Edição 498 | Ano III


Brasília / DF
Setor de tecnologia deve receber incentivos do governo

O Ministério das Comunicações vai participar do Conselho Nacional da Política Industrial, que está sendo criado pelo governo. O ministro Paulo Bernardo disse ontem, dia 24/2, que a determinação partiu da presidente Dilma Rousseff. Ela definiu que o setor de tecnologia de informação e comunicação entre os prioritários para receber estímulos do governo. O governo quer baratear, por exemplo, os tablets, computadores sensíveis ao toque para que sejam produzidos no país. Para o ministro, a internet mais barata também vai aumentar a venda de computadores. "Hoje você compra um computador a R$ 800, paga a prestação, mas tem que arcar com uma internet a R$ 80, o que fica muito caro", disse ele. O governo trabalha para que as empresas ofereçam banda larga por R$ 35. Bernardo afirmou que a presidente Dilma lhe aconselhou a procurá-la caso suas reivindicações no conselho não sejam atendidas. "Qualquer problema você me fale", contou ele sobre a conversa com a presidente no início da semana. "Isso é bom porque eu vou reclamar mesmo". O conselho deverá ser instalado no próximo mês e será subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O ministro disse ainda que a presidente Dilma vai esperar até o próximo mês para que Eletrobras, Petrobras e Eletronorte se entendam com a Telebras sobre o preço que irão cobrar para o uso de sua estrutura de rede. Caso não haja definição, a presidente disse que vai arbitrar pessoalmente a disputa. A indefinição prejudica a implementação do Plano Nacional de Banda Larga que irá usar essa estrutura de cabos das empresas públicas que querem cobrar do governo o mesmo valor que cobra das empresas privadas. (Agência Brasil)



Da redação - São Paulo / SP
CNI lança primeiro guia brasileiro em estratégia de baixo carbono
A CNI - Confederação Nacional da Indústria - lança hoje, 25/2, em São Paulo, o guia Estratégias Corporativas de Baixo Carbono: Gestão de Riscos e Oportunidades. Única do gênero no país, a publicação, elaborada em parceria com a Embaixada do Reino Unido no Brasil, ajudará os empresários a identificar riscos e oportunidades criados com as mudanças climáticas. Na avaliação do presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o guia de referência é importante porque, embora o desmatamento responda por cerca de 60% das emissões brasileiras, a indústria terá uma participação importante na transição do país para economia de baixo carbono. Além disso, o Brasil tem terreno a conquistar nessa área. De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil é o terceiro em número de projetos ligados ao mercado de carbono no mundo, com 13%, atrás da China, com 31%, e da Índia, com 21%, em números de 2008. Segundo o Ipea, a atuação brasileira se limita aos projetos desenvolvidos via Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e está concentrada na área de energia, com participação de 50%. O guia traz um passo a passo que orienta as indústrias a reduzir as emissões. A primeira etapa é o diagnóstico, em que serão medidas as emissões de gases do efeito estufa, avaliados os riscos e as oportunidades. Os passos seguintes são a implementação de programas e a definição de metas, a divulgação das ações e o engajamento de acionistas, clientes e fornecedores na política de adesão à economia de baixo carbono. A publicação mostra que a transição para a redução das emissões oferece oportunidades de ganhos para as empresas, como a economia com o uso racional da energia, a eficiência operacional e logística, o aumento da credibilidade da marca, entre outros. Mas há riscos que incluem o aumento do preço das commodities, a imposição de metas de redução das emissões por lei e a queda da oferta de insumos. O guia também explica os meios e indica programas independentes para medir as emissões de gases do efeito estufa. Traz ainda as estratégias usadas por grandes empresas brasileiras, como a Vale, a Braskem, a Suzano e a Embraer. O lançamento do guia reunirá cerca de 200 empresários em São Paulo, no hotel Grand Hyatt, na Zona Sul, a partir das 9h. Participarão do evento, organizado pela CNI, o embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton, o diretor executivo da CNI, José Augusto Fernandes, a diretora de meio ambiente da Vale, Vania Somavilla, o diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem, Jorge Soto, e o diretor da unidade de negócio florestal da Suzano, João Comério.


São Paulo / SP

IBPT afirma que brasileiro pagou R$ 6.722 em impostos em 2010
A carga tributária atingiu 35,04% do PIB - Produto Interno Bruto - em 2010, com um aumento nominal de arrecadação de R$ 195,05 bilhões em relação a 2009. O número representa alta de 17,80%, aponta estudo do IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário -, divulgado ontem, dia 24/2. A pesquisa mostra ainda que em 2010, cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 6.722,38 em impostos, representando um aumento aproximado de R$ 998,96 em relação a 2009. Em relação aos últimos dez anos, houve um crescimento de cinco pontos percentuais, de 30,03% do PIB, em 2000, para 35,04%, no ano passado. Segundo o IBPT, a arrecadação federal apresentou crescimento nominal de R$ 137,13 bilhões (18,05%) entre 2009 e 2010, enquanto a arrecadação dos estados foi de R$ 50,77 bilhões (17,51%) e os tributos municipais cresceram 14,27%, em termos nominais (R$ 7,14 bilhões). A carga tributária per capita do período cresceu 17,45% (nominal). De acordo com o instituto, houve crescimento recorde da carga tributária no ano passado. Para o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, nos últimos dez anos os governos retiraram da sociedade brasileira R$ 1,85 trilhão a mais do que a riqueza gerada no país. "O agravante é que esses recursos não foram aplicados adequadamente, no sentido de proporcionar serviços públicos de qualidade à população. Todos nós precisamos cobrar da administração pública uma redução imediata da carga tributária, com a diminuição das alíquotas dos principais tributos, medidas que venham a 'desafogar' os cidadãos brasileiros, que estão no seu limite de capacidade de pagamento de tributos", aponta. O total da arrecadação em 2010 foi de R$ 1.290,97 trilhão contra uma arrecadação em 2009 de R$ 1.095,92 trilhão, com um crescimento nominal de R$ 195,05 bilhões. Os tributos que mais contribuíram para tal crescimento foram: ICMS (R$ 40,72 bilhões), INSS (R$ 32,87 bilhões) e Cofins (R$ 21,80 bilhões) e Imposto de Renda (R$ 16,60 bilhões).


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP

ANÁLISE - A técnica e a arte da Política Monetária

O ex-ministro Delfim Netto sempre insiste quando pode, seja em artigos ou em entrevista, que a Política Monetária tem muito mais de arte do que de técnica propriamente dita. O argumento é que fixar a taxa de juros é um exercício de pura expectativa e tentar ancorar o futuro com o presente é de fato algo que extrapola a técnica e a frieza modelada da matemática. Concordamos com ele: trazer o futuro à taxa presente (seja via juros, promessas, Reais ou Xelins) é tudo menos um exercício puramente técnico. A matemática é um instrumental para dar apoio ao pensamento, ela não é o pensamento. É exatamente esta batalha pelo futuro que está sendo travada hoje no Brasil e a curva DI tem evidenciado os ânimos acirrados.
A dúvida que está na mesa é a seguinte: o BC vai ser mais real que o Rei, ou não? Em outras palavras; será que o BC vai ficar “á frente da curva” e patrocinar um aperto mais forte da SELIC no sentido de ancorar as expectativas do mercado, ou vai confiar que a realidade vai mostrar, aos poucos, que não é preciso tanta força agora uma vez que os dados de atividade (em especial os dados de crédito, que serão divulgados ainda hoje) estarão estacionando ou até mesmo em declínio? Ontem pela manhã, dia 24/2, o IBGE divulgou a taxa de desemprego no Brasil e esta acelerou de 5,3% para 6,1%. Até aí nenhuma novidade; é normal que o desemprego de janeiro salte em relação ao de dezembro e nossa projeção estava em 6%. Também será natural ver a piora no emprego até meados deste ano. O que é mais sensível, no entanto, é observar o fim da alta mais robusta na renda real do trabalhador, este sim um indicador mais relevante quando se trata de inflação. Chegamos num pico de avanço da renda nacional e as medidas até então adotadas pelo governo e pelo BC irão intensificar esta retração na demanda doméstica pela ponta do consumo das famílias, seja via rendimentos ou via crédito. Está claro que o BC e o governo não querem subir muito a taxa de juros e ambos vêm emitindo sinais veementes neste sentido. O salário mínimo, o ajuste fiscal, o aumento do compulsório só são a parte já manifesta desse desejo. Quando os economistas que não estão no BC falam sobre taxa SELIC nós – no mais das vezes – não falamos o que achamos o que deve ser feito, mas antes de tudo o que eles do BC vão fazer. Temos que “acertar” e não necessariamente estarmos “certos”. O governo tem demonstrado preocupações legítimas em relação à inflação, mas também sobre o câmbio. O começo do governo Dilma foi monopolizado pelo cambio e já dissemos aqui neste mesmo Comentário Diário que criar um piso para a apreciação do Real pode trazer certo alívio à parte da indústria, mas iria criar um custo para toda sociedade via juros e aperto fiscal. A administração federal está tentando subir os juros sem mexer na SELIC e mais um passo nessa direção foi dado hoje ao usar o mercado como argumento contra o próprio mercado. Foi divulgado o resultado da pesquisa número 3 do BC junto aos economistas de mercado e uma das questões é um balde de água fria nos mais altistas nos juros. A primeira pergunta versa sobre quanto os economistas acreditam que seria o impacto das medidas macroprudenciais expressos em pontos base de SELIC. A mediana das respostas foi de 75 pontos base, ou seja: o BC não precisa aumentar estes 75 pontos base uma vez que o trabalho sujo já foi feito via compulsórios. A pesquisa ainda evidenciou que existe uma parte relevante do grupo considerado que acredita que pode até ser 100 pontos base o efeito do compulsório. Ainda é cedo para saber o real impacto das medidas uma vez que os dados de empréstimos no Brasil referentes a janeiro vão ser divulgados ainda hoje. Os economistas não têm amostra de dados suficientes para mensurar este impacto. O BC, no entanto, vem usando de forma bastante habilidosa estas pesquisas e sobre o assunto dos compulsórios a diretoria da instituição foi além ao adiantar certos valores do crédito na apresentação do Boletim Regional, situação pouco habitual e que tinha como objetivo sinalizar, mais uma vez, que o BC não pretende estrangular via SELIC a demanda crescente. Semana que vem, teremos a reunião do COPOM nos dias 1 e 2 de março. Chama atenção dos leitores para alguns eventos próximos a data. - No dia 2/3 será divulgado pelo IBGE a Produção Industrial de janeiro e esta deve apresentar mais uma desaceleração na série dessazonalizada, uma queda de -0,5% na série dessazonalizada (cálculo preliminar, irei divulgar hoje a tarde a projeção final). Isto é um número que sugere SELIC mais baixa. - No dia 3/3 será a vez das Contas Nacionais Trimestrais referentes ao 4º trimestre de 2010 e lá veremos a desaceleração da atividade também. - No dia 4/3 o IPCA de fevereiro e minha regressão inicial aponta para 0,76% (o que poderá ser alterado levando em conta os dados do IGP-M de amanhã). Isto tudo em conjunto será usado de forma artística pelo BC para mostrar que não é necessário juros mais altos no país. (Fonte: André Perfeito – Gradual Investimentos)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


Rio de Janeiro / RJ
Previ afirma que Sete Brasil pode abrir capital em até 4 anos

A Sete Brasil, empresa criada para construir o primeiro lote de sete sondas de perfuração que serão feitas pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para uso da Petrobras, poderá abrir o capital num universo de três a quatro anos. A expectativa é de Wanderley Rezende, gerente de investimentos estratégicos da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. A instituição aprovou ontem a entrada no Fundo de Investimento em Participações (FIP) que tem uma fatia na Sete Brasil. Rezende explicou que o fundo de pensão vai aportar até R$ 150 milhões na empresa ou o equivalente a 25% do FIP, teto permitido pela legislação. "Esperamos que em três ou quatro anos, dependendo do mercado, poderemos ter o lançamento de ações dessa empresa", frisou Rezende, que participou do Oil & Gas Outlook Brasil 2011, no Rio de Janeiro.
O executivo acrescentou que a participação em private equity poderá ser uma saída tanto para os fundos de pensão, quanto para as empresas do setor de petróleo que precisarão se capitalizar para financiar os investimentos necessários para acompanhar o boom do segmento. Rezende disse que a Previ tem uma limitação para investimentos em private equity, uma vez que tem entre 64% e 65% dos recursos investidos em renda variável, para um limite de 70% da legislação. Segundo ele, outros fundos como Funcef, da Caixa Econômica Federal; Valia, da Vale; e Petros, da Petrobras; têm menos exposição em renda variável e poderão aumentar essa fatia ao longo dos próximos anos, principalmente em um cenário de juros cadentes no longo prazo, quando os fundos de pensão terão que diversificar investimentos para garantir a rentabilidade necessária. "Os fundos de pensão precisam de mais retorno e precisam melhorar os investimentos em private equity", destacou Rezende. Rezende não vê apenas a Sete Brasil com um possível IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial de ações) no futuro, mas também diversas outras companhias do setor de óleo e gás. "O mercado de capitais precisa de mais empresas na bolsa neste setor", ponderou. Rezende não quis dizer se a Sete Brasil poderá participar de outras negociações para construção de sondas de perfuração para a Petrobras ou se a estatal continuará comandando o processo de negociação. Além das sete já contratadas, a petroleira espera adquirir mais 21 construídas em estaleiros do país.


HOJE – Fechamento na Ásia:


Tóquio / Japão

Bolsa japonesa sobe 0,7% após recuo do petróleo
Após três dias de queda, a Bolsa de Tóquio voltou a registrar ganhos com a retração dos preços do petróleo fornecendo um alívio temporário das tensões no Oriente Médio e no norte da África. Toyota e Honda lideraram as ganhadoras depois que corretoras melhoraram a recomendação das ações de ambas as empresas.
- O índice Nikkei 225 subiu 74,05 pontos, ou 0,7%, e fechou aos 10.526,76 pontos. Análise – Ontem, dia 24/2, a cotação do barril de petróleo leve para entrega em abril teve queda de 0,8% na Nymex, aos US$ 97,28, depois de ter alcançado a máxima intraday de US$ 103,41. "A correção das ações foi provocada apenas e tão somente pelos preços do petróleo", disse Kenichi Hirano, diretor operacional da Tachibana Securities. "Os futuros do petróleo podem estar caindo parcialmente por realizações de lucros, mas a perspectiva ainda é incerta."Alguns otimistas disseram, porém, que os investidores começam a embutir nos preços o risco da turbulência na Líbia, e que os condutores do mercado na próxima semana podem voltar a ser os fundamentos econômicos, com atenção aos dados sobre emprego e atividade industrial que serão divulgados nos EUA.

HOJE – Abertura das Bolsas Europeias:

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres suspendeu suas operações nesta sexta-feira poucos minutos depois da abertura do pregão devido a "problemas técnicos" que estão sendo investigados. O London Stock Exchange informou que os problemas afetaram seus serviços SETS e SETSqx, que administram as operações de compra e venda nos leilões de fechamento e abertura, pelo que algumas dessas operações serão avaliadas para o eventual cancelamento. Até a suspensão da cotação, o pregão londrino mostrava tendência de alta e seu índice geral, o FTSE-100, subia 0,24%, aos 5.933,94 pontos.

- Frankfurt / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta sexta-feira em alta de 0,14%, aos 7.140 pontos. O euro abriu a sessão desta sexta-feira com ligeira alta no mercado de divisas de Frankfurt e às 4h de Brasília era cotado a US$ 1,3825, frente aos US$ 1,3820 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3773.

- Roma / Itália - O indicador principal da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu a sessão desta sexta-feira em alta de 0,2%, aos 21.991,47 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share avançava 0,21%, aos 22.578,29 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta sexta-feira em alta de 0,34%, aos 10.684 pontos.

- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, registrou alta de 0,19% na abertura da sessão desta sexta-feira, aos 4.017,07 pontos.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:


São Paulo / SP
Bovespa fecha estável em dia volátil por causa da crise na Líbia

A Bovespa teve um dia instável e encerrou os negócios de ontem, dia 24/2, praticamente no "zero a zero". A bateria de indicadores americanos, e balanços de empresas domésticas de peso, mexeram com os negócios, mas a crise do Oriente Médio (com foco na Líbia) ainda foi um dos fatores dominantes.
- O Ibovespa subiu apenas 0,06%, aos 66.948 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 7,98 bilhões.

- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,664, em um declínio de 0,65%.

Análise 1 - Os papéis da Petrobras, que responderam por um quarto dos negócios de hoje, desvalorizaram após dois dias de alta acentuada: a ação preferencial da petrolífera, que sozinha girou quase o dobro de negócios com as ações da Vale, teve perdas de 1,18%. Já a ação ordinária cedeu 1,81%. "Basicamente, as ações acompanharam a baixa do petróleo lá fora: quando o barril começou a cair, as ações também caíram por aqui", nota Ivanor Torres, chefe do departamento de análise da Geral Investimentos. E na ponta inversa, investidores voltaram a comprar ações de empresas ligadas ao consumo doméstico, como varejistas e, principalmente, construtoras e imobiliárias. Os ativos de Cyrella, Rossi Residencial e MRV subiram entre 2,8% e 4%. Esses papéis foram alvo de movimentos fortes de venda, devido à expectativa de que apertos na política monetária (juros) devem afetar a demanda nos próximos meses. Efetivamente, as estatísticas publicadas hoje pelo Banco Central apontaram um recuo na concessão de crédito em janeiro, resultado das medidas já adotadas pelo governo para conter a inflação. Hoje, no entanto, prevaleceu o que analistas chamam de "recuperação técnica", quando os preços baixos atraem compradores.
Análise 2 - Ainda no front externo, o governo alemão anunciou que o PIB - Produto Interno Bruto - nacional cresceu 0,4% no quarto trimestre, a sétima expansão trimestral consecutiva, num ritmo acima do esperado por economistas do setor financeiro. O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - registrou uma taxa de desemprego de 6,1% em janeiro, ante 5,3% em dezembro. O índice é o menor para o mês desde o início da série histórica, em março de 2002. E o Ministério do Trabalho reportou a criação de 152 mil empregos formais em janeiro, o segundo melhor desempenho para esse mês na série histórica.
Reação das empresas:
- O grupo Pão de Açúcar reportou um lucro líquido de R$ 819,2 milhões para o exercício de 2010, em um crescimento de 25,2% sobre o ganho acumulado em 2009 (R$ 654 milhões). Considerando os resultados da Globex (Ponto Frio), o lucro consolidado cai para R$ 722,4 milhões.
- A ação preferencial do grupo CDB valorizou 0,81%, enquanto a ação ordinária da Globex (com um volume bem menor de negócios) disparou mais de 5%.
- A operadora de celular Vivo registrou lucro líquido de R$ 1,893 bilhão em 2010 na comparação com 2009, crescimento de 115,7%. A ação preferencial teve ganho de 4,10%.
- E a Klabin (papel e celulose) anunciou um lucro líquido de R$ 361 milhões no exercício de 2010, em um incremento de 8% sobre o ganho apurado em 2009. A ação preferencial disparou 7,13%. - Anteontem à noite, a Natura (cosméticos) apurou um lucro líquido de R$ 744,1 milhões no ano passado, o que representa uma alta de 8,8% contra o ano anterior. A ação ordinária retrocedeu 2,32%.

Nova Iorque / EUA

Bolsa americana fecha em baixa com temor sobre petróleo

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, em sua maioria, refletindo a preocupação dos investidores com o efeito do preço elevado do petróleo sobre a recuperação da economia e também com os conflitos na Líbia, onde manifestantes contrários ao governo continuam sofrendo repressão violenta das forças de segurança.

- O Dow Jones caiu 37,28 pontos, ou -0,31%, para 12.068,50 pontos.

- Enquanto o S&P-500 recuou 1,30 ponto, ou -0,10%, para 1.306,10 pontos.
- O Nasdaq foi a exceção e fechou em alta de 14,91 pontos, ou 0,55%, a 2.737,90 pontos.

Análise - Ontem os preços do petróleo superaram US$ 103 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), impulsionados por receios com a possibilidade de a Líbia suspender completamente sua produção da commodity. Posteriormente, no entanto, autoridades dos EUA, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE) afirmaram que há suprimentos suficientes para compensar uma eventual interrupção na oferta de petróleo líbio e o valor do barril caiu para perto de US$ 97. Analistas, no entanto, consideram preocupante o avanço nos preços do petróleo para além dos US$ 100 por barril. "Preços elevados para o petróleo, especialmente se estiverem muito altos, estarão relacionados a um crescimento econômico mais lento e a uma inflação mais forte", disse Hank Herrmann, executivo-chefe da Waddell & Reed Financial.
O petróleo também é o insumo das refinarias e hoje as ações dessas companhias tiveram queda relativamente acentuada, visto que a valorização do barril da commodity pode significar lucros menores para essas empresas se houver dificuldade no repasse dos custos para os consumidores. "Essas empresas ganham dinheiro com a diferença de preço entre o que compram e o que vendem", disse King Lip, executivo-chefe de investimentos da Baker Avenue Asset Management. "O custo do insumo obviamente disparou, mas o preço da gasolina que elas vendem ainda não acompanhou esse aumento. As refinarias sofrerão uma certa pressão, a não ser que os preços da gasolina comecem a subir", acrescentou. Os indicadores econômicos divulgados ontem nos EUA mostraram um quadro misto sobre a economia. Entre as empresas que apresentaram balanço, a Priceline.com divulgou que seu lucro do quarto trimestre cresceu 73% na comparação com igual período do ano passado. As ações da companhia, que fazem parte do índice Nasdaq, fecharam em alta de 8,5%. A General Motors anunciou um lucro líquido de US$ 510 milhões para o quarto trimestre, resultado menor que o esperado pelo mercado, e suas ações caíram 4,5%.


Londres / Inglaterra
Crise líbia faz petróleo disparar e provoca queda das Bolsas Europeias

Os preços do petróleo continuam subindo e as Bolsas registravam quedas nos pregões de ontem, dia 24/2, devido ao temor provocado nos mercados pela revolta líbia e seu possível contágio a outros países do mundo árabe. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril aproximou-se dos US$ 120 ontem, dia 24/2, pela manhã no ICE - InterContinental Exchange - de Londres, seu mais alto patamar desde setembro de 2008. Às 15h50 de Brasília, estava cotado em US$ 114,64, alta de 3% em relação ao fechamento de quarta-feira, dia 23/2. Nessa mesma hora, no Nymex - New York Mercantile Exchange -, o barril de WTI - West Texas Intermediate, denominação do 'light sweet crude' negociado nos EUA - para entrega em abril subia 1,5% aos US$ 99,63, depois de ter alcançado os US$ 103,41 por barril no fim dos pregões asiáticos, seu preço mais elevado desde setembro de 2008. "A continuação dos distúrbios no norte da África e no Oriente Médio e a diminuição da produção na Líbia continuam impulsionando fortemente os preços do petróleo", estimaram os analistas da Commerzbank. David Hart, da Westhouse Securities, afirmou, por sua vez, que na Líbia "a produção de petróleo de alta qualidade foi afetada de forma importante pelo êxodo de pessoal estrangeiro".

- Em Frankfurt, o índice Dax perdeu 0,89%, a 7.130,50 pontos.
- Em Paris, o CAC 40 fechou o pregão em baixa de 0,09%, pouco acima da barreira dos 4.000 pontos (4.009,64).
- Em Londres o Footsie 100 caiu 0,06%, a 5.919,98 pontos.
- A Bolsa de Madri subiu, por outro lado, 0,13%, com o Ibex-35 a 10.647,6 pontos.
Análise - A Líbia, membro da Opep - Organização de Países Exportadores de Petróleo -, é um dos quatro principais produtores africanos, com uma produção de 1,69 milhão de barris diários, dos quais exporta 1,49 milhões, a grande maioria (85%) para a Europa, segundo a AIE - Agência Internacional de Energia. Devido à violência, a produção reduziu-se conjuntamente de 1,2 milhão de barris diários para um quarto desse total, estimou nesta quinta-feira o presidente da petroleira italiana ENI, Paolo Scaroni. A ENI reduziu sua produção líquida em mais da metade, para 120 mil barris, assim como a Repsol, que está produzindo apenas 160 mil barris conjuntamente com a companhia nacional NOC, segundo seu presidente Antonio Brufau. Outras companhias petroleiras que operam no país também anunciaram desaceleração da produção, como a alemã Wintershall e a francesa Total. Além disso, "não está claro se alguma exportação de petróleo está saindo da Líbia", afirmou David Hufton, analista da PVM Oil Associates. Além da Líbia, o mercado teme sobretudo um contágio em outros produtores mais importantes da região. No entanto, o ministro argelino de Energia, Yucef Yusfi, tentou diminuir as preocupações, assegurando que a Opep só atuará caso haja uma "perturbação real e comprovada" do mercado. A instabilidade na Líbia continuou pesando também sobre as Bolsas.



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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP

Sulamérica apresenta lucro ajustado de R$ 426,6 milhões no ano

A seguradora SulAmérica apresentou lucro líquido ajustado de R$ 158,3 milhões no quarto trimestre, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo trimestre de 2009. No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 426,6 milhões, com alta de 3,2% em relação ao ano anterior. Se considerados os efeitos não recorrentes, o lucro líquido societário somou R$ 286,3 milhões no quarto trimestre, 128,8% superior ao do mesmo período de 2009. No ano, o lucro foi de R$ 614,0 milhões, um avanço de 48,5%. A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio ajustada foi de 22,1% no trimestre, inferior aos 23,4% do quarto trimestre de 2009. No ano, a rentabilidade foi de 14,9%, contra 16,2% de 2009. A companhia encerra o ano com um total de ativos de R$12,268 bilhões, 1,3% a menos do que em 2009. O total de prêmios de seguros cresceu 17,4% no trimestre, para R$2,2 bilhões. No ano, prêmios de seguros aumentaram 14,7% e atingiram R$8,4 bilhões. O índice de sinistralidade total foi de 64,9% no trimestre, com redução de 7,5 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2009 e de 5,8 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre. No ano de 2010, a sinistralidade foi de 71,4%, com melhora de 3,6 pontos em relação a 2009. No segmento de seguros de veículos, a frota segurada cresceu 19,4% em 2010, para 1,378 milhão. Em seguro saúde e odontológico, o número de beneficiários alcançou 2,020 milhões, 12,6% a mais do que há um ano. Em previdência, as reservas cresceram 23,8% em 12 meses, para R$ 2,836 bilhões.



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INDÚSTRIA


São Paulo / SP

Fiesp prevê crescimento menor da indústria em 2011, de 3,5%

O aumento das importações no país e as restrições do Banco Central ao crédito fizeram com que a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - revisasse para baixo sua projeção para o crescimento da atividade na indústria paulista neste ano. A previsão, que antes era de 4,7%, passou para 3,5% "e com tendência de baixa", afirmou Walter Sacca, diretor da entidade. Para chegar aos 3,5%, o INA - Indicador de Nível de Atividade - terá que registrar alta média de 0,5% em todos os meses do ano a partir de agora. Em janeiro, o aumento, na série com ajuste sazonal, foi de 0,3%. "Crescer 0,5% por mês, só aconteceu em épocas muito favoráveis, em que não existiam nuvens negras como as que temos hoje no panorama da indústria. Então essa previsão tem tendência de estabilidade ou de queda", disse Sacca.
Os motivos para esta revisão, de acordo com a Fiesp, são as perspectivas de manutenção do dólar na faixa de R$ 1,65 e de aumento da Selic (a taxa básica de juros do país, atualmente 11,25% ao ano), além das medidas já anunciadas de restrição ao crédito. Sacca explicou que essas ações foram responsáveis por uma queda de 16,2% no financiamento de veículos em janeiro, por exemplo, o que reduz a produção desse segmento. A atividade do setor de veículos automotores caiu 3,4% no mês passado, segundo os dados da Fiesp. "O consumo no mercado interno caiu, as exportações subiram um pouco, mas não o suficiente para compensar essa queda", disse o diretor. Desde o ano passado, a indústria brasileira vem se queixando de que, com o real muito valorizado, o consumo de produtos nacionais tem sido substituído por bens importados, que ficaram mais baratos. Por causa disso, alguns empresários e especialistas já falam inclusive em um processo de desindustrialização no país, caso a taxa de câmbio não suba. O governo vem adotando medidas para elevar a cotação do real frente ao dólar, mas, por enquanto, apenas conseguiu conter a queda da moeda norte-americana. Dados divulgados pelo Departamento de Comércio Exterior da Fiesp neste mês mostram que a parcela do consumo brasileiro suprida por produtos importados bateu recorde em 2010. O chamado Coeficiente de Importações (CI) - que mede a parcela dos produtos vindos do exterior no consumo - fechou o ano passado em 21,8%, o maior nível da história. Questionado sobre de o crescimento de 3,5% neste ano seria positivo, Sacca afirmou que qualquer variação abaixo do aumento do PIB - Produto Interno Bruto -, previsto para cerca de 4,5% neste ano, é ruim para a indústria. "E ainda há um risco muito grande de essa lacuna entre atividade e PIB aumentar."


São Paulo / SP

Indústria da embalagem produziu 10,13% mais em 2010

A produção da indústria de embalagens cresceu 10,13% em 2010, recuperando-se da queda de 3,77% registrada pelo setor em 2009. As demandas das indústrias de bebidas, vestuário e acessórios foram as principais responsáveis pela alta, de acordo com estudo realizado pela FGV - Fundação Getúlio Vargas - para a Abre - Associação Brasileira de Embalagem. A produção chegou a aumentar 15,57% no primeiro semestre de 2010 com relação ao mesmo período do ano anterior, mas o ritmo arrefeceu na segunda metade do ano. A taxa de crescimento para o segundo semestre ficou em 7%. De acordo com o estudo, o setor produtor de embalagens vai se expandir cerca de 2,2% este ano. A estimativa para a receita é de R$ 44 bilhões, 7% superior ao valor obtido em 2010, de R$ 41,1 bilhões. O número de empregos deve se consolidar em 220 mil posições. Em dezembro do ano passado, a indústria empregava 210 mil pessoas.



Rio de Janeiro / RJ

Vale triplica lucro e chega aos atinge R$ 30 bilhões

Superada a crise que derrubou seu lucro à metade em 2009 (R$ 10,3 bilhões), a Vale viveu o melhor ano de sua história em 2010. O resultado da companhia cresceu 192% e atingiu o recorde de R$ 30,1 bilhões no ano passado, impulsionado pelo aumento dos preços do minério de ferro, que dobraram em 2010 e devem seguir em alta. Sob influência também do crescimento de produção de 29,5% em 2010, o faturamento da Vale ficou em R$ 85,4 bilhões em 2010 - alta de 71% e recorde. O desempenho foi puxado pela maior demanda, principalmente da China - que respondeu por 32% das vendas da empresa. Foi também graças ao país asiático que os preços do minério saltaram. É que, sob pressão chinesa, a Vale e outras mineradoras abandoaram em 2010 o sistema de reajuste anual válido havia 40 anos e passaram a corrigir seus preços trimestralmente com base no mercado "spot" (à vista e para entrega no curto prazo) da China. Com a crise, o preço do "spot" despencou no final de 2008, mas rapidamente se recuperou, na mesma velocidade da retomada chinesa - motor da demanda por minério. Diante disso, o preço trimestral de venda das mineradoras subiu e seus lucros foram na mesma toada. "Estamos vivendo nossos melhores dias'', disse, em nota, o presidente da Vale, Roger Agnelli. A Vale registrou exportações recordes de US$ 29,1 bilhões. "O ano de 2010 foi excepcional, e o cenário de preço para 2011 é bastante promissor, apesar da freada nas cotações no quatro trimestre", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW. No quatro trimestre, sazonalmente de menor demanda por minério de ferro, o lucro da companhia atingiu R$ 10 bilhões, com queda de 5% ante o terceiro trimestre.
Sobre o mesmo trimestre de 2009, a alta foi de 290%. Segunda relatório do analista Rodrigo Blanco, da corretora Fator, o recuo de preços do minério diminuiu as margens da Vale --o que explica a queda do lucro no quarto trimestre.


São Paulo / SP

Lucro da Klabin subiu 232% em 2010
A Klabin, maior fabricante de papéis do Brasil, informou hoje que seu lucro líquido em 2010 foi de R$ 560 milhões. O resultado representa expansão de 232% em relação ao ano anterior, de R$ 169 milhões. Os dados já estão ajustados ao novo padrão contábil, o IFRS. O lucro antes dos ajustes foi de R$ 361 milhões, alta de 8% ante os R$ 333 milhões apurados em 2009. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) anual alcançou R$ 962 milhões, com expansão de 29% em relação a 2009, quando foi de R$ 747 milhões. A margem Ebitda ficou em 26%, ante 25% em 2009. A receita líquida da companhia no ano passado alcançou R$ 3,663 bilhões, expansão de 24% em relação aos R$ 2,960 bilhões anotados em 2009. (Agência Estado)


São Paulo / SP

Natura priorizará infraestrutura e operação internacional
A fabricante de cosméticos Natura irá priorizar investimentos em infraestrutura neste ano, após concluir em 2010 seu plano trienal que totalizou R$ 409,5 milhões em aportes em marketing. Para 2011, a companhia prevê desembolso de R$ 300 milhões em imobilizado - investimentos destinados à melhoria de ativos já existentes -, voltados sobretudo a tecnologia da informação, logística e aumento da capacidade industrial. "Este será o ano de avanço em infraestrutura para garantir que vamos continuar crescendo a taxas elevadas", disse a jornalistas o diretor-presidente da Natura, Alessandro Carlucci, nesta quinta-feira. O investimento previsto para este ano, no entanto, deve superar a cifra divulgada, segundo o executivo, que não detalhou os valores que serão destinados a outras áreas. "Inovação passa a ser nosso mantra. Não só em produtos, mas no modelo comercial e em meios digitais para reforçar o relacionamento com consultoras", acrescentou Carlucci. Com foco em crescimento orgânico, a Natura não descarta, contudo, possíveis aquisições para ganhar participação de mercado. No acumulado de 2010 até outubro, a participação da companhia era de 23,6%. "Nosso plano é aumentar o market share", afirmou o executivo. "Hoje o plano de crescimento é orgânico, mas não está descartado crescer não-organicamente", ponderou. "Mas a Natura não vai adquirir qualquer empresa tem que fazer sentido".
Internacionalização - O avanço das operações internacionais também ocupará a lista de prioridades da Natura neste ano depois que os países considerados pela empresa como "em consolidação" (Argentina, Chile e Peru) apuraram resultado positivo pela primeira vez em 2010. Em todo o ano passado, os três países juntos tiveram lucro líquido de R$ 3,7 milhões, revertendo prejuízo de 1,1 milhão um ano antes. Presente no Chile há 28 anos, a Natura só atingiu o ponto de equilíbrio entre ganhos e perdas (breakeven) na região nos últimos seis a oito anos, após reforçar investimentos a partir do ano 2000. "Nosso formato de negócio tem prazo longo, demora para ter efeito. Por outro lado, exige pouco desembolso de dinheiro", disse Carlucci. A empresa também possui operações em implantação na Colômbia e no México, onde começará a produzir localmente ainda este ano e cujo ponto de equilíbrio deve ser alcançado em seis a sete anos. "As operações internacionais podem ser uma plataforma de crescimento para a empresa", afirmou o executivo, que também vê espaço para crescimento em regiões brasileiras onde não está presente. "Há espaço relevante para crescer no Brasil ainda".

Preços e impacto da inflação - O diretor-presidente da Natura disse ainda não esperar que o cenário de alta da inflação que obrigou o Banco Central a impor medidas para contenção do crédito tenha influência relevante sobre os resultados da companhia. "O aumento (da inflação) não será dramático o suficiente para que as classes C e D deixem de comprar", afirmou. A Natura reajustou seus preços em 5% este mês, seguindo a prática da empresa de realizar um aumento a cada ano. Em 2010, o reajuste foi de 6%. "O setor de cosméticos tem a característica de que as mulheres não deixam de comprar mesmo quando há aumento de preços" acrescentou. "O aumento de 5% é compatível com a pressão de custos que prevíamos para 2011", disse Carlucci. Segundo ele, a Natura também não espera ser afetada pela disparada dos preços do petróleo, que é uma das principais matérias-primas usadas na produção de cosméticos e embalagens plásticas. Na avaliação do vice-presidente financeiro da companhia, Roberto Pedote, a pressão de custos de produção enfrentada pela empresa está "bastante controlada e de acordo com o previsto". Às 16h17min, as ações da Natura exibiam queda de 2,3%, enquanto o Ibovespa operava estável. Na quarta-feira, dia 23/2, a empresa divulgou alta anual de 17,6% no lucro líquido do quarto trimestre de 2010. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP

Consumo de carne bovina sem osso recua e o preço cai

Desde o início de janeiro o preço da carne bovina sem osso está em queda no mercado atacadista de São Paulo, aponta a Scot Consultoria. Destaque para os cortes de traseiro. O produto, que possui um maior valor de mercado e, geralmente em dezembro apresenta alta de consumo e consequentemente de preços, normalmente é o que mais se desvaloriza em janeiro. Com a população descapitalizada no primeiro mês do ano, os produtos mais caros são os que mais apresentam recuo nas cotações. Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, a queda de preços acumulada em sete dias deste ano, considerando os cortes de traseiro, foi de 5%, em média, enquanto a carne de dianteiro teve 2,5% de baixa. O comportamento é considerado normal para o período do ano.
Da redação – São Paulo / SP Cultivo irrigado de café pode chegar a 30% do café em 10 anos A produção de café em áreas irrigadas ocupa atualmente 10% do total da plantação e pode chegar a 30% em um período de dez anos. A projeção foi feita pelo vice-presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Ramon Olini Rocha. Com isso, a quantidade de café produzida com esse tipo de tecnologia passará de 25% para 75% do total. Rocha visitou o Ministério da Agricultura esta tarde, em Brasília, e convidou o ministro Wagner Rossi para participar da Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura (Fenicafé) que ocorrerá entre os dias 6 e 8 de abril em Araguari/MG. Segundo ele, a cidade produz 7 mil sacas de café por ano, o que corresponde a 2% do total da produção brasileira, distribuídos em 18 mil hectares. O evento reunirá o XVI Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura no Cerrado, a XIV Feira de Irrigação de Café no Brasil e o XII Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada. O evento é realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).


Da redação – Brasília / DF

Proposta prevê incentivo para ações de reflorestamento
Em tramitação na Câmara, o Projeto de Lei 18/11, do deputado Maurício Rands (PT-PE), prevê a concessão de incentivos - em pagamento ou compensação - para reflorestamento em assentamento rural, em áreas degradadas ou desapropriadas pelo Poder Público. Pelo texto, o governo federal deverá conceder o incentivo por meio de programas ambientais já existentes. As regras serão definidas pelo Executivo, que terá de regulamentar a lei no prazo de 120 dias após a sua aprovação. Ainda segundo a proposta, o incentivo deverá "representar alternativa econômica para famílias assentadas, trabalhadores rurais e pequenos produtores".

Compromisso internacional - Rands lembra que na última Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), em 2009, o Brasil assumiu a meta de reduzir em até 39% a emissão de gases de efeito estufa até 2020. "Essa meta não pode ficar no papel tão somente como retórica em defesa do meio ambiente; é preciso concretizá-la", disse. Para o deputado, um dos caminhos para atingir a meta é o governo financiar o reflorestamento em assentamentos rurais. Dessa forma, afirma, "esta ação se torna viável, ambiental e economicamente".

Tramitação - O projeto tramita em caráter pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara de Notícias)



São Paulo / SP

Tyson resolve questão de pagamentos impróprios no México

A Tyson Foods negociou com o governo americano o caso da descoberta de pagamentos impróprios feitos a um programa de exportação em sua subsidiária no México. Segundo divulgações da imprensa internacional, no início de 2007, a Tyson voluntariamente relatou que pagamentos impróprios, em valores acima de US$ 100 mil, foram feitos pela Tyson de México para dois veterinários do governo local. A entrega das somas foram feitas diretamente às esposas desses veterinários. Os veterinários eram responsáveis pela certificação dos produtos avícolas para exportação, fazendo parte de um programa de inspeção mexicano.
Os pagamentos começaram há alguns anos, antes de a Tyson se interessar pela companhia, que hoje atende por Tyson do México. Naquela época e ainda depois da aquisição da Tyson de México, a lei mexicana permitia pagamentos diretos aos veterinários que fossem “aprovados” pelo próprio governo e que fossem encarregados de receber taxas extras por seus serviços, como forma de complementar a sua renda. No entanto, a partir do dia que esses dois veterinários fossem declarados oficiais do governo mexicano e começassem a receber o seu salário integral, os pagamentos da Tyson de México deveriam ser cancelados. Equipes da Tyson conduziram uma investigação e imediatamente cancelaram os pagamentos impróprios no final do ano de 2006 e reportaram a situação ao Departamento de Justiça e à Comissão de Segurança e Exportação americanos. As investigações levaram o caso ao Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) e, agora, as denúncias contra a Tyson foram resolvidas. A empresa assinou um processo de acordo, que inclui o pagamento de uma multa de US$ 4 milhões ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Também assinou um acordo de consentimento com a Comissão de Segurança e Exportação, abrindo mão de lucros da ordem de US$ 1,2 milhão. A Tyson também melhorou seu programa de fiscalização, redesenhado para prevenir e detectar violações financeiras, além de se reportar, por um período de dois anos, diretamente e esses dois órgãos do governo americano. A Tyson de México, instalada em Gomez Palacio, no centro-oeste mexicano, conta com três unidades de processamento de aves. Seus produtos, cortes e alimentos industrializados de frango representam cerca de 1% do total de vendas da Tyson Foods.


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SETOR AUTOMOTIVO


Frankfurt / Alemanha

BMW entra na briga pelo mercado de carros elétricos

A BMW deu a largada rumo ao mercado de carros elétricos. A montadora alemã anunciou dois modelos movidos a energia limpa, que devem chegar ao consumidor em 2013. Para consolidar-se como primeiro fabricante premium a lançar o carro elétrico em série, a marca deu início a uma grande campanha de marketing para preparar o terreno. A introdução de um novo produto no mercado sempre conta com um fator de especial significado: o nome. O diretor de marketing da empresa decidiu não desvincular a linha à marca-mãe. Com base nesse conceito, nasceu a submarca BMWi, com logotipo concebido em um escritório de design na Califórnia.



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SERVIÇOS & VAREJO


Rio de Janeiro / RJ
Grupo
Pão de Açúcar conclui negociações para adquirir 100% da Sendas

A CBD - Companhia Brasileira de Distribuição -, controladora do Grupo Pão de Açúcar, concluiu as negociações para adquirir as ações remanescentes da rede de supermercados Sendas Distribuidora. A aquisição será feita por meio da Barcelona Comércio Varejista e Atacadista, subsidiária da CBD. A negociação envolve 250 milhões de ações ordinárias classe A, representativas de 50% do capital votante da Sendas Distribuidora. O valor é de R$ 377 milhões. Com essa aquisição, a CBD e as controladas, Sé Supermercados e Barcelona, passam a ter 100% do capital social da Sendas Distribuidora. Atualmente, elas detêm 57,43% do capital. A operação foi aprovada ontem pelo Conselho de Administração da CDB, mas ainda deve passar pela assembleia geral de acionistas do grupo, no dia 14/3, que pode suspender a aquisição, de acordo com fato relevante registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Se a compra for aprovada, o pagamento será feito em sete parcelas, sendo que a primeira, de R$ 59 milhões, na data do fechamento. O restante será pago em seis parcelas anuais iguais, com começo em julho deste ano.


Dallas / EUA

Mercado global de alimentos e bebidas orgânicos valerá US$ 104,50 bilhões até 2015

O relatório "Global Organic Foods & Beverages Market Analysis by Products, Geography, Regulations, Pricing Trends, & Forecasts (2010 - 2015)" (Análise do mercado orgânico global de alimentos e bebidas por produto, região, regulamentação, tendências e previsões de preços) analisa o mercado de alimentos, bebidas e suplementos orgânicos por produto e região e estuda os maiores impulsionadores, restrições e oportunidades do mercado de alimentos e bebidas orgânicas nas principais regiões da América do Norte, Europa, Ásia e resto do mundo. Espera-se que o mercado orgânico global de alimentos e bebidas cresça de US$ 57,2 bilhões em 2010 para US$ 104,5 bilhões em 2015 à taxa estimada de crescimento anual composta de 12,8%. (Fonte: Fonte: MarketsandMarkets e PRNewswire)


Da redação – São Paulo / SP
Diretoria da Berkley visita filial em Minas

No último dia 15 de fevereiro, o presidente da Berkley International, Eduardo LLobet, e o diretor presidente da Berkley Brasil, José Marcelino Risden, estiveram visitando a filial da seguradora em Belo Horizonte/MG. O objetivo da visita foi estreitar o relacionamento com os corretores da região e reforçar o compromisso de apoiar o desenvolvimento do mercado de seguros mineiro. “A Berkley sempre busca estar próxima de seus parceiros. Ouvir e compreender as necessidades de nossos clientes e corretores é a nossa principal habilidade empresarial”, afirma Marcelino. Durante a visita, os dois executivos da companhia e corretores da Universal Seguros posaram ao lado da primeira apólice emitida pela Berkley no Brasil, que completa cinco anos no próximo dia 01º de março.
Sobre a Berkley International do Brasil - A Berkley International do Brasil é uma seguradora de nicho multilinha, com foco em Engenharia, RD Equipamentos, Responsabilidade Civil, Transportes, Eventos, Garantia e Fiança. Possui escritórios em São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, Salvador/BA, Espírito Santo/ES e uma gerência comercial em Curitiba/PR. Além dessas filiais, conta com representantes em Porto Alegre/RS, Brasília/DF, João Pessoa/PB e Recife/PE. A companhia faz parte do Grupo W.R.Berkley, um dos maiores e mais respeitados grupos seguradores dos EUA. O conglomerado possui unidades também no Reino Unido, Argentina, Uruguai, Espanha, Hong Kong, Alemanha e Filipinas. Sua principal característica é o atendimento personalizado, que visa identificar e atender com agilidade e eficiência às necessidades específicas dos corretores. (Fonte: Agência DPI) Da redação – Porto Alegre / RS Controller Inventários projeta crescer 20% com atuação mais forte no setor industrial Após fechar 2010 com mais de 70 clientes ativos, a Controller Inventários, sediada em Canoas, empresa líder no segmento de inventários de estoques no RS, projeta um crescimento de até 20% em 2011. O avanço, segundo o diretor da empresa, Álvaro Pinto, ocorrerá com o fortalecimento da sua atuação no setor da indústria, além de expandir o atendimento a clientes do varejo. “Consolidamos nossa atuação na área de inventários de estoques no varejo, segmento em que somos referência na região Sul. Agora partiremos para uma atuação mais efetiva na área industrial, pois há uma demanda reprimida enorme no que se refere a inventários de estoque num setor que é vital para a economia. Para se ter uma idéia, uma indústria pode ter parada sua planta produtiva pela falta de uma simples peça. Se há controle de estoque, essa possibilidade não existe”, destaca Pinto. Prevenir as quebras e perdas em uma empresa aumenta a eficiência das operações e permite manter a lucratividade com margens menores, o que se reflete no preço final das mercadorias. Para isso, o controle e inventário de estoque é tão essencial. A grande concorrência existente em qualquer setor da economia e a necessidade que as empresas têm em controlar os seus ativos faz do inventário de estoque uma ferramenta estratégica de gestão e controle, de acordo com o executivo. Além disso, de acordo com Álvaro, a contratação de uma empresa especializada para fazer o inventário de estoque garante isenção e confiabilidade no resultado final que esta operação exige. A Controller Inventários, que já atua há 10 anos neste setor, possui tecnologia de ponta, com software específico para fazer a contagem por meio de leitura ótica do código de barras de cada produto, bem como formata o trabalho adequado as necessidades de cada cliente. Mesmo já tendo atuação em empresas dos mais variados segmentos (confecção, eletroeletrônicos, farmacêutico, distribuição, além da indústria, bazar e decoração), o diretor da Controller Inventários acredita que há muito espaço para crescer. Conforme o executivo, há empresários que ainda nutrem certo receio em entregar para uma empresa terceirizada a incumbência de contar o estoque de sua empresa. Por isso, ressalta, a Controller Inventários mantém em seus contratos de prestação de serviços cláusulas severas de confidencialidade. “O curioso nisso é que muitas vezes a empresa tem medo de contratar uma empresa para fazer ao inventário do estoque. Ao mesmo tempo, porém, terceirizam a contabilidade, a área jurídica”, comenta. (Fonte: Spindler Comunicação Corporativa)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Cuiabá / MT

China aumenta em 67% compra de carne de MT

A China registrou um aumento de 67% na compra de carne mato-grossense em dezembro na comparação com novembro do ano passado. Já a venda para do produto para União Europeia apresentou um incremento de 4%. Apesar do aumento de carne embarcada para estes destinos, o maior volume de exportações ainda é direcionado ao Oriente Médio e a Rússia. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), estes destinos são responsáveis por 46% do volume total das exportações de carne do Estado. Os embarques em dezembro do ano passado registraram uma variação positiva de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, obtendo assim um acumulado de aproximadamente 19 mil toneladas equivalente carcaça. “Esse incremento no volume de exportação é um reflexo da melhor na demanda internacional, que vem aceitando níveis de preço cada vez mais elevados”, aponta o boletim semanal do Imea.


Da redação - São Paulo / SP
Setor avícola comemora fim de dumping ucraniano

Um comunicado da embaixada do Brasil na Ucrânia enviado à União Brasileira de Avicultura (Ubabef), informa que a Comissão Interministerial do Comércio Exterior daquele país oficializou a decisão de não aplicar medida antidumping contra a importação de cortes de frango brasileiro. O Brasil em 2007 exportava 10 mil toneladas de carne de frango. Em abril de 2008, a Ucrânia acusou empresas brasileiras de vender a carne de frango a preços inferiores aos praticados nos mercados locais, resultando em concorrência desleal. Com as restrições impostas houve uma queda para 248 toneladas em 2010. A denúncia se estendeu aos Estados Unidos. O Brasil e os EUA contrataram um advogado em comum que conseguiu parecer favorável aos dois países. "A decisão irá incrementar as exportações para o país, que é um importante mercado comprador. Porém, devido às restrições, reduziu as encomendas nos últimos anos. Vamos iniciar imediatamente tratativas com os importadores para que, o mais rapidamente possível, voltemos a bons índices de exportação para aquele país", afirmou Francisco Turra, presidente executivo da Ubabef.


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TI, WEB & e-COMMERCE


Da redação – São Paulo / SP

IBM Brasil lança portal exclusivo para Parceiros de Negócios

A IBM Brasil lançou ontem, dia 24/2, um portal inteiramente dedicado ao relacionamento com seus Parceiros de Negócios. O site “Canais Brasil” simplifica o contato entre a companhia e suas revendas, unificando os conteúdos voltados a elas em um único meio virtual. Com isso, distribuidores e revendas poderão obter de forma rápida e objetiva informações sobre os produtos e serviços IBM, eventos, campanhas de incentivo e de marketing, assim como acessar comunicados da companhia e participar de treinamentos online. Tudo isso disponibilizado em formato de vídeo. A criação do portal atende à necessidade da IBM de ter um meio de comunicação ágil e eficiente com seus parceiros, em um momento em que o número de canais no Brasil cresce de forma consistente. Ano passado, a empresa contava com cerca de 1,3 mil parceiros em todo País, número que em 2011 já chega a 1,7 mil, um acréscimo de 30%. As revendas são capacitadas em tecnologias IBM e responsáveis por levar essas soluções e serviços para o mercado de pequenas e médias empresas, principalmente nas cidades-foco para a estratégia de expansão regional da companhia. “Os Parceiros de Negócios são vitais para o sucesso da IBM e têm compartilhado o crescimento e o legado de inovação da empresa ao longo de seus 100 anos de história. As grandes prioridades estratégicas da companhia, como computação em nuvem, ferramentas analíticas e expansão regional - abriram novas oportunidades para nossos parceiros e estamos trabalhando para apoiá-los com novas ofertas, capacitação e qualificações. O portal será uma ferramenta importante de suporte a esse processo”, destaca o Diretor de Canais da IBM Brasil, João Felipe Nunes. A IBM Brasil investe em sua estratégia de expansão regional para ampliar seus negócios em mercados nos quais há grandes possibilidades de crescimento. O objetivo é aumentar a oferta de serviços e produtos em novas praças e fomentar as economias regionais, por meio de parcerias com empresas, instituições e governos locais. Cada cidade conta com o atendimento de uma equipe multidisciplinar, composta por funcionários da IBM e seus Parceiros de Negócios. (Fonte: Assessoria de Imprensa - In Press Brodeur)


Seul / Coréia do Sul

Samsung lança notebook ultrafino para brigar com Apple

A Samsung Electronics lançou um notebook ultrafino ontem, dia 24/2, numa tentativa de ampliar sua presença no segmento mais sofisticado do mercado de computação pessoal móvel, dominado pela Apple. A Samsung, que emerge como uma das mais fortes rivais a desafiar a Apple nos mercados de smartphones e computadores tablet, também ataca o setor de notebooks, onde a Apple tenta replicar o sucesso que teve com o iPhone e o iPad com a linha MacBook. A Samsung lançou o modelo 9 Series para competir com o ultrafino MacBook Air, lançado em outubro. A companhia sul-coreana afirmou que o novo notebook custará 2,5 milhões de wons (US$ 2,2 mil) na Coreia e que será lançado a partir do próximo mês nas Américas e Europa. A Apple superou a Hewlett-Packard no trimestre passado como maior fabricante de computadores móveis do mundo, impulsionada pelas fortes vendas do iPad, segundo a empresa de pesquisa de mercado DisplaySearch. A empresa vendeu mais de 10 milhões de notebools e tablets no último trimestre, obtendo uma participação de mercado de 17%, quase um milhão a mais que a HP, que ficou com 15,6% do mercado. A Samsung afirmou nesta quinta-feira que tem como meta ser a sexta fabricante mundial no mercado de computação pessoal móvel este ano, um posto acima do ranking do ano passado. (Agência Reuters)



Toronto / Canadá

Digital Journal divulga crescimento sólido
A Digital Journal, rede global de notícias de mídia digital, divulgou ontem, dia 24/2, dados mostrando o forte crescimento nas divisões on-line e móvel. Considerada pioneira e líder em crowd-sourcing e conteúdo gerado pelo usuário, a Digital Journal tem 30 mil jornalistas profissionais e cidadãos, blogueiros, fotógrafos e freelancers em 200 países em todo o mundo. A empresa divulgou as seguintes informações relacionadas com crescimento:
- Crescimento móvel
- Aplicativos para site móvel e smartfone atraem mais de meio milhão de visitantes por mês e está aumentando.

- Aplicativos para smartfone lançados em meados de dezembro de 2010 para dispositivos Android, Apple, BlackBerry e Windows Phone em parceria com Polar Mobile.

- Aplicativos para smartfones baixados 35.000 vezes desde o lançamento, atualmente aumento em mais de 5.000 downloads por dia.
- Site móvel interativo (m.digitaljournal.com) permite que qualquer pessoa publique notícias, blogs, imagens e muito mais de seus smartfones. (Fonte: Digital Journal Inc e PRNewswire)


Da redação – Porto Alegre / RS

Rede Cigam rumo à certificação CMMI Nível 3
A Cigam Software de Gestão retomou o processo para conquista da certificação CMMI Nível 3 (Capability Maturity Model Integration – Modelo de Maturidade e Capacidade Integrado). Na adequação necessária para que a certificação seja conquistada, a empresa contará com o apoio da Vital consultoria. Encontros quinzenais e bimestrais fazem parte das ações que irão até o final de 2011. No período, a capacitação da equipe de projeto, definições das novas práticas e a validação das atividades desenvolvidas serão os principais focos, com o objetivo de ampliar a qualidade nos serviços da rede desenvolvedora do ERP CIGAM.

CMMI Nível 3 - Na evolução do CMMI Níveis 1 e 2, estágios cujos requisitos a Cigam já atende, o CMMI Nível 3 estabelece o processo de evolução, integrando diferentes modelos e disciplinas. É uma certificação na garantia da capacidade e maturidade das empresas. Para a implantação, a Cigam criou grupo de trabalho onde cada integrante ficou responsável por alguns requisitos, escolhidos de forma integrada a função ocupada na empresa. A equipe é formada por Marcelo Petry, Maurício Ouriques, Edson Wobeto, Danielle Both, Cristina Schnoremberger e César Bauer. Algumas etapas compõem as exigências para este modelo. São elas: o auto-conhecimento e capacitação, que consistem na compreensão da real situação atual e as melhorias necessárias, ao planejamento, que abrange a equipe de trabalho, execução, validação, disseminação, momentos em que os processos recebem a implantação das práticas CMMI. Por fim, vêm as etapas de homologação e encerramento, que abrangem a validação das lições aprendidas.

Vital Consultoria - Todo o processo contará com o apoio da Vital Consultoria, empreendimento de Caxias do Sul. A cada 15 dias são feitas visitas por um analista de negócios da Vital, que se dedica a capacitar e validar as tarefas realizadas pela equipe de projeto no período que discorre de uma visita a outra, conforme cronograma e lista de pendências. Já os encontros que ocorrem bimestralmente, são coordenados pelo gerente de projetos da empresa de consultoria e se destinam a avaliar a situação e evolução do projeto. Jaqueline Giovanardi, diretora de projetos da Vital, lembra que as empresas de Tecnologia da Informação estão cada vez mais envolvidas em práticas que levam a competitividade. “Mas para isso é preciso estudar práticas como CMMI, Gestão de Projetos, Análise de Negócio, métodos ágeis, ITIL, Cobit, CRM, gestão por processos, BSC, entre outros”, diz. Características do empreendimento também devem ser observadas. “É necessário entender as características da empresa, sua cultura, nível de conhecimento e modelo de negócio para, ai sim, aplicar o que é necessário e na profundidade exigida por aquela empresa, especificamente”, cita Jaqueline.

Objetivos - Os principais objetivos do projeto são elevar o nível de maturidade das metodologias MDC (Metodologia de Desenvolvimento CIGAM) e MTC (Metodologia de Testes CIGAM), com base nas práticas do CMMI nível 3, trabalhando aspectos como a gestão do conhecimento e gestão integrada de projetos com métodos ágeis. Marcelo Eduardo Petry, gerente da área de produto e tecnologia da Cigam e coordenador do projeto, lembra que a certificação é uma garantia da satisfação dos clientes. “Buscamos uma satisfação ainda maior por parte dos clientes através das nossas soluções, principalmente focando na usabilidade a partir das melhores práticas e experiência do usuário,” diz. Com a conquista do CMMI Nível 3 a Rede Cigam passará a sustentar altos índices de crescimento com garantia de qualidade e agilidade. Com isto também amplia seus conhecimentos e ganha visibilidade no mercado nacional e, principalmente, internacional. Para Luís Rogério Dupont, diretor de Tecnologia da Cigam e patrocinador do projeto de adequação ao CMMI nível 3, o desejo por evolução é algo contínuo na Rede. “Não existe uma zona de conforto, na qual possamos ficar e com a qual nos contentar, em termos de qualidade de práticas e processos. Quando concluímos um projeto como o que iniciamos agora, já começamos outro”, afirma. (Fonte: Assecom - Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)



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TELECOM



Da redação – Porto Alegre / RS

Vivo teve aumento no lucro de 116%: o melhor resultado da sua história

A Vivo divulgou ontem pela manhã, dia 24/2, seus resultados anual e do 4º trimestre de 2010. Os destaques financeiros e operacionais foram o lucro líquido recorde, 116% maior do que o registrado nos 12 meses de 2009 (R$ 1,9 bilhão contra cerca de R$ 880 milhões), o aumento de 57,5% na receita de dados e serviços de valor agregado (SVA) no ano e a expansão de 10% na receita líquida de serviços na comparação anual. A média de uso em minutos (MOU) dos usuários aumentou 26,1% (116 minutos contra 92 minutos) e a receita média por usuário (ARPU) teve crescimento pelo terceiro trimestre consecutivo. Somente em 2010, o número de clientes com planos de dados cresceu 87,3%. Por esse motivo, a operadora está na liderança de acesso à internet via placas com 40,1% de market share e adições líquidas de 72% no ano.
Entre vários fatores, a atratividade da marca Vivo e sua liderança em cobertura 3G, que chegou a 1.206 municípios em dezembro do ano passado, contribuíram para o crescimento de 16,5% da base de clientes, para 60,3 milhões, e na expansão de 29,1% no segmento pós-pago. A Vivo é líder em telecomunicações móveis com 29,7% de participação no mercado brasileiro, sendo 35,2% de market share no pós-pago. “Os indicadores positivos da performance da Vivo nas mais diversas frentes não são frutos de acertos pontuais ou conjunturas favoráveis específicas. Eles são, sim, resultado de uma estratégia consistente, que vem sendo desenvolvida ao longo dos últimos cinco anos, com ousadia e determinação. A nossa obstinação é a busca pela satisfação dos clientes, por meio da excelência em produtos, serviços e atendimento”, diz Roberto Lima, presidente da Vivo. A companhia registrou uma redução de 54,4% no seu endividamento líquido, para R$ 1,7 bilhão, sendo 82% da dívida com perfil de longo prazo. A geração de caixa da companhia foi 63,7% maior em 2010 na comparação com 2009. Para os acionistas, os dividendos propostos serão de R$ 5,73 por ação, em condições iguais para papéis ordinários e preferenciais. O montante total será de R$ 2,3 bilhões, ou seja, 127% do lucro líquido do ano, excluída a reserva legal. Em 2011, os investimentos previstos pela Vivo serão de R$ 3,48 bilhões, sendo que o pagamento pelas licenças adquiridas no leilão realizado pela Anatel das sobras de freqüências, em dezembro de 2010, já está incluído nesse montante. “É gratificante chegar ao atual resultado financeiro e operacional. Mais que isso, é um estímulo para a Vivo dar novos passos nesse serviço essencial e transformador. E é isso que vamos continuar fazendo”, afirma Lima. Investimento da Vivo deve atingir R$ 3,4 bilhões em 2011 Os investimentos da Vivo no Brasil neste ano serão maiores do que em 2010. O orçamento aprovado pelo Conselho pode atingir a marca de R$ 3,48 bilhões. Na comparação com o montante investido em 2010, a empresa terá, aproximadamente, 40% mais recursos.

A maior concentração de investimentos estará na ampliação da rede da Vivo e em Tecnologia da Informação
Em junho do ano passado, a Vivo anunciou um ambicioso projeto de expansão de sua cobertura de terceira geração (3G), o Plano Vivo Internet Brasil, que ampliará sua rede de 600 para 2.832 municípios brasileiros até o final deste ano. Ao término do programa, 85% da população terão acesso a mais avançada rede móvel 3G do País. Até dezembro de 2010, a Vivo chegou a 1.206 cidades, média de 3 novos municípios por dia com 3G, em um período de seis meses. Quixabá/PB e Bozano/RS com 1,5 mil e 2,4 mil habitantes, respectivamente, são exemplos das localidades que estão conectadas com a melhor tecnologia 3G do País. “Construímos em tempo recorde a maior rede 3G do País e essa expansão continua acelerada, gerando um volume de receitas que faz com que já tenhamos o retorno de praticamente todo o investimento realizado”, diz Roberto Lima, presidente da Vivo. “A companhia se consolidou como uma organização que é mais que uma operadora de telecomunicações móveis. É um importante agente de transformações econômicas, sociais e culturais, que captura e cria valor para as pessoas, para a sociedade e para o País”, complementa Lima. Uma parte do investimento de 2011 está destinada ao pagamento dos 23 lotes adquiridos no leilão de sobras de freqüências realizado pela Anatel em dezembro do ano passado. O valor final a ser pago pela Vivo será definido na data da assinatura dos termos, conforme as regras estabelecidas no edital e impostas pelo órgão regulador. (Fonte: Comunicação e Relações Institucionais VIVO Sul)



Madri / Espanha

Telefónica anuncia que lucro líquido subiu 30,8% em 2010

O grupo espanhol Telefónica fechou 2010 com lucro líquido de 10,167 bilhões de euros (US$ 14,03 bilhões), montante 30,8% maior que o registrado no ano anterior, devido ao efeito contábil da aquisição da operadora brasileira Vivo. Os extraordinários representam 2,164 bilhões de euros e incluem o efeito positivo da revalorização de sua participação na Vivo e o negativo das despesas de reestruturação e a baixa de ativos fiscais na Colômbia, informou nesta sexta-feira a operadora à Comissão Nacional da Bolsa de Valores. Em 2010, a operadora vendeu ativos no valor de 4,15 bilhões de euros, enquanto a revalorização da participação da Telefónica na Vivo após a compra de 100% da operadora representou 3,797 bilhões de euros na contabilidade. O resultado operacional foi de 16,474 bilhões de euros, valor 20,7% maior na comparação anual. O grupo indicou que sua elevada diversificação lhe permitiu seguir crescendo e que sua intensa atividade comercial fez com que o número de clientes tivesse alta de 8,7% em termos reais, aos 287,6 milhões, dos quais 220,2 milhões de telefones móveis, ou seja, 8,9% mais. A Telefónica aumentou em 2010 sua dívida financeira líquida em 12,042 bilhões de euros, aos 55,593 bilhões de euros. No último ano, a Telefónica investiu mais de 10,8 bilhões de euros. (Agência EFE)



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MERCADO DE LUXO


São Paulo / SP

Credores da Daslu aprovam recuperação judicial e venda da empresa
Os credores aprovaram ontem a tarde, dia 24/2, em assembleia o plano de recuperação judicial da Daslu, que prevê a venda da marca e de uma das duas unidades da loja. O único interessado no negócio foi a Laep Investments, representada por duas empresas chamadas Chipilands e Retail. Eles ofereceram o valor simbólico de R$ 1 mil e se comprometeram a colocar R$ 65 milhões na empresa. Esse valor inclui um crédito de R$ 44 milhões em dívidas da antiga Daslu e ainda um aporte de R$ 21 milhões - único dinheiro novo que entra na empresa.
(LEIA na íntegra)


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ARTIGO


Internet sem noção

por Letícia Batistela,
Jurídica da Associação de Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, regional RS (Assespro-RS) (LEIA)







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