Edição 532 | Ano IV

Washington / EUA
FMI afirma que Brasil apresenta sinais de superaquecimento na economia
As perspectivas para a economia brasileira são positivas, mas há sinais de superaquecimento, avaliou o Fundo Monetário Internacional (FMI), pedindo mais medidas, sobretudo fiscais e no crédito, para lidar com os riscos.Em relatório anual sobre o país divulgado nesta quarta-feira, o FMI manteve sua previsão de crescimento econômico brasileiro neste ano em 4,1%. O organismo estimou uma inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 6,3%. "A diretoria executiva congratulou as autoridades pela gestão macroeconômica saudável e o sólido arcabouço de política econômica... Os diretores concordam que, embora a perspectiva continue em geral favorável, existem sinais de superaquecimento", disse o organismo. "Por conseguinte, destacou-se a importância de continuar a calibrar a combinação de políticas para enfrentar uma série de pressões macroeconômicas de curto prazo."
O FMI acrescentou que recebeu bem a retirada gradual das medidas de estímulo fiscal adotadas pelo governo brasileiro durante a crise global de 2008, mas considera "que um aperto fiscal adicional ajudaria a baixar a inflação e administrar o influxo de capitais". Isso reduziria a necessidade de elevar mais os juros.O organismo também salientou o aquecimento do mercado de crédito. A diretoria destacou "a necessidade de maior atenção aos riscos financeiros devido ao ritmo de expansão do crédito e à continuada dependência de captações externas".
Para o FMI, as medidas já adotadas pelo governo para desacelerar esse setor já tiveram efeito, mas ressaltou que a aplicação delas precisa ser "mais extensa para que ganhem tração".
O Banco Central vem elevando a taxa de juros desde o início deste ano, além de, em dezembro passado, o governo ter tomado medidas para encarecer o crédito à pessoa física, e de elevar o depósito compulsório dos bancos. O esforço visa conter a inflação, que neste ano deve ficar próxima do teto da meta, de 6,5%, e cujas expectativas para 2012 estão acima do centro da meta, que é de 4,5%. O mercado está em dúvida sobre se o aperto monetário já acabou em julho ou se o BC verá necessidade de mais uma alta da taxa básica de juro Selic em agosto.
O FMI acrescentou que considerou apropriada a política de medidas para administrar o fluxo de capitais, mas advertiu que elas podem ser contornadas. Na semana passada, o governo anunciou mais uma medida para tentar conter a alta do real, taxando operações de derivativos cambiais feitas por investidores brasileiros e estrangeiros no país. "Os custos envolvidos também precisam ser levados em conta... A esse respeito, a maioria dos diretores recomendou que se continue a aplicar medidas de ajuste da política macroeconômica como parte da resposta ao grande fluxo de entrada de capitais." O FMI destacou ainda a necessidade de implementação de reformas fiscais como a flexibilização do Orçamento, a reforma do regime do ICMS e a reforma da Previdência. (Agência Reuters)

Brasília/DF e São Paulo/SP
Órgão ambiental do Amazonas licencia obra em lugar tombado
O Ipaam - Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - anunciou nesta quarta-feira que concedeu licença de instalação para construção da obra do terminal Porto das Lajes, na margem direita do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, em Manaus. A obra é contestada por ambientalistas. Em 2010, o Conselho Consultivo do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tombou a região do encontro das águas pelo seu valor arqueológico, etnográfico e paisagístico. No tombamento, o Iphan demarcou como área protegida os dez quilômetros contínuos em que os rios Negro e Solimões se encontram, mas não se misturam. A junção forma o rio Amazonas. Segundo o Movimento SOS Encontro das Águas, a ministra da Cultura, Ana Buarque de Holanda, que é presidente do Conselho Consultivo do Iphan, ainda não homologou o tombamento. "É vergonhoso o Ipaam licenciar uma obra num lugar que é tombado pela União como patrimônio natural', disse Elisa Wandelli, integrante do movimento.


São Paulo / SP
BNDES anuncia linha de R$ 4 bi para setor de petróleo e gás
Um dia após o anúncio de medidas de estímulo à indústria pelo governo, o BNDES informou que vai disponibilizar uma linha de R$ 4 bilhões para financiar a cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás natural até 2015. As taxas juros vão variar de 4,5% ano, para projetos de inovação, a 11,04%, para capital de giro, informou o banco. Além disso, o acesso para micro, pequenas e médias empresas, que representam 85% dos fornecedores do setor, será flexibilizado.
O banco poderá financiar empresas de pequeno porte por meio de uma empresa-âncora com receita anual de mais de R$ 90 milhões. Essa empresa-âncora terá que fazer um plano de desenvolvimento para seus fornecedores, direcionando no mínimo 30% do financiamento à cadeia de fornecedores e subfornecedores.
A medida vem ao encontro da nova estratégia da Petrobras de não utilizar mais o seu caixa para financiar seus fornecedores, um volume de recursos que atingia cerca de R$ 1 bilhão por ano. Por outro lado, a empresa tem necessidade, assim como as outras que atuam no setor no país, de cumprir um índice de conteúdo nacional exigido pelo governo nos seus projetos.
O apoio do BNDES ajuda a liberar o caixa da estatal para os vultosos investimentos programados até 2015, de US$ 224,7 bilhões. "O alto volume de investimentos esperado nos próximos anos evidencia um panorama altamente favorável ao fortalecimento da cadeia de fornecedores do setor de petróleo e gás, com aumento de competitividade das empresas brasileiras no mercado doméstico e internacional", afirmou o banco em nota nesta quarta-feira.
De acordo com o banco, o objetivo do programa é buscar soluções para alguns dos entraves à competitividade e ao desenvolvimento do setor, "tais como a dificuldade de acesso ao crédito, o elevado custo de capital e o acesso à tecnologia de ponta". O banco vai estimular projetos de implantação, ampliação e modernização da capacidade produtiva; consolidação, fusão e aquisição e internacionalização da cadeia de fornecedores; financiamento do capital de giro necessário à produção de equipamentos e prestação de serviços; e suporte a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Economia mundial fragilizada mesmo após EUA evitar calote
A economista-chefe do Centro de Estudos do Setor Externo do IBRE/FGV, Lia Valls Pereira, acha que a economia norte-americana não sai tão forte quanto se espera do episódio de elevação do teto de sua dívida — evitando a temida moratória que, certamente, abalaria a economia mundial. Perguntada se a economia volta aos trilhos, ela responde: “Depende do que se entende por "voltará aos trilhos". Na Europa, os sinais são de uma desaceleração nos motores das economias alemã e francesa. Nos Estados Unidos, os cortes, embora pequenos — num primeiro momento US$ 917 bilhões e depois, US$ 1,5 trilhão, em 10 anos —, não ajudam uma economia que já estava também dando sinais de difícil recuperação”.  Lia acrescenta que outro sintoma que fica é a percepção do frágil compromisso político nos EUA. Para a economista, um eventual calote poderia tornar ainda mais incerto o já incerto cenário internacional. Os juros poderiam subir nos EUA e acarretar na retração de demanda. A moratória norte-americana, segundo Lia Valls, afetaria também a economia brasileira: “O risco para o Brasil seria se o calote agravasse ainda mais a desaceleração — já em marcha — da economia mundial. É bom lembrar, entretanto, que mesmo com todas as incertezas, os títulos do Tesouro dos EUA continuam sendo dos mais procurados (mesmo com os juros baixos) e o dólar ainda é a moeda internacional por excelência”, conclui. (Fonte: Assessoria de imprensa da FGV)

______________________
INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP

Confiança do setor de serviços aumenta em julho
Após dois meses em trajetória negativa, o humor dos empresários do setor de serviços voltou a ficar positivo em julho. É o que informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao anunciar alta de 0,8% para o Índice de Confiança de Serviços (ICS) em julho, após queda de 1,4% em junho.
Em uma escala de até 200 pontos, onde resultados abaixo de 100 pontos são considerados negativos, o ICS subiu de 131,6 pontos para 132,6 pontos, de junho para julho. O índice atual supera em 7,6 pontos a média histórica; e em 3,1 pontos o de julho do ano passado.
O aumento foi influenciado pelas expectativas mais favoráveis. O ICS é dividido em dois subindicadores. O Índice da Situação Atual - S (ISA-S) mostrou estabilidade (0,0%), após cair 2,9% em junho; o Índice de Expectativas - S (IE-S) subiu 1,4% este mês, após recuar 0,3% em junho, o melhor nível desde março de 2010.
O otimismo dos empresários em relação ao ambiente dos negócios nos seis meses seguintes foi o que mais contribuiu para o aumento do indicador. Das 2.591 empresas consultadas em julho, 54,9% preveem melhora dos negócios no semestre julho-dezembro de 2011, contra 50,0% em junho - enquanto 3,6% esperam piora (contra 2,8% em junho). A pesquisa para o ICS ocorreu entre os dias 4 e 29 de julho. O total de empresas consultadas era responsável por 750 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho ao final de 2008, segundo informações apuradas pela FGV. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

Brasília / DF
Governo nega que mudará data da aplicação de medidas cambiais
O Ministério da Fazenda divulgou nota ontem a tarde, dia 3/8, para esclarecer que o governo não estuda fazer qualquer mudança de conteúdo e nem de data na aplicação das medidas cambiais anunciadas no último dia 27/7. No entanto, o subsecretário da Receita Federal, Sandro Serpa, disse que está em estudo no Ministério da Fazenda a mudança da data para recolhimento do IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - sobre operações com derivativos - contratos feitos no mercado futuro -, que começaria em 5/10. "Está sendo estudado, não há uma definição ainda", afirmou Serpa. Na semana passada, o governo publicou uma medida provisória que permite aumentar a alíquota do IOF em até 25% sobre operações com derivativos, contratos feitos no mercado futuro. Os derivativos podem proteger as empresas de grandes perdas, mas puxam o dólar para baixo porque "apostam" na sua queda e influenciam o mercado. Com a medida, as empresas exportadoras que, por exemplo, fizerem contratos derivativos apostando na queda do dólar apenas para cobrir o valor de suas exportações, não serão atingidas. A medida tem como alvo as operações com derivativos cambiais, que possuem influência na formação da taxa de câmbio. (Fonte: Assessoria de Imprensa do MF)

__________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:


Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas seguem em queda
A maioria dos mercados da Ásia continuou no campo negativo, apesar da recuperação de Wall Street. As contínuas preocupações sobre as perspectivas de crescimento da economia global pesaram no ânimo dos investidores.
- Este foi o caso de Hong Kong, que fechou em queda pelo terceiro pregão seguido. O índice Hang Seng caiu 0,5% e encerrou aos 21.884,74 pontos. Entre as blue chips, Cnooc teve o pior desempenho, com baixa de 2,4%. China Merchants perdeu 1,5%. Na contramão da tendência, Bank of East Asia ganhou 2,2%.
Já na China, as Bolsas tiveram ligeira elevação, com a presença de investidores em busca de ofertas de ocasião. Porém, dados macroeconômicos a serem divulgados, que devem mostrar redução no ritmo de crescimento da economia doméstica e alta na inflação, limitaram os ganhos.
- O índice Xangai Composto subiu 0,2% e terminou aos 2.684,04 pontos. O índice Shenzhen Composto também subiu 0,2% e encerrou aos 1.187,90 pontos. As empresas de cimento lideraram os ganhos. Anhui Conch Cement avançou 2,6% e Huaxin Cement disparou 6,3%.O yuan se desvalorizou em relação ao dólar, após o governo japonês intervir no câmbio para evitar o enfraquecimento do iene sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,4390 yuans, de 6,4341 yuans ontem.
- Por sua vez, a Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou na menor pontuação desde 26 de novembro. O índice Taiwan Weighted recuou 1,7% e encerrou aos 8.317,27 pontos. Novamente as ações do setor tecnológico tiveram fortes perdas: Hon Hai perdeu 2,6% e Catcher deslizou 6,9%.
- Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul apresentou baixa de 2,3% e fechou aos 2.018,47 pontos, com as vendas por parte de investidores estrangeiros. O setor químico liderou o declínio. SK Innovation perdeu 8% e S-Oil cedeu 8,4%.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, atingiu a maior queda em mais de um ano. O índice S&P/ASX 200 baixou 1,3% e terminou aos 4.276,3 pontos. O segmento bancário foi o que mais sofreu na sessão. Macquarie Group recuou 2,4%.
- Em Manila, a Bolsa das Filipinas encerrou em leve alta de 0,3%. O índice PSE subiu para 4.501,53 pontos, no embalo positivo dos mercados norte-americanos. Entre as ações mais ativas, Lepanto Mining disparou 8,2%.
- A Bolsa de Cingapura teve a terceira baixa consecutiva, ainda preocupada com a situação da economia dos EUA. O índice Straits Time perdeu 0,74% e fechou aos 3.107,01, menor patamar desde 19 de julho.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,4% e terminou aos 4.122,08 pontos, com realizações de lucros.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, também em terceira sessão de queda, caiu 0,8% e fechou aos 1.124,01 pontos, igualmente pressionado por realizações de lucros.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,1% e fechou aos 1.546,89 pontos.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 2,26%, a maior desde fevereiro
A Bovespa terminou o pregão de ontem, dia 3/8, em forte desvalorização, fechando aos 56 mil pontos, nível mais baixo desde setembro de 2009.
- O Ibovespa caiu 2,26%, atingindo os 56.017 pontos - a queda foi a maior desde 9 de fevereiro.
- O giro financeiro foi de R$ 8,27 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,563, em um decréscimo de 0,25% no dia.
Análise 1 - Passada a ansiedade com os problemas da dívida norte-americana, os investidores se voltaram mais uma vez para os sinais de que a recuperação dos EUA será ainda mais lenta que o esperado. Nos últimos dias, diversos indicadores apontaram para a fraqueza da economia do país. Nesta quarta, foi a vez de o setor de serviços apresentar o menor ritmo de alta em 17 meses. Além disso, a geração de novos empregos em empresas privadas, também divulgada hoje, se desacelerou em julho se comparado com junho deste ano. O indicador mostra que a recuperação das atividades das empresas ainda é lenta.Os dados se somam a outros sinais de desaceleração que fizeram as Bolsas caírem ao longo da semana: uma queda no consumo das famílias, uma redução no ritmo de alta no setor manufatureiro e o fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre. "Depois de toda aquela ansiedade que se viveu em função do equacionamento do problema do endividamento americano, o dia seguinte nos mostrou que nem todos os problemas nos EUA estão resolvidos. Eu acredito que vai continuar uma pressão forte de venda nos próximos dias", afirma Romeu Vidali, gerente de renda variável da Concórdia Corretora.
Análise 2 - As preocupações com a crise na Europa se mantêm, com o crescente temor de que Espanha e Itália podem se juntar ao grupo de países com sérios problemas de endividamento. Nos EUA, os mercados tomaram fôlego para uma recuperação ao final da sessão, puxada pela alta nas ações de tecnologia, e fecharam em alta. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, valorizou-se em 0,25%.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA se recuperam e fecham dia no azul
As principais Bolsas dos EUA encerraram em alta nos pregões de ontem, dia 3/8, quebrando uma cadeia de sete dias de perdas do S&P 500, mas preocupações com a economia mantiveram o mercado volátil durante o dia.
- O Dow Jones subiu 0,25%, a 11.896 pontos.
- O Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,50%, a 1.260 pontos.
- O Nasdaq teve alta de 0,89%, a 2.693 pontos.
Análise 1 - O giro financeiro foi o maior desde meados de março, com mais de 10 bilhões de papéis mudando de mãos, à medida que o S&P recuou para uma nova mínima em 2011 antes de ter uma recuperação e encerrar o pregão em alta. Porém, muitos investidores viram o movimento de alta como uma recuperação de curto prazo, após o S&P ter enfrentado uma desvalorização de 6,8% nos últimos sete dias. "Não vemos uma psicologia pessimista no mercado ainda, mas definitivamente há uma psicologia propícia a uma sólida correção", disse o gerente de portfólio da Team Asset Strategy Fund, James Dailey.
Análise 2 - A divulgação recente de dados fracos sobre os gastos do consumidor nos EUA e a atividade industrial ressaltaram a posição precária da economia após um primeiro semestre fraco. Somado à crise da dívida europeia, tal cenário deve manter fraco o movimento da ala compradora. "Os eventos na Europa e o impasse quanto ao teto da dívida dos Estados Unidos, que têm ofuscado os fracos fundamentos da economia, agora se foram. Investidores estão começando a perceber que não estamos em uma situação boa", disse Dailey. O componente de tecnologia do S&P subiu 1,24%, enquanto as ações do setor de energia foram, em geral, as mais atingidas. O componente de energia do índice recuou 0,56%.

Londres / Inglaterra
Ações caem para nova mínima em 11 meses na Europa
As ações europeias tiveram uma quarta-feira, dia 3/8, a quarta sessão consecutiva de baixa, para o menor fechamento de 11 meses, por preocupações de crescimento global fraco após dados do setor de serviços dos Estados Unidos decepcionarem, assim como preocupações de que a crise da dívida poderia estar se espalhando para a Itália.
- O índice FTSEurofirst 300 fechou em baixa de 1,99%, a 1,027 pontos, com a maior queda percentual desde março.
- O índice STOXX 600 Europe Banks inverteu os ganhos da sessão anterior e perdeu 2,2%.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,34%.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,3%.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,08%.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,54%.
- Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,85%.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,32%.
Análise - As ações do Société Générale caíram 9,5% com volumes quase três vezes a sua média diária de 90 dias, após os resultados virem abaixo das previsões, prejudicados pela exposição do banco à Grécia. Além das preocupações com o setor bancário, havia o temor de que a crise da dívida na zona do euro possa tragar a Itália, terceira maior economia da Europa, com os rendimentos dos títulos do país acima de 6 por cento, um nível insustentável. O índice caiu 11,2% desde o resgate segunda para a Grécia foi acordado no mês passado, em meio a preocupações sobre o contágio e a desaceleração do crescimento global. "A Itália tem dívida demais e se os rendimentos de títulos continuam em 6%, o país tem que lutar para pagá-los", disse analista de mercado da BGC Partners, Louise Cooper.


___________________
MERCADO FINANCEIRO


Nova Iorque / EUA
MasterCard tem lucro 28% superior no primeiro semestre
A MasterCard, segunda maior companhia de sistemas de pagamento do mundo, anunciou ontem, dia 3/8, um lucro de US$ 1,17 bilhão no primeiro semestre do ano, 28% a mais que no mesmo período de 2010. A empresa, sediada em Purchase, estado de Nova Iorque, atribui o resultado ao aumento de gastos dos clientes. O lucro por ação no período foi de US$ 9,05, comparado aos US$ 6,97 registrado entre janeiro e junho do ano passado, quando o lucro total foi de US$ 913 milhões. No primeiro semestre do ano, o faturamento da companhia, que obtém suas receitas das comissões que cobra dos bancos por facilitar o pagamento com cartão, subiu para US$ 3,168 bilhões, 18,5% a mais que os US$ 2,673 bilhões da mesma data de 2010. Esse aumento se viu favorecido pelo aumento de 14,3% no número de transações de seus clientes e por uma alta de 14,7% no volume total de dólares processados pela MasterCard. Durante esse período, a margem operacional da companhia foi de 54,3%, acima dos 53% do primeiro semestre de 2010. (Agência EFE)

_________
INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA
Kraft Foods anuncia divisão em duas empresas distintas
A Kraft Foods anunciou hoje, dia 4/8, que se dividirá em duas empresas de capital aberto, sendo que uma consolidará o negócio de petiscos no mundo e outra envolverá produtos de mercearia na América do Norte. A empresa afirmou esperar apresentar o negócio de mercearia a acionistas até o final de 2012. A unidade - com receita anual de cerca de US$ 16 bilhões - incluirá marcas de bebidas, queijos e refeições prontas nos Estados Unidos. No Canadá, a unidade incluirá o segmento de não-alimentos. Já o negócio de petiscos, que tem receita anual de US$ 32 bilhões, vai englobar Europa, unidades em países em desenvolvimento e as unidades de petiscos e confeitaria na América do Norte. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Compra da Schincariol é a mais 'cara' do setor desde 2002
A aquisição da Schincariol custou caro para a japonesa Kirin. Levantamento da agência Bloomberg mostra que a relação entre o valor pago e a capacidade de geração de caixa -medida para avaliar o valor de compra de uma empresa - foi quase o dobro da média de operações similares realizadas entre 2002 e 2009. A Kirin pagou, à vista, R$ 3,95 bilhões (US$ 2,5 bilhões) pelas ações da Aleadri-Schinni Participações, detentora de 50,45% do grupo Schincariol. Isso significa dizer que a companhia foi avaliada em R$ 8,6 bilhões.
Esse preço equivale a 17 vezes o lucro antes de impostos e taxas (Ebitda), indicador que reflete a capacidade de geração de caixa de uma empresa, que foi de R$ 509 milhões no ano passado. Nas dez operações similares no setor em todo o mundo analisadas pela Bloomberg, a média dos valores pagos é de nove vezes o Ebitda. Uma das operações mais caras foi feita pela própria Kirin, que pagou US$ 3,8 bilhões pela segunda cervejaria da Austrália, a Lions Nathan, em 2009. O valor equivalia a 13,13 vezes a geração de caixa da Lions.
INTERNACIONALIZAÇÃO - Segunda maior cervejaria do Japão, a Kirin passa por um processo de internacionalização e já investiu US$ 12 bilhões em aquisições desde 2005. Segundo a Bloomberg, no ano passado, 23% do faturamento veio de fora do Japão, ante 14% em 2005. "O preço não foi nenhuma pechincha, como todos esperavam", afirmou a corretora Link, ao avaliar que essa foi uma "boa oportunidade" para a companhia japonesa "entrar em um mercado com taxas de crescimento tão elevadas como o brasileiro".
A Kirin já havia analisado o mercado brasileiro, durante o processo de venda da Kaiser, há cerca de um ano, mas a marca acabou sendo vendida para a holandesa Heineken. Desta vez, venceu a disputa contra SAB Miller e própria Heineken. "A Kirin é uma companhia de bebidas e alimentos e o seu interesse pelo mercado brasileiro não pode ser avaliado apenas pela cerveja" diz o consultor Adalberto Viviani, da consultoria Concept.
Na avaliação dele, a Kirin deve aproveitar a estrutura de distribuição da Schincariol para oferecer amplo portfólio de produtos e marcas. A empresa japonesa já está presente no Brasil com uma operação de nicho, concentrada em saquês, molho de soja e arroz. Em comunicado, a Kirin afirmou acreditar ser capaz de elevar as vendas da Schin em 10% apenas com o uso de tecnologias e marketing. "A Kirin é uma empresa conservadora e não vem para o Brasil disputar participação de mercado. Vai disputar lucro", afirma Viviani.
DEVASSA - Com presença forte no Nordeste e 13 fábricas no país, a Schincariol vinha enfrentando dificuldades para crescer e ampliar margens. Lançamentos feitos com estardalhaço, como a Devassa Bem Loura, que teve Paris Hilton como garota-propaganda, não se traduziram em vendas. "A Schincariol estava começando a sentir o peso de ser grande em um mercado tão competitivo com atores internacionais", diz Viviani. "Enquanto os concorrentes vendem marca e embalagem, a Schin ainda vende hectolitro." Na avaliação do consultor, a chegada da Kirin não deve alterar o mercado de cerveja nacional, terceiro maior do mundo, atrás de China e EUA.

_____________
AGROBUSINESS

Da redação - vBelo Horizonte / MG
Renda de produtor de leite em Minas Gerais aumenta com a entressafra e chuvas no Sul do país
O período de entressafra na região Sudeste e o excesso de chuvas no Sul do país poderão favorecer o produtor de leite de Minas Gerais. A avaliação é do superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa - Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Ricardo Albanez.

Segundo ele, o mercado já vinha passando por uma redução na oferta em função do período seco que Minas atravessa. Com o excesso de chuvas prejudicando a produção nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina (segundo, terceiro e quinto principais estados produtores, respectivamente), a conjuntura favorece ainda mais o pecuarista mineiro que está obtendo melhor remuneração pelo litro do leite.

A região Sul é responsável por uma produção anual aproximada de 8,9 bilhões de litros, que correspondem a 31% da produção nacional. Uma quebra na produção desses estados reflete na oferta e, consequentemente, no preço pago ao produtor de Minas Gerais. “É uma oportunidade para o produtor mineiro abastecer o mercado, além de ampliar a sua rentabilidade, considerando a importância da cadeia produtiva mineira no contexto nacional”, explica o superintendente. Minas Gerais é o principal estado produtor de leite do país e responde sozinho por 27% da produção nacional.

Mercado  - De acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) os produtores receberam, no mês passado, R$ 0,71 pelo litro. Já neste mês, a previsão é de que o preço médio pago ao produtor fique em torno de R$ 0,80/litro. Se confirmada a projeção, a alta seria de aproximadamente 13% em relação ao preço praticado em julho deste ano.

O diretor-superintendente da Cooperativa Central Minas Leite, José Américo Simões, confirma a tendência. A avaliação que ele faz é que o mercado passou por um momento de recuperação nos preços pagos ao produtor até meados de abril, passando em seguida por um período de estabilidade e, atualmente, passa por aumentos pontuais. A cooperativa engloba a produção de 187 municípios das regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais. “No período de um ano, verificamos uma redução de 11% no volume de produção e crescimento de 15% no preço médio do litro pago ao produtor”, afirma.

De acordo com o assessor técnico do Programa Estadual da Cadeia Produtiva do Leite (Minas Leite), Rodrigo Puccini Venturin, mesmo com a conjuntura favorável ao produtor, ele não deve se descuidar do planejamento financeiro da atividade. Os preços da soja e do milho, principais componentes da ração fornecida aos animais no período de entressafra, vêm aumentando consideravelmente no mercado de commodities. “De acordo com os estudos da Embrapa Gado de Leite, houve um aumento nos custos de produção em torno de 19,34% no acumulado em 12 meses. Então, é preciso que o produtor se preocupe também com a gestão dos custos para não perder a rentabilidade”, afirma o assessor. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Seapa/MG)   


_________________
SETOR AUTOMOTIVO

Brasília / DF

Montadoras terão redução de IPI até julho de 2016
O governo irá reduzir a alíquota de IPI - Imposto sobre Produto Industrializado - para as empresas fabricantes de veículos automotivos instaladas no Brasil até 31 de julho de 2016. O valor da alíquota, no entanto, ainda será anunciado pelo governo por meio de decreto. A medida foi publicada nesta quarta-feira no "Diário Oficial da União".
Em nota, o Ministério da Fazenda esclarece que a redução não é imediata e que, diferentemente da medida tomada em 2008, o incentivo vale para a montadora, não para o consumidor. "Não há redução imediata de IPI para a indústria automobilística. A Medida Provisória 540 autoriza o incentivo tributário para produção e não para o consumidor e será com base em critérios ainda não definidos que estão sendo discutidos entre o governo e o setor. O percentual das alíquotas e as contrapartidas ainda serão definidos."
Segundo a Receita Federal, o objetivo é estimular a competitividade no Brasil e fazer com que os veículos fabricados no país tenham mais conteúdo nacional. Para poder receber o benefício, as empresas terão que atender a alguns requisitos, como investimento, inovação tecnológica e produção local. Segundo o coordenador geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, poderão receber a redução de IPI os seguintes veículos: tratores, ônibus e micro-ônibus, automóveis de passeio, caminhões e veículos comerciais leves.
Regras do ‘jogo’ - A medida foi publicada no embalo da nova política industrial anunciada ontem pela presidente Dilma Rousseff. O plano, chamado de Brasil Maior, busca aumentar a competitividade da indústria nacional e prevê uma renúncia fiscal de R$ 24,5 bilhões.
Entre as medidas, a nova política inclui um crédito tributário para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento a exportação, um projeto-piloto para desonerar a folha de pagamento em setores com mão de obra intensiva.
O governo vai reduzir a folha de pagamento para os setores calçadista, têxtil, de móveis e de software. A perda da arrecadação será compensada com uma taxa de 1,5% sobre o faturamento das empresas. Para as companhias de software, o tributo será de 2,5%. O governo não anunciou se esse imposto será sobre o faturamento bruto ou líquido.
Redução de impostos - O governo já reduziu o IPI dos automóveis anteriormente, como uma das formas de estimular o consumo em 2008 e atenuar os efeitos da crise econômica daquele ano no setor automotivo. Desta vez, porém, a medida está voltada para as montadoras. Na ocasião, a medida vigorou de dezembro de 2008 até março de 2010, mês em que houve uma corrida de consumidores às concessionárias para aproveitar o benefício fiscal. A medida surtiu efeito, e os emplacamentos de veículos (automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões) apresentaram um acréscimo de 11,4% em 2009 ante 2008, registrando, naquele ano, o terceiro recorde anual consecutivo, com 3,14 milhões de unidades.
Recorde de vendas - De janeiro a julho deste ano, as vendas de veículos novos bateram mais um recorde no acumulado do ano, com o emplacamento de 2,043 milhões. Essa quantidade representa uma expansão de 8,6% sobre igual período em 2010 (1,882 milhão), que detinha a melhor marca até então. Considerando apenas julho, foram licenciados 306,2 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, com o resultado também atingindo uma nova marca para o mês. O número aponta um leve crescimento de 0,6% ante junho e de 1,3% sobre o montante contabilizado no mesmo intervalo no ano passado. (Agência Folha)

________________
SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
Raia Drogasil vai avaliar desenvolvimento de marca própria
A Raia Drogasil, resultado da combinação das redes de farmácias Raia e Drogasil, vai avaliar o desenvolvimento de uma marca própria de produtos. Executivos da companhia disseram ainda, em teleconferência com analistas nesta quarta-feira, que a Raia Drogasil irá avaliar oportunidades seletivas de aquisição.
Ontem, as redes de farmácias confirmaram a fusão de suas operações. Segundo comunicado ao mercado, o acordo prevê a integração das operações em uma única companhia, que terá 50% de seu capital na BM&F Bovespa. Com a fusão, a companhia resultante passa a ser a maior rede de drogarias do Brasil e o 7º maior grupo varejista do país.
Juntas, as empresas somam R$ 4,1 bilhões em faturamento e somam 700 lojas. Para Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma - Associação Brasileira das Redes de Farmácia e Drogarias -, a transação não deve enfrentar resistência das autoridades regulatórias, em razão de o setor ser pulverizado. Juntas, as empresas terão menos de 10% do mercado.
Segundo analistas ouvidos pela Folha, a Drogasil perdeu a oportunidade de ser a consolidadora do mercado, superada, por exemplo, pela movimentação da Drogaria São Paulo com a aquisição da rede Drogão em 2010. Hoje, cerca de 50% do faturamento de ambas as redes está no Estado de São Paulo. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
McDonald’s cresce 29% na América Latina no trimestre
A Arcos Dorados, máster franqueadora do McDonald’s em 19 países da América Latina e Caribe, disse que no segundo trimestre suas vendas tiveram uma alta de 29% na comparação anual, para US$ 888,5 milhões. Em mesmas lojas, as vendas subiram 14,8%. O lucro líquido da companhia foi de US4 14,2 milhões, 5,6% mais que um ano antes. No Brasil, as vendas subiram 26,9% (10,2% em mesmas lojas).

Da redação – São Paulo / SP
“Efeito batom” eleva venda de cosméticos de luxo
Números divulgados pelo NPD Group mostram que as vendas de cosméticos de luxo tiveram nos primeiros cinco meses do ano um crescimento de 9% no mercado americano, para US$ 1,4 bilhão. Somente em maio, a expansão foi de 11%. O mercado de luxo como um todo, porém, vem em uma forte queda, no pior período desde o início da crise financeira nos Estados Unidos. A conclusão é que, embora a situação econômica seja delicada, as consumidoras permitem a si mesmos, de vez em quando, a indulgência de cosméticos de uma marca top.

Da redação – Porto Alegre / RS
Carrefour transfere parte das lojas para marca popular Atacadão
Para atrair os consumidores das classes C, D e E, o Carrefour iniciou a substituição do nome de algumas lojas para a marca Atacadão. Cidades como Novo Hamburgo/RS, Porto Alegre/RS, Niterói/RJ e Franca/SP já estão recebendo lojas reformuladas. O Carrefour não informa quantas unidades serão transformadas, mas a estimativa do setor é que dobre o número de lojas do Atacadão – hoje são 72 em 21 Estados.

_________________
COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Brasil Maior vai intensificar exportação de bens industriais
A pauta de exportações do Brasil, atualmente concentrada em commodities e produtos básicos, deve se diversificar a partir de 2012. Na avaliação de especialistas, esse deve ser um dos principais reflexos de curto prazo do plano “Brasil Maior”, lançado nesta terça-feira pela presidenta Dilma Rousseff. Na avaliação do ex-secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e presidente da Associação Brasileira das Empresas de Comércio Exterior (Abece), Ivan Ramalho, mesmo com as condições adversas do câmbio e da economia internacional, a exportação de produtos industrializados cresceu mais de 20% no primeiro semestre de 2011, na comparação com o mesmo período do ano passado. “Com esse novo pacote de incentivos à produção e à inovação, essa participação dos produtos de maior valor agregado nas exportações deve ser ampliada já em 2012”, avalia.
Indústria calçadista: setor intensivo em mão de obra vai se beneficiar com a redução de alíquota previdênciária no plano "Brasil Maior" No ano, até julho, o superávit comercial do país está em US$ 16,1 bilhões, 74,45% a mais do que igual período de 2010, quando o saldo ficou positivo em US$ 9,230 bilhões. No acumulado do ano, as vendas externas somam US$ 140,5 bilhões, cerca de US$ 34 bilhões a mais do que um ano antes, quando ficaram em US$ 106,860 bilhões.
Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor doutor de Economia da PUC-SP, o governo reconhecer as necessidades do setor produtivo e adotar uma política industrial é muito importante, mas é necessário alinhar a política macroeconômica com o “Brasil Maior”. “Concorremos diretamente com países como China, Índia e Coreia nos mercados internacionais e essas nações já têm políticas industriais que fortalecem a produção”, diz. “Mas é necessário um olhar mais aprofundado sobre a política de juros elevados, que causa reflexos no câmbio, para não inviabilizar os principais pontos da política industrial”, acrescenta Lacerda.
Com uma extensa lista de medidas e metas, o plano "Brasil Maior" contempla a devolução de impostos e financiamento a exportadores, desoneração de folha de pagamento para setores intensivos em mão de obra e política tributária especial para montadoras. O objetivo do governo é apresentar compensações efetivas para o segmento produtivo contra a valorização do real frente ao dólar, que afeta a competitividade das empresas brasileiras no exterior.
Para os especialistas, o “Brasil Maior” não impedirá o avanço das importações no País, já que o Brasil apresenta uma trajetória de economia em crescimento com uma forte dinâmica de importações, mas fará com que as empresas nacionais tenham mais condições para enfrentar a concorrência externa. “A maioria dos setores industriais estará mais gabaritada e em condições mais igualitárias de competição com seus concorrentes internacionais”, diz Ramalho.
Uma das medidas incluídas na nova política industrial reduz a zero a alíquota previdenciária de 20% de setores sensíveis ao câmbio e à concorrência internacional, e intensivos em mão de obra, como confecções, calçados, móveis e software. A desoneração tributária prevista pelo MDIC com as novas medidas é de cerca de R$ 25 bilhões em dois anos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê desembolsar cerca de R$ 500 bilhões em financiamentos ao setor produtivo, entre 2011 e 2014. Desse total, R$ 262 bilhões serão destinados a setores intensivos em conhecimento, R$ 200 bilhões para o fortalecimento de micro, pequenas e médias empresas, R$ 70 bilhões para o desenvolvimento de cadeias de suprimento em energias, R$ 52 bilhões para diversificação de exportações, R$ 34 bilhões em produção sustentável e R$ 7 bilhões em inovação. Com essas medidas, o governo pretende elevar a taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 18,4% em 2010 para 22,4% até 2014 e reduzir o déficit de manufaturados na balança comercial de 2,4% para 1,3% do PIB. (Agência IG)


___________________
TI, WEB & e-COMMERCE


Brasíla / DF
Governo estuda mudar regras de acesso à internet
O Ministério das Comunicações trabalha para mudar algumas regras sobre a atuação dos provedores de acesso à internet e já encaminhou uma proposta à Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações. A mudança, se acatada pela agência, pode implicar no fim dos provedores independentes de acesso. A norma vigente proíbe as concessionárias de acumularem o papel de provedor de serviço de telecomunicações e de provedor de acesso, duas coisas diferentes.
As operadoras oferecem o meio físico para a conexão à internet - como cabo ou ondas de rádio, por exemplo. Os provedores fazem a conectividade - ou seja, levam o conteúdo ao cliente. Todo acesso à internet precisa do serviço de um provedor. Com a alteração proposta, o serviço de provedor passaria a ser considerado como de telecomunicações, que está sujeito a regulação do governo. O serviço de provedor atualmente não é regulado. Portanto, se aprovada a mudança, as concessionárias poderão ofertar esse serviço.
O presidente da Abranet - Associação Brasileira de Internet -, Eduardo Neger, afirma que a decisão, se for levada adiante, pode acarretar numa concentração de mercado. O ministério defende que, como o mercado não é regulado, é difícil impor regras e ter acesso, por exemplo, a informações como o histórico de navegação de criminosos virtuais. Hoje, há cerca de 5.000 provedores, entre os gigantes e os pequenos do ramo, que oferecem do serviço gratuito ao serviço pago e segmentado.
A Anatel poderá discutir o assunto amanhã, já que está na pauta da reunião do seu conselho a discussão sobre o Regulamento do SCM - Serviço de Comunicação Multimídia. Se a mudança for realmente encampada pela Anatel, o setor teme por um cenário de concorrência desleal. Pela proposta, as concessionárias estariam verticalmente presentes em todo o processo de internet, do fornecimento de infraestrutura ao conteúdo, e dificultaria a atuação dos provedores independentes.


Da redação - São Paulo / SP

Google acusa Microsoft e Apple de campanha contra o Android
Num post de hoje no blog do Google, o diretor jurídico da empresa, David Drummond, afirma que o Android está sendo vítima de uma "campanha organizada" promovida por Microsoft, Apple, Oracle e outras empresas, que estariam se aproveitando da propriedade que têm de algumas patentes de legitimidade duvidosa. O texto ressalta que Microsoft e Apple se juntaram a outras empresas para comprar patentes velhas relacionadas a telecomunicação e software e, com isso, impor taxas que deixariam dispositivos com Android mais caros. Aponta também que a Microsoft exigiu da Samsung US$ 15 por unidade produzida, já que é dona de patentes usadas pela plataforma. Segundo o post, os concorrentes estariam tentando impor taxas para essas patentes duvidosas que tornariam os aparelhos com Android mais caros. O texto também afirma que a estratégia de aquisição de patentes estaria gerando uma escalada nos preços delas. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Google)


São Francisco / EUA                 
Facebook compra a Push Pop Press
O Facebook anunciou a aquisição da empresa de softwares para e-books, a Push Pop Press. Fundada no ano passado, a Push Pop Press é mais conhecida pela criação do aplicativo para iOS do livro Our Choice, de Al Gore. Co-fundado por um dos designers fundadores da Apple, Mike Matas, o Push Pop Press proporciona ao leitor uma nova experiência com livros digitais, através de um sistema que o usuário pode explorar textos, imagens, áudio, vídeo e gráficos interativos. De acordo com site Mashable, o aplicativo ganhou o prêmio do Apple Design Award em junho deste ano. Na página oficial do Push Pop Press, os fundadores afirmam que agora estão levando a tecnologia desenvolvida para o livro de Al Gore para a rede social de Mark Zuckerberg. Ainda segundo o pronunciamento oficial, a empresa afirma que a Facebook não planeja publicar livros digitais, mas que as ideias e tecnologias por trás da Pop Push Press irão integrar a rede social e trazer aos usuários novas maneiras de contarem suas histórias. O livro Our Choice, de Al Gore, continuará disponível no iTunes e toda a renda adquirida com o aplicativo será doada para o The Climate Reality Project. A empresa também garante não ter pretensões de lançar outros títulos.

                                         
Da redação – Porto Alegre / RS
Spirito Santo lança vitrine no Facebook
De olho no crescimento do comércio de roupas online no Brasil – sexto lugar no ranking das compras online de acordo com a e-bit – a Spirito Santo inaugura sua loja virtual, inclusive com catálogo disponível no Facebook. Ver em www.lojaspiritosanto.com.br. A entrada da grife de moda masculina nas vendas pela Internet permite a compra de todas as peças de sua nova coleção, em perfeita sincronia com as vitrines que comercializam a marca. Hoje já são 100 itens comercializados. A expectativa é um aumento de 20% no faturamento com o e-commerce. E nos três primeiros meses o frete é gratuito para qualquer Estado. Um dos diferenciais é a disponibilidade do acesso ao catálogo da loja pelo Facebook - www.facebook.com/sptsnt. Com um aplicativo na fanpage da Spirito Santo é possível navegar pelas promoções, curtir e efetivar a compra no site da marca. O objetivo é fazer com que a marca ganhe o centro-sul do País, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, além do interior do Rio Grande do Sul. Na loja virtual estão as mesmas peças disponíveis nas lojas físicas, em sincronia entre off e online. O destaque vai para a nova coleção de inverno, intitulada Cosa Nostra. Inspirada na cultura pop italiana, é formada por camisas, sobretudos, blazers, malharias, mantas, cardigans e o carro chefe da marca gaúcha: os ternos. Estes têm cortes sóbrios e toques de modernidade que garantem a falta de monotonia. Mais informações em www.spiritosanto.com.br. (Fonte: Assessoria Fabulosa Idéia)


_______
ENERGIA


Rio de Janeiro / RJ
Meta de energia renovável cria racha entre governo e Aneel
O Ministério de Minas e Energia interveio em uma decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de reduzir a meta de produção de energia renovável no país. A agência foi obrigada a recuar da sua decisão. Hoje, o alvo é a geração anual de 4.300 megawatts médios (esse cálculo inclui energia eólica, biomassa e pequenas usinas hidrelétricas). Mas, no ano passado, a produção ficou bem abaixo, em 2.700 megawatts médios. A agência então reviu a meta para baixo e publicou resolução sobre o assunto. Mas, em reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, interveio e pediu o efeito suspensivo da resolução. Uma nova reunião do comitê foi marcada para hoje, em caráter extraordinário. É o segundo embate entre Lobão e a Aneel. No início do ano, a agência cassou licenças de operação de termelétricas do grupo Bertin, decisão contestada pelo ministro. (Agência Folha)

________
TELECOM


Da redação – São Paulo / SP

British Telecom apresenta o VSH - Virtual Server Hosting, sua nova oferta de serviços em nuvem
Durante sua palestra no evento “Cloud Computing & Security”, o diretor geral da British Telecom no Brasil, Sérgio Paulo Gallindo, apresentou ontem a nova oferta de serviços em nuvem da empresa, agora à disposição do mercado brasileiro: trata-se do VSH - Virtual Server Hosting, que permite contratar como serviço infraestrutura corporativa de TI e rede. A BT é uma das patrocinadoras do encontro, que termina hoje na Câmara de Comércio Americana, em São Paulo.
Com o VSH, o cliente da BT dispõe de uma completa infraestrutura de TI hospedada no data center da empresa, em Hortolândia (São Paulo), compreendendo servidores virtualizados, unidades de armazenamento, rede local e firewall compartilhados. A BT agrega a esta infraestrutura serviços de gerenciamento, segurança e conectividade, tanto à Internet pública quanto a redes MPLS corporativas. Como é característico dos serviços em nuvem, o cliente paga apenas pelo que usa, podendo ampliar ou reduzir cada um dos itens do conjunto de serviços contratados de acordo com a sazonalidade de seus negócios ou com súbitos picos ou declínios na demanda por recursos de TI e rede.
Sérgio Paulo Gallindo destaca que essa oferta atende a todos os requisitos das empresas no país no que toca à flexibilidade das soluções, à sua escalabilidade e também à aderência a normas e regulamentações brasileiras. O executivo disse que “a oferta combina alta tecnologia implementada no Brasil, com a experiência global da BT e capacitação do capital humano local, tanto no entendimento dos requisitos dos clientes como na operação dos serviços”.
Entre as empresas pioneiras na adoção dessa oferta está o Grupo Supricel, que optou pelos serviços de virtualização da BT para consolidar toda a sua infraestrutura de TI, integrando as quatro empresas do grupo - Supricel Logística: Supricel Combustíveis; Supricel Construtora e Incorporadora; Supricel Restaurantes. (Fonte: SHEDI – Silvia Helena Editora)


___________________
MERCADO DE LUXO


Aman Resorts sinônimo de luxo zen
Adrian Zecha, um rico indonésio educado nos Estados Unidos, sempre foi empreendedor. Sua primeira experiência com a indústria hoteleira foi ajudando a cadeia Marriott com novos negócios na região asiática. Essa experiência levou Adrian a ser um dos cofundadores da Regent International Hotels, primeiro grupo de hotéis de luxo da Ásia. (LEIA +)


Da redação – São Paulo / SP
Brasileiro é 'bilionário oculto', revela revista especializada
O brasileiro Rubens Menin, da MRV Engenharia, é um dos "bilionários ocultos" que não aparecem em nenhum ranking dos mais ricos do planeta, revelou ontem, dia 3/8, a revista Bloomberg Markets. Rubens Menin lidera a MRV Engenharia & Participações SA, dedicada à construção de casas e apartamentos para a classe média baixa, e aos 55 anos acumula uma fortuna avaliada em US$ 1,6 bilhão. (LEIA +)

___________
MÍDIA & MKT

Nova Iorque / EUA
Lucro da Time Warner supera expectativas do mercado
A Time Warner apurou resultados trimestrais superiores às expectativas do mercado, impulsionada pelas fortes vendas de publicidade, o que levou a empresa a elevar a previsão para o ano. No segundo trimestre, a controladora dos canais CNN e HBO, da revista Time e dos estúdios Warner Bros registrou lucro por ação de US$ 0,60, acima da previsão média de analistas de US$ 0,56, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.
A receita cresceu 10%, para US$ 7,03 bilhões, impulsionada por um salto de 9% no faturamento da unidade de TV a cabo. As vendas de publicidade na TV a cabo foram favorecidas pela programação de esportes, incluindo o campeonato de basquete NCAA. Já a receita da Warner Bros avançou 13%, apoiada no aumento das vendas de jogos como Mortal Kombat 9 e Piratas do Caribe LEGO, além do DVD "Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 1".
A receita editorial da Time subiu 3%, com o aumento das receitas provenientes de assinaturas. "Os resultados foram bastante sólidos, em linha com as expectativas", disse o analista Thomas Eagan, da Collins Stewart. "As margens de lucro foram ligeiramente prejudicadas pelos custos com o NCAA, mas esperamos que elas sejam ampliadas no atual trimestre". A companhia afirmou esperar agora que o nível de crescimento do lucro líquido no fechado deste ano seja de "no mínimo 15%". Anteriormente, a empresa estimava que o lucro cresceria "até 15%". (Agência Reuters)



----------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2011 - Todos os direitos reservados