Edição 497 | Ano III


Da redação – Brasília / DF
Arrecadação do governo cresce 15% em janeiro e bate recorde
A arrecadação de tributos federais cresceu 15,34% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação do período. No mês passado, o total arrecadado chegou a R$ 91,07 bilhões, contra R$ 78,96 bilhões no ano passado. É o maior valor já registrado em um mês de janeiro. Em relação a dezembro do ano passado, porém, houve queda real de 3,13%. Naquele mês, a arrecadação somou R$ 94,01 bilhões. Entre os fatores que explicam o desempenho estão o pagamento, em janeiro, da primeira cota do Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da CSLL - Contribuição Social sobre Lucro Líquido -, o pagamento de royalties do petróleo e o encerramento de desonerações do IPI incidente sobre automóveis.

Brasília / DF
Investimento estrangeiro em 12 meses bate recorde
Os investimentos estrangeiros diretos, aqueles destinados ao setor produtivo, alcançaram o valor recorde de US$ 51 bilhões nos 12 meses encerrados em janeiro. Segundo dados do Banco Central, esse é o maior valor para a série iniciada em 1947. Essa entrada de recursos disparou nos últimos três meses, depois de um período em que empresas estrangeiras estavam adiando investimentos no país. Entre dezembro e fevereiro, esse último mês com dados parciais até ontem, dia 23, já entraram US$ 25 bilhões. "É mais comum ter ingressos mais fracos no começo do ano. Por isso, esses fluxos que estamos observando prenunciam um resultado favorável para o investimento estrangeiro direto no ano", disse o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. Em dezembro, o resultado havia sido puxado por uma entrada de US$ 7,1 bilhões, referentes a uma operação da petrolífera chinesa Sinopec, que comprou 40% da Repsol no Brasil. Em janeiro, os ingressos estão distribuídos entre Espanha, EUA e Canadá, com destaque para os setores de obras de infraestrutura, comércio e atividades imobiliárias. Em fevereiro, já entraram US$ 6,7 bilhões no país, e o BC espera fechar com investimentos de US$ 7 bilhões, melhor resultado para fevereiro da série.
Ações e títulos - Os investimentos estrangeiros em ações em títulos, por outro lado, foram mais fracos nesse mesmo período. No caso de ações negociadas no país, o investimento em janeiro e fevereiro, juntos, ainda está abaixo do registrado no primeiro mês de 2010. As aplicações em títulos de renda fixa no país estão negativas desde novembro, um mês depois de o governo aumentar a tributação sobre esses investimentos para conter a entrada de capital especulativo no Brasil. Outra fonte de recursos para o país são as captações de empresas brasileiras no exterior, que buscam novas fontes de financiamento com recursos mais baratos. Em janeiro, a taxa de rolagem ficou em 237%. Isso significa que os empréstimos que venceram foram rolados e ainda houve espaço para obter novos financiamentos.
Gastos no exterior - O aumento dos investimentos estrangeiros ajudou a melhorar o financiamento do resultado negativo do Brasil nas suas transações com o exterior, que cresce puxado pelo aumento de importações, gastos fora do país e remessas de recursos. Nos últimos três meses, o deficit foi coberto com folga pelos investimentos, mas a expectativa é de piora nesse resultado até o fim do ano. O deficit acumulado em 12 meses está em US$ 49,1 bilhões e deve chegar ao valor recorde de US$ 64 bilhões no fim do ano. Na comparação com o PIB, está no maior nível em dez anos (2,35%). Somente em janeiro, o resultado negativo de US$ 5,4 bilhões é o segundo pior da série, atrás apenas do registrado em dezembro de 2009 (US$ 5,95 bilhões). O BC espera um recuo em fevereiro, para US$ 3 bilhões. O BC destaca o aumento de 129% nas remessas de lucros para o exterior em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2010. Os gastos com serviços fora do país, principalmente viagens e aluguel de equipamentos, subiu 89%.
O fluxo - O BC registrou uma entrada de US$ 3,62 bilhões em fevereiro até o dia 21. O valor se refere à diferença entre os dólares que entraram em saíram do país por meio de operações de câmbio na área comercial e financeira. As compras do BC no período superaram esse valor: US$ 6,58 bilhões. Com isso, as dívidas dos bancos no mercado subiram para US$ 13,29 bilhões, o que significa uma aposta maior na perda de valor do dólar em relação ao real. (Agências Brasil e Folha)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
ANÁLISE - Alimentos seguram IPC-FIPE
Dos grupos que formam a cesta de consumo das famílias o que mais vem trazendo preocupação para o governo, economistas, e, principalmente, os cidadãos, é o conjunto dos preços dos alimentos. A alta das commodities no plano internacional somado ao câmbio fixo no Brasil (uma vez que foi fixado o piso de R$ 1,65 para o Dólar pela equipe econômica), o aquecimento da demanda interna e intempéries climáticas pressionam de fato o preço do grupo. No entanto, após tantas altas consecutivas alguns itens chegaram em seu topo e começam a retroceder de forma relevante, tal qual ficou evidenciado nas prévias de inflação recentemente divulgadas. Ontem o IPCA-15 mostrou queda nos alimentos de 1,21% em janeiro para menos da metade em fevereiro, em 0,57%. O IPC-FIPE de hoje confirma a tendência e apontou deflação para o item em -0,31%.
É a segunda menor taxa de variação para o grupo alimentação medido na 3ª quadrissemana desde 2004, perdendo apenas para 2005 quando o grupo retrocedeu -0,51%. O comportamento dos alimentos exercem forte influência sobre o índice cheio e observar a queda rápida na sua variação é de um lado uma boa notícia, mas também deixa claro o quanto já subiu o gasto com este grupo. Os outros itens medidos pela FIPE também apresentaram queda em sua maioria e evidencia que o impacto sazonal de transportes, educação e habitação está finalmente se incorporando a estrutura de preços e não deve estressar nas próximas medições.
O BC deve utilizar estes dados como argumento para ser menos altista nos juros e apostando que veremos um retrocesso nos índices de inflação de forma mais relevante nos próximos meses. Mas não é só isso que o BC conta para construir uma ata menos alarmista em relação a inflação. Além de dados em queda na margem quando falamos de preços, o BC irá apontar – e com toda razão – que a atividade de fato já está desacelerando no Brasil. Dados sobre o emprego que serão apresentados amanhã fatalmente irão mostrar certa elevação na taxa de desocupação, bem como um incremento de renda menor que o até então apresentado. Nossa projeção aponta alta na Taxa de Desemprego de 5,3% em dezembro para 6% agora em janeiro.
Além disso, amanhã será divulgada a nota de crédito do BC e devemos observar ali de fato os efeitos das medidas macroprudenciais no volume e taxas praticadas ao consumidor. O nome do jogo quando se trata de SELIC não é inflação, mas sim o câmbio e a própria SELIC. É uma meta declarada da atual administração federal baixar os juros no país o mais rápido possível e para tanto está lançando mão de instrumentos não usuais, mas não por isso menos coerentes.
A questão agora é saber se o BC, juntamente com o Planalto, terão habilidade de conduzir um discurso que ancore as expectativas inflacionárias no país. O tom do discurso é fundamental e hoje há desafios adicionais, entre estes o ocaso do ditador líbio Gaddafi que promete levar seu país ao caos, e o petróleo às nuvens, na sua tentativa de reprimir as manifestações populares. Há outro ponto que ainda não entrou na pauta da inflação, mas que já está formando preço. Estamos falando do reajuste do salário mínimo para 2012 que se seguida a regra atual deverá ser reajustado em 7% (variação do PIB de 2010) mais 5,4% (nossa projeção para a inflação de 2011) ficando assim 12,4% maior. É isto que criou uma expectativa de IPCA mais alto para o ano que vem já no início deste ano. Inflação é uma disputa por renda real na sociedade e se há aumento de salários toda essa renda pode, dependendo da situação, retroalimentar os preços. Como vimos o BC e o Planalto terão um longo percurso, e discurso, pela frente. (Fonte: André Perfeito – Gradual Investimentos)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

Washington / EUA
Repsol comunica oficialmente sua saída da Bolsa de Nova York
A companhia petrolífera Repsol YPF comunicou oficialmente à Securities and Exchange Commission (Sec - Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) sua decisão de deixar de cotar na Bolsa de Nova York, onde esteve presente há 22 anos. No comunicado à SEC, datado de 22 de fevereiro, a companhia petrolífera pede formalmente a exclusão de seus American Depositary Shares (ADS), que são os títulos com os quais cota em Wall Street. A companhia petrolífera estreou na Bolsa de Nova York em 11 de maio de 1989. A Repsol decidiu abandonar a principal praça financeira mundial com o argumento de que a saída da bolsa lhe permitirá reduzir significativamente os custos e as cargas administrativas e otimizar sua presença nos mercados internacionais, levando em conta a liberalização dos movimentos de capitais e o reduzido volume de negociação de seus títulos nos EUA. A empresa calcula que 4 de março será seu último dia de cotação na NYSE (New York Stock Exchange). Em comunicado emitido há algumas semanas à Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV) da Espanha, a Repsol manifestou sua intenção de que os títulos seguissem cotando nos mercados extra-oficiais OTC (Over the Counter), nos quais, ao contrário das bolsas, os títulos são negociados diretamente entre duas partes. A Repsol é uma das empresas com maior volume de negócios na bolsa espanhola. No ano passado, esse volume superou os 50 bilhões de euros. (Agência EFE)

São Paulo / SP
Dona do Frango Assado e Viena pode obter mais de R$ 680 milhões em IPO
A International Meal Company (IMC), holding dona das redes de restaurantes e lanchonetes Viena e Frango Assado, pode levantar até R$ 680,4 milhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO). A companhia planeja emitir 22.214.667 ações em distribuição primária e outras 8.330.500 em oferta secundária. Se considerado o teto da faixa de preço estimada pelos coordenadores da operação, que é de R$ 13,50 a R$ 16,50, o montante obtido chegaria a perto de R$ 504 milhões. A oferta pode ser acrescida ainda de lotes suplementar e adicional. Com isso, a operação pode chegar a R$ 680,4 milhões. Entre 10% e 20% das ações serão destinadas a investidores de varejo, que podem participar com aporte de R$ 3 mil a R$ 300 mil.

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia:
As bolsas estão em crise. Fecharam em baixa. Ainda estamos com problemas de conexão com as agências de notícias da região.



HOJE – Abertura das Bolsas Europeias:
- Londres / Inglaterra - O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta quinta-feira em queda de 0,97%, aos 5.866,22 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu a sessão desta quinta-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 4h12 de Brasília era cotado a US$ 114,26, US$ 3,01 mais que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu em alta de 0,1% nesta quinta-feira, aos 7.421 pontos. O euro abriu a sessão desta quinta-feira em ligeira baixa no mercado de divisas de Frankfurt e às 4h de Brasília era cotado a US$ 1,3756, frente aos US$ 1,3765 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quarta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3731.
- Roma / Itália - A índice principal Bolsa de Valores de Milão, FTSE MIB, abriu a sessão desta quinta-feira em queda de 0,84%, aos 21.745,67 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share perdia 0,74%, aos 22.358,48 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta quinta-feira em queda de 0,38%, aos 10.593,60 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, registrou queda de 0,72% na abertura da sessão desta quinta-feira, aos 3.984,36 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa consegue fechar com alta de 0,7% mesmo com crise na Líbia
A disparada dos preços do petróleo, por conta da crise na Líbia, gerou uma corrida pelas ações da Petrobras, que concentraram os negócios da Bolsa brasileira e contribuíram para a recuperação desta quarta-feira. As Bolsas europeias e americanas foram na direção contrária, com o aumento da aversão ao risco entre os investidores, dado o temor que as turbulências políticas contaminem o restante da região.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 0,71% no fechamento, aos 66.910 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 9,37 bilhões, bem acima da média de fevereiro (R$ 7 bilhões/dia.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,675, em alta de 0,11%.
- A taxa de risco-país marca 182 pontos, número 0,55% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - A ação preferencial da Petrobras foi, de longe, o papel mais negociado da Bolsa, com um volume de R$ 1,78 bilhão. O papel valorizou 3,38%, sendo negociado por R$ 28,71, o preço de fechamento mais alto desde o início de agosto de 2010. "A alta do petróleo teve um efeito psicológico, de euforia mesmo, em cima das ações da Petrobras. Mas há também um efeito real sobre os resultados da empresa", comenta Erick Scott, analista da corretora SLW. Ele aponta que, além do impacto sobre as receitas de exportação da companhia, há impacto nos preços de derivados do petróleo, como nafta (insumo da indústria petroquímica), que não sofrem um controle tão rígido do governo. É uma ressalva comum às ações da Petrobras o fato de que o aumento das commodities nem sempre é repassado aos preços domésticos de combustíveis. "E nós temos de lembrar ainda que, com o preço do barril nesses níveis, aumenta a viabilidade da exploração do pré-sal", acrescenta.
Análise 2 - No front doméstico, o Banco Central informou que o país teve um deficit de US$ 5,4 bilhões em suas contas externas em janeiro, com o forte aumento nos gastos com viagens internacionais, remessas de lucros e despesas com serviços no exterior. O deficit acumulado em 12 meses está em US$ 49,1 bilhões e deve chegar ao valor recorde de US$ 64 bilhões no fim do ano. Na comparação com o PIB, está no maior nível em dez anos (2,35%). O Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - apontou uma taxa de desemprego de 10,4% em janeiro ante taxa de 10,1% registrada em dezembro. O contingente de desempregados nas sete capitais da pesquisa foi estimado em 2,291 milhões de pessoas em janeiro, 57 mil a mais do que o estimado em dezembro.
Desempenho de empresas:
- O lucro líquido do grupo siderúrgico Usiminas passou de R$ 1,275 bilhão em 2009 para R$ 1,584 bilhão em 2010, em um crescimento de 24%. Mas no quarto trimestre, o lucro recuou 38%, num desempenho ainda do que o esperado. Analistas estão pessimistas com o desempenho das siderúrgicas para os próximos trimestres, devido às projeções de aumento do custo do principal insumo, o minério de ferro.
- A ação preferencial desabou 5,17% no pregão de hoje. Outras siderúrgicas também tiveram desempenho negativo, a exemplo da CSN, cujo papel desvalorizou 0,48%.
- No dia 22/2 à noite, a Gol reportou um lucro líquido de R$ 132,2 milhões para o quarto trimestre, segundo divulgação de resultados da companhia. O valor representa alta de 20,2% na relação com o terceiro trimestre (quando registrou R$ 110 milhões) e um recuo de 66,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os papéis das companhias aéreas têm sido castigados com aumento dos preços do petróleo, e o provável impacto no custo do querosene para aviação. Ontem, a ação preferencial da Gol perdeu 4,78%; a ação da rival TAM perdeu 3,87%.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em baixa com alta do petróleo
A divulgação de uma previsão menor que a esperada da Hewlett-Packard (HP) sobre os resultados dos próximos meses e o avanço nos preços do petróleo para perto de US$ 100 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) pesaram sobre os índices do mercado de ações dos EUA, que fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva nos pregões de ontem, dia 23/2.
- O Dow Jones caiu 107,01 pontos, ou -0,88%, para 12.105,78 pontos, puxado principalmente pelo declínio de 9,62% nas ações da HP. A companhia divulgou ontem após o fechamento do mercado que seu lucro do primeiro trimestre fiscal cresceu 16% na comparação com igual período do ano anterior, mas anunciou estimativas de lucro e de receita para o segundo trimestre fiscal que decepcionaram o mercado.
- Entre os demais índices, o Nasdaq recuou 33,43 pontos, ou -1,21%, para 2.722,99 pontos.
- O S&P-500 teve queda de 8,04 pontos, ou -0,61%, para 1.307,40 pontos.
Análise - As ações do segmento de energia fecharam em alta, em sua maioria, beneficiadas pelo forte avanço nos preços do petróleo - resultado do aumento na tensão entre as forças de segurança da Líbia e os opositores do governo de Muamar Kadafi. Na Nymex, o contrato do petróleo para abril subiu 2,81%, para US$ 98,10 por barril, mas durante os negócios chegou a atingir US$ 100 por barril pela primeira vez desde outubro de 2008. As ações da Chevron e da ExxonMobil valorizaram respectivamente 1,94% e 1,91%, enquanto as da Chesapeake Energy tiveram alta de 7,25%. Em outros setores, no entanto, pesou a preocupação com a possibilidade de os preços elevados do petróleo prejudicarem a recuperação da economia mundial. Dados divulgados ontem, mostraram que as vendas de imóveis residenciais usados nos EUA cresceram 2,7% em janeiro, mas que os preços das moradias seguem em baixa.

Londres / Inglaterra
Preocupação com Líbia derruba Bolsas europeias pelo 3º dia
As Bolsas de Valores da Europa ampliaram as perdas e fecharam em queda pelo terceiro pregão consecutivo nos pregões de ontem, dia 23/2, com crescentes preocupações com os efeitos da alta do petróleo, conforme investidores não veem um fim próximo para os conflitos na Líbia.
- O índice FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 1%, aos 1.152 pontos, o menor nível de fechamento desde 31 de janeiro.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,22%, a 5.923 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,69%, para 7.194 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 0,92%, para 4.013 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,29%, para 21.929 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 0,64%, para 10.633 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,25%, para 7.889 pontos.
Análise - As tensões crescentes na Líbia levaram os futuros do petróleo Brent para mais de US$ 110 o barril, alimentando preocupações de que a violência em países produtores da commodity resulte em preços de energia cada vez mais altos, pondo em risco o frágil crescimento global. "As pessoas estão ficando muito mais preocupadas agora porque isso está se espalhando e não tem freio", disse Koen de Leus, estrategista da KBC Securities Bolero, em Bruxelas, referindo-se ao espalhamento das revoltas políticas no Oriente Médio e no norte da África nas últimas semanas. "Há duas coisas que você pode fazer: ou enfiar a cabeça em um buraco e esperar que tudo vá embora ou proteger-se ao fechar algumas posições no mercado de ações e ir ao mercado de petróleo." O grupo austríaco de petróleo e gás natural OMV perdeu 5,4% após alertar sobre uma queda temporária na produção líbia. Outras gigantes petrolíferas com operações no país africano, como ENI, Repsol e BP, caíram entre 0,5 e 1,2%.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Abimaq afirma que setor deve investir mais de R$ 4,8 bilhões em 2011
Os investimentos da indústria de bens de capital devem atingir R$ 4,8 bilhões em 2011, de acordo com previsão da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. O número representa crescimento de 18,6% em relação ao valor investido em 2010. Segundo o vice-presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, os investimentos em 2011 não devem promover um grande aumento da capacidade instalada ou mesmo uma grande modernização do setor. "Os investimentos devem significar cerca de 5% do faturamento do setor e servirão para manter a capacidade instalada e substituir máquinas mais antigas", afirmou.
Pastoriza explicou que o cenário do setor não tem incentivado a realização de grandes investimentos. Ele citou dados relativos ao consumo aparente de máquinas e equipamentos, que representa o total de máquinas comercializadas no País, incluindo produção interna e importações. No primeiro trimestre de 2004, as importações representavam 39,89% do consumo aparente. Hoje, respondem por 59,37%. "Tivemos uma inversão. As máquinas brasileiras representavam 60% das vendas internas em 2004 e agora representam cerca de 40%", afirmou.
Na avaliação de Pastoriza, embora o mercado de bens de capital esteja aquecido no Brasil, a indústria nacional tem sido prejudicada pelos concorrentes asiáticos, que utilizam o câmbio "artificial" e obtêm vantagem "desleal". "Estamos passando por uma compressão de preços e margens de lucro para tentar ganhar share dos importados e, mesmo assim, não estamos conseguindo", disse. A China é hoje o segundo maior exportador de máquinas para o Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Em janeiro, do total de máquinas importadas pelo País, 25,9% vieram dos Estados Unidos e 14,7% da China. Pastoriza destacou ainda que cerca de 20% dos componentes das máquinas fabricadas no Brasil têm sido importados para aumentar a competitividade dos produtos. "As empresas estão desnacionalizando partes e importando sistemas", afirmou.

São Paulo / SP
Natura cresce 8,8% em 2010
A fabricante de cosméticos Natura fechou 2010 com lucro líquido de R$ 744,05 milhões, marcando um aumento de 8,8% em relação aos ganhos do exercício anterior, de R$ 683,924 milhões. Só no 4º trimestre, a Natura apurou lucro de R$ 219,3 milhões, uma alta de 17,6% em relação ao montante de um ano antes. O resultado anual foi puxado por ganhos obtidos pela empresa no campo operacional. A receita líquida avançou 21,1% em 2010, chegando a R$ 5,136 bilhões. Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) subiu 24,6%, para R$ 1,256 bilhão. Ainda na comparação anual, a margem Ebitda avançou 0,7 ponto percentual, para 24,5%. Durante o ano passado, o número de consultoras da Natura no Brasil subiu 17,5% e alcançou 1,028 milhão de pessoas. A companhia também informou que investiu R$ 236,9 milhões em 2010, em recursos destinados a tecnologia da informação, capacidade produtiva e infraestrutura logística. Para este ano, os aportes deverão subir para R$ 300 milhões. Hoje, o conselho de administração da empresa aprovou a distribuição de R$ 659,6 milhões e R$ 59,9 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio, respectivamente. A proposta será submetida aos acionistas em assembleia geral ordinária que será realizada no dia 8/4. (Agência Valor)

São Paulo / SP
Coca-Cola cresce 13% no Brasil e Argentina no 4º trimestre
A Coca-Cola Femsa teve um crescimento de 13,3% no quarto trimestre, segundo balanço operacional divulgado ontem, dia 23/2, pela divisão Mercosul da multinacional. O resultado é referente às vendas no Brasil e Argentina apenas. O faturamento foi de R$ 4,18 milhões. O volume de vendas aumentou em 8,1%, em comparação ao mesmo trimestre de 2009, impulsionado por uma progressão de 7% na categoria de bebidas carbonatadas. Também foi destaque o crescimento de 43% na categoria de não carbonatados, impulsionado pelo desempenho da linha de sucos Del Valle, no Brasil, e da água saborizada Aquarius, na Argentina. A combinação com a recente incorporação da marca Matte Leão ao portfólio brasileiro contribuiu com aproximadamente 20% dos volumes incrementais e um aumento de 9% na categoria de águas engarrafadas. A Coca-Cola Femsa possui 31 unidades fabris nos países latino-americanos. Além de atuar no Brasil e na Argentina, a empresa está no México, na Guatemala, na Nicarágua, na Costa Rica, no Panamá, na Colômbia, na Venezuela. No Brasil, emprega mais de 15 mil funcionários e atende cerca de 40 milhões de consumidores.

São Paulo / SP
Cosan conclui compra da Zanin por R$ 90 milhões
A Cosan informa que sua controlada Cosan S.A. Açúcar e Álcool concluiu as negociações para a compra do capital social da Usina Zanin Açúcar e Álcool. O valor final da aquisição foi de R$ 90 milhões, abaixo dos R$ 142 milhões previamente acordados, em função de ajustes de capital de giro e dedução de passivos e contingências. O valor será pago com recursos disponíveis em caixa. A Cosan assumirá dívidas financeiras totalizando aproximadamente R$ 240 milhões. Segundo a empresa, a transação envolveu os ativos da Zanin referentes às atividades industrial e agrícola com capacidade de moagem anual de aproximadamente 2,6 milhões de toneladas de cana e um projeto greenfield localizado no município de Prata, Estado de Minas Gerais, cujo projeto de viabilidade está em análise pela Cosan. A Zanin está localizada na região de Araraquara/SP, considerada uma das melhores regiões de cultivo de cana-de-açúcar do Brasil e onde a Cosan já possui outras três unidades produtoras, o que permitirá a geração de importantes sinergias logísticas e operacionais, de acordo com a empresa. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Nestlé vai investir na linha de bebidas Fast no Brasil
A Nestlé Brasil quer aproveitar o bom momento da economia brasileira para incrementar suas vendas no segmento de bebidas da companhia, que engloba produtos como linha Fast, achocolatados (Ninho e Nescauzinho), água de côco, chá e sucos. "O Brasil está crescendo muito e temos também a ascensão social da classe C, que permite um maior poder de compra aos consumidores", afirmou o diretor da área de negócios de bebidas da Nestlé, Andrea Stoffel, após entrevista coletiva para anunciar uma parceria com a rádio 89 FM, em São Paulo. "Somente para a linha de bebidas Fast, que lançamos em janeiro do ano passado e cujo público-alvo são jovens entre 18 e 25 anos, queremos crescer acima dos dois dígitos porcentuais", completou o executivo.
A unidade de negócios de bebidas da Nestlé ainda representa menos que 30% do faturamento total da companhia no Brasil. "Mas o País é muito receptivo. Temos muito potencial para crescer nesse segmento. Além disso, o comportamento cultural do jovem, que hoje faz tudo num tempo pequeno e precisa de alimentação saudável, contribuirá para nossa expansão nas vendas", disse Stoffel. Segundo ele, ainda neste ano a empresa fará mais lançamentos da linha Fast, que hoje conta com três itens: Neston Fast, Nescau Fast e Alpino Fast. A fabricação desses produtos é realizada atualmente na unidade fabril de Araçatuba (SP) e, por enquanto, ainda não há expectativas de ampliação de produção. "Temos que aumentar a penetração do conceito da linha Fast", declarou Stoffel.
Para aumentar a comunicação da linha Fast com seu público-alvo, a Nestlé anunciou hoje uma parceria com a rádio 89 FM, que passa, a partir das 18 horas de domingo, a se chamar Fast 89 FM. "A rádio terá muito mais interatividade, tanto na programação quanto em seus canais (Facebook, Twitter e site), e terá sempre a presença da marca dos produtos Fast da Nestlé", disse o diretor artístico da rádio 89 FM, Waguinho Rocha. A parceria é válida, em um primeiro momento, por 15 meses, podendo ser estendida. O valor do investimento não foi relevado pela Nestlé e as negociações duraram cerca de dois meses. (Agência Estado)


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AGROBUSINESS

Curitiba / PR
Paraná é terceiro em área de transgênicos
O Paraná plantou em 2010 4,8 milhões de hectares (ha) de cultivos transgênicos ou geneticamente modificados (GM). O volume é 11,62% maior que em 2009 quando a área atingia 4,3 milhões de hectares. O Estado ocupa a terceira posição no ranking nacional e só perde para Mato Grosso com 6,1 milhões de hectares e Rio Grande do Sul com 5,2 milhões de hectares. No Brasil, também houve crescimento da área plantada que passou de 21,4 milhões para 25,4 milhões de hectares, o que significa um incremento de 19%.
O Brasil consolidou a segunda posição mundial conquistada em 2009, só perdendo para os Estados Unidos, que somaram 66,8 milhões de hectares. O diretor da Celeres Consultoria e representante do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas (ISAAA), Anderson Galvão, acredita que o Brasil passe os Estados Unidos no longo prazo. Para ele, o aumento da área plantada no Paraná está relacionada com a percepção dos produtores sobre os benefícios da biotecnologia, que pode reduzir custos e aumentar a produtividade.

Do total plantado pelo Brasil, 17,8 milhões de hectares foram de soja, 7,3 milhões de hectares de milho e 0,25 milhão de hectares de algodão. De acordo com Galvão, o aumento de produtividade decorrente das plantações transgênicas contribuiu para dobrar a produção brasileira anual de grãos nos últimos 20 anos, enquanto a área utilizada para as plantações aumentou apenas 27%.
Para Clive James, presidente do ISAAA, com a capacidade de levar a produção a 100 milhões de hectares de área plantada, o Brasil continuará sendo a mola propulsora na adoção global de plantações biotecnológicas e está investindo em infraestrutura para apoiar esse crescimento.

No ano passado, foram plantados 148 milhões de hectares de transgênicos no mundo, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior (134 milhões de hectares). Ao todo, 15,4 milhões de agricultores de 29 países plantaram culturas geneticamente modificadas. De 1996 a 2010, as lavouras geneticamente modificadas ultrapassaram 1 bilhão de hectares, com um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Os países em desenvolvimento cultivaram 48% das plantações globais em 2010 e, segundo o ISAAA, ultrapassarão as nações industrializadas até 2015. Os países da América Latina e da Ásia deverão ser os maiores responsáveis pela ampliação dos hectares globais cultivados com lavouras modificadas na segunda década de comercialização da tecnologia.

Vale destacar que dos 15,4 milhões de agricultores que plantaram culturas transgênicas, 90% ou 14,4 milhões são pequenos agricultores de países em desenvolvimento e com poucos recursos. Hoje, a maior parte dos pequenos agricultores na China e na Índia cultiva transgênicos: 6,5 milhões de agricultores chineses e 6,3 milhões de agricultores indianos. Em 2010, três países cultivaram comercialmente plantações GM pela primeira vez: Paquistão, Myanmar e a Suécia, o primeiro país escandinavo a comercializar colheitas geneticamente modificadas. Além disso, a Alemanha também plantou batata GM em 2010, retomando seu lugar entre os oito países da UE que cultivam atualmente batata ou milho transgênicos.


São Paulo / SP
Frigol foca mercado interno
A um mês de apresentar o plano de recuperação judicial a seus credores, o frigorífico paulista Frigol trabalha com 70% dos abates de bovinos nas duas unidades em operação, paga o boi à vista e tem conseguido faturar R$ 55 milhões mensais, com vendas principalmente ao mercado interno (85% do total). A empresa pediu recuperação judicial no fim de julho do ano passado, mas não ficou sem operar, de acordo com o diretor da companhia, Djalma Gonzaga de Oliveira, pois conseguiu linhas de crédito com bancos que já eram credores ou não. Problemas de liquidez e dívidas da ordem de R$ 144 milhões levaram a empresa, que faturou R$ 467 milhões em 2009, a pedir a proteção contra a falência no dia 30 de julho de 2010. O balanço "especial", publicado no plano a ser apresentado aos credores, mostra receita bruta de R$ 375 milhões e prejuízo de R$ 78,6 milhões de janeiro a 30 de julho do ano passado, data do pedido de recuperação.
Apesar de bem menos endividado que outros frigoríficos de carne bovina que também recorreram à recuperação judicial, o Frigol teve de fazer demissões por conta das dificuldades financeiras. Foram 380 pessoas, mas 250 já foram recontratadas, segundo Oliveira. Hoje, a empresa tem 850 funcionários nas duas fábricas de Lençóis Paulista e em Água Azul do Norte (PA). A unidade de Pimenta Bueno (RO), que era arrendada, foi devolvida, segundo o diretor do Frigol. Do total de dívidas de R$ 144 milhões do frigorífico, R$ 4,427 milhões são credores trabalhistas, R$ 31,016 milhões com garantia real e R$ 108,7 milhões com credores quirografários (sem garantia). O diretor afirma que o plano de recuperação da empresa vai priorizar o pagamento a pecuaristas e outros fornecedores, que somam R$ 60 milhões. Não haverá deságio nesses créditos, conforme o plano. Créditos até R$ 10 mil serão pagos integralmente em 30 dias a contar da aprovação do plano. Entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, o pagamento será em seis parcelas mensais.
Para créditos acima desse valor, o Frigol propõe que, caso haja entrada de recursos provenientes de créditos tributários junto à Fazenda Estadual Paulista e de novos recursos para capitalização (a empresa negocia ambos), sejam destinados 75% do valor aos credores em até 30 dias após a entrada desse montante no caixa da companhia. O saldo remanescente seria pago em 24 meses com um ano de carência. No caso de credores financeiros, o Frigol propõe um deságio de 60% sobre as dívidas e pagamentos anuais por meio da destinação de um percentual a ser aplicado sobre a receita líquida a ser realizada nos 12 meses anteriores ao pagamento. A carência é de 48 meses.
O plano que será apresentado aos credores também prevê a possibilidade de venda de ativos do grupo para fomentar as operações, "e possibilitando assim o pagamento a seus credores e o cumprimento do plano de recuperação". Considerando a conjuntura de mercado e de custos no setor de carne bovina, a projeção do Frigol para o primeiro ano de recuperação judicial é alcançar uma receita bruta de R$ 656,3 milhões. Para o décimo ano, a previsão é de faturamento de R$ 1,114 bilhão, conforme o plano. (Agência Valor)


Da redação - Campo Grande / MS
Grupo empresarial quer instalar fábrica em Mato Grosso do Sul
Puccinelli destacou que um novo grupo empresarial está interessado em instalar uma unidade de transformação de carne suína e de aves. O governador afirmou que participou em São Paulo de uma reunião sobre a proposta. "Nós não queremos exportar carne in natura, porque a Lei Kandir nos tira ICMS. Queremos ver se conseguimos um cluster, em que possamos transformar o produto em carne industrializada", explicou. Ainda não há discussão sobre em que município do Estado a empresa se instalaria. Conforme o governador, essa definição vai envolver a parcerias como a da prefeitura na doação de terreno com infraestrutura básica de terraplenagem, água e energia; e incentivos de ISS e IPTU. Por parte do Estado, dentro da política de fomentar empresas que invistam em produto com grande valor agregado, gerando empregos e evitando a exportação in natura, o governador mostrou disposição em oferecer incentivo fiscal de até 90%, se houver, por exemplo, a produção de carne na forma de almôndega e já enlatada.


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SETOR AUTOMOTIVO

Washington / EUA
GM deve anunciar seu 1º lucro anual desde 2004
A GM - General Motors - divulga hoje, dia 24/2, os resultados de 2010 - o primeiro ano completo de atividade após a quebra de meados de 2009 -, depois de registrar lucros de US$ 4,158 bilhões nos três primeiros trimestres do ano passado. A GM não registrou um lucro anual desde 2004, quando ganhou US$ 3,7 bilhões. Os analistas afirmaram que esperam que a GM obtenha um lucro de cerca de US$ 1 bilhão nos últimos três meses de 2010, o que representaria cerca de US$ 5,2 bilhões em todo o ano. Os outros dois principais fabricantes de automóveis americanos, Ford e Chrysler, já informaram seus resultados financeiros de 2010. A Ford ganhou US$ 6,561 bilhões, valor que representou seu melhor resultados em uma década. Por sua vez, a Chrysler, que também se declarou em quebra em 2009, perdeu US$ 652 milhões, mas ressaltou que seus resultados foram melhores que o esperado. A GM anunciou a seus 45 mil funcionários das fábricas nos EUA que eles receberão uma bonificação de US$ 4 mil pelos bons resultados de 2010. (Agência EFE)


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Lojas Renner cresce 16,4% no ano
A Lojas Renner, uma das maiores redes de lojas de departamentos do país, disse que suas receitas líquidas subiram 15,5% no quarto trimestre do ano (10,3% em mesmas lojas) e 16,4% em 2010, na comparação com 2009. A empresa fechou o ano com 134 lojas, sendo 14 inauguradas nos últimos 12 meses. O desempenho no trimestre decorreu de um aumento de 15,7% na venda de mercadorias e de 13,6% nas receitas de serviços financeiros. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) avançaram 41,9%, com uma margem de 20,5%.

Da redação – São Paulo / SP
Marca própria vai crescer 30% no Walmart em 2011
Após registrar um crescimento da ordem de 20% no ano passado, o Walmart espera ampliar em 30% a comercialização de produtos de marca própria em 2011. Para isso, a empresa está triplicando o número de lançamentos, com mais de 300 novos itens em diversas categorias de produtos. Atualmente, o sortimento de marca própria da rede soma 12.000 produtos em mais de 180 categorias nas 478 lojas da rede em todo o País.

Nova Iorque / EUA
Home Depot aumenta lucros em 95%
A Home Depot, maior varejista de materiais de construção do mundo, disse que no quarto trimestre de 2010 suas vendas cresceram 3,8% na comparação anual, para US$ 15,1 bilhões, com expansão de 3,9% em mesmas lojas. No mercado americano, houve alta de 4,8% em lojas abertas há mais de 12 meses. Os lucros líquidos de operações continuadas chegaram a US$ 587 milhões (US$ 0,36 por ação), contra US$ 301 milhões (US$ 0,18 por ação) um ano antes, uma alta de 95%. Com isso, a empresa fechou o ano com um faturamento de US$ 68 bilhões, 2,8% mais que em 2009, com +2,9% em mesmas lojas e +2,5% no mercado americano. O resultado líquido da empresa foi 29,7% maior no ano, com lucro de US$ 2,01 por ação. (Agência EFE)

Da redação – São Paulo / SP
Batavo ativa 73 mil PDVs em promoção
A Batavo investiu R$ 15 milhões na campanha Geladeira Premiada, que chega a 73 mil pontos de venda em todo o país com enxoval completo de material promocional. A promoção terá abrangência nacional e sorteará prêmios semanais. No total, serão 24 geladeiras Electrolux duplex top de linha, sendo oito delas com R$ 50 mil (uma por semana). O consumidor também poderá ganhar mais de 400 minigeladeiras Electrolux personalizadas pela marca. Serão 17 categorias de produtos participantes, incluindo leites, iogurtes, produtos de mercearia e refrigerados nas linhas: Kissy, Pense Light, Bio Fibras, Batavito, Batavinho e Naturis Soja. O código promocional impresso nas embalagens dos produtos deverá ser enviado por SMS para o número 49877 ou cadastrado no hotsite especial da promoção www.geladeirapremiada.com.br. Os sorteios acontecerão semanalmente pela Loteria Federal e a ação acontece até o dia 29/4l.

Da redação – Porto Alegre / RS
Foernges inova no atendimento a clientes
A Óptica Foernges inova mais uma vez no segmento em que atua e passa a oferece atendimento domiciliar. Com o objetivo de facilitar o acesso aos cuidados com a saúde dos olhos, a óptica disponibiliza um consultor de vendas para ir até o cliente com os instrumentos necessários para a tomada das medidas que são necessárias na confecção dos óculos, além de oferecer uma variedade em armações de grau e solar. A Foernges possui sete lojas em diversos pontos da cidade, o que facilita e agiliza ainda mais o atendimento. (Fonte: Martha Becker Comunicação Corporativa)


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COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília/DF e Rio de Janeiro/RJ
Vale inicia 2011 na liderança entre maiores exportadores
Após desbancar a Petrobrás da liderança do ranking dos maiores exportadores do País em 2010, a mineradora Vale dá sinais de que deverá manter a posição neste ano. Em janeiro, a companhia totalizou vendas externas de US$ 2,075 bilhões - preço free on board (FOB, quando a fatura inclui a entrega às custas do vendedor) - segundo dados divulgados hoje pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O resultado representa um salto de 179,08% em relação ao total de janeiro do ano passado. Além disso, as vendas da Vale foram 88,5% maiores do que o total exportado pela Petrobrás no mesmo período: US$ 1,101 bilhão. A diferença é explicada pelo salto das vendas da Vale, mas também pela queda de 20,27% nas exportações da Petrobrás em relação a janeiro do ano passado. A possibilidade de a Vale se manter na liderança desse ranking em 2011 é grande, conforme antecipado pela Agência Estado no mês passado. Isso porque a Petrobrás enfrentará dificuldades para ampliar as exportações em um momento no qual a demanda doméstica está aquecida e, por isso, a prioridade tem sido a venda de derivados de petróleo ao mercado local.
Mercado de celulose - Os maiores fabricantes de celulose do Brasil iniciaram 2011 com ampliação das vendas, de acordo com dados divulgados hoje pela Secex. Maior fabricante mundial de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria reportou alta de 87,71% nas vendas externas em janeiro, ante igual período do ano passado, para US$ 136,217 milhões (preço FOB). A concorrente Suzano Papel e Celulose, que tem participação relevante tanto no segmento de celulose quanto no de papel, apresentou desempenho mais discreto: alta de 0,48% nas exportações em igual comparação, para US$ 93,975 milhões. Também na lista das 40 maiores exportadoras do País em janeiro, a Cenibra reportou incremento de 61,27% das vendas externas, para US$ 66,152 milhões.
A evolução da Braskem - As exportações da petroquímica Braskem encolheram 18,61% em janeiro deste ano, em relação a igual período de 2010, segundo dados da Secex. Com vendas de US$ 164,308 milhões - preço free on board (FOB) -, a Braskem ocupou a posição de sétima maior exportadora do País no primeiro mês deste ano, atrás de Vale (US$ 2,075 bilhões), Petrobrás (US$ 1,101 bilhão), Samarco (US$ 283,2 milhões), Bunge (US$ 208,6 milhões), Sadia (US$ 199 milhões) e JBS (US$ 172,2 milhões). Quando comparado com os dados de dezembro do ano passado, o montante de vendas externas da Braskem também apresentou retração, de 24,8%. A queda nessa comparação, entretanto, tem forte peso da sazonalidade do setor. (Agência Estado)


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TI, WEB & e-COMMERCE


São Paulo / SP
Google confirma Fábio Coelho para dirigir operação brasileira
A Google Brasil confirmou na manhã de ontem, dia 23/2, a contratação do ex-presidente do portal iG, Fábio Coelho, como seu presidente no País. Ele foi substituído no portal por Pedro Ripper, que acumulará o cargo com o de diretor de estratégia corporativa e novos negócios da operadora Oi. O anúncio oficial da contratação foi feito pelo vice-presidente sênior da Google para as Américas, Dennis Woodside, em encontro com jornalistas em São Paulo. Coelho começará no novo cargo em 1/3. Com 20 anos de experiência em vendas, marketing e cargos de gerência, Coelho havia assumido o cargo de presidente no iG em setembro de 2009. Ele também é presidente do Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil). O executivo ocupará a vaga deixada por Alexandre Dias, que saiu há seis meses para assumir a direção do Grupo Educacional Anhanguera. O cargo estava sendo ocupado interinamente, e de forma cumulativa, por Alexandre Hohagen, que deixou a vice-presidência da Google na América Latina e a presidência da Google Brasil para assumir, no Facebook, o cargo de vice-presidente de vendas para a América Latina. No passado, Coelho trabalhou por dez anos na operadora de telefonia AT&T/BellSouth, sendo responsável pela divisão de soluções de publicidade da AT&T nos Estados Unidos por cinco anos. Como vice-presidente de marketing, coordenou as ações da operadora em 11 países. Experiência que pode ter sido decisiva na sua contratação, já que uma das prioridades da empresa no Brasil é fortalecer sua presença no mercado de mobilidade. Uma de suas metas, segundo Dennis Woodside, será negociar com operadoras e fabricantes presentes no país. O mercado móvel será fundamental para que a empresa continue mantendo o ritmo acelerado de crescimento no país. Em 2010, as receitas cresceram 80% no Brasil, contra 26% em todo o mundo. O Brasil foi o país de maior crescimento, contribuindo significativamente para o bom desempenho da região. Coelho é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com formação complementar na Coppead-UFRJ e na Universidade de Harvard/EUA. (Agência IDG Now!)

Da redação – São Paulo / SP
Lenovo promete até 30 horas de bateria em notebook
A Lenovo anunciou dia 22/2, seu novo notebook, o ThinkPad T420 que, apesar de parecer bastante convencional, tem características que o distinguem dos concorrentes. Pesa apenas 1,8 kg e promete até 30 horas de autonomia com uma bateria secundária. O site Ubergizmo destaca ainda outra característica do T420, a redução de ruídos. A nova função permite que os sons ambiente e do teclado do computador sejam abafados, ajudando bastante em vídeo-conferências, por exemplo. Além, disso, graças às novas configurações que a Lenovo fez em sua instalação do Windows, a Lenovo Enhanced Experience, ela promete um boot em 30 segundos paras as máquinas T420, algo próximo do que muitos PCs rodando Ubuntu já conseguem naturalmente. Mas a característica mais interessante mesmo talvez seja a autonomia da máquina. Conforme explica o site Slashgear , com uma bateria auxiliar de 9 células, o T420 pode ficar ligado por até 30 horas. Mesmo assim, apenas com sua única bateria, a autonomia já chega a incríveis 15 horas. O novo modelo deve chegar às lojas em março nos Estados Unidos, com preço inicial de U$ 1,029, cerca de R$ 1,7 mil.

Da redação – São Paulo / SP
Novo PSP chega ao Brasil sem alarde
A Sony já começou a vender o novo modelo do PSP na loja Sony Style, e não fez nenhum alarde sobre isso. O custo do videogame portátil na loja é de R$ 1299. O preço pode ser bem salgado, mas os entusiastas do console podem não se preocupar tanto assim. Vale um destaque que na Sony Style americana o mesmo modelo do console sai por U$ 169,99, cerca de R$ 284, valor que não é muito menor do que o de um PlayStation 3, por exemplo, o que pode pesar na hora de decidir a compra, dadas as imensas diferenças entre os consoles. O PSP , que chega ao Brasil com um algum atraso, é vendido no modelo 3010, tem um ano de garantia e não vem acompanhado de nenhum jogo. Mesmo assim, quem estiver interessando em já garantir seu novo PSP pode comprá-lo no site da Sony, no endereço sonystyle.com.br .



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TELECOM

Da redação – Porto Alegre / RS
Vivo é lidera mercado gaúcho
A Vivo, líder em telecomunicações móveis no mercado gaúcho e no Brasil, tem a maior base de clientes de dados no Rio Grande do Sul. Em dezembro, a operadora foi a que mais ganhou clientes nesse segmento, com a adesão de 12 mil de um total de 18 mil novos clientes de dados no Estado, ou seja, mais de 66% das pessoas escolheram a maior e melhor conexão 3G do País. Segundo a Teleco, a Vivo detém quase metade (48%) de participação de mercado no RS. No País, a empresa é líder com 40,1%. Nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, a operadora divulgará os resultados anual e do 4º trimestre de 2010. Os jornalistas poderão acompanhar o evento com o presidente Roberto Lima por webcast. (Fonte: Comunicação e Relações Institucionais VIVO Sul)


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TURISMO & GASTRONOMIA

Brasília / DF
Gastos de brasileiros no exterior em janeiro são recorde
Os brasileiros gastaram US$ 1,741 bilhão em viagens ao exterior no mês de janeiro, período de férias, segundo dados do BC - Banco Central -, divulgados ontem, dia 23/2. Esse é o maior valor na série histórica do BC, inciada em 1947. Em janeiro do ano passado, as despesas de brasileiros em outros países somaram US$ 1,217 bilhão. Os gastos de estrangeiros em viagem ao Brasil chegaram a US$ 595 milhões, contra US$ 566 milhões registrados em janeiro de 2010. Assim a conta de viagens internacionais, que registra os gastos de brasileiros no exterior e as receitas deixadas por estrangeiros em viagem ao Brasil, ficou deficitária em US$ 1,146 bilhão, em janeiro deste ano, contra US$ 651 milhões de saldo negativo de igual período de 2010. As viagens internacionais estão na conta de serviços, que também registra gastos e receitas com transporte. Essa conta apresentou déficit de US$ 423 milhões em janeiro, contra US$ 289 milhões mo mesmo mês do ano passado. No caso de aluguel de equipamentos, o saldo negativo ficou em US$ 1,062 bilhão, contra US$ 874 milhões de igual período de 2010. (Agência Brasil)


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MERCADO DE LUXO


São Paulo / SP
Daslu vai vender loja e pagar royalties para usar nome
Os cerca de 200 credores da butique de luxo Daslu convidados a se reunir em assembleia amanhã terão que decidir se aceitam o plano de recuperação judicial que prevê a venda da marca e de uma loja da empresa para quitar dívidas de R$ 80 milhões. Há três interessados: o Laep Investments, fundo de private equity que controla a Parmalat, um grupo que atua no ramo de varejo e outro fundo de private equity. (LEIA na íntegra)


São Paulo / SP
Edemar Ferreira terá que relacionar bens em sua antiga mansão no Morumbi
O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira poderá voltar à casa de onde foi despejado, no Morumbi, zona sul de São Paulo, para relacionar quais são os bens familiares e pessoais, entre aqueles já arrecadados pela massa falida da instituição. Ele deixou a casa no mês passado. As visitas, que estão previstas para acontecer até o dia 4/3, deverão ser acompanhadas por um oficial de Justiça. Edemar, que controlava o Banco Santos, não pagava o aluguel mensal de R$ 20 mil desde 2004 e foi despejado. A dívida já alcançara R$ 1,727 milhão. (LEIA na íntegra)







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