Edição 496 | Ano III


Hong Kong / China
Brasil é assunto principal nas atenções no fórum para estudar investimentos
O Fórum Latino-Americano de Investidores Ásia-Pacífico, que teve início hoje, dia 23/2, em Hong Kong, situa o Brasil como o destino de maior destaque para os negócios, o investimento e o comércio procedentes da Ásia e do Pacífico. Pontuar as oportunidades de negócios entre as regiões, assim como o investimento e o comércio, é um dos objetivos do fórum organizado pela LatinFinance no Hotel Hyatt Regency, em Hong Kong. As atenções estarão voltadas nos próximos dias para as oportunidades derivadas de 2014, ano da Copa do Mundo do Brasil, e de 2016, quando os Jogos Olímpicos serão sediados pelo Rio de Janeiro; além do setor energético e de produtos financeiros do país. No entanto, a forte demanda por matérias-primas, o rápido crescimento econômico experimentado em boa parte da América Latina, a inovação financeira na região e, definitivamente, o retorno estável para os investimentos são as premissas com as quais partem organizadores e participantes. A China Investment Corporation (CIC), que recentemente investiu centenas de milhões no banco de investimento brasileiro BTG; o E Fund, que em outubro recebeu US$ 1 bilhão do Governo chinês para investir no exterior; e a Prudential são alguns dos participantes do encontro. Mapear em que países latino-americanos e em que setores os investimentos oferecem um maior rendimento a médio prazo é outra das questões que serão debatidas durante o fórum. O papel dos bancos internacionais de desenvolvimento e como estão facilitando o investimento em ambas as direções também fazem parte da agenda. Terão destaque durante os dois dias de conferências e seminários os setores de agricultura, metais e mineração, petróleo, energia, eletricidade, infraestrutura, crédito soberano e corporativo e mercados de patrimônio líquido. (Agence France Presse / AFP)


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
IPC-Fipe desacelera para 0,70% na 3ª prévia de fevereiro
O IPC - Índice de Preços ao Consumidor -, apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou alta de 0,70% na terceira quadrissemana de fevereiro, desacelerando em relação à alta de 0,95% da segunda quadrissemana. O indicador que mede a inflação da cidade de São Paulo ficou abaixo do piso das estimativas do AE Projeções, que iam de 0,71% a 0,90%, com mediana de 0,77%. O IPC desacelerou também na comparação com a terceira quadrissemana de janeiro, quando havia ficado em 1,03%. Na comparação entre a segunda e a terceira prévia de fevereiro, dois dos sete grupos pesquisados registraram aceleração da alta de preços: Habitação (de 0,67% para 0,69%) e Despesas Pessoais (0,90% para 1,09%). Os preços desaceleraram nos grupos Transportes (de 2,47% para 1,87%), Saúde (de 0,92% para 0,85%) e Educação (de 3,48% para 1,50%). O levantamento passou a registrar deflação nos grupos Alimentação (de 0,06% para -0,31%) e Vestuário (de 0,28% para -0,01%). Veja como ficaram os itens que compõem o IPC: Habitação: 0,69% Alimentação: -0,31% Transportes: 1,87% Despesas Pessoais: 1,09% Saúde: 0,85% Vestuário: -0,01% Educação: 1,50% Índice Geral: 0,70%

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia:



HOJE – Abertura das Bolsas Europeias:
- Londres / Inglaterra - O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão desta quarta-feira em queda de 0,49%, aos 5.967,30 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em abril abriu a sessão desta quarta-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e era cotado a US$ 106,80, US$ 1,02 mais que no fechamento do pregão anterior.

- Frankfurt / Alemanha - O índice principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta quarta-feira em baixa de 0,28%, aos 7.297 pontos. O euro abriu a sessão desta quarta-feira em alta no mercado de divisas de Frankfurt e às 4h de Brasília era cotado a US$ 1,3697, frente aos US$ 1,3690 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na terça-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3667.

- Roma / Itália - O principal indicador da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE-MIB, abriu em queda de 0,24% nesta quarta-feira, aos 21.941,97 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share perdia 0,25%, aos 22.539,21 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta quarta-feira com avanço de 0,19%, aos 10.726 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu a sessão desta quarta-feira em queda de 0,09%, aos 4.046,70 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa encerra em queda de 1,22% por nervosismo sobre Líbia
Nos pregões de ontem, dia 22/2, as Bolsas de Valores se ressentiram mais uma vez da escalada de tensão na Líbia, onde a situação piorou com a ameaça do ditador Muammar Gaddafi em permanecer no poder, indicando que somente à força deixaria o cargo.

- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, recuou 1,22% no fechamento, aos 66.439 pontos.

- O giro financeiro foi de R$ 8,44 bilhões, bastante acima da média.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,673, em um acréscimo de 0,29%.
Análise 1 - Os desdobramentos geopolíticos dessa crise na região, e os impactos no mercado de commodities, pressionando principalmente o petróleo, elevam a aversão aos riscos dos investidores. Profissionais do setor financeira ressaltaram hoje o forte fluxo de saída dos investidores estrangeiros de vários papéis, o que derrubou os preços de ações do setor imobiliário e bancário, apesar dos lucros históricos apresentados por Banco do Brasil e Itaú. O relativo otimismo de alguns analistas, que se animaram quando o índice Ibovespa alcançou a casa dos 68 mil pontos na semana passada, já deu lugar a uma posição bem mais cautelosa, já contando que o índice oscile novamente na faixa dos 65 mil ou 64 mil pontos, no curto prazo.

Análise 2 - "O mercado sentiu totalmente o efeito dos problemas na Líbia. Quando o Gaddafi foi à televisão e avisou que somente sairia 'morto' do país, as Bolsas passaram a cair com mais força", comenta Bernardo Rodarte, profissional da mesa de operações da Sita Corretora. E com o aumento dos preços do petróleo, crescem os temores pelo recrudescimento das pressões inflacionárias não somente nas economias emergentes (já em processo de aperto monetário), mas também nas economias desenvolvidas, que ainda lutam para intensificar a retomada do crescimento.
Num cenário de nervosismo, os investidores se desfizeram das ações do setor bancário, onde as perdas foram de 2,56% (Itaú) a 3,23% (Banco do Brasil). Mas também houve desvalorizações no setor imobiliário: as ações da Cyrela desabaram 5,29%; os ativos da PDG cederam 3,87%, enquanto os papéis da MRV amargaram queda de 3,48%. As ações da Petrobras, que subiram 1,35% no caso das preferenciais, e 1,90% no lado das ordinárias, tiveram um forte giro financeiro: mais de R$ 1,3 bilhão. Essa valorização contribuiu para amenizar a queda do Ibovespa, já que esses papéis têm grande na composição do índice.
Análise 3 - No front doméstico, o IBGE apontou uma inflação de 0,97% em fevereiro, ante 0,76% em janeiro, conforme a leitura do IPCA-15, o índice de preços que funciona como uma estimativa prévia do IPCA, a referência oficial para o regime de metas. Economistas do setor financeiro projetavam entre 0,95% e 0,96% para o período. Considerando os últimos doze meses, a variação do IPCA-15 ficou em 6,08%, muito próximo aos doze meses anteriores (6,04%). O banco Itaú revelou um lucro líquido de R$ 13,3 bilhões para o exercício de 2010, em um crescimento de 32,3% sobre o ganho apurado em 2009. O resultado ultrapassa os números do Banco do Brasil (R$ 11,7 bilhões) e se consolida como o maior lucro da história do setor bancário no país - de acordo com a consultoria Economatica. Já a holding de telefonia Tim Participações anunciou um lucro líquido de R$ 2,212 bilhões para o exercício de 2010, ante um ganho de R$ 801 milhões apurado no balanço de 2009. A ação preferencial caiu 0,16%.


Nova Iorque / EUA

Tensão na Líbia leva Bolsas dos EUA a pior dia desde agosto
As Bolsas de Valores dos EUA tiveram no pregão de ontem, dia 22/2, seu pior dia desde agosto, uma vez que investidores venderam ações em meio à turbulência na Líbia, país exportador de petróleo. Na visão de profissionais do mercado, o movimento desta sessão pode ser o início de uma correção nos papéis, prevista há muito após um forte rali.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 1,44%, para 12.212 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 2,74%, para 2.756 pontos.
- O Standard and Poor's 500 perdeu 2,05%, para 1.315 pontos, maior baixa diária desde 11 de agosto. O salto na volatilidade e o forte volume corroboraram a possibilidade de uma correção maior. O giro combinado de 9,68 bilhões de ações negociadas na Bolsa de Nova York, American Stock Exchange e Nasdaq foi o maior do mês e o segundo mais forte do ano.
- O índice de volatilidade da CBOE, o preferido de Wall Street para medir a apreensão do mercado, disparou 26,6%, maior salto diário desde 20 de maio de 2010.
Análise - "Tivemos alguns focos de tensão, e isso serviu de argumento para a queda do mercado ontem", disse Stephen Massocca, diretor geral do Wedbush Morgan, em São Francisco. Os preços do petróleo se mantiveram perto das máximas em dois anos e meio por temores de que a turbulência na Líbia possa reduzir a oferta no país, integrante da Opep - Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Setores consumidores de combustíveis estiveram entre os mais golpeados. O índice Dow Jones para o segmento de transportes perdeu 3,8%, com FedEx despencando 5,1%.


Londres / Inglaterra

Bolsas europeias fecham em baixa por tensões na Líbia
As Bolsas de Valores da Europa fecharam em baixa no pregão de ontem, dia 22/2, ampliando a queda do pregão anterior devido a tensões crescentes na Líbia, que impulsionaram os preços do petróleo e geraram preocupação sobre as consequências para a economia global. As perdas foram reduzidas, porém, pela divulgação de dados que mostraram a confiança do consumidor norte-americano no maior nível em três anos, sugerindo um otimismo maior sobre a situação econômica dos Estados Unidos. - O índice FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 0,5%, aos 1.165 pontos, acumulando um declínio de 1,8% nos dois últimos dias.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,30%, a 5.996 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,05%, para 7.318 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,15%, para 4.050 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,06%, para 21.993 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 1%, para 10.701 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 0,18%, para 7.869 pontos.
Análise - O petróleo Brent continuava perto das máximas em dois anos e meio, por volta de US$ 108 o barril, alimentando o nervosismo dos investidores de ações. "Se os preços do petróleo ficarem nesses níveis ou subirem mais, haverá um ponto de interrogação sobre as atuais previsões para o crescimento global", disse Jane Coffey, gestora de fundos da Royal London Asset Management, acrescentando que uma alta de US$ 10 no petróleo costuma tirar 0,5 ponto percentual do crescimento norte-americano ao longo de dois anos. As companhias de viagens foram prejudicadas por temores sobre paralisações e combustíveis mais caros como consequências dos conflitos no Oriente Médio e no norte da África. O índice STOXX Europe 600 de viagens e lazer caiu 1,2%.


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MERCADO FINANCEIRO

Madri / Espanha
Santander aumenta capital em acordo com Zurich Financial
O Santander e a Zurich Financial Services acertaram um acordo de US$ 1,67 bilhão que libera capital da instituição e dá ao grupo segurador suíço acesso a mercados latino-americanos, inclusive o Brasil. A Zurich pagará o valor adiantado por 51% das operações com seguro de vida, aposentadoria e outros seguros da instituição espanhola no Brasil, México, Chile, Argentina e Uruguai. O acordo vai gerar ao Santander um ganho de capital de US$ 1,21 bilhão e o maior banco da zona do euro afirmou que vai usar os recursos para fortalecer suas contas e atender exigências globais de maiores reservas de capital. Analistas afirmaram que o acordo com a Zurich ajude o banco, mas não fará grande diferença. "Não consideramos que esta operação seja a solução de todas as questões de capital do banco, mas certamente é um passo na direção certa", afirmou Andrea Filtri, do Mediobanca. A Zurich informou que está tendo como objetivo atender a jovem e crescente população de 590 milhões de habitantes da América Latina, onde a penetração de serviços financeiros ainda é baixa. "As operações latino-americanas de seguro do Santander oferecem uma rara combinação de alto potencial de crescimento e forte geração de fluxo de caixa", disse o presidente-executivo da Zurich Financial, Martin Senn, em teleconferência. "O aumento da renda em mercados emergentes deve levar a uma necessidade [das pessoas] de se proteger o que foi conquistado e a baixa taxa de penetração oferece boa perspectiva de negócios no médio prazo", afirmou o Bank Wegelin, em relatório. A joint-venture de seguros terá sede em Madri e será administrada pela Zurich. A empresa pretende pagar pelo menos dois terços do preço de compra em dinheiro e o restante será financiado via emissão de dívida. O preço acertado corresponde a 80% do valor total, com o restante devendo ser pago mediante tarifas baseadas em performance ao longo de 25 anos. Segundo o acordo, as apólices de seguro da Zurich serão disponibilizadas nas agências do Santander nos países envolvidos pela operação. Na América Latina, a Zurich já tem acordos de distribuição com o Banco de Venezuela e com o Mercantil do Brasil. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Bradesco está perto de comprar 49% do banco Carrefour
O Bradesco está perto de comprar uma fatia no Carrefour Soluções Financeiras (CSF), o banco da rede francesa no Brasil, segundo duas fontes próximas às negociações. Além do Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil (BB) se interessaram pela aquisição de 49% do banco e visitaram o data room (centro de informações) da instituição em São Paulo. A melhor proposta até o momento foi a do Bradesco. As negociações para a compra de uma fatia do CSF são feitas na sede da rede varejista, em São Paulo. Ao contrário do Banco Panamericano, que precisou de solução rápida e foi vendido ao BTG Pactual, os ativos financeiros do Carrefour estão em bom estado e, por isso, a rede negocia de forma discreta. Quem está cuidando da operação é a própria matriz, na França. Embora o balanço da CSF não seja preocupante, a operação brasileira do Carrefour passa por problemas, após a descoberta de um rombo contábil de R$ 1,2 bilhão, que levou à troca de executivos do alto escalão. A venda de uma fatia no banco seria uma forma de alavancar as operações financeiras da rede no Brasil. Cerca de 40% das vendas são pagas com os cartões da rede. O CSF tem ativos de R$ 5,9 bilhões e carteira de crédito de R$ 4,7 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC). O patrimônio líquido soma R$ 557 milhões.Além de cuidar de uma base de 10 milhões de cartões (incluindo plásticos com bandeira Visa e Mastercard e um cartão próprio da rede), os bancos estão interessados na possibilidade de usar com exclusividade das unidades de supermercados do Carrefour para oferecer produtos financeiros, como seguros e financiamentos. Por isso, além das negociações de compra de uma fatia no banco, também está na mesa o acesso aos clientes da rede com exclusividade, por vários anos. Só a compra das ações da CSF é estimada em cerca de R$ 550 milhões. Procurados, Carrefour e os bancos citados não se pronunciaram. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Lucro de R$ 13,3 bilhões do Itaú Unibanco é o maior da história
O lucro do Itaú Unibanco em 2010 foi de R$ 13,3 bilhões, um aumento de 32,3% em relação a 2009. Os números de 2010 representam o maior lucro da história de todos os bancos do país. A marca do Itaú Unibanco superou o recorde do Banco de Brasil, que teve lucro de R$ 11,7 bilhões, em 2010. Em 2009, o recorde também havia sido do BB, com ganhos de R$ 10,15 bilhões. O quarto maior ganho na história é do Itaú Unibanco, também em 2009, com R$ 10,07 bilhões. Já o Bradesco vem em quinto, com lucro de R$ 10,02 bilhões em 2010. Os dados são da consultoria Economatica e consideram os relatórios apresentados à CVM - Comissão de Valores Mobiliários - no fechamento de cada ano. A consultoria não considera ajustes que tenham sido feitos posteriormente.
Itaú Unibanco - No 4º trimestre de 2010, o banco divulgou lucro líquido recorrente de R$ 3,4 bilhões, aumento de 20,9% sobre o ganho obtido um ano antes que ficou dentro do esperado pelo mercado. De outubro a dezembro, o lucro líquido da controladora da instituição foi de R$ 3,89 bilhões, 21% maior em relação ao mesmo intervalo em 2009. A carteira de crédito do maior banco privado do país terminou o ano passado em R$ 335,5 bilhões, alta de 20,5% em 12 meses. O Itaú Unibanco tinha em dezembro R$ 755,112 bilhões em ativos, avanço de 24,1%o sobre o final de 2009. Já o índice de inadimplência total, que considera as operações com atraso de mais de 90 dias, ficou em 4,2%o ao final do ano passado, comparado a 5,6%o em dezembro de 2009. O Itaú Unibanco é o último dos grandes bancos no Brasil a reportar o resultado de outubro a dezembro passado. Em 31 de janeiro, o Bradesco apresentou lucro de quase R$ 3 bilhões para o quarto trimestre. No início de fevereiro o Santander Brasil divulgou lucro líquido pelo padrão contábil local de R$ 831 milhões. Na semana passada, o Banco do Brasil anunciou ganho trimestral de R$ 4 bilhões. (Agência Reuters)


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AGROBUSINESS

São Paulo / SP
A safra de cana tem primeira queda em 11 anos
Segundo estimativa da consultoria Datagro, a moagem no Brasil deve ficar em 611 milhões de toneladas na próxima safra, ante 617 milhões da anterior. O rendimento agrícola (produção de cana por hectare) deve cair entre 4% e 5% em relação à safra 2010/11, afirma Plínio Nastari, presidente da Datagro. O motivo: a intensidade do fenômeno climático La Niña em 2010. A forte estiagem no segundo semestre reduziu o trato cultural dos canaviais, segundo Nastari. Com a falta de umidade, parte da cana que será processada neste ano não recebeu aplicação de defensivos agrícolas, o que deixa os canaviais mais suscetíveis a doenças e a pragas. Além disso, a falta de chuvas atrasou o desenvolvimento fisiológico da cana, ou seja, ela vai demorar mais tempo para ficar pronta para o corte. Esse atraso, que em janeiro chegou a 50 dias, caiu para 30 dias após as chuvas deste início de ano. "As chuvas de março e de abril serão decisivas para o volume a ser moído. Por enquanto, as precipitações são insuficientes para zerar as perdas", disse. A projeção atual atribui condições normais para o clima no período. Já o rendimento industrial -medido em oferta de ATR (Açúcar Total Recuperável) por tonelada de cana- deve ficar estável, pois a falta de chuvas aumenta a concentração de açúcar na cana. A Datagro também prevê uma safra mais "açucareira", devido ao alto preço do produto. Do total processado, 52% vão para etanol, ante 54% da safra anterior. A produção brasileira de açúcar deve aumentar 4,5%, para 39,5 milhões de toneladas, no limite operacional das usinas. Já a produção total de álcool deve cair 4%, para 26,1 bilhões de litros. Menor demanda 1 A alta nos preços do açúcar deve reduzir o consumo doméstico em 2011, especialmente no varejo. A Datagro estima demanda interna em 11,3 milhões de toneladas (-4,6%). Menor demanda 2 Preço alto também reduzirá em 9% o consumo interno de álcool hidratado, para 14,2 bilhões de litros em 2011/12, diz a Datagro. Com a maior demanda por gasolina, o consumo de anidro chegará a 8,5 bilhões de litros (mais 10%). Mais leite O consumo per capita de leite e derivados no Brasil aumentou 60% nos últimos 30 anos, segundo estudo da Associação Leite Brasil. Em 2010, cada brasileiro ingeriu 161 litros -alta de 4,4% ante 2009. Colheita avança A Céleres estima que, até a semana passada, a colheita de soja tenha atingido 14% da área plantada no país, ante 9% até a semana anterior. Preço do álcool está "no limite" - O aumento de preço do álcool hidratado está "no limite", mas a cotação deve permanecer no atual patamar até abril, quando começa a moagem da cana da safra 2011/12. A avaliação é de Plínio Nastari, presidente da Datagro. "A perda de consumo será muito grande se os preços subirem mais", diz. Ele também estima que a queda dos preços no auge da safra não será tão abrupta como em anos anteriores. O piso, segundo ele, deve ficar entre R$ 0,80 e R$ 0,85 por litro em junho. No ano passado, o menor preço foi de R$ 0,70. "A volatilidade deve diminuir", diz. Na semana passada, o litro do hidratado ficou em R$ 1,19 nas usinas paulistas. (Agência Folha)

Da redação – São Paulo / SP
Preço da carne cai apenas no atacado
O consumidor pode preparar o bolso. Mesmo com a queda do preço da carne no atacado, que registra redução de até 42% em janeiro em relação a dezembro, essa retração não vai chegar aos supermercados. Pelo menos não na mesma proporção. Especialistas ouvidos pelo Diário apontam que o produto deve seguir como vilão do bolso do consumidor neste ano, com expectativa de novas altas, de até 10%, em abril. Enquanto a revisão de preços não ocorre, dados de pesquisa feita pela Scot Consultoria mostram que o quilo da picanha, que em meados de novembro era vendido pelos frigoríficos por R$ 30, custou R$ 19 em janeiro e agora sai por R$ 17,56 para os varejistas. No entanto, o consumidor que procurou o corte no mês não pagou menos do que R$ 30 no quilo nas gôndolas dos supermercados, valor semelhante ao praticado em dezembro. O filé mignon também registrou queda no atacado de 42% no mesmo período. O consultor de mercado e zootecnista Alex Lopes da Silva explica que a diminuição dos preços não chegou ao consumidor final porque o varejo absorveu a alta da arroba do boi entre outubro e novembro do ano passado, quando a oscilação foi de até 40%. "Além disso, nos meses de janeiro e fevereiro é normal que o escoamento do produto seja mais lento e o varejo reduz isso gradativamente. Isso deve acontecer lentamente, até que o preço da carne se torne atrativo para a venda", diz. O consultor lembra que nova safra de carne é esperada no mercado para março, o que deve segurar o valor do produto por pouco tempo. "Na verdade, já estamos no período de safra, mas foram abatidos muitos animais magros para segurar o consumo no ano passado e o rebanho ainda não se recuperou. Por conta disso, não temos aumento de oferta como acontece nesta época. É preciso aguardar para ver, mas a perspectiva não é das melhores", avalia. O engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) Fábio Vezzá de Benedetto lembra que os preços médios da carne têm registrado pequenas quedas desde janeiro na região e mesmo assim um quilo de coxão mole não custa menos do que R$ 15,50 nos supermercados do Grande ABC. "A carne subiu muito e de maneira muito rápida. Mesmo com as quedas (que chegaram aos 6,75% por aqui), elas seguem caras." Para o diretor de Economia da Apas - Associação Paulista de Supermercados - Martinho Paiva, a manutenção dos valores atuais no varejo não acontece para segurar o alto faturamento dos grupos. "O preço da arroba (15 kg) da carne está custando cerca de R$ 101. No fim do ano ele chegou a R$ 108. Se comparar dá para ver que não foi redução tão grande. Além disso, de dezembro até aqui os supermercados já baixaram os preços do produto em até 20%", argumenta. Alta aumenta consumo de opções de suínos e frango - Com o preço da carne de boi nas alturas - mesmo a de segunda não custa menos de R$ 12,50 - é cada vez maior o número de pessoas que migram para cortes suínos e frango para segurar o orçamento. No entanto, aumento da demanda desses produtos também já dá sinais de esgotamento. "Isso é cíclico. Se há maior procura por um determinado produto e a produção dele não está preparada, uma hora o valor dele também aumentará para segurar isso", explica o diretor de economia da Apas, Martinho Paiva. No Grande ABC, o frango é o item mais buscado para substituir a carne bovina e o pesquisador da Craisa, Fábio Vezzá de Benedetto, conta que o item teve oscilação de até 15% desde novembro. "Agora a carne suína é a bola da vez, mas isso é mercado e ela também já registrou alta nos últimos dias", afirma.

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TI, WEB & e-COMMERCE

Nova Iorque / EUA
CEO da HP quebra o silêncio e fala sobre rumos da empresa
Em agosto do ano passado, a HP passou por momentos tensos ao anunciar a saída do ex-CEO Mark Hurd, envolvido em escândalo sexual. Pouco depois, veio a nomeação de Léo Apotheker, que havia saído da SAP também no ano passado. Em meio à crise, que perdurou este ano, quatro conselheiros da HP pediram demissão e Apotheker indicou cinco novos membros. Na primeira vez que concede entrevista, o executivo declarou ao jornal norte-americano The Wall Street Journal que estava na hora de levar sangue novo à companhia. Apotheker defendeu a mudança radical que está promovendo e classificou de “inverdades” as declarações do CEO da Oracle, Larry Ellison, que o acusou de supervisionar atividades da SAP de furto de patentes. O executivo admitiu que teve certa insegurança ao receber o convite, pelo tamanho da responsabilidade, mas afirmou que está totalmente comprometido e levou à companhia a noção de como integrar tecnologias, além de conhecimentos sobre clientes e visão global. Sobre a HP, Apotheker afirma que a empresa precisa renovar sua capacidade de inovação e se aproximar mais de alguns clientes. Como principal fraqueza da companhia, o executivo destaca o foco excessivo nos EUA como local de negócios e a lentidão para chegar com alguns produtos ao mercado. Como pontos fortes, o CEO aponta a paixão das pessoas pelos negócios, o histórico vibrante, a cultura de inovação e os clientes com algo nível de lealdade. (Agências Reuters e EFE)

Da redação – Porto Alegre / RS
CETI se consolida como Fórum de discussão da Tecnologia do RS
O Conselho de Entidades de Tecnologia da Informação, fórum de discussões do setor se reuniu ontem, dia 22/2 no Tecnopuc para definir diretrizes para 2011, a partir de um programa de ações e atividades, para ser entregue a secretaria estadual de desenvolvimento e promoção do investimento, com foco na implantação de um conjunto de Políticas Públicas, apoiadas e articuladas pelo Governo do Estado, e para a discussão de Projeto de Lei de incentivo ao setor de Software e serviços de TI. “Foi um encontro para consolidar a união de forças capaz de fazer do Rio Grande do Sul uma referência em Tecnologia da Informação, no país e no exterior”, afirma o presidente do CETI e da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, regional do Rio Grande do Sul (Assespro-RS), Reges Bronzatti. Compareceram ao encontro o presidente do Sindicato das Empresas de TI do RS (Seprorgs), Edgar Serrano, o diretor superintendente do Softsul, José Antonioni, o Vice-Presidente da Federasul e Coordenador da divisão de Tecnologia, Jaime Wagner, o presidente da SUCESU, Eduardo Arruda, e os diretores dos pólos Tecnológicos Tecnosinos e Tecnopuc, respectivamente Walter Doell e Roberto Moschetta. “É o mais alto escalão da TI no Rio Grande do Sul, que através do CETI, promove a aproximação das entidades representativas das empresas e a sinergia que tanto aspira o setor”, disse o presidente do Seprorgs, Edgar Serrano. Para o presidente do CETI e da Assespro-RS, Reges Bronzatti , unir e reunir o Conselho no objetivo de realizar ações conjuntas, articuladas e alavancar o setor, é uma aspiração antiga. “E começa a ser realidade, a partir da conscientização de que temos talento, mercado, abrangência e prestigio para uma grande contribuição ao desenvolvimento tecnológico e econômico de nosso Estado e nosso País”, assegura. O CETI por seus representantes já teve audiência com três diferentes secretarias estaduais, tem agenda solicitada com o governador e está articulando agenda com senadores e deputados gaúchos, em março. (Fonte: Assecom - Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)


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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Brasília / DF
Brasil deveria ter o dobro de ferrovias
O diretor-executivo da ANTF - Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários -, Rodrigo Vilaça, avalia que o Brasil deveria ter atualmente 52 mil km de ferrovias para atender à demanda de transporte, sobretudo de minérios e de grãos. A malha ferroviária no país atualmente é de 28,2 mil km. Os EUA têm 270 mil km de ferrovias, e a China, 90 mil. Pelo ritmo atual de investimento em ferrovias, a ANTF calcula que em 2023 o país tenha 40 mil quilômetros de linhas. De 1997 até 2010, foram R$ 24 bilhões de investimento das empresas, principalmente em infraestrutura e locomotivas. Em 2010, foram R$ 2,9 bilhões gastos pelas concessionárias. Para 2011, a estimativa de investimento é de R$ 3 bilhões. Segundo Vilaça, o empresariado espera mais do governo em planejamento orçamentário, mudanças no licenciamento ambiental e na desapropriação de terrenos. A movimentação de cargas pelas ferrovias cresceu 86% de 1997 a 2010. Em 2010, foram 471,1 milhões de toneladas úteis transportadas. A projeção para 2011 é de 530 milhões de toneladas. Atualmente o país tem 3.130 locomotivas e 99.531 vagões. Até 2020, a projeção é que sejam adquiridos mais 2.000 locomotivas, 40 mil vagões e 1,5 milhão de toneladas de trilhos, importados principalmente do leste europeu e da Ásia. Os principais problemas do setor hoje, segundo Vilaça, são 200 mil famílias que vivem nas faixas de domínio das ferrovias, 12,5 mil cruzamentos entre ferrovia e estradas (chamadas de passagens de nível), além das ferrovias que cortam áreas urbanas.


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T
ELECOM

Brasília/DF e São Paulo São Paulo/SP
Serviços de banda larga crescem 53% em um ano no Brasil
O Brasil encerrou o mês de janeiro de 2011 com 36,1 milhões de conexões de banda larga fixa e móvel das prestadoras privadas, o que representa um crescimento de 53% em relação ao mesmo período em 2011. A adição de 12,4 milhões de novos acessos nesse período foi feita ao ritmo de 24 novas instalações por minuto, segundo revela levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). O crescimento dos acessos por meio do Serviço Móvel Pessoal (SMP) – que inclui modems de conexão à internet móvel e terminais de terceira geração (3G), como os smartphones – foi de 85%. A cobertura dos serviços de acesso à internet em alta velocidade também está em franca ampliação. De acordo com o estudo da Telebrasil, os serviços passaram a ser ofertados em janeiro a 88% dos municípios, ou seja, a 4.897 cidades. Essas cidades concentram 185 milhões de habitantes, o que representa quase a totalidade (96%) da população brasileira. A competição nos serviços já é uma realidade e está plenamente estabelecida. No País, 1.551 municípios contam com pelo menos duas prestadoras de serviços de acesso à internet em alta velocidade. Destes, 1.035 têm menos de 50 mil habitantes. Nos grandes centros – os 510 municípios que concentram 60% da população – há pelo menos três prestadoras de serviços. E em 174 cidades, que concentram 86 milhões de habitantes, há pelo menos cinco prestadoras. Os serviços de acesso à internet em alta velocidade continuam alcançando crescentes parcelas da população em municípios de pequeno e médio porte e já chegaram ao pleno atendimento dos grandes centros urbanos. Segundo a Telebrasil, essa evolução tem sido vertiginosa, mesmo com a pesada carga tributária, que varia de 43% a 63% sobre o preço dos serviços e é recolhida diretamente aos cofres públicos, onerando o cidadão. Caso os impostos sejam reduzidos, os gastos dos usuários com esses serviços diminuirão na exata proporção da redução desses índices. (Agências Brasil e Estado)

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MERCADO DE LUXO

Performing Arts Center de Taipei
O estúdio de arquitetura B+U desenvolveu um conceito futurista para o Performing Arts Center de Taipei. Para o desenvolvimento do projeto, foi usado um processo único com sons reais como base. (LEIA na íntegra)





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