Edição 475 | Ano III



Brasília / DF
Brasil tem maior inflação na AL entre países com regime de meta
Depois de 17 anos de estabilidade econômica, a inflação ainda é uma carga pesada no Brasil. Entre os países da América Latina que adotam o regime de metas, o Brasil foi um dos que tiveram mais dificuldade para reduzir a inflação na recessão econômica após a crise mundial de setembro de 2008. Além de registrar a maior taxa em 2010, foi o primeiro a ter que subir juros para conter reajustes de preços em razão da retomada de 2010.
O maior problema é que mais de um terço da inflação ainda é indexada e, portanto, vinculada à variação dos preços registrada um ano antes. Combinam-se a isso três outros fatos importantes. Primeiro, o país tem uma das metas de inflação mais elevadas, o que, na avaliação de especialistas, é um convite à indexação na hora em que os contratos são negociados.
Além disso, os estímulos fiscais dados pelo governo nos últimos anos e a atuação de bancos e empresas públicas favoreceram o consumo e o gasto e, como consequência, novos reajustes. "O resultado fiscal do Brasil não é tão ruim, mas tem mecanismos que enfraquecem a política monetária e fazem com que a ação precise ser mais forte", diz o ex-presidente do BC Gustavo Loyola.
Segundo ele, com operações do BNDES a custos mais baixos -desvinculados da taxa Selic fixada pelo BC- e a forte atuação da Caixa Econômica e do Banco do Brasil na concessão de crédito, "uma parte da economia não responde à atuação do BC para controlar a inflação". Por isso, o BC tem que elevar mais rápido e mais forte os juros em momentos de risco de descontrole de preços.
Para completar, como a meta de 4,5% ao ano (podendo variar de 2,5% a 6,5%) é alta diante do resto do mundo, isso "sugere" sempre para trabalhadores e empresários que "a inflação vai ser maior no Brasil", iniciando um ciclo que se autoalimenta, segundo o economista do WestLB Roberto Padovani. Diante desse cenário, a redução da meta de 4,5% ao ano -defendida pelo próprio presidente do BC, Alexandre Tombini- poderia ser feita já no ano que vem, segundo Loyola. A avaliação é que, à medida que a inflação perseguida for menor, próxima a 3%, 2%, a necessidade de indexar contratos ficaria restrita às operações de longo prazo. "Há um gatilho na economia que desencadeia a inflação inercial. Se a inflação for muito baixa, as pessoas não tendem a se preocupar muito em indexar os contratos."

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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO DA SEMANA – 10 a 14 de janeiro de 2011

IGP-M desacelera na primeira prévia do ano - O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de janeiro, taxa de variação de 0,42%.Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, do primeiro decêndio de dezembro para o primeiro de janeiro: IPA, de 0,97% para 0,40%, IPC, de 0,69% para 0,41%, e INCC, de 0,28% para 0,62%.
IPC-S aumenta nas sete capitais analisadas - O IPC-S de 07 de janeiro de 2011 registrou variação de 0,92%, 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as sete capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.
Confiança da Indústria de Pernambuco sobe em dezembro - O Índice de Confiança da Indústria de Pernambuco (ICI-PE) elevou-se em 3,1% entre novembro e dezembro de 2010, ao passar de 121,3 para 125,1 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.
IPC-C1 desacelera em dezembro - O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de dezembro de 2010 apresentou variação de 0,86%. Com este resultado, o indicador acumula alta de 7,33%, nos últimos 12 meses. Ainda em dezembro, o IPC-BR registrou variação de 0,72%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 6,24%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.
Confiança de Serviços de PE sobe em dezembro - O Índice de Confiança de Serviços de Pernambuco (ICS-PE) elevou-se em 1,0% entre novembro e dezembro de 2010, ao passar de 145,0 para 146,5 pontos. No mesmo período, O ICS-Brasil avançou 0,3%, atingindo 132,2 pontos.
IPC-3i acelera do terceiro para o quarto trimestre de 2010 - O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, registrou no quarto trimestre de 2010 variação de 2,46%. A variação do IPC-3i em 12 meses, de 6,27%, superou a taxa acumulada pelo IPC-BR, que registrou alta de 6,24%, no mesmo período.


Comércio Varejista
PMC: Em novembro, vendas no varejo crescem 1,1% e receita nominal 1,2% - Em novembro, o comércio varejista do país registrou crescimento de 1,1% no volume de vendas em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,2%. Com tais números, o setor completa sete meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de 11 meses em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 9,9% (sobre novembro de 2009), 11,0% no acumulado em 2010 e 10,8% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal apresentou crescimentos de 14,8%, 14,4% e de 14,1%, respectivamente.
(Fonte: IBGE)

Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe fica em 0,61% na primeira quadrissemana de janeiro de 2011 - A primeira quadrissemana de janeiro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,61% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado apresentou aceleração ante 0,54% da prévia anterior. Nas sete classes de despesa que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,21%), Alimentação (1,39%), Transportes (0,77%), Despesas Pessoais (0,37%), Saúde (0,17%), Vestuário (0,26%) e Educação (0,96%). (Fonte: Fipe)
Custo da cesta básica tem forte alta na maioria das capitais em 2010 - Catorze das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram aumento acima de 10,0% no conjunto de gêneros alimentícios essenciais durante o ano de 2010. Em dezembro, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.227,53, o que corresponde a 4,37 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 510,00. (Fonte: Dieese)
ICV-DIEESE tem alta anual de 6,91% - Em 2010, o Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo Dieese teve alta de 6,91%, a maior variação anual desde 2004, quando a inflação chegou a 7,70%. Apesar de um recuo de 0,39 ponto percentual (pp) em relação a novembro (1,04%), o ICV de dezembro foi elevado, assinalando taxa de 0,65%. A Alimentação, com alta de 1,54%, continuou a ser o grupo que registrou maior aumento. (Fonte: Dieese)

Indústria
Produção industrial cresce em sete dos 14 locais pesquisados - A produção industrial brasileira cresceu em sete dos 14 locais pesquisados na passagem de outubro para novembro de 2010. Em relãção a igual mês do ano anterior, destaque ficou com o avanço de dois dígitos do Paraná (11,5%), compensando o recuo de 9,6% observado no mês anterior, seguido por Amazonas (8,8%), Rio Grande do Sul (8,3%), Rio de Janeiro (5,5%), Pará (5,1%), Santa Catarina (2,3%) e São Paulo (1,4%). A Bahia (-8,1%) registrou a perda mais expressiva, influenciada pela paralisação técnica em plantas industriais do setor de produtos químicos. Os demais locais com resultados negativos foram: região Nordeste (-5,8%), Espírito Santo (-3,1%), Goiás (-2,8%), Minas Gerais (-2,5%), Pernambuco (-2,2%) e Ceará (-0,1%). (Fonte: IBGE)

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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Asiáticas Ásia iniciam semana em baixa
A maioria dos mercados da Ásia iniciou a semana no campo negativo. O aumento da taxa de reserva bancária chinesa em 50 pontos base, ocorrido na sexta-feira, influenciou os pregões das bolsas da região hoje, dia 17/1.
- Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, que sofreu com o mau desempenho de ações de bancos e de imobiliárias chinesas. O Hang Seng caiu 126,26 pontos, ou 0,5%, e terminou aos 24.156,97 pontos.
- Já as Bolsas da China fecharam na pior pontuação em 15 semanas. O último movimento do Banco Central para absorver a liquidez elevou as preocupações sobre medidas adicionais de aperto monetário, com bancos e imobiliárias liderando o declínio. O Xangai Composto despencou 3% e terminou aos 2.706,66 pontos, o pior fechamento desde 30/9. O Shenzhen Composto desabou 4,3% e encerrou aos 1.180,39 pontos.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em baixa, impulsionada por vendas fortes nos setores bancário e de construção, em meio a notícias de que o governo pode restaurar um imposto sobre terras ociosas. O índice Taiwan Weighted recuou 0,53%, aos 8.925,09 pontos.
- Realizações de lucros em ações de empresas com grande capitalização de mercado fizeram o índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, recuar 0,3% aos 2102,42 pontos.
- Influenciado pela China, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney fechou com perda de 0,8%, aos 4.763,1 pontos. Bancos e empresas de exploração mineral lideraram a queda.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, encerrou em alta, proporcionada pelos bons resultados do mercado do EUA na sexta-feira e pela ausência de notícias negativas. O índice PSE avançou 0,39%, aos 4.148,16 pontos.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu o pregão de hoje, dia 17/1, em alta de 5,92 (0,10%), aos 6.007,99. O barril de petróleo Brent para entrega em março abriu nesta segunda-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 98,37, US$ 0,01 menos que no fechamento da sexta-feira.
- Berlim / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu nesta segunda-feira com leve tendência de alta de 0,02%, aos 7.077 pontos. O euro abriu a semana com leve tendência de baixa e nos primeiros minutos das negociações no mercado de divisas de Frankfurt era negociado a US$ 1,3322. O Banco Central Europeu (BCE) tinha fixado na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3349.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu nesta segunda-feira em leve alta de 0,04%, aos 21.468,45 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share subia meros 0,02%, para 22.149,36 pontos.
- Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu nesta segunda-feira em alta de 0,11%, aos 3.987,77 pontos, frente aos 3.983,28 do fechamento da sexta-feira passada.

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MERCADO FINANCEIRO


Da redação – São Paulo / SP
Rede bancária se mobiliza para ajudar vítimas das chuvas
Diante dos desastres ocorridos nos últimos dias por conta das chuvas em vários Estados Brasileiros, os bancos brasileiros estão se mobilizando e lançando uma série de ações para ajudar as vítimas das catástrofes, emergências e calamidades públicas. Confira algumas das medidas adotadas:
O Itaú Unibanco doará R$ 1 milhão e disponibilizará um número de telefone exclusivo para agilizar as indenizações de clientes com seguro de vida, automóvel, residencial e comercial, que tenham sido atingidos pelas chuvas. O contato é 0800-703-9360. O banco também irá flexibilizar ações de crédito e cobrança aos clientes das regiões atingidas. As agências Itaú do Estado do Rio de Janeiro também passam a funcionar como pontos de coleta para recebimento de roupas, cobertores, agasalhos, calçados, materiais de limpeza e higiene, água e alimentos não perecíveis. Outra ação é o lançamento a disponibilização de uma conta corrente para deposito de doações. Os dados da conta são: banco Itaú (341), agência 5673, conta 00594-7, CNPJ 02932524/0001-46. Favorecido: Fundo Estadual de Assistência Social do Rio de Janeiro.
O Banco do Brasil abriu duas contas para doações da população aos atingidos pelas chuvas de Teresópolis e Nova Friburgo. Os recursos recebidos serão administrados diretamente pelas prefeituras dos municípios. Os dados da conta corrente, em nome da prefeitura de Teresópolis, são: Banco do Brasil, agência 0741-2, conta 110000-9. Já para ajudar as vítimas de Nova Friburgo os dados são: agência 0335-2, conta 120.000-3. Os depósitos podem ser feitos de qualquer valor e de toda região do Brasil e também do exterior.
No Bradesco, a identificação da conta para ajuda às vítimas é: banco Bradesco, agência 6570-6, conta 2011 – 7. Beneficiário: Fundo Estadual da Assistência Social.
E as doações na Caixa Econômica Federal podem ser feitas na conta da Defesa Civil do Rio de janeiro. Banco: Caixa Econômica Federal, agência 0199, operação: 006, conta 2011-0. A FEBRABAN e seus associados manifestam, mais uma vez, sua solidariedade com todas as vítimas. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Febraban)

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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo / SP
Gestão da Bunge é exemplo de planejamento
Um ano após ter assumido a presidência da Bunge Brasil para conduzir uma profunda reestruturação no portfólio e na gestão dos negócios da holding, Pedro Parente apresentou ao CEO global da multinacional, Alberto Weisser, a garantia de ter promovido sinergias e cortes capazes de reduzir custos, equilibrar as contas e devolver a maior exportadora do agronegócio do país aos trilhos do crescimento sustentado.
Com a carta branca do CEO, que é brasileiro, Parente integrou operações, monitorou a transferência dos ativos de mineração da divisão de fertilizantes para a Vale, acelerou a incorporação dos ativos sucroalcooleiros da Moema Par, mudou boa parte do primeiro escalão executivo e reduziu despesas. Afirma que obteve economias que, anualizadas, chegarão a US$ 120 milhões. E acredita ter conferido maior racionalidade à empresa, que antes das mudanças chegava a gastar R$ 10 milhões por ano em contribuições a associações. Ou 48 mil fotocópias coloridas por mês, montanha que caiu para 3 mil, sem aumento nas "PB".
Como a Bunge Limited, matriz do conglomerado com sede em White Plains (Nova York) é listada na bolsa de Nova York e ainda não publicou seu balanço de 2010, Parente não pôde usar, nesta entrevista ao Valor, resultados financeiros da Bunge Brasil em 2010 para ilustrar sua argumentação. No mercado, a expectativa sobre esses números é grande, sobretudo após um prejuízo operacional superior a US$ 600 milhões em 2009, ano em que a holding brasileira faturou US$ 15,4 bilhões - US$ 7,3 bilhões em exportações.
Os sinais financeiros sobre o desempenho da múlti no Brasil em 2010 dão poucas pistas. Em outubro, a Bunge Limited informou que suas vendas globais haviam alcançado US$ 32,981 bilhões de janeiro a setembro, 5% mais que em igual período de 2009, e que seu lucro líquido havia crescido 487%, para US$ 2,053 bilhões. Como o Brasil é o "pulmão" do grupo, observadores creem que o país colaborou para os incrementos. Em contrapartida, estatísticas da Secex mostram que as exportações da Bunge Alimentos, puxadas pela soja, renderam US$ 4,031 bilhões de janeiro a novembro de 2010, 5,3% menos que nos 11 primeiros meses do ano anterior.
Antes de Parente assumir a presidência da Bunge Brasil, a holding tinha atribuições esvaziadas e os negócios no país eram desenvolvidos por duas divisões principais, Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes. A primeira, por envolver o comércio de grãos, tinha perfil "exportador", enquanto a segunda, dependente de insumos escassos no país, era mais "importadora". Para efeitos contábeis - e por questões tributárias -, as duas divisões permanecem vivas, ainda que no dia a dia da companhia não exista mais essa lógica.
Foi com a missão de integrar a gestão das duas divisões - ou, na prática, duas empresas - que Parente foi apresentado ao mercado no início de 2010, na fase final do processo de venda dos ativos minerais da Bunge Fertilizantes para a Vale, fechada por US$ 3,8 bilhões, e logo depois da aquisição do controle da Moema Par, por US$ 1,5 bilhão. Estava deflagrada, nas palavras do executivo, uma "mudança fundamental de portfólio" que, segundo fontes de mercado, certamente tornaria mais complicado o trabalho para contornar os problemas gerados pelo aprofundamento da crise financeira global, em setembro de 2008.
Em fertilizantes, o primeiro desafio foi mudar o enfoque, já que a Bunge, mesmo sem a área mineral, continuou a atuar com vendas ao consumidor final. Na área sucroalcooleira, a incorporação das cinco usinas que eram da Moema pôs a empresa na disputa pelo terceiro lugar no ranking nacional de moagem de cana, com 20 milhões de toneladas por safra, e incutiu no conglomerado uma mentalidade global nessa frente, que resultou inclusive em uma oferta recente para a adquisição de uma usina na Austrália.
Dessa mudança radical no portfólio deriva um dos principais nós que Parente tem de desatar. Quando era dividida entre Alimentos e Fertilizantes, a Bunge tinha 12 mil funcionários no Brasil. Perdeu alguns milhares com a venda dos ativos para a Vale, mas ganhou outros 12 mil com as unidades da Moema. Como o objetivo é encerrar 2011 com 17 mil colaboradores, ajustes estão em curso.
Paralelamente a essas transformações físicas, a nova administração teve de encarar o fato de a Bunge Brasil ter grande parte de sua receita em dólar e despesas em real em tempos de moeda americana fraca. Nesse momento, Parente mostra gráficos que, cruzados, apontam que a erosão do dólar e a inflação no Brasil geraram um quadro indigesto. Convertidas à moeda americana, aponta, as despesas cresceram 8% ao ano na última década, e as receitas ficaram praticamente estagnadas.
O sobrepeso cambial tornou a racionalização da gestão, com foco em custos e sinergias, ainda mais urgente. Entre as sinergias, destaca o CEO e presidente da Bunge Brasil, a comercial foi uma das mais importantes. "Muitas vezes tínhamos uma pessoa da Bunge Alimentos para negociar a originação de grãos com o produtor e outra da Bunge Fertilizantes para vender o insumo para o mesmo cliente. Era crédito dos dois lados e em algumas situações os cadastros das duas divisões não se falavam. Não somos mais duas empresas e seguimos o lema 'one face to the market', com uma visão de prestar mais e melhores serviços aos produtores".
As equipes comerciais foram reformuladas e projetos-piloto dos novos times integrados foram a campo no Maranhão e no Paraná a partir de meados de 2010, quando os produtores de grãos decidiam o que plantariam nesta safra 2010/11. Deu certo e o modelo adotado está sendo ampliado para todo o Brasil.
Parente conta que também foi criada uma área central para logística - "um dos principais custos da empresa" - e que um plano específico para ela será submetido ao conselho do grupo neste mês. "Quando olhamos o custo fixo, já conseguimos uma redução de 12%, e isso não inclui custos variáveis como fretes". A área de suprimentos é outra que foi centralizada. "Aqui os resultados foram extraordinários. Há casos de redução de custos de até 40%".
Tudo que era duplicado, diz, foi unificado levando-se em conta os parâmetros do mais eficiente. E tudo que é custo fixo passou a ser encarado segundo uma nova metodologia de acompanhamento, o orçamento matricial, que leva em consideração a referência mais eficiente e um orçamento base zero. "Nada mais da fórmula 'ano passado mais inflação". Um software de gestão está sendo implantado para acelerar e gerenciar a unificação das operações - o que, para Parente, poderá melhorar as coisas ainda mais. "Foi um ano de ajustes. Muitos deles até trazem custos imediatos, mas os resultados já estão aparecendo".

Da redação – Porto Alegre /RS
Novara assina os móveis do escritório da Revista Amanhã
A inovação, a versatilidade e a ergonomia, aliadas à sustentabilidade dos móveis Novara, da indústria caxiense Tecnitubo, foram os fatores decisivos para que a revista Amanhã, de Porto Alegre, escolhesse a empresa para mobiliar seu novo escritório. “Ao reposicionar o modelo de negócios para Amanhã 360º, nossa empresa precisou inovar no seu ambiente físico e na sua infraestrutura de tecnologia. Coerente com os valores do nosso DNA, buscamos uma solução que aliasse funcionalidade, eficiência e bem-estar, mirando a sustentabilidade”, comenta Jorge Polydoro, presidente da revista Amanhã. O grande diferencial dos móveis Novara está na flexibilidade e na ergonomia. São leves, e tão fáceis de montar que até um leigo pode trocá-los de lugar sem a necessidade de um manual de instruções. “Com uma chave de fenda é possível montar e desmontar nossos produtos”, garante Rudimar Grillo, diretor-presidente da Tecnitubo-Novara. Referência em inovação, a empresa é responsável por uma revolução em termos de mobiliário: a mesa “sem pé definido”. Feitos em MDF, estações e mesas da Novara são inteligentes. Podem ser usadas isoladamente ou em conjunto. “A inovação é o nosso grande desafio. Temos, por norte, o desenvolvimento de produtos que sejam de fácil utilização e manuseio, sempre aliados ao compromisso com o meio ambiente”, declara Grillo. (Fonte: Enter Conteúdo Inteligente)

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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo / SP
Em meio a processo de fusão, Intervet cresce 21% em 2010
Impulsionada pela valorização do boi gordo e pelo aumento da demanda pelas carnes de frango e suína, a americana Intervet, do setor veterinário, fechou 2010 com um crescimento de 21,2% em seu faturamento no Brasil em comparação ao ano anterior. O grupo, controlado pela farmacêutica Merck, teve receita de R$ 448 milhões no ano que passou. A taxa de crescimento da empresa é duas vezes superior à do mercado veterinário doméstico. Apesar de o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) ainda não ter fechado os números finais de 2010, até novembro a sinalização era que o setor crescesse acima de 10% no ano. Caso se confirme esse resultado, o mercado veterinário no Brasil superará pela primeira vez a marca de R$ 3 bilhões. Em 2009, foram R$ 2,82 bilhões, segundo o Sindan.
O crescimento da Intervet no Brasil ocorre em meio ao processo de fusão com a ainda concorrente Merial. Em março do ano passado, a Merck e a francesa Sanofi-Aventis - controladora da Merial - anunciaram a criação de uma joint venture global entre seus braços de saúde animal. A nova empresa será a líder da indústria mundial do setor, com faturamento superior a US$ 5 bilhões, superando a Pfizer, que em janeiro do ano passado comprou a concorrente Wyeth e consequentemente incorporou a Fort Dodge, reforçando seu segmento de saúde animal. "A cotação da arroba do boi superou todas nossas expectativas. E com o preço acima de R$ 100 existe uma corrida por parte dos produtores para investir mais em tecnologia, para conseguir uma produtividade cada vez maior", afirma Vilson Simon, diretor-presidente da Intervet no Brasil. "Em 2010 foi a pecuária que alavancou nosso resultado".
Alavancou em 2010 e deve alavancar novamente neste ano. Sem dar detalhes, Simon informa que no começo do segundo semestre deste ano, a empresa irá colocar em prática um projeto destinado a confinamentos, que envolve os segmentos veterinário e de genética. O investimento previsto para o projeto vai ficar entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões e terá como objetivo elevar a produtividade da pecuária. "É preciso investir no desenvolvimento do setor. Acredito que seja mais barato promover o desenvolvimento do mercado do que ficar brigando com os concorrentes por uma fatia maior do market share", afirma Simon.
A aposta da Intervet na pecuária não é por acaso. Além de o segmento apresentar um maior potencial de crescimento em comparação com os mercados de aves e suínos - altamente tecnificados -, para a Intervet a pecuária representa 60% do seu negócio no Brasil. A avicultura tem uma fatia de 14% das vendas, ficando à frente dos animais de companhia (pet) e suínos, que detêm 12% e 10%, respectivamente. Em abril de 2010, a empresa anunciou a parceria com a brasileira Genoa para comercializar os marcadores moleculares identificados e patenteados pelo grupo nacional para a raça nelore, que representa 80% do rebanho bovino nacional. "Estamos satisfeitos com os primeiros resultados da parceria, mas o projeto de marcadores ainda precisa de um processo de educação do próprio pecuarista", admite Simon.
O cenário positivo vivido pela indústria veterinária em 2010 deve continuar neste ano, na avaliação de Simon. O executivo projeta um crescimento de 10% para a indústria nacional, mantendo o ritmo do ano passado. Para a Intervet, a projeção de crescimento é de 14%, de acordo com o executivo. "Estamos muito animados e otimistas com que mercado neste ano, independentemente do processo de fusão em que estamos envolvidos", diz o diretor-presidente da companhia.

Da redação – São Paulo / SP
Carne de frango é a mais ecológica das carnes
Campinas, 14 de Janeiro de 2011 - Além de ser, para os brasileiros, a mais democrática das carnes, a carne de frango é também, para o mundo, a carne mais ecológica. Quem mostra isso é a edição nº 286 da Revista Super Interessante, da Editora Abril. Através de um infográfico a revista demonstra que espécie animal – entre bovinos, ovinos, suínos e galináceos – “passa mais despercebida pelo planeta” em termos de conversão alimentar, de consumo d’água (não apenas a consumida pelo animal, mas também a utilizada na manutenção da propriedade, na irrigação, no cultivo e no processamento de grãos), de espaço ocupado por cabeça criada (valores aplicáveis à criação intensiva) e de emissão de dióxido de carbono (CO2, um dos gases do efeito estufa). Pois o “número 1”, conforme a matéria, é o frango. Porque come e bebe pouco, ocupa um espaço mínimo e apresenta – comparativamente aos outros três animais – a menor taxa de emissão de CO2. Daí a invocação final: “Asas e coxinhas por um mundo melhor”. Cá entre nós, porém, o frango é ainda mais ecológico que o descrito, já que, para produzir um quilo de carne, necessita de volume menor de ração que o apontado. A revista fala em 2,8 kg, mas hoje já se produz um quilo de carne de frango com até menos de 1,8 kg de ração.

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SETOR AUTOMOTIVO


Da redação – São Paulo / SP
Mercado brasileiro ganha terreno no ranking das montadoras
O Brasil já foi considerado uma "aventura" por multinacionais do setor automobilístico. Hoje, é o terceiro mercado mais importante para quatro grandes grupos - Ford, General Motors, Renault e Volkswagen - e o que mais vende carros da Fiat. Com venda recorde de 3,5 milhões de veículos novos em 2010, o País confirmou o inédito posto de quarto maior mercado mundial. Com isso, as filiais das montadoras ampliaram as contribuições aos negócios globais, ajudando a amenizar resultados negativos das empresas mães nos Estados Unidos e na Europa. Há dois anos, a Fiat do Brasil ultrapassou a matriz italiana e é a que mais vende carros da marca no mundo. Nesse período, ampliou sua participação nos negócios globais de 30,5% para 35%.A Fiat vendeu cerca de 690 automóveis em sua terra natal em 2010 e 760,5 mil no Brasil. O grupo tem fábricas em oito países, entre os quais Polônia - terceiro maior consumidor - e Índia.

Detroit / EUA
Salão do automóvel espanta crise e mostra carros que serão feitos no Brasil nos próximos 2 anos
Apesar de o gelo ainda cobrir Detroit, o sol brilha forte sobre a cidade símbolo da indústria automotiva americana, encorajando os expositores da mostra, que abriu as portas ao público no sábado, dia 16/1, e vai até o próximo domingo, dia 23/1. O reaquecimento da economia e a previsão de alta no preço da gasolina, no entanto, balizam os lançamentos. Em vez de utilitários beberrões ou protótipos surreais, os astros são os carros elétricos - que enfim chegam à produção - e os compactos.
É assim que os americanos classificam os sedãs do porte do Honda Civic e do Toyota Corolla, rejuvenescidos no Cobo Hall. As modificações chegam às versões brasileiras até o final deste ano. "O Civic apresentado aqui nos EUA é um conceito global e pode passar por alterações para atender ao mercado latino-americano", disse Toshiyuki Okumoto, chefe de design da Honda. Mesmo tendo redesenhado toda a carroceria, Okumoto explica que mexeu radicalmente só na traseira do sedã. "Quis manter a identidade visual do carro, ainda que a dianteira pareça estar mais larga e baixa", diz. A reestilização do Corolla é mais simples e envolve apenas para-choques, lanternas e faróis. O modelo é o líder do segmento no Brasil. Até a Chrysler, em processo de reestruturação sob comando da Fiat, promete um sedã "inédito em dois anos" para competir com Civic e Corolla. Em 2011, só lançará as novas versões do 300, do Journey e da Town&Country.
No estande da Chevrolet, o grande lançamento é a linha Sonic (1.4 turbo e 1.8), que chega para ocupar o posto de menor veículo do grupo. O hatch, mostrado nas edições 2010 do Salão de Detroit e do de São Paulo - como o conceito Aveo RS -, dá as caras junto com a versão sedã. A apresentação do Sonic -baseado no sucessor do Prisma nacional - nos EUA foi acompanhada por uma comitiva de executivos da GM de São Bernardo do Campo. "Ele tem chance [de ser produzido no Mercosul], sim", admite Marcos Munhoz, diretor-geral de comunicações da GM do Brasil, que planeja renovar a gama de produtos até 2013. Antes, o Celta e o Prisma serão reestilizados. Com novos para-choques e melhorias no interior, serão apresentados no próximo mês. Nos EUA, será o início da saga Fiat 500. O carrinho até ganhou enormes porta-copos e suspensão mais macia, para agradar aos americanos acostumados a picapes. O melhor é que o 500 vendido lá sairá do México e também será vendido no Brasil no segundo semestre sem Imposto de Importação. Hoje, custa R$ 60 mil. Tão assustador quanto a estimativa de preço da gasolina em junho nos EUA: US$ 4 o galão de 3,8 litros. (Fonte: Felipe Nóbrega, enviado especial Agência Folha)

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SERVIÇOS & VAREJO

São Paulo / SP
Varejo de "amostra grátis" quer se expandir no Nordeste
As chamadas "lojas de amostra grátis" ainda são novidade na capital paulista. Apesar disso, já têm planos de expansão pelo país. As empresas, que têm cerca de seis meses em São Paulo e por volta de 70 mil associados, miram o Nordeste. O motivo: as indústrias que expõem nessas lojas querem cada vez mais saber como os consumidores da região avaliam os produtos. No modelo de negócio, o cliente visita a loja e escolhe o que quer levar para casa, com um limite preestabelecido. Há desde alimentos a cosméticos e vestuário.
Em troca, tem de responder a questionário com pontos que interessam à indústria, além de pagar taxa de anuidade (de R$ 25 a R$ 50). "É a opinião dos consumidores que interessa às empresas. Trata-se de uma pesquisa imparcial, em que o cliente escolhe o produto e se propõe a dar sua avaliação", diz Luiz Kajibata Gaeta, sócio-proprietário do Clube Amostra Grátis, que abriu uma loja na Vila Madalena em maio e conta com 17 mil associados.
Segundo ele, as empresas já demonstram interesse em colher informações de outros mercados, especialmente do Nordeste. "Diante dessa demanda, estamos nos organizando e já planejamos abrir uma unidade em Recife no primeiro semestre de 2011." A Sample Central -que inaugurou a sua primeira unidade em junho na região da avenida Paulista e tem 53 mil cadastros- também pretende abrir uma unidade na região no próximo ano.
A região Sul é vista como outra opção. "Estamos fazendo um levantamento com a indústria e sentimos o Nordeste como forte potencial", afirma João Pedro Borges, gerente-geral e sócio da loja. Segundo o IBGE, o Nordeste é a região que mais aumentou sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) entre 2004 e 2008. Além disso, ultrapassou pela primeira vez o Centro-Oeste no financiamento ao consumo, ficando atrás apenas do Sudeste e do Sul, de acordo com informações de setembro deste ano do Banco Central.
FORMATO INOVADOR - A gerente de marketing da Sadia, Patrícia Cattaruzzi, vê o conceito da loja como um "formato inovador". A empresa já expôs dois lançamentos na Sample Central e, para a gerente, foi uma experiência positiva. "Com essa ferramenta, é possível ter um termômetro do que seria o lançamento, ao percebermos quantas pessoas o escolhem na loja, e ainda trabalhar questões específicas pelos questionários que os clientes respondem." As lojas de amostra grátis têm a maior parte de seu faturamento justamente das pesquisas, que são pagas pela indústria. (Agência Folha)

Da redação – Porto Alegre / RS
Lojas Colombo cresce 20% com liquidação
A edição de verão da “Bombástica – 3 Dias Imperdíveis”, maior ação promocional realizada pela Lojas Colombo, comercializou nos dias 6, 7 e 8 de janeiro 290 mil itens que estavam em oferta nas 342 lojas da rede no Brasil. As vendas nesses três dias alcançaram R$ 30 milhões, um aumento de 20% em relação à campanha realizada no ano passado. Os produtos mais procurados foram os eletroportáteis, que somaram 120 mil itens comercializados.

Da redação – São Paulo / SP
Casa & Vídeo é assediada e setor aguarda a próxima aquisição
Tudo indica que a Lojas Americanas será a próxima a anunciar uma compra no mercado varejista. Com indícios de negociações a portas fechadas, especialistas do mercado afirmam que a empresa acaba de assediar a carioca de eletroeletrônicos Casa & Vídeo, além de ter feito propostas para o site de comércio eletrônico B2W. Procurada, a Casa&Vídeo confirmou que conversas com a rede Americanas aconteceram, mas já teriam se encerrado. Já a Lojas Americanas afirmou que oficialmente a última negociação com a rede carioca foi em junho do ano passado. Entre propostas de fusão e aquisição, nada foi concretizado até o momento.

Da redação – Porto Alegre / RS
Panvel economiza dois milhões de sacolas plásticas em 2010
O projeto "Menos Sacolas, Mais Pontos", do cartão Fidelidade da Panvel, deixou de colocar na natureza cerca de dois milhões de sacolas plásticas desde maio do ano passado, quando a ação foi iniciada. Com essa iniciativa, os clientes Panvel acumularam em seus cartões fidelidade o equivalente a R$ 50 mil reais, que podem ser usados como desconto e produtos de perfumaria em qualquer uma das 280 lojas da rede.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF e São Paulo/SP
Índia avança em commodities brasileiras
Depois da China, é a vez da Índia. Um novo gigante asiático despertou seu apetite pelas matérias-primas brasileiras, provocando temores de que se repita uma relação comercial "colonial" de exportação de commodities e importação de produtos manufaturados. Nos últimos dois anos, as vendas de produtos básicos para a Índia quase quintuplicaram, saindo de US$ 370 milhões em 2008 para US$ 1,74 bilhão em 2010. Os principais alvos do "ataque" foram o petróleo e o açúcar, mas as perspectivas são positivas para outros produtos como carne de frango. Em 2010, o petróleo liderou as vendas brasileiras para os indianos, gerando uma receita de US$ 1,24 bilhão. Foi seguido pelo açúcar bruto, com US$ 875 milhões. A Índia saiu de uma posição insignificante entre os clientes do petróleo brasileiro para se tornar o terceiro maior comprador, depois de Estados Unidos e China. Procurada, a Petrobrás não quis comentar o assunto. Os indianos também foram o segundo maior importador do açúcar brasileiro, logo depois da Rússia. A explosão de vendas foi provocada por uma forte seca em 2009 e em 2010 no país. A Índia ocupa a vice-liderança da produção mundial de açúcar, atrás do Brasil. Em épocas de boas safras, como a atual, torna-se exportadora. Segundo André Sacconato, economista da consultoria Tendências, a Índia tem cerca de 500 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza que serão inseridas no mercado consumidor nos próximos anos, graças ao forte crescimento da economia. Isso significa um novo mercado para as commodities brasileiras. (Agências Brasil e Estado)

Da redação – São Paulo / SP
Na exportação de carnes, frango responde por 65% do volume e por metade da receita
Na compilação dos resultados de exportação do agronegócio junto à SECEX/MDIC, o Ministério da Agricultura constatou que em 2010 o Brasil exportou 5,911 milhões de toneladas de carnes, volume 2,1% superior ao alcançado em 2009. Consideradas exclusivamente as quatro principais carnes exportadas (bovina, suína, de frango e de peru), a de frango correspondeu a 65% do total (5,560 milhões de toneladas). A receita cambial geral, por sua vez, totalizou US$13,630 bilhões (6,75% da receita cambial brasileira) e aumentou 15,6% no ano. Aqui (e, novamente, consideradas apenas as quatro principais carnes), a participação da carne de frango foi menor, mas correspondeu a, praticamente, metade da receita (US$12,813 bilhões). O único detalhe, neste caso, é que nos dados relativos à carne de frango, não foi compilada a receita de US$553,5 milhões proveniente da carne de frango salgada. E isso considerado, a receita integral do produto (inteiro, cortes, industrializados e carne salgada) representou 51% da receita cambial das carnes.

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TI, WEB & e-COMMERCE

Da redação – São Paulo / SP
Mercado brasileiro de pequenas e médias empresas é o segundo maior a ampliar investimentos em TI
A pesquisa “Por dentro do mercado de médio porte: uma perspectiva para 2011”, encomendada pela IBM e conduzida de forma independente pela empresa KS&R, Inc., identificou que as tecnologias analíticas e preditivas estão sendo amplamente adotadas pelas pequenas e médias empresas para aprimorar a competitividade, apoiar estratégias de expansão e atender melhor os clientes. O estudo global com mais de 2 mil empresas de médio porte em 22 países, incluindo o Brasil, também aponta uma rápida adoção da computação em nuvem (cloud computing) entre esse segmento, com dois terços delas planejando ou já implementando tecnologias baseadas em nuvem como parte de suas infraestruturas.
De acordo com a pesquisa, as empresas de médio porte estão em uma curva ascendente em 2011, já que mais de 50% delas pretendem aumentar seus orçamentos de TI ao longo dos próximos 12 meses, comparado a apenas 20% em 2009. No Brasil, 81% das empresas entrevistadas aumentarão seus investimentos em TI neste ano, enquanto apenas 6% reduzirão o orçamento nessa área. O país está bem próximo do primeiro colocado no ranking, a Índia, onde 84% das companhias gastarão mais com TI, e está bem acima da média dos mercados emergentes, que é de 69%. Essas empresas estão investindo em um amplo leque de prioridades, incluindo colaboração, processos analíticos, mobilidade, computação em nuvem e sistemas de relacionamento com clientes. Elas também pretendem fazer o upgrade de sua infraestrutura básica com o objetivo de obter melhor desempenho, segurança e confiabilidade. No Brasil, o gerenciamento financeiro e a virtualização dos processos também são prioridades de negócio para as companhias.
Globalmente, mais de dois terços das empresas estão buscando soluções de virtualização para tirar partido de uma infraestrutura compartilhada, aprimorando a eficiência, baixando custos e aumentando a escalabilidade. Os investimentos em tecnologia das pequenas e médias empresas brasileiras também são impulsionados pela necessidade de redundância dos sistemas e pela economia de espaço físico. “Os resultados mostram que à medida que as economias no mundo inteiro continuam em sua rota de recuperação, empresas de médio porte estão lidando com um novo conjunto de desafios e oportunidades. Quando falamos com essas companhias dezoito meses atrás, a maioria estava concentrada em reduzir custos e aumentar eficiência. Hoje a conversa é mais voltada a como crescer e como se conectar com os clientes. É um ambiente muito diferente e muito mais promissor”, ressalta o executivo para pequenas e médias empresas da IBM Brasil, Luciano Sulzbach.
No país, além do lançamento de novos produtos e o fortalecimento da rede de parceiros, a IBM trabalha em outras duas linhas de frente para possibilitar uma oferta mais acessível de TI às pequenas e médias empresas: apoio a sua rede de canais e revendas; e na estratégia de Expansão Geográfica que, desde o ano passado, vem reforçando a presença da companhia em mercados onde há grande potencial de crescimento, fora das capitais Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Principais resultados:
Processos Analíticos - Antes exclusivo de empresas maiores, com orçamentos mais elevados, o uso de processos analíticos agora é mais comum, como resultado de ferramentas mais acessíveis e amplamente disponíveis para empresas de médio porte. A pesquisa identifica que 70% das companhias entrevistadas planejam ou já implementam uma solução de processos analíticos de negócios; sendo que 20% já concluíram a implantação e estão no estágio de manutenção de um projeto de processos analíticos. Além disso, aproximadamente 60% mencionam processos analíticos como sua “Prioridade de TI mais crítica” ao longo dos próximos 12 a 18 meses, com significativo volume de orçamento de TI sendo designado para garantir o sucesso de seus projetos de processos analíticos.
Foco Estratégico - Comparações entre a pesquisa atual e a de 2009 revelam uma mudança acentuada do foco em controle de custo e eficiência para uma ênfase maior em crescimento, clientes e inovação. Hoje 21% caracterizam seu foco como “Eficiência e Controle de Custo”, com acentuada maioria (79%) concentrando-se em crescimento, inovação e clientes. Em 2009, 53% caracterizavam o foco de suas empresas como sendo “Eficiência e Controle de Custos”, com menos da metade (47%) concentrada em crescimento, inovação e clientes. Essa mudança de foco se reflete nos aspectos que impulsionam processos analíticos, citados pelos participantes da pesquisa como o aumento da eficiência (37%), aprimorar o direcionamento de clientes, o conhecimento e a informação (37%) e promover estratégias de expansão (15%).
Nuvem - Em termos globais, 66% das empresas de médio porte pesquisadas têm projetos de computação em nuvem em andamento ou no estágio de planejamento. Entre os principais benefícios da computação em nuvem, os entrevistados citam a otimização de custos e redundância, aumentando ao mesmo tempo a disponibilidade e a escalabilidade. Quando perguntados sobre que tipo de solução de nuvem pretendiam implantar, a maioria pensava em usar um modelo de nuvem privada. De acordo com a pesquisa, 76% estão usando atualmente ou pretendem usar a abordagem de nuvem privada.
Parceiros - Para perseguir essas prioridades, mais de 70% das empresas de médio porte estão buscando um relacionamento mais consultivo, ao invés de puramente transacional, com seus fornecedores primários de TI. As empresas pesquisadas mencionam confiabilidade, desempenho de produtos e preços competitivos como as principais razões para escolher seu fornecedor primário de TI.
Sobre a Pesquisa - “Por dentro do mercado de médio porte: uma perspectiva para 2011” foi uma pesquisa encomendada pela IBM e conduzida de forma independente pela empresa KS&R, Inc. O levantamento com 2.112 pessoas responsáveis por decisões de negócio e de tecnologia da informação em empresas de médio porte (de 100 a 1.000 funcionários) foi conduzido em diferentes segmentos de mercado, incluindo bancos, varejo, produtos de consumo, atacado, transporte, produtos industriais e seguros. Participantes de 22 países foram ouvidos, incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia e Noruega), Suécia, Alemanha, França, Itália, BeNeLux (Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo), Espanha, Japão, China, Brasil, Índia, Rússia, Austrália, México, Coreia, Singapura, África do Sul, Polônia, Nova Zelândia e a República Tcheca. A pesquisa foi conduzida no quarto trimestre de 2010 para capturar prioridades atuais e futuras de negócio e de TI, bem como o direcionamento dos investimentos. (Fonte: Assessoria de Imprensa IBM – In Press Brodeur)

Nova Iorque / EUA
Groupon e Pandora avaliam ofertas de ações
O site de compras coletivas Groupon e a companhia de rádio pela Internet Pandora estão trabalhando para fazerem ofertas públicas iniciais de ações (IPO), disseram fontes próximas do assunto à Reuters. O Groupon está se reunindo com bancos para explorar perspectivas para uma oferta de ações "de tamanho considerável" depois da recente oferta do Google para comprar a empresa por US$ 6 bilhões, afirmou uma fonte. O IPO da companhia poderá ficar na faixa entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão, segundo a CNBC. Se a operação for adiante, vai ficar entre os maiores IPOs do setor de tecnologia nos Estados Unidos na última década, segundo dados da Thomson Reuters. Também pode indicar um sinal de que companhias de tecnologia estão ansiosas para aproveitar os valores de mercado maiores, disparados depois do investimento de US$ 450 milhões no Facebook feito pelo Goldman Sachs e pela companhia russa Digital Sky Technologies, que avaliou o site de redes sociais em U$S 50 bilhões. A Pandora se reuniu com bancos na terça-feira para avaliar um possível IPO de US$ 100 milhões e pode indicar as instituições que vão liderar a oferta ainda nesta sexta-feira, afirmou uma fonte. Representantes do Groupon não estavam imediatamente disponíveis para comentar e a Pandora não falou sobre o assunto. A rede social para profissionais LinkedIn planeja fazer uma oferta pública inicial de ações este ano, disseram fontes. O Twitter e a produtora de jogos para redes sociais Zynga também são considerados como candidatos a IPOs. O Groupon tem agressivamente levantado capital. Em dezembro, a empresa vendeu uma participação de US$ 500 milhões e, na segunda-feira, completou uma rodada de financiamento de US$ 950 milhões. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Criatividade – a chave para um negócio virtual
Diante do sucesso do filme “A Rede Social” – baseado na história do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg – muitos se perguntam sobre as probabilidades e as reais chances de a partir de uma simples ideia, se criar um império e transformar para sempre a comunicação mundial. A todo momento, empresas tentam transportar suas atividades “reais” para o ambiente tecnológico, o que nem sempre funciona. Em contrapartida, existem aquelas que desejam dar o pontapé inicial de suas funções diretamente na internet. Para as que já existem, é preciso tomar o cuidado em conhecer o mundo em que está investindo. Arriscar com planejamento é a melhor solução para quem desejar buscar novos horizontes, não perdendo de vista a linha racional.
Portanto, os empresários devem encarar o website como uma “segunda empresa”, onde deve destinar funcionários específicos, que entendam do meio e sejam capazes de realizar as manutenções e os diferenciais. Do contrário, sua “empresa” será apenas mais uma. Agora, para quem almeja criar uma empresa voltada exclusivamente para o mercado tecnológico, a calma é importante, pois não é todo dia que surgem tendências tão inovadoras, que possam emplacar rapidamente. Analisar o mercado, bem como o perfil do consumidor é essencial. Reconhecer os riscos é um passo fundamental para evitar fracassos.
Como exemplo, muitos já acompanharam como funciona o ambiente corporativo das grandes companhias, principalmente àquelas focadas no mercado tecnológico. Mesa de pingue-pongue, videogame, redes e outros brinquedinhos fazem parte da rotina de trabalho. Instrumentos esses que estimulam a característica que o funcionário desta nova geração necessariamente deve ter se deseja se destacar – criatividade. Com o surgimento da geração Y, uma nova demanda passou a ser acionada para ocupar os principais cargos dessas grandes empresas. Engana-se quem pensa que o quesito principal é a pouca idade. O que acontece é que a grande capacidade desses jovens de se atualizarem e serem sedentos por novidades faz com que se sobressaiam com maior facilidade.
Contudo, não adianta reunir meia dúzia de bolas e brinquedos para oferecer ao funcionário um ambiente agradável sem encarar as atividades com total profissionalismo. É importante destacar que essa atividade não tem nada de fantasma e os prejuízos podem ser enormes. É certo de que o negócio virtual não necessita em primeira partida tanto do espaço físico, mas a visão de planejamento, bem como o cálculo dos retornos, é tão ou mais importante que o normal.
Prova de ideia, atitude e retorno é a Primeira Rádio Web 2.0 do Brasil – LognPlay - www.lognplay.com. O sonho de um grupo de empresários, compostos pela geração X e Y, tornou-se realidade após permitirem a seus usuários criarem suas próprias rádios, dos mais variados gêneros e estilos musicais. “Desde o início, tivemos o cuidado de formatar algo sério, que tenha vida longa, por isso, primeiro pesquisamos as instituições responsáveis por reconhecer nosso tipo de atividade”, afirma André Luiz Hernandes, um dos criadores da LognPlay.
O sucesso é tanto que em pouco tempo de existência, o site possui mais de 15 mil usuários gratuitamente cadastrados, chamados de “LP's”, e os mesmos participam de uma divertida disputa pelas rádios mais tocadas no ranking. Utilizando até mesmo as redes sociais para divulgar as mais de 5.6 mil rádios. Lembrando que não é permitido fazer download.
Um dos grandes diferenciais da LognPlay é que já é possível fazer anúncios dentro das rádios escolhidas. “Se a pessoa anuncia um produto ligado ao público sertanejo, por exemplo, pode escolher a rádio de sua preferência e inserir a sua publicidade, sabendo que está acertando seu alvo em 100%”, finaliza André. Ou seja, através da criatividade é possível construir um sólido negócio baseado na relação com o público e inteligência de investimento. Com isso, quem sabe o próximo filme não pode ser sobre a história de sua empresa? Quer saber mais? Acesse: www.lognplay.com (Fonte: Lucky Assessoria)

Da redação – São Paulo / SP
TOTVS IP abre 12 vagas para interior de São Paulo
A TOTVS Interior Paulista, uma das principais unidades da TOTVS S/A, atuante em desenvolvimento de tecnologia ERP na América Latina, tem 12 vagas abertas para profissionais de tecnologia, analista de sistemas, comercial e áreas administrativas. Os contratados atuarão nas unidades de Sorocaba, Jundiaí, Campinas ou Ribeirão Preto. As vagas são para executivo de atendimento e relacionamento, com foco em tecnologia para clientes TOTVS IP; executivo de atendimento e relacionamento base; analista contábil; analista DBA; analista de desenvolvimento, com conhecimento em RM ou Datasul; analista de educação corporativa de RH e materiais; e analista de sistemas administrativo e materiais. Com exceção de vagas administrativas, os demais profissionais atuarão com atendimento a clientes externos. Esses profissionais trabalharão na TOTVS IP, em conjunto com aproximadamente 400 participantes. Além da remuneração, a empresa oferece benefícios como programas de qualidade de vida, treinamentos técnicos e comportamentais. Para participar do processo de seleção, o candidato deve enviar seu currículo com o título da vaga no assunto para o e-mail oportunidades.ip@totvs.com.br e para mais informações, acessar o site www.totvs.com/interiorpaulista.

Da redação – São Paulo / SP
Cyberlynxx oferece 40 vagas em TI
A integradora Cyberlynxx abre 40 vagas para profissionais de tecnologia da informação (TI) nos estados de São Paulo (capital), Minas Gerais (Belo Horizonte) e Rio de Janeiro (capital). Para concorrer a uma delas, é necessário ter experiência comprovada nas funções oferecidas, além de certificações técnicas e metodologias. O perfil exigido dos participantes inclui proatividade, responsabilidade, pensamento coletivo e expectativa de crescimento. A empresa está contratando para os seguintes cargos: analista de requisitos, analista de testes/qualidade, analista/desenvolvedor de sistemas-BI, analista/desenvolvedor de sistemas-Java, analista/desenvolvedor de sistemas-Net, analista/desenvolvedor de sistemas-Portal, analista/desenvolvedor de sistemas-SOA, arquiteto de software Java e.Net/SharePoint e gerente de projetos. Os interessados devem acessar www.cyberlynxx.com para realizar o cadastro.


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MERCADO DE LUXO


Paris / França
Belle Epoque, por Christofle
A Christofle criou um recipiente prateado com filigrana para envolver a especial garrafa da cuvee Perrier-Jouët, a Belle Époque 1998. (LEIA na íntegra)

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MÍDIA


São Paulo / SP
Jornal Le Monde Diplomatique Brasil lança livro com os melhores artigos publicados
O Le Monde Diplomatique Brasil, jornal originário da edição francesa, anuncia o lançamento do "Dossiê Le Monde Diplomatique Brasil", reunião dos melhores artigos já reproduzidos pela publicação sobre o mesmo tema. A série terá inicialmente três números que virão publicados na forma de encarte nas edições mensais do jornal. (LEIA na íntegra)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação / Florianópolis
AveSui deve alaçancar bons negócios para setor
Atenta a oferecer um salto qualitativo para sua empresa, a AveSui é hoje a principal vitrine da agroindústria na América Latina. Plataforma ideal para a realização de negócios, a décima edição da AveSui será realizada de 17 a 19 de maio de 2011 em Florianópolis/SC. Mais uma vez na capital catarinense, a AveSui 2011 coloca empresas, produtos e serviços das cadeias produtivas de aves, ovos e suínos em contato direto com um público qualificado de várias localidades, nacionais e internacionais. (LEIA na íntegra)






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