Edição 531 | Ano IV

Brasília/DF e São Paulo/SP
Plano industrial prevê renúncia fiscal de R$ 25 bilhões
A renúncia fiscal do governo até 2012 com o Plano Brasil Maior deve chegar a R$ 25 bilhões, informou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Somente o subsídio que o Tesouro Nacional deverá aportar à Previdência Social, em função da desoneração da folha de pagamentos do projeto piloto anunciado pelo governo, custará cerca de R$ 1,3 bilhão anuais.
Segundo o secretário de Política Econômica da Fazenda, Márcio Holland, nada impede que mais setores produtivos optem pela desoneração. 'É só um começo. É só uma experiência com setores que concordaram com a desoneração. Outros setores podem optar. "É só chegarmos num acordo sobre a compensação', explicou Holland, ao esclarecer que "não há nada amarrado", apesar do governo ter anunciado que o piloto será avaliado até o fim de 2012. Segundo o secretário, terão a alíquota previdenciária de 20% zerada sobre a folha de pagamento os setores de confecções, calçados, móveis, e tecnologia da informação. "São os setores que concordaram, intensivos em mão de obra. A folha de pagamentos do setor de TI, por exemplo, representa 50% do faturamento do setor", disse.
Holland também explicou que a alíquota de 1,5% que será cobrada sobre o faturamento das empresas do projeto piloto, em contrapartida à zeração da alíquota previdenciária, "ficou abaixo da alíquota de equilíbrio". Por isso, o Tesouro terá que subsidiar a perda de receita da Previdência.
PLANO INDUSTRIAL - O governo federal anunciou ontem, dias 2/8, os principais pontos da nova política industrial. O plano inclui a devolução de PIS/Cofins para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento a exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamento em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. O governo vai zerar a folha de pagamento para os setores calçadista, têxtil, de móveis e de software. A ideia para compensar a perda na arrecadação é incidir uma taxa de 1,5% sobre o faturamento das empresas. Para as empresas de software, o tributo será de 2,5%. O governo não anunciou se esse imposto será sobre o faturamento bruto ou líquido. "Isso significa que esses setores terão um ganho. Essa desoneração é importante para regularizar o emprego e combater a informalidade. Essa medida tem um impacto neutro na Previdência Social", afirmou o ministro da Fazenda Guido Mantega.


Brasília / DF
CNI afirma que Plano para a indústria é ‘insuficiente’
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse nesta terça-feira, 2, considerar o plano Brasil Maior como "insuficiente". Segundo ele, a confederação irá monitorar as medidas e apresentar novas propostas ao governo. Andrade afirmou, por exemplo, que o governo precisa pensar em novas medidas cambiais. "O câmbio vai continuar se desvalorizando", afirmou, lembrando que as ações anunciadas na semana passada para conter a especulação no mercado de derivativos também foram insuficientes. Um pouco mais cedo, logo no encerramento da cerimônia de apresentação do plano, Andrade havia dito que as medidas deveriam ser vistas como "um pontapé inicial".
Segundo o presidente da CNI, a entidade defenderá a inclusão de outros setores, como eletroeletrônicos e máquinas e equipamentos na desoneração da folha de pagamento. A CNI também defende a possibilidade de laboratórios privados passarem a emitir certificação de qualidade para produtos importados. Segundo Andrade, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) não terá capacidade de realizar esse trabalho sozinho. O presidente da CNI disse, ainda, que entre as medidas que a entidade defende que sejam incluídas no plano Brasil Maior está a especialização dos portos para determinados produtos.
O diretor de Economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP), Eduardo Zaidan, também avaliou que o plano é apenas um primeiro passo. "O anúncio de hoje é apenas o primeiro passo, ainda temos muito a fazer. Mas acredito que só se consegue elevar a competitividade com medidas que envolvam a microeconomia, e não macro", acrescentou, ao considerar que esse é o caminho para equilibrar as condições que desfavorecem o investimento interno.
Setor automotivo - A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) considera positivas as medidas do Plano Brasil Maior, mas agora aguarda a definição do regime especial para o setor que irá estimular os investimentos em inovação. "De modo geral, as medidas são todas muito positivas para a economia. Elas devem estimular a competitividade das empresas, reduzindo custos e burocracia", afirma Ademar Cantero, diretor de Relações Institucionais da Anfavea. "Com relação ao setor automotivo em específico, o importante é que o governo sinalizou com a criação de um regime especial para investimentos em inovação. Agora vamos tratar da discussão dessas medidas", diz.
Em junho, a Anfavea tinha entregue ao governo um estudo sobre a competitividade do setor, elaborado pela PricewaterhouseCoopers, no qual solicitava iniciativas de estímulo à inovação. Na ocasião, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, disse que sem investimentos em inovação o País continuará importando cada vez mais.
De acordo com números divulgados pela Anfavea, enquanto as vendas de veículos no Brasil cresceram 115% desde 2005, a produção cresceu num ritmo bem menor, 45%. A diferença foi suprida pela importação de veículos, que passou de 88 mil unidades em 2005 para mais de 660 mil no ano passado e deve chegar a 850 mil este ano. Com relação à prorrogação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e da isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até o final de 2012 para caminhões e veículos comerciais leves, a Anfavea também considerou a medida positiva. "A medida beneficia o setor de bens de capital e a nós também", diz Cantero.
Sair do papel - O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou que o conjunto de medidas é importante, mas é preciso se assegurar de que elas sairão do papel e como sairão. Segundo ele, a indústria estava desconfiada do pacote, porque as informações que chegavam ao setor eram de que as medidas seriam muito "acanhadas". "Mas a presidente se sensibilizou e o pacote é bom. Mas como pacote inicial", enfatizou. Skaf disse que gostaria de ver, por exemplo, redução do preço da energia, que é um custo muito elevado para o setor produtivo. Ele também quer ver a implantação de medidas citadas pela presidente Dilma Rousseff para a defesa comercial, como o combate à pirataria; a práticas antidumping e subfaturamento. "Com certeza o próximo passo do governo é estender as medidas de desoneração anunciadas para uns setores hoje, aos demais.
Medidas 'inócuas' - As medidas acabarão sendo inócuas, dados os parâmetros de câmbio e juros no País, hoje, na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Albert Neto. "Tem que mexer no câmbio. É preciso baixar a taxa de juros. Sem isso, as medidas são inócuas", afirmou, ao sair da cerimônia de lançamento do plano Brasil Maior.De qualquer forma, o presidente da Abimaq avaliou como positiva a atenção que o governo decidiu destinar ao setor. "É a primeira vez que vejo a presidente Dilma reconhecer que a indústria está precisando de defesa comercial, em função do dólar. Este é um ótimo reconhecimento", disse.
Prudência - O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, considerou prudente, por parte do governo, apresentar o plano de desoneração para alguns setores, com a promessa de que outros também serão contemplados no futuro. "Foi prudente fazer esse passo a passo com a afirmação de que a desoneração será permanente", afirmou Godoy, ao sair do evento de lançamento da nova política industrial Brasil Maior. Segundo ele, é importante que a indústria consiga manter a sua competitividade no mercado interno e também com seus concorrentes internacionais. "Não podemos perder o espaço que conseguimos", afirmou.
'Pacote não é completo' - O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, disse há pouco que as medidas que compõem o Plano são bem-vindas, mas que sentiu falta de ações no sentido de elevar a alíquota do Imposto sobre Importações (II). "As medidas vão ajudar, mas não serão a salvação da lavoura. Eu não vi, por exemplo nada no sentido de elevar o imposto sobre as importações", reclama Barbato, que estava em Brasília acompanhando o anúncio do governo.
De acordo com o executivo, o pacote não é completo porque ele se apresenta na forma de um remédio para combater um problema que já está aí, que é o câmbio. "O aumento do imposto sobre importações seria interessante porque temos produtos que estão sendo altamente prejudicados pelos concorrentes importados", afirma. Ele diz não entender o porquê de o governo não elevar a alíquota do Imposto sobre Importações de alguns produtos quando a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que, em casos extremos, o imposto seja elevado para até 35%. "No Brasil, alíquota máxima é aplicada apenas sobre as importações de automóveis", diz o presidente da Abinee, dando como exemplo de produtos afetados pela concorrência dos importados os transformadores de distribuição de energia, disjuntores e isolantes. Estes produtos, de acordo com Barbato estão sendo muito prejudicados pelos concorrentes indianos e chineses e alíquota do imposto incidente sobre as importações fica entre 12% e 16%. (Agência Estado)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Londres / Inglaterra
Desafio do Brasil é administrar o sucesso
O Brasil se encontra nos últimos meses na "invejável posição de observador das loucuras do mundo desenvolvido", mas ainda enfrenta o desafio de "como administrar seu próprio sucesso", segundo afirma artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal econômico britânico Financial Times.
"Um esforçado mercado emergente há uma década, o Brasil é hoje uma imagem de estabilidade macroeconômica e política comparada com seu antes subjugador parceiro do Norte e as antigas potências coloniais da Europa", observa o jornal.
O texto observa que o pais é hoje credor dos Estados Unidos, tem mais de US$ 327 bilhões em reservas em moedas estrangeiras, uma economia em crescimento e o desemprego em seu nível mais baixo.
"Ainda assim, com o mundo desenvolvido mostrando tendências antes associadas com os mercados emergentes, o desafio para o Brasil é como administrar seu sucesso", diz o artigo, assinado pelo correspondente do jornal em São Paulo.
Medidas
O texto comenta que o governo brasileiro já tomou várias medidas para tentar conter o fluxo excessivo de divisas, que fortalece o real e reduz a competitividade da indústria brasileira, reduziu o Orçamento para conter o excesso de gastos públicos e também elevou por cinco vezes neste ano as taxas básicas de juros para evitar a inflação fora de controle.
Além disso, o governo também adotou medidas para conter o crédito e o crescente endividamento da classe média. O jornal observa ainda que a presidente Dilma Rousseff vem promovendo demissões no Ministério dos Transportes em resposta a denúncias de corrupção.
Apesar de isso tudo, o artigo afirma que ainda restam muitos desafios ao Brasil - "um mercado de trabalho reduzido, um sistema de educação fraco e a falta de trabalhadores capacitados estão elevando os salários enquanto a infraestrutura precária eleva os custos", relata o jornal.
"(O Brasil) precisará manter a vigilância para garantir que não semeie as sementes da próxima crise durante o presente período de prosperidade"
O artigo diz ainda que os níveis de endividamento das famílias parecem insustentáveis e que o Brasil precisa "tomar cuidado para não enterrar sua nova classe média sob tanta dívida que quando o próximo período de retração chegar, ela volte à pobreza".

O jornal complementa a lista de problemas ao afirmar que "o custo dos negócios é proibitivo, em parte por causa dos altos impostos e custos trabalhistas" e observa que "embora os preços das commodities tenham aumentado, os volumes de exportação não aumentaram" e que o Brasil vem usando principalmente essa fonte de recursos do boom das commodities para aumentar a quantidade de importações.
"O Brasil pode se sentir orgulhoso de si mesmo com justiça. Mas precisará manter a vigilância para garantir que não semeie as sementes da próxima crise durante o presente período de prosperidade", conclui o artigo. (Fonte: Revista Financial Time)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)
Da redação – São Paulo / SP
Empresas brasileiras com ações na Bolsa perdem mais de uma Vale no ano
As empresas brasileiras com ações na Bolsa de Valores perderam no ano, em valor de mercado, mais de uma Vale inteira. Segundo levantamento feito pela consultoria Economatica, a queda em valor de mercado foi de R$ 262,8 bilhões até o final de julho. A Vale está avaliada em R$ 252,6 bilhões. A Petrobras foi a empresa que teve o maior prejuízo no ano em valor de mercado. O valor da empresa em 2011 está R$ 53,9 bilhões abaixo do valor no final do ano pasado --uma queda de 14,2%. A segunda maior baixa em valor de mercado foi do Banco Santander. Neste ano, o banco teve desvalorização de 35,29%, uma perda de R$ 30,5 bilhões. Já o Itaú Unibanco teve o terceiro maior prejuízo do ano, perdendo R$ 26,7 bilhões em valor de mercado, baixa de 16,7%.
Setor de siderurgia teve maior queda - Representado por 20 empresas, o setor de siderurgia teve queda de 29,8% até o início de agosto. No final de 2010, as empresas valiam R$ 98,5 bilhões, contra R$ 69,2 bilhões em 2011 (queda de R$ 29,3 bilhões). Já o setor bancário foi o que teve a maior perda financeira, com desvalorização de de R$ 82,3 bilhões no período.
Empresas de telecomunicações sobem no ano - As empresas de telecomunicações com ações na Bolsa de Valores tiveram o melhor desempenho no ano, com crescimento de 27%, o equivalente a  R$ 14,8 bilhões.

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm forte queda por temores econômicos
As Bolsas de Valores da Ásia fecharam em forte baixa nos pregões de ontem, dia 2/8, com temores crescentes de que os esforços de Washington para cortar gastos do governo possam desacelerar o crescimento econômico já estagnado.
- Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 2,11%. O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 2,3% às 7h54 (horário de Brasília).
- O índice de Seul caiu 2,59%.
- O mercado se desvalorizou 1,91% em Hong Kong.
- A Bolsa de Taiwan recuou 1,49%.
- Enquanto o índice referencial de Xangai caiu 0,03%.
- Cingapura encerrou em queda de 1,47%.
- E Sydney fechou com baixa de 2,27%.
ANÁLISE - O acordo de último minuto para evitar um calote de dívida nos Estados Unidos não deu alívio aos mercados. Os investidores se concentraram em como o aperto fiscal pode restringir a expansão norte-americana. Além disso, dados mostraram que o gasto do consumidor dos EUA caiu em junho pela primeira vez em quase dois anos, com a renda ficando quase estável --sinais de falta de ímpeto econômico no fim do segundo trimestre. Na segunda-feira, pesquisas apontaram uma quase estagnação no crescimento manufatureiro dos EUA, da Europa e da China, após fracas estimativas do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano na semana passada. A crise de dívida da Europa também contribuiu com o tom negativo: os rendimentos dos bônus da Itália atingiram o maior nível da história de 11 anos do euro.

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa cai 2,09% e atinge menor nível em quase dois anos
Os temores com o ritmo de crescimento da economia norte-americana tomaram conta dos mercados financeiros nesta terça-feira e fizeram a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechar no menor nível em quase dois anos. Assim como na véspera, fracos indicadores divulgados no país derrubaram as Bolsas ao redor do mundo.
- O Ibovespa caiu 2,09%, atingindo os 57.310 pontos --o menor nível desde setembro de 2009.
- O giro financeiro foi de R$ 6,28 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, desvalorizou 2,19%.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,567, em um acréscimo de 0,25% no dia.
Análise 1 - Nem mesmo a aprovação pelo Senado dos EUA do plano para elevar o teto da dívida norte-americana foi suficiente para mudar o humor dos investidores no mercado de ações ontem.  O projeto, assinado pelo presidente Barack Obama, prevê cortes nos gastos do governo, o que também ajudaria a arrefecer o ritmo de crescimento da economia norte-americana - que já está abaixo do esperado. "Mesmo tendo as aprovações nos EUA, isso ainda não foi muito bem aceito pelo mercado. Existe muita insegurança de como isso vai acontecer, como esse pacote será equalizado nos Estados Unidos", afirma o economista Clodoir Vieira, da Corretora Souza Barros.
Análise 2 - Após a decisão, a queda nos mercados dos EUA apenas se aprofundou. O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que o corte de gastos dos consumidores em junho foi o maior em quase dois anos. Os analistas do mercado previam um leve aumento no consumo das famílias. Os salários ainda tiveram a menor alta desde setembro, refletindo o fraco mercado de trabalho do país. Os dados se somam ao relatório que indicou fraco desempenho da indústria em julho, divulgado ontem, e ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) abaixo do esperado no segundo trimestre - anunciado na sexta-feira, dia 29/7, - e elevaram as preocupações com a economia.
Análise 3 - A queda da Bolsa doméstica ainda foi ajudada pela desvalorização das ações do Itaú Unibanco, após a instituição financeira reportar lucro abaixo do esperado e aumento de perdas com a inadimplência na carteira de crédito. As ações preferenciais do banco tiveram baixa de 5,74%. O Itaú anunciou nesta terça lucro líquido de R$ 3,603 bilhões no segundo trimestre, abaixo dos R$ 3,731 bilhões previstos por analistas consultados pela Reuters. Ainda assim, o número representa alta de 13,8% sobre o mesmo período de 2010. No semestre, o lucro foi de R$ 7,133 bilhões.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA recuam com investidores atentos à economia
As Bolsas de Valores norte-americanas registraram queda pela sétima sessão consecutiva e o S&P 500 entrou em território negativo no acumulado de 2011 no dia de ontem, dia 2/8. Investidores voltaram sua atenção para a hesitante economia após um acordo sobre a dívida dos Estados Unidos aliviar preocupações quanto a uma moratória.
- O Dow Jones recuou 2,19%, a 11.866 pontos.
- O Standard & Poor's 500 registrou queda de 2,56%, a 1.254 pontos.
- O Nasdaq teve desvalorização de 2,75%, a 2.669 pontos.
- O S&P 500 recuou pelo sétimo pregão consecutivo e caiu para baixo de sua média móvel em 200 dias, um mau sinal para os mercados. Os sete dias de desvalorização marcam sua pior série de perdas desde outubro de 2008.
Análise 1- "Será uma longa semana", disse Jim Maguire Jr., operador de balcão da NYSE na E.H. Smith Jacobs. "A aposta não está aqui no mercado". A onda de vendas se acelerou antes do fechamento do mercado conforme o giro financeiro saltou para bem acima da média. A queda foi generalizada, com quatro ações caindo para cada uma que subia na Bolsa de Nova Iorque. O índice também interrompeu sua tendência positiva em 2 anos e meio a partir de sua mínima em março de 2009. Esta terça-feira foi o pior dia do índice em um ano.
Análise 2 - Investidores pareciam pouco animados após o Senado dos EUA aprovar o acordo para elevar o teto da dívida devido à possibilidade de uma piora no rating "AAA" do crédito do país. "Investidores transferiram sua atenção de Washington para o que chamo de realidades econômicas", disse Fred Dichson, estrategista-chefe de mercado da The Davidson Cos., no Oregon. O giro financeiro na NYSE, Amex e Nasdaq chegou a 9,5 bilhões de papéis, bem acima da média diária anual de cerca de 7,5 bilhões de papéis.


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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Minoritários não reconhecem venda da Schin para japonesa Kirin
Os sócios minoritários da Schincariol, detentores de 49,55% das ações, disseram nesta terça-feira não reconhecer o negócio fechado com a cervejaria japonesa Kirin. A Kirin anunciou ontem a compra de 50,45% das ações da Schincariol por R$ 3,95 bilhões. A companhia japonesa comprou a participação da Aleadri-Schinni, dos irmãos Alexandre e Adriano Schincariol. Os minoritários, primos de Alexandre e Adriano, alegam ter o direito de preferência para adquirir as ações da Aleadri.
Em um comunicado divulgado nesta tarde, eles afirmaram: "Em defesa do direito e dos interesses dos colaboradores, fornecedores e consumidores brasileiros, os acionistas que detêm 49,55% das ações do Grupo Schincariol declaram não reconhecer a legitimidade de qualquer negócio envolvendo a transferência das ações para terceiros".
Os sócios minoritários contrataram o escritório Teixeira, Martins & Advogados para defender sua posição. "Qualquer tentativa de violação a esse direito [de preferência] será levada a exame judicial." O comunicado é assinado por José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol.
AQUISIÇÕES - As aquisições feitas entre 2007 e 2008, de cervejarias como Baden Baden e Eisenbahn, elevaram o número de marcas de cerveja para as nove comercializadas hoje pela Schincariol. A empresa tem cerca de 15 % do mercado de cervejas nacional. Já as cinco marcas de refrigerantes garantem uma fatia de mercado de cerca de 6% no segmento.
O grupo, que tem capital 100% brasileiro e não tem ações negociadas na Bolsa, teve um faturamento de R$ 5,66 bilhões em 2010, de acordo com o comunicado. A Kirin tem atuação principal na Ásia (Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas) e na Oceania, com vendas totais de cerca de US$ 28 bilhões. "Essa aquisição vai realçar a estratégia internacional do grupo integrado de bebidas da Kirin, promovendo uma base sólida no ascendente mercado brasileiro", afirmou ontem a empresa japonesa em comunicado.
A meta da Kirin é alcançar 30% das receitas da divisão de bebidas com negócios internacionais até 2015. No Brasil, o grupo é dono da Tozan Alimentos, fabricante de produtos orientais, como saquê e molho de soja. A disputa pela compra da empresa durou meses. Entre os interessados estavam o grupo SABMiller, a Heineken e a Carlsberg. (Agência Folha)

São Paulo / SP

Lucro da Usiminas tomba, mas fica dentro do esperado
A maior produtora de aços planos do Brasil, Usiminas apresentou um resultado de segundo trimestre em linha com o esperado pelo mercado, apesar do tombo de 62 por cento no lucro líquido na comparação com o mesmo período de 2010. A companhia, mais impactada pela crise que vive o setor de aço mundial em meio ao excesso de oferta, fraqueza do dólar e alta contínua nos custos com matérias-primas, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 157 milhões de reais contra ganho de 415 milhões um ano antes.
Enquanto isso, a média de expectativas de oito analistas consultados pela Reuters previa lucro líquido de 161,7 milhões de reais para a Usiminas. Na comparação com o primeiro trimestre, um dos piores resultados da empresa nos últimos anos, em que o lucro foi de ligeiros 16 milhões de reais, a empresa apresentou números melhores, com redução de custos e aumento de margens de lucro.
Apesar da melhora no resultado sobre o primeiro trimestre, quando a empresa ainda sentia efeitos de descontos de preços aplicados em 2010 em meio à forte competição contra aço importado, a Usiminas cita no segundo trimestre uma desaceleração da economia brasileira, para onde passou a dedicar mais seus esforços de vendas nos últimos meses. "No segundo trimestre, os principais indicadores evoluíram apontando um movimento de desaceleração que parece ter-se generalizado entre os setores da economia (...) Contudo, as expectativas de melhoria dos negócios nos próximos meses sustentam um cenário de moderado otimismo", comenta a Usiminas no balanço.
Em termos operacionais, a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) fechou o segundo trimestre em 365 milhões de reais, queda de 58 por cento na comparação anual, mas alta de 8 por cento sobre os três primeiros meses de 2011.
Analistas esperavam uma geração de caixa de 354,1 milhões de reais, em média. A margem, que caiu de 24,3 por cento um ano antes para 12,1 por cento no três meses encerrados em junho, ficou acima dos 10,6 por cento esperados. Por unidade de negócio, todas as aéreas da empresa apresentaram evolução sobre o primeiro trimestre. A margem de siderurgia cresceu de 4 para 7 por cento e a de mineração subiu de 65 para 68 por cento.
A companhia produziu um volume de 1,858 milhão de toneladas de aço bruto, crescimento de 4 por cento sobre o primeiro trimestre, mas queda de mesma proporção sobre um ano antes. Enquanto isso, as vendas somaram 1,583 milhão de toneladas, estável sobre o primeiro trimestre mas abaixo dos 1,821 milhões do segundo trimestre de 2010. A Usiminas teve um custo de produtos vendidos 6 por cento menor que no primeiro trimestre, apoiada em redução de uso de serviços de terceiros a quem teve de recorrer nos três primeiros meses do ano em meio às fortes chuvas que atingiram os Estados do Sudeste no período e que obrigaram contratações de esquemas alternativos de transporte. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Klabin mira recuperação de ganhos operacionais no 2º semestre
A Klabin, maior fabricante de papéis do Brasil, aposta no segundo semestre para reverter os efeitos negativos que pesaram sobre seu resultado operacional no trimestre passado. Segundo o diretor-geral da companhia, Fábio Schvartsman, a combinação de sazonalidade favorável com custos menores deve ser responsável por elevar os ganhos da empresa na segunda metade do ano, compensando as perdas apuradas até junho. "No segundo semestre o mercado interno é melhor, o que nos permite esperar resultado positivo para a companhia na comparação com o mesmo período do ano passado", disse ele em teleconferência nesta terça-feira.
A Klabin informou na véspera que seu lucro líquido mais que dobrou no segundo trimestre, somando R$ 163 milhões. A geração de caixa operacional, entretanto, caiu 19% no período, para R$ 190 milhões, com a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuando de 26% para 20%. O resultado foi impactado principalmente pela parada programada para manutenção na unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), além da valorização do real.
De acordo com o executivo, a parada resultou em custos de R$ 42 milhões, montante 10% superior ao inicialmente previsto, que era de R$ 37,5 milhões. "Não é um padrão de parada normal. Não temos nenhuma expectativa de que uma próxima parada tenha um custo como esse", afirmou. "Não temos parada no segundo semestre, ou seja, a produtividade da fábrica será máxima... com custos consequentemente menores", acrescentou, se limitando a dizer que a redução de custos será "significativa". Schvartsman mencionou ainda a ausência do processo de desestocagem no segundo semestre, contribuindo para formar um cenário otimista para o período.
Conforme o executivo, a perspectiva de mercado mais fraco levou à desestocagem no segundo trimestre, processo inverso ao visto no período imediatamente anterior. "A desestocagem foi um fenômeno concentrado, não tem mais o que desestocar", disse. Ainda assim, ele vê a manutenção da fragilidade do mercado, somada à apreciação do real, como fatores responsáveis por um segundo semestre ainda desafiador. "O enfraquecimento do dólar, para uma empresa exportadora, prejudica os resultados e permite a entrada de produtos importados já embalados. O mercado como um todo está fraco... esses fatores não desaparecem", acrescentou Schvartsman.  A Klabin encerrou junho com uma dívida líquida de R$ 1,89 bilhão. Para 2011, a empresa prevê investimentos da ordem de R$ 500 milhões, tendo realizado R$ 209 milhões na primeira metade do ano. (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS


Da redação – Brasília / DF

BNDES oferecerá R$ 2 bilhões em crédito à inovação em 2011
De acordo com o Plano Brasil Maior, anunciado nesta terça, dia 2, pelo governo da presidente Dilma Rousseff, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferecerá uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para ampliar a carteira de inovação este ano. A taxa da linha será de 4% a 5% ao ano. Está prevista também a ampliação de orçamento e condições de acesso aos programas setoriais na renovação de programas como Profarma, Proaeronáutica e Proplástico. O Plano prevê também o financiamento para redução de emissões, com o apoio ao desenvolvimento tecnológico e à comercialização de bens de capital para linha de equipamentos dedicados à redução de gases de efeito estufa.

Da redação – Brasília / DF
Café Premium já está no mercado
O Café Coamo Premium foi desenvolvimento dentro dos mais rígidos padrões de qualidade para que a combinação de grãos de café de bebida dura e com torra média, resultasse numa bebida equilibrada, de sabor suave e marcante e com classificação de qualidade superior. "Este produto vem atender aqueles consumidores que apreciam um café diferenciado, de qualidade superior, e que leva a qualidade das marcas dos Alimentos Coamo", ressalta o superintendente Comercial, Alcir José Goldoni. 

Testes - Para que o produto fosse lançado, Alcir José Goldoni explica que o café foi testado nas feiras supermercadistas de São Paulo e Curitiba, Apas e Mercosuper, respectivamente. "A aceitação por parte do público que degustou foi muito positiva, onde o sabor e o aroma foi destacado, o que vem nos dar segurança de que o produto será bem aceito pelos consumidores e garantir o sucesso do lançamento. Temos certeza de que este produto surpreenderá os consumidores", destaca.

Selo de qualidade e pureza - Quanto às qualificações são respaldadas pelo selo de qualidade e pureza emitido pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC).  O Café Coamo Premium, em grãos torrado, será comercializado em embalagens de 1 kg e sua aplicação será para o uso doméstico, culinário e industrial e o café em grãos torrado e moído será em pacotes de 250 e 500 gramas.

Café Sollus - Outra novidade que os Alimentos Coamo preparou para o consumidor foi a nova embalagem a vácuo de 500 gramas do Café Sollus, que também já está disponível para o consumo.

O café e o Brasil - Motivos para se investir em um produto desse padrão não faltam. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o Brasil é responsável por mais de 35% do café produzido no planeta, além de dominar 34% da exportação mundial do grão, com mais de 33 milhões de sacas comercializadas no ano de 2010. O consumo interno da bebida, também não deixa a desejar. Uma recente pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) aponta que 95% dos brasileiros com mais de 15 anos consomem, ao menos, uma xícara de café diariamente. Como resultado, em 2010, o Brasil quebrou seu recorde no consumo interno de café: 4,81kg ou 81 litros, em média, por habitante.

Crescimento - Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), nos últimos 10 anos, o Brasil aumentou em 50% seu consumo de café, o que deve superar a marca das 20 milhões de sacas neste ano - um recorde. "Em todo o mundo, são os países produtores os grandes responsáveis pela expansão da demanda", afirma José Sette, diretor da Organização Internacional do Café (OIC). Esses países abocanharam metade do crescimento global acumulado desde o ano 2000 e ajudaram a impulsionar os preços, que praticamente dobraram desde o ano passado. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Coama)


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SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
Drogasil e Droga Raia confirmam fusão
As redes de farmácias Drogasil e Droga Raia confirmaram nesta terça-feira a fusão de suas operações. Segundo comunicado ao mercado, o acordo prevê a integração das operações em uma única companhia, que terá 50% de seu capital na BM&F Bovespa. A empresa passa a operar com o nome de Raia Drogasil. Com a fusão, a companhia resultante passa a ser a maior rede de drogarias do Brasil e o 7º maior grupo varejista do país. Juntas, as empresas somam R$ 4,1 bilhões em faturamento e somam 700 lojas. Para Sérgio Mena Barreto, presidente da Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácia e Drogarias), a transação não deve enfrentar resistência das autoridades regulatórias, em razão de o setor ser pulverizado. Juntas, as empresas terão menos de 10% do mercado. Segundo analistas, a Drogasil perdeu a oportunidade de ser a consolidadora do mercado, superada, por exemplo, pela movimentação da Drogaria São Paulo com a aquisição da rede Drogão em 2010. Hoje, cerca de 50% do faturamento de ambas as redes está no Estado de São Paulo.

Nova Iorque / EUA

Starbucks vê potencial para até mil lojas no Brasil
A Starbucks afirmou que o mercado brasileiro tem potencial para receber ao menos mil lojas da rede norte-americana, reiterando o seu desejo de aumentar seus investimentos no país. "É um mercado no qual nós sabemos que temos lojas de menos e que não temos conseguido estar tão presentes em termos do nosso foco e da nossa atenção", afirmou Howard Schultz, presidente-executivo da empresa, em entrevista com analistas.
A rede já manifestou mais de uma vez que quer intensificar sua presença no Brasil, mas ainda não tinha divulgado uma projeção de lojas -de acordo com o site da companhia, ela conta com 26 unidades no país. Um dos passos para isso foi dado no ano passado, quando a rede assumiu o controle das operações no Brasil.
Até então, 51% da participação era da Cafés Sereia do Brasil, e o restante, da empresa norte-americana. Já no início deste mês, a Starbucks fez uma reorganização na sua estrutura, priorizando os investimentos fora dos EUA. A rede, que tinha duas divisões (americana e internacional), passou a ter três: Américas, China e Ásia-Pacífico, e Europa, África e Oriente Médio.
O presidente da divisão dos EUA, Cliff Burrows, ficou com a responsabilidade do resto da região e seu papel no Brasil foi ressaltado por Schultz. "Eu acredito que, com a liderança do Cliff, o Brasil vai se tornar um motor significativo para o crescimento da empresa", disse.
Nas últimas semanas, várias cadeias do setor de alimentação dos EUA, como Quiznos e Wendy's, anunciaram que pretendem ingressar no mercado brasileiro. Elas buscam aproveitar o bom momento da economia brasileira e que a população está comendo fora de casa cada vez mais, com expectativa também de aumento de gastos com alimentação. (Agência Folha)

Frankfurt / Alemanha
Alemã Metro tem queda nos lucros
O grupo varejista alemão Metro, um dos cinco maiores do mundo, disse que no primeiro semestre do ano suas vendas tiveram um crescimento marginal: 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado, para 31,3 bilhões de euros. Os lucros, entretanto, recuaram para 452 milhões de euros, 3,8% menos que há um ano. O resultado foi considerado razoável pela direção da empresa, dadas as condições ruins da economia europeia. (Agence France Presse / AFP)

Da redação - São Paulo / SP

Grupo Zaiom inaugura 13 microfranquias em julho
O Grupo Zaiom, pioneiro no setor de microfranquias no Brasil, expandiu sua atuação em todo o país com a abertura de 13 unidades das redes Tutores, Home Angels, Dr. Faz Tudo e Amigo Computador. No Brasil, o Grupo Zaiom conta com mais de 500 unidades. A marca Amigo Computador (manutenção de equipamentos) abriu três novas unidades, em Mossoró/RN, Guanhães/MG e São Luis/MA. A Dr. Faz Tudo (manutenção rápida) abriu uma operação em Manaus/AM e duas em São Paulo, sendo uma em Atibaia e outra na capital. Já a Tutores (reforço escolar) inaugurou unidades em Petrópolis/RJ, Curitiba/PR e Campo Grande/SP. A Home Angels (cuidadores de pessoas) está agora presente em Maceió/AL, Florianópolis/SC, Belo Horizonte/MG e Salvador/BA.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação - Brasília/DF e de São Paulo/SP
Volume de exportação de carne cai 38,2% e receita 22,5% em julho
As exportações de carne in natura caíram 38,2% em volume no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado e atingiram 62,8 mil toneladas. A receita com os embarques chegou a US$ 316,2 milhões, ante US$ 407,8 milhões, recuo de 22,5%. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os resultados refletem o embargo russo à carne brasileira, segundo fonte do setor.
As vendas externas de carne suína foram as mais prejudicadas na comparação de julho ante junho. No mês passado, a receita com as vendas externas somou US$ 82,4 milhões, queda de 40,8% na relação com os US$ 139,1 milhões de junho. Em volume, a queda foi de 34,7%, passando de 46 mil toneladas para 30 mil toneladas.
As vendas externas de carne de frango in natura tiveram receita de US$ 555,5 milhões em julho, queda de 12,7% ante os US$ 636,4 milhões de junho, parcialmente prejudicada pela diminuição de 2% no preço médio praticado no período, que passou para US$ 2.006/tonelada. Em volume, os embarques totalizaram 276,9 mil toneladas, recuo de 11,1% ante as 310,9 mil toneladas de junho.
De acordo com os dados do ministério, houve recuo nos embarques de carne bovina in natura também em relação ao mês passado. Em volume, a retração foi de 19,2% contra 77,7 mil de toneladas. Já em receita, a queda foi de 17,6% em compração com os US$ 383,9 milhões obtidos em junho.
Já o preço médio por tonelada chegou a US$ 5 mil e apresentou incremento de 25,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 2% em relação a junho deste ano. Já as exportações de carne bovina totalizaram US$ 316,2 milhões durante julho, queda de 17,6% ante US$ 383,9 milhões de junho. Em volume, foram embarcadas 62,8 mil toneladas da proteína in natura, recuo de 19,2%.
Em junho, os embarques de bovinos somaram 77,7 mil toneladas. O preço médio por tonelada, por sua vez, aumentou 1,9%, para US$ 5.035.
O desempenho fraco das exportações de proteínas também aparece na análise dos números do mês de julho de deste ano ante julho de 2010. Em receita, as vendas externas de carne suína in natura recuaram 17,4%, 21,5% em volume e 5,2% nos preços médios praticados.
Na mesma base de comparação, as exportações de carne bovina in natura diminuíram 22,5% em receita e 38,2% em volume. Os preços, entretanto, tiveram um alta de 25,6% no período. E as vendas externas de carne de frango in natura aumentaram 2,2% em receita e caíram 14,6% em volume. Os preços médios da carne bovina do período subiram 19,7%. (Fontes: Assessoria do MDIC e Fiesp)

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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Valor do Twitter chega a US$ 8 bilhões com novo investimento
A rede social Twitter confirmou ontem a tarde, dia 2/8, que recebeu uma "significativa" rodada de financiamento liderada pelo fundo de investimento russo DST Global que, segundo a imprensa especializada, chegou a US$ 800 milhões, elevando assim o valor da empresa para US$ 8 bilhões. "Chegamos muito longe em um período muito curto de tempo. Agora temos a oportunidade de ampliar o alcance do Twitter com um significativo investimento que conta com a participação de vários de nossos investidores atuais", afirmou o blog da rede social, que não chegou a mencionar números.
No início de julho, o blog "AllThingsD" já tinha anunciado o investimento da empresa russa DST Global, do milionário Yuri Milner, que também tem participações em outras gigantes da internet como Facebook, Zynga e Groupon.
Caso os números sejam confirmados, o valor do Twitter chegaria agora até impressionantes US$ 8 bilhões, o que representa mais que o dobro dos US$ 3,7 bilhões da sua avaliação em dezembro do ano passado, quando recebeu um investimento de US$ 200 milhões, detalha "AllThingsD". "Vamos usar estes recursos para inovar de maneira agressiva, contratar mais profissionais incríveis e investir em nossa expansão internacional", assegura a rede social no seu blog, que aproveitou para informar que em apenas um ano o número diário de tweets passou de 65 milhões para 200 milhões, enquanto o número de funcionários subiu de 250 para 600 profissionais nos últimos 12 meses. (Agência EFE)


Da redação – São Paulo / SP
Estudo mostra que informações podem ser roubadas com sistemas reconhecimento facial
Um pesquisador do CyLab, da Universidade de Canergie Mellon, nos Estados Unidos, afirma que, utilizando a tecnologia de reconhecimento facial já existente hoje e dados de redes sociais, criminosos poderiam criar falsos perfis das pessoas, e roubar dados importantes como números de documentos. Para provar sua teoria, o professor de TI, Alessandro Acquisti, tirou fotos de voluntários e utilizou um software de reconhecimento facial para encontrar seus perfis no Facebook, conta o site TG Daily. O sistema levou cerca de 3 segundos para encontrar 10 possíveis combinações, sendo que em 30% das vezes, o rosto da pessoa certa estava entre eles.
Basicamente, o que Acquisti sugere é que a identidade de cerca de 30% das pessoas poderia ser facilmente determinada com base nas redes sociais, o software de reconhecimento facial e uma webcam básica, e tudo isso em apenas 3 segundos. Mas a página do Wall Street Journal comenta que o que é ainda mais incrível é que, em 27% das vezes, com os dados do Facebook, o sistema pode identificar os primeiros 5 dígitos do Número de Seguro Social (SSN) das pessoas, algo como o CPF para os estadunidenses.
Acquisti explica que o rosto das pessoas é ligado a documentos, tanto online quanto offline. Assim “quando nós marcamos nossas fotos na internet, é possível que pessoas liguem nosso nome a nosso rosto, em situações que normalmente esperaríamos anonimato”, conta o pesquisador.Acquisti já havia feito um trabalho similar em 2009, em que demonstrava que, com dados abertos da internet, era possível deduzir os SSN das pessoas. Entretanto, desta vez ele decidiu focar mais em tecnologias mais modernas, como o reconhecimento facial, e fonte de informações mais populares, como o Facebook.


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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA

São Paulo / SP
Gol formaliza compra da WebJet
A Gol formalizou ontem a tarde, dia 2/8, a compra da WebJet Linhas Aéreas, anunciada no começo de julho. Conforme comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o contrato de compra e venda foi assinado na segunda-feira por representantes da VRG Linhas Aéreas, controladora da Gol, e pelos acionistas controladores da Webjet. Vale lembrar que a operação ainda depende do aval das autoridades governamentais. À época da compra, a Gol estimou a Webjet em R$ 310,7 milhões, mas a venda ocorreu por R$ 96 milhões. A diferença (R$ 214,7 milhões) são dívidas. A companhia espera ainda obter uma sinergia de custos de R$ 100 milhões em dois anos após a aprovação da compra da Webjet.
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá determinar que a Gol e a Webjet assinem um acordo para garantir que as operações das duas empresas sejam mantidas separadas até a análise da fusão. Pelo tamanho do negócio e pela exígua quantidade de concorrentes, a tendência é que o conselho exija a assinatura de um Apro (Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação).
Esse tipo de acordo é firmado em operações que incluem empresas com grande participação de mercado. Foi feito, por exemplo, na compra da Sadia pela Perdigão. O documento é a forma de o conselho manter as duas empresas funcionando separadamente até a análise final.
No caso Gol/Webjet, a preocupação do Cade é com os slots (horários e locais para pouso e decolagem), ativos concorridos nos principais aeroportos do país. A incorporação dos slots da Webjet poderá dar um grande poder de mercado para a Gol. A Gol passaria a ter 40,55% do mercado, ante 44,43% da TAM.
A compra da Webjet não deve acarretar em aumento nos preços das tarifas da compahia, afirmou o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, no mês passado. Analistas afirmaram, após o negócio, que a união das empresas poderia acarretar em um aumento de preços para os clientes Webjet --hoje com algumas das passagens mais baratas do mercado. "O negócio não implicaria aumento de custos. Devemos ganhar eficiência e manter tarifas extremamente competitivas", afirmou Oliveira Jr. durante teleconferência. Ele afirmou também que o acordo não deve gerar demissões de funcionários - ocorrência comum em casos de integração de companhias. (Agência Valor Online)

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TELECOM


Da redação – São Paulo / SP
Brasil terá serviço de chamadas telefônicas pelo Gmail
O Google disse que vai disponibilizar no Brasil e em outros países, nos próximos dias, seu serviço de chamadas de telefone pelo Gmail, antes restrito aos Estados Unidos. A empresa ainda não divulgou data para a novidade. O serviço, que só funcionava em inglês, terá versões em 38 novas línguas: português brasileiro, inglês britânico, búlgaro, catalão, tcheco, dinamarquês, alemão, grego, espanhol latino-americano, estoniano, finlandês, filipino, francês, croata, húngaro, islandês, italiano, japonês, coreano, lituano, letão, holandês, norueguês, polonês, português de Portugal, romeno, russo, eslovaco, esloveno, sérvio, espanhol, sueco, tailandês, turco, vietnamita e chinês (clássico e moderno).
Segundo um post no blog da empresa, o usuário do Gmail poderá comprar créditos para as ligações em quatro moedas: euro, libra, dólar americano e dólar canadense. Algumas das tarifas das ligações sofrerão redução. Quando a nova funcionalidade ficar disponível, os usuários poderão ver um ícone de um pequeno telefone verde no topo da lista de bate-papo. (Fonte: Assesseria de Imprensa do Google)

São Paulo / SP

Lucro da TIM Participações sobe 178% no 2º trimestre
A TIM Participações teve um lucro líquido de R$ 350 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 178% em relação ao mesmo período do ano passado, uma vez que a base de clientes aumentou. O resultado superou a média de seis estimativas de analistas ouvidos pela Reuters, que indicava um lucro líquido de R$ 298 milhões. A companhia disse que a performance do trimestre passado foi devido, em grande parte, ao crescimento de 25% na base de clientes, chegando a 55,5 milhões de linhas.
A receita líquida da empresa foi de R$ 4,3 bilhões no segundo trimestre, um avanço de 19,5% em relação aos R$ 3,6 bilhões um ano antes. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) alcançou R$ 1,13 bilhão, alta de 12,7% ante R$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2010.
Já a margem Ebtida da companhia passou de 28,4% para 26,8%, na mesma base de comparação. A TIM tem ganhado mercado em telefonia móvel e alcançou a Claro no segundo lugar do ranking. Ambas possuem 25,55% de participação de mercado no Brasil, segundo a Anatel.
A companhia também tem investido para promover seu crescimento, principalmente em rede. Em 8 de julho, a TIM anunciou a compra da Atimus, antes uma empresa de telecomunicações do grupo AES Brasil, por R$ 1,6 bilhão, com o objetivo de crescer no mercado residencial de Internet. Na semana seguinte, a empresa anunciou que faria uma parceria com a Telebrás para fornecer serviços dentro do PNBL - Plano Nacional de Banda Larga - do governo, que pretende popularizar o acesso à internet rápida no país. (Agência Reuters)

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MERCADO DE LUXO


Paris / França
LVMH compra Bulgari em negócio milionário
Depois de um longo período de calmaria, as fusões e aquisições estão de volta ao setor do luxo. Em uma negociação de mais de US$6 bilhões, Bernard Arnault adquiriu 50,4% das joalheria Bulgari e lançou oferta para as ações remanescentes. A aquisição muda radicalmente o formato do setor de joias e relógios, pressionando concorrentes como o Grupo Swatch e Compagnie Financière Richemont. (Leia +)

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MÍDIA & MKT


Ribeirão Preto / SP
Propaganda do Dia dos Pais da CVC irrita indústria calçadista
Uma propaganda veiculada no último fim de semana pela operadora de viagens CVC numa revista de circulação nacional despertou a "indignação" da indústria de calçados e a revolta de lojistas. A peça promove o vale-viagem da empresa como opção para o Dia dos Pais e traz a frase "Em vez de dar um sapato, leve seu pai para comprar um na Itália". Por privilegiar o sapato italiano em vez do nacional, o texto foi considerado um "desrespeito" à indústria calçadista do país pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca) --polo de produção de sapatos masculinos-- e um "desserviço" pela Ablac (Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados).
O teor da campanha virou alvo de um procedimento ético aberto pelo Sindifranca junto ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), disse o presidente do sindicato, José Carlos Brigagão do Couto. A advogada do Sindifranca Mônica Derpelle afirmou que a peça publicitária infringe a Constituição Federal, que garante o desenvolvimento da indústria nacional, e uma das normas do Conar.
Segundo ela, o conselho diz que anúncios não podem favorecer ou estimular ofensa ou discriminação. Couto afirmou que um manifesto de indignação será enviado a 35 sindicatos calçadistas de todo o país. Ontem, a Ablac encaminhou nota de repúdio à CVC.
Para o presidente da associação, Carlos Ajita, o desestímulo à compra dos sapatos nacionais atinge 60 mil pontos de venda de calçados e uma cadeia de 8.000 indústrias e mais de 1 milhão de trabalhadores no país. Questionado sobre quantas pessoas teriam condições de deixar de comprar sapatos no Brasil para comprar na Itália, Ajita disse que "nem que seja um único consumidor, temos que defender [o nosso espaço]".
Para o diretor-executivo da Abicalçados, Heitor Klein, a campanha de gosto "duvidoso" ocorre em um momento em que a indústria nacional de calçados passa por dificuldades para competir no mercado doméstico e internacional devido à forte concorrência com os chineses.
De acordo com a Abicalçados, neste ano foram importados 247 mil pares de calçados -53,8 mil da China, 90,9 mil do Vietnã e 48,3 mil da Indonésia. Em maio, foi informado que a China estava vendendo ao Brasil de forma "triangulada". Isso porque envia seus produtos para Vietnã, Indonésia, Malásia e Hong Kong para depois exportar para o Brasil. Essa movimentação, segundo o setor calçadista, tem o objetivo de escapar da taxação do produto.
A CVC informou que a propaganda só foi veiculada na "Veja" e que já estava previsto que ela não seria repetida. A operadora disse que respeita o setor calçadista e se colocou à disposição para parcerias comerciais. A assessoria de imprensa do Conar informou que até as 16h de ontem não havia chegado ao conselho nenhuma denúncia a respeito da peça publicitária.


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