantada e acredita que a migração de parte dos produtores para outras culturas não deve afetar o setor arrozeiro. "O governo interviu na questão do crédito prorrogando as dívidas dos arrozeiros, o que manteve o setor inadimplente com o sistema financeiro, com isso garantiu crédito pra eles, para a nova plantação. Os produtores apostam que os preços vão melhorar e que eles vão poder plantar para a nova safra, colher, vender bem e poder se manter na atividade", relata o presidente do Irga, Cláudio Pereira.
Para o produtor rural José Ferrugem Barcelos, durante a fase mais crítica do setor, a saída foi segurar o cereal nos silos e contar com a pecuária para driblar as perdas. Barcelos chegou a analisar diminuir a área de plantio, mas com a recuperação dos preços, manteve o cultivo de 150 hectares de arroz. "Três meses depois da colheita o clima já é diferente, um pouco mais confortável. A nossa expectativa é positiva, queremos que isso venha aumentando gradativamente, não só aumentando, como também que se mantenha. O próprio governo criou mecanismos e os produtores já estão com comissões especiais pra fazer o estudo da reestruturação e da manutenção de preço do arroz", afirma.


Da redação – Brasília / DF
Projetos de hortas urbanas de seis unidades da Federação vão ter recursos do governo federal
Famílias de baixa renda de seis unidades da Federação vão receber recursos do governo federal para produzir alimentos de forma comunitária, em hortas sem agrotóxicos, para geração de renda e preservação do meio ambiente. Foram beneficiados o Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe. O programa vai destinar R$ 3,2 milhões para os projetos.
No Rio de Janeiro, o projeto proposto pelo governo do Estado vai contemplar Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Paracambi, São João do Meriti, Seropédica e a zona norte do município, fortalecendo a comercialização dos produtos agrícolas.
A coordenadora-geral do Programa da Agricultura Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Maristela Pinheiro, explicou que o objetivo é incrementar a prática em todo o país e ensinar técnicas adaptadas à realidade urbana, como a utilização de recipientes plásticos para a produção de mudas e a transformação de lixo orgânico em compostos para a fertilização dos solos. "Tornar as cidades produtivas é nosso principal objetivo. As cidades têm muitos espaços ociosos, que poderiam estar produzindo alimentos com a utilização de mão de obra de pessoas de baixa renda. Além disso, a agricultura urbana muda a paisagem da cidade, tornando-a mais verde. Sem contar que esse tipo de prática serve como terapia ocupacional e estimula hábitos alimentares mais saudáveis", disse Maristela.
O Rio de Janeiro tem um projeto da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado patrocinado pelo MDS nas regiões de Nova Iguaçu, Mesquita, Japeri, Queimados, Magé e na capital, desde o ano passado. No dia 15 de agosto, os técnicos do MDS vão se reunir com os representantes dos seis Estados para explicar o funcionamento do programa e fazer ajustes e alterações necessárias nos projetos. O dinheiro servirá, principalmente, para comprar equipamentos, material de consumo e para a capacitação dos agricultores.
Os produtos agrícolas e pecuários são para autoconsumo, trocas e doações, e o MDS estimula a comercialização para a geração de renda das famílias, contanto que a produção aproveite recursos e insumos locais (solo, água, resíduos, mão de obra, saberes). "Vamos inaugurar uma feira em Duque de Caxias devido ao grande potencial dessa região para a agricultura urbana e, com ela, vamos beneficiar cerca de 150 produtores da região", falou Maristela.
Desde 2003, cerca de 120 mil famílias foram beneficiadas com o programa, de acordo com o MDS. As famílias recebem assistência técnica, capacitação e insumos por meio dos centros de Agricultura Urbana e Periurbana. Atualmente, existem 12 centros implantados em todo o país e dez em implantação.
No Rio, a agricultura urbana é desenvolvida com incentivo de organizações não governamentais e entidades como a Pastoral do Menor, que, há dez anos, desenvolve um trabalho de plantio de hortas em áreas carentes do município onde a insegurança alimentar é uma realidade.
Maristela lamentou que não exista um marco legal para os agricultores urbanos. "Eles não podem acessar contas públicas e direitos. Por isso, na Conferência Nacional de Segurança Alimentar (7 a 10 novembro), vamos propor uma lei que garanta esta identidade do agricultor urbano que abastece a cidade, principalmente no Rio de Janeiro, onde as hortaliças são majoritariamente produzidas em áreas urbanas", explicou a representante do MDS. (Fonte: Agência Brasil)

Da redação – São Paulo / SP
Abate de aves ficou estável no 1º semestre, apontam dados do IBGE
Divulgados na última terça-feira, dia 2/8, os dados da “Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física”, do IBGE, apontam que no primeiro semestre de 2011 o subsetor industrial de abate de aves registrou crescimento inferior a meio por cento comparativamente ao mesmo semestre de 2010. Nos 12 meses encerrados em junho de 2011 a expansão foi de 0,91%. Apontando estabilidade do setor, esses resultados são ligeiramente melhores que os observados no subsetor industrial de bovinos e suínos. Aqui, o primeiro semestre foi fechado com recuo de 0,29% em relação a idêntico período de 2010, enquanto nos 12 meses encerrados em junho de 2011 o recuo foi de 1,2%.
Curiosamente, um terceiro subsetor – a indústria de rações, cuja produção principal está voltada para os subsetores mencionados – registrou aumento de produção até certo ponto significativo: de 4,13% no semestre e de 4,81% nos últimos 12 meses. O aumento no setor de rações supera a expansão média de toda a produção industrial brasileira, que teve incremento de 1,7% no semestre e de 3,7% nos últimos 12 meses.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Nordeste lidera consumo per capita de ovos no País
Pelos resultados do estudo “Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil”, do IBGE, a Região Nordeste registra o maior consumo per capita de ovos do País, com uma quantidade quase 25% maior que a da segunda colocada, a Região Norte. Sudeste e Sul, as duas principais Regiões econômicas do País têm um consumo per capita que as coloca, respectivamente, na terceira e quarta posições. O menor consumo ocorre na Região Centro-Oeste.
Aceitos esses padrões e considerada a população regional levantada pelo censo de 2010, o maior consumo total ocorre na Região Nordeste, vindo a seguir a Região Sudeste. Deve-se considerar, nos presentes resultados, que eles se referem, especificamente, ao consumo de ovos in natura, independente de suas diferentes formas de preparo (cru, cozido, frito, etc.). Ou seja: grande parcela do produto é consumida indiretamente, através de alimentos industrializados ou domésticos, como massas e doces. Sob esse aspecto, é praticamente certo que o maior consumo per capita está na Região Sudeste.

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SETOR AUTOMOTIVO


Detroit / EUA

GM anuncia alta de 90% do lucro
A maior montadora americana, a GM - General Motors -, superou com folga as expectativas do mercado ao anunciar nesta quinta-feira um lucro no segundo trimestre em alta de 90%, a US$ 2,5 bilhões, com um volume de negócios em alta de 19%. Por ação, o lucro alcança US$ 1,54, bem acima que o estimado pelos analistas, que esperavam um aumento de US$ 1,20 por ação. Na terça-feira, dia 2/8, a fabricante alemã de veículos de luxo BMW anunciou que registrou no primeiro semestre do ano lucro líquido recorde de 3,021 bilhões de euros, 160,9% mais que no mesmo período do ano anterior, devido ao aumento da demanda automobilística. A BMW, que recentemente revisou para cima sua previsão de vendas para este ano, até 1,6 milhão de veículos, informou em comunicado que o faturamento subiu 22% entre janeiro e junho, a 33,925 bilhões de euros. (Agence France Presse / AFP)

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SERVIÇOS & VAREJO


Paris / França
Carrefour mundial troca vice-presidente financeiro
O Carrefour, maior varejista da Europa, substituiu seu vice-presidente financeiro ontem, dia 4/8, em um momento em que a companhia tem sido afetada por alertas de lucro e pelo colapso do plano de fusão com o Grupo Pão de Açúcar. A empresa, que está se esforçando para reformular suas operações na França, nomeou para o cargo Pierre-Jean Sivignon, ex-vice-presidente financeiro da Philips, em sua mais recente estratégia para fortalecer a confiança de investidores. Um porta-voz do Carrefour disse que a última troca de cargos ocorre em um momento no qual a varejista entra "em uma nova fase de seu plano de reformulação". O Carrefour, que divulga seus resultados do primeiro semestre em 31 de agosto, afirmou no mês passado que espera que o lucro operacional do primeiro semestre caia 23% devido ao fraco desempenho na França. A empresa também revelará em 31 de agosto novas medidas para acelerar sua recuperação. Sivignon, de 54 anos, substituirá Pierre Bouchut, que se tornará diretor-executivo de mercados emergentes, mas não assumirá o posto até novembro, pois vai trabalhar junto com Sivignon durante o período de transição. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP

Vendas no varejo crescem 5,22% no ano
As vendas no varejo registraram crescimento de 6,61% em julho sobre o mesmo mês de 2010, mas caíram 1,13% na comparação com junho, de acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento é realizado em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) por meio do número de consultas feitas pelos comerciantes no caso de vendas com cheque ou a prazo. De acordo com as entidades, a queda em relação a junho se deve à forte base de comparação (Dia dos Namorados). No acumulado dos primeiros sete meses de 2011, as vendas apresentam um crescimento de 5,22% sobre o mesmo período do ano passado, refletindo o aquecimento do mercado de trabalho e a expansão da massa salarial, além do aumento dos empréstimos destinados à pessoa física nos últimos meses.

Da redação – São Paulo / SP
Gucci prepara expansão no Brasil
Quase três anos depois de abrir em São Paulo sua primeira loja no Brasil, a marca italiana de luxo Gucci prepara sua expansão. A empresa contava com apenas uma unidade no país, no Shopping Iguatemi de São Paulo, mas abriu recentemente uma loja no Iguatemi Brasília. Até dezembro, o Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, deverá receber um ponto de venda da marca. Em março do ano que vem, o shopping JK Iguatemi contará com a primeira loja masculina da Gucci no mundo.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
China e Japão impulsionam números da L’Occitane no trimestre
A varejista de beleza L’Occitane disse que suas vendas cresceram 12,1% no primeiro trimestre de seu ano fiscal, encerrado em 30 de junho, para 182,3 milhões de euros. As vendas comparáveis tiveram uma expansão de 2,6% na comparação anual, considerando apenas as lojas próprias, enquanto os franqueados apresentaram um desempenho bem melhor, com alta de 10,1% nas vendas. No maior mercado da empresa, o Japão, as vendas subiram 11,5% em relação ao mesmo período do ano passado, para 45,2 milhões de euros. Já o país com melhor desempenho foi a China, onde as vendas saltaram 40%.

Nova Iorque / EUA
Subway quer crescer dentro de lojas de conveniência nos EUA
A rede americana de fast food Subway, maior empresa do setor em número de lojas no mundo, abriu nos últimos três meses 46 pontos de venda dentro de lojas de conveniência nos Estados Unidos. No mesmo período, foram inauguradas quase 600 lojas em 50 países, fazendo com que, desde janeiro, o número de inaugurações supere 1.200. Para a Subway, as lojas de conveniência estão na categoria de “desenvolvimentos não tradicionais”, subgrupo no qual estão mais de 8.000 pontos de venda abertos em locais como aeroportos, lojas de departamentos, hospitais e parques. (Agência EFE)

Da redação – Porto Alegre / RS
Compra do controle da Schincariol pela japonesa Kirin tem assessoria de TozziniFreire
TozziniFreire Advogados assessorou a Kirin Holdings Company na aquisição da totalidade do capital da Aleadri-Schinni Participações e Representações, controladora do Grupo Schincariol, segundo maior fabricante de cervejas do Brasil. O negócio, registrado na noite desta segunda-feira, 1º de agosto, na Bolsa de Valores de Tóquio, totalizou R$ 4 bilhões, pagos integralmente pela Kirin. O trabalho foi realizado pelo Japan Practice Group de TozziniFreire e contou com a coordenação dos sócios Pedro Seraphim e Marcio Baptista. A Kirin é uma das empresas líderes do setor de bebidas no Japão e na região da Ásia e Oceania. TozziniFreire Advogados possui há 11 anos escritório em Porto Alegre, tendo como sócios: Eduardo Mariotti, Gustavo Nygaard, Luis Renato Ferreira da Silva, Roberto Pierri Bersch, Vinícius de Oliveira Berni e Rafael Mallmann. (Fonte: Martha Becker Comunicação Corporativa)
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COMÉRCIO EXTERIOR


Curitiba / PR
Carne brasileira tropeça na Rússia e no câmbio
As exportações de carne in natura do Brasil recuaram em julho, cedendo ao peso do câmbio valorizado e ao embargo russo a mais de 100 frigoríficos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), 369,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de frango deixaram os portos brasileiros no último mês – volume 15% menor que o de junho e 20% inferior ao de julho de 2010.
As exportações do setor haviam crescido no mês anterior, com importadores antecipando compras para a primeira quinzena, antes da suspensão russa às processadoras brasileiras. “Em julho, já se viu um pouco mais de efeito (do embargo). A queda foi muito significativa para a carne suína, mas o recuo da carne bovina não é desprezível”, disse o diretor técnico da consultoria Informa Economics FNP, José Ferraz. Os analistas ressaltam que ainda é difícil isolar o “efeito Rússia” na queda dos embarques, e esperam por relatórios mais detalhados.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC revelam que as exportações de carne suína despencaram para 30 mil toneladas, um tombo de 35% com relação ao mês anterior (veja quadro ao lado). “No nosso caso, a queda é muito por causa da Rússia. Neste mês (de julho), perdemos no mínimo umas 12 mil toneladas”, calculou Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Atualmente, a indústria de suínos conta com apenas um frigorífico habilitado para exportar ao mercado russo, que era o destino de um terço da produção.
Pressionadas pelo real forte, que deixa o produto brasileiro mais caro no exterior, as vendas externas de carne bovina do Brasil caíram 19% no mês passado, para 62,8 mil toneladas. De acordo com Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a crise no mundo árabe, que afeta demanda dessa região, e as restrições europeias, que mantêm um número limitado de propriedades habilitadas a exportar, são o problema.
Para o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, não houve surpresa. “No período em que o dólar esteve derretido, a indústria perdeu mercado europeu e japonês. E teve o problema com o mercado russo.” Os embarques do setor caíram 11% de junho para julho.
No Paraná, a maior queda é a da bovinocultura, cujas exportações de carne congelada caíram 75% mês passado, na comparação com julho do ano anterior, para apenas 308 toneladas. Com recuo de 13%, os embarques paranaenses de carne suína congelada somaram 2,8 mil toneladas em julho. Já as vendas externas de frango inteiro congelado do Paraná somaram 36,1 mil toneladas no mês passado, volume 7% menor que o registrado há um ano.

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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Microsoft responde a acusações do Google sobre patentes
Brad Smith, conselheiro geral da Microsoft, respondeu pelo Twitter às acusações do Google sobre como a Microsoft tem se aproveitado das patentes de que se apropriou para encarecer produtos com Android. Ontem, o diretor jurídico do Google, David Drummond, publicou um post atacando Microsoft, Oracle, Apple e outras empresas por conta disso. Smith tuitou: "O Google diz que compramos patentes da Novell para que o Google ficasse sem elas. Sério? Nós pedimos a eles que fizessem ofertas em conjunto conosco. Eles disseram não". Logo depois, Frank Shaw, diretor de comunicação da Microsoft, postou em seu Twitteruma captura de tela que mostra o e-mail em que Kent Walker, conselheiro geral do Google, recusa fazer uma oferta em conjunto com a Microsoft pelas patentes da Novell. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA

LinkedIn surpreende com lucro no 2º trimestre
O lucro líquido do LinkedIn, rede social dedicada a contatos profissionais, cresceu para US$ 4,5 milhões, ou US$ 0,04 por ação, no segundo trimestre, de US$ 4,3 milhões, ou US$ 0,02 por ação, em igual período do ano passado. A receita líquida mais do que dobrou, para US$ 121 milhões, de US$ 54,9 milhões. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters esperavam prejuízo por ação de US$ 0,03 e receita de US$ 105 milhões. Foi o primeiro balanço divulgado pela empresa desde o lançamento de suas ações no mercado em maio. No primeiro dia de negócios, os papéis mais do que dobraram de valor, abrindo espaço para a estreia de outras companhias de internet. A oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) do LinkedIn foi o maior para uma empresa de internet desde o Google em 2004, embora alguns investidores alertassem que o valor estava muito alto para um companhia cuja receita foi de apenas US$ 243 milhões no ano passado. O LinkedIn informou hoje que seu número de membros subiu 61% para 115,8 milhões. A margem operacional, no entanto, caiu de 9,7% para 8,2% por causa do forte aumento nas despesas. (Agência Dow Jones)

Nova Iorque / EUA
Lady Gaga e Kanye West investem em 'startup' de música digital
Os cantores Kanye West e Lady Gaga integram o grupo dos investidores que apostam no potencial do mundo de tecnologia. Os dois colocaram recursos numa empresa iniciante do setor, de acordo com o site Bussiness Insider. O nome dos artistas foi confirmado entre os aplicadores da última rodada de financiamento à "startup" (companhia iniciante com potencial de crescimento) Turntable.fm. A empresa recebeu US$ 7,5 bilhões e foi avaliada em US$ 37,5 milhões. O programa simula uma discoteca onde usuários podem chamar conhecidos para sugerir uma lista de músicas, atuando como um DJ. Os convidados também conseguem interagir com conselhos e avaliações sobre o desempenho dos colegas. A empresa foi criada há dois meses depois que os fundadores remodelaram a sua aposta anterior, chamada StickyBits. O Turntable.fm chamou a atenção pelo seu rápido crescimento. A rede já tem cerca de 300 mil usuários, entre eles grandes nomes de investidores para empresas iniciantes do setor de tecnologia. (Agência EFE)

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ENERGIA


Fortaleza / CE
Eike Batista começa a produzir energia solar
O empresário Eike Batista inaugurou ontem, dia 4/8, em Tauá, na região conhecida como Sertão dos Inhamuns, no Ceará, a primeira usina de energia solar comercial do Brasil. "Concluímos a montagem dos painéis solares da usina de Tauá", destaca o empresário em sua página no Twitter. "No total, são 4.680 painéis, de 18 quilos cada, que somam 84 toneladas, agrupadas numa área de 12 mil metros quadrados. Fabricados pela japonesa Kyocera, os painéis captam a luz do sol para a conversão em energia elétrica."
Chamada de MPX Solar Tauá, a usina, que já vem operando desde abril, funciona quase como um projeto piloto para voos mais altos nesse segmento. Possui capacidade de gerar um megawatt (MW), o suficiente para abastecer 1,5 mil residências.
A MPX Solar já obteve autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Superintendência Estadual de Meio Ambiente do Ceará (Semace) para expandir sua capacidade até cinco megawatts. O investimento no projeto é de R$ 12 milhões, com apoio do Governo do Estado, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Prefeitura de Tauá. "Tauá concorre para ser eleita uma das 100 mais importantes iniciativas de economia verde da última década. O Livro Verde do Século XXI, publicação do Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra) e da agência Organização das Nações Unidas Habitat, reunirá 350 casos de sucesso em todo o mundo, entre eles, o da nossa usina. Se o empreendimento for eleito como uma das 100 melhores práticas, ganhará destaque na publicação", aposta Eike.
Sem Dilma. A solenidade de inauguração da usina não contará com a presença da presidenta Dilma Rousseff nem do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), como estava previsto. Representando a presidente vem o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão e o governador será representado pelo vice, Domingos Filho (PMDB).
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Zuza Oliveira, por meio de nota à imprensa, informa que a MPX Solar vai trabalhar além do desenvolvimento de montagem de painéis solares com extração de quartzo, silício e fabricação de células fotovoltaicas. "Com isso vamos garantir uma redução do valor pago pela energia solar de aproximadamente R$ 500 para R$ 140 o megawatt/hora, que é o valor comercial para fontes como a hidrelétrica."
O processo de produção começa com a luz solar incidindo sobre estes painéis, que são responsáveis pela transformação da radiação em energia. A energia elétrica é então conduzida por cabos até caixas de controle e monitoramento. Após concentrada, toda essa energia é enviada por cabos subterrâneos para uma sala onde ocorre a transformação da energia de corrente contínua para corrente alternada.
Tauá, localizada a 360 quilômetros de Fortaleza, foi escolhida para sediar a usina porque possui os melhores índices solares do Nordeste. O município está bem próximo à Linha do Equador. O Ceará é, por enquanto, o único Estado brasileiro a possuir uma legislação exclusiva para a energia solar, informa Zuza Oliveira. (Agência Estado)

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MERCADO DE LUXO


O irressistível Bentley Continental GT Tuned Version

Diversos Bentleys foram personalizados, este, em especial, foi customizado por um empresário britânico anônimo. Com saias laterais de carbono e um novo spoiler, o veículo apresenta um difusor de fibra de carbono no chassi, o que resulta em um corpo muito mais leve.  (LEIA +)

MY Satori moderno e aconchegante
Produzido pela Hesse Yachts, o MY Satori é o primeiro yacht da nova classe com 50 metros de comprimento. Após o sucesso em testes no mar, a embarcação que alcança uma velocidade máxima de 24 nós é lançado como um dos mais rápidos do mundo na categoria.  (LEIA +)


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TERCEIRO SETOR e SUSTENTABILIDADE


Da redação – Brasília / DF

Empresa brasileira é a primeira da AL a ter um dos rótulos ambientais mais respeitados do mundo
A fábrica de papel, no município de Luiz Antônio-SP, da empresa International Paper, é a primeira da América Latina a conseguir o rótulo ambiental ‘The Flower’, considerado um dos mais importantes do mundo. No ano passado, a empresa foi a terceira maior produtora de papel do Brasil e segunda maior exportadora. O processo de certificação aconteceu após uma auditoria realizada pela Comissão do Rótulo Ecológico da União Europeia e uma capacitação coordenada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O rótulo é o reconhecimento internacional de que o processo produtivo é realizado com menor impacto ambiental em comparação com outros produtos similares disponíveis no mercado. “É uma vantagem competitiva importante para o aumento das exportações, em função da crescente demanda por produtos que respeitem o meio ambiente”, afirma a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres.
A iniciativa atende à instrução da Conferência Ministerial de Doha, da Organização Mundial de Comércio (OMC), realizada em 2001. A participação brasileira teve início em 2007, quando a Secex assinou termo de compromisso com os coordenadores internacionais: o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), responsável pela parte administrativa, e a Comissão da União Europeia, que financia o projeto. A finalidade do projeto é incentivar a capacitação de agentes do governo e do setor privado de países em desenvolvimento para aumentar a adesão à rotulagem ambiental.
Papel e celulose - Para participar do projeto, a Secex escolheu o setor de papel e celulose. Foram levados em conta aspectos técnicos e de relevância na pauta de exportações para o mercado europeu, além de requisitos ambientais importantes para alcançar competitividade global. No projeto, foi selecionado o papel de tipo para cópia e impressão. A indicação das empresas participantes foi feita pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). A metodologia utilizada foi a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) do produto.
A fabricação do papel brasileiro foi analisada desde a formação das florestas de eucalipto e pinho, que são utilizadas como matéria-prima, até a etapa em que o produto final é vendido aos consumidores. Houve o exame minucioso para descartar riscos de contaminação da saúde humana e do meio ambiente.
Também foram organizados vários seminários e workshops internacionais, além de cursos de capacitação e treinamentos, para que, em cada país selecionado, pelo menos uma empresa tivesse um produto certificado pela União Europeia.
Brasil na liderança - O Brasil é o primeiro país a conseguir o selo entre os que fazem parte do projeto. Também participaram a China, com monitores de computadores; a Índia e a África do Sul, com produtos têxteis; além de México e Quênia, com calçados de couro. O projeto de cooperação termina este mês. Uma segunda fase está prevista com a inclusão de outros setores da indústria brasileira. A expectativa da Secex é assinar a prorrogação com o PNUMA ainda no segundo semestre de 2011.
O que é o The Flower - O rótulo ecológico europeu é um regime voluntário, criado em 1992, para incentivar as empresas a comercializar produtos e serviços que respeitem o meio ambiente. Os que recebem o rótulo podem utilizar o logotipo em forma de flor nas embalagens dos produtos para que os consumidores os identifiquem facilmente. Atualmente, mais de 900 empresas estão certificadas pelo rótulo, em mais de trinta países, em um mercado que movimenta aproximadamente € 1 bilhão. Além dos países que formam a União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Tailândia também possuem empresas certificadas com o The Flower. (Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDIC)

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