Edição 474 | Ano III



Washington / EUA
Banco Mundial revisa para baixo previsão de crescimento em 2011
O Bird - Banco Mundial - previu uma desaceleração do crescimento global em 2011, e advertiu para a possível repetição do ciclo inflacionário das matérias-primas registrado em 2008. A instituição informou que suas previsões de crescimento foram revisadas para baixo em relação há seis meses, de 3,9% a 3,3%. O motor deste crescimento seguirá sendo as economias emergentes, que avançarão duas vezes mais rápido (6%) que os países ricos (2,4%). Segundo o Banco Mundial, este ritmo de crescimento não será suficiente: "lamentavelmente, estas taxas de crescimento têm poucas possibilidades de eliminar o desemprego e a subutilização dos recursos nas economias e nos setores econômicos mais afetados". O Bird se mostra particularmente preocupado com a alta dos preços das matérias-primas devido às políticas monetárias generosas nos países ricos e à demanda sólida nos países emergentes. "Ainda que os preços reais da alimentação na maioria dos países em desenvolvimento não tenham aumentado tanto, subiram muito em alguns países pobres". "Se os preços internacionais continuarem aumentando, os problemas de poder de compra e suas repercussões sobre a pobreza poderão se agravar". "Estamos muito preocupados com a alta dos preços da alimentação. Observamos certas semelhanças com a situação de 2008, justo antes da crise financeira", declarou em entrevista coletiva o diretor de previsões de desenvolvimento do Bird, Hans Timmer. (Agence France Presse / AFP)

Washington / EUA
Mundo não resistirá a nova crise global, diz Fórum Econômico
O mundo não está em condições de resistir a uma nova crise global porque o colapso do sistema financeiro em 2008 esvaziou os cofres públicos e deixou sem economias aos cidadãos, advertiu nesta quarta-feira o FEM - Fórum Econômico Mundial O FEM apresentou em Londres o relatório "Riscos Globais 2011", alertando que o aumento da tensão geopolítica e a crescente falta de coesão social situaram os Governos e às sociedades em uma situação "especialmente vulnerável". (Agência EFE)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Variação do IPC-3i em 12 meses supera inflação geral
O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade , registrou no quarto trimestre de 2010, variação de 2,46%. A variação do IPC-3i em 12 meses, de 6,27%, superou a taxa acumulada pelo IPC-BR, que registrou alta de 6,24%, no mesmo período. Na passagem do terceiro trimestre para o quarto de 2010, a taxa de variação do IPC-3i registrou acréscimo de 2,41 pontos percentuais. Entre as sete classes de despesa componentes do índice, as principais contribuições para este movimento partiram dos grupos: Alimentação (-1,27% para 5,15%) e Vestuário (-0,87% para 2,39%). Para cada uma destas classes de despesa, vale citar o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (-20,31% para 0,18%) e roupas (-1,20% para 2,52%), respectivamente. As demais classes de despesa também registraram avanços em suas taxas de variação: Transportes (0,33% para 2,23%), Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 1,87%), Despesas Diversas (0,33% para 0,85%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,05% para 1,22%) e Habitação (0,85% para 0,88%). Nestes grupos, os destaques foram: gasolina (-0,31% para 2,52%), passagem aérea (-6,01% para 16,31%), cerveja (-1,89% para 9,12%), plano e seguro saúde (1,49% para 1,87%) e aluguel residencial (0,68% para 1,58%), nesta ordem. (Fonte: Assessoria de Imprensa da FGV)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Realização de lucro abate parte de Bolsas da Ásia
As Bolsas de Valores da Ásia encerraram os pregões de hoje, dia 14/1, sem tendência comum, com investidores realizando lucros em alguns mercados, enquanto outros se beneficiaram da alta de ações do setor financeiro.
- O índice MSCI que reúne Bolsas da região Ásia-Pacífico, exceto Japão, caía 0,1% às 7h29 (horário de Brasília), a 482,32 pontos.
- A Bolsa de Tóquio perdeu 0,86%, para 10.499 pontos, depois de atingir máxima em oito meses. A força do iene ante o dólar desencadeou uma realização de lucros.
- A Bolsa de Xangai caiu 1,29%, para 2.791 pontos, em meio a especulações sobre um novo aumento de juro.
- Em Cingapura, houve baixa de 0,3%, pra 3.245 pontos,
- Na Bolsa de Taiwan, de 0,03%, para 8.972 pontos.
- Já em Seul, a Bolsa subiu 0,89%, para 2.108 pontos.
- Na Austrália, houve ganho de 0,13%, para 4.801 pontos, na máxima em oito meses e meio. Ambos os mercados foram impulsionados pelos ganhos de bancos.
- Em Hong Kong, o avanço foi de 0,18%, com alta dos papéis financeiros devido a um otimismo sobre os lucros do trimestre.
Análise - Esse temor se acentuou nesta sexta-feira, já que o banco central chinês costumam tomar importantes decisões no fim de semana. "Essa conversa abateu a confiança do investidor... Mas [a Bolsa] deve ter pouco potencial para cair fortemente no curto prazo, devido a uma ampla liquidez e ao otimismo com os resultados corporativos', disse Zhang Qi, analista sênior do Haitong Securities.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu em queda de 0,08% nesta sexta-feira, aos 6.018,94 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu a sessão desta sexta-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 98,40, US$ 0,34 mais que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O indicador principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta sexta-feira em queda de 0,25%, aos 7.057 pontos.O euro abriu a sessão desta sexta-feira com ligeira alta no mercado de divisas de Frankfurt e às 5h de Brasília era cotado a US$ 1,3336, frente aos US$ 1,3330 do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3199.
- Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu a sessão desta sexta-feira em queda de 0,22%, aos 21.261,87 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share perdia 0,16%, aos 21.975,20 pontos.
- Paris / França - O índice principal da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em queda de 0,34% nesta sexta-feira, aos 3.961,04 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão desta sexta-feira em alta de 0,04%, aos 10.374 pontos.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa fecha com perdas de 1,27
Apesar da abertura bastante positiva, a Bovespa não emendou sua quarta sessão de ganhos nesta semana. A forte demanda pelos títulos europeus nos leilões até animou os investidores, mas uma bateria de indicadores frustrantes da economia americana serviu de justificativa para uma realização de lucros (venda de ações muito valorizadas no curto prazo).
- O Ibovespa retrocedeu 1,27% no fechamento, aos 70.721 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,5 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,669, em um decréscimo de 0,47%.
- A taxa de risco-país marca 167 pontos, número 2,45% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - Entre os vários indicadores já divulgados nos EUA, chamou a atenção o aumento acima das expectativas da inflação, conforme a leitura do PPI (preços no atacado). O índice teve uma variação de 1,1% em dezembro, ante 0,8% em novembro e 0,4% em outubro, bem acima do que o mercado esperava (variação de 0,8% no último mês do ano passado). Outra notícia negativa veio do mercado de trabalho americano: as solicitações de auxílio-desemprego atingiram a cifra de 445 mil na semana passada, num acréscimo de 35 mil pedidos iniciais desse benefício, quando os analistas contavam com uma redução de 2 mil registros. Em uma fraca "compensação" das notícias anteriores, o deficit comercial dos EUA cresceu menos do que o esperado, atingindo a casa dos US$ 38,3 bilhões em novembro, enquanto muitos esperavam uma cifra em torno dos US$ 41 bilhões.
Análise 2 - O IBGE apontou que o nível de emprego no setor industrial permaneceu estável em novembro, pelo terceiro mês consecutivo. Em relação a novembro de 2009, houve expansão de 3%, décima taxa positiva consecutiva nesta comparação. Já a Fiesp (federação da indústria paulista) revelou que o nível de emprego no Estado aumentou 4,7% em 2010, o maior aumento da série histórica do indicador iniciada em julho de 2005. O ministro Carlos Lupi (Trabalho) adiantou que o país criou 2,55 milhões de empregos formais em 2010, em um resultado histórico.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA caem com Merck e setor de matérias-primas
O mercado de ações norte-americano recuou no pregão de ontem, dia 14/1, devido às quedas nas ações da farmacêutica Merck e nos preços das commodities, que afetaram os papéis de produtoras de matérias-primas. O índice Standard & Poor's 500, no entanto, conseguiu permanecer perto da máxima de 28 meses, uma vez que investidores veem uma continuação da tendência de alta das bolsas, mantendo o foco na expectativa por uma temporada positiva de resultados corporativos.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,20%, para 11.731 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,07%, para 2.735 pontos.
- O índice S&P 500 teve desvalorização de 0,17%, para 1.283 pontos. As ações da Intel subiam 1% no pregão "after-market" após a divulgação dos resultados trimestrais da companhia, termômetro do setor de tecnologia.
Análise - Na sessão de ontem, os preços de cobre recuaram ante temores de que a demanda da China pelo metal estaria diminuindo. As ações da Freeport McMoRan Copper & Gold caíram 3,1%, para US$ 118,07, enquanto que o índice de matérias-primas da S&P teve baixa de 0,8%. Já a ação da farmacêutica Merck recuou 6,6% na sessão, para US$ 34,69, representando mais da metade das perdas no índice Dow Jones, após a companhia ter suspendido um de seus mais importantes medicamentos experimentais a alguns pacientes.

Londres / Inglaterra
Mercado europeu de ações caem por temor de aumento das taxas pelo BCE
O mercado de ações europeu recuou nos pregões de ontem, dia 13/1, recuando o pico de 28 meses atingido na sessão anterior, devido ao temor de que as pressões de inflação na zona do euro levem a um aumento nas taxas de juros. O setor de mineração liderou as perdas após a divulgação de projeções pessimistas para a demanda por cobre na China.
- O índice FTSEurofirst 300, que mede as principais ações da Europa, encerrou em queda de 0,57%, a 1.156 pontos, após saltar 1,5% ontem, dia 13/1.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em queda de 0,44%, a 6.024 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,09%, para 7.075 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,75%, a 3.975 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,91%, para 21.308 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 2,67%, a 10.371 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,37%, para 7.682 pontos.
Análise – "O mercado caiu após os comentários do Trichet sobre as pressões de alta da inflação, que talvez tenha surpreendido alguns operadores", disse Koen De Leus, estrategista da KBC Securities Bolero. "Estamos antecipando agora um aumento na taxa básica de juros nos últimos trimestres de 2011. O mercado está aguardando para ver os planos completos do BCE e espera não se decepcionar". O mercado aprofundou as perdas após o presidente do Banco central Europeu, Jean-Claude Trichet, afirmar que a economia da zona do euro enfrenta pressões inflacionárias no curto prazo, levantando apostas de que o BCE aumentará as taxas de juros. O setor de mineração registrou queda, seguindo os preços do cobre, devido a temores de que a demanda possa diminuir nas semanas antes do Ano Novo Chinês, no começo de fevereiro. Antofagasta, BHP Billiton e Xstrata tiveram baixas de entre 1,1% e 2%.


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MERCADO FINANCEIRO


Londres / Inglaterra
Banco Safra pretende emitir bônus globais de 10 anos
O Banco Safra pretende emitir bônus globais de 10 anos e escolheu como coordenadores da operação o BofA Merrill Lynch, o JPMorgan, o UBS Investment Bank e sua subsidiária Banco Safra (Cayman Islands), de acordo com uma fonte. Os bônus devem receber rating Baa2 da Moody's. A emissão será lançada após um road show na Europa e nos EUA que deve ser concluído em 19 de janeiro. (Agência EFE)


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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo / SP
Braskem vai investir R$ 300 milhões em nova fábrica
A Braskem (BRKM5) vai investir cerca de R$ 300 milhões na construção de mais uma fábrica de butadieno, matéria-prima utilizada na produção de pneus, elevando sua oferta do produto em cerca de 30%, a partir de 2013. O projeto da nova fábrica foi apresentado na última quarta-feira, dia 12/1, ao governo do Rio Grande do Sul, um dos estados cogitados para receber o investimento.

Nova Iorque / EUA
Empresas alimentícias demonstram interesse pela norte-americana Sara Lee
A empresa de investimentos Kohlber Kravis Roberts & Co tem potencial interesse na Sara Lee e pode se unir a outra companhia interessada em meio ao surgimento de ofertas pelo grupo alimentício, segundo duas fontes próximas ao assunto afirmaram na quarta-feira, dia 12. Não ficou imediatamente claro se a KKR buscará se unir a empresas interessadas, como a JBS, ou ao consórcio de companhias de investimentos liderado pela Apollo.A Sara Lee, que tem valor de mercado de cerca de US$ 11,5 bilhões, está avaliando diversas opções que incluem a venda da companhia ou a divisão das unidades de carnes e bebidas. A empresa possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne e panificados. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.
Nesta terça-feira, uma fonte informou que estaria em formação um consórcio com grupos de private equity para uma possível aquisição da norte-americana Sara Lee, com valor estimado em US$ 11 bilhões. Entre as empresas, há indícios de que a brasileira JBS estaria interessada junto com um grupo formado por empresas de investimentos que incluem a Apollo Global Management, conforme fontes disseram à Reuters anteriormente. O grupo também inclui Bain Capital e TPG Capital, de acordo com outra fonte. O interesse da JBS está nos negócios de carnes e também de café da Sara Lee, revelou a fonte, lembrando que as marcas e a estrutura de distribuição da norte-americana também se encaixariam perfeitamente na estratégica do grupo brasileiro.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café, mas suas exportações são em sua maioria de café verde, de menor valor agregado. A fonte salientou que, do ponto de vista estratégico, a Sara Lee pode ajudar a JBS a dar passos mais largos em áreas que têm sido bastante trabalhadas pela companhia atualmente: marketing, para agregar valor aos produtos, e logística, para melhorar as margens do negócio. O conselho de administração da empresa deve aprovar um plano para separar a companhia em reunião prevista para o final deste mês, a menos que uma contra-proposta de aquisição seja apresentada, afirmou uma fonte.
A KKR já estava interessada na Sara Lee no ano passado, segundo informou o "The New York Post" na ocasião, afirmando que o grupo alimentício havia recebido uma oferta não solicitada avaliada em US$ 12 bilhões, mas que foi recusada pelo conselho. A Sara Lee não estava imediatamente disponível para comentários e as empresas de investimentos se recusaram a comentar o assunto. (Agência EFE)

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AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
Avicultura brasileira apresenta rersultados de 2010
A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) anunciou ontem, dia 14/1, pela primeira vez, estatísticas consolidadas para as vendas externas da avicultura brasileira. As exportações somaram, em 2010, de 4,024 milhões de toneladas, com uma receita cambial de US$ 7,392 bilhões. Essas estatísticas incluem carnes de frango, peru, pato, ganso e outras aves, além de ovos e material genético. As exportações de carne de aves (frango, peru, pato, ganso e outras) totalizaram 3,981 milhões de toneladas, correspondendo a uma receita de US$ 7,244 bilhões. No caso da carne de frango foi registrado um novo recorde histórico nos volumes, com embarques de 3,819 milhões de toneladas. Com esse resultado o Brasil permanece na posição, conquistada em 2004, de maior exportador mundial de carne de frango. “Esses números refletem a importância social e econômica da avicultura brasileira. O ano de 2010 foi, claro, positivo. Mas poderia ter sido melhor para as exportações do setor, não fossem o aumento de insumos e o câmbio”, destacou o Presidente Executivo da Ubabef, Francisco Turra. Para 2011, as projeções da Ubabef indicam para um crescimento de 3% a 5% nos embarques de carne de frango. Segundo Turra, porém, é difícil uma avaliação mais precisa para o comportamento das exportações do setor diante da questão do câmbio. “Já com relação ao mercado interno podemos esperar um crescimento moderado enquanto continuarem a escassez de carne bovina e o aumento do consumo da população”, destacou.
Produção de carnes de aves e de ovos em 2010
A UBABEF também divulgou que a produção de carne de frango chegou a 12,230 milhões de toneladas em 2010, em um crescimento de 11,38% em relação a 2009, quando foram produzidas 10,980 milhões de toneladas. Com este desempenho o Brasil se aproxima da China, hoje o segundo maior produtor mundial, cuja produção de 2010 teria somado 12,550 milhões de toneladas, abaixo apenas dos Estados Unidos, com 16,648 milhões de toneladas, conforme projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O crescimento em 2010 foi impulsionado principalmente pelo aumento de consumo de carne de frango e pela expansão de 5,1% nas exportações. Como resultado da produção em 2010, o consumo per capita de carne de frango foi de 44 quilos no ano passado. A produção de carne de peru foi de 337 mil toneladas em 2010, contra 463 mil toneladas em 2009. Já a produção de ovos totalizou 28,851bilhões de unidades, equivalentes a 1,731 milhão de toneladas. Isto correspondeu a um consumo per capita de 148 ovos em 2010, ou 8,93 quilos.


As exportações avícolas em 2010
Carne de frango - Embarques, receita cambial e preço médio – Os embarques de 3,819 milhões de toneladas em 2010 representaram um aumento de 5,1% em relação a 2009, em novo recorde histórico para a carne de frango, principal produto das exportações avícolas brasileiras. No caso da receita cambial, de US$ 6,808 milhões, o incremento foi de 17%. O preço médio das vendas brasileiras foi de US$ 1.782 a tonelada, com um aumento de 11,4%.
As vendas por segmentos: Dentro do mix de produtos, as exportações de cortes somaram embarques 1,972 milhão de toneladas (+5,7%) e receita cambial de US$ 3,534 bilhões (+22,3%). As vendas de frango inteiro totalizaram 1,488 milhão de toneladas (+6,4%), com receita de US$ 2,254 bilhões (+17%). As exportações de frango industrializado, de 168,8 mil toneladas (-1,9%), representaram receita de US$ 465,1 milhões (-5%). Nos outros segmentos os embarques foram de 190,1 mil toneladas, com uma receita de US$ 553,4 milhões.
As vendas por mercado de destino: O Oriente Médio se manteve como a principal região de destino da carne de frango brasileira, ao importar 1,365 milhão de toneladas em 2010, ainda que isto tenha representado 0,1% a menos em relação a 2009. E a receita cambial foi de US$ 2,233 bilhão, em um crescimento de 13%. Para a Ásia as exportações foram de 1,008 milhão de toneladas, 6,5% acima do verificado no ano anterior, e a receita somou US$ 1,920 bilhão, crescimento de 26,4%. No caso da África, o terceiro maior mercado de destino em volumes, as encomendas foram de 495,3 mil toneladas (+17,4%) e a receita cambial totalizou US$ 610,5 milhões (crescimento de 3,8%). A União Europeia respondeu por compras de 471,3 mil toneladas, ou 7,2% a menos que em 2009. A receita cambial, de US$ 1,2 bilhão, foi 1,8% inferior à do ano anterior. Para os países das Américas o Brasil exportou 283,1 mil toneladas de carne de frango, 8% a mais na comparação com o ano anterior, obtendo uma receita de US$ 476,8 milhões (+9%). E para os países da Europa extra UE registrou-se o maior crescimento percentual, em 2010, tanto nos embarques (54% de aumento, chegando a 194 mil toneladas) quanto na receita (incremento de 70%, passando a US$ 357,2 milhões).

Carne de peru - As exportações totalizaram 157.820 toneladas, com uma queda de 3,5%, na comparação com o ano anterior. Já a receita cambial teve um crescimento de 11,2%, chegando a US$ 424,4 milhões. O preço médio das exportações de carne de peru foi de US$ 2,690 a tonelada, o que significa um incremento de 15,2% sobre 2009. O maior volume de embarques foi de industrializados (79.758 toneladas), enquanto o principal mercado comprador foi a Europa, com 87.240 toneladas.
Carne de pato, ganso e outras aves - Esse grupo respondeu por embarques de 4.212 toneladas, o que representou uma redução de 14% em relação a 2009. Mas a receita cresceu 8,5%, chegando a US$ 11,686 milhões. O preço por tonelada foi de US$ 2.770, com incremento de 26,2%. As principais regiões de destino foram Oriente Médio (1.849 toneladas), África (1.350 toneladas) e Ásia (939 toneladas). E como os três maiores países compradores destacaram-se Japão (683 toneladas), Gâmbia (610 toneladas) e Emirados Árabes Unidos (594 toneladas).

Ovos in natura e processados - As exportações brasileiras de ovos somaram 27.721 toneladas em 2010, o que representa uma queda de 25% em relação a 2009. A receita cambial, de US$ 41 milhões, teve uma redução de 17,6%. O preço médio foi de US$ 1.480/tonelada, com aumento de 10%. África, com 13.864 toneladas, e Oriente Médio, com 11.705 toneladas, foram as principais regiões de destino. Entre os países os maiores compradores foram Angola, com 12.662 toneladas, e Emirados Árabes Unidos, com 10.623 toneladas.

Material genético - As exportações brasileiras de material genético somaram US$ 107,8 milhões em 2010, um aumento de 85% em comparação com 2009. Desse total, US$ 73 milhões se devem às exportações de ovos férteis de galinha e US$ 34 milhões às exportações de matrizes. Entre os maiores mercados de destino estão à Venezuela, Paraguai, Colômbia e Emirados Árabes. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ubabef)

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SETOR AUTOMOTIVO

Paris / França
Peugeot Citroen aposta em China e América Latina para crescer
A montadora francesa PSA Peugeot Citroen espera que os mercados de veículos na China e América Latina cresçam este ano, depois que a expansão fora da Europa ajudou as vendas da companhia a crescerem 13%, para um recorde de 3,6 milhões de veículos. A PSA vendeu 39% de seus carros e comerciais leves fora da Europa em 2010, ante 34% em 2009, informou a companhia em comunicado ao mercado ontem, dia 13/1. Apenas no segundo semestre, a proporção cresceu para 43%. Aumento da demanda em regiões com prioridade de crescimento que incluem China, Rússia e América Latina devem ajudar a PSA a se aproximar da meta de gerar 50% de suas vendas fora da Europa até 2015, informou a empresa. A PSA vendeu 832 mil carros na França no ano passado, ante 375,6 mil na China, segundo maior mercado da empresa. No Brasil, mercado prioritário da companhia na América Latina, as vendas de 2010 somaram volume recorde de 90.326 unidades, alta de 10,35% sobre 2009. A expectativa da empresa é ter um crescimento acima da média do mercado no Brasil em 2011. A previsão da associação de montadoras brasileiras, Anfavea, é de alta de 5% nas vendas este ano. A montadora francesa, que aumentou em 26,5% suas vendas na América Latina em 2010 com 294,3 mil veículos, vai investir 700 milhões de euros (US$ 935,9 milhões) na região em três anos, segundo anunciou nesta quinta-feira o diretor das marcas, Jean-Marc Gales. A Peugeot comercializou 173 mil unidades na América Latina enquanto o resto corresponde às vendas da Citroën, segundo os números apresentados em entrevista coletiva em Paris sobre os resultados comerciais da PSA. (Agências EFE e Reuters)

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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Moda e drogarias estão no foco de fusões e aquisições
Ramos do varejo com dinâmicas completamente distintas, os segmentos de moda, drogarias e material de construção devem apresentar um ponto em comum em 2011: são focos potenciais das operações de fusão e aquisição. O mercado de vestuário, em especial, que oferece alta margem bruta (cerca de 50%) tende a atrair a atenção de competidores internacionais. Essa é a principal conclusão de um estudo da consultoria Alvarez & Marsalsobre o panorama do setor de varejo no Brasil. Segundo o levantamento, os segmentos de super, hipermercados e bens duráveis já estão em patamares de concentração próximos aos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, em que os cinco maiores competidores respondem por 40% a 50% do mercado total.
"Moda, drogaria e material de construção, porém, continuam muito pulverizados", diz Eduardo Seixas, sócio-diretor da Alvarez & Marsal, responsável pelo estudo. "O maior controle do Estado, com a implantação de programas como substituição tributária e nota fiscal eletrônica, no entanto, tende a diminuir o grau de informalidade desses segmentos." Com maior dificuldade de oferecer preços competitivos, as empresas menores se tornam alvos mais fáceis para aquisição, diz. Na opinião de Seixas, a oferta de crédito aliada às altas taxas de emprego deve favorecer ainda mais o mercado de vestuário. "O potencial de consolidação é evidente neste segmento", diz. Isso porque as quatro maiores redes dedicadas exclusivamente a vestuário correspondem a apenas 15% das vendas totais, que giraram em torno de R$ 58 bilhões em 2009, afirma o consultor. "Cerca de 60% do mercado no país é composto por empresas pequenas com abrangência regional, que dominam em grande parte o interior do país", diz.

Da redação – São Paulo / SP
Marca própria representa 5% do varejo
Cada vez mais supermercados, atacadistas e redes de farmácias investem em marcas próprias para incrementar os negócios e aumentar o faturamento. Uma pesquisa realizada pela Nielsen revelou que essa categoria de produtos está em franco crescimento no Brasil, mas a participação desses produtos no mercado ainda é pequena, cerca de 5%. Nos países onde esse tipo de estratégia está mais consolidada, como a Suíça e o Reino Unido, a participação é muito maior, 46% e 43%, respectivamente.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Yogolove fecha ano com 11 novas lojas
A rede de iogurterias Yogolove inaugurou no ano passado 11 pontos de venda, chegando a 13 no país. Com faturamento de R$ 6,5 milhões, a empresa registrou crescimento de 400% em relação ao ano passado. Para 2011, a expectativa é abrir mais 15 lojas e ampliar as vendas em 120% na comparação anual.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Mentha Pimentha quer abrir 12 lojas no ano
A grife de calçados e acessórios femininos Mentha Pimentha quer inaugurar neste ano 12 novos pontos de venda nas capitais e cidades do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Sul do país. Atualmente, a empresa conta com sete pontos de venda, depois de iniciar sua expansão por franquias em 2009.


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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Intel anuncia lucro recorde de US$ 11,7 bilhões em 2010
A Intel Corp. anunciou que teve um lucro líquido de US$ 11,7 bilhões no ano de 2010, com crescimento de 167% em relação ao lucro de 2009. A receita total foi de US$ 43,6 bilhões, com crescimento de 24% no ano, e a receita operacional alcançou US$ 15,9 bilhões, com crescimento de 179%; o lucro por ação ficou em US$ 2,05, com crescimento de 166% no ano. No quarto trimestre de 2010, a receita da Intel totalizou US$ 11,5 bilhões, com crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2009; a receita operacional foi de US$ 4,3 bilhões, com crescimento de 74%, o lucro líquido somou US$ 3,4 bilhões (+48%) e o lucro por ação foi de US$ 0,59 (+48%). Segundo o presidente e CEO da empresa, Paul Otellini, "2010 foi o melhor ano na história da Intel". O resultado da Intel foi divulgado depois do fechamento da Bolsa de Nova York. Durante o pregão, as ações da empresa haviam recuado 0,05%. No after hours, depois da divulgação do informe de resultados, elas subiram 1,6%. (Agência Dow Jones)

Brasília / DF
Acesso à internet rápida no País cresce 71% em 2010
Os acessos à internet de banda larga no Brasil cresceram 71% em 2010. Balanço divulgado pelo Sinditelebrasil, que representa as operadoras de telefonia privadas, mostra que a base de acessos de internet rápida chegou a 34,2 milhões no ano passado. Essa expansão é resultado da inclusão de 14,2 milhões de novas conexões, o que segundo o sindicato representa o acréscimo de 27 acessos por minuto ao longo do ano. O levantamento considerou os acessos em banda larga fixa, modems de conexão à internet móvel e terminais de terceira geração (3G), como os smartphones, que foram o destaque de 2010, com taxa de crescimento de 257%. Entre o fim de 2009 e o fim do ano passado, os acessos via 3G por smartphones saltaram de 4 milhões para 14,6 milhões.
Nesse mesmo período, o número de terminais de banda larga fixa subiu de 11,4 milhões para 13,6 milhões, um incremento de 20%, e o número de modems passou de 4,6 milhões para 6 milhões, o que representa uma evolução de 31%. Somente no quarto trimestre de 2010, melhor período de vendas no ano para as operadoras, por causa do Natal, 3,6 milhões de novos acessos foram ativados, entre conexões fixas e móveis, número 12% maior que no terceiro trimestre do ano passado.
Em 2010, o acesso à internet via banda larga móvel pelas redes 3G ultrapassaram a banda larga fixa. O levantamento do Sinditelebrasil mostra que o número de acessos nesse segmento, entre smartphones e modems, passou de 8,7 milhões em 2009 para 20,6 milhões no fim do ano passado, representando aproximadamente 50% a mais que o número de conexões pela banda larga fixa. A velocidade média das conexões é de 1,3 megabits por segundo. Os serviços de banda larga são oferecidos em 1.059 cidades, nas quais há pelo menos duas prestadoras atuando, segundo o sindicato.


São Francisco / EUA
YouTube já exibe mais de 200 milhões de vídeos para dispositivos móveis diariamente
Com a popularização dos gadgets portáteis, como tablets e smartphones, quem estava preparado para receber os visitantes em sites adaptados às plataformas móveis se deu bem. O YouTube, por exemplo, já registra a exibição diária de mais de 200 milhões de vídeos, tanto através de aplicativos para aparelhos específicos, como o iPhone ou o Android, até o acesso direto de seu site mobile, informa o site Search Engine Watch , lembrando que o valor é o triplo das estatísticas de janeiro do ano passado. “De acordo com que o mundo adere aos dispositivos móveis e mais pessoas assistem vídeos em seus smartphones, esperamos que mais parceiros aproveitem as vantagens de exibição de anúncios destas plataformas móveis, fazendo com que seus conteúdos sejam disponibilizados em uma grande gama de aparelhos”, diz, esperançoso, Andrey Doronichev, gerente de produto do YouTube, de acordo com o site TG Daily. A expectativa, segundo o site TechTree , é que grandes parceiros do YouTube, como o VEVO , que até há pouco não permitiam o streaming de vídeos para dispositivos portáteis, passem a fazer uma melhor distribuição de seus conteúdos também esses gadgets, que hoje são responsáveis por um considerável número de acessos ao serviço. (Agência EFE)


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Mercado de imóveis de alto luxo no Nordeste do Brasil vive o seu melhor momento
Beleza natural, praias magníficas, sol e um clima propício a férias fazem da região Nordeste do Brasil, um dos ícones do turismo, atração para brasileiros e estrangeiros. Além do sucesso no turismo, a região vive um momento de comemoração em outro segmento: o de imóveis, que não se desaqueceu nem durante a crise. (LEIA na íntegra)





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