Edição 421 | Ano II

São Paulo / SP
Dólar e facilidade em cartões devem fazer mercado de luxo crescer 22% neste ano
O dólar fechou na última quarta-feira, dia 13/10. em R$ 1,655, a menor cotação desde 1/10/2008, quando alcançou a marca de R$ 1,646. E quem tem a comemorar com este cenário é o mercado de luxo brasileiro, que vê os produtos importados com preços mais atrativos. “Com a moeda norte-americana desvalorizada, os segmentos que dependem de importação são mais favorecidos”, explicou o presidente da MCF Consultoria & Conhecimento, Carlos Ferreirinha. O mercado de luxo faturou US$ 6,23 bilhões no ano passado no Brasil, o que corresponde a um crescimento de 4%. Para este ano, a perspectiva é de que este mercado continue a crescer: o faturamento deve ser ampliado em quase 22%, alcançando US$ 7,59 bilhões, sendo que em 2011 grandes marcas investirão no mercado brasileiro. “A condição de pagamento diferenciada praticada no Brasil em cartão de crédito aumenta a base de consumo”, disse Ferreirinha sobre outros fatores que incentivam o mercado de luxo.

O outro lado do mercado - Apesar de ser um aliado, o dólar baixo também pode ser um vilão para o mercado de luxo, porque cria um concorrente: o turismo internacional de compras. “Os brasileiros estão consumindo no exterior. Eles foram o melhor tíquete médio de consumo em todo o território americano no ano de 2009, mantendo a liderança isolada em Miami e em Nova York”, ressaltou Ferreirinha. E a perspectiva é de que o dólar continue em baixa, estimulando a compra de passagem de avião, hospedagem no exterior e compras de produtos em outros países. De acordo com o gerente de câmbio da TOV Corretora, Luiz Fernando, o principal motivo para a queda é o fluxo cambial. “Há muita entrada financeira na bolsa de valores que são somente especulações. Isto faz com que o mercado de câmbio fique em queda, pois na realidade esses valores não existem”. A solução, disse ele, é o Banco Central começar a pensar em tomar atitudes mais enérgicas. “Uma boa alternativa seria aumentar a tributação na entrada de dinheiro especulativo, assim a moeda americana se valorizaria novamente”. (Agência InfoMoney)

São Paulo / SP
Pequenos empresários enxugam comando e investem em sistema de autogestão
A hierarquia dentro das empresas está em xeque. Para especialistas, o "enxugamento" de cargos, já comum nas grandes companhias, é agora uma tendência nas de pequeno e médio porte. A administração descentralizada, também conhecida como gestão horizontal, elimina cargos de comando e reorganiza os funcionários em equipes autogeridas, responsáveis por suas ações e seus orçamentos. O principal objetivo da ação é diminuir gastos com pessoal. Nesse processo, o maior investimento é a capacitação dos funcionários da base da organização. Quando se cortam chefes e inspetores, é preciso ter metas bem definidas para o negócio não sair dos trilhos, explica Luis Antonio Borges, sócio-diretor da Luis Borges Assessoria em Gestão. Esse modelo, esclarece o fundador da Alliance Coaching, Alexandre Rangel vem sendo implementado desde os anos 1990, mas agora "ganhou volume". Segundo Rangel, os organogramas das empresas terão cada vez menos camadas. "Os gerentes se mostram mais próximos dos subordinados e mais participativos." Nas pequenas empresas, que já têm hierarquia menor, a tendência é que os presidentes ou donos cheguem ao chamado "chão de fábrica", ou seja, entrem em contato direto com os funcionários. É isso o que acontece na Sociedade Industrial, fábrica de produtos de limpeza. O diretor, Sérgio Lima, tem participado de diversas reuniões com seus funcionários para resolver assuntos simples, como a organização do vestiário feminino. Atualmente, Lima tem 180 funcionários divididos em coordenadores, assistentes de células de produção e colaboradores. Ele diz optar por pouca hierarquia para economizar com a estrutura da empresa, que está crescendo.

São Paulo / SP
Azul vira terceira força e prevê chegar a 20% do mercado de aviação em 2013
A menos de dois meses de completar seu segundo aniversário, a Azul se firma como a quarta companhia criada pelo empresário David Neeleman a se consolidar no mercado. Depois da estrear na sexta posição em janeiro de 2009, a Azul aérea surfou em um crescimento acentuado e desbancou as concorrentes Trip, Avianca (ex-OceanAir) e Webjet. Agora, com fatia de cerca de 7% no mercado doméstico, só perde para TAM e Gol. Antes de entrar no mercado de aviação civil brasileiro, Neeleman, nascido em São Paulo, esteve envolvido na fundação das americanas Morris Air e JetBlue, além da canadense WestJet.
A projeção da Azul é de chegar a 2013 com 20% do mercado, metade do que a Gol detém hoje. O caminho para chegar a essa taxa passa por uma entrada forte na aviação regional a partir de novembro do ano que vem, quando a empresa recebe a primeira aeronave turboélice ATR, de uma encomenda de 20 aviões, com opção para mais 20. "Quando recebermos o primeiro avião ATR, vamos dar início ao projeto de conectar aos nossos minihubs 50 cidades que giram em torno deles, com frequências diárias. Esses aviões vão permitir que os clientes de cidades como Passo Fundo/RS, Petrolina/PE e Presidente Prudente/SP acessem os hubs das suas capitais próximas para que essas conexões os levem para o Brasil todo", disse o presidente da Azul, Pedro Janot.
Com a utilização dos ATR, aviões de menor porte fabricados para percorrer distâncias de até 700 quilômetros, a Azul pretende entrar nessas novas rotas regionais com preços agressivos. "Essas conexões serão feitas por turboélices, que permitem maior economia e possibilitam tarifas mais baixas sem perder tempo em relação aos jatos", afirma. Segundo Janot, a Azul estuda 60 cidades de todo o País, mas ainda não definiu para que destinos regionais voará.
Disputa - Ao falar do avanço da Azul em relação às concorrentes, Janot é diplomático. "Eu não estou roubando mercado dessas companhias. O mercado está crescendo e está todo mundo capturando seus clientes. Gol e TAM continuam crescendo, mesmo que estejam perdendo participação", sustenta. O presidente da companhia não mostra preocupação com os investimentos necessários para dar sustentação ao crescimento previsto. "Ainda temos muito o que fazer com as nossas próprias pernas, pois temos dinheiro, tecnologia e gestão", disse. A intenção de fazer um IPO (oferta inicial pública de ações), aventada anteriormente para 2011 ou 2012, estaria "esquecida num canto da companhia". "Essa decisão não está claramente definida. Os investidores podem, até mesmo, optar por continuar com a companhia fechada." Embora diga que a aviação internacional não seja prioridade, Janot admitiu que a Azul avalia essa possibilidade, ainda que "de maneira distante". Perguntado sobre o interesse em uma parceria com a americana JetBlue para voos internacionais, o executivo não descartou a possibilidade. "Não posso dizer que não, mas não faz parte do nosso foco neste exato momento."
Segundo Janot, o crescimento da companhia também deve estar calcado na inclusão da nova classe média no mercado de aviação. "Esse público não é mais um nicho; é um mercado muito importante", diz Janot. O desafio, de acordo com o executivo, é encontrar o canal adequado para chegar a esses consumidores. "Além das ferramentas como Twitter e Facebook, estamos buscando caminhos físicos de contato. Temos falado muito com as agências de viagem para estimular o crescimento desses estabelecimentos nas regiões em que esse grupo de consumidores está incrustado", afirma. (Agência Reuters)

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MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo


JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Dilma e Serra tentam se afastar de ex-assessores
Agora S.Paulo - Peça a aposentadoria já e garanta um benefício maior
O Estado de S.Paulo - Marina e PV anunciam 'independência' no 2º turno
O Globo - Dilma ataca privatizações; Serra acusa o PT de mentir
Valor Econômico - Câmbio diminui dívidas e melhora balanços de SAs
Correio Braziliense - No muro
Estado de Minas - Grande BH tem 42% das casas em situação irregular
Diário do Nordeste - PV e Marina decidem por neutralidade
A Tarde - Petrobras vira centro de debate
Extra - Coronel pirata acessava dados sigilosos até do Ministério da Justiça
Zero Hora - Marina fica neutra e critica Dilma e Serra

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - Com pressão dos Democratas, Obama entra na trilha da campanha
The Washington Post (EUA) - Para família de Levy, julgamento não diminuirá a dor
The Guardian (Reino Unido) - Corretores do Irã fazem acordos nos bastidores por governo pró-Teerã no Iraque
Le Figaro (França) - Aposentadorias: a frente sindical se rompe
Le Monde (França) - Reforma das aposentadorias: a mobilização se processa, a unidade sindical se quebra
China Daily (China) - Sonda de energia limpa dos EUA é rejeitada
El País (Espanha) - Zapatero sobre Ocepê: "Melhor estas palavras do que as de antes"
Clarín (Argentina) - Boca voltou a comemorar as mãos de Palermo e Viatri

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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO da Semana 11 a 15 de outubro de 2010

IPC-S acelera nas sete capitais pesquisadas - O IPC-S de 07 de outubro de 2010 registrou variação de 0,66%, 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa divulgada na última apuração. Todas as capitais pesquisadas registraram acréscimos em suas taxas de variação.
IGP-M desacelera no primeiro decêndio de outubro - O IGP-M registrou, no primeiro decêndio de outubro, taxa de variação de 0,75%. Em setembro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 0,99%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias na passagem do primeiro decêndio de setembro para o primeiro decêndio de outubro: IPA, de 1,44% para 1,00%; IPC, de 0,16% para 0,31% e INCC, de 0,08% para 0,12%.
Confiança de serviços de Pernambuco aumenta em setembro - O Índice de Confiança de Serviços de Pernambuco (ICS-PE) elevou-se em 2,7% entre agosto e setembro atingindo, pelo segundo mês consecutivo, os maiores níveis da série iniciada em outubro de 2009.

Comércio Varejista
PMC - Em agosto, vendas no varejo crescem 2,0%. Receita nominal sobe 1,6% - Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio varejista do País apresentou crescimento de 2,0% no volume de vendas de agosto em relação ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, e 1,6% para a receita nominal de vendas. Com esses números o setor completa quatro meses consecutivos de taxas positivas no volume de vendas e oito na receita nominal. Outros índices sem ajuste sazonal registraram crescimento no volume de vendas de 10,4% (sobre agosto de 2009), 11,3% no acumulado em 2010 e 10,1% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal obteve crescimentos de 12,8%, 14,3% e de 13,1%, respectivamente.>
Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe fica em 0,76% na primeira quadrissemana de outubro - A primeira quadrissemana de outubro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,76% na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado apresentou aceleração, ante 0,53% da prévia anterior. Das sete classes de despesa que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,40%), Alimentação (2,24%), Transportes (0,24%), Despesas Pessoais (0,44%), Saúde (0,19%), Vestuário (0,31%) e Educação (0,06%).

Economia Internacional
IPC dos EUA aumenta 0,1% em setembro - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) norte-americano subiu 0,1% no último mês, com ajuste sazonal, de acordo com o Departamento de Trabalho do país. Já o índice resultante da exclusão de alimentos e energia permaneceu estável no mês passado, repetindo o resultado de agosto (0,8%). O setor de energia teve alta de 0,7% em setembro, já o de alimentos aumentou 0,3%. Ao longo dos últimos 12 meses, o incremento do IPC foi de 1,1%.
IPP nos EUA aumenta 0,4% em setembro - O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que o Índice de Preços ao Produtor do país (IPP) aumentou 0,4% em setembro, com ajuste sazonal. A taxa saiu idêntica à apurada em agosto. O setor de energia teve alta de 0,5%, enquanto o de alimentos subiu 1,2%. Nos últimos 12 meses, o IPP registrou incremento de 4%.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Expectativa por medidas do Fed derruba mercados na Ásia
O dólar reagiu nesta segunda-feira, dia 18/10, se afastando mais do menor nível em 10 meses e os mercados acionários da Ásia recuaram ante o maior patamar em dois anos diante das expectativas sobre os detalhes das medidas que o Fed poderá adotar para incentivar a economia dos EUA. - O índice MSCI, que reúne Bolsas de Valores da Ásia, exceto Japão, recuava 1,3%, para 459,91 pontos às 8h10 (horário de Brasília), depois de acumular ganhos desde agosto.
- A Bolsa de Tóquio encerrou praticamente estável, com oscilação negativa de 0,02%, a 9.498 pontos, pressionada pelo iene, que ficou próximo do maior nível em 15 anos contra o dólar.
- A Bolsa de Xangai recuou 0,54%.
- Seul teve desvalorização de 1,41%.
- Hong Kong apurou perda de 1,21%.
- O mercado em Taiwan caiu 1,76%.
- Cingapura registrou perda de 0,72%.
- Sydney teve baixa de 0,79%.
Análise - Investidores ainda aguardam a temporada de resultados de empresas dos Estados Unidos esta semana. Nesta segunda-feira, entre as companhias previstas estão Citigroup, IBM e Apple. "Expectativas sobre um novo programa de 'quantitative easing' estão totalmente precificadas para novembro e dezembro. A pergunta que continua é qual a extensão desse programa", afirma Sue Trinh, estrategista sênior de moeda no Royal Bank of Canada. Na sexta-feira, o presidente do Fed Ben Bernanke, consolidou as expectativas de que a autoridade monetária considera mais estímulos à economia para evitar deflação. Com isso, a perspectiva do Fed injetar bilhões de dólares na economia norte-americana criou grandes fluxos de capital para mercados emergentes que possuem rendimentos maiores. O movimento fez alguns países adotarem medidas para controlar a entrada de moeda, evitando desestabilização em suas economias. O Fed vai se reunir em 2/11 e 3/11. O aumento da tensão cambial no mundo, que tem colocado o mundo em desenvolvimento contra as nações mais adiantadas, será o foco de uma reunião de líderes financeiros do G20, que começa na Coreia do Sul na sexta-feira, dia 22/10.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa de 10,39 pontos (0,18%), aos 5.692,98. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu hoje em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 81,88, US$ 0,57 menos que no fechamento da jornada anterior.
- Berlim / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa de 0,23%, aos 6.477 pontos. O euro abriu hoje com tendência de baixa e nos primeiros minutos das negociações no mercado de divisas de Frankfurt caiu para US$ 1,3879, depois que na sexta-feira fechou acima de US$ 1,41. O Banco Central Europeu (BCE) tinha fixado na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,4089.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa de 0,10%, aos 21.041,25 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share caiu 0,12%, para 21.628,64.
- Madri / Espanha - O principal indicador da bolsa espanhola, o Ibex-35, abriu em baixa de 62 pontos (0,57%), aos 10.806.
- Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em baixa de 0,36%, aos 3.813,44 pontos.


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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA
Lucro da GE cai 18% no 3º trimestre
O lucro da General Electric caiu 18% no terceiro trimestre deste ano, para US$ 2,06 bilhões (US$ 0,18 por ação), de US$ 2,49 bilhões (US$ 0,23 por ação) no mesmo período do ano passado. Os ganhos com operações continuadas subiram para US$ 0,29 por ação, de US$ 0,22 por ação no terceiro trimestre de 2009, enquanto a receita caiu 5,1%, para US$ 35,89 bilhões. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters esperavam ganhos de US$ 0,27 por ação e receita de US$ 37,54 bilhões. O conglomerado industrial registrou US$ 1,1 bilhão em reservas no terceiro trimestre com a venda de seus negócios de financiamento ao consumo no Japão e teve o primeiro crescimento nas encomendas de equipamentos e serviços dos últimos oito trimestres. O presidente e executivo-chefe da companhia, Jeff Immelt, informou que as encomendas de equipamentos subiram 9%, incluindo 33% no segmento de infraestrutura de tecnologia, que inclui aviação e saúde. (Agência Dow Jones)

Rio de Janeiro / RJ
Grupo francês Beneteau vai investir 200 milhões de euros em fábrica no Brasil
O governo do Estado do Rio informou há pouco que o grupo francês Beneteau, que atua no mercado náutico, vai investir 200 milhões de euros na instalação de sua primeira fábrica no Brasil. A unidade será instalada em Angra dos Reis, litoral sul fluminense. A decisão foi comunicada hoje ao vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, pelo presidente mundial da Beneteau, Bruno Cathelinais. Com mais de 120 anos de atuação, a companhia é uma das maiores produtoras de lanchas, veleiros e iates do mercado europeu. Segundo nota do governo estadual, o investimento previsto será feito nos próximos cinco anos, gerando cerca de 600 empregos diretos. Pesou na decisão da empresa pelo Rio as vantagens tributárias oferecidas pelo governo do Rio, como a redução de 25% para 7% da alíquota de ICMS para a indústria náutica. "O Rio já teve uma indústria náutica muito forte, localizada no Mercado São Sebastião, com mais de 100 empresas. O governo do estado pretende revitalizar o setor e a região, para isso estamos desenvolvendo um projeto em parceria com a prefeitura", declarou Pezão. (Agência Estado)

Helsinque / Finlandia
Gartner estima vendas de 19,5 milhões de tablets em 2010
A venda mundial de computadores tablet caminha para atingir cerca de 19,5 milhões de unidades em 2010, puxadas pelo sucesso do iPad, afirmou a consultoria Gartner. Para 2011, a Gartner projeta vendas de 54,8 milhões de unidades, uma alta de 181% sobre este ano. A projeção para 2014 é de vendas de mais de 208 milhões de aparelhos. A América do Norte deverá ser responsável por 61% das vendas da categoria este ano, mas essa participação deve cair à medida em que os tablets chegam a outros países. De acordo com a empresa de pesquisa, o crescimento dos tablets deve afetar de forma negativa outros segmentos de eletrônicos, como netbooks. "A natureza 'tudo em um' dos tablets de mídia resultará na canibalização de outros eletrônicos de consumo como leitores eletrônicos, games e players de mídia", afirma Carolina Milanesi, vice-presidente de pesquisa na Gartner, em nota. (Agência Reuters)

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AGROBUSINESS


Brasília/DF e São Paulo/SP
Perspectivas de boas margens reanimam o campo
A quebra das safras do norte da Europa pela seca aliada a custos menores e subsídios do governo federal serão a "ponte" para atravessar um ano que se desenhava negativo em termos de preços e rentabilidade.
Faturamento bruto - O faturamento bruto do setor deve subir 1%, chegando próximo do recorde de 2008. E as exportações em 12 meses superaram a marca histórica de US$ 72 bilhões. "O cenário é positivo, mas depende de análises individuais", diz o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, José Carlos Vaz. "No Centro-Oeste, os mais capitalizados vão investir e os mais endividados vão pagar. No Sul, quem não for afetado pela seca fará o mesmo. Se perder até 15% ou 20%, o preço vai compensar eventual quebra".
Soja - No caso da soja, as margens médias projetadas por consultorias e bancos, como o BB, vão de 47% a 86% em Mato Grosso até 100% a 140% no Rio Grande do Sul. Para o milho, vão de 20% a 50% em Goiás a 30% a 55% no Paraná. Os cálculos não levam em conta investimentos, aquisições ou dívidas prorrogadas, mas apenas desembolsos diretos. "Estou otimista, o preço era para despencar, mas está positivo. Se tivesse mais capital, faria opções e esperaria o preços subir ainda mais", diz o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira.
Preço - Quem vendeu a saca a US$ 17 viu o preço subir a US$ 21. "Vai ser um ano bom, de médias boas. Mas tem gente com dívidas. A margem média não é maravilhosa e o clima pode mudar tudo", adverte Silveira. O câmbio também é um perigo. Com soja a US$ 21 e dólar a R$ 1,65, o preço roça os R$ 35. Mas se a cotação recuar a US$ 17 e o dólar se mantiver igual, o preço cai a R$ 28. "O mínimo seria R$ 35 para cobrir custo e dar margem", diz Silveira.
Cenário anterior - Há três meses, não havia perspectivas de "sobras". O cenário era desanimador: a safra cheia de soja derrubaria o bushel a US$ 8,50 ou US$ 9. No milho, haveria uma safrinha grande com problemas para exportar. Os estoques acima de 10 milhões de toneladas pressionariam os preços. Agora, o cenário mudou. Em 12 meses, os preços da soja subiram 15% em dólar. O milho decolou 37% e o algodão, quase 70%, segundo o Ministério da Agricultura.
Retomada - A retomada da demanda, especialmente na China, a redução dos estoques mundiais e a produção menor mexeram nas cotações. "Os preços estão bons e vamos ter margens boas. Mas os passivos ainda pesam", avalia o diretor da Federação Brasileira de Bancos, Ademiro Vian. "Por isso, é hora de botar a casa em ordem. Rever custos, refazer planejamento e reduzir dívidas. Se tiver que ajustar, é um bom momento porque as crises são cíclicas".
Dívidas - O recado vale para dívidas de investimento de produtores de algodão, soja e café. A Febraban estima haver R$ 117 bilhões de empréstimos ativos na carteira agrícola do sistema financeiro nacional, inclusive BNDES.
Problemas pontuais - Há ainda problemas pontuais na liquidação da safrinha em Mato Grosso, onde o governo gastou quase R$ 885 milhões para apoiar produtores de milho. Desde 2008, segundo a consultoria AgroSecurity, que analisa cenários para o BB, a liquidez caía junto com preços e o câmbio era desfavorável. A pressão para pagar contas de investimento aumentava a incerteza.
Contas históricas - Agora, já tem "alguma sobra" para acertar contas históricas. "O câmbio tende a subir, não deve cair muito mais. Não haverá descasamento negativo do dólar no plantio e na colheita", aposta José Carlos Vaz. E ainda que haja uma quebra por causas climáticas será "positiva" em preços e reduzirá riscos de liquidez. "Hoje, os produtores estão em uma posição mais confortável, podendo até sofrer eventuais perdas moderadas em um cenário de oferta mais apertada", diz o economista Fernando Pimentel, da AgroSecurity.
Clima - Agora, o "mercado de clima" da América do Sul influencia a bolsa de Chicago, o que serve em parte como um "seguro" para o produtor brasileiro. Na soja, já houve ganhos de R$ 4 a R$ 7,50 no campo, o que levou produtores do "break even" (ponto de equilíbrio) à rentabilidade. "O Cerrado agora está em um momento único, em particular Mato Grosso. Os projetos de logística em andamento dão nova perspectiva. E a agroindústria vai propagar projetos por todo o Estado, buscando matéria-prima na origem e escoamento mais barato", avalia Pimentel.
Algodão - No algodão, é só alegria, já que a arroba na Bahia chegou a R$ 71. Em Nova York, bateu US$ 1 por libra-peso após 15 anos. Mesmo quem "errou a mão", vendendo ainda no primeiro semestre, deve ter lucro de R$ 1,5 mil por hectare, calcula a AgroSecurity. Até aqui, as coisas parecem ficar mais claras. "O cenário é muito bom. Vendemos a US$ 0,75 (libra-peso), bem acima do custo", diz o presidente da associação dos produtores (Abrapa), Haroldo Cunha. No milho, a exportação pode passar do recorde de 11 milhões de toneladas - antes, esperava-se 8,5 milhões.
Arroz - No caso do arroz, também há perspectivas favoráveis. Mesmo com preços baixos, as margens são positivas. Choveu bastante, as barragens estão cheias e um La Niña no Sul favorecerá as lavouras irrigadas com mais produtividade, avaliam as análises de bancos e consultorias. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR)

Da redação – São Paulo / SP
União das marcas
O Grupo Marfrig participará do SIAL 2010, um dos maiores eventos globais da indústria de alimentação e bebidas, de 17/10 a 21/10, em Paris/França. Esse é o primeiro evento em que a companhia apresenta todas as suas marcas, como a global Seara, Moy Park, Pemmicam, Paty e McKey (Keystone Foods). Com as recentes aquisições de Seara e Keystone, a Marfrig consolidou sua posição de a mais diversificada e uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, com 151 unidades industriais, centros de distribuição e escritórios, distribuídos em 22 países da América do Sul, América do Norte, Ásia, África, Oceania e Europa. A organização possui amplo portfólio de produtos processados à base das principais proteínas animais – bovinos, aves, suínos e ovinos. Além de todas as suas marcas, o Grupo Marfrig apresentará no SIAL 2010 a Taça da Copa do Mundo FIFA 2014, que será entregue ao campeão da Copa do Mundo de Futebol a ser realizada no Brasil em 2014. O troféu estará disponível nos cinco dias de evento, em um espaço protegido. Os visitantes poderão produzir fotos. Outra atração no estande será a exposição de bolas oficiais que foram utilizadas em algumas edições de Copas do Mundo. O Grupo Marfrig, por meio de sua marca global, Seara, é patrocinador da Seleção Brasileira de Futebol até 2014 e da Copa do Mundo FIFA 2014. (Fonte: Texto Assessoria de Comunicações)

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SETOR AUTOMOTIVO

Tóquio / Japão
Mitsubishi lançará seu primeiro jipe 4x2
No Japão, onde modernidade e tradição são indissociáveis, a Mitsubishi muda a estratégia para crescer. O ASX, que será lançado no Salão de São Paulo na próxima semana, é o primeiro jipinho da marca com opção de tração 4x2 no Brasil. O "crossover" começará a ser vendido no país em novembro e custará de R$ 80 mil (4x2 com câmbio manual) a R$ 100 mil (4x4 com câmbio automático). Mais barata, a tração dianteira (4x2) é uma arma contra os sul-coreanos, como Hyundai ix35 e Kia Sportage, que também estarão no salão. Mesmo assim, a montadora prevê que 50% das 700 unidades do ASX que planeja vender por mês serão da versão automática com 4x4. "O ASX atua em contexto mais urbano, priorizando o 4x4 como um dispositivo de segurança", afirma Flávia Molina, diretora de marketing da Mitsubishi. Na prática, a redistribuição eletrônica da força nas rodas de maneira inteligente garante estabilidade em terrenos de baixa aderência. "Seja na lama, em ruas molhadas de chuva ou mesmo com neve", explica Reinaldo Muratori, gerente de engenharia da Mitsubishi. A passagem de um tufão ao norte da ilha de Hokkaido trouxe a chuva necessária para o teste. Nas pistas do campo de provas de Tokachi, o ASX foi firme em manobras bruscas feitas pela reportagem da Folha e mais ainda pelo bicampeão do rali Paris-Dacar, Hiroshi Masuoka. Com o 4x4, o modelo fica 65 kg mais pesado e com maior arrasto nas rodas. "Os modelos 4x4 costumam consumir mais combustível e andar menos", avalia o professor de engenharia automotiva da FEI Ricardo Bock. O ASX compensa com alumínio, chapas de aço delgado e o motor 2.0 (160 cv). (Agência Folha - viajou a convite da Mitsubishi, que cedeu o ASX para avaliação)

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SERVIÇOS & VAREJO

Santiago / Chile
Chilena Cencosud compra a brasileira Bretas por R$ 1,35 bilhão
A chilena Cencosud, uma das maiores varejistas da América Latina, informou nesta sexta-feira que fechou acordo para a compra da rede brasileira de supermercados Bretas por R$ 1,35 bilhão, ou cerca de US$ 813 milhões. A Cencosud, uma das empresas com ações mais negociadas na bolsa de Santiago, disse que pode financiar a aquisição por meio de dívida bancária de US$ 290 milhões, e o restante com o fluxo de caixa da companhia. "Com essa estratégica aquisição, a Cencosud entra nos Estados de Minas Gerais e Goiás, consolidando sua posição no setor brasileiro de supermercados", disse a empresa chilena em comunicado ao órgão regulador do mercado. Com sede em Contagem/MG, a Bretas é a sétima do ranking da Abras - Associação Brasileira de Supermercados -, segundo informações em seu site. A rede conta com 62 lojas. Além de Brasil e Chile, a Cencosud possui operações na Argentina, Colômbia e Peru. No início de março, a varejista chilena anunciou a compra de rede de supermercados Família, em Fortaleza/CE, por US$ 33,1 milhões. No final de abril, a Cencosud anunciou a compra da rede Perini, que opera em Salvador (BA), por US$ 27 milhões.

São Paulo / SP
Walmart faz reengenharia no Brasil
O Walmart comanda uma reestruturação de suas operações no Brasil e esse processo vai ser aprofundado nos próximos meses. As mudanças vão além de reformulações em sua política de preços e descontos e já afetam o dia a dia da operação, como a gestão da folha de pagamento e o modelo de contabilidade. Mas haverá alterações mais profundas. O sistema de software de gestão SAP começa a funcionar no início de 2011 na rede em todo o país. O presidente das operações internacionais da companhia Doug McMillon, disse que a companhia decidiu fazer uma "reengenharia" nos negócios no Brasil, com a simplificação das operações no país. O executivo afirmou que haverá uma "pressão de curto prazo" no Brasil com algumas dessas mudanças. Segundo ele, a empresa optou por alterar o modelo de compras no Brasil e ainda irá realizar outras mudanças, efetivamente integrando as redes adquiridas nos últimos anos (Sonae e Bompreço). A implementação do sistema SAP ajuda a planejar, monitorizar e rastrear os movimentos de mercadorias por toda a cadeia. Até hoje, isso é feito regionalmente. Além disso, desde maio, a empresa opera um centro de serviços compartilhados para gerir questões como contas a pagar e folha de pagamentos das lojas em todo o Brasil. Antes, funcionava regionalmente. Outra alteração importante foi feita em abril. Foram eliminados três cargos de vice-presidente comercial para cada uma das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. No lugar, foram criados dois: de vice-presidente de hipermercados e vice-presidente de supermercados para o país todo. Com essas mudanças o Walmart planeja operar de forma mais ágil e recuperar eventuais perdas nesse processo com os ganhos de sinergia futuros, algo que já foi feito pelos rivais como Pão de Açúcar e Carrefour nos últimos anos, depois de também terem crescido velozmente. (Agência Valor)

Da redação – São Paulo / SP
Mercado de GPS dispara no Brasil
Números divulgados pela GfK mostram que o mercado de aparelhos GPS apresentou no acumulado janeiro/agosto um aumento de 315% nas vendas em relação ao mesmo período de 2009. A forte expansão deve-se principalmente à queda do preço médio dos aparelhos e ao aumento da oferta de marcas disponíveis. No ano passado, 60% das vendas estavam na faixa de produtos acima de R$ 800, índice que caiu para 14%. Os aparelhos com preço até R$ 400 já representam quase 60% das vendas desse mercado.


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TI, WEB & e-COMMERCE


São Paulo / SP
Brasil tem custo mais caro de dados móveis entre países pobres
O custo de pacotes de dados para celular no Brasil é o mais caro entre os países em desenvolvimento, segundo mostra um estudo da Organização das Nações Unidas, com informações compiladas pela Nokia Siemens. De acordo com o levantamento, que cita dados de 2009, apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio do pacote de dados mensal passa dos US$ 120, o que deixa o país atrás de nações como Congo, Haiti e Bangladesh, país que tem o menor custo entre 78 listados no relatório. A média do preço mundial é de US$ 46,54 por mês.O relatório da UNCTAD - Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento - chegou ao preço médio considerando o custo total de propriedade de um pacote de tráfego de 2,1 megabytes de dados por mês. "Existe uma grande variação, com alguns países oferecendo por menos de US$ 20 por mês e outros por mais de US$ 100", afirma o documento. Os números fazem parte de um estudo global sobre como o uso de tecnologia da informação pode contribuir no combate a pobreza no mundo. Segundo a UNCTAD, as autoridades nos países em desenvolvimento deveriam dar mais importância ao setor de tecnologia da informação e comunicação na estratégia de redução da pobreza. A entidade aponta que mais benefícios podem ser colhidos se for estimulada a criação de empresas de pequena escala com ajuda do governo. "Micro empresas estão crescendo rapidamente em países de baixa renda e podem oferecer emprego de valor real à população com menos recursos e educação. Essas atividades incluem uso de aparelhos e reparos, manutenção de computadores pessoais e gerenciamento de lan-houses", explica o estudo. Contudo, a organização lembra que poucos países em desenvolvimento estão envolvidos na fabricação e criação de serviços para a área. "As exportações de bens de tecnologia estão geograficamente muito concentradas. Na China, de longe o maior exportador do ramo, houve contribuição significativa da produção para a renda dos mais pobres." (Agência Reuters)

Los Angeles / EUA
Aquisição do Yahoo não resolverá sua crise de meia-idade
O Yahoo não resolverá sua crise de meia-idade por meio de uma nova transação. Alguns grupos de capital privado estão estudando a possibilidade de adquirir o Yahoo, em parceria com ativos de uma empresa como a AOL ou a News Corp.Isso marcaria nova mudança para uma companhia que ajudou a definir a Internet duas décadas atrás, mas não conseguiu acompanhar seu ritmo. Em lugar disso, o Yahoo se estagnou, para vantagem de rivais como Google, Facebook e Twitter."O que o Yahoo deseja ser?", perguntou um executivo próximo às discussões entre os grupos de capital privado e as partes interessadas. É a mesma questão que os investidores vêm propondo desde que o Google superou a empresa pioneira de Internet. Ao longo dos últimos 12 meses, o Yahoo considerou aquisições ousadas, a fim de manter sua posição de liderança quanto a novas tendências na Web. Estudou adquirir a companhia de serviços de localização Foursquare e também o site Groupon, que organiza compras em grupo e está em forte ascensão, de acordo com uma reportagem do blog de tecnologia AllThingsDigital. Uma coisa que o Yahoo não seria é uma empresa de Internet com forte presença asiática. De acordo com um cenário que fontes dizem ter sido discutido pelos grupos de capital privado interessados na compra, a transação dependeria o Yahoo vender seus preciosos ativos asiáticos de alto crescimento, entre os quais sua participação de 40 por cento no grupo chinês Alibaba e seus 35 por cento no Yahoo Japan. Analistas estimam que esses investimentos sozinhos respondam por cerca de metade do valor de mercado do Yahoo e pela maioria de seu crescimento, e uma venda deixaria uma empresa de Internet que já passou do pico, com foco nos Estados Unidos e perspectivas incertas. Desde que assumiu como presidente-executiva do Yahoo, em 2009, Carol Bartz vem se concentrando no conteúdo, desenvolvendo serviços de vídeo e adquirindo empresas como a Associated Content, que emprega freelancers para produzir artigos curtos e baratos sobre grande variedade de assuntos. (Agência Reuters)


São Francisco / EUA
EBay anuncia novo chefe de marketing para a América do Norte
O eBay anunciou a contratação de Richelle Parham como gerente de marketing para a divisão da América do Norte da companhia. Parham era, até recentemente, chefe de inovação e iniciativas de marketing global da Visa. O site de leilões está em meio a um processo de três anos para renovar o crescimento em seu principal negócio, buscando atrair mais compradores e vendedores, uma vez que a unidade vem passando por uma má fase. O eBay já usou cupons e outras táticas --incluindo uma mudança estrutural nas taxas - para trazer novos clientes aos produtos oferecidos no site, pelos quais o eBay recebe uma comissão. (Agência Reuters)


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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Florianópolis / SC
Agroindústrias de SC deixariam Estado sem ferrovia
Há poucos dias, o Dnit - Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes - publicou edital para contratação do projeto técnico da futura ferrovia leste-oeste, conhecida como "Ferrovia do frango" e "Ferrovia da integração". A novidade animou os produtores de frango do oeste catarinense, que enfrentam alguns gargalos de infraestrutura. Para Clever Pirola Ávila, presidente da Acav - Associação Catarinense de Avicultura -, a construção da ferrovia é crucial para barrar o movimento de migração das agroindústrias de Santa Catarina para o Centro-Oeste. "O oeste catarinense é uma região considerada o berço de muitas agroindústrias, mas enfrenta alguns gargalos logísticos", explica. "Precisamos de muitos investimentos, do contrário, teremos que migrar para outras regiões do País, em busca de melhores condições de infraestrutura". Ávila prevê impacto positivo da ferrovia na redução dos custos de exportação dos produtos acabados. Segundo ele, todo o transporte de produção avícola está baseado em rodovias, as quais estão congestionadas em Santa Catarina. "A BR 282 e a BR 470 são gargalos pelo subdimensionamento, congestionamento, morosidade, etc., que propiciam consumo excessivo de combustíveis, muitos acidentes, custos altos e um impacto ambiental desnecessário". O presidente da Acav acredita que a nova ferrovia vai dar um caráter sustentável para a produção. "Com certeza o transporte ferroviário vai reduzir a emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera, quando comparamos as emissões produzidas pelo transporte rodoviário", pontua Ávila. "A empresa em que atuo, a Seara [do Grupo Marfrig], já faz o cálculo das emissões de gás carbônico. Com o uso da ferrovia, nossa emissão diminuirá consideravelmente".
Ávila também avalia que, atualmente, 27% da produção nacional de aves poderia circular nessa ferrovia. Por isso, a ferrovia do frango pode solucionar entraves, reduzindo custos e nos alinhando a competitividade necessária. Para ele, SC merece este investimento, que não só vai facilitar o transporte da produção avícola, como também vai facilitar a importação de grãos, tão importantes para a alimentação das aves. "Santa Catarina precisa importar grãos para abastecer sua produção. Milho e soja são os principais componentes da ração de frango. Logo, se trazermos grãos de nossos vizinhos, como Paraná, Paraguai e Argentina, nosso custo de produção também diminuiria. E se isso for feito via férrea, melhor será para o avicultor", pontua.
O presidente da Acav também lembra que boa parte do leito da ferrovia já existe, porém, está desativado. Logo, é necessária apenas uma recuperação, reduzindo o impacto ambiental da obra. "A Acav já conseguiu o apoio do governo de Santa Catarina - atual e eleito - que deve brigar em Brasília para obter o investimento para construção da ferrovia", afirma. "Estamos imaginando uma parceria público-privada para aperfeiçoar a obra".
O projeto - A "Ferrovia do Frango" terá 700 Km de extensão, ligando a fronteira Brasil/Argentina com o litoral, tendo nos dois extremos o porto marítimo de Itajaí e o porto seco de Dionísio Cerqueira. A obra está orçada em R$ 1,860 bilhão. O projeto técnico, em fase de licitação, definirá o traçado da estrada de ferro que cortará todo o território catarinense.





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