Edição 527 | Ano IV


Buenos Aires / Argentina
Brasil-Agentina fracassam nas negociações para acabar com barreiras
Fracassou a tentativa dos governos do Brasil e da Argentina de fechar um acordo para encerrar o conflito entre os países por causa da adoção de barreiras comerciais. Após dois dias de reunião bilateral em Buenos Aires, a liberação de produtos "travados" em ambos os países continuará dependendo de "gestos" de boa vontade. "Não houve um avanço prático de curto prazo", admitiu Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele e o secretário da Indústria da Argentina, Eduardo Bianchi, ficaram de se reunir nos próximos 15 dias, desta vez no Brasil.
Afetado pelo decisão do governo Dilma de dificultar a importação de carros, a Argentina pediu o fim da medida (negada pelo Brasil) ou que pelo menos o prazo de liberação dos veículos argentinos seja inferior aos 60 dias previstos pela Organização Mundial do Comércio. Os negociadores brasileiros, como condição, queriam a rápida liberação de produtos retidos na Argentina, como calçados, eletrodomésticos, pneus e até chocolates.
Como as autoridades do país vizinho não se comprometeram com a liberação total dos produtos, não houve acordo. Nas palavras de um negociador, será necessário um "segundo round". A decisão do governo Dilma de cancelar as licenças automáticas para importação de veículos, que afeta todos os países, foi uma resposta à política da Argentina de reter a circulação de produtos brasileiros. Hoje, uma autoridade do Brasil mostrou aos argentinos uma lista com itens (como calçados) travados há mais de 450 dias.
Segundo Alessandro Teixeira, por enquanto continua valendo o "gesto de cavalheiros" acertado na semana passada: o Brasil libera a entrada de alguns veículos argentinos parados na fronteira, enquanto o país vizinho permite a circulação de alguns produtos brasileiros não há definição de valores ou quantidades. O comércio entre os países continuará, pelo menos até a próxima reunião, regulado por práticas protecionistas. (Agência Folha)

Washington / EUA
OCDE alerta para risco de inflação no Brasil
O Brasil precisa contar os gastos do governo e atrair investimentos privados se quiser derrotar a inflação e combater os riscos provocados pelos fluxos de entrada de capital voláteis, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em seu mais recente relatório econômico global, a OCDE disse que a inflação e os fluxos de capital continuam sendo as principais ameaças para o País.
"Um risco importante é a inflação mais alta, que pode colocar em perigo a credibilidade do banco central (brasileiro)", afirmou a instituição. "Os fluxos de entrada de capital podem exacerbar esse risco, embora uma mudança no sentimento que reverta esses fluxos possa prejudicar o crescimento."
Segundo a OCDE, os cortes nos gastos públicos anunciados mais cedo neste ano, que deixaram programas sociais e de infraestrutura intocados, foram um passo importante para ajudar a reduzir as pressões inflacionárias. Mas a instituição acrescentou que a credibilidade do governo seria melhorada com a implementação de "um plano de médio prazo de consolidação fiscal para otimizar o crescimento".
Em particular, a instituição recomendou um programa orçamentário plurianual que garantiria aos mercados que a redução dos gastos não será revertida com o tempo. Sobre a questão dos fluxos de moeda e da volatilidade no câmbio, a OCDE disse que o Brasil ainda tem mais trabalho a fazer para aprofundar seus mercados de capital. "No médio prazo, promover o desenvolvimento dos mercados financeiros de longo prazo aumentaria a capacidade do país de absorver os fluxos de capital e elevar o crescimento potencial", afirmou.
A OCDE observou que as perspectivas para a atividade econômica local permanecem positivas, com uma expansão prevista em torno dos níveis potenciais. A instituição projeta crescimento real de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2011 e de 4,5% em 2012. Para a inflação, a expectativa é de recuo gradual, para 5,1% em 2012, ante taxa de cerca de 6,6% neste ano. (Agência Dow Jones)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Confiança do consumidor cai 2,4% em maio
A queda na confiança do consumidor se intensificou em maio, informou hoje, dia 25/5, a FGV - Fundação Getúlio Vargas. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apontou queda de 2,4% em maio ante abril, um recuo mais forte que o do mês passado, quando o indicador caiu 1,6% ante o mês anterior, na série com ajuste sazonal. Esta foi a terceira queda consecutiva do indicador neste tipo de comparação.
Com o resultado, o desempenho do ICC, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos, foi de 118,2 pontos para 115,4 pontos de abril para maio. Quando mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor.
Em seu comunicado, a FGV informou que, em maio, houve piora tanto nas avaliações do consumidor sobre o momento atual quanto nas expectativas do brasileiro para os meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE). O ISA mostrou queda de 2,4% este mês, após mostrar taxa negativa de 3% em abril. O IE também mostrou recuo de 2,4% em maio, após apresentar queda de 0,5% em abril.
Ainda segundo a FGV, o ICC caiu 1,2% em maio ante igual mês do ano passado. Em abril, o indicador na comparação anual avançou 2,1%. O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais. As entrevistas foram realizadas entre 2 e 20 de maio.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 1,59%; ações de teles disparam
A Bovespa emplacou ontem dia 24/5, a segunda maior alta deste mês, numa sessão de maiores destaques na agenda econômica e, mais uma vez, baixo volume de negócios. As compras de ações por investidores estrangeiros superaram as vendas por uma diferença de R$ 1,374 bilhões neste mês, até o pregão do dia 20. "O que nós precisamos ver mesmo são os próximos índices de preços, confirmando a expectativa de que a inflação está desacelerando. Dessa forma, o mercado vai ter a percepção de que os juros devem parar de subir, pelo menos", acrescentou, salientando que a Bolsa terá dificuldades de se recuperar enquanto a renda fixa for uma concorrente muito forte.
- O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 1,59% no fechamento, aos 63.336 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,94 bilhões, ainda abaixo da média desse mês (R$ 6,9 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,624, em um declínio de 0,49%, após oscilar entre R$ 1,630 e R$ 1,623.
Análise - O setor de telecomunicações forneceu gás adicional para a recuperação da Bovespa nesta sessão, principalmente por conta dos papéis do grupo Oi (telefonia celular). Enquanto a ação preferencial da Telemar disparou 13,25%, a ação de mesmo tipo da Telemar Norte Leste avançou 10,12%, e a ação da Brasil Telecom valorizou 9,46%. O conglomerado anunciou hoje pretende simplificar sua estrutura societária, enxugando o número de ações diferentes que representam a empresa na Bovespa. Em uma visão preliminar, analistas aprovaram o plano, mas ressaltaram que o processo todo deve levar meses. O órgão de estatísticas do governo americano reportou que as vendas de casas novas atingiram a cifra de 323 mil em abril (taxa anualizada), em um crescimento de 7,3% sobre o número contabilizado em março (301 mil, dado revisado). Em comparação com abril do ano passado, no entanto, a cifra ainda é 23,1% menor. Economistas do setor financeiro projetavam um número em torno de 300 mil unidades comercializadas. Na noite de segunda, a agência classificadora de risco Standard & Poor's indicou que pode elevar o 'rating'( nota de risco de crédito) da dívida soberana brasileira, já enquadrado na categoria 'grau de investimento' (bom pagador). A agência cita o 'crescimento econômico sólido' e o 'compromisso' com o ajuste fiscal no país.


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AGROBUSINESS


Da redação Brasília / DF
Câmara aprova texto-base do novo Código Florestal
Foram necessárias mais de 11 horas de negociação para que os deputados federais aprovassem o texto-base do novo Código Florestal, de relatoria de Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Ao todo, 410 deputados votaram a favor do texto, 63 contra e houve 1 abstenção. PV, PSOL e o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) anunciaram votar contra a aprovação do relatório. Paulo Teixeira, líder do PT na Casa, afirmou que a legenda votará a favor do texto de Aldo Rebelo, mas que irá lutar para alterar pequenos pontos de discordância no texto, além de rejeitar a emenda 164 do PMDB. A emenda dos peemedebistas, que foi aprovada separadamente, permite a manutenção das plantações e pastos em APPs (Áreas de Preservação Permanentes) existentes até julho de 2008 e ainda transfere aos Estados a possibilidade de legislar sobre os limites e cultivos destas APPs.
Os dois pontos são contestados pelo governo federal, que já avisou que a presidente da República Dilma Rousseff poderá vetar os trechos que discordar, segundo informou o líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP). Ainda durante a campanha eleitoral, a petista havia se comprometida a rejeitar a anistia aos desmatadores. “O problema da emenda não é só conceder aos Estados poder para legislar sobre meio ambiente, ela também abre brecha para consolidar todas as áreas desmatadas irregularmente, o que significa anistia para os desmatadores”, disse Vaccarezza.
O que muda
No texto de Rebelo aprovado, o parlamentar manteve o mesmo patamar da legislação atual no que se refere às reservas legais: para propriedades em florestas o índice continua sendo 80%; no Cerrado, 35%; em áreas de campos gerais, como Pampas e Caatinga, o número fica em 20%; e, em imóveis localizados nas demais áreas do país, 20%.
Sobre o polêmico item sobre preservação das matas ciliares, que margeiam os rios, o texto do relator mantém em 30 metros a área de proteção de terreno que margeie um rio com até 10 metros de largura. No entanto, os proprietários que não estiverem com a área mínima de 30 metros preservada serão obrigados a recompor a mata ciliar em até 15 metros. A faixa de terreno à margem do rio que deve ser preservada varia conforme a largura do rio. Os ruralistas reivindicavam uma redução em até 7,5 metros.
Ainda de acordo com o texto, os proprietários poderão legalizar suas propriedades nos órgãos ambientais de suas regiões e ainda ter o benefício, conforme sugeriu o Ministério do Meio Ambiente, de fazer esta regularização nas prefeituras de todo o país. Além disso, pequenas propriedades (de até 4 módulos fiscais) poderão manter a reserva existente até julho de 2008. O governo defende a troca de pequenas propriedades por agricultura familiar.
O novo projeto abre a possibilidade de se reflorestar uma área fora do Estado no qual a propriedade está localizada, permitindo assim que a recomposição de reserva legal seja feita em outros biomas. O Executivo, no entanto, avisou que não pretende assinar um projeto que troque "regularização" das propriedades por "recomposição", e assim não vai anistiar os desmatadores de cumprir com deveres antigos de proteção ao meio ambiente.
Na tarde do dia 23/5, o governo anunciou uma proposta de incluir no texto do novo código um dispositivo que permita que pequenos proprietários (com terrenos de até quatro módulos fiscais) consolidem atividades rurais em APPs, desde que não comprometam mais de 20% da área total. As médias e grandes propriedades, entretanto, ficariam de fora desta lógica, e teriam porcentagens mínimas de preservação maiores (segundo os valores vigentes). Além dessa, há uma proposta de instituir uma punição adicional aos desmatadores reincidentes. A ideia do governo seria promover essas modificações no Senado, onde o projeto será debatido e discutido, depois de encerrada a votação na Câmara dos Deputados. Já há articulação no Senado para que o ex-governador de Santa Catarina, o senador Luiz Henrique (PMDB), seja o relator do novo Código Florestal na Casa.

 

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP

Metalúrgico da GM consegue alta de 30% em participação nos lucros
Os funcionários da GM em São José dos Campos/SP aceitaram ontem, dia 24/5, uma nova proposta de pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) negociada entre o sindicato da categoria e a montadora. A decisão foi tomada após a realização de uma assembleia que contou com a participação de metalúrgicos do primeiro e do segundo turno. A PLR agora vai totalizar R$ 10.834 caso as metas da empresa atinjam 100% - o equivalente a produção de 410 mil veículos nas unidades de São José dos Campos e São Caetano do Sul/SP. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, a PLR aprovada é 30% maior em relação ao acordo fechado em 2010. Inicialmente, a montadora havia oferecido R$ 9.500 de PLR. Na sexta-feira, dia 20/5, os funcionários chegaram a paralisar a produção da fábrica por 24 horas para pressionar a montadora. Na segunda-feira, dia 23/5, o sindicato voltou a se reunir com representantes da empresa.
Segundo o sindicato, o valor da nova proposta pode chegar até R$ 13.080, caso as metas atinjam 120% da produção. "É uma vitória da unidade dos trabalhadores da GM, que quebraram a intransigência da empresa, que estava endurecendo nas negociações", disse o presidente do sindicato, Vivaldo Moreira Araújo. A fábrica da GM em São José dos Campos produz os modelos Corsa, Classic, Meriva, Zafira, S10, Blazer, kits desmontados para exportação, motores e transmissões. No local trabalham cerca de 9.000 funcionários.
 

OUTRAS MONTADORAS - No início de maio, os trabalhadores da unidade da Volvo em Curitiba fecharam acordo com a empresa para receber o maior PLR da categoria em todo o país. Serão pagos, no mínimo, R$ 15 mil para cada trabalhador, caso sejam cumpridas 100% das metas. A primeira parcela, já paga, foi de R$ 7.000. Já os funcionários da unidade da Volkswagen em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, estão em greve desde o dia 5 de maio para protestar contra o valor da PLR proposto pela companhia. Os metalúrgicos exigem R$ 12 mil no total, com antecipação de R$ 6.000 para este mês --mesma proposta aceita pelos trabalhadores da Renault no Paraná. A Volks oferece R$ 4.600 de antecipação, com discussão da segunda parcela apenas no segundo semestre.

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SERVIÇOS & VAREJO

Rio de Janeiro / RJ
Casino diz que Pão Açúcar manteve contato com Carrefour
O grupo varejista francês Casino reclamou da falta de contato do Carrefour sobre eventual interesse em uma combinação com o Pão de Açúcar, mas confirmou que a companhia brasileira manteve contato com a rival. Segundo o jornal francês Le Figaro, o presidente-executivo do Casino, Jean-Charles Naouri, teria enviado uma carta à diretoria do Carrefour afirmando que o Casino havia "recebido [...] uma carta de Abílio Diniz --presidente do conselho de administração do Pão de Açúcar-- confirmando haver contatos com o Carrefour e enfatizando a intenção de manter nossos acordos".
Mas, na carta, Naouri reclama que "o Casino nunca foi informado [pelo Carrefour] sobre tais negociações, apesar das ligações que temos com o grupo [da família] Diniz" e que "ambas as partes devem entrar em contato para tomar qualquer decisão importante em conjunto". O Casino detém 35% de participação no Pão de Açúcar. Representantes das duas empresas não estavam disponíveis para comentar o assunto.
Sem citar fontes, o Journal du Dimanche publicou no domingo, dia 22/5, que o Carrefour está estudando a possibilidade de fundir sua unidade brasileira com o Pão de Açúcar. De acordo com a publicação, a maior varejista da Europa tinha dado mandato para o banco de investimento Lazard estudar uma transação que poderia envolver a família controladora do Pão de Açúcar assumindo uma participação no Carrefour. Qualquer operação nesse sentido exigiria aprovação por parte do Casino.
Na segunda-feira, dia 23/5, analistas se mostraram céticos quanto à informação do Journal du Dimanche, afirmando que tal operação levaria a entraves de concorrência e teria grandes chances de ser vetada pelo Casino. Segundo o Le Figaro afirmou nesta terça-feira, o Casino não parece inclinado a apoiar a transação. (Agência Reuters)

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Era Abilio Diniz no Pão de Açúcar pode terminar em 2012
O ano de 2012 deve ser decisivo para o empresário Abilio Diniz, responsável pela reviravolta do Grupo Pão de Açúcar, que quase foi à falência nos anos 80. Em 2005, Diniz tirou toda a sua família do capital do Grupo Pão de Açúcar (seus filhos inclusive) e vendeu 50% do controle da companhia para o grupo varejista francês Casino, com o qual já possuía um acordo acionário desde 1999. Apesar de passar a dividir meio a meio os vetos e os direitos com o Casino, Diniz manteve a gestão do Pão de Açúcar em suas mãos e foi, até hoje, quem sempre deu as cartas na varejista.
Mas, a partir do ano que vem, esse equilíbrio pode mudar. O Casino terá direito de comprar mais ações de Abilio Diniz, passando a assumir, em teoria, o leme dos negócios. Assim, em 2012 terminaria também, pelo acordo original, o mandato do empresário à frente da gestão do Grupo Pão de Açúcar. Com uma estratégia agressiva de aquisições e expansão, viabilizada em parte pelos recursos do Casino, Abilio transformou a sua empresa na maior cadeia brasileira de lojas, desbancando os dois maiores grupos varejistas do mundo, o Walmart e o Carrefour.
Com a aproximação da saída de Abilio Diniz do Grupo Pão de Açúcar, em 2012, é de se supor que existam conversas nos bastidores e zigue-zagues nos corredores das empresas. Procurado, o Grupo Pão de Açúcar afirmou que desconhece a informação e não irá comentar especulações (sobre a fusão com o Carrefour).

Da redação – São Paulo / SP
Disney Store quer abrir 40 lojas no mundo
A Disney Store revelou, durante o RECON, principal congresso mundial de shopping centers, que acontece nesta semana em Las Vegas, que pretende abrir 40 lojas este ano em todo o mundo, contra 25 anteriormente esperadas. Na maior parte dos casos, trata-se de shoppings classe A, mas unidades serão abertas também em ruas de grande movimento.

Da redação – São Paulo / SP
Mobile rouba vendas das lojas, não da internet
De acordo com o PayPal, o m-commerce não vem tomando vendas do comércio via internet, e sim ampliando o volume total de vendas via e-commerce. Isso porque muitas transações vêm sendo realizadas pelos celulares de dentro de lojas físicas ou para retirada nos pontos de venda, levando para o mundo online compras que eram realizadas offline. O PayPal disse que seu volume de pagamentos via mobile subiu de US$ 25 milhões em 2008 para US$ 750 milhões em 2010. A expectativa é que em 2013 esse valor dispare, para US$ 7,5 bilhões.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – São Paulo / SP
Brasil quer exportar carne de peru e de pato para Indonésia
Representantes do Ministério da Agricultura informaram à Ubabef - União Brasileira de Avicultura - que a Indonésia vai enviar missão ao Brasil para habilitar plantas exportadoras de carne de peru e carne de pato. Os brasileiros participam de reunião bilateral com autoridades da área de agricultura da Indonésia. O Ministério da Agricultura prepara o certificado sanitário para a exportação dos produtos. Segundo a Ubabef, a abertura da Indonésia é importante pois é o primeiro passo para a entrada, no futuro, do frango brasileiro naquele mercado. Além disso, a Indonésia é uma opção à Europa, para onde as vendas de carne de peru encolheram.

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TI, WEB & e-COMMERCE

Los Angeles / EUA
Twitter paga US$ 40 milhões pela TweetDeck
O Twitter adquiriu a ferramenta de gestão de tweets, o TweetDeck, em uma operação avaliada em mais de US$ 40 milhões, que não foi confirmada oficialmente mas foi anunciada ontem, dia 23/5, pela emissora americana CNN. Durante os últimos meses, o TweetDeck foi objeto de rumores de venda, primeiro pela UberMedia, que ofereceu entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões, e posteriormente pelo Twitter. Para os analistas foi uma manobra defensiva da rede social para impedir que concorrentes administrassem o aplicativo. Segundo a CNN, a venda foi assinada pelo Twitter na segunda-feira, que teria adquirido o TweetDeck por meio de ações e dinheiro, conforme fontes próximas ao negócio. O TweetDeck é um aplicativo gratuito e está disponível para desktop, iPhone, iPad, Android e na web do Google Chrome. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Buscador russo Yandex afirma ser melhor que o Google
A empresa de buscas na Internet Yandex declarou ser "melhor que o Google" ao estrear na Nasdaq na quinta-feira, dia 19/5, e afirmou ter ambições de expansão para além da Rússia, sua terra natal. A oferta pública de ações (IPO) é a maior listagem de uma empresa da Internet nos Estados Unidos desde que o Google passou a ter suas ações negociadas publicamente, em 2004, e é um antigo plano dos fundadores, que se conheceram na escola aos 13 anos.
O presidente-executivo Arkady Volozh, de 47 anos, e o vice-presidente de tecnologia Ilya Segalovich, de 46 anos, que foram colegas de escola e eram muito bons em matemática e física, afirmaram que o IPO é só o começo para a Yandex. "A Rússia merece ter uma empresa de tecnologia de escala global", disse Volozh à Reuters em uma entrevista em russo. "Estamos trabalhando para que isso aconteça".
A Yandex levantou US$ 1,3 bilhão com o IPO pois investidores valorizaram as ações, atraídos por perspectivas de crescimento para o setor de internet no país e influenciados pelo frenesi durante a estreia dos papéis do LinkedIn na Nasdaq. As ações da Yandex subiam 45,4% às 15h10 horas. "O Google é uma grande empresa, mas nós somos melhores", disse Segalovich com um sorriso. "Estamos... muito focados no que estamos fazendo, que é tecnologia e buscas". Ele disse que a companhia ambiciona uma expansão para além da Rússia. "Temos várias ideias (sobre) como ir além de nossos modelos de negócio atuais", disse Segalovich, "Definitivamente existem alguns novos modelos de negócio que estamos tentando explorar e a expansão internacional é uma das novas áreas". A Yandex não decidiu ainda como usar o capital levantado com o IPO, mas disse que ele pode ser útil para possíveis aquisições. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP

Wine inaugura loja de vinhos no Facebook
A Wine inaugura nesta semana a primeira loja de vinhos online do Facebook no mundo, dando início a uma nova fase de ações de e-commerce dirigidas aos usuários das redes sociais. A loja de vinhos online da Wine no Facebook foi lançada para proporcionar uma nova experiência de compra e facilitar o processo de decisão dos usuários. O objetivo é estender a experiência de seleção, indicação, comercialização e entrega de vinhos também para o Facebook, que tem hoje 19 milhões de usuários no Brasil. A Wine lançou a sua primeira loja na Web em janeiro de 2009 e se transformou na maior operação online de vinhos da América Latina em menos de dois anos. A operação de e-commerce da Wine no Facebook está disponível na página "WineVinhos". O aplicativo pode ser acessado no botão "Wine F-Store". Após a sua instalação, o aplicativo ficará permanentemente posicionado no canto superior esquerdo da página do usuário no Facebook. A entrada na rede social se dará em duas fases: na fase de lançamento os usuários têm à disposição uma loja contendo um catálogo resumido, com cerca de 300 vinhos. Em uma segunda fase, o usuário poderá comprar os mais de 2.000 rótulos de vinhos já disponíveis na loja online.


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TELECOM

São Paulo / SP
Oi vai concentrar estrutura societária na Brasil Telecom
O grupo de telecomunicações Oi anunciou ontem, dia 24/5, a proposta para simplificar sua complexa estrutura societária nos próximos 180 dias. As ações da companhia disparavam logo nos primeiros negócios na BM&FBovespa. A proposta é unificar as bases acionárias do grupo, atualmente divididas em três companhias abertas e sete diferentes classes e espécies de ações negociadas, em uma única empresa com duas espécies diferentes de ações.
O plano marca mais uma tentativa do grupo de simplificar sua estrutura societária, que gera custos adicionais ao grupo e reduz liquidez e visibilidade das ações, e pretende concentrar as participações das empresas Oi na unidade Brasil Telecom, que será a única companhia listada em bolsa e terá seu nome alterado para "Oi S/A". Segundo a proposta, ações da Telemar Norte Leste serão incorporadas pela holding Coari, e esta, junto com Tele Norte Leste Participações, será incorporada por Brasil Telecom, única a ser listada em bolsa de valores após a reestruturação. Segundo a Oi, as operações vão ocorrer na mesma data e a implementação de cada uma depende da aprovação da outra.
Para analistas do Citigroup, além de dar mais liquidez e transparência para as ações do grupo, a operação proposta "reduz a percepção de risco e coloca no mesmo barco os acionistas minoritários e controladores no mesmo barco", uma cobrança antiga dos investidores. "O mercado lê de uma forma muito boa (o plano), porque facilita muito, vai ser uma empresa só, um balanço só, vão poder divulgar um plano de dividendos, fica mais fácil. E aumenta a liquidez, porque a liquidez das sete ações vai para uma só", afirmou Rafael Dornaus, operador de bolsa da Hencorp Commcor.
O grupo tentou em 2010 fazer uma simplificação de sua estrutura, mas o plano acabou barrado por acionistas minoritários da Brasil Telecom, que rejeitaram em julho oferta para trocarem suas ações por papéis da Oi. Na época, a empresa promoveu cortes nas relações de troca inicialmente propostas depois de registrar despesas legais adicionais da Brasil Telecom. Para a corretora Planer, "esse movimento é necessário e positivo para a Oi, uma vez que seus pares em bolsa estão buscando simplificar suas estuturas (Vivo/Telesp) e também ingressando no Novo Mercado (TIM)." A futura Oi S/A será controlada "exclusivamente pela Telemar Participações (TmarPart)".
Os acionistas da BRT anteriores à incorporação receberão bonificação em ações da empresa equivalente a 1,5 bilhão de reais. Com isso, as relações de troca de ações no processo de simplificação serão baseadas no período de 29 de março até esta terça-feira. O grupo informou que, pelas cotações de 29 de março, as relações seriam de 1,8420 ação TNLP4 para cada BRTO3 e 3,8109 ações TMAR5 para cada BRTO3, levando em conta a bonificação de R$ 1,5 bilhão.


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MERCADO DE LUXO


Da redação - Paris / França
Lafayette Organic
Desde meados dos anos 1980, a elite francesa desfila pelos corredores das Galeries Lafayette atrás de produtos de marcas de luxo. Tudo começou com uma pequena mercearia de 70 metros quadrados no número 1 da rua La Fayette. Hoje, porém, o ateliê de prêt-à-porter se transformou numa rede gigante com 650 lojas de departamento, 4,3 mil funcionários e um faturamento de mais de 5 bilhões de euros. Mas o privilégio de usufruir das Galeries deixou de ser apenas dos franceses e dos turistas que passam pela França. Depois de chegar a Dubai e ao Marrocos nos últimos dois anos, em 2013 será a vez dos chineses desfrutarem do luxo da rede. Leia na íntegra


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