Edição 456 | Ano III


Brasília / DF
Brasil tem a maior taxa de juros do mundo
A decisão do Copom - Comitê de Política Monetária - de manter a taxa básica de juros do país em 10,75% ao ano fez com que o Brasil continue na liderança do ranking dos países com maiores juros reais do planeta. Com a manutenção na taxa básica do país, os juros reais foram a 4,8% ao ano. Na segunda posição aparece a África do Sul, com taxa real de 2%. Na terceira posição está a Austrália, com 1,9%. O ranking é elaborado por Jason Vieira, analista internacional do Cruzeiro do Sul, e Thiago Davino, gerente financeiro da Weisul Agrícola, com 40 das maiores economias do planeta. Da taxa básica, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Os analistas afirmam que, para que o Brasil deixasse a primeira colocação no ranking, seria necessário um corte de 3 pontos percentuais na taxa Selic, para 7,75% ao ano. Assim, o país chegaria a um juro real de 2,0%, ocupando a segunda posição. "Mesmo com uma elevação em algumas projeções de inflação, o Brasil ocupa em todos os cenários de elevação de juros o topo do ranking como o melhor pagador de juros reais do mundo, acima do maior pagador nominal da atualidade, a Venezuela", dizem.
Eles ressaltam, porém que a inflação de commodities tem trazido um peso diferenciado em algumas projeções de inflação mundo afora, principalmente nas economias emergentes. Para os analistas, o aumento dos índices de inflação a perspectiva de continuidade do crescimento econômico aumentam a possibilidade de elevações de juros em 2011. Enquanto o Brasil reforça sua liderança na lista, mais da metade dos países citados registram juro real negativo. Tanto que a taxa média geral dos países analisados ficou em -0,8%. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Venezuela (-7,0%), Turquia (5,2%) e Índia (-4,1%).
A liderança do Brasil ajuda o país a registrar uma expressiva entrada de capital externo, que ocorre porque os títulos de renda fixa emitidos no país pagam mais que seus pares internacionais. Por conta disso, o governo anunciou no segundo semestre algumas medidas para conter a valorização do real no mercado, que prejudica exportadores e amplia as importações no país. Outros países com juros nominais altos detêm projeções inflacionárias mais fortes, e, portanto, perdem posições no ranking. Além disso, os analistas ressaltam que o Brasil conta com riscos mais modestos do que boa parte dos participantes, "o que o torna um grande atrativo para investidor internacional".


Veja o ranking dos dez países com os maiores juros reais:
1º Brasil 4,8%
2º África do Sul 2,0%
3º Austrália 1,9%
4º Hungria 1,2%
5º China 1,1%
6º Filipinas 1,0%
7º Malásia 0,7%
8º Polônia 0,7%
9º Chile 0,5%
10º México 0,5%

Brasília / DF
Meirelles encerrou ciclo de 8 anos
Às 19h46 de ontem, dia 8/12, Henrique Meirelles encerrou um ciclo. O mais longevo presidente do Banco Central (BC) no Brasil declarou encerrada sua 76ª reunião seguida do Comitê de Política Monetária (Copom) nos oito anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. Criticado no início por ter vindo do arqui-inimigo PSDB, Meirelles segurou o juro sempre de olho na inflação e, assim, conquistou respeito do mercado e do restante do governo. Junto aos analistas, a indecisão sobre deixar o cargo para tentar carreira política arranhou um pouco a imagem do engenheiro goiano nos últimos meses.
Às pessoas próximas, Meirelles gosta de ressaltar que o País mudou muito em oito anos. Sob sua gestão, o Brasil conquistou o grau de investimento e passou com poucos ferimentos à maior crise das últimas décadas. Também quitou a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e, em 2008, pela primeira vez na história, foi executada reação com os juros para tentar acelerar a economia durante uma crise, a chamada política anticíclica.
Todos esses feitos foram obtidos após anos de insistência de Meirelles na rígida política de juro para conter a inflação. Com a anuência de Lula, o presidente do BC controlou com mão de ferro a Selic (a taxa básica de juros da economia) desde a primeira reunião - quando subiu o juro. A ação deu credibilidade à instituição e, em última instância, à economia brasileira.
Quando ingressou no BC em janeiro de 2003, o então deputado federal mais votado pelo PSDB de Goiás assumiu o posto com a inflação acumulada de 12,5% no ano anterior, muito acima da meta. Nos últimos 12 meses até novembro de 2010, a alta foi de 5,36%. E a taxa Selic, que estava em 25% ao ano no início do governo, termina o mandato de Meirelles em 10,75% ao ano.
Críticas
Mas nem tudo foi azul. Em 2010, Meirelles sofreu pesadas críticas de boa parte do mercado financeiro. Sem jamais ter negado o desejo de construir carreira política, nunca tirou do radar a possibilidade de concorrer às eleições de outubro. Poderia ser ao Senado ou ao governo de Goiás. Chegou, inclusive, a circular o rumor de que poderia ser vice da então candidata Dilma Rousseff no lugar de Michel Temer.
Na época, o BC ignorou pressões inflacionárias e não subiu o juro básico da economia em março de 2010. Analistas reagiram mal e a imagem de Meirelles perdeu parte do brilho conquistado nos últimos anos. Meses depois, já fora do baralho eleitoral, executou um ciclo de aperto monetário menor que o esperado pelo mercado em meados deste ano. Mais uma vez, saiu arranhado.
Os problemas, porém, parecem não ter anulado conquistas anteriores. Meirelles deixa o cargo muito respeitado no mercado. Para os economistas, foi o presidente do BC que conseguiu consolidar o sistema de metas de inflação e ainda deu condições para que o Brasil conquistasse credibilidade internacional inédita. (Agência Estado)

Genebra / Suiça
FMI afirma que G20 pode se tornar desnecessário
O diretor-gerente do FMI - Fundo Monetário Internacional -, Dominique Strauss-Kahn, advertiu nesta quarta-feira que "existe um grave risco de que o G20 (Grupo dos 20, bloco de países ricos e emergentes) se transforme em uma instituição totalmente irrelevante". Strauss-Kahn fez essas declarações ao se referir a que, após uma leve melhora econômica, se acentuasse a tentação dos líderes de se concentrar em seus problemas nacionais. Em uma conferência na sede da ONU em Genebra, o diretor-gerente do FMI manifestou seu convencimento de que o euro continuará existindo dentro de cinco anos. "O euro não vai desaparecer, levou tempo construí-lo, mas é uma moeda única sem uma política econômica única". Segundo ele, a crise segue na Europa, "mas também em outras partes do mundo". "O problema real é a situação de alguns países europeus". Ao questionar-se sobre a legitimidade do G20, Strauss-Kahn apontou que o grupo exclui 167 países representantes de um terço da população mundial, argumento usado para defender o FMI, "que tem 187 membros". "O modelo global de crescimento se mostrou desequilibrado e insustentável", assinalou. (Agência EFE)

Omaha / EUA
Guru de supermercado prevê consumo com abordagem positiva de alimentos em 2011
Phil Lempert, o Supermarket Guru, trabalha junto com a ConAgra Foods e os varejistas para analisar e prever as tendências do setor alimentício. Nos últimos dois anos, nove das dez previsões anuais de Lempert se realizaram. O que se espera para 2011? "As diretrizes nutricionais da USDA - em conjunto com avanços tecnológicos e o programa 'Let's Move' (Vamos nos mexer) da primeira dama americana - marcará 2011 como o ano que capacitará os americanos a fazer ajustes positivos permanentes na dieta", segundo Lempert. "Finalmente, as pessoas vão parar de ficar obcecadas com nutrientes isolados e começarão a abordar os alimentos de forma holística. Conforme os consumidores circulam pelos corredores à procura de alimentos ricos em substância, vitaminas e minerais, as marcas que se comunicarem de forma clara e genuína fará sucesso". (Fonte: PRNewswire e Assessoria de imprensa da ConAgra Foods)

____________________________
INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
IPC-S acelera em seis capitais na primeira semana de dezembro
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou aceleração em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na primeira semana encerrada de dezembro, em relação aos sete dias anteriores. O IPC-S de 7 de dezembro de 2010 registrou variação de 1,14%, 0,14 ponto percentual acima da taxa verificada em 30 de novembro, quando houve aceleração do índice nas sete capitais pesquisadas.
Salvador reverteu o ritmo de avanço do IPC-S e foi a única capital a apresentar redução na taxa de variação do índice ante o levantamento anterior (de 1,28% para 1,19%). O resultado reflete a desaceleração em quatro das sete classes de despesa componentes do índice, com destaque para os grupos Transportes (de 2,03% para 1,34%) e Alimentação (de 2,76% para 2,64%). Recife registrou a maior taxa de variação do índice entre a última semana de novembro e o início deste mês (de 1,69% para 1,98%). O comportamento foi motivado pela aceleração nas taxas de seis das sete classes de despesa avaliadas pela FGV, especialmente em Alimentação (de 3,96% para 4,45%) e Transportes (de 0,91% para 1,35%). A cidade do Rio de Janeiro registrou a segunda maior taxa de variação na semana (de 0,90% para 1,15%), seguida por São Paulo (de 1,02% para 1,14%).O rimo de alta do IPC-S também foi mantido em Porto Alegre (de 0,37% para 0,62%), Brasília (de 0,85% para 0,92%) e Belo Horizonte (de 0,83% para 0,89%).

São Paulo / SP
Poupança tem seu pior desempenho em sete anos
Mais popular aplicação do país, a caderneta de poupança levou uma surra da inflação no mês passado. Levantamento da consultoria Economática mostra que o rendimento "real" da aplicação em novembro (descontada a variação do IPCA do período) foi o pior desde março de 2003. O índice IPCA, que reflete o custo de vida para famílias com renda máxima de 40 salários mínimos, teve uma variação de 0,83% em novembro, a maior taxa mensal desde abril de 2005. Já a poupança, no mesmo mês, teve um rendimento nominal de 0,53%.
Considerando esse desempenho, portanto, o rendimento da poupança foi negativo em 0,29%. Desde 2003, que abrange um período de 95 meses, a poupança "perdeu" para o IPCA em 20 oportunidades, conforme a pesquisa da consultoria. A pior taxa de retorno nesse período foi registrada em janeiro de 2003, quando o rendimento real dessa aplicação foi negativo em 1,23%. O melhor mês do período foi junho de 2003 com ganho de 1,07% sobre a inflação.
A consultoria cita como exemplo o casos de um depósito de R$ 1.000, feito ao final de outubro. No final do mês de novembro, o poupador teria R$ 1.005,35. No mesmo período, no entanto, uma cesta básica que no final de outubro valia R$ 1.000, ao final de novembro valia R$ 1008,30. Nessa simulação, para comprar a mesma cesta no final de novembro, o poupador teria que desembolsar mais R$ 2,95, além dos R$ 1005,35 que acumulou na poupança.
IPCA - Sob pressão dos alimentos, o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - já acumula alta de 5,25% até novembro. Há um mês de fechar o índice de 2010, a taxa é superior à inflação de todo o ano de 2009 (4,31%) e quase um ponto percentual acima do centro da meta de inflação do governo (de 4,5%). De janeiro a novembro, os alimentos subiram 8,95%, bem acima da taxa de 3,18% do índice fechado de 2009.

_______________________
MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Asiáticas sobem com expectativa sobre estímulos nos EUA
As Bolsas de Valores da Ásia avançaram nos pregões de hoje, dia 9/12, com expectativa de que estímulo fiscal nos EUA ajude a economia norte-americana no curto prazo. Em um grande contraste com a alta do índice de desemprego dos EUA na semana passada, que a Casa Branca está tentando miminizar com corte de impostos, o crescimento de empregos na Austrália em novembro foi o maior desde janeiro, superando estimativas do mercado e apoiando o dólar australiano.
- A Bolsa de Tóquio encerrou em alta de 0,52%, a 10.285 pontos, atingindo maior nível em sete meses. Desde novembro, o índice Nikkei acumula valorização de 12%, ante alta de 6% do índice mundial MSCI de ações.
- O índice MSCI que reúne Bolsas da região Ásia-Pacífico, exceto Japão, exibia às 8h17 (horário de Brasília) valorização de 0,71%, a 466,41 pontos. Os ganhos foram registrados em todos os setores que formam o indicador.
- Na China, a Bolsa de Xangai teve queda de 1,32%.
- Hong Kong mostrou alta de 0,34% e Taiwan subiu 0,58%.
- Em Seul houve valorização de 1,7%.
- A Bolsa de Cingapura terminou com ganho de 0,23%.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney subiu 0,88%.
Análise - O mundo financeiro está começando a ficar dividido entre aqueles que estão profundamente preocupados com a proposta do presidente norte-americano, Barack Obama, de prorrogar reduções de impostos e aqueles que se mostram aliviados em ver as autoridades do país usando medidas fiscais e monetárias para ajudar a economia. "As medidas de estímulo propostas pelo governo dos EUA vão provavelmente levar muitos analistas a esboçarem previsões de crescimento maior em 2011... o que é positivo para o dólar", disse Mitul Kotecha, diretor de estratégia global de câmbio do Credit Agricole em Hong Kong. "Graças à fraqueza do iene e os futuros do Nikkei terminarem em alta em Chicago, o índice pode ver mais compras, mas o mercado está excessivamente comprado", disse Yumi Nishimura, analista de mercado da Daiwa Securities Capital Markets.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa

Londres / Inglaterra
À espera do BoE, bolsas na Europa sobem impulsionadas por tecnologia e mineração
Os principais índices acionários europeus operam em alta hoje, dia 9/12, impulsionados pelo desempenho favorável de companhias dos setores financeiro, tecnológico e de mineração, em meio a expectativas pela decisão sobre política monetária do BoE (Bank of England). Enquanto aguardam o relatório mensal do BCE (Banco Central Europeu) sobre a economia local, analistas avaliam a possibilidade de ampliação dos estímulos no Reino Unido. Entretanto, a expectativa é que a autoridade monetária do país mantenha a taxa básica de juro e o tamanho do programa de alívio quantitativo em, respectivamente, 0,5% ao ano e £ 200 bilhões.
%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
CAC 40 +0,53 3.852 -2,37 -2,14
FTSE 100 +0,43 5.820 -0,95 +7,51
DAX 30 +0,11 6.983 +2,88 +17,22
SMI +0,42 6.536 -0,70 -0,16

Ainda assim, os mercados são favorecidos pelo desempenho melhor que o esperado da economia japonesa no terceiro trimestre de 2010, segundo dados oficiais revisados nesta quinta-feira, que apontaram expansão anualizada de 4,5% no período, frente aos 3,9% anteriores.
Ações em alta - Impulsionadas pelo prognóstico melhor para as economias desenvolvidas, os papéis de empresas do setor de mineração voltam a registrar desempenho positivo. Em Londres, destacam-se os papéis de Antofagasta e Kazakhmys, com alta de 1,5% e 0,9%, respectivamente. Já as ações do setor de tecnologia são favorecidas pela elevação de guidance de encomendas pela fabricante de equipamentos para chips ASML, o que leva os papéis da companhia a disparar 6,4% nas negociações em Amsterdã.


ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa cai 1,68% com temor de alta dos juros na China
As preocupações com o cenário externo não têm dado trégua para os negócios na Bolsa de Valores de São Paulo, que experimentou o terceiro dia consecutivo de queda. Um dos motivadores da aversão ao risco, hoje, foi a China. Os mercados foram influenciados pelo pessimismo em relação a um aumento iminente dos juros no gigante asiático, o que pode impactar a demanda por matérias-primas (commodities). Mas o ambiente interno também começa a mitigar o otimismo em relação à economia brasileira. As recentes declarações da nova equipe econômica do governo abrem margem para o entendimento de que, além da elevação do juro já precificada pelo mercado, novas medidas de restrição ao consumo podem ser adotadas.
- O índice Bovespa operou praticamente durante todo o pregão no terreno negativo, fechando em queda de 1,68%, aos 68.174,92 pontos. Na máxima, logo na abertura, o índice teve ligeira alta de 0,02%, aos 69.354. Na mínima, o recuo chegou a 1,86%, aos 68.046 pontos.
- O volume financeiro, que dava sinais de recuperação ao longo do dia, perdeu força no fim da sessão e somou R$ 6,59 bilhões.
Análise - No front doméstico, a força da inflação tem gerado instabilidade não apenas em relação aos juros. O controle de preços via aumento da taxa Selic (juro básico da economia) no próximo ano já é dado como certo pelo mercado, mas o cenário atual pode exigir medidas além do que já está precificado. Durante sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o futuro presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a defender o uso de "instrumentos macroprudenciais", principalmente para prevenir a formação de bolhas financeiras e de crédito. Hoje o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza a última reunião do ano para decidir sobre a taxa Selic e o mercado ainda aposta em estabilidade da taxa em 10,75% ao ano. O encontro marca a despedida de Henrique Meirelles do BC e é a primeira reunião de Tombini como futuro presidente da autoridade monetária.
Reação das Ações - Com esse emaranhado de análises e a saída de estrangeiros do mercado, os papéis ligados a commodities operaram no vermelho hoje, com Vale e siderúrgicas realizando lucros, em linha com a queda dos metais básicos negociados no exterior. Vale PNA caiu 2,22% e Vale ON recuou 1,89%, ambos na mínima do dia. Entre as siderúrgicas, Usiminas ON perdeu 2,82% e o papel PNA, -2,58%. Gerdau PN teve baixa de 1,56%, Gerdau Metalúrgica perdeu 2,00% e CSN ON caiu 1,42%. No setor petrolífero, Petrobras PN caiu 1,38% e Petrobras ON cedeu 1,14%, enfraquecida pela realização de lucros do petróleo negociado em Nova Iorque. Mas o topo do ranking de maiores baixas foi ocupado por Brasil Ecodiesel ON, que recuou 7,21%, reagindo à notícia, divulgada na noite de ontem, de que a companhia vai se associar à holding Maeda S.A, em uma operação de troca de ações. No processo, ainda sujeito à provação da assembleia de acionistas, a Brasil Ecodiesel irá incorporar as ações na relação de 3,6395 ações da Maeda por uma ação da Brasil Ecodiesel. Como resultado, a nova empresa que surgirá da operação estará 67% nas mãos dos antigos acionistas da Brasil Ecodiesel e 33% da Maeda. O investidor Henrique Bañuelos de Castro - que controla a Maeda através do fundo Arion - será o maior acionista desta nova companhia, com 24% das ações. O acionista da Brasil Ecodiesel, Silvio Tini, ficará com cerca de 10% das ações.

Nova Iorque / EUa
Bolsas americanas fecham em alta
Os índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, puxados pelo avanço nos papéis de companhias do setor financeiro, que compensou um declínio generalizado nos papéis de companhias de outros setores.
- O Dow Jones subiu 13,32 pontos, ou 0,12%, para 11.372,48 pontos, puxado pelo avanço de componentes como Bank of America (+3,72%) e JPMorgan (+2,57%). O McDonald's, que também faz parte do índice, caiu 1,99% após anunciar que as vendas de lojas abertas há um ano ou mais aumentaram 4,8% em novembro, número mais baixo que o esperado por analistas.
- O Nasdaq avançou 10,67 pontos, ou 0,41%, para 2.609,16 pontos.
- Enquanto o S&P 500 fechou em alta de 4,53 pontos, ou 0,37%, a 1.228,28 pontos.
Análise - No setor financeiro, destacaram-se as ações de bancos regionais, como Lincoln National (+7,50%), Fifth Third Bancorp (+6,50%), Zions Bancorp (+5,50%) e Regions Financial (+5,32%). "Os (papéis dos) bancos regionais estão realmente embutindo a possibilidade de um crescimento maior que o previsto", disse Kent Engelke, chefe de estratégia econômica da Capitol Securities Management. Segundo Engelke, a ampliação dos cortes de impostos instituídos durante o governo de George W. Bush ajudaria a fortalecer a economia e os gastos dos consumidores. "Isso reduz a probabilidade de as pessoas deixarem de pagar empréstimos e sugere que (o preço) das propriedades comerciais devem se recuperar", afirmou. As ações do Morgan Stanley fecharam em alta de 3,16% após o consórcio de investidores que pretende adquirir a participação de 34,3% do banco na China International Capital ter recebido autorização para concluir o negócio. A seguradora American International Group (AIG) caiu 3,71% após o Wall Street Journal publicar que o governo dos EUA pretende vender pelo menos US$ 15 bilhões em ações que possui da companhia no início de 2011.

Londres / Inglaterra
Índices das bolsas europeias fecham em alta com melhor desempenho em 26 meses
O mercado de ações europeu fechou a sessão desta quarta-feira na máxima de 26 meses, impulsionado pelos setores bancário e de seguros, que subiram com as expectativas de que temores sobre a crise de dívida da zona do euro aliviariam e que o desempenho do setor financeiro vai melhorar.
- O índice FTSEurofirst 300, que mede o desempenho das principais ações da região, encerrou a sessão com alta de 0,36%, aos 1.119 pontos, seu maior fechamento desde setembro de 2008.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,24%, a 5.794 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,37%, para 6.975 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,56%, para 3.831 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em alta de 1,40%, a 20.393 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou valorização de 1,55%, para 10.078 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve variação positiva de 0,89%, para 7.887 pontos.
Análise - "A situação da dívida da zona do euro continuará uma preocupação por um bom tempo, mas devemos fazer a distinção entre solvência e liquidez", disse o estrategista de ações do RBS, Graham Bishop. "O risco de solvência continuará, mas há medidas agora para prevenir que aumente o risco de contágio." Seguradoras tiveram o melhor desempenho da sessão, com o índice do setor registrando alta de 2,2%. As ações da Prudential subiu 3,9% após o UBS acrescentá-la a sua lista de ações preferidas. Já Zurich Financial, AXA e Aviva tiveram valorização entre 1,9 e 3,5%.

________________________
MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Citibank fecha parceria para concorrer no mercado de cartões
O Citibank brasileiro decidiu voltar ao mercado de credenciamento de estabelecimentos comerciais para aceitar cartão de crédito. Para isso, o banco se associou ao americano US Bancorp, dono da Elavon - maior credenciadora no mundo de cartões na venda de passagens aéreas. A empresa vai concorrer diretamente com Cielo, Redecard e GetNet, credenciadora do banco Santander. A expectatativa é que a nova empresa, fruto da parceria, entre em operação no segundo semestre de 2011. Segundo Leonel Andrade, presidente da Credicard (empresa de cartões do Citibank), a meta é ter 15% desse mercado em cinco anos. A parceria é de 50% para cada um dos lados e a empresa deve contratar mais de 100 pessoas no primeiro ano. O valor do investimento não foi informado.

____________
INDÚSTRIA


Brasília / DF
Indústria criticam manutenção da taxa Selic
As entidades da indústria criticaram decisão do Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central - de manter a taxa Selic em 10,75% ao ano. A Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - informou em nota que a manutenção da Selic em patamar elevado é um dos entraves à competitividade do produto nacional frente a seus principais concorrentes internacionais. "Enquanto o desejável controle da inflação recair exclusivamente sobre a política monetária, o Brasil seguirá entre os países onde são praticadas as maiores taxas de juros do mundo. Isso encarece o investimento, aumenta os custos financeiros para as empresas e incentiva o ingresso de capitais especulativos que contribuem para a sobrevalorização do real, penalizando as exportações", declarou a entidade em nota.
Já para a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, a decisão "sinaliza mais problemas à frente". "O descontrole dos gastos públicos deixa manco o tripé de políticas econômicas, composto também pelo sistema de meta de inflação e câmbio flutuante. Tal descompasso gera uma arquitetura econômica perniciosa de juros elevados e câmbio sobrevalorizado", disse no comunicado Paulo Skaf, presidente da federação. "O governo precisa criar a efetiva coordenação entre as políticas de gasto público e de juros para que o Brasil possa atingir um equilíbrio econômico compatível com um desenvolvimento sustentado. Caso contrário, mantida a situação atual, perdem todos: a indústria, o trabalhador e o nosso país", acrescentou.
O presidente da CNI - Confederação Nacional da Indústria -, Robson Braga de Andrade, avaliou a decisão como "acertada". Segundo ele, as medidas de restrição ao crédito, anunciadas pelo Banco Central na semana passada, já mostram a preocupação com o excesso de liquidez na economia e seus impactos sobre a trajetória da inflação, tornando desnecessário elevar a Selic. Andrade acentuou, contudo, que o patamar dos juros no país é dos mais elevados do mundo. Na sua opinião, o uso dos altos juros como forma de controle da inflação impõe elevado custo ao setor produtivo e pressiona a valorização do real. "A combinação de juros altos e câmbio apreciado precisa ser revista", defendeu.

Roma / Itália
AGCO está interessada em adquirir a rival CNH
A norte-americana AGCO Corp. está interessada em comprar a rival CNH Global NV, cuja proprietária é a italiana Fiat SpA. A declaração foi dada pelo presidente e executivo-chefe da AGCO, Martin Richenhagen, ao jornal Milano Finanza. Segundo Richenhagen, a Fiat sabe do interesse da AGCO, que está estudando as implicações antitruste e as opções financeiras para a aquisição em potencial. Ele disse ao Milano Finanza que o CEO da Fiat, Sergio Marchionne "parece pronto para vender (a CNH), mas pode mudar de ideia". Ambos conversaram durante as duas últimas semanas, segundo o CEO da AGCO.
A Fiat detém 90% da CNH, que produz máquinas e equipamentos para os setores agrícola e de construção civil, e cuja capitalização de mercado de US$ 11 bilhões, mais de duas vezes o tamanho da AGCO, que produz tratores das marcas Massey Ferguson, Fendt, entre outros. A empresa americana completou recentemente a compra da italiana Laverda, fabricante de colheitadeiras que a Fiat foi obrigada a vender como parte das exigências antitruste de quando comprou a Case dez anos atrás.
Richenhagen acredita que a Fiat deve vender a CNH e a Iveco, de caminhões, se tiver sucesso na parceria com o Chrysler Group na fabricação de automóveis. "Eles não precisam levantar dinheiro neste momento", ponderou o CEO da AGCO, dando mostras de que não espera uma resposta rápida do grupo italiano. A Fiat vai se dividir em duas companhias abertas a partir de janeiro de 2011. Uma agregará os negócios automotivos, a outra ficará com Iveco e CNH. As ações da empresa chegaram a subir 5%na bolsa de Milão com a notícia publicada pelo Milano Finanza. Uma eventual venda parece improvável, segundo um analista da Intermonte, de Milão, mas a expressão de interesse denota o potencial dos ativos da Fiat. (Agência Dow Jones)

________________
AGROBUSINESS


Nova Iorque/EUA e Londres/Inglaterra
Grãos terão aumento dramático até 2050
Os preços mundiais dos grãos podem duplicar até 2050 e tanto o crescimento da população como as mudanças climáticas vão colocar muita pressão sobre os recursos. As conclusões fizeram parte de um relatório publicado no início de dezembro de 2010 pelo IFPRI - Instituto Internacional de Pesquisas sobre Segurança Alimentar. Os preços do milho podem subir 100,7%, enquanto o arroz pode aumentar 31,2%. Embora os preços globais de alimentos tenham caído no século passado, o relatório indica que a tendência deve mudar. A crescente demanda é impulsionada pelo crescimento populacional e de renda, e está acima do crescimento da produtividade, que é dificultada pelos efeitos das mudanças climáticas, reforço o estudo. O relatório argumenta que o aumento do investimento na agricultura, em pelo menos US$ 7 bilhões, e o reforços nos fluxos de comércio mundial serão vitais para garantir a segurança alimentar no futuro. Com base em estimativas de que a produção de milho pode aumentar em 2% ao ano até 2050 nos países que mais produzem, o IFPRI alega que os aumentos de preços podem ser limitados a 12%, ao invés de mais de 100%, e isto ajudaria a diminuir o número de crianças desnutridas no mundo em 3,2%. Com o mesmo cenário no trigo, 2,2% crianças dos países em desenvolvimento sairiam da condição de desnutridas, no mesmo período. Apesar dos dramáticos efeitos das mudanças climáticas, um reforço dos fluxos de comércio mundial também seria importante para mitigar as perdas de produtividade em algumas partes do mundo. Assim, as regiões do mundo com menos efeitos negativos supririam aquelas com efeitos mais negativos. (Agência Dow Jones)

Da redação – Porto Alegre / RS
A força da produção na região Sul
Composta por três Estados, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a região Sul do Brasil destaca-se com números expressivos referentes à produção de aves e suínos, destinados principalmente ao mercado externo. Somando as exportações avícola e suinícola de SC, RS e PR, teremos um volume correspondente a mais da metade das exportações totais de todo o País.
Produção de suínos - Segundo os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), a produção de carne suína na região Sul alcançou 464.509 mil toneladas em 2009. Sendo que, 236.169 mil toneladas foram produzidas no Rio Grande do Sul, 173.055 em Santa Catarina e 55,285 no Paraná. Os Estados ocupam, respectivamente, a 1º, 2º e 3º posições da produção nacional. Em receita, a ordem é a mesma. De acordo com a Abipecs, as exportações região Sul somaram US$ 924.523 em receita em 2009. Foram US$ 489.086 no RS, US$ 330.561 em SC e US$ 104.876 no PR. O Estado de Santa Catarina lidera o ranking dos maiores produtores de suínos do País com 8,9 milhões de cabeças, seguido por Rio Grande do Sul, com 6,1 milhões, e Paraná, com 5,1 milhões, segundo os dados da Abipecs.
Produção de frango - Dados divulgados pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), mostram que, em 2009, as exportações avícolas da região Sul do Brasil corresponderam a 74,6% dos embarques totais de carne de frango. Os três Estados exportaram 2.711.090 toneladas do produto. A liderança é de Santa Catarina, que no ano passado, embarcou 986.257 toneladas de frango. Já Paraná e Rio Grande do Sul exportaram 954.653 e 770.180 respectivamente. Em receita, exportações do Sul foram US$ 4.392.381.773 no ano de 2009. Sendo que SC alcançou US$ 1.721.411.421, PR, US$ 1.472.628.123 e RS, US$ 1.198.342.229, informa a entidade avícola. Os três estados também lideram o abate de carne frango do Brasil. Segundo a Ubabef, somente em 2009 foram abatidos 1.243.245.043 cabeças no Paraná, 871.155.163 em Santa Catarina e 758.951.412 no Rio Grande do Sul.


______________________
SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ
Comércio diverge sobre decisão do Copom de manter juros
As entidades do comércio apresentaram opiniões divergentes sobre a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,75% ao ano, nesta quarta-feira. Para a ACSP - Associação Comercial de São Paulo e a Fecomércio/RJ, a decisão foi acertada. A Fecomercio/SP, por sua vez, classificou a manutenção como "equivocada". "Vários setores da economia estão desacelerando, entre eles o automotivo e o imobiliário. Apenas o setor alimentício tem apresentado inflação nos preços, porém isso tem ocorrido devido a condições climáticas que interferem no resultado da safra", afirmou a entidade, em nota. "Ao manter os juros em 10,75%, o Banco Central não irá alcançar o controle da inflação como deseja e irá premiar apenas o capital especulativo, além de aumentar a dívida do governo."
Além disso, a Fecomercio/SP criticou as medidas anunciadas recentemente pelo Banco Central para reduzir o aumento do crédito. "Com essas ações o governo corre o risco de engessar a economia, quando deveria, antes de qualquer coisa, controlar os seus gastos aplicando recursos de maneira eficiente e reduzir a taxa de juros, contribuindo também para uma diminuição da dívida interna."
Para Alencar Burti, presidente da ACSP, porém, o BC demonstrou equilíbrio. "As últimas medidas adotadas, entre elas, aumentar o compulsório bancário, foram inteligentes pois seus efeitos devem ocorrer em 2011, quando o governo deverá equilibrar suas contas enxugando seu custeio e reduzindo as pressões sobre a inflação", disse, em comunicado. Para o presidente da Fecomércio/RJ, Orlando Diniz, o Copom "fez o que devia". "A duas semanas do Natal, o Copom fez o que devia e manteve a taxa básica de juros, valorizando o papel do consumo no crescimento da economia do país."
De acordo com Diniz, "a decisão condiz com as recentes declarações do governo de promover o óbvio: a poupança pública, o aumento da competitividade das empresas, a redução do gasto público e dos impostos em 2011." Ele ressalta, porém, que é preciso que o governo corte gastos e aumente os investimentos. "Só austeridade fiscal e juros mais baixos incentivarão a produção, a eficiência das empresas e ampliarão a capacidade de a economia crescer sem inflação, além de permitirem fôlego às contas externas, hoje pressionadas pela entrada de dólares no país", disse.

São Paulo / SP
Fecomércio paulista avalia que o varejo terá crescimento menor em 2011
Após um ano de forte crescimento, o setor varejista de São Paulo prevê para 2011 um resultado mais modesto e um primeiro trimestre "bem difícil". Enquanto a Fecomercio/SP (federação do comércio paulista) estima um crescimento de 10% para o faturamento deste ano, prevê um incremento menor - de 6% - para o ano que vem. "Temos hoje alguns problemas que se manifestarão no próximo ano. A conjuntura internacional continuará problemática e temos pela frente uma postura do governo, através da redução do crédito, bastante acentuada", afirma Antonio Carlos Borges, diretor-executivo da federação. Ele se refere à medida recentes do governo, que elevou a taxa de recolhimento compulsório sobre os depósitos bancários, o que retira dinheiro de circulação da economia, e que já provocou o encarecimento de algumas linhas de empréstimo. Bancos e financeiras já reduziram os prazos e elevaram os juros para financiamento de veículos, em resposta a essas medidas. O possível aumento da taxa básica de juros também é visto como um empecilho. "O juro na ponta [no financiamento ao consumidor] também irá crescer e o consumidores se retrairão", comenta o diretor-executivo. Borges atribui o bom resultado de 2010 ao aumento da concessão de crédito e aos prazos de financiamento, que se dilataram, além do nível elevado de confiança do consumidor na economia.

Da redação – São Paulo / SP
Abac avalia alta de 7% a 10% no mercado de consórcios
A Abac - Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios - estima um crescimento de 7% a 10% nas vendas de consórcio para 2011, atingindo a marca de 2,15 milhões de novas cotas. O cálculo considera os mercados de veículos automotores, imóveis, eletroeletrônicos e serviços. A entidade divulgou nesta quarta-feira os resultados do setor referentes ao acumulado do ano até outubro. Entre os veículos automotores, as melhores projeções se concentram nos leves, pela entrada de novas marcas e fatores como a estabilidade dos preços e a oportunidade de utilização da contemplação nas promoções periódicas. No setor de veículos pesados, a Abac cita como pontos que devem beneficiar o segmento as obras necessárias para realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o aumento nas exportações de commodities e a substituição dos caminhões pesados por leves e semileves quando da circulação nas principais regiões metropolitanas.
Em razão do deslocamento rápido e fácil proporcionado pelas motos, a entidade prevê que a comercialização de novas cotas deve retomar a tendência de alta, principalmente pelo maior poder aquisitivo da classe C - além de preços acessíveis. Em nota, a associação cita ainda a mudança de comportamento no setor de eletroeletrônicos e outros bens duráveis, com os consumidores passando a adquirir cotas com valor maior para aquisição de vários bens em substituição à adesão a uma cota por bem. Essa mudança elevou o seu valor médio da cota e reduziu o número de participantes. Essa tendência deve continuar no próximo ano, ampliando a possibilidade de atualização de eletrodomésticos.
Desempenho de outubro - As vendas de novas cotas de consórcios atingiram 1,74 milhão de unidades entre janeiro e outubro, 6,7% acima do mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pela Abac. Com isso, o números de participantes do sistema chega a 4 milhões de pessoas no acumulado do ano, indicando alta de 5,5% em relação a um ano antes. Na mesma base de comparação, as contemplações subiram 5,8%, para 822,2 mil. O sistema de consórcios registra um volume de negócios de R$ 50,7 bilhões no acumulado do ano, gerando mais de 50 mil empregos. Na nota, o presidente executivo da entidade, Paulo Roberto Rossi afirmou a expectativa de superar a linha de dois milhões de adesões em 2010. Na avaliação da Abac, as perspectivas para o próximo ano apontam os consórcios como alternativa importante na viabilização de vários setores, em razão do crescimento dos seus mercados.

São Paulo / SP
Brasilprev terá alta de 34% em ativos
A Brasilprev, empresa de previdência aberta do Banco do Brasil, deve encerrar o ano com mais de R$ 36 bilhões em ativos, crescimento de 34% em relação a 2009. Os fundos de PGBL e VGBL tiveram arrecadação de R$ 8,4 bilhões no ano até outubro, expansão de 55%, informou a empresa hoje. "Devemos superar ligeiramente as metas previstas inicialmente para o ano", disse o presidente da Brasilprev, Sergio Rosa. Para 2011, Rosa avalia, sem citar metas, que a tendência é manter o ritmo de crescimento deste ano. O avanço das classes C e D, afirma o executivo, abre oportunidades de expansão das vendas. "Há muitas pessoas com renda disponível para poupar que ainda não foram abordadas (por vendedores de planos de previdência)", diz Rosa. Novembro foi o primeiro mês da história da Brasilprev em que a arrecadação mensal superou a marca de R$ 1 bilhão. "Mesmo o final de ano sendo um período tradicionalmente bom para o mercado de previdência aberta, este ano está sendo ainda melhor", diz Rosa. A expectativa é que a arrecadação total de 2010 supere a marca de R$ 9,7 bilhões. Rosa assumiu o comando da Brasilprev há três meses. Antes, ele era presidente da Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB. (Agência Estado)

Nova Iorque / EUA
Vendas mundiais do McDonald s crescem 4,8% em novembro
As vendas mundiais do McDonald's cresceram 4,8% em novembro pelo critério mesmas lojas. No acumulado do ano, o avanço das vendas chega a 5,2%. O desempenho de novembro foi impulsionado pelas vendas nos EUA e Europa, que subiram 4,9%. Na área designada APMEA (Ásia, Pacífico, Oriente Médio e África), o crescimento foi menor, de 2,4% no critério mesmas lojas. O McDonald's disse que as vendas nos Estados Unidos foram puxadas pela demanda de bebidas do McCafé, pelo sanduíche McRib e ainda pelas promoções diárias do menu. Na Europa, a alta nas vendas ocorreu principalmente na França, Alemanha, Rússia e Reino Unido. A renovação dos restaurantes da rede e o menu de produtos premium, como o McWraps, colaboraram para o resultado. Na APMEA, as vendas foram destaque na China e Austrália, enquanto o Japão teve efeito negativo no resultado. Serviços de conveniência, como entregas e o drive-thru, e a repaginação dos restaurantes foram fatores positivos para as vendas na região. (Agência EFE)

________________________
TI, WEB & e-COMMERCE


São Francisco / EUA
Cisco e BMC anunciam parceria para desenvolvimento na nuvem
O acordo entre a Cisco e BMC Software, empresa especializada em soluções de Business Service Management, para desenvolver e vender novas soluções de cloud computing em grande escala acaba de dar frutos. As empresas anunciaram o lançamento de um sistema Integrado de entrega na nuvem, batizado de Integrated Cloud Delivery Platform, projetado em conjunto para atender às exigências dos prestadores de serviços e ambientes de computação em nuvem privada em grande escala. A intenção é ajudar os provedores de cloud a implantarem mais facilmente os serviços em nuvem fim-a-fim, rodando em uma infraestrutura de computação que se estenda por diversas redes de centros de dados, sistemas de computação, armazenamento e aplicações. Com o uso da plataforma, segundo Cisco e BMC, esses provedores e empresas com grandes estruturas podem eliminar muitas das etapas manuais necessárias para criar um serviço de computação em nuvem. "À medida que a computação em nuvem se desenvolve, passando de uma ideia estratégica para uma realidade empresarial, as empresas estão descobrindo rapidamente as complexidades de implementação e gerenciamento de soluções de cloud computing em um data center híbrido. A aliança da BMC com a Cisco vai permitir aos nossos clientes com ambientes de computação de grande escala na nuvem para serviços de missão crítica uma realidade mais prática. As departamentos de TI e os provedores e serviços de cloud podem ser mais ágeis, rentáveis, escaláveis e, mais importante, alinhada com o negócio ", afiema Bob Beauchamp, presidente e CEO da BMC Software em um comunicado para a imprensa. O sistema combina as tecnologias Unified Service Delivery (USD) para administração de sistemas Cisco e o software Cloud Lifecycle Management (CLM), da BMC. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Parceria muda estratégia no futuro do comércio eletrônico
A US Digital Transactions Corporation anunciou ontem, dia 8/12, uma parceria exclusiva com SignatureLink, Inc. As duas empresas se uniram para criar uma nova forma de transação de pagamento para varejistas on-line. O novo tipo de pagamento híbrido de comércio eletrônico é uma transação, com base em assinatura, Card-Not-Present (CNP) com promessa de pagamento. O novo tipo de pagamento será batizado de CNPS. A tecnologia, pendente de patente, facilmente se integrará com todos os aplicativos existentes para comércio eletrônico, compatível com PCI e portais de pagamento. O CNPS está atualmente em desenvolvimento beta. "Atualmente não há categoria ou taxa de intercâmbio para as transações CNPS card-not-present signature. O novo tipo de transação é totalmente compatível com as leis federais UETA e ESIGN dos EUA e pretendemos fazer lobby com as associações de cartões para acomodar o novo tipo de transação. Esta é uma mudança de estratégia para o comércio eletrônico em todo o mundo e terá grande impacto na redução global no custo de aceitação de pagamento e de fraude", declara Greg Wooten, diretor executivo, USDT. (Fonte: PRNewswire e Assessoria de Imprensa da US Digital Transactions Corporation)

São Paulo / SP
Classes A e B mantêm liderança no comércio online brasileiro
O consumidor brasileiro que realiza compras via Internet pertence, em sua maioria, às classes A e B e gasta, em média, R$ 118 por mês, segundo pesquisa com internautas realizada pelo instituto Ibope Mídia. De acordo com o levantamento, as classes A e B respondem por 61% das compras realizadas na Web, seguidas pela classe C, com 35%, e D e E que, juntas, somam apenas 4%. Entre os consumidores de lojas online, aqueles que têm entre 25 e 44 anos são maioria, equivalentes a 48% cento do total, sendo que a idade média dos compradores online é 33 anos. O estudo apontou ainda que os homens realizam mais compras via Internet em comparação às mulheres, respondendo por 54%, e que as pessoas solteiras também são mais propensas ao comércio eletrônico, com 49 por cento. As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, juntas, correspondem a 37% do total dos compradores online do país. Ainda conforme a pesquisa, cerca de 80% dos usuários acessam a Internet para comparar preços, enquanto 25% buscam um carro novo e 18% realizam compras profissionais. O levantamento, realizado com 2,5 mil pessoas, apontou também que, nos últimos seis meses, 66% das pessoas realizaram de uma a cinco compras online, sendo que 30% gastou, pelo menos, R$ 224. Os livros ocuparam a lista dos produtos preferidos por esses consumidores, com 30%, seguidos por telefones e acessórios para celulares (20%), eletrodomésticos (18%) e itens de tecnologia como câmeras digitais e tocadores de MP3 (17%). Entre os internautas consultados, nos próximo seis meses, 25% pretendem comprar câmeras digitais, 17% buscam celulares com câmera e tecnologia 3G e 15% planejam adquirir um iPhone. O instituto realizou o estudo entre maio e junho deste ano nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Distrito Federal e Goiânia, além do interior paulista, das regiões Sudeste, Sul e Nordeste. (Agência Reuters)


____________________________
TURISMO & GASTRONOMIA


São Paulo / SP
CVC assume 14 agências de turismo do Carrefour
A partir do dia 15/12, as 14 agências que operavam com a bandeira Turismo Carrefour passam a atuar com a marca CVC, segundo comunicado da rede de supermercados, divulgado nesta quarta-feira. As empresas não divulgam valores das transações conjuntas. De acordo com o grupo Carrefour, as duas marcas trabalham juntas desde 2006 na comercialização de produtos turísticos. Com o anúncio de hoje, a CVC, que já possui agências exclusivas em outras unidades Carrefour, amplia sua rede de distribuição e venda de produtos turísticos. A empresa de turismo tem hoje no Brasil 610 agências exclusivas e 8.000 agências de viagens multimarcas independentes. As unidades estão localizadas em galerias comerciais nas cidades de Osasco, São Bernardo do Campo, Santos, São Caetano do Sul, Santo André, Goiânia. Na cidade de São Paulo, estão funcionam em galerias no Jabaquara, Aricanduva, Imigrantes, Anália Franco, Pinheiros, Anchieta, Vergueiro além da unidade do Shopping Butantã. As empresas ressaltam que os clientes que compraram pacotes do Turismo Carrefour contarão com suporte da empresa, que prestará normalmente o atendimento aos consumidores por meio de sua central de atendimento, no telefone 0800.722.6005. Com sua posição consolidada no comércio eletrônico, o Grupo Carrefour contemplará a oferta de turismo no site de negócios do Carrefour.com.br. O projeto está em desenvolvimento e a previsão é que o lançamento é para início de 2011.

_____________________
MERCADO DE LUXO


Roma / Itália
Palazzo Sasso um hotel no melhor estilo bizantino
A apenas 56 quilômetros de Nápoles, no sul da Itália, a Costa Amalfitana oferece um visual repleto de penhascos verdes resvestidos por casinhas coloridas no melhor estilo bizantino. Para completar, o mar azul é de tirar o fôlego. E lá está situado o Palazzo Sasso um hotel de alto padrão, no coração de Ravello. Trata-se de uma vila italiana no alto de uma colina, a 350 metros acima do Mar Mediterrâneo. (LEIA na íntegra)

______
MÍDIA


Nova Iorque / EUA
Publicidade no país cresce mais que a média global
O mercado publicitário brasileiro vai continuar crescendo acima da média global nos próximos anos, consolidando-se como uma das principais fontes de receita do setor, apontam pesquisas divulgadas nesta semana. Os estudos mostram que setores como jornais, TV e internet vão ter um crescimento de receita maior do que o que se espera para a economia em geral (PIB). (LEIA na íntegra)

________________________________
AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – São Paulo / SP
Consultoria Pezco realiza curso sobre Capital Budgeting
A empresa Pezco – Consultoria e Pesquisa, da São Paulo, traz para o Brasil uma versão compacta do consagrado curso de Capital Budgeting do Prof. Marcos de Arruda, da Drexel Univertsity, oferecido a executivos de grandes empresas dos EUA. Uma das principais decisões da vida de uma empresa se refere aos investimentos de capital. Por exemplo, como selecionar o projeto de longo prazo que vai trazer a maior rentabilidade; selecionar o investimento na nova planta ou unidade; a aquisição de uma nova frota, equipamentos tecnológicos ou instalações; a decisão entre o leasing e a compra; tudo isso, usando teorias e ferramentas financeiras, como a TIR, VPL e o custo médio ponderado de capital (WACC). (LEIA na íntegra)

________
ARTIGO


Os desafios para a produção orgânica
por Sylvia Wachsner - diretora da Sociedade Nacional de Agricultura e coordenadora do Projeto OrganicsNet/SNA (LEIA)


-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2010 - Todos os direitos reservados