Edição Resumida de Férias – Ano III



Prezado Leitor,
Estaremos de FÉRIAS COLETIVAS de 23 de dezembro até o dia 3 de janeiro de 2011, apenas a Análise Conjuntural, os indicadores econômicos e os resultados das bolsas de valores serão atualizadas em edições resumidas de férias.
Desejamos a todos um 2011 com muitas realizações e bons negócios! Nos vemos no próximos ano. Boas festas!

Um abraço,
Equipe i-press.biz




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ANÁLISE CONJUNTURAL

Da redação – São Paulo/SP
Uma aposta de US$ 1 trilhão
Uma das questões de fundo durante a atual crise financeira, e que atormentou economistas e analistas durante os últimos meses, era se a moeda norte-americana estaria chegando ao seu limite como moeda mundial, se ainda poderia – depois de tanta desconfiança – assumir a sua função primordial como reserva de valor.
A dúvida era de fato factível: ao que tudo indicava o Dólar foi esticado ao seu limite, e o FED abusou o poder de credibilidade da moeda do seu país. Se o lastro da moeda hoje em dia é fiduciário, ou seja, na base da confiança sobre esta, colocar tanto desta na praça pode erodir de vez seus fundamentos. A crise sub-prime já havia sido um golpe duro no Dólar e o governo norte-americano teve que salvar os bancos não porque morresse de amor por estes, mas antes de tudo para salvar sua moeda do caos. O sistema financeiro “cria” moeda sob autorização do Banco Central, se por acaso o sistema financeiro quebrasse quem quebraria seria a própria moeda. Estaria instaurado o caos econômico e seria particularmente impossível sair dessa crise sem uma maior revolução nos esquemas de poder no mundo.
O FED salvou o dólar com mais dólar, ou seja: usou todo o peso da credibilidade da economia e política norteamericana para retomar o lastro da moeda. Evitou-se o pioro fim do dólar como tal, mas isto cobrou um preço e este preço foi penhorar parte do futuro norte-americano ao resto do mundo, numa promessa de dias melhores para todos.
O mundo aceitou essa troca por dois motivos. Por um lado não havia nenhuma outra moeda que pudesse assumir as funções do dólar. Nem a Europa, nem a China têm envergadura para tanto. O outro motivo foi a eleição de Barak Obama, que com seu carisma e seu lema otimista, criaram o clima político para um bom entendimento entre os líderes mundiais.
Após estancar a crise o FED precisa agora construir esse futuro melhor prometido, e isto só pode ser feito se eles conseguirem baixar a taxa de juros monetária a um nível tão baixo que incentive o investimento privado, e com isso coloque em movimento a economia do seu país e do mundo.
Para tanto o FED teve que sair à mercado comprando títulos com vencimentos mais longos para forçar para baixo os juros longos e com isso forçar o empresário à investir.
O resultado deste esforço foi uma enxurrada de dólares na economia mundial, o que, mais uma vez, enfraqueceu a combalida norte-americana. Alguns acusaram os EUA de fazerem Guerra Cambial, mas quem advogou nessa cartilha perdeu de vista que os EUA não têm outra opção, e que o enfraquecimento do dólar é uma conseqüência inevitável deste processo.
A dúvida é se a credibilidade do dólar ainda é forte o suficiente para manter a ordem geopolítica de pé. Nisso viramos nossos olhos para a China e vimos com preocupação aquela economia vendendo seus dólares, num processo que significa falta de confiança dos chineses com os norte-americanos.
No entanto, algo aconteceu entre Pequim e Washington que reverteu este processo de “desconfiança”. Após meses vendendo dívida norte-americana, os chineses voltaram às compras como podemos ver na evolução do gráfico abaixo.
Não sabemos o que motivou essa mudança de opinião de Pequim em relação ao seu parceiro. Poderia ter sido a falta de opção, ou mesmo alguma negociação política mais obscura.
O fato é que por ora o dólar mantém seu domínio como moeda mundial e os chineses resolveram elevar sua aposta nos EUA para próximo do antigo patamar de US$ 1 trilhão. Mudar o padrão monetário mundial é um evento poderoso e que requer mudanças radicais na estrutura de poder no mundo; algo que ainda não nos parece factível num horizonte próximo. (Fonte: André Perfeito - Gradual Investimentos)


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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
Inflação pelo IGP-M fecha o ano em 11,32%
A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) encerrou o ano em 11,32%, a maior taxa anual desde 2004 (12,41%). O resultado de 2010, anunciado hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), é bem diferente da deflação de 1,72% apurada no ano passado, a primeira registrada desde o início da série histórica, em 1989. Em dezembro, o IGP-M registrou inflação de 0,69%, ante 1,45% em novembro. O resultado mensal veio abaixo das estimativas dos economistas, que esperavam inflação de 0,70% a 0,85%, com mediana de 0,77%. Já a variação do IGP-M em 2010 ficou levemente abaixo das projeções dos analistas, que previam de 11,33% a 11,49%. A FGV anunciou ainda os resultados de dezembro dos três indicadores que compõem o IGP-M. O Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPA-M) subiu 0,63% este mês, ante elevação de 1,84% em novembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) apresentou elevação de 0,92% em dezembro, ante aumento de 0,81% em novembro. Já o Índice Nacional do Custo da Construção - Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,59% em dezembro, ante avanço de 0,36% em novembro. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M deste mês foi do dia 21 de novembro a 20 de dezembro. O indicador é bastante usado para reajustar os contratos de aluguel no Brasil. (Fonte: Assessoria de Imprensa FGV)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia
(29 Dez 2010)


Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas fecham em alta
As Bolsas de Valores asiáticas fecharam em alta os pregões de hoje, dia 29/12, e o índice referencial de Tóquio manteve o rali do quarto trimestre com investidores caçando barganhas no mercado japonês, mas o principal índice da Austrália recuou pelo efeito do mau tempo sobre as ações de mineradoras.
- Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,5%, apesar do iene mais forte prejudicando algumas grandes exportadoras, como a Canon.
- O índice MSCI de Bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia alta de 0,85% e já subiu mais de 13% neste ano.
- O desempenho do mercado de Sydney foi fraco em relação à região, encerrando estável com a pressão das mineradoras.
- Em Xangai, houve alta de 0,68%, para 2.751 pontos.
- Em Hong Kong, o mercado avançou 1,54%, para 22.969 pontos.
- Na Coreia do Sul, o mercado fechou em alta de 0,50%, para 2.043 pontos.
- A Bolsa de Cingapura subiu 0,76%, para 3.207 pontos.
- Bolsa de Taiwan, recuou 0,05%, para 8.866 pontos.
Análise - O dólar mais fraco aumentou a demanda por commodities precificadas na moeda norte-americana, como o cobre. A força do cobre, porém, não conseguiu dar apoio às gigantes mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton, que caíram mais de 1%. A queda foi incentivada por uma tempestade que interrompeu a mineração e operações de embarque. A elevação da taxa básica de juros na China, no dia de Natal, também fazia os investidores considerarem uma demanda mais fraca por metais industriais, mas analistas disseram que o impacto da medida deve ser curto. A australiana Lynas, que possui o mais rico depósito de terras-raras fora da China, ganhou 10,8% após a China, que produz 97% dos minerais, cortar as cotas de exportação. A rival Arafura subiu 11,1%.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa

(29 DEZ 2010)

- Londres / Inglaterra - O principal índice da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu a sessão de hoje, dia 29/12, em alta de 0,03%, aos 6.010,74 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu a sessão desta quarta-feira em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e às 5h50 de Brasília era cotado a US$ 94,20, US$ 0,14 menos que no fechamento de terça-feira.
- Berlim / Alemanha - O principal índice da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu a sessão desta quarta-feira, dia 29/12, em alta de 0,2%, aos 6.993 pontos. O euro abriu a sessão desta quarta-feira estável e às 5h15 de Brasília era cotado no mercado de divisas de Frankfurt a US$ 1,3130. O Banco Central Europeu (BCE) fixou o câmbio oficial do euro em US$ 1,3195 na terça-feira.
- Madri / Espanha - O indicador principal da Bolsa de Valres de Madri, o Ibex-35, abriu a sessão de hoje, quarta-feira, dia 29/12, em alta de 0,44%, aos 9.946,70 pontos.
- Paris / França - O principal índice da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu a sessão desta quarta-feira em alta de 0,28%, aos 3.869,90 pontos.
- Roma / Itália - O principal índice da Bolsa de Valores de Milão, o FTSE MIB, abriu a sessão desta quarta-feira em alta de 0,25%, aos 20.498,96 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All-Share avançava 0,26%, aos 21.239,08 pontos.



ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:
(28 Dez 2010)


São Paulo / SP
Bovespa avança 0,35% no fechamento
O mercado brasileiro de ações conseguiu sustentar a recuperação ensaiada logo na abertura dos negócios de ontem, dia 28/12, com ordens de compra dirigidas principalmente para o setor de petróleo e gás. Os papéis da Petrobras, os mais negociados da Bolsa, tiveram ganhos mais expressivos neste pregão, e puxaram a alta do índice acionário. As Bolsas americanas, apesar dos indicadores frustrantes divulgados ontem, ainda operaram em terreno positivo.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 0,35% no fechamento, aos 68.040 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,18 bilhões, ainda abaixo da média do mês (R$ 6,8 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, sobe 0,27%.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,692, em alta de 0,11%.
- A taxa de risco-país marca 178 pontos, número 1,71% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - As ações da Petrobras tiveram forte alta no pregão de hoje, entre 2,3% (no caso das preferenciais) e 3% (no caso das ordinárias). Juntos, os dois papéis responderam por pouco mais de R$ 700 milhões em negócios. Nesta semana, a estatal reportou um aumento na produção de petróleo em novembro (tanto na comparação mensal quanto anual), além do início dos testes da área de Guará (Bacia de Santos), o que foi bem visto por analistas. Também ajudou na valorização desses papéis a alta dos preços do barril de petróleo, que ultrapassaram a marca de US$ 91 na praça de Nova York. Mas profissionais do setor financeiro também não descartam um ajuste "de calendário" nos preços desses ativos. "Além da alta do barril, acho que também houve a atuação de [gestores] dos grandes fundos de investimentos, para melhorar a rentabilidade das cotas neste final de ano. Nós temos de lembrar que o volume de negócios da Bolsa está muito pequeno, e umas poucas operações já ajudam a mexer nos preços das ações", comenta Paulo Hegg, da Um Investimentos. Os ativos da Petrobras, por fazerem parte do índice Ibovespa (com grande peso nesta cesta de ações), são presenças regulares nas carteiras dos fundos de renda variável. O mercado ainda tem expectativas bastante moderadas para o papel da Petrobras, que desvalorizou cerca de 25% neste ano. Para "descolar" do chão, o ativo precisa "reconquistar" a confiança de investidores estrangeiros e grandes fundos, os principais motores que fazem as ações deslancharem.
Análise 2 - Sondagem da FGV indica que um terço dos empresários do setor industrial prevê aumentar sua folha de pagamento nos próximos meses. Os números apontam para a continuação da queda no desemprego no país. Nas seis principais regiões metropolitanas pesquisadas, a taxa ficou em 5,7% em novembro, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, atingindo o menor patamar contabilizado desde março de 2002.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas mantêm rali graças a setor de energia
O índice Dow Jones e o S&P 500 subiram no pregão de ontem, dia 28/12, ampliando o rali deste mês, com o tempo frio na região nordeste dos EUA impulsionando o preço do petróleo e ações do setor de energia.
- O índice Dow Jones fechou em alta de 0,18%, aos 11.575 pontos.
- O S&P 500 encerrou com ligeira valorização de 0,08%, para 1.258 pontos.
- Enquanto que o índice Nasdaq caiu 0,16%, para 2.662 pontos.
Análise - A nevasca que atingiu o leste do país aumentou a demanda por petróleo, elevando o preço da commodity nos EUA para acima de US$ 91 o barril e elevando o setor de energia no S&P em 0,4%. Os papéis de produtoras de commodities caíram na véspera após uma alta surpresa no juro básico chinês no fim de semana, o que fomentou receios sobre a demanda. A Chevron Corp subiu 1,2%, para US$ 91,19 e a Exxon Mobil ganhou 0,6%, para US$ 73,42. "As ações estão seguindo dicas do mercado de commodities, mas seria uma surpresa ter movimentos dramáticas dado ao baixo volume e aos poucos agentes no mercado", disse Lawrence Glazer, sócio na Mayflower Advisors, em Boston. Indicadores econômicos ruins mantiveram o mercado cauteloso. Dados da confiança do consumidor caíram inesperadamente em dezembro, afetados pelos crescentes temores sobre o mercado de trabalho, enquanto que o preço de moradias nos Estados Unidos caiu quase duas vezes mais que o esperado em outubro. Entre as empresas de materiais, a Newmont Mining subiu 2,4%.


Londres / Inglaterra
Mercado europeu volta a subir e aumenta valorização no mês
O principal índice das ações europeias subiu ontem, dia 28/12, anulando parcialmente a queda do dia anterior e ampliando a valorização acumulada em dezembro em uma sessão de volume fraco. O giro foi de apenas um quarto da média dos últimos 30 dias. Muitos investidores já concluíram as operações para este ano e, além disso, a terça-feira foi de feriado no Reino Unido e clima ruim nos EUA. O mercado britânico volta às operações na quarta-feira.
- O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,3%, para 1.140 pontos. O índice caminha para o melhor desempenho mensal desde março. Na segunda-feira, o FTSEurofirst 300 caiu 0,9%, em reação à alta do juro na China no fim de semana.
- Em Frankfurt, o índice DAX teve oscilação positiva de 0,02%, para 6.972 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,09%, para 3.858 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em queda de 0,32%, a 20.448 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,05%, para 9.903 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve perda de 0,22%, para 7.749 pontos.
Análise - O preço relativamente barato das ações deve manter o mercado em alta no início do próximo ano, mas as dificuldades no cenário econômico devem permanecer, segundo Geert Ruysschaert, estrategista de ações do BNP Paribas Fortis. "A incerteza macroeconômica está evitando que as ações subam mais rápido", disse, em referência especialmente às preocupações com a dívida soberana na Europa. No entanto, para ele, as ações oferecem "ganho suficiente em relação ao risco."






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