Edição 463 Ano III



São Paulo / SP
Grifes de luxo ampliam parcelas e linhas baratas para tornar mais acessível seus produtos
Logo que a Tiffany foi fundada, em 1837, as peças eram tão exclusivas que tinham numeração. Quando uma joia perdida chegava às lojas da grife, um funcionário a identificava e a devolvia para a casa do dono, pelo correio. O símbolo de exclusividade inspirou a linha "Return to Tiffany", que tem a peça mais "acessível" da grife, um pingente de prata cujo preço passa de duas centenas de reais. É o que a joalheria chama de luxo para todos. O conceito de "luxo acessível" tem estimulado as manufaturas do segmento a ampliar promoções e parcelamentos e a desenvolver itens mais "baratos", geralmente pequenos acessórios, que servem de porta de entrada para novos consumidores. "A ideia é que todos possam consumir um produto Tiffany. E o consumo é uma experiência singular. Por R$ 215, a pessoa recebe um pingente na caixa azul e abre o laço de fita Tiffany, que nunca dá nó", diz Sandro Fernandes, gerente-geral. Há três meses, a Tiffany passou a parcelar as compras em até dez vezes. O limite, até então, era de três prestações. O Brasil foi o primeiro país em que a joalheria permitiu dividir o pagamento. E hoje as duas lojas da marca em São Paulo são as únicas do mundo que parcelam as compras em até dez meses. A Salvatore Ferragamo também ampliou o prazo de pagamento. As prestações em dez meses só eram permitidas nos dias que antecediam datas especiais, mas neste fim de ano a marca resolveu estender a promoção. Para conquistar novos clientes, a Ferragamo prepara o lançamento de uma linha de sapatos mais "em conta". "A gente se preocupa em atender esse cliente que quer vestir Ferragamo, mas procura preço um pouco melhor", diz Mariana Nashalla, diretora da marca no Brasil.
Para atrair o público jovem - A diretora de Marketing da Cartier no Brasil, Véronique Claverie, destaca que a crise econômica mundial motivou a marca a relançar a linha "Les Must de Cartier", coleção com acessórios em couro, isqueiros e objetos coloridos. A linha havia sido criada na década de 1970 e, atualmente, é campeã de venda. "Faz parte de uma estratégia global da Cartier atrair públicos novos, seja um público mais jovem ou um público que vai viver suas primeiras experiências com luxo", afirma a diretora. No Brasil, uma das estratégias é ampliar a presença em cidades menores. A intenção é instalar quiosques em lojas de revenda pelo país. As grifes brasileiras H. Stern e Ricardo Almeida também miram os jovens. O estilista que faz os ternos de Lula lançou há poucas semanas uma linha de jeans "para atingir o jovem que gosta de ir para a balada". E a H.Stern reforçou os itens da linha MyCollection, que traz peças joviais, como um berloque em forma de caveira. "Os jovens brasileiros não se preocupavam com design e com produtos exclusivos. Hoje eles têm essa preocupação", diz Christian Hallot, "embaixador" da H.Stern. Segundo ele, a joalheria tem procurado se adaptar ao jeito de consumir dos jovens. "Em vez de comprar uma joia de R$ 2 mil, eles preferem quatro de R$ 500."

Brasília / DF
Receita paga lote da malha fina de 2006 na quarta
A Receita Federal libera na quarta-feira, dia 22/12, o pagamento de lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física 2006. De acordo com o órgão, 7.022 contribuintes tiveram imposto a pagar, totalizando R$ 27,4 milhões. Outros 3.784 terão direito à restituição e receberão R$ 10 milhões. O valor estará disponível para saque na rede bancária e terá correção de 51,06%, correspondente à variação da taxa básica de juros, a Selic, no período. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita ou ligar para o Receitafone (146). Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a central de atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. (Agência Brasil)

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – Brasília/DF e São Paulo/SP
IPCA-15 e PIB dos EUA são destaques da semana
A semana é mais curta em função do Natal e, por causa disso, é esperada menor liquidez nos mercados locais. No entanto, a agenda reserva indicadores relevantes. Por aqui, o destaque fica por conta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de dezembro. A prévia da inflação oficial deve ficar entre 0,75% a 0,80%, após marcar 0,86%. Pelas coletas, os alimentos já estariam perdendo força. No campo externo, merece atenção o dado final sobre o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - dos EUA no terceiro trimestre. Também sai o comportamento da renda, do gasto e da confiança do americano. Nesta segunda-feira, a agenda local traz mais uma edição do Boletim Focus, a variação semanal na balança comercial e uma nova prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Do exterior, há a confiança do consumidor na zona do euro e o índice de atividade do Federal Reserve (Fed) de Chicago. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) o dia é de vencimento de opções sobre ações, o que pode adicionar volatilidade ao pregão. Amanhã, além do IPCA-15, os agentes conhecem o movimento da conta corrente e o investimento estrangeiro em novembro. O Banco do Japão apresenta sua decisão de política monetária. Na quarta-feira, o desempenho da economia dos EUA centra as atenções. No mesmo dia, os agentes ficam conhecendo como está a economia do Reino Unido. Por aqui, o BC apresenta a nova de política monetária e operações de crédito. A semana acaba na quinta-feira, com a renda o gasto e a confiança do americano.

RESUMO DA SEMANA – 13 a 17 de dezembro de 2010
(Fonte: FGV)
IGP-M sobe na primeira prévia de dezembro - O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de dezembro, taxa de variação de 0,83%. Em novembro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,79%.
Confiança de Serviços de Pernambuco sobe em novembro - O Índice de Confiança de Serviços de Pernambuco (ICS-PE) elevou-se em 0,8% entre outubro e novembro de 2010, ao passar de 143,8 para 145,0 pontos. No mesmo período, O ICS-Brasil recuou 0,3%, atingindo 131,8 pontos.
IGP-10 acelera em dezembro - O IGP-10 registrou, em dezembro, variação de 1,27%. Em novembro, a taxa foi de 1,16%. Os três componentes do IGP-10 apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de novembro para dezembro: IPA, de 1,49% para 1,46%, IPC, de 0,62% para 1,05% e INCC, de 0,24% para 0,49%.
IPC-S decresce em seis de sete capitais - O índice registra aceleração apenas em Belo Horizonte. O IPC-S de 15 de dezembro de 2010 variou 1,06% e ficou 0,08 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na última apuração.

Comércio Varejista
Em outubro, vendas no varejo crescem 0,4% -
O comércio varejista do país registrou crescimento de 0,4% no volume de vendas de outubro em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal. Já a receita nominal cresceu 1,3%. Com tais números, o setor completa seis meses consecutivos de taxas positivas em volume de vendas e de dez meses em receita nominal. Os outros índices, sem ajuste sazonal, apresentaram crescimento no volume de vendas de 8,8% (sobre outubro de 2009), 11,1% no acumulado em 2010 e 10,7% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 13,3%, 14,3% e de 13,8%, respectivamente.

Mercado de Trabalho
Taxa de desocupação de 5,7% é a menor da série - Segundo o IBGE, a taxa de desocupação do mês de novembro (5,7%) foi a menor desde o início da série da pesquisa (março de 2002). Em relação a outubro, a taxa caiu 0,4 p.p. (6,1%) e, na comparação com novembro de 2009, recuou 1,7 p.p. (7,4%). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado em novembro de 2010 (10,4 milhões) ficou estável na análise mensal e cresceu 8,7% na comparação anual (ou mais 839 mil postos de trabalho com carteira assinada). O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.516,70) recuou (-0,8) no mês e cresceu 5,7% frente a novembro do ano passado. A massa de rendimento médio real habitual em novembro (R$ 34,4 bilhões) teve queda (-0,6%) em relação a outubro e cresceu 9,6% em relação a novembro do ano passado.

Economia Internacional
IPC dos EUA sobe 0,1% em novembro - De acordo com dados divulgados pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor variou 0,1% no mês de novembro, na série com ajuste sazonal, após subir 0,2% em outubro. Nos últimos 12 meses, todos os itens que compõem o índice aumentaram 1,1%.
Produção industrial cresce 0,4% nos EUA em novembro - Segundo o Fed, a produção industrial norte-americana cresceu 0,4% em novembro, após retração de 0,2% em outubro. Já a taxa de utilização da capacidade instalada total da indústria subiu para 75,2% de outubro para novembro.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia caem em dia de fraco volume, Coreias pesam
As Bolsas de Valores da Ásia atingiram o menor patamar em mais de uma semana nesta segunda-feira, abatidas pela queda de mais de 1% em Xangai, já que o fraco volume de fim de ano tende a exagerar os movimentos dos mercados e a tensão na Coreia levava mau humor aos investidores. Com o fim de ano, os compradores se afastaram do mercado, depois de realizar lucros após as ações da região atingirem pico em dois anos e meio na semana passada.
- O índice MSCI de Bolsas da região Ásia-Pacifíco, exceto Japão, recuava 0,37% pela manhã, após atingir mínima desde 8/12.
No cenário geopolítico, apesar das ameaças de guerra de Pyongyang, a Coreia do Sul lançou nesta segunda-feira exercícios militares, após uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU fracassar em resolver a crise nas Coreias.
- No Japão, o índice acionário Nikkei caiu 0,85%, para 10.216 pontos.
- Em Hong Kong, houve baixa de 0,33%, para 22.639 pontos.
- Xangai perdeu 1,41%, para 2.852 pontos, depois de chegar a cair cerca de 3%.
- Na Coreia do Sul houve declínio de 0,30%, para 2.020 pontos.
- A Bolsa de Cingapura declinou 0,64%, para 3.132 pontos.
- A Bolsa de Taiwan registrou 0,56%.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu nesta segunda-feira, dia 20/12, em leve baixa de 2,52 pontos (0,04%), aos 5.869,23. O barril de petróleo Brent para entrega em fevereiro abriu nesta segunda-feira em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres cotado a US$ 91,77, o que representa US$ 0,10 mais que no fechamento da sexta-feira.
- Berlim / Alemanha - O índice de referência da Bolsa de Valores de Frankfurt, o DAX-30, abriu o pregão desta segunda-feira, dia 20/12, em alta de 0,22%, aos 6.997,82 pontos. O euro abriu quase sem variações cotado no mercado de divisas de Frankfurt a US$ 1,3150, um valor similar a US$ 1,3149 das últimas cotações da sexta-feira. O Banco Central Europeu (BCE) fixou o câmbio oficial do euro na sexta-feira passada em US$ 1,3260.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu o pregão de hoje em leve alta de 0,13%, aos 20.095,18 pontos. O índice geral FTSE Italia All-Share subia 0,02%, para 20.809,65 pontos.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu em baixa de 37,70 pontos (0,39%), aos 9.860.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Valores de Paris abriu nesta segunda-feira em leve alta de 0,09%, aos 3.870,87 pontos, frente aos 3.867,35 do fechamento da sexta-feira passada.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Abecs afirma que cartões devem movimentar R$ 63 bilhões em dezembro
Os cartões devem ter um dos melhores natais da história do segmento. Os cartões de crédito, débito e os emitidos por redes de varejo e lojistas devem movimentar R$ 63 bilhões este mês, alta de 30% ante novembro e de 20,5% ante dezembro de 2009, segundo dados divulgados hoje pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Ao todo, serão feitos este mês 773 milhões de pagamentos com cartões. O presidente da Abecs, Paulo Rogério Caffarelli, avalia que o setor, após o forte crescimento apresentado nos últimos cinco anos, sempre com números de dois dígitos de expansão, vem conseguindo manter as taxas elevadas. O aumento da renda, principalmente da classe C, e a substituição dos meios de pagamentos tradicionais, como dinheiro e cheque, são os principais fatores que contribuem para a expansão. Este ano, por conta do aumento das promoções de shoppings, bandeiras e bancos, que sorteiam prêmios para quem pagar com cartão, os números devem bater recordes.
O Natal é a principal data do ano para empresas de cartões, seguido pelo dia das mães e o dia das crianças. Nos dias 23 e 24 de dezembro, as redes chegam a bater recorde de transações por segundo. Este mês, o gasto médio através do cartão de crédito deve ser de R$ 224, ante a média de R$ 181 em meses anteriores. Somente os cartões de crédito devem movimentar R$ 34,3 bilhões, segundo as projeções da Abecs, alta de 25% ante novembro e de 19% ante o mesmo mês de 2009.
O Brasil deve encerrar dezembro com 628 milhões de cartões, dos quais 154 milhões são de crédito e 225 milhões emitidos por redes de varejos e lojistas. As projeções finais para 2010 indicam que estes plásticos devem fazer 7,1 bilhões de transações e movimentar R$ 538,3 bilhões, alta de 21,2% ante 2009. Considerando somente os cartões de crédito, as transações devem somar 2,9 bilhões este ano, com volume de R$ 310,5 bilhões. Ao todo, 1,7 milhão estabelecimentos comerciais aceitam cartões no Brasil. O País tem ainda 38 bancos emissores. (Agência Estado)


Brasília / DF
BB tem R$ 7 bilhões para emprestar no crédito imobiliário
O Banco do Brasil tem R$ 7 bilhões em recursos da poupança disponíveis para emprestar no crédito imobiliário. Por isso, o banco público não deve fazer securitização no curto prazo, segundo o vice-presidente de novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli. "O fato de sermos um dos últimos a entrar (no financiamento imobiliário) tem suas vantagens. Ainda temos muito funding." O governo editou um conjunto de medidas para estimular os empréstimos de longo prazo. Uma delas incentiva o financiamento imobiliário, pois permite que esse crédito securitizado seja contabilizado dentro da regra de direcionamento de depósitos de poupança. O BB, ao menos no curto prazo, não tem planos de fazer esse tipo de operação, por conta do alto volume de recursos disponíveis na poupança. O banco público começou a operar no crédito imobiliário em 2008. Atualmente tem a quinta maior carteira do setor, de R$ 3 bilhões. O líder é a Caixa Econômica Federal, seguida pelo Itaú, Santander e Bradesco. Segundo Caffarelli, a meta do BB é chegar a terceira posição em 2013. Somente para pessoas físicas, o banco tem liberado uma média de R$ 120 milhões por mês em crédito habitacional. "Em volume de recursos liberados, já estamos no mesmo nível dos bancos privados", afirma o executivo. (Agência Brasil)


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Hypermarcas compra fabricante de Coristina e Polaramine por R$ 2,5 bilhões
A Hypermarcas fechou a compra do laboratório Mantecorp, fabricante do antigripal Coristina e do antialérgico Polaramine. O negócio, que atinge R$ 2,5 bilhões, mudará a liderança do mercado farmacêutico no país. O laboratório Aché, que também estava na disputa, perde agora o posto de maior empresa do setor para a Hypermarcas. A Hypermarcas pagará parte em dinheiro e o restante em ações. Na disputa, a empresa saiu na frente por dispor de mais dinheiro do que os concorrentes. O interesse da Hypermarcas em comprar o Mantecorp supera um ano. O processo de venda levou seis meses. Além do Aché, o Mantecorp também teria sido disputado pela GSK (GlaxoSmithKline) e pela MSD (Merck Sharp). A Mantecorp é a sexta aquisição da Hypermarcas neste ano, que investiu R$ 836,2 milhões na compra de Mabesa, Spek, York, Faciliti Odontológica e Perfumaria e Luper Indústria. O último negócio da Hypermarcas foi no mês passado, quando a empresa adquiriu a marca de sabonetes infantis Pom Pom por R$ 85 milhões da Colgate. A operação foi assessorada pela Inspire, do lado do Mantecorp. Pela Hypermarcas trabalharam o Crédit Suisse e o BR Partners. no setor farmacêutico, a Hypermarcas já era dona da DM (de remédios de prateleira como Doril, Engov, Gelol) e da Farmasa (de prescrição, como Rinosoro, Lisador).

São Paulo / SP
Solvay retoma plano para fábrica de plástico 'verde'
O grupo belga Solvay retomou o projeto de construção no Brasil de uma fábrica de PVC, com uso de cana de açúcar como matéria-prima. Em análise neste momento pela direção do grupo, o empreendimento poderá mudar o ambiente de negócios do setor no Brasil em 2012, ano em que a Braskem também iniciará as operações de uma nova fábrica da resina. Caso o projeto da Solvay - que tem no Brasil uma fábrica em Santo André/SP - receba a aprovação até o início do próximo ano, é possível que as duas empresas disputem para definir qual unidade entrará em operação antes da concorrente. Quando foi originalmente anunciado, em 2007, o plano da Solvay era investir US$ 135 milhões. Apesar de o projeto da empresa ainda estar sujeito a alterações, ele poderia estar concluído entre 12 e 18 meses depois de sua aprovação. Ou seja, a unidade poderá entrar em operação nos primeiros meses de 2012, mesmo prazo dado pela Braskem para iniciar a produção na fábrica a ser instalada em Alagoas. Juntos, os dois projetos devem representar uma expansão de aproximadamente 260 mil toneladas anuais de PVC - um plástico de larga utilização na indústria de consumo -, o equivalente a mais de um quarto da atual capacidade instalada do setor no Brasil, de aproximadamente 800 mil toneladas. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Coreana LG vai investir em fábrica de fogões e geladeiras em Paulínia
A fabricante de equipamentos eletrônicos coreana LG prepara-se para entrar de vez no mercado de eletrodomésticos da chamada linha branca – geladeiras, fogões, freezers e micro-ondas, entre outros – no Brasil, com uma nova fábrica a ser construída no município de Paulínia, a 110 quilômetros de São Paulo. A expectativa é que as obras da nova unidade sejam iniciadas em março, com inauguração prevista para setembro ou outubro de 2011, a tempo de atender a demanda do Natal do ano que vem. A fábrica, que deverá empregar um total de 4 mil funcionários, vai se tornar a maior empregadora de Paulínia, ultrapassando assim a Petrobrás, caso o projeto venha mesmo a sair do papel. A petrolífera deverá continuar a liderar a arrecadação no município, enquanto a LG assumirá segunda posição.
A assessoria de imprensa da LG não comentou o investimento na nova unidade de eletrodomésticos, que vai consumir aproximadamente R$ 500 milhões, de acordo com informações de fontes próximas ao acordo. Hoje, a LG mantém duas fábricas no Brasil: uma na Zona Franca de Manaus, onde são produzidas as linhas de notebooks, netbooks e telefones celulares, e outra em Taubaté (SP), que concentra produtos como aparelhos de TV de LCD e LED, além de tocadores de blu-ray e DVD. Ao todo, a empresa hoje contabiliza 7 mil funcionários diretos no País, sendo que aproximadamente 5 mil estão alocados nas duas linhas de produção já existentes.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) mostram que, entre os produtos comercializados para pessoas físicas – foco da LG –, o segmento de utilidades domésticas eletroeletrônicas liderou o crescimento, com avanço de 16% sobre o resultado de 2009. Já o item telecomunicações, no qual estão incluídos os telefones celulares, um dos produtos mais conhecidos da fabricante coreana, teve queda de 9%, na mesma comparação. De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular, especializado na classe C, existe um fenômeno demográfico que deverá incentivar as vendas de produtos da linha branca nos próximos anos. "Boa parte das pessoas da classe C é jovem e está na idade de casar e constituir família. Por isso, vão necessariamente precisar mobiliar a casa nova. É um contingente gigantesco de clientes."
Negociação - Para se instalar em Paulínia, conta o prefeito da cidade, José Pavan Júnior, a empresa receberá benefícios como a isenção temporária do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Além disso, a prefeitura cedeu o terreno de 1,35 milhão de metros quadrados em que a companhia vai se instalar. "Agora, eles (a LG) estão trabalhando com a Cetesb, a CPFL e a Sabesp para começar a construir rapidamente", explica Pavan Júnior. Segundo o prefeito, a decisão pela cidade se deu rapidamente – as negociações duraram cerca de 60 dias. Ele diz que a facilidade de acesso rodoviário e a proximidade com o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e da capital paulista, além dos incentivos oferecidos pela administração municipal, foram os principais pontos que motivaram a decisão da LG de se instalar na cidade de 85 mil habitantes. Como contrapartida para as facilidades, a prefeitura exigiu que pelo menos 20% da mão de obra contratada pela LG seja local – Pavan Júnior diz estar trabalhando em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para a criação de um centro de capacitação de trabalhadores para o setor no município – o terreno já teria sido doado à entidade. Outra forma de as empresas "devolverem" os incentivos do poder público, informa o prefeito, é com o patrocínio de projetos sociais da administração pública, como a construção de creches e salas de aula. (Agência Estado)


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AGROBUSINESS


Nova Iorque / EUA
Sara Lee conversa com JBS, sem acordo sobre preço de venda-fonte
A empresa de alimentos e bebidas Sara Lee Corp tem mantido conversações para ser vendida à produtora brasileira de carne JBS, mas ainda não se chegou a um consenso sobre preços e não está claro se um acordo poderá ser alcançado, disse uma fonte próxima ao assunto na noite de domingo. As conversações têm ocorrido há meses, segundo a fonte, que acrescentou que as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda. Baseado no preço de fechamento da ação da Sara Lee na sexta-feira, dia 17/12, de US$ 17,26, a empresa tem uma capitalização de mercado de US$ 11 bilhões. O valor de mercado do JBS é de cerca de US$ 10,5 bilhões. (Agência Reuters)

Da redação – Brasília/DF e São Paulo/ SP
Agropecuária retoma crescimento em 2010
A agropecuária brasileira retomou em 2010 os níveis pré-crise financeira de 2008, impulsionada, em grande parte, pela elevação dos preços internacionais dos produtos agrícolas. Projeções divulgadas pela CNA - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - mostram que o PIB - Produto Interno Bruto - do setor vai crescer 7%, em 2010, para cerca de R$ 792 bilhões. "Os efeitos da crise financeira internacional fizeram o setor dar um mergulho no ano passado, mas estamos retomando em 2010 o ritmo de crescimento", avalia a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. A senadora detalhou hoje para a imprensa os dados do documento "Perspectiva 2011 e Balanço 2010" da agropecuária brasileira. O PIB da agropecuária caiu 5,51% em 2009, queda que interrompeu uma seqüência de indicadores positivos para o setor. Números da CNA mostram que, em 2007, o PIB da agropecuária cresceu 7,89%. Em 2008, o crescimento ainda foi positivo (6,95%), apesar da crise porque os problemas financeiros que limitaram a oferta mundial de crédito vieram à tona no final do ano. As projeções da CNA para 2010 foram feitas com base em dados acumulados até setembro que indicam crescimento de 4% no PIB.
Para 2011, as previsões só poderão ser feitas a partir de março do ano que vem, quando o tamanho da safra 2010/2011, que está neste momento em fase de desenvolvimento, puder ser dimensionado. É nesse período que será possível avaliar, também, as perspectivas para os preços das commodities. Para o próximo ano, as estimativas são de manutenção das taxas de crescimento observadas no segundo semestre de 2010. "Apesar da pequena redução esperada para a produção de grãos, os preços tendem a se manter em patamares superiores aos praticados neste ano", avalia a presidente da CNA.
Além do impulso dado pelo crescimento da demanda interna por alimentos, parte da sustentação para os preços virá da crescente demanda por produtos exportados pelo Brasil. As projeções indicam que as vendas externas de produtos agrícolas devem render US$ 77,8 bilhões em 2011, acima dos US$ 76,7 bilhões previstos para 2010. No acumulado do ano até novembro, os embarques de produtos agrícolas renderam US$ 70 bilhões, valor 17,68% superior ao registrado em igual período do ano passado. Para 2011, a previsão é que os embarques do complexo soja gerem receita cambial de US$ 19 bilhões, resultado da conjugação do volume e dos valores exportados. A China, principal comprador mundial de soja, deve comprar sete milhões de toneladas a mais em 2011. A confirmação das previsões depende da cotação do dólar, que, segundo avaliações da CNA, não deve ser muito diferente do que foi observado em 2010.


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Extra Supermercado chega ao fim do ano com 89 lojas
A rede Extra Supermercados, criada neste ano a partir da conversão das marcas Comprebem e Sendas, fecha dezembro com 89 pontos de venda no país. A expectativa do Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, é expandir a rede para 170 unidades no final de 2011. As lojas da marca oferecem cerca de 20 mil itens em espaços com área média de 1,5 mil m².

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Assaí triplica tamanho no país
Desde a aquisição da rede cash & carry Assaí pelo Grupo Pão de Açúcar, há três anos, a rede mais que triplicou seu tamanho. De 14 lojas em operação em 2007, a bandeira soma hoje 57, sendo 17 abertas neste ano. Em 2010, os investimentos na rede chegaram a R$ 200 milhões, o dobro do ano passado. Com as aberturas, a bandeira chegou a novos Estados, como Tocantins, Pernambuco, Goiás e Distrito Federal; e reforçou sua presença em São Paulo com unidades no interior e na Grande São Paulo. A bandeira também converteu lojas CompreBem e Sendas (supermercados) a seu formato, acelerando sua presença no país.

Da redação – São Paulo / SP
Subway inaugura terceira loja em Porto Velho
A Subway, maior rede de fast food do mundo em número de unidades, com 33 mil unidades em 93 países, abre hoje uma unidade em Jatuarana, na zona sul de Porto Velho/RO. A loja é a terceira da rede na capital do Estado e está localizada em uma área com forte presença de consumidores da classe C.

Da redação – São Paulo / SP
Dicico abre mini Home Center em Arujá
A Dicico, uma das maiores varejistas de materiais de construção do país, inaugura no dia 21 um mini home center em Arujá, na Grande São Paulo. Essa será a 48ª loja no Estado. Com 1.1 mil m², o ponto de venda, na Avenida João Manoel, recebeu um investimento de R$ 2,5 milhões e oferecerá mais de 40 mil itens, entre pisos, azulejos, louças, metais, toucadores, banheiras, tintas, esquadrias, fechaduras, iluminação, elétrica, hidráulica, material básico, utilidades domésticas e decoração.

Nova Iorque / EUA
Ikea lidera ranking de práticas sustentáveis
A rede sueca de vestuário Ikea foi considerada pelo instituto Greenopia como a varejista mais “verde” do mercado americano, por conta de suas práticas sustentáveis. A empresa é seguida por Walmart, Best Buy e Office Depot na listagem, que analisa o uso de energias, transportes e materiais renováveis ou recicláveis, programas de logística reversa e construção de prédios “verdes”. (Agência EFE)

Paris / França
Carrefour e Tesco disputam varejista na Polônia
O francês Carrefour e a britânica Tesco estão entre os quatro concorrentes pela rede polonesa de supermercados Zabka, de acordo com fontes locais. Os outros dois possíveis compradores são fundos de investimentos. A Zabka conta com mais de 2,3 mil pontos de venda na Polônia e na República Checa. (Agence France Presse / AFP)


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MERCADO DE LUXO


Las Vegas / EUA
The Cosmopolitan of Las Vegas abre suas portas
The Cosmopolitan of Las Vegas, o luxuoso resort altamente esperado no coração da Las Vegas Strip, abriu oficialmente suas portas ao público às 20h, do dia 15/12. As festividades da noite incluíram uma festa em primeira mão para hóspedes convidados que foram brindados com um pacote de três canções exclusivas do líder do The Killers e nativo de Las Vegas, Brandon Flowers, um jantar para provar sabores no vizinho restaurante P3 Commons e uma conferida na coleção de boutique da loja do resort. Pouco antes das portas serem abertas, a cerimônia tradicional da primeira aposta foi feita pelo músico Mayer Hawthorne. (LEIA na íntegra)


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ARTIGO


A Tecnologia da Informação que queremos
Por Reges Bronzatti, presidente da Assespro/RS eleito para a gestão 2011/2012 (LEIA)



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