Edição 427 | Ano II

Nova Iorque / EUA
Sustentabilidade aumenta valor de mercado em até 4% Projetos socioambientais aumentam em até 4% o valor de mercado das empresas, segundo um levantamento da consultoria espanhola Management & Excellence divulgado ontem a tarde, dia 25/10. A conclusão foi feita com base nos resultados de uma metodologia que cruza números de capitalização de mercado de empresas listadas no Dow Jones Sustainability Index World (DJSI) e no MSCI. O DJSI, da Bolsa de Nova York, abrange 317 empresas de vários setores e regiões do planeta, selecionadas de acordo com o desempenho em 100 assuntos ligados a sustentabilidade. Já o MSCI, que tem na carteira algumas das maiores empresas abertas do mundo, não considera questões sobre o assunto.
As empresas também foram submetidas a uma avaliação de desempenho em 500 critérios em sustentabilidade, responsabilidade socioambiental, transparência e governança corporativa, escolhidos pela consultoria. "O estudo apontou uma performance superior das empresas mais bem sucedidas nesses itens", disse à Reuters Bill Cox, presidente da M&E. A consultoria ainda mediu os resultados práticos de projetos de sustentabilidade e detectou que o fluxo de caixa livre das empresas avaliadas ficou acima da média de suas concorrentes e que sua eficiência interna era superior.
Em totais, os investimentos feitos por essas empresas em treinamentos online para funcionários, por exemplo, renderam até 1.800% em um ano. Um exemplo do resultado da aplicação desse método no Brasil, segundo a M&E, foi o Bradesco, que investiu R$ 380,6 milhões em projetos do setor no ano passado. Segundo Angelica Blanco, diretora da M&E, o valor de mercado do banco foi incrementado em R$ 3,91 bilhões (3,8% do valor de mercado, com base nos números de 2009), devido aos resultados de projetos ligados a sustentabilidade."É um método estável de determinar o retorno exato de investimentos em sustentabilidade no fluxo de caixa livre da empresa", disse Angelica. (Agência Reuters)

Brasília / DF
Mantega afirma que Brasil terá mais influência nas decisões do FMI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem a tarde, dia 25/10, que seu País terá "maior influência" nas decisões do Fundo Monetário Internacional (FMI) com a reestruturação das cotas fixadas no último fim de semana pelo organismo. "Brasil mudou de status e a influência, hoje é maior do que o Brasil tinha por sua participação em cotas. Essa é uma nova correlação de forças que se estabelece e que reconhece os emergentes como protagonistas", declarou Mantega em entrevista coletiva em Brasília. Na Coreia do Sul, os presidentes dos bancos centrais e ministros de finanças dos países do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) discutiram a divisão do poder no FMI e a coordenação de políticas cambiais entre os países do bloco.
Em 2008, Brasil passou de 1,38% para 1,78%, em percentuais de cotas, que agora serão de 2,32% e somadas às da Rússia, Índia e China chegarão a 14,18%, 6,4% a mais que dois anos antes, mas ainda abaixo dos 15% necessários para ter poder de veto dos "Brics" (Brasil, Rússia, Índia e China) nas decisões. O bloco emergente, no entanto, terá dois assentos cedidos pela Europa no Comitê dos 24 governadores do FMI. "Nas administrações anteriores (do FMI), o Brasil era subordinado ao fundo e agora já não o é mais", indicou o ministro, quem celebrou a posição de número 14 na hierarquia do organismo, quatro posições a frente que em 2008.
O titular do ministério da Fazenda, quem não esteve na reunião da Coreia do Sul, apontou que o Brasil "teve um desempenho especial nessa reforma" e como o país continuará crescendo nos próximos anos, o país vai tomar a posição novamente e ter cotas aumentadas na nova reforma prevista para 2014. Mantega descartou que a maior participação no fundo gere "aportes significativos", pois neste ano o Brasil disponibilizou US$ 10 bilhões em uma linha especial como contribuição que será transformado em cotas. Da mesma maneira, Mantega garantiu que o Brasil não cobrará imposto de renda sobre aplicações estrangeiras como medida para conter a apreciação do real frente ao dólar, pois como a medida aplicaria um ano após sua promulgação, o país poderia sofrer em 12 meses "uma invasão de dólares, causando efeito contrário". A "intensificação" na emissão de títulos em reais no mercado internacional será uma das medidas que continuará sendo aplicada para evitar a valorização da moeda brasileira.
Na semana anterior, o Brasil lançou nos Estados Unidos, Japão e Europa títulos por R$ 1,1 bilhão, com vencimento em 2028. "Não quero tomar mais medidas das necessárias. Até agora, sinto que há uma reação boa. Na primeira vez em que passamos a cobrar o Imposto de Operações Financeiras (IOF) de estrangeiros, nós ficamos um ano sem tomar novas medidas porque foram eficazes", apontou. O ministro advertiu que as atuais medidas e "outras armas secretas de grosso calibre", que fazem parte "do arsenal", podem ser canceladas se outros países adotarem ações mais eficazes no mercado. Mantega justificou sua ausência na Coreia do Sul pelo acompanhamento "minucioso" que realizou aos efeitos das medidas cambiais adotadas pelo Governo. (Agências Brasil e EFE)

Washington / EUA
Ganhadores do Nobel pedem que G20 aborde caso de ativista chinês
Quinze laureados pelo Prêmio Nobel pediram que o G20 solicite à China a libertação do ativista de direitos humanos Liu Xiaobo, cuja premiação do Nobel da Paz este mês enfureceu Pequim. "A libertação pelo governo chinês do Dr. Liu seria um reconhecimento extraordinário das transformações notáveis pelas quais a China passou nas últimas décadas", disse o grupo em uma carta publicada na segunda-feira pelo Freedom Now, uma organização sem fins lucrativos com sede no Estados Unidos que atua para libertar os prisioneiros de consciência.
Assinada por laureados pelo Nobel da Paz, incluindo o arcebispo emérito sul-africano Desmond Tutu, o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e o Dalai Lama, a carta também pediu que o Grupo dos 20 países mais ricos e desenvolvidos solicite à China a libertação da mulher de Liu, Liu Xia, do que chamaram de prisão domiciliar de facto. Liu, que cumpre uma pena de 11 anos de prisão por acusações de subversão, foi laureado com o Nobel da Paz no começo deste mês. Pequim afirma que Liu é um criminoso e que lhe dar o prêmio foi uma "obscenidade".
A carta também exortou os líderes do G20 a pressionarem o presidente chinês, Hu Jintao, sobre o caso de Liu na cúpula do G20 em Seul nos dias 10/11 e 11/11. "A cúpula proporciona o tempo e a oportunidade para tratar da prisão do Dr. Liu. Exortamos fortemente que vocês convençam o presidente chinês, Hu Jintao, de que a libertação do Dr. Liu não é apenas bem-vinda, mas necessária", afirmou a carta. Os 15 signatários da carta também incluem o político tcheco e ex-dissidente Vaclav Havel, a advogada iraniana Shirin Ebadi e o ex-presidente sul-africano F.W. de Klerk. Não constam da lista vários laureados pelo Nobel, incluindo Nelson Mandela, da África do Sul, e o presidente dos EUA, Barack Obama, que este mês divulgou um comunicado próprio pedindo que a China liberte Liu. (Agência Reuters)

_________________________________________________
MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo


JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo -
Ao depor, Erenice admite reunião que sempre negou
Agora S.Paulo - STF vai decidir se aposentado terá direito a benefício maior
O Estado de S.Paulo - Erenice muda versão e diz à PF que encontrou consultor
O Globo - Erenice muda versão e diz à PF que encontrou consultor
Valor Econômico - 'Estarrecido'com baixarias, TSE quer mudar campanhas
Correio Braziliense - Brasileiro esbanja dólares
Estado de Minas - Feriado, colheita de cana e seca aumentam medo da abstenção
Diário do Nordeste - Padre assassinado na BR
A Tarde - Vandalismo e lixo na rua enfeiam a cidade e causam prejuízos
Extra - Natal deste ano terá bacalhau mais em conta do que carne
Zero Hora - Plano de emergência em hospitais tenta conter superlotação

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - Karzai confirma que Irã deu "malas de dinheiro"
The Washington Post (EUA) - Em Nevada, não se pode viver com ou sem Reid
The Times (Reino Unido) - CBI adverte sobre empregos conforme recuperação perde o fôlego
The Guardian (Reino Unido) - Humilhações e ameaças são descobertas em manuais de interrogatório militar do Reino Unido
Le Figaro (França) - Obama enfrenta a onda populista
Le Monde (França) - O mal-estar político geral da justiça francesa
China Daily (China) - Gasolina e diesel: preços sobem
El País (Espanha) - Europa abre novo ciclo de relacionamento com Cuba
Clarín (Argentina) - Outro ferroviário é preso por morte de Barrabravas

_____________________________
INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
IPC-Fipe acelera para 1,03% na 3ª prévia de outubro
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou alta de 1,03% na terceira quadrissemana de outubro, depois de ter subido 0,96% na apuração anterior. O indicador que mede a inflação da cidade de São Paulo ficou próximo à mediana das estimativas do AE Projeções, que iam de 0,85% a 1,11%, com mediana de 1,04%. O IPC acelerou em relação à terceira prévia de setembro, quando ficou em 0,35%. Na comparação entre a segunda e a terceira quadrissemana de outubro, dois dos sete grupos pesquisados registraram desaceleração da alta de preços: Saúde (de 0,30% para 0,17%) e Vestuário (de 0,42% para 0,20%). Nos demais grupos, os preços aceleraram: Habitação (de 0,44% para 0,50%), Alimentação (de 2,79% para 2,91%), Transportes (de 0,51% para 0,71%), Despesas Pessoais (0,46% para 0,62%) e Educação (de 0,07% para 0,08%).
Veja como ficaram os itens que compõem o IPC:
Habitação: 0,50%
Alimentação: 2,91
Transportes: 0,71%
Despesas Pessoais: 0,62
Saúde: 0,17%
Vestuário: 0,20%
Educação: 0,08%
Índice Geral: 1,03%

_______________________
MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Índice das bolsas asiáticas recua, mas se mantém perto de pico em 28 meses
As bolsas de valores da Ásia se mantiveram próximas do maior nível em 28 meses nesta terça-feira, dia 26/10, e o dólar conseguiu algum suporte depois de uma queda acentuada em meio ao debate sobre o resultado da próxima reunião do Federal Reserve.
- O índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão exibia às 7h45 (horário de Brasília) queda de 0,43%, a 465,77 pontos, mas se mantinha próximo da máxima em 28 meses atingida na semana passada.
- A bolsa de TÓQUIO recuou 0,25%, para 9.377,38 pontos, em um pregão volátil, influenciado pela alta do iene contra o dólar para perto do recorde, o que adicionou cautela aos investidores antes do auge da temporada de resultados de empresas.
- O mercado em XANGAI teve baixa de 0,32%.
- HONG KONG se desvalorizou em 0,11%.
- SEUL apurou alta de 0,19%.
- Enquanto isso, CINGAPURA recuou 0,62%.
- TAIWAN subiu 0,44%.
- SYDNEY encerrou em queda de 0,47%.
Análise - Depois de nenhuma iniciativa significativa ter surgido da reunião dos líderes financeiros do G20 no final de semana passado, investidores continuaram vendendo dólar diante das expectativas de que novas compras de ativos pelo Fed vão causar mais erosão da divisa. Autoridades do Fed, entretanto, não têm se mostrado uniformes em seus comentários sobre uma nova política de quantitative easing, o que tem gerado algumas dúvidas sobre o tamanho de um novo programa de estímulo econômico. O presidente do Fed de Kansas, Thomas Hoenig, chegou a afirmar que novas compras de ativos pelo banco central são "um jogo muito perigoso". As expectativas sobre a chegada de uma nova torrente de dinheiro barato no sistema financeiro ajudaram a impulsionar os preços de ações e commodities, que atingiram brevemente um pico em 27 meses nesta terça-feira antes de recuarem. "Apesar de não serem caras, as ações na Ásia estão sendo negociadas a um prêmio em relação ao restante do mundo", disse Andrew Pease, estrategista-chefe de investimentos para Ásia-Pacífico da Russell Investments em Sydney.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra -
O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu hoje em baixa de 0,14%, aos 5.744,02 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu hoje em baixa na Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 83,33 às 4h09 (horário de Brasília).
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu hoje em baixa de 0,09%, aos 6.633 pontos. O euro abriu hoje com tendência estável no mercado de divisas de Frankfurt e, por volta das 4h (horário de Brasília), era negociado a US$ 1,3980, frente à cotação de US$ 1,3979 do fechamento do pregão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,4031
- Roma / Itália - O índice FTSE MIB da Bolsa de Milão abriu hoje em baixa de 0,22%, aos 21.386,78 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share abriu em queda de 0,18%, aos 21.977,44 pontos.
- Madri / Espanha - O indicador Ibex 35 da bolsa de valores de Madri abriu hoje em baixa de 0,42%, aos 10.822 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu hoje em queda de 0,17%, aos 3.870,00 pontos

ONTEM – Fechamento da Bovespa, NY e Europeias:

São Paulo / SP
Bovespa tem alta modesta no fechamento, com cautela de investidor
A Bovespa deu sequência a sua maior perda semanal em meses com uma alta bastante modesta, na rodada de negócios desta segunda-feira. A agenda econômica promete ser bastante intensa nos próximos dias, com vários indicadores de destaque e balanços corporativos de grandes empresas, tanto nos EUA quanto por aqui.
- O Ibovespa ascendeu 0,07% no fechamento, aos 69.580 pontos.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,701, em baixa de 0,46%.
- A taxa de risco-país marca 176 pontos, número 3,3% abaixo da pontuação anterior.
- O giro financeiro foi de R$ 5,89 bilhões.
Análise 1 - "Ontem foi um dia esquisito, sem muitas notícias de destaque. O volume foi muito fraco, ainda mais se você considerar a que a estreia das ações da nova petrolífera a HRT Petróleo ajudou a puxar um pouco esse giro, com quase R$ 600 milhões. Acho que nenhum investidor quer se arriscar antes de ver os vários números que ainda estão para sair", comenta Bernardo Rodarte, profissional da mesa de operações da Sita Corretora. No rol dos ativos mais negociados, a ação preferencial da Petrobras valorizou 1,48% enquanto a ação de mesmo tipo da Vale teve ganho de 0,53%. Somados, esses dois papéis responderam por 20% do giro total da Bolsa no pregão de hoje. A ação ordinária da HRT, em seu primeiro dia de negócios, movimentou R$ 590 milhões e desvalorizou 2,75%, sendo negociada por R$ 1.167 neste pregão.
Análise 2 - O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, revela que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação deste ano: o IPCA previsto saltou de 5,20% para 5,27%. Já a previsão para o dólar ficou estável em R$ 1,70 nesta semana. E para o crescimento da economia brasileira, as estimativas foram mantidas em 7,55% neste ano e 4,50% no próximo. O BC também reportou que o deficit em transações com exterior atingiu US$ 3,9 bilhões em setembro e US$ 35 bilhões no acumulado deste ano. A cifra anual é quase o triplo do saldo negativo registrado no mesmo período de 2009 (US$ 12 bilhões). Os investimentos estrangeiros somaram US$ 5,4 bilhões em setembro, mais do que o dobro do registrado em agosto. Ainda em setembro, os gastos dos brasileiros no exterior somaram US$ 1,58 bilhão, o terceiro resultado recorde somente neste ano. E o Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve saldo positivo de US$ 274 milhões na quarta semana de outubro. Com esse resultado, o saldo positivo no mês sobe para US$ 1,686 bilhão. No acumulado deste ano, o superavit é de US$ 14,463 bilhões, ante um saldo positivo de US$ 22,419 bilhões no mesmo período de 2009.

Nova Iorque / EUA
Queda do dólar leva Bolsas dos EUA à máxima em mais de 5 meses
Os principais índices de ações dos EUA dos fecharam na máxima em cinco meses e meio de ontem, dia 25/10, depois que a queda do dólar, em parte por expectativas de mais estímulo pelo Federal Reserve, direcionou investidores para ativos de maior risco.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,28%, para 11.164 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,46%, para 2.490 pontos.
- O Standard & Poor's 500 ganhou 0,21%, para 1.185 pontos, no maior nível desde 3 de maio.
Análise 1 - O declínio da moeda norte-americana continuou após a reunião entre líderes do G20 no fim de semana pouco ter feito para decidir metas a fim de reduzir desequilíbrios comerciais. As apostas de que o Fed vai estimular o crescimento econômico através da impressão de dinheiro para a compra de ativos têm enfraquecido o dólar, o que, por outro lado, beneficia as commodities. "Temos um dólar em queda, uma baixa e benigna taxa de juros, e você não impede que essa combinação se reflita na economia e nos preços das ações", disse Hugh Johnson, vice-presidente de investimento da Hugh Johnson Advisors LLC, em Albany, Nova York. As ações e o dólar têm demonstrado movimentos contrários. Dessa forma, quando a moeda norte-americana recua, geralmente os mercados acionários se valorizam.
Análise 2 - Desde 1/9, o índice S&P 500 acumula alta de 13%, ao passo que o índice que mede a oscilação do dólar contra uma cesta de moedas já perdeu 7,4%. O índice S&P para matérias-primas, particularmente sensível à fraqueza do dólar, ganhou 1,7%, exibindo a melhor performance dentre os setores do S&P. Freeport-McMoRan Copper and Gold subiu 2,2%. Mas as ações terminaram longe das máximas do pregão, conforme o dólar se afastava das mínimas e o euro interrompia os ganhos. Em relatório, o Goldman Sachs disse que é quase certo que o Fomc - Comitê Federal de Mercado Aberto - anuncie uma nova política de afrouxamento monetário no encontro de 2/11 e 3/11.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias valorizam com alta das ações de mineradoras
O principal índice de ações européias fechou em alta no pregão de ontem, dia 25/10, com destaque para as mineradoras em meio à fraqueza do dólar. A empresa de bens de luxo Hermes subiu após a LVMH informar que comprou uma participação minoritária no capital da fabricante de bolsas.
- O índice FTSEurofirst, principal índice das ações europeias, subiu 0,31%, aos 1.092 pontos.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em alta de 0,18%, a 5.751 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX ganhou 0,51%, para 6.639 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 teve variação positiva de 0,04%, a 3.870 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,47%, a 21.435 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 perdeu 0,5%, para 10.870 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,7%, a 7.986 pontos.
Análise - Mineradoras de grande peso no índice estiveram entre as de melhor desempenho, com o índice STOXX 600 de recursos básicos subindo 2,4% na esteira da alta dos preços dos metais. O dólar enfraqueceu-se após o resultado da reunião do G20, que assinalou o status quo nos mercados de câmbio, mantendo o dólar sob pressão pelas expectativas de que o Federal Reserve irá embarcar em mais uma rodada de "quantitative easing". "Esses movimentos estão precificando mais 'quantitative easing'", disse James Hughes, analista de mercado da CMC Markets. Altas individuais incluíram a Hermes, que subiu quase 15% após a LVMH dizer no sábado que estava comprando uma participação minoritária no valor de 1,45 bilhão de euros (US$ 2,04 bilhões). LVMH ganhou 2,6%.

________________________
MERCADO FINANCEIRO

Da redação – São Paulo / SP
Itaú Unibanco conclui migração de agências
O Itaú Unibanco concluiu ontem, dia 24/10, a integração de sua rede de agências em todo o país. Mais de 1,2 mil pontos de atendimento do Unibanco foram transformados em agência com a marca Itaú, criando uma rede de quase 5 mil bancos. Segundo comunicado divulgado pelo banco, o trabalho foi realizado em seis meses. "Tenho muito orgulho de completar a integração das agências nesse período. Essa conquista é resultado do esforço de cada um dos nossos 106 mil colaboradores, que contribuíram para que essa grande operação fosse concluída em tempo recorde" declarou em nota o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal. A fusão entre Itaú e Unibanco foi anunciada em 3 de novembro de 2008. Em janeiro de 2009, a integração começou com os caixas eletrônicos, que passaram a se comunicar e oferecer operações aos clientes dos dois bancos. Em março de 2009, foi decidido um cronograma para início das migrações. Os centros de processamentos de dados foram integrados no início de 2009, modernizados e tiveram a capacidade de processamento ampliada em 65%.


____________
INDÚSTRIA


Buenos Aires / Argentina
Gerdau apoia medidas para frear importações de aço
O governo brasileiro está tomando as medidas corretas para proteger produtores de aço locais, que vem sofrendo com uma leva de importações de aço abaixo do custo, além da alta do real e uma política tributária doméstica prejudicial, afirmou o presidente-executivo do maior grupo siderúrgico do país ontem, dia 25/10. Os planos do governo para impor um preço mínimo sobre a importação de 16 tipos de produtos siderúrgicos, como aço laminado a quente e a frio, arames laminados e barras de reforço ainda este mês são um passo na direção certa, disse o presidente do IABr - Instituto Brasileiro de Aço -, André Gerdau Johannpeter, à Reuters em entrevista.
Gerdau Johannpeter, que também é presidente-executivo da produtora de aços longos Gerdau, afirmou que o setor está pressionando o governo a alterar a tributação sobre usinas e alguns produtos siderúrgicos, que é tão alta que prejudica a posição competitiva do Brasil em relação a outros países, como a China. "O Brasil está absorvendo muito mais (das importações de aço abaixo do custo) devido à sobrevalorização de nossa taxa de câmbio", disse Gerdau Johannpeter durante conferência em Buenos Aires. "Também estamos trabalhando com o governo para diminuir nossa carga tributária."
Os comentários de Gerdau Johannpeter sinalizam que o setor siderúrgico no Brasil vem sofrendo pressões com a perda de participação de mercado para o aço importado, além das margens de lucro desgastadas e o impacto do real forte e do aumento no preço das matérias-primas sobre os custos de produção. O executivo também afirmou que o custo unitário de uma barra de aço no Brasil inclui 47% em impostos, em comparação com apenas 19% na China. "Isso afeta nossa competitividade", disse Gerdau Johannpeter. A Gerdau é a maior fabricante de produtos siderúrgicos para a construção civil no Brasil e maior siderúrgica da América Latina.
MERCADO DOMÉSTICO - Problemas no mercado doméstico, onde a demanda por produtos siderúrgicos cresceu a uma taxa de dois dígitos no primeiro semestre, graças às importações baratas, permitiram que distribuidores aumentassem seus estoque mais rapidamente. Esse rápido acúmulo de estoques forçou algumas usinas nacionais a diminuírem sua produção e cortar os preço em até 20 por cento para não perder espaço para a produção chinesa, disseram executivos do setor recentemente. A produção de aço bruto caiu 7% em setembro em relação ao mês anterior, segundo o instituto. O uso da capacidade de produção caiu para 77% no mês passado, 5,73 pontos percentuais abaixo do registrado em agosto. Já a produção de aço plano, usado em eletrodomésticos e automóveis, cresceu 1%, enquanto que a produção de aços longos caiu 4% ante agosto. Os estoques em excesso de distribuidores de aço locais é "uma situação de curto prazo", segundo Gerdau Johannpeter, que está confiante de ver uma melhora no setor em breve. Ele afirmou que espera uma alta de 8% na demanda de produtos siderúrgicos na América Latina em 2011, mais de 5% da previsão de expansão global. As usinas também não irão adiar nem cancelar seus planos de investimento, uma vez que "a indústria está confiante de que irá crescer junto com a economia brasileira", disse o executivo. (Agência Reuters)

Da redação - São Paulo / SP
Abramat afirma que venda de material de construção sobe 3,5% em setembro
As vendas internas de material de construção aumentaram 3,56% em setembro na comparação com igual mês do ano passado, informou nesta segunda-feira a Abramat - Associação Brasileira de Materiais de Construção. Na comparação com agosto deste ano, contudo, houve queda de 1,26%. No ano até setembro, as vendas no varejo de material acumulam expansão de 15,09% ante o mesmo intervalo em 2009. A indústria de materiais de construção deve encaminhar ao governo federal nos próximos dias proposta de desoneração de tributos sobre o setor que pode gerar um ganho superior a R$ 38 bilhões para o PIB -Produto Interno Bruto do país em 36 meses. A estimativa integra estudo apresentado no último dia 22/10 pela FGV - Fundação Getulio Vargas -, em parceria com a Abramat. Além da isenção permanente do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para materiais de construção, que tem validade até 31/12, a entidade pedirá ao governo sua ampliação a todas as categorias de produtos do setor, como lâmpadas e máquinas e equipamentos, e a isenção total do PIS/Cofins da atividade de construção para obras habitacionais.

Da redação – Porto Alegre / RS
Plastela amplia participação no mercado nacional
A empresa gaúcha Plastrela, localizada na cidade de Estrela/RS, completa, esta semana, 31 anos de atuação no mercado de embalagens especiais. A comemoração acontece em dose dupla em função da consolidação dos mercados de alimentos lácteos e pet food que abrangem grande parte do território brasileiro. A Plastrela projeta um encerramento de ano com saldo positivo no setor de embalagens do segmento lácteo, em razão da conquista de novos mercados de embalagens flexíveis para alimentos deste segmento e o aquecimento do beneficiamento de leite no Rio Grande do Sul, decorrente da instalação de novas unidades de produção. Além do mercado interno, a Plastrela exporta suas embalagens flexíveis para países do Mercosul e da Europa.
Todo este avanço é devido ao processo de expansão que teve início em meados de 2008. Desde então a empresa vem destinando anualmente 10% de seu faturamento para investimentos na aquisição de equipamentos e na ampliação da área construída. “Somente na unidade do Rio Grande do Sul, após a conclusão dos investimentos, a área da planta industrial terá em torno de 10 mil m²”, afirma o diretor presidente da Plastrela, Jack Shen. A unidade da Plastrela localizada em Aparecida do Taboado/MS também foi fundamental para o crescimento da empresa e elevou os negócios para outros estados além da região Sul do país. A carteira de clientes da Plastrela atende Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás e Tocantins. Até o final deste ano, a estimativa é registrar uma alta de 10% em faturamento.
Para comemorar esta data, a Plastrela reestruturou vários departamentos e otimizou processos através de um plano estratégico de negócios com foco direcionado ao meio ambiente. Atendendo a preocupação dos clientes, a empresa oferece embalagens de fácil reciclagem reforçando seu compromisso com a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que implantou um sistema de processamento de todo seu resíduo industrial. (Fonte: Amorim Comunicação)

Da redação – Caxias do Sul / RS
A tradicional marca francesa L’Occitane estreia no Iguatemi Caxias do Sul
Um pedacinho de Paris em Caxias do Sul! É isso que a L’Occitane oferece aos clientes do Iguatemi Caxias do Sul, a partir do dia 26 de outubro, quando a grife de fragrâncias presente em 85 países passa a integrar o maior Shopping da Serra Gaúcha. A primeira loja L’Occitane do Interior do Estado coloca ao alcance do público a semente mais fértil de Provence (França), região considerada o berço das fragrâncias. Aliás, foi com essa imagem, intimamente ligada aos campos de lavanda da Provence, que a marca deu seus primeiros passos fora da França em 1995, quando incorporou à cartela de seus produtos também as propriedades da manteiga de carité, produzida no continente africano. Os clientes poderão usufruir de produtos para cuidados faciais, corporais e fragrâncias que são objeto de desejo de mulheres e homens modernos, que investem na beleza e no bem-estar. São muitos sucessos à disposição. Entre eles, uma linha de maquiagem em edição limitada e cuidados para o corpo, que tem a delicadeza da flor Peônia como principal característica. A linha Peônia é inspirada na lenda do Mediterrâneo, em que uma bela ninfa, Paeonia, foi atingida por uma maldição de uma deusa ciumenta, que a transformou em uma flor de mil pétalas chamada Peônia. A família Rivière, que fica em Provence (França), possui uma extraordinária criação da flor peônia, em diversos tons. A flor que serviu de inspiração para lançamento da nova linha da L’Occitane conta com propriedades suaves, que são capazes de amaciar a pele e produzir cosméticos surpreendentes.


________________
AGROBUSINESS


Da redação - São Paulo / SP
O preço do frango recua mas a carne bovina segue em alta
Os preços da carne de frango no atacado recuaram nesta semana, num movimento contrário ao da carne bovina, que segue sustentada. Segundo levantamento da Scot Consultoria, depois de atingir a cotação recorde de R$ 2/quilo no final de setembro, o quilo do frango vivo caiu 5,5% nesta semana, cotado a R$ 1,80. Já no atacado a carne de frango recuou 2,5%, sendo vendida a R$ 2,80/quilo. Já a carne bovina sem osso, negociada no mercado atacadista, registrou alta média de 7,5% considerados todos os cortes, enquanto a carne com osso tem alcançado preços recordes. O preço em queda do frango indica que o consumo não está acompanhando a oferta. Mesmo que a carne bovina esteja em tendência de alta, a migração do consumo para a carne de frango não está tão forte assim – explicou o analista da Scot, Hyberville Neto. Entretanto, no curto prazo, o analista disse que esse comportamento da cotação do frango pode impulsionar a migração de proteína, caso o consumidor não consiga mais absorver o aumento de preços da carne bovina.

Da redação – São Paulo / SP
A dívida impacta mais a renda no Brasil do que nos EUA
Entre as economias mais importantes do mundo, a do Brasil é a que apresenta a menor relação entre crédito e PIB - Produto Interno Bruto -, o que tem dado a muitos analistas, bancos e autoridades do governo a certeza de que o segmento continuará crescendo nos próximos anos. No entanto, um dado ainda pouco explorado por aqui indica que o cenário pode não ser tão róseo. O comprometimento da renda do brasileiro com o pagamento de dívidas já supera até mesmo o nível dos Estados Unidos. Os americanos se recuperam vagarosamente do estouro de uma enorme bolha de crédito, concentrada no setor imobiliário.
Segundo o mais recente Relatório de Inflação do BC - Banco Central -, as dívidas "comem" 23,8% da renda dos brasileiros. Nos Estados Unidos, o índice é de 17,02%, de acordo com o Federal Reserve. Quando vão aprovar um crédito, os bancos consideram como teto para comprometimento da renda um nível entre 30% e 35%. Como ainda se empresta pouco no Brasil - 46,2% do PIB, ante 190% nos EUA, 108% na China, 200% na Espanha e 98% no Chile -, a explicação para o comprometimento da renda já elevado passa primeiro, pelos juros altíssimos cobrados no País; depois, pelos curtos prazos de financiamento e, por último, pela renda ainda baixa se comparada ao padrão das nações desenvolvidas.
Um exemplo prático deixa clara a diferença entre o comprometimento da renda e o nível geral de crédito na economia. Considere-se um brasileiro que tenha comprado um carro de R$ 40.000 em 6 anos, com taxa de juros de 12% ao ano. A prestação mensal vai ser de R$ 774. A renda média do trabalhador, aqui, é de R$ 1,5 mil/mês. Ou seja, no exemplo, o comprometimento da renda chega a 52%. Nos EUA, um carro pode ser financiado em até 8 anos, segundo levantamento da LCA Consultores. Se custar US$ 60 mil e a operação tiver juro de 4% ao ano (taxa que consta no último relatório de crédito do Fed), a prestação mensal será de US$ 730. Para alguém que tenha renda média para o padrão local de US$ 4 mil/mês (líquidos de impostos), o comprometimento com a dívida será de 18% do orçamento. Em compensação, o endividamento total será superior ao do brasileiro.

______________________
SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Montadoras afiam estratégias para não perder competitividade no Brasil
A valorização do real é mais um problema para a indústria do que para as marcas. A afirmação do presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila, resume a postura das montadoras instaladas no país, que apostaram na produção local, mas podem importar veículos de outras fábricas dependendo da conjuntura de mercado. "Mas nossa preferência é produzir aqui. Nossa preocupação é com uma desindustrialização do país, que pode acontecer se a valorização do real continuar no ritmo atual", disse o executivo no Salão Internacional do Automóvel, aberto ao público a partir de quarta-feira, dia 27/10. Ardila destacou, entretanto, que os importados trazidos pela GM atualmente "são de imagem", já que vêm em pequena quantidade. "Todos os produtos de alto volume são produzidos no Mercosul."
CONCORRÊNCIA - Sobre a concorrência com os asiáticos, a presidente da montadora no Brasil, Denise Johnson, afirmou que esses concorrentes "estão vindo muito rápido, então precisamos manter nossa posição". "Temos a vantagem de ter uma forte rede de concessionárias", completou. O foco, segundo ela, é "pelo menos manter o share" de 19,9% em automóveis e comerciais leves no acumulado do ano até setembro, considerando que o mercado está em crescimento. Cerca de 65% dos veículos que entram no país são trazidos pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, com isenção do Imposto de Importação devido a acordos comerciais. Para o presidente da Fiat na América Latina e também da Anfavea (associação das montadoras), Cledorvino Belini, ainda assim o aumento dos importados é preocupante. "Os 35% restantes estão crescendo de forma exponencial". Segundo o executivo, as importações para o Brasil de marcas chinesas e coreanas cresceu 1.200% nos últimos quatro anos. "Acendeu o farol amarelo." Para o executivo, é preciso melhorar a produtividade das fábricas nacionais e encontrar alternativas para o aço, um dos produtos que diminuem a competitividade, além da alta carga tributária e dos problemas na infraestrutura brasileira.
Rogelio Golfarb, diretor de Assuntos Corporativos da Ford, acredita que o mercado brasileiro é "suficientemente maduro" e que as importações - que equivalem no acumulado do ano à produção de uma grande montadora (18% do mercado de automóveis) - não desequilibram a balança da montadora no país. "Os volumes importados não preocupam mas sim a estrutura de custos da indústria. Existe uma diferença competitiva com outros países. Não se pode achar que o câmbio é o único problema." O setor prepara um estudo sobre a competividade no Brasil comparada a outros países, que recebem incentivos pesados de seus governos, que deve ser apresentado ao novo presidente em breve. "Sem incentivos pesados em tecnologia e inovação, a concorrência fica desequilibrada."
Para o presidente da Volkswagen no Brasil, Thomas Schmall, o país tem de enfrentar três problemas - custo de matéria-prima, infraestrutura e qualidade e custo de mão de obra - para equilibrar a balança comercial das montadoras. "Temos ferramentas para fazer isso. Não queremos só aumentar só as importações, mas buscar equilíbrio." Segundo o executivo, a montadora está "preparando a casa" para enfrentar o avanço dos asiáticos. "A melhor defesa é com produto novos." Um deles será um novo carro popular, para competir com o Fiat Uno, que terá preços menores do que o Gol, o carro mais vendido no país. Ardila, da GM, afirmou que, devido à concorrência acirrada, os preços dos carros estão menores do que quando havia a redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados -, benefício fiscal que vigorou de dezembro de 2008 a março deste ano. "Estamos com margem de lucro menor, mas com volume de vendas maior. "Essa é uma estratégia que cada marca tem que definir."
RANKING - Embora admita a preocupação com os asiáticos, Belini, da Fiat, diz que "a concorrência traz o progresso", enfatizando a necessidade de melhorar os processos produtivos para eliminar os gargalos de produção. Apesar de disputar com a Alemanha neste ano a posição de quarto maior mercado da indústria automobilística global, o país é apenas o sexto produtor mundial. "O Brasil tem mais de 40 marcas e mais de 600 produtos e versões disputando o mercado", contabiliza o presidente da Anfavea. Outro gargalo para a competitividade dos produtos fabricados no Brasil é o ganho real nos salários dos trabalhadores, de acordo o presidente da GM na América do Sul. Ardila afirma que, nos últimos cinco anos, os reajustes obtidos pelos funcionários das montadoras estão acima do aumento de produtividade, "portanto, aumentaram os custos". Apesar disso, a GM foi a primeira montadora a acordar o reajuste com seus empregados neste ano, com ganho real de 4,52%. O motivo, no entanto, não foi o temor da paralisação da produção nem a diluição do impacto desse percentual nos sucessivos recordes de vendas. "[Fechamos antes] porque era pior negociar por último", disse, lembrando que as demais montadoras não conseguiram dar aumentos menores do que esse.
TOYOTA - A japonesa Toyota, como lembra o presidente no Mercosul, Shozo Hasebe, tem um problema adicional, com a valorização não só do real, mas também do iene frente ao dólar. "Não há como competir agora com os coreanos", afirma, lembrando que o won está no movimento inverso ante a moeda norte-americana. Para não perder espaço no mercado brasileiro, "a ideia é produzir localmente". Com investimento de US$ 600 milhões, a nova fábrica da montadora no Brasil começou a ser construída em setembro em Sorocaba/SP e entrará em operação no segundo semestre de 2012 com a produção de carros compactos. Na concorrência com os asiáticos, o presidente da Renault no Brasil, Jean-Michel Jalinier, destaca a necessidade de investir em modelos que agradem o consumidor brasileiro. "Estamos agora em posição de fazer isso, com engenharia, design, tudo aqui no Brasil." Apesar da previsão de investimento de R$ 1 bilhão até 2012, a montadora francesa ainda não exporta nenhum dos carros fabricados no país para fora da América do Sul. Preocupado em manter a quinta posição em vendas no mercado nacional e com o avanço dos asiáticos, o executivo diz que "não se pode subestimar esses concorrentes".

____________________
SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Natura investirá no México e na Colômbia
A Natura anunciou que fará parcerias com empresas locais para a produção e comercialização de produtos no México e na Colômbia a partir do próximo ano. Seguindo o modelo que já utiliza na Argentina (na qual produz perfumes em parceria com uma companhia daquele país), a empresa de cosméticos pretende fortalecer a sua presença nas nações latinoamericanas e conquistar mais mercados. De acordo com a companhia, os produtos fabricados nesses locais serão destinados ao consumo interno, em um primeiro momento, mas também poderão ser exportados. Também está entre as pretensões da companhia a implantação do projeto CNO - Consultora Natura Orientadora - nesses países a fim de qualificar as vendedoras dos produtos. Atualmente, a Natura conta com um total de 1,169 milhões de consultoras, sendo 985 mil no Brasil. O restante está espalhado pela Argentina, Chile e Peru.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Tostare Café prepara loja em Angola
A rede de franquias Tostare Café, com mais de 20 unidades no Brasil, abrirá no início de 2011 uma loja em Luanda, capital de Angola. A loja será localizada no Ginga Shopping. Com a estabilização da situação política de Angola, o país apresenta acelerado crescimento e tem atraído investidores e empresas do mundo inteiro. A Tostare Café contará no cardápio com diversas bebidas preparadas com grãos de café gourmet, além de opções diferenciadas para almoço, happy hour e jantar. Em 2012, a Tostare Café inaugurará sua segunda unidade angolana, no município de Soyo.

Da redação – São Paulo / SP
Já é Natal para os shopping centers
Passado o Dia das Crianças, é hora de centrar esforços na temporada de vendas de Natal. Nesta semana, diversos shopping centers dão início às suas ações de fim de ano. No Shopping Interlagos, em São Paulo, por exemplo, a partir do dia 29 a turma de Shrek estará presente em diversas atrações e cenários baseados no filme “Shrek para Sempre”. O centro de compras investiu R$ 2 milhões nas ações de Natal, sendo R$ 800 mil em decoração, e a expectativa é aumentar as vendas em 15% e o fluxo de clientes em 10% na comparação anual. No Central Plaza Shopping, também na capital paulista, o tema é o “Expresso de Natal”, com uma viagem em busca da magia do período natalino. A Praça de Eventos será transformada em uma estação de trem, com um vagão em tamanho real que tem um Papai Noel animatrônico como condutor e uma videoanimação de sete minutos, com experiências sensoriais sincronizadas com a animação: vento, neve, relâmpagos e diversos aromas. O centro de compras investiu R$ 1,2 milhão na temporada de Natal, sendo R$ 600 mil na decoração. O shopping projeta um aumento de 15% nas vendas e 10% mais visitantes que no ano passado. O Maxi Shopping Jundiaí, em Jundiaí/SP, por sua vez, desenvolveu seu Natal a partir da temática de um piquenique, remetendo à vida no campo. O investimento foi de R$ 600 mil, sendo metade em decoração, e espera-se um aumento de 15% nas vendas e de 12% no fluxo de visitantes.

Da redação – São Paulo / SP
Cazo inaugura lojas em São Paulo
No mês de outubro, a Cazo, empresa de cosméticos, perfumaria e maquiagem, inaugura três novos pontos de vendas em São Paulo, nos shoppings Butantã, Campo Limpo e Largo 13. O projeto de expansão da marca, que começou há pouco mais de um ano, conta atualmente com mais de 60 unidades no país. Em outubro, foram inaugurados oito pontos de venda, entre lojas e quiosques.


______________________
COMÉRCIO EXTERIOR

Brasília / DF
Governo eleva meta de exportações em 2010 para US$ 195 bilhões
A dois meses do fim do ano, o MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - revisou ontem, dia 25/10, a meta de exportações de 2010. A nova meta é de US$ 195 bilhões, o que significa um aumento de menos de 10% em relação a meta anterior, de junho deste ano. A última meta era de US$ 180 bilhões. O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, atribui a revisão à alta dos preços das commodities e ao crescimento das exportações para a América Latina, principalmente de produtos manufaturados. O número divulgado hoje pelo MDIC é bem próximo da previsão do Banco Central para este ano, de US$ 192 bilhões. Por causa das importações também elevadas, a expectativa do BC para o saldo comercial de 2010 é de US$ 15 bilhões, que será o menor desde 2001 se confirmado. Barral disse que a meta de exportações para o ano que vem somente será divulgada em dezembro, quando o governo terá mais informações sobre o desempenho das economias internacionais. O MDIC não divulga meta de saldo comercial. O secretário afirmou que câmbio será determinante para o comportamento da balança comercial do ano que vem. Apesar das medidas recentes do governo, o real continua valorizado. Com o dólar baixo, fica mais barato para o Brasil comprar mercadorias do exterior, o que provoca um aumento das importações mais acelerado que o das exportações. Este ano até setembro, as exportações cresceram 30%, enquanto as importações subiram quase 45%. Por causa desse movimento, há risco de deficit da balança comercial no ano que vem, como admitiu em entrevista publicada hoje, o secretário da Camex - Câmara de Comércio Exterior -, Hélder Chaves. (Agência Folha)


________________________
TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Groupon e eBay fecham acordo de parceria em marketing
O site de leilões eBay anunciou ontem, dia 25/10, que passou a listar os melhores negócios do dia do Groupon.com, além de permitir que seus usuários coletem pontos com as compras que fazem, com o objetivo de aumentar sua presença no crescente segmento de compras em grupo na Internet. Usuários que participam do programa de pontos do eBay e fazem compras no Groupon através do site de leilões ganharão 5% da transação em pontos para serem usados no eBay. O Groupon, que envia aos seus membros um email com 200 dos melhores negócios do dia, está presente em 250 mercados na América do Norte. Os descontos são apenas ativados quando um grupo mínimo de pessoas confirmaram a compra, o que dá força ao Groupon para negociar descontos consideráveis para compras em grupo. (Agência Reuters)

Sunnyvale / EUA
Blue Coat integra a otimização do tráfego de vídeo à otimização da rede corporativa
A Blue Coat Systems, líder em tecnologia de Entrega de Aplicações em Rede, anuncia que seu appliance ProxySG®, para otimização de redes WAN (Wide Area Network), agora integra também a otimização do tráfego de vídeos, sendo o primeiro em todo o mercado global a permitir o split de stream de vídeos transmitidos ao vivo com a tecnologia Adobe® Flash®. Dessa forma, uma única transmissão de vídeo serve a usuários de diferentes localidades com a mesma qualidade, liberando capacidade de banda da rede corporativa para o tráfego de outras aplicações de importância capital para os negócios.
A Entrega Otimizada de Vídeo da Blue Coat combina tecnologias de split de stream e de caching para prevenir que o tráfego de vídeos via Internet sature a rede corporativa ou seus gateways Web, prejudicando o desempenho de outras aplicações. Além disso, permite que as empresas ampliem a utilização de vídeos para treinamento e mensagens corporativas, por exemplo, sem necessidade de aumentar a largura de banda da rede. "As empresas querem utilizar mais o vídeo em suas redes, e também precisam lidar com vídeos que chegam pela Web - e em ambos os casos o desempenho da rede pode ser prejudicado”, afirma Joe Skorupa, vice-presidente de Pesquisa do Gartner. Para ele, “o caching de vídeo e o split de stream são duas tecnologias importantes para que as empresas possam adotar vídeos como ferramenta de negócios, gerenciando seu impacto na rede WAN ou gateway Web”.
Na Web, o vídeo ao vivo tem crescido substancialmente. Segundo recente relatório da TeleGeography, as mídias ao vivo (streaming) representam hoje 18% do tráfego global da Internet, o que, somado a aplicações que também dependem da utilização de vídeo, chega a 52% de todo o tráfego mundial na Web. Muitas estações de televisão em todo o mundo oferecem transmissões ao vivo, e um número crescente de websites permite que os usuários transmitam vídeos ao vivo diretamente de seus telefones celulares.
Vídeos externos normalmente consomem de 30 a 60% da banda em redes WAN, muitas vezes tornando lentas − ou até paralisando − aplicações corporativas. As soluções tradicionais para otimização de redes WAN, baseadas em tecnologias de aceleração concebidas para uso geral e não especificamente para vídeos, não conseguem remediar a queda de desempenho em consequência do pesado tráfego de vídeo, especialmente nas filiais e escritórios remotos. (Fonte: SHEDI – Silvia Helena Editora)


__________
TELECOM


São Paulo / SP
GVT vai investir R$ 408 milhões para instalar rede em São Paulo
A GVT vai investir R$ 408 milhões para implantar sua rede de banda larga e telefonia na capital paulista. A empresa firmou ontem, dia 25/10, protocolo de intenções com a prefeitura para dar início à construção de sua rede de telecomunicações. Nas próximas semanas, a empresa dará início aos processos necessários para implantar a infraestrutura de rede na cidade. O protocolo foi assinado pelo prefeito Gilberto Kassab e pelo presidente da GVT, Amos Genish, que estava acompanhado pelo presidente do Grupo Vivendi, Jean Bernard Lévy.O plano da GVT é iniciar a construção da rede em janeiro de 2011, gerando 1.940 empregos diretos e indiretos durante as obras. A empresa espera implantar 240 mil acessos de voz e banda larga em São Paulo. A empresa já atua na cidade desde 2004, mas oferecendo apenas serviços para o mercado corporativo. Em julho deste ano, ela iniciou operações para o mercado residencial em outras duas cidades do Estado, Sorocaba e Jundiaí. (Agência Valor)


____________________
MERCADO DE LUXO


Tóquio / Japão
Alugue todo o hotel Mandarin Oriental de Tóquilo
Para comemorar seu quinto aniversário, o luxuoso hotel Mandarin Oriental de Tóquio está oferecendo a oportunidade de se alugar todo o imóvel por uma noite inteira por 55 milhões de ienes, ou cerca de US$ 670 mil. (LEIA MAIS)

Londres / Inglaterra
Madonna planeja abrir academia de luxo no Brasil
Conhecida pelo tino comercial, a cantora norte-americana Madonna quer expandir seus negócios para o segmento de fitness. Segundo o site Gawker, a cantora planeja abrir uma rede de academias de luxo que pode chegar ao Brasil. A lista de possíveis locais para o empreendimento inclui Rússia, Argentina e países da Europa e da Ásia. A Cidade do México deve ser a primeira a receber uma unidade da "Hard Candy". Segundo o empresário da cantora, Guy Oseary, Madonna tem buscado parcerias locais em todo o mundo para unir fitness, moda e entretenimento. (LEIA MAIS)


______
MÍDIA


Da redação – Porto Alegre / RS
GJP Hotéis & Resorts contrata assessora de imprensa
A partir deste mês, a jornalista Carla Santos responde pela assessoria de imprensa da GJP Hotéis & Resorts. A ação faz parte da nova estratégia de comunicação do grupo, que administra oito unidades em todo o Brasil, dentre eles, o Serrano Resort, de Gramado. A Insider2, que coordenou o trabalho nos últimos 15 meses, permanecerá em atuação conjunta com a jornalista por mais algumas semanas, pois participa do período de transição da nova estratégia, que prevê a presença de um profissional de comunicação exclusivo atuando em todas as unidades da companhia. (LEIA MAIS)


________________________________
AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – São Paulo / SP
Produtora da marca de azeites Andorinha, Sovena apresenta case de sustentabilidade durante o 4o Congresso Mesa Tendências
Consciente do seu papel na cozinha dos brasileiros e engajada na preocupação mundial em construir um mundo melhor a Sovena, 2a maior empresa de azeites em todo mundo e proprietária da marca Andorinha no Brasil, apresenta o seu case no 4o Congresso Mesa Tendências, que acontece de 26/10 a 28/10, em São Paulo. Promovido pela revista Prazeres da Mesa e o Senac São Paulo, o evento integra a Semana Mesa SP, reunindo profissionais e estudantes de gastronomia para a troca de conhecimentos sobre as inovações do setor. (LEIA MAIS)


Da redação – São Paulo / SP
Febraban realizará seminário sobre Crimes Eletrônicos
A Febraban realizará, dia 10/11, com o apoio da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FECOMÉRCIO-SP), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Federal) e da Associação Comercial de São Paulo, o seminário FEBRABAN sobre Crimes Eletrônicos. O evento será realizado no Centro FECOMÉRCIO de Eventos e terá transmissão ao vivo pela Internet. (LEIA MAIS)

_______
ARTIGO


Sustentabilidade empresarial – Gestão da sobrevivência

Kátya Desessards (LEIA)



---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
i-press.biz - Copyright © 2008 / 2010 - Todos os direitos reservados