Edição 523 | Ano III



Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ
Futuro presidente da Vale deixou a empresa em 2009 como um desafeto de Agnelli
Roger Agnelli sofreu uma dupla derrota no processo que culminou com sua substituição na presidência da Vale: foi obrigado a se render na campanha para permanecer no comando da mineradora e não conseguiu fazer de um de seus aliados o sucessor. Ao contrário, Murilo Ferreira, que assume oficialmente a presidência a partir de 22 de maio, iniciou a gestão Agnelli como um de seus homens de confiança e deixou a Vale como mais um desafeto, depois de um período de desgaste com o executivo, de quem discordou radicalmente da decisão de insistir na aquisição da Xstrata. A compra da mineradora anglo-suíça - que passou a ser tratada por Agnelli quase como uma questão pessoal - acabou não ocorrendo. A Vale se livrou do que seria um péssimo negócio às vésperas da crise global que estourou em agosto de 2008, mas o vínculo entre os dois executivos já havia se desfeito. Depois de um infarto, Ferreira decidiu seguir carreira profissional fora da mineradora e aliou-se a Gabriel Stoliar - outro executivo que deixou a Vale com a relação estremecida com Agnelli - na criação da gestora de recursos Studio Investimentos, de onde saiu recentemente. A indicação de Ferreira, formalizada pela Vale na noite de segunda-feira, foi tratada com sigilo rigoroso mesmo no principal fórum de decisão da empresa. Apenas quatro dos 11 membros do Conselho de Administração participavam da negociação para trazer o executivo de volta. O grupo era formado por um representante de cada acionista: Luciano Coutinho, pelo BNDES; Oscar Camargo, pela Mitsui; Mário da Silveira Teixeira Junior, pela Bradespar, e Ricardo Flores, pela Previ. Ferreira, acreditam, é um nome que atende aos interesses do governo sem assustar o mercado. Aos 58 anos e com mais de 30 de experiência em mineração, ele exerceu a diretoria executiva de Participações e Novos Negócios na Vale, cargo que acumulou com a presidência da Inco, que ocupava quando se afastou da empresa. Aquisições - Foi no cargo de diretor executivo que coordenou diversos processos de aquisição, inclusive o da própria Inco, o mais vultoso da história da Vale, negociado em 2006 e que representou investimento de US$ 18,243 bilhões. Foi uma época de compras agressivas da companhia. De 2001, primeiro ano da gestão Agnelli, até agora, a Vale incorporou 28 empresas, nacionais e estrangeiras. A lista completa, na verdade, inclui 31 companhias, com um saldo de US$ 34,7 bilhões desembolsados pela Vale, mas começa um ano antes da presidência executiva de Agnelli, com a compra de três grupos: Socoimex, Samitri/Samarco e GIIC, todas de minério de ferro e pelotas. A partir de 2001, a mineradora diversificou, com a compra de empresas de níquel, carvão, cobre, bauxita, potássio e outros minerais. Agnelli e Ferreira, afinados na estratégia, promoveram também desinvestimentos substanciais, em áreas não consideradas como foco. Entre 25 ativos vendidos, estão sete participações siderúrgicas.
Alinhado - Agora, de volta à Vale, desta vez em posição de comando, Murilo Ferreira deverá se alinhar à posição do governo, que exige da mineradora uma estratégia mais agressiva de investimentos no País, especialmente no beneficiamento do minério de ferro, por meio da indústria siderúrgica. O nome do executivo, segundo fontes que acompanham o processo, tem a aprovação da presidente Dilma Rousseff, que se mantém distante dos holofotes, mas acompanhou de perto as negociações. Analistas de mercado também aprovaram a indicação, mas aguardam com certa ansiedade pelo início da gestão. Uma das principais preocupações é com respeito a uma eventual mudança mais ampla na diretoria. A provável saída de Carla Grasso, diretora de RH da Vale, muito ligada a Agnelli, já é tida como certa e assimilada. Outras alterações, porém, provocam apreensão sobre uma mudança de rumo mais radical da empresa. Agnelli deixa a Vale com um contrato ainda válido. Apesar de seu mandato expirar em 22 de maio, um termo assinado no ano passado pelos acionistas prorrogou sua permanência até dezembro de 2012. Do pacote de indenização também constará uma boa compensação financeira pelo compromisso do executivo de se manter afastado de cargos similares na concorrência por um período que, segundo fontes, pode chegar a um ano. (Agência Estado)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
ANÁLISE - Juros na Europa: um equívoco
Ao que tudo indica Jean-Claude Trichet irá de fato subir a taxa de juros básica da Zona do Euro amanhã para 1,25% ao ano, sendo assim o primeiro Banco central dos países industrializados a reverter a política monetária expansionista. O BCE foi o último a cortar os juros e será o primeiro a subi-lo. No nosso entender este movimento é um equívoco, e por vários motivos. A primeira razão para não subir os juros é que a demanda por lá já está suficientemente deprimida; a taxa de desemprego da região está em 10% e o mercado de crédito ainda travado pela crise financeira e fiscal do Velho Continente. Uma coisa é subir os juros por aqui onde o desemprego tem recorde de baixa e o crédito é farto e relativamente barato. Já na Zona do Euro a situação é inversa e subir os juros agora não surtirá o efeito desejado, a não ser que suba de forma relevante. No entanto, o maior problema de subir os juros por lá é um erro de análise. A inflação ao consumidor está de fato numa trajetória ascendente (em 2,2% ao ano), mas isto é resultado da alta dos preços das commodities, em especial das commodities energéticas. No gráfico abaixo vemos a variação da inflação ao consumidor, do preço da energia e do núcleo de inflação calculado pelo próprio BCE. O núcleo está em queda e é a energia que puxa o piso dos preços por lá; usar os juros – e ainda de forma modesta – não irá restringir a demanda de tal forma que influencie os preços do barril do petróleo. A não ser que a alta nos juros na Europa criem uma situação de tal forma desfavorável no mundo que torne o cenário de uma recessão mundial inevitável. A alta dos juros só irá atrapalhar a incipiente recuperação Européia. Ao subir os juros o Euro se valoriza, tornado assim mais difícil exportar para os industriais daquela região. Se a Alemanha reclamava de uma “guerra cambial”, agora eles estão entregando numa bandeja de prata todas as linhas de defesa. Para além da questão do câmbio, juros mais altos na Zona do Euro irá transformar a já delicada situação dos PIIGS em martírio público, trazendo assim estresse renovado ao mercado financeiro mundial. Não há ganho possível com uma alta nos juros na Europa, a não ser uma pseudo austeridade. Absolutamente desnecessário. Muitos investidores se perguntam se a Zona do Euro é viável e se não estaríamos vendo o fim da união monetária daquela região. Eu não acredito nessa possibilidade apesar dos riscos fiscais apresentados e basicamente por dois motivos. Todos sabemos que a Zona do Euro, a despeito do discurso oficial de união dos povos, é um projeto de hegemonia francês e alemão. Na verdade mais alemão do que francês. A Alemanha dedicou anos, e bilhões de marcos é bom lembrar, na construção da Zona do Euro e a moeda única é parte fundamental da estratégia daquele país par ter uma inserção no mundo global do século XXI onde a existência dos EUA e dos BRIC´s são um desafio crescente. Seria um gigante passo para trás destruir a união monetária e apesar do discurso fiscalista da Alemanha é relativamente claro que uma solução política será criada numa situação limite. Sairia mais barato para a Alemanha bancar a diferença agora do que ter que reconstruir seu projeto hegemônico. O segundo ponto, e isso precisa ser frisado, é que a Zona do Euro tem sido uma importante barreira para que as intempéries mundiais (entre estas da crise financeira subprime até os efeitos deletérios da concorrência chinesa) para a economia alemã. O desemprego está num patamar historicamente baixo naquela economia e sua Produção Industrial está avançando mais rapidamente até que dos EUA. Mesmo a Zona do Euro está melhor que os EUA nesta comparação. A crise fiscal da Zona do Euro fez o “trabalho sujo” para desvalorizar o Euro o que funcionou como um forte tonificante para a economia alemã. Acreditamos que a crise fiscal é uma oportunidade de ouro para a Alemanha terminar o projeto da Zona do Euro. A união política e monetária ficou manca sem uma união fiscal. A discussão sobre este tema é o último traço de soberania dos países membros. Se por acaso a Alemanha tiver que “salvar” os PIIGS é fato que irá impor controles fiscais mais rígidos e quem deverá comandar uma futura comissão fiscal européia não tenhamos dúvida será um alemão. O momento ainda é incerto.O aumento na taxa de juros por lá será um movimento arriscado. Esperamos que os líderes europeus percebam a gravidade da situação. (Fonte: André Perfeito – Gradual Investimentos)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP, InfoMoney e Associated Press)


Da redação – São Paulo / SP
IPO do Magazine Luiza pode levantar até R$1,215 bilhão
A rede varejista Magazine Luiza anunciou hoje, dia 7/4, os detalhes da sua oferta inicial de ações, que pode movimentar até R$ 1,215 bilhão. A companhia deverá fazer uma oferta primária de 33,75 milhões de ações ordinárias e secundária de 16,564 milhões de ações, também ordinárias, com estimativa de que o preço fique na faixa entre 16 e 21 reais. Considerando que as ações atinjam o valor máximo estipulado, a oferta pode chegar aos R$ 1,057 bilhão. Segundo os detalhes da oferta, um lote suplementar de 7.547.164 ações está previsto. Se ele for integralmente exercido, poderá elevar a operação a 1,215 bilhão de reais, levando-se em conta o preço máximo estimado por papel. A companhia prevê a precificação das ações para 28 de abril. O período de reserva para os investidores interessados em participar da operação começa em 14 de abril e acaba em 27/4. O início dos negócios na BM&FBovespa foi marcado para 2 de maio e as ações serão negociadas sob o código MGLU3. O coordenador-líder da operação é o Itaú BBA, mas também participam da oferta o BTG Pactual e o BB Investimentos.


HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas:

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham sem sinal definido
Os mercados asiáticos apresentaram números distintos nesta quinta-feira, dia 7. A maioria dos investidores andou de lado. Mas houve realização de lucros em algumas bolsas, após os bons resultados de pregões anteriores. Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, que teve pequeno declínio, após cinco pregões seguidos de alta por conta de ganhos em ações de empresas chinesas. O índice Hang Seng caiu apenas 3,25 pontos, ou 0,01%, e encerrou aos 24.281,80 pontos.
- Já as Bolsas da China apresentaram ligeira alta, liderada pelas siderúrgicas, com expectativas de aumento da demanda e dos preços dos produtos, e pelos fabricantes de maquinários, que devem apresentar fortes balanços no primeiro trimestre. O índice Xangai Composto subiu 0,2% e fechou aos 3.007,91 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,7% e encerrou aos 1.271,32 pontos. Pelo quinto pregão seguido, o yuan teve valorização recorde sobre o dólar, com a demanda corporativa por parte dos exportadores, à espera de decisões do Banco Central Europeu. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,5420 yuans, de 6,5440 yuans do fechamento de ontem. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,5456 yuans, de 6,5496 yuans ontem.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em alta, com ganhos acentuados em ações de empresas de transporte diante do abrandamento do preço do petróleo.O índice Taiwan Weighted avançou 0,56% e fechou aos 8.901,72 pontos.
- Na Coreia do Sul, embora as compras de investidores estrangeiros tivessem estimulado o pregão pela 16ª sessão consecutiva, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, estendeu as perdas. Caiu 0,2% e encerrou aos 2.122,14 pontos.
- Na Austrália, o mercado quebrou uma sequência de sete sessões de elevação que resultou na maior alta em seis semanas. A forte valorização do dólar australiano e dos preços do petróleo foram os obstáculos imediatos. O índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, caiu 0,1% e fechou aos 4.908,1 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, encerrou em alta. O índice PSE avançou 0,16% e terminou aos 4.219,43 pontos.
- A Bolsa de Cingapura terminou estável, após seis sessões seguida de alta, pressionada por fracos resultados nos mercados regionais e pela ausência de fatores motivadores antes da divulgação de resultados trimestrais de empresas. O índice Straits Times subiu mero 1,32 ponto, fechando aos 3.171,65 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,1% e fechou aos 3.730,58 pontos, uma vez que as compras de investidores estrangeiros de papeis de bancos e de relacionados a bens de consumo mantiveram o índice no território positivo.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, avançou 1,2% e fechou aos 1.089,21 pontos, maior alta em mais de 14 anos, em linha com os ganhos na maioria dos mercados regionais. Destaque para as ações das peso-pesados de energia, petroquímica e bancos.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,6% e fechou aos 1.561,93 pontos, com compras de papeis de primeira linha impulsionando o mercado.


HOJE – Abertura das Bolsas Europeias:
(Problemas na conexão com as agência de notícias, impossibilitou acesso aos resultados de abertura das Bolsas Europeias)


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Investidor embolsa ganhos e Bovespa cai 1,15% no fechamento
Os investidores do mercado brasileiro de ações não se animaram com a valorização vista nas Bolsas americanas e europeias. Após seis dias consecutivos de alta na Bovespa, predominou o comportamento habitual de realização de lucros (venda de ações para embolsar os ganhos acumulados), com destaque para os papéis da Vale.,
- O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, recuou 1,15% no fechamento, aos 69.036 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,18 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,614, em um acréscimo de 0,31%, poucas horas antes do governo anunciar novas medidas para conter a desvalorização cambial. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,603, na parte da manhã, e atingiram o valor máximo de R$ 1,618 quando a Fazenda avisou o mercado.
Análise 1 - As ações da mineradora desvalorizaram 0,91%, no caso das preferenciais, e 1,56%, no caso das ordinárias, mais uma vez concentrando em torno de um quinto dos negócios da Bolsa brasileira. "Essas ações há haviam subido demais desde segunda, principalmente, com as especulações em torno da substituição do [Roger] Agnelli. E como são papéis com muito peso no índice, influenciaram na queda", avalia Luiz Mourato, da mesa de operações da TOV Corretora. O operador notou também algum receio dos agentes financeiros, com a expectativa pelo anúncio das novas medidas cambiais pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) previsto para o final da tarde.
Análise 2 - A Petrobras indicou hoje que pode elevar os preços da gasolina, caso a cotação do petróleo permaneça nos patamares atuais (acima de US$ 100). Na semana passada, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou que a empresa não mexeria nos valores do combustível. O recuo da estatal não foi suficiente para evitar as perdas de hoje: a ação preferencial ficou 0,70%, enquanto a ordinária, 0,77%. O IBGE registrou crescimento da produção industrial em nove das 14 regiões pesquisadas em fevereiro, na comparação com janeiro. Na média nacional, a indústria apresentou avanço de 1,9% na mesma base de comparação.


Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA têm avanço ditado por setor de tecnologia
O índice Standard and Poor's 500 registrou leve valorização no pregão de ontem, dia 6/4, em meio a um volume de negócios relativamente baixo. Investidores assumiram uma postura seletiva e compraram ações de bom desempenho, desta vez do setor de tecnologia, evitando grandes apostas antes da divulgação de resultados corporativos.
- O Dow Jones registrou avanço de 0,27%, para 12.426 pontos.
- O Standard e Poor's 500 subiu 0,22%, para 1.335 pontos.
- O Nasdaq teve variação positiva de 0,31%, para 2.799 pontos.
Análise 1 - Ações da Cisco avançaram 5%, para US$ 18,19, após seu presidente-executivo, John Chambers, admitir que a empresa, uma vez termômetro do setor de tecnologia e a "menina dos olhos" de Wall Street, esteve seguindo o caminho errado e precisará reestabelecer sua credibilidade. O Dow Jones atingiu seu maior nível intradia desde 2008, com a ajuda de grandes empresas do setor de tecnologia, enquanto o S&P 500 rompeu o nível técnico observado de perto, de 1.333 pontos. O índice de semicondutores PHLX avançou 1,3%. Chambers, um dos executivos mais respeitados do Vale do Silício, sugeriu que a Cisco pode fazer mudanças em suas operações para restringir o foco da companhia. Os comentários vieram num memorando aos funcionários, que circulou na terça-feira. Elliot Spar, estrategista do mercado de opções na Stifel Nicolaus, afirmou que "a terra prometida em 1.344 pontos no S&P ainda está fora de alcance". Spar se referia à máxima de fevereiro e um nível de resistência importante para o S&P 500.
Análise 2 - Ações também foram impulsionadas pelo comentário do presidente do Federal Reserve de Atlanta, Dennis Lockhart, que afirmou que o Fed irá concluir seu plano de compra de títulos de 600 bilhões de dólares conforme o cronograma, no final de junho. A porcentagem de otimistas no mercado de ações norte-americano subiu para o maior nível em quase quatro meses, enquanto ações continuam se recuperando de sua queda recente, de acordo com uma pesquisa semanal de assessores financeiros da Investors Intelligence.


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INDÚSTRIA

Da redação – São Paulo / SP
Falta de mão de obra qualificada afeta produtividade na indústria
Uma pesquisa da CNI - Confederação Nacional da Indústria - apontou que a falta de mão de obra qualificada afeta 69% das empresas desse setor no país, com elevação ante o número contabilizado no último levantamento (56%), em 2007. Esse é um dos gargalos para o aumento da produtividade, como destaca o gerente-executivo da unidade de pesquisa da entidade, Renato da Fonseca. Para mais da metade (52%) das empresas consultadas no levantamento, a má qualidade da educação básica é uma das principais dificuldades para qualificar esses funcionários.


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AGROBUSINESS

Da redação – Brasília / DF
Conab negocia mais de 43 mil toneladas de milho de MT
Novos leilões da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento -, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, serão realizados nesta quarta-feira, 6/4. A empresa vai comercializar, ao todo, 64,3 mil toneladas de milho, em cinco operações de venda direta de estoques públicos, a fim de regular o abastecimento e o preço do produto. O milho provém de três estados: 15,7 mil t de Goiás, 43,4 mil t do Mato Grosso e 5,1 mil t do Mato Grosso do Sul. Poderão participar da venda avicultores, suinocultores, bovinocultores (de leite e de corte), cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos (de leite e de corte), indústrias de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho. Em 2011, já foram realizados 13 leilões, com a comercialização de mais de 1,8 milhão de toneladas de grãos de milho.


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SETOR AUTOMOTIVO

Seattle / EUA
Microsoft e Toyota fazem parceria de rede digital para carros
A Microsoft e a Toyota divulgaram um plano de parceria ontem a tarde, dia 6/4, para levar serviços conectados à internet a veículos da montadora japonesa. As empresas afirmaram que investirão 1 bilhão de ienes (cerca de US$ 12 milhões) na Toyota Media Service, unidade da Toyota que leva ofertas de serviços digitais a clientes. A unidade será focada na combinação de serviços de telecomunicações e dados para motoristas por meio de GPS, recursos multimídia e gerenciamento de energia em veículos elétricos e híbridos. A Toyota planeja estabelecer em 2015 uma rede baseada na plataforma de computação em nuvem da Microsoft, a Azure, que permite o acesso global aos serviços digitais da Toyota. Um dos serviços que estão sendo planejados pela Toyota irá monitorar e integrar o gasto de energia do motorista tanto em sua casa quanto no seu carro para maximizar a eficiência dos gastos. A parceria com a Toyota é um ponto de partida para a Microsoft, que até agora focava seus esforços ligados à indústria automobilística em projetos com a Ford. (Agência Reuters)



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SERVIÇOS e VAREJO


Nova Iorque / EUA
Dish Network vence leilão da Blockbuster por US$ 320 milhões
A Dish Network venceu o leilão pela deficitária Blockbuster por US$ 320 milhões, expandindo seus negócios além da transmissão de TV por satélite e entrando em um possível confronto com a Netflix. A Dish, segunda maior companhia de transmissão de TV por satélite dos Estados Unidos, atrás da DirecTV, venceu pelo menos outras três outras empresas que fizeram ofertas pela Blockbuster, anteriormente líder no aluguel de filmes, incluindo o investidor ativista Carl Icahn. A Dish afirmou que a negociação, que inclui mais de 1,7 mil lojas da Blockbuster, dá à empresa novas formas de fazer marketing de seus serviços. O acordo cobre "essencialmente todos" os negócios da rede de aluguel de filmes, e aparentemente dá à Dish os direitos da Blockbuster de transmitir vídeos pela Internet, o nome da marca da Blockbuster e sua base de clientes. A Dish se recusou a fazer comentários além de um comunicado divulgado à imprensa. "Isso é muito esperto da parte deles", afirmou Todd Mitchell, analista da Kaufman Brothers. "A Dish pode fazer uma transição do modelo de varejo para um de transmissão de conteúdo. Assim ela teria basicamente uma oferta de serviços como os da Netflix". O acordo se segue a dois outros conduzidos pelo presidente-executivo e conselheiro da Dish, Charlie Ergen, neste ano, que podem transformar a Dish em uma grande provedora de vídeos sob demanda por meio do sistema de transmissão via satélite, e, por fim, em uma operadora de redes de telecomunicações para aparelhos móveis, de acordo com analistas. No mês passado, a Dish comprou a empresa de comunicações via satélite e transmissores baseados em terra DBSD North America, por cerca de US$ 1,4 bilhão, o que expandiu o espectro da banda larga da companhia. Em fevereiro, a fabricante de set-top boxes EchoStar, da qual Ergen também é conselheiro, concordou em comprar a Hughes Communications, a qual Mitchell afirmou que pode vir a proporcionar tecnologia para uma rede de telecomunicações. A Dish espera pagar cerca de US$ 228 milhões em dinheiro pelos bens da Blockbuster, que incluíam em 27/2 mais de US$ 100 milhões de recebíveis e caixa e uma coleção de títulos avaliada em US$ 175 milhões.


Da redação – São Paulo / SP
Saccaro abre em Miami terceira loja no exterior
Na semana passada, a Saccaro, tradicional marca brasileira de móveis, inaugurou sua terceira franquia no exterior, no bairro de Midtown District, em Miami. O ponto de venda, de mais de 1000 m², ocupa uma quadra inteira e é especializado em móveis de alto padrão e objetos de decoração com soluções para todos os ambientes da casa. Hoje, além das 22 lojas franqueadas, existem outras 15 no sistema store in store. A Saccaro ainda comercializa seus produtos para mais de 25 países, nos cinco continentes.


Da redação – São Paulo / SP
Kalunga abrirá 40 lojas até 2012
A Kalunga, maior distribuidora de suprimentos para escritório, informática e papelaria do País, pretende quase dobrar de tamanho nos próximos dois anos. Os investimentos fazem parte de um agressivo projeto de expansão da rede, hoje com 60 unidades, que pretende fechar 2012 com 100 lojas. A empresa fechou 2010 com um faturamento de R$ 1,005 bilhão e crescimento de 17,5% na comparação anual.


Da redação – Brasília / DF
Montana Grill Express abre nona loja no Distrito Federal
A rede de fast food Montana Grill Express inaugurou uma nova loja na cidade satélite de Gama/DF. Esse é o nono ponto de venda da empresa no Distrito Federal. O destaque da nova loja é o happy hour, com a oferta de cortes nobres das carnes Montana Grill com diversos complementos, além de chopp Brahma. Criada em 1997, a rede de grelhados fast food Montana Grill Express possui 95 unidades em funcionamento ou em fase de instalação no País.



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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação – Brasília/DF e São Paulo/SP
Certificação Halal abre novos mercados para frango brasileiro
De olho em mercados diferenciados cada dia mais empresas investem em certificações que garantam livre acesso às gôndolas e consumidores com hábitos de consumo personalizados. O mercado de alimentos Halal, permitidos para consumo dos islâmicos, é um exemplo de sucesso quando se observa os números das exportações de carne de frango para estes mercados. Seguindo esta tendência é que o Grupo Pioneiro investiu na marca Mana Foods e na parceria com SIIL – Serviço de Inspeção Islâmica, empresa especializada em produção Halal, ou seja, alimentos produzidos de acordo com as regras islâmicas que recebem uma espécie de selo de qualidade. A empresa que produz congelados, resfriados, temperados, embutidos e industrializados em Joaquim Távora, Norte do Paraná, tem como destino para os produtos com selo Halal o Oriente Médio e Japão. Segundo Pollyana Thibes, responsável pela Qualidade de Produtos e Vendas Externas, a empresa buscou a certificação Halal junto à SIIL – Serviço de Inspeção Islâmica para abrir novos mercados “Queremos expandir nosso mercado e melhorar nossa qualidade de produto, garantindo a segurança de consumo para os consumidores islâmicos” destaca Pollyana. Além de elaborar novos produtos de acordo com as exigências dos mercados a empresa lançou a marca “Mana Foods” com embalagens e um novo design que inclui destaque para o selo halal, cartão de entrada para mercados que atendem consumidores islâmicos em todo mundo. Para Chaiboun Darwiche, especialista em mercados islâmicos, empresas brasileiras interessadas em novos mercados devem além de garantir e destacar a qualidade, sanidade e a sustentabilidade dos alimentos brasileiros, investir em uma certificação que abra portas. Darwiche destaca que o selo halal é credencial obrigatória “É fundamental que diante dos maiores players do mercado islâmico, seja na Europa ou Oriente Médio, as empresas apresentem produtos certificados, com selo de qualidade halal reconhecido em todo mundo como um processo que atende às necessidades dos consumidores islâmicos. Trata-se de um aval de uniformidade e qualidade garatindos, e isso abre mercados e conquista clientes” finaliza Darwiche.
Mercado para alimentos prontos para consumo - Outro nicho de mercado crescente é o setor de carne processada, semi-prontos e fast –food halal. A Vossko do Brasil, empresa instalada no Planalto Catarinense é um exemplo da expressão desse mercado para alimentos prontos ou semi-prontos. Especialista no processamento de carne de frango oferece produtos cozidos de acordo com a vontade
específica dos clientes em suas linhas de produção. A empresa alemã investiu na certificação Halal que aliada a um sistema moderno que garante a rastreabilidade completa desde a granja dos frangos até o produto pronto, garante um alto padrão de segurança nos alimentos prontos que são exportados para o mercado europeu . Em toda Europa, Ásia e América do Norte redes de fast foods incluem em seus cardápios cada vez mais alimentos halal para atender uma demanda crescente já que 80% de toda população islâmica mundial está fora do Oriente Médio e exige alimentos com selo halal. No ano passado o Brasil exportou 1,6 milhão de toneladas de frango para 60 países que exigem a certificação halal. O volume representa 45% das exportações de frango brasileiras. “O mercado de alimentos e produtos industrializados halal movimenta anualmente US$ 580 bilhões em todo o mundo. Deste total, a América Latina é responsável por US$ 1 bilhão, sendo o Brasil um dos países mais beneficiados com o crescimento deste mercado. Oportunidades que as empresas brasileiras estão observando e aproveitando” afirma Darwiche.


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TI, WEB e e-COMMERCE

Da redação – São Paulo / SP
Brasil lidera interesse por cloud na América Latina
Um estudo realizado pela consultoria IDC demonstra que entre todos os países da América Latina, o Brasil é o que possui o maior interesse na aplicação de tecnologias relacionadas ao conceito de computação em nuvem. Hoje, 18% das médias e grandes empresas já utilizam alguma forma de cloud computing. Até 2013, o número saltará de 30% a 35%, de acordo com estimativas. A média dos demais países da América Latina para os mesmos indicadores é mais baixa: 14,5% das companhias têm ou planejam ter algum tipo de aplicação. Entre todas as companhias consultadas no Brasil, 98% acreditam que o conceito veio para ficar, embora elas ainda tenham muitos receios, como segurança ou método de cobrança. Embora esteja avançando, o Brasil ainda está muito atrás de empresas dos Estados Unidos, onde 45% a 55% das empresas médias e grandes já utilizam algum serviço de cloud e da Europa, com 35% a 40% das empresas utilizando computação em nuvem. Avaliando todo o mercado mundial, a IDC estima gastos de 5 bilhões de dólares em servidores, redes e sistemas de armazenamento dedicados ao mercado de computação em nuvem, ou 5% dos gastos totais em tecnologia. O vice-presidente de estratégias executivas da IDC Worldwide, Richard Villars, afirma que o percentual pode chegar a 25% até 2015. No Brasil, 80% dos investimentos em computação em nuvem serão direcionados para ambientes híbridos. De acordo com estudo da IDC, os atributos mais valorizados da computação em nuvem pelas áreas de TI no Brasil é a possibilidade de pagamento por uso e a elasticidade dos sistemas. Para Célia Sarauza, gerente de pesquisas da IDC Brasil, a inexistência de práticas de governança e métricas que revelem os custos atuais dos ambientes de TI é o principal ponto a ser avaliado no mercado de cloud.


Da redação – São Paulo / SP
Sonda IT fatura US$ 952 milhões na América Latina em 2010
Sonta IT alcançou receita de US$ 951,5 milhões em 2010, crescimento de 19,1% em relação ao ano anterior. Sediada no Chile e com operações em nove países da América Latina, a empresa obteve um lucro de US$ 124 milhões, 21,3% maior que o de 2009. Do total da receita, US$ 526 milhões foram provenientes das unidades localizadas fora do Chile, equivalente a 55,3% dos resultados. Os 44,7% restantes foram gerados pela operação chilena, que atingiu vendas de US$ 425,9 milhões. A matriz foi a única unidade que superou o desempenho da operação Brasileira, responsável por 67% da receita obtida entre as subsidiárias e 37% do total faturado pela companhia, o que representou US$ 351,1 milhões, representando 37% da receita. Comparado ao ano anterior, o Brasil elevou sua participação em 24,2%. Após o Brasil, o destaque foi o México, que fechou 2010 com US$ 81,1 milhões em receita, enquanto os demais países - Argentina, Colômbia, Peru, Equador, Uruguai e Costa Rica, somados faturaram US$ 93,8 milhões. Em nota à imprensa, a Sonda destacou a sua expansão regional no ano passado, com a compra de cinco companhias: Softteam, Telsinc e Kaizen no Brasil, NextiraOne no México e Ceitech na Argentina, “sendo três delas focadas nos negócios de virtualização, comunicação e cloud computing.” As aquisições somadas atingiram US$ 91,5 milhões. O presidente da Sonda, Carlos Henrique Testolini, disse que a empresa manterá seu plano de investimentos de US$ 500 milhões, iniciado no ano de 2010 com vigor até 2012. "No Brasil, dentro de um mês, vamos inaugurar a nova sede da companhia, em Santana de Parnaíba, onde irá operar o novo data center local, que dará sustentação ao crescimento de nosso portfólio, em especial, no que tange à oferta de Cloud Computing", disse Testolini.



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INFRAESTRUTURA e LOGÍSTICA


Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP
Emirates, British Airways e TAM anunciam voos do Rio
Três companhias aéreas anunciaram ontem, dia 6/4, novos voos internacionais partindo do Rio de Janeiro. A partir de 2012, a Emirates Airline, que desde 2007 tem um voo diário entre São Paulo e Dubai, passará a oferecer também um voo partindo diariamente do Rio, vindo de Buenos Aires, na Argentina. A empresa informou que essa rota terá início em 3/1. Já a British Airways informou que aumentará de três para seis o número de voos semanais entre Rio de Janeiro e Londres a partir de 30 de outubro de 2011. Segundo a companhia, o aumento do transporte de carga e de passageiros é decorrente do crescimento da economia e das oportunidades que serão geradas por conta da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A TAM, por sua vez, fará seu anúncio de novas frequências internacionais amanhã, no Palácio Guanabara, com a presença do governador do Estado, Sérgio Cabral, e do presidente da companhia, Líbano Barroso. (Agência Estado)



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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
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