Edição 418 | Ano II

Nova Iorque / EUA
Mantega pede para G20 estabelecer acordos de livre comércio
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, expressou ontem, dia 12/10, sua preocupação com a "guerra de divisas" e pediu que sejam estabelecidos acordos na próxima reunião do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) porque o "Brasil não pode respeitar o livre comércio, enquanto o resto do mundo faz intervenções". "Não deveríamos permitir uma guerra de divisas, o melhor que podemos fazer é chegar a acordos para não prejudicar o livre comércio. O melhor sistema é o do livre fluxo, mas não podemos agir dessa maneira se o resto interferir no comércio", afirmou Mantega.
O ministro deu estas declarações durante uma conferência na "Americas Society" de Nova York, na qual falou sobre a economia brasileira e os principais desafios que o país enfrenta para manter e melhorar sua posição econômica. "Temos muito cuidado para não violar os princípios do livre comércio que defendemos, mas também temos um cuidado especial com a forte valorização do real", disse Mantega, quem acrescentou que o Brasil "não vai permitir uma supervalorização" da moeda. Segundo ele, o real valorizou 56,3% em relação ao dólar entre 2009 e 2010.
O ministro sugeriu que os países desenvolvidos, entre eles as economias mais sólidas da Europa como a Alemanha, devem tomar não só medidas monetárias, mas adotar também incentivos fiscais para recuperar a demanda interna. Sobre as medidas monetárias do Federal Reserve (Fed), Mantega se mostrou contrário a uma futura expansão quantitativa (compra de dívida pública por parte do Governo) porque não "conseguirá melhorar a economia e desvalorizará ainda mais o dólar".
Estímulo fiscal - Ele pediu que na próxima reunião do G20 - que acontecerá em Seul o mês que vem -, sejam estabelecidos acordos de estímulo fiscal para atenuar estes problemas. O ministro ressaltou o desenvolvimento econômico que o Brasil viveu nos últimos anos, principalmente com a expansão da classe média, o que, segundo ele, provocou um forte aumento da demanda interna. Mantega destacou também a criação de emprego no Brasil, que já se situa em um milhão de postos de trabalho ao ano, o que ajudou a essa expansão da classe média. O ministro concluiu que esse é o segredo do "milagre brasileiro", pois o aumento da classe média representa também "a integração de 100 milhões de consumidores ao mercado". (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Brasil tem munição para conter valorização do real
O Brasil tem muita munição para conter a valorização do real se o recente aumento do IOF sobre aplicações estrangeiras em renda fixa não for suficiente, disse ontem, dia 12/10, o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mantega considerou que ainda é muito cedo para avaliar o impacto da decisão do governo de dobrar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras para 4 por cento na alocação de capital externo em renda fixa. Segundo disse o ministro a repórteres em evento no Council of Americas, em Nova York, o governo está no momento esperando para ver se o câmbio vai se estabilizar. Na visão de Mantega, é possível que isso aconteça.
Mais cedo, em apresentação a investidores, ele disse que no ano passado o aumento do IOF teve sucesso em conter a valorização da moeda brasileira. Conforme Mantega, se isso não funcionar agora, o governo pensará em outras medidas. "Se não funcionar agora, vamos pensar em outras medidas", afirmou.
Ele disse que o fundo soberano está pronto para comprar dólares, mas que ainda não o fez porque, por ora, o Banco Central está adquirindo o suficiente do mercado. Mantega, que no fim de semana participou de encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI), mais uma vez pediu uma ação coordenada internacional para rebalancear a economia global e interromper o que ele vem chamando de "guerra cambial".
Ele pediu, ainda, que os países desenvolvidos recorram a mais estímulos fiscais em vez de usar política monetária para ampliar o consumo doméstico e criticou o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, por considerar mais uso de "quantitative easing" para ajudar a economia. "Quantitative easing" é a política de injetar recursos diretamente na economia por meio da compra de títulos de dívida. Para Mantega, isso não irá reativar a economia dos EUA, mas sim enfraquecer o dólar. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Justiça bloqueia os bens de gigante da tecnologia
A Justiça determinou o bloqueio dos bens da Cisco do Brasil no processo em que a companhia é acusada de importação fraudulenta com uso de empresas fantasmas. Duas delas foram usadas para fazer doação de R$ 500 mil ao PT, na campanha presidencial de 2006, conforme revelado em 2007. Com a decisão, a Cisco ficou sem poder movimentar bens e contas bancárias. Recorreu, mas conseguiu liberar somente ativos financeiros. Na última semana, cartórios e juntas comerciais já registravam os bloqueios. A Cisco é a maior empresa do mundo em equipamentos para redes de computadores. Aparece na 58ª posição no ranking das 500 maiores empresas da revista "Fortune" de 2010. No ano passado, suas vendas somaram US$ 40 bilhões (R$ 68 bilhões). O congelamento dos bens é o desdobramento de uma das maiores autuações da história brasileira - a Cisco e uma rede de empresas foram multadas pela Receita Federal em R$ 3,3 bilhões devido ao suposto esquema, desvendado pela Operação Persona, realizada pela Polícia Federal em 2007.
O rebate da empresa - A Cisco diz que já conseguiu liberar ao menos os ativos financeiros e que a decisão não alterou suas operações no país. Em nota, a multinacional disse que "os escritórios e operações da Cisco no Brasil continuam a realizar negócios normalmente. O Brasil é um mercado importante para a Cisco e a companhia mantém seu compromisso com o país, assim como com seus funcionários clientes, parceiros e acionistas". A empresa diz que "foi notificada de que as contas bancárias associadas com uma de suas entidades jurídicas no Brasil haviam sido bloqueadas devido ao processo judicial contra um ex-distribuidor da companhia no país, a Mude, e contra a Cisco --com base em suposta relação com a Mude".

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INDICADORES ECONÔMICOS

Brasília / DF
Juro para o consumidor volta ao menor nível desde 1994, mas sobe para empresas
As taxas de juros dos empréstimos para pessoas físicas voltaram a recuar em agosto e atingiram novamente o menor valor da série iniciada pelo Banco Central em julho de 1994. A taxa média recuou de 40,5% para 39,9% ao ano. A redução na taxa média se deve ao efeito estatístico causado pelo aumento da participação de linhas "mais baratas", como crédito consignado no total das dívidas dos brasileiros. Para as empresas, a taxa subiu novamente, de 28,7% para 28,9% ao ano, maior nível desde março de 2009. A taxa média (PF+PJ) recuou de 35,4% para 35,2% ao ano, mas ainda está acima do verificado no início do ano. A taxa de inadimplência geral recuou para 4,8%, a menor desde janeiro do ano passado. Para pessoas físicas, caiu para 6,2%. Para empresa, ficou estável em 3,6%.
O saldo das operações de crédito subiu 2,2% no mês, percentual mais alto desde julho de 2009, e chegou ao valor novamente recorde de R$ 1,58 trilhão (46,2% do PIB). Em 12 meses, o crescimento é de 19,2%. Mais uma vez o crescimento foi puxado pelo crédito direcionado, que inclui os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a empresas e da habitação para pessoas físicas, que têm juros subsidiados.
Consignado - A participação dos empréstimos consignados no crédito pessoal cresceu pelo terceiro mês seguido e chegou a 60,7%. Esses empréstimos somavam R$ 129,7 bilhões em agosto, sendo que R$ 111,4 bilhões estão direcionados para funcionários públicos e aposentados do INSS. Os juros do consignado caíram no mês passado para 26,4% ao ano, abaixo dos 55,3% praticados em outras modalidades de crédito pessoal.
Crédito - O Banco Central aumentou a previsão de crescimento do crédito em 2010 de 20% para 22%. De acordo com a instituição, a revisão se deve aos resultados verificados nos últimos três meses, que vieram acima do estimado anteriormente. A instituição também avalia que o desempenho será liderado pelos bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa e BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, cuja taxa de expansão foi revisada de 20% para 24%. Os bancos privados nacionais, por outro lado, tiveram a expectativa de expansão revista de 24% para 22%. Os estrangeiros que atuam no país devem aumentar sua carteira de crédito em 14%, ante 9% previsto anteriormente pelo BC. O saldo das operações de crédito subiu 2,2% em agosto desde ano, percentual mais alto desde julho de 2009, e chegou ao valor novamente recorde de R$ 1,58 trilhão. Em 12 meses, o crescimento é de 19,2%.
A expectativa do BC é que o crédito passe dos atuais 46,2% para 48% do PIB até o fim do ano. No mês passado, mais uma vez, o crescimento foi puxado pelo crédito direcionado, que inclui os empréstimos do BNDES a empresas e da habitação para pessoas físicas, que têm juros subsidiados.
A previsão para crescimento do crédito direcionado passou de 26% para 30%. Para o restante do crédito, subiu de 17% para 18%. Dados preliminares para os dez primeiros dias de setembro mostram um crescimento de 2,2% no crédito, sendo 2,4% para pessoas físicas e 2,0% para empresas. "O crescimento maior previsto reflete a incorporação do que vem ocorrendo nos últimos meses, uma elevação mais acentuada do crédito", disse Túlio Maciel, chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC. (Agência Brasil)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham em elevação
Os mercados asiáticos apresentaram resultados positivos nesta quarta-feira, dia 13/10, com destaque para os dados econômicos da China.
- A Bolsa de Hong Kong voltou a atingir o maior fechamento em quase dois anos e meio, liderada pelos ganhos em blue chips e a recuperação dos papéis do setor imobiliário. O índice Hang Seng subiu 335,99 pontos, ou 1,5%, e terminou aos 23.457,69 pontos, o maior nível desde 6 de junho de 2008.
- As Bolsas da China atingiram a maior pontuação em mais de cinco meses, estimuladas pelo setor imobiliário e bancário. Os dados de setembro sobre o comércio externo e as reservas cambiais apontam que o yuan continuará a se valorizar, o que pode aumentar o preço dos imóveis e atrair mais fundos de investimento. O índice Xangai Composto subiu 0,7% e terminou aos 2.861,36 pontos, o maior fechamento desde 30/4. O yuan voltou a se valorizar sobre o dólar, após nova baixa recorde da taxa de paridade central dólar-yuan (de 6,6775 yuans para 6,6693 yuans). No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,6641 yuans, de 6,6734 yuans do fechamento de terça-feira.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em alta, impulsionada pelos resultados robustos da Intel no 3º trimestre. Mas permanecem no mercado as incertezas sobre as eleições em cinco das maiores cidades taiwanesas. O índice Taiwan Weighted avançou 0,2% e fechou aos 8.106,66 pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul encerrou o dia valorizada, recuperando as perdas de terça-feira e em linha com o sentimento positivo dos mercados regionais. Mas os investidores ainda estão preocupados com a reunião do Banco Central local, na quinta-feira, que definirá a taxa de juros. O índice Kospi subiu 0,4% e encerrou aos 1.876,15 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, perdeu parte dos ganhos, mas foi apoiada pela força dos preços das commodities. O índice S&P/ASX 200 fechou praticamente estável aos 4.619,88 pontos, com alta de apenas 0,04%.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, recuperou-se das perdas iniciais e encerrou com o índice PSE em alta de 0,7%, fechando aos 4.194,06 pontos.
- A Bolsa de Cingapura terminou em seu maior nível este ano, ajudado pelos ganhos nos mercados regionais em meio a novas indicações de que o Fed anunciará meios para estimular a economia dos EUA. O índice Straits Times subiu 1,7% e fechou aos 3.202,16 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 1,8% e fechou aos 3.611,98 pontos, novo recorde de alta, uma vez que as instituições locais compraram blue chips em meio a expectativas de fortes lucros no período de nove meses.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, ganhou 1,6% e fechou aos 992,60 pontos. Ganhos nos mercados regionais ajudaram o sentimento minutos depois de a reunião do Fed sugerir que está próximo do afrouxamento quantitativo. O governo tailandês já anunciou plano de conter a alta do bath.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,7% e fechou aos 1.496,97 pontos, maior alta em 33 meses, com ações do setor agrícola liderando os ganhos devido à alta do óleo de palma cru, enquanto os papeis de infraestrutura avançaram na expectativa de um orçamento de 2011 favorável.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu hoje, dia 13/10, em baixa de 0,19%, aos 5.661,59 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em novembro abriu hoje em alta na Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 83,90, valor US$ 0,401 a mais que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu hoje em alta de 0,56%, aos 6.339 pontos. O euro abriu hoje com forte alta no mercado de divisas de Frankfurt e, por volta das 3h (de Brasília), era negociado a US$ 1,3960, frente à cotação de US$ 1,3836 do fechamento desta terça-feira. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,3833.
- Madri / Espanha - O índice Ibex 35 da bolsa de valores de Madri abriu hoje em alta de 0,29%, aos 10.681 pontos.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu hoje em alta de 0,45%, aos 20.842,56 pontos. Já o índice geral FTSE Itália All Share abriu em alta de 0,4%, aos 21.434,74 pontos.
- Paris / França - O índice geral da Bolsa de Valores de Paris abriu hoje em alta de 0,54%, aos 3.769,23 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

- A Bovespa não operou ontem, dia 12/10, por conta de feriado nacional.

Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA fecham em alta após ata de banco central sobre estímulos As Bolsas de valores dos EUA terminaram os pregões de ontem, dia 12/10, em alta, após a ata da última reunião do Federal Reserve mostrar que o banco central norte-americano pode mais uma vez colocar dinheiro nos mercados através da compra de "Treasuries" (títulos públicos) em breve para ampliar o crescimento da economia.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, teve valorização de 0,09%, aos 11.020 pontos.
- O Standard & Poor's 500 avançou 0,38%, para 1.169 pontos.
- O indicador tecnológico Nasdaq subiu 0,65%, para 2.417 pontos.
Análise - O Fed considerou em seu último encontro em setembro que mais estímulos podem ser necessários em breve para a recuperação econômica dos Estados Unidos e discutiu a melhor maneira de fazer isso. Os membros do Fed discutiram uma série de medidas para ajudar a economia, mas o foco foi na compra adicional de Treasuries de longo prazo e em meios de elevar as expectativas futuras de inflação. Parece que o Fed está se movendo para outra rodada de 'quantative easing'", disse o estrategista-chefe da RDM Financial em Westport, Connecticut, Michael Sheldon. "O Fed praticamente se colocou de uma forma que o mercado espera algum tipo de atividade. A questão agora é quanto e quando", acrescentou.

Londres / Inglaterra
Principais Bolsas da Europa fecham em queda ontem
As principais Bolsas da Europa fecharam em baixa os pregões de ontem, dia 12/10.
- A Bolsa de Londres encerrou o pregão em leve queda, com o índice FTSE 100 recuando 0,19% e atingindo 5.661,59 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt, ficou praticamente estável (-0,08%) em 6.304,57 pontos. Em Paris, o CAC40 caiu 0,52%, para 3.748,86 pontos.
Análise - Como já era previsto, sindicatos em toda a França, nos mais diversos setores, entraram em greve hoje paralisando grande parte dos transportes, voos nacionais e internacionais, escolas e serviços públicos. Cerca de 244 marchas e protestos foram convocados em todo o país. As greves chegam como protesto à reforma da previdência, que aumentou de 60 para 62 anos a idade de aposentadoria no país. A iniciativa do presidente conservador Nicolas Sarkozy tem sido alvo de críticas pela sociedade francesa. Pesquisas indicam que 69% da população aprovam as greves. O governo tem deixado claro que não vai recuar, mesmo sob pressão das paralisações e da opinião pública.


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INDÚSTRIA

Nova Iorque / EUA
Pfizer compra King Pharmaceuticals por US$ 3,6 bilhões
A norte-americana Pfizer, principal farmacêutica do mundo, anunciou ontem, 12/10, ter alcançado um acordo definitivo com o laboratório King Pharmaceuticals para adquiri-lo por US$ 3,6 bilhões, o que equivale a US$ 14,25 por ação. A transação foi aprovada pelos conselhos de administração das duas empresas e, segundo o comunicado divulgado hoje, vai "proporcionar à Pfizer um suplemento imediato e diversificado de cifra de negócios". As ações da Pfizer começaram a ser negociadas no mercado de capitais brasileiro neste mês por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipt), certificados que equivalem aos papéis dessas empresas em seus mercados de origem. No segundo trimestre, a companhia teve um lucro líquido de US$ 2,475 bilhões, 9% a mais que no mesmo período do ano anterior. A empresa atribuiu o resultado ao impacto da aquisição da Wyeth e à maior diversificação de produtos conseguida. Considerando todo o primeiro semestre, a Pfizer teve ganhos de US$ 4,501 bilhões, 10% a menos que de janeiro a junho de 2009. Em maio, a farmacêutica anunciou que vai cortar 6.000 postos de trabalho neste ano e pretende fechar oito unidades no mundo até 2015, como parte do processo de reestruturação adotado desde a aquisição em 2009 da rival Wyeth. (Agence France Presse / AFP)

Los Angeles / EUA
Fabricante de roupas Gap retira nova logomarca após críticas na internet A fabricante de roupas norte-americana Gap abandonou uma nova versão de sua famosa logomarca, de letras brancas sobre um fundo azul marinho, após a avalanche de críticas na internet provocada por seu lançamento, indicou a companhia. A empresa californiana, cuja marca é vendida em todo o mundo, lançou sua nova logomarca há uma semana, substituindo suas tradicionais maiúsculas brancas sobre um fundo quadrado azul marinho. A nova versão tinha a palavra "Gap" escrita em negro sobre um fundo branco, com as letras "ap" minúsculas e um pequeno quadrado azul sobre o "p". Mas as fortes críticas à nova imagem da marca tomaram as redes sociais e fóruns on-line pedindo a volta da mundialmente famosa logomarca. "Desde que lançamos a versão atualizada de nossa logo na semana passada em nosso site estamos vendo uma chuva de comentários dos clientes e da comunidade on-line", disse Marka Hansen, presidente da Gap América do Norte. "Ouvimos e vimos todos esses comentários. Vimos expressarem várias vezes a paixão que têm por nossa logo de caixa azul, e que a querem de volta", explicou. "Portanto, tomamos a decisão de fazer exatamente isso - a recuperaremos em todas as redes", acrescentou Hansen no site da marca. "Aprendemos muito durante esse processo. E está claro que não fizemos da forma correta", reconheceu. (Agence France Presse / AFP)

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AGROBUSINESS


Chicago / EUA
Cargill tem lucro trimestral maior, com ganhos no ramo de fertilizantes
A gigante norte-americana do agronegócio Cargill divulgou ontem a tarde, dia 12/10, aumento de 68% no lucro trimestral, impulsionado por sua participação majoritária na fabricante de fertilizantes Mosaic e nos negócios de alimentos e de comercialização de commodities. A Cargill teve lucro líquido de US$ 883 milhões para o trimestre encerrado em 31/8, contra US$ 525 milhões um ano antes. Excluindo ganhos com sua fatia na Mosaic, o lucro foi de US$ 693 milhões, ou 51% acima do mesmo trimestre do ano anterior. A receita global subiu 6%, para 27,8 bilhões de dólares. A Cargill, que opera em 66 países, é uma das principais companhias globais em comercialização de commodities, produção de biocombustíveis e processamento de alimentos. Ela detém 64% da Mosaic --grande produtora de fosfatos e potássio.

Da redação - São Paulo / SP
Marfrig passa a ter unidades no Oriente Médio
Com a compra da multinacional Keystone Foods, o grupo brasileiro Marfrig, de alimentos, passou a ser dono de unidades no Oriente Médio. O Marfrig já tinha plantas na América do Sul, América do Norte, Ásia, África e Europa e agora, além de mais operações na América do Norte, Europa e Ásia, também terá braços na Austrália, Nova Zelândia e Oriente Médio. Os países árabes do Oriente Médio onde a Keystone Foods mantém operações são Bahrein, Omã, Kuwait, Catar e Emirados Árabes Unidos, segundo informações do site da empresa.
Com a aquisição, o Marfrig passou a ter 151 unidades em 22 países. O anúncio da compra foi feito pelo Marfrig em junho, mas a companhia brasileira só assumiu a Keystone Foods, originalmente norte-americana, no começo deste mês, após aprovação de órgãos antritruste nos Estados Unidos e Europa. A aquisição foi feita por US$ 1,26 bilhão, depois da emissão, por parte do Marfrig, de debêntures no valor de R$ 2,5 bilhões. A Keystone Foods atua no desenvolvimento, produção, comercialização e distribuição de alimentos feitos com carne bovina, suína, aves e peixes, voltados principalmente para food service. A carteira de clientes que inclui grandes redes internacionais como McDonald’s, Campbell’s, ConAgra, Yum Brands e Chipotle.
Em 2009 a Keystone faturou US$ 6,4 bilhões. O Marfrig é considerado um dos grupos brasileiros mais internacionalizados e realizou cerca de 40 aquisições nos últimos três anos. No anúncio da compra do Keystone, a empresa informou que era o término do seu processo de compras, pelo menos para os próximos cinco anos. O grupo já era, antes mesmo da última compra, o quarto maior produtor mundial de carne e produtos de carne bovina. No primeiro semestre deste ano, o Marfrig teve receita bruta de R$ 7,2 bilhões, com crescimento de 43,5% sobre o mesmo período de 2009, quando a receita ficou em R$ 5 bilhões. O mercado externo respondeu por R$ 3,1 bilhões do total da receita e o restante veio das vendas domésticas. O lucro bruto da empresa alcançou R$ 1,2 bilhão e o lucro operacional ficou negativo em R$ 85,3 milhões. (Fonte: Assessoria de Imprensa da ANBA)

Da redação – São Paulo / SP
Alta do boi gordo desde janeiro está entre as maiores do período
Desde janeiro o preço do boi gordo acumula alta de quase 24% em São Paulo e a tendência é que maiores aumentos nas cotações ocorram no curto prazo, já que a demanda por carne está firme e a oferta segue pequena. No entanto, analisando o comportamento dos preços no mesmo período dos anos anteriores, podemos observar que uma alta de 24% pode ser considerada entre as maiores desde 1997. A exceção foi 1999, quando as cotações do boi gordo subiram 34,1% entre janeiro e outubro. Mas na média do período o aumento foi de 11,2%. Portanto, mesmo existindo uma tendência de aumento nas cotações no curto prazo, isso não significa necessariamente um movimento de alta muito acentuado, pois, quanto maiores as cotações, cresce tendência de aumento da resistência das indústrias para pagamentos mais altos. (Fonte: Scot Consultoria)

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SERVIÇOS & VAREJO

Paris/ França e São Paulo/SP
Carrefour e Casino devem registrar vendas maiores no 3º trimestre
As varejistas francesas Carrefour e Casino devem apresentar esta semana vendas maiores para o terceiro trimestre, com investidores buscando pistas sobre a confiança dos consumidores em meio à lenta recuperação econômica. Os dois grupos ainda enfrentam dificuldades em seu mercado doméstico, enquanto os consumidores gastam menos em função da crise, mas devem se beneficiar de forte desempenho em mercados emergentes na América Latina e na Ásia, além de efeitos cambiais positivos e fraca base de comparação com igual período do ano passado.
No Brasil, a rede Casino detém 36,7% do capital total do Grupo Pão de Açúcar, cujas vendas líquidas totalizaram R$ 6,98 bilhões no trimestre encerrado em junho. Já o Carrefour, por não ter capital aberto no Brasil, não divulga dados de vendas no país. Entretanto, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a rede supermercadista teve receita de R$ 25,6 bilhões em 2009, perdendo apenas para o Pão de Açúcar.
O Carrefour deve registrar um aumento de 6,2% nas vendas do terceiro trimestre, somando 25,52 bilhões de euros, segundo pesquisa da Reuters com 12 analistas. No mês passado, a varejista anunciou um plano de 1,5 bilhão de euros para reformular sua rede europeia de hipermercados, segmento para o qual analistas aguardam certos avanços. Alguns desses profissionais, contudo, consideram prematuras melhoras neste momento, considerando que as vendas em agosto costumam ser fracas.
O plano para hipermercados integra uma estratégia de três anos do Carrefour, que prevê economia de custos de 4,5 bilhões de euros, principalmente no mercado europeu. O Carrefour estima que o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) salte para cerca de 3,1 bilhões de euros em 2010, decorrente de controle de custos e maiores vendas em mercados emergentes.
Já o Casino deve registrar vendas de 7,22 bilhões de euros para o trimestre encerrado em setembro, o que significaria uma alta de 1,5% sobre um ano antes, conforme pesquisa da Reuters com 11 analistas. O grupo ocupa a quinta posição entre as varejistas francesas, atrás de Carrefour, Leclerc, Intermarche e Auchan.
Analistas esperam ver se a estratégia de corte de preços nos hipermercados da rede finalmente começarão a trazer resultados. O mercado também aguarda novidades sobre os planos de expansão do Casino, que estaria entre os interessados nas operações do Carrefour na Tailândia, avaliadas em US$ 600 milhões. (Agências Reuters e Estado)

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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Exportação de suínos recua quase 15% em setembro
O aumento nos preços da carne suína no mercado doméstico em decorrência da maior demanda levou as exportações do produto a recuarem em setembro. Foram embarcadas 51.012 toneladas no mês passado, 14,52% menos do que em igual intervalo de 2009, de acordo com a Abipecs - Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. Em receita, porém, houve alta de quase 6% sobre setembro de 2009, para US$ 123,705 milhões.
Competitividade - Segundo a Abipecs, a elevação dos preços internos do suíno e do milho (usado na ração dos animais), aliada ao real valorizado, tira a competitividade do produto brasileiro no mercado externo. Entre janeiro e setembro, as vendas externas de carne suína somaram 412.168 toneladas, queda de 8,15% ante as 448.731 toneladas de igual intervalo de 2009. A receita no período ficou em US$ 1,009 bilhão. alta de 13,66% sobre os US$ 887,8 mil de um ano antes. Os números mostram que a carne suína continua a subir no mercado externo. Segundo a Abipecs, o preço médio em setembro ficou em US$ 2.425 por tonelada, alta de 24% sobre setembro do ano passado. De janeiro a setembro, o preço médio foi US$ 2.448, ganho de 23,74%. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR)

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TI, WEB & e-COMMERCE


São Francisco / EUA
Intel bate previsões de receita e vê expansão no quarto trimestre
A Intel divulgou ontem a tarde, dia 12/10, resultado do terceiro trimestre acima das expectativas e disse que as vendas devem subir cerca de 2,7% no quarto final do ano na comparação com o período anterior. A primeira grande empresa de tecnologia dos Estados Unidos a divulgar balanço nesta temporada de resultados estima faturamento de US$ 11 bilhões a US$ 11,8 bilhões no fim do ano, em linha com as projeções de analistas de, em média, US$ 11,32 bilhões, segundo a Thomson Reuters. A companhia teve lucro líquido no terceiro trimestre de US$ 2,955 bilhões, ou US$ 0,52 por ação, contra US$ 1,86 bilhão um ano antes. O resultado ficou ligeiramente acima do esperado por analistas, de lucro de US$ 0,50 por ação.
Desde que a Intel, maior produtora mundial de chips, fez um alerta em agosto sobre a fraqueza na demanda por computadores pessoais, as ações de empresas de semicondutores subiram em parte por expectativas de que o pior para a indústria possa ter ficado para trás, e com investidores em busca de sinais de retomada para fazer suas apostas. As ações da Intel subiram cerca de 1% no after-market. No pregão regular em Nova York, os papéis da empresa tinham registrado valorização de 1,07%, terminando a US$ 19,77. A companhia teve receita no trimestre encerrado em 25/9 de US$ 11,1 bilhões, ligeiramente acima dos US$ 10,99 bilhões estimados por analistas. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Cinco tendências para observar em 2011
As listas de tendências em TI surgem às cascatas quando o final de ano se aproxima e é comum que muitas sejam super valorizadas e acabem esquecidas. Por outro lado, outras que passam despercebidas, em um primeiro momento, acabam roubando a cena e realmente transformam o mercado. Na verdade, elaborar as listas é um desafio, pois muitos movimentos de mercado são imprevisíveis. Mas um dos critérios mais precisos é acompanhar para onde o dinheiro está indo. Com isso em mente, elaboramos uma lista com as cinco tecnologias ou conceito que podem decolar em 2011.
1 - A recessão mundial é transformadora - Desde o final de 2008, muitas companhias que encararam a desaceleração no crescimento compensaram a produtividade com profundos cortes de orçamento. Em muitos casos, o total que deixou de ser gasto ficou reservado, aguardando o momento certo para ser colocado a disposição novamente. Como querem voltar a crescer, a tendência é a de que invistam em novas tecnologias, com potencial para gerar lucratividade. Por outro lado, a adição de recursos complementares aos que já existem deve ser adiada, uma vez que os principais líderes de TI estão preocupados planejando como atender as demandas mais urgentes da área de negócios, buscando prazos mais curtos para isso.
2 - Tecnologias que cortam custos permanecem em destaque - Dada a recessão, não é surpresa que a virtualização, elemento mais óbvio para o corte de custos, está ainda mais em destaque agora. Um ano atrás, o Gartner a colocou no topo das principais tecnologias para 2010, baseada em pesquisa com CIOs. Pelos nossos critérios, elas continuam no topo, seguida da computação em nuvem, software como serviço (SaaS) e aplicações de análises de negócios.
3 - Mobilidade explode - Todos podem ver que a mobilidade é uma das bolas da vez no mercado de tecnologia, mas os fornecedores estão realmente focados em gerenciamento, suporte, segurança e outros desafios que vêm com a computação móvel? Um grande percentual de profissionais está levando ao ambiente de trabalho dispositivos de armazenamento rápido e colocando documentos e e-mails sensíveis neles. E os tablets estão chegando com força cada vez maior. Mais de 30 deles foram anunciados ou entregues em 2010 e são baratos o suficiente para que muitos os comprem.
4 - Software está mudando rápido - Pegue o fenômeno da nuvem pública, pense em aplicações de larga escala baseadas em mobilidade web e você verá o começo de uma tendência que pode transformar a forma como trabalhamos. Quando você conecta dados significativos da corporação aos tablets por meio do seu data center, seja em nuvem pública ou privada, você tem tecnologia transformadora. Finalmente o mundo da TI consegue desacorrentar os trabalhadores de suas estações de trabalho, de forma que eles mantenham contato completo em qualquer lugar que estejam. Os dias dos aplicativos corporativos monolíticos, inflexíveis, baseados em redes LAN e proprietário estão chegando ao fim.
5 - Empresa 2.0 seguirá seu caminho - Informação no modelo crowdsourcing, que é o real valor da Web 2.0 para as corporações, é uma ferramenta poderosa. É uma forma simples de ajudar a companhia a iniciar qualquer novo conceito. O uso dessa informação modela ideias, fornece visões valiosas e está no caminho para se tornar mais presente. Isso não significa que as ferramentas atuais de Web 2.0 vão acompanhar o movimento. Pelo contrário. As empresas estão vendo esse ponto como estratégia de negócios e não de tecnologia.




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