Edição 413 | Ano II

São Paulo / SP
Brasil quer exportar US$ 20 bilhões em TI até 2020
O Brasil quer chegar em 2020 com um volume de exportações em TI da ordem de US$ 20 bilhões e se posicionar entre os quatro maiores fornecedores mundiais de serviços, ao lado dos EUA, Índia e China. A estratégia para alcançar esse objetivo será balizada por um estudo que a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) encomendou à consultoria McKinsey, com o intuito de mapear o mercado nacional de outsourcing.
Batizado de Brasil 2020, o novo relatório da Brasscom deve servir como base para elaborar uma agenda do setor para os próximos dez anos. “A ideia é identificar como a TI estará em 2020 e o que o País precisa fazer para ser o terceiro ou o quarto centro global de serviços [do mundo]”, explica o presidente da Brasscom, Antonio Gil. Para atingir essa posição, os negócios de offshore teriam de registrar um crescimento de mais de seis vezes em dez anos. Alcançar essa meta exigiria um contingente de mão de obra de aproximadamente 750 mil profissionais, o que é um dos grandes desafios do País, que deverá fechar 2010 com um déficit de 70 mil especialistas de TI.
No ano passado, as exportações de TI do Brasil ficaram em US$ 3 bilhões e as previsões para 2010 são de uma receita de US$ 3,5 bilhões. Já o mercado total de TI gerou, no último ano, cerca de US$ 60 bilhões, o que coloca o País como o oitavo maior do mercado mundial desse setor. Segundo Gil, a indústria nacional é uma das mais sofisticadas do mundo, mas só conseguirá atingir as metas de 2020 se o setor for tratado como essencial nas políticas públicas. Ele destaca que os governantes precisam entender que a TI é estratégica para o crescimento do País e devem derrubar as barreiras que impendem que o setor seja mais competitivo no exterior.
Entre os principais obstáculos, o presidente da Brasscom cita o alto custo da mão de obra, que responde por 70% dos custos das companhias de serviços, a defasagem educacional dos profissionais e falta de uma política de inovação para fortalecimento das empresas do setor.
O estudo Brasil 2020 tentará traçar uma nova radiografia desse mercado para buscar apoio do governo para a agenda do setor. Gil informa que o levantamento está em fase inicial e deverá levar aproximadamente seis meses para ser concluído.

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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO da Semana – 25 de setembro a 1 de outubro

INCC-M desacelera em setembro - O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou taxa de variação de 0,20% em setembro. A taxa relativa a Materiais, Equipamentos e Serviços variou 0,35%, enquanto a variação do índice referente à Mão de Obra foi de 0,04%.


IGP-M sofre alta em setembro - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou em setembro variação de 1,15%. No mês anterior, a taxa foi de 0,77%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem de agosto para setembro: IPA, de 1,24% para 1,60%; IPC, de -0,27% para 0,34% e INCC, de 0,22% para 0,20%.

Aumenta confiança da indústria em setembro - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas elevou-se em 0,4% entre agosto e setembro de 2010, ao passar de 112,9 para 113,4 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

IPC-S sobe na última semana de setembro - O IPC-S de 30 de setembro de 2010 apresentou variação de 0,46%, 0,06 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,82%, no ano e 4,36%, nos últimos 12 meses.

Indústria
PIM – Produção industrial varia -0,1% em agosto -
De acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês de agosto a produção industrial variou -0,1% em relação a julho, na série livre de influências sazonais, após avançar 0,6% em julho. Comparando a agosto de 2009 houve expansão de 8,9%, completando dez meses consecutivos de taxas positivas. Nos primeiros oito meses do ano, o acumulado foi de 14,1% enquanto a taxa em 12 meses manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado, ao passar de 8,3% em julho para 9,9% em agosto.
Mercado de Trabalho

PED - Desemprego cai pelo quinto mês consecutivo - A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Dieese, pela Fundação Seade e por parceiros regionais, mostra que em agosto o contingente de desempregados nas sete regiões analisadas foi estimado em 2625 mil pessoas - 104 mil a menos do que no mês anterior. A taxa de desemprego total passou de 12,4% em julho para os atuais 11,9%. Já a taxa de participação permaneceu estável no período (60,6%, ante 60,5% no mês anterior). O nível de ocupação cresceu 0,8% em agosto e 104 mil pessoas saíram da situação de desemprego. O total de ocupados nas sete regiões foi calculado em 19.438 mil pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA), em 22.062 mil.

Setor Público
Superávit primário do setor público não financeiro alcança R$5,2 bilhões em agosto - Em agosto, o setor público não financeiro registrou superávit primário de R$2 bilhões. O resultado do Governo Central foi superavitário em R$ 3,5 bilhões; o dos governos regionais em R$ 1,3 bilhão e o das empresas estatais em R$ 457 milhões. No ano, o superávit primário acumulado alcançou R$47,8 bilhões (2,07% do PIB), comparativamente a R$43,5 bilhões (2,14% do PIB) no mesmo período de 2009. No acumulado em doze meses, o superávit alcançou R$68,8 bilhões (2,01% do PIB), reduzindo-se 0,01 p.p. do PIB em relação ao acumulado até julho.

Setor Externo
Balança Comercial - Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras em setembro de 2010 alcançaram US$ 18,833 bilhões, com média diária de US$ 896,8 milhões. Nos 21 dias úteis do mês, foram importados US$ 17,740 bilhões, com média diária de US$ 844,8 milhões. No período, a corrente de comércio foi de US$ 36,573 bilhões (média diária de US$ 1,741 bilhão) e o superávit de US$ 1,093 bilhão (média diária de US$ 52 milhões). As exportações aumentaram 35,9%, na comparação pela média diária, em relação a setembro do ano passado, que teve média de US$ 660,1 milhões. No mesmo período comparativo, as importações cresceram 41,3% sobre a média de US$ 597,8 milhões de setembro de 2009, enquanto o saldo comercial diminuiu 16,5% - média diária de US$ 62,3 milhões, nesse mesmo período. No comparativo com a média diária das exportações registradas em agosto deste ano (US$ 874,4 milhões), houve aumento de 2,6% nas exportações. A média das importações também cresceu 10,6% sobre a do mês passado (média de US$ 763,5 milhões). Na média do saldo comercial, houve queda de 53,1% na comparação com o resultado de agosto último (média de US$ 110,9 milhões).

Economia Internacional
PIB dos EUA sobe no segundo trimestre de 2010 - O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre deste ano sofreu leve alta de 1,7%, segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio norte-americano. As despesas dos consumidores subiram mais do que o esperado. Entre abril e junho deste ano, os gastos com consumo pessoal subiram 2,2% e ficaram acima do resultado do primeiro trimestre (1,9%).


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Mercados na Ásia sobem com forte entrada de estrangeiros
As bolsas asiáticas atingiram suas máximas em dois anos nesta segunda-feira, dia 4/10, impulsionadas pelo interesse de investidores em mercados emergentes. A atividade manufatureira chinesa tem se mantido surpreendentemente em alta, mantendo o mercado confiante quanto às perspectivas da região e impulsionando as bolsas da região.
- O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,7%, aos 453 pontos, maior nível desde junho de 2008.
- O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO perdeu 0,25%, para 9.381 pontos, antes de decisão do Banco do Japão na terça-feira.
- Em HONG KONG o índice Hang Seng subiu 1,17%, para 22.618 pontos.
- XANGAI não operou.
- TAIWAN terminou praticamente estável, aos 8.246 pontos.
- Em SEUL o índice ganhou 0,14%, para 1.879 pontos.
- A bolsa australiana fechou em alta de 1,01%, para 4.625 pontos.
- CINGAPURA subiu 0,85%, para 3.157 pontos.
Análise - "Os estrangeiros continuam comprando em meio à recente fraqueza do dólar e uma preferência crescente por ações de mercados emergentes", disse Lee Jin-woo, analista de mercado na Mirae Asset Securities, em Seul. O forte fluxo de investimentos estrangeiros para a região tem valorizado as moedas asiáticas, colocando pressão sobre os bancos centrais regionais para intensificarem a intervenção, limitando a entrada de capital especulativo. Líderes financeiros se reúnem com o Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana, e a ideia de países manterem suas moedas fracas para o ganho de exportação tende a ser um tema delicado. "A volatilidade provavelmente continuará esta semana, tanto após o evento de terça-feira quanto com dados de emprego nos EUA também previstos para esta semana", disse Hiroaki Kuramochi, diretor na Tokai Tokyo Securities

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão de hoje, dia 4/10, em alta de 4,53 pontos (0,08%), aos 5.597,24. O barril de petróleo Brent para entrega em novembro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 83,63, queda de US$ 0,12 frente à sessão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em leve baixa de 0,03%, aos 6.209 pontos. O euro abriu em alta no mercado de divisas de Frankfurt cotado a US$ 1,3755, frente a US$ 1,3744 da jornada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3726.
- Paris / França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu hoje em baixa de 0,08%, aos 3.689,18.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35, principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, abriu hoje, dia 4/10, em baixa de 34 pontos (0,33%), aos 10.416.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu o pregão de hoje, dia 4/10, em baixa de 0,22%, aos 20.436,39 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share caiu 0,21%, para 21.046,23 pontos.


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INDÚSTRIA

São Paulo / SP
Camargo Corrêa Cimentos quer elevar produção para 14 milhões de toneladas até 2016
A Camargo Corrêa Cimentos pretende elevar sua capacidade de produção para 14 milhões de toneladas entre 2011 e 2016, ante as 8 milhões de toneladas produzidas atualmente. Em comunicado, a empresa destaca que está ampliando a capacidade nas unidades industriais que já possui, com destaque para o Sudeste e Centro Oeste, e investindo na construção de novas unidades nas regiões Norte e Nordeste. A empresa informa ainda que para suportar sua estratégia de expansão e crescimento estuda opções de fonte de recursos, incluindo a geração de recursos próprios, o aumento de capital pelos acionistas e o financiamento junto ao setor financeiro, não sendo descartada uma composição entre essas diversas fontes. A empresa também tem forte atuação no exterior. Líder na Argentina, após a compra da Loma Negra, em 2005, e maior acionista individual da portuguesa Cimpor (uma das dez maiores fabricantes de cimento do mundo), a Camargo Corrêa também tem operações na África. (Agência Estado)

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AGROBUSINESS

Da redação – São Paulo / SP
Recuperação da carne de frango é interrompida
Segundo a análise semanal do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), os preços da carne de frango não resistiram ao final do mês, quando tipicamente a demanda desaquece, e registraram baixa nas praças pesquisadas pela entidade. O valor do frango vivo, por exemplo, terminou o mês em queda nas granjas de São Paulo. O quilo da ave viva recuou para R$ 1,90. Já os preços do peito de frango com osso e da coxa, ambos congelados, também caíram. No acumulado do mês (até dia 29/9), no entanto, as cotações desses cortes subiram. De modo geral, conforme pesquisas do Cepea, a baixa oferta de carne de boi no mercado brasileiro acabou influenciando os preços das carnes concorrentes, como a de frango e a suína.

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Vendas de veículos em setembro caem 1,84% sobre agosto
Os emplacamentos de veículos novos no mercado brasileiro somaram 307.043 unidades em setembro, queda de 0,54% ante igual mês de 2009, segundo informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em relação a agosto deste ano, houve uma queda de 1,84%. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Nos nove primeiros meses de 2010, foram vendidas 2.501.905 unidades, alta de 8,69% ante o mesmo período de 2009.
Considerando o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, que inclui motos e implementos rodoviários, o setor automotivo vendeu 478.323 unidades em setembro, um acréscimo de 4,78% ante o mesmo intervalo de 2009. Em relação a agosto passado, houve queda de 0,84%. Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas somaram 3.888.926 unidades, o que representa um avanço de 9,45% ante os primeiros nove meses de 2009. Levando-se em conta apenas automóveis e comerciais leves, as vendas em setembro caíram 1,77%, para 291.409 unidades, ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com agosto, houve queda de 1,75% no número de emplacamentos. Em nove meses, a alta é de 7,12%, para 2.368.932 unidades.
Os dados divulgados mostram que a Fiat liderou, com 23,13%, as vendas de automóveis e comerciais leves nos primeiros nove meses do ano. A Volkswagen aparece na segunda posição, com 20,9%, seguida da General Motors (GM), com 19,9%. A Ford, com 10,1% das vendas, e a Renault, com 4,68%, aparecem na sequência.Em setembro, o ranking de vendas de automóveis e comerciais leves está dividido da seguinte forma: Fiat (22,93%), Volkswagen (20,47%), General Motors (20,23%), Ford (9,31%) e Renault (5,4%).
Outros veículos - Já as vendas de caminhões e ônibus, com 15.634 unidades em setembro, saltaram 29,92% ante igual mês de 2009. Em relação a agosto, ocorreu uma retração de 3,51%. No acumulado do ano, as vendas foram 47,27% maiores e atingiram 132.973 unidades. Ainda de acordo com a Fenabrave, foram vendidas 160.418 motocicletas em setembro, elevação de 14,83% ante o nono mês de 2009 e de 1,2% na comparação com agosto. No acumulado do ano, com 1.298.047 motos vendidas, o mercado registra alta de 9,47% nas vendas. O comércio de implementos rodoviários somou 4.798 unidades no mês passado, expansão de 43,82% ante setembro de 2009. Em relação a agosto, houve queda de 2,95%. Na comparação com os primeiros nove meses do ano passado houve alta de 47,5%, com vendas de 41.575 unidades.
Projeção - A Fenabrave manteve suas projeções de vendas para 2010 praticamente iguais às perspectivas anteriores, divulgadas em junho. Segundo a entidade, as vendas totais devem crescer 8,05% no ano, para 5.132.302 unidades. A projeção anterior previa alta de 7,82%, para 5.121.540, praticamente em linha com a atual. As vendas de autos e comerciais leves deve crescer 6,40% neste ano para 3.201.866 unidades. A previsão anterior era de alta de 6,49%. Os caminhões devem avançar 42,56% para 155.596 unidades, ante projeção anterior de 39,92%.
No segmento de ônibus, as vendas devem crescer 25,01% para 28.246 veículos, ante expectativa inicial de alta de 17,41%. No segmento de motos, o avanço será de 8,54% para 1.746.593. A previsão de junho era de alta de 7,99%. O presidente da entidade, Sérgio Reze, afirmou hoje que a ligeira queda registrada nas vendas em setembro foi causada pelo menor número de dias úteis em comparação com agosto. Foram 22 dias úteis em agosto ante 21 dias úteis em setembro, mas a média de vendas por dia em setembro foi 2,93% superior ao mês anterior, com 13.877 unidades/dia.
Considerando o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, o setor automotivo vendeu 478.323 unidades em setembro, queda de 0,84% ante agosto. Ante setembro de 2009, houve alta de 4,78%. O executivo afirmou estar otimista com as vendas em 2011. "O ritmo de crescimento deve se manter no ano que vem, mas ainda não temos projeções oficiais", afirmou hoje em coletiva de imprensa. Segundo ele, não há nenhum indício na economia de que as condições do mercado possam se alterar. Ele destacou, no entanto, que o setor teme um eventual aumento na tributação no novo governo federal. (Agência Estado)

Paris / França
Renault quer ganhar participação no Brasil
Quando o presidente mundial da aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, esteve no Brasil, em abril, disse que não aceitava o fato de a Renault ser a quinta maior montadora do país. Parece que o recado surtiu efeito. Em agosto, a Renault havia crescido 61%, em relação ao mesmo mês de 2009. No acumulado deste ano, a alta foi de 31%, ante 8,4% na média do mercado. Agora, a Renault anuncia novos modelos para tentar aumentar sua participação de 5,6% para 10% nos próximos três anos - somando as vendas da Nissan no país, que devem ficar em 2%. Segundo o presidente da Renault do Brasil, Jean-Michel Jalinier, o "jipinho" Duster será feito em São José dos Pinhais/PR e lançado no primeiro semestre do ano que vem. Já o sedã Fluence, que aposentará o Mégane, será feito na Argentina e chegará ao Brasil em um ano.
Haverá ainda uma nova picape leve."Só com uma picape, vamos aumentar a participação de mercado", afirma o executivo. Esses três novos produtos fazem parte do investimento de R$ 1 bilhão para os próximos três anos. É pouco, se comparado às líderes do mercado Fiat, Volkswagen, Chevrolet e Ford. Somadas, elas vão investir quase R$ 20 bilhões até 2015 no Brasil. De acordo com a Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores -, a previsão é que a venda de carros e comerciais leves suba de 3,4 milhões neste ano para 5 milhões em 2015.
Para a Renault, isso não deve ser um problema. Hoje, a fábrica do Paraná trabalha com cerca de 60% de ociosidade, enquanto as fábricas da GM, em Gravataí/RS, da Fiat, em Betim/MG, e da Ford, em Camaçari/BA, operam quase no limite da capacidade produtiva. Jalinier disse ainda que aumentar a produção de 150 mil para 500 mil carros por ano nas fábricas do grupo no Mercosul vai gerar 2 mil empregos diretos - subiria de 5 mil para 7 mil. A Renault, porém, terá muitos desafios pela frente. No Brasil, seus carros têm fama de ter manutenção cara e baixo valor de revenda. Isso para quem conhece a marca. "Em pesquisas, constatamos que só 50% das pessoas conhecem a Renault no Brasil", afirma Jalinier. (Agência Folha – Fabiano Severo – enviado especial)

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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
L'Occitane planeja estar em 500 farmácias em três anos
A partir de hoje, a L'Occitane passa a vender 80 produtos de seu mix em unidades da rede de farmácias DrogaRaia em São Paulo. É o início de um plano que tem como meta comercializar itens da marca em 500 pontos de drogarias em até três anos. A empresa já negocia com outras redes, como Onofre e Drogasil, e avalia a possibilidade de criar store-in-store em drogarias que tiverem espaço físico para isso. Com 55 lojas próprias no Brasil, a rede francesa começou a avaliar, há cerca de um ano, a possibilidade de ampliar a atuação por meio de parcerias no varejo. Além disso, a empresa quer chegar a 70 lojas no país até março de 2011 e 100 unidades em 2012. Ainda prevê ampliar o faturamento em 35% este ano (foram R$ 102 milhões em 2009, com expansão de 30% em relação a 2008).

Da redação – São Paulo / SP
Andorinha expande área, na contramão dos hipermercados
Enquanto os hipermercados vêm perdendo faturamento e diminuindo a área de vendas para recuperar rentabilidade, um supermercado a quase 20 km do centro de São Paulo vive uma realidade diferente. No bairro do Horto Florestal, na zona norte da capital, o Andorinha está em reforma: todas as lojas de apoio que ficavam na frente dos caixas foram retiradas, abrindo espaço para aumentar a área de vendas de 5,5 mil m² para 6,6 mil m². Até o início de 2011, o número de caixas do Andorinha vai pular de 84 para 107 e o faturamento, que no ano passado foi de R$ 234,9 milhões, deve chegar a R$ 300 milhões até dezembro, quase 30% mais. Qual é o segredo? "O Andorinha é um hipermercado que não perdeu o jeitão de vendinha de bairro", diz Amauri Gouveia, diretor operacional da empresa, fundada por seu pai em 1974. Na época, o armazém funcionava em 232 m² com três caixas, no mesmo endereço atual. Hoje, o prédio tem mais de 110 mil m² e inclui um shopping com 80 lojas (para onde os lojistas à frente dos caixas foram transferidos), com adega de vinhos, salão de beleza, correios, uma unidade do Magazine Luiza, entre outros. O shopping foi inaugurado no fim do ano passado, com investimentos de R$ 20 milhões. Na garagem, com 1.480 vagas, o Andorinha construiu um túnel por baixo da rua ligando os dois prédios. Seguindo a filosofia de oferecer soluções aos clientes, o Andorinha é um dos poucos supermercados onde é possível, por exemplo, encontrar claras de ovos vendidas separadamente, embaladas em garrafas plásticas, depois de pasteurizadas. Na área de frios, o cliente não precisa ficar na fila do presunto fatiado na hora junto com seu carrinho: bem ao lado há uma espécie de estacionamento para eles. A antiga máquina de moer café na hora - aposentada em quase todos os supermercados - no Andorinha continua funcionando a todo vapor. Sugestões de clientes também passaram a ser bem-vindas. Uma delas foi vender filé de peito de frango moído.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Importações batem recorde histórico em setembro
O crescimento das importações no ano provocaram em setembro o recorde histórico do volume gasto para a entrada de produtos importados no país, informou o secretário de Comércio Exterior do MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, Welber Barral. Segundo os dados históricos do MDIC, o volume de importações, de US$ 17,740 bilhões em setembro deste ano, superou o resultado de agosto de 2008, de US$ 17,44 bilhões. Segundo Barral, os fatores que explicam a alta das importações, além de razões sazonais, o mercado interno aquecido, o câmbio - que torna as importações ainda mais baratas - e a alta das exportações. "Quando há um aumento das vendas para o exterior, também há um aumento de importação de insumos, que são 50% das importações", explicou Barral. As compras para o Natal também produziram em setembro um impacto para a alta das importações. "Em geral, para a formação de estoques, essas compras são concentradas nos meses de agosto e setembro. Em outubro, há uma redução", aponta o secretário. No ano, há um avanço de 64,2% nas importações de automóveis, que responde solitariamente por quase metade das importações de bens de consumo duráveis. Em setembro, na comparação com igual mês do ano passado, também houve um forte avanço nas importações de bens de capital (máquinas e equipamentos), de 50,5%. "Há impacto direto dos investimentos estrangeiros que entram no país", explica Barral Pelo lado das exportações, o mês passado atingiu o segundo melhor resultado da história para meses de setembro. Segundo Barral, é importante ressaltar que as exportações para todas as regiões apresentam alta em relação ao acumulado de janeiro a setembro do ano passado. "Houve recuperação das exportações também para o mercado africano", informou Barral. Segundo o secretário, o crescimento das vendas para o continente é importante pela diversificação dos produtos exportados, como açúcar, carne, milho, veículos e bens de capital.

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TI, WEB & e-COMMERCE


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Google Street View comete gafe com o Rio de Janeiro
A Google cometeu uma gafe com o estado do Rio de Janeiro. O nome do estado, em todas as cidades registrados pelas câmeras do Google Street View, foi substituído pela palavra inglesa Landfill, que significa aterro sanitário ou, de forma mais coloquial, lixão. O Google Street View, serviço adicional ao Google Maps que permite visualizar imagens reais dos locais buscados, entrou em atividade ontem no Brasil, com bastante entusiasmo. Não demorou muito para que os usuários começassem uma verdadeira caça por familiares, pessoas e locais conhecidos. O que pouca gente notou, no entanto, é que ao passar o mouse sobre as imagens, percebe-se que o nome do estado do Rio de Janeiro foi substituído pela palavra Landfill, que quer dizer de forma mais ampla aterro, mas que é mais usado como o nome dado aos grandes depósitos de lixo, na língua inglesa. A Praia de Copacabana, conhecida internacionalmente, a nobre Ipanema e até mesmo a estrada que leva ao Cristo Redentor, no Corcovado, receberam a desagradável nomeação. A cidade de Niterói, também mapeada, contém a mesma palavra. Isso não acontece nos estados de São Paulo e Minas Gerais, nomeados corretamente. Procurada pela Geek, a Google informou através de sua asessoria de imprensa que o sistema associou incorretamente parte do nome do Aterro do Flamengo ao campo que abriga o nome do estado. O erro, segundo a empresa, já está sendo corrigido.

Seul / Coréia do Sul
Vendas de chips devem ter forte desaceleração em 2011
O crescimento das vendas globais de processadores deve ser menor no ano que vem em decorrência de um ambiente econômico incerto, embora o setor não enfrente forte desaceleração, afirmou a consultoria iSuppli. A iSuppli informou que as vendas mundiais de semicondutores em 2011 devem subir 5,1%, um arrefecimento significativo ante a projeção para este ano, de crescimento de 32%. A previsão para 2010, anteriormente em alta de 35,1%, foi reduzida pelo enfraquecimento da demanda e pelo aumento dos estoques. "Condições econômicas instáveis e um mercado receoso continuam a criar um ambiente de fraca visibilidade junto a atuais incertezas da indústria de eletrônicos", disse Dale Ford, vice-presidente da iSuppli, em comunicado. A desaceleração econômica afetou a demanda por computadores pessoais, equipamentos que mais utilizam processadores, derrubando os preços do chips. Entretanto, a iSuppli estima que o setor registre receita recorde de US$ 302 bilhões este ano, contra US$ 228 bilhões em 2009, recuperando-se de sua maior desaceleração. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Certisign, Carrefour, PayPal, Buscapé, Gol e B2W recebem prêmio de e-commerce
Durante o e-Commerce Day São Paulo 2010, na semana passada, foi entregue o e-Commerce Award, prêmio para as empresas e empreendimentos que, por meio de suas inovações, mais contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da economia digital. Criado pelo Instituto Latino-americano de Comércio Eletrônico (ILCE) em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), o prêmio elegeu empresas nas categorias Mais Inovadores, Novos Atores, Líderes Abrindo Novos Mercados, Os que Mudaram a Regra do Jogo, Líderes do e-Commerce e Empresa do Ano do e-Commerce. Os vencedores foram, respectivamente, Certisign, Carrefour, PayPal, Buscapé, Gol Linhas Aéreas e B2W.

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Florianópolis / SC
Censo vai avaliar investimentos nos portos brasileiros
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começa segunda-feira uma espécie de censo nos grandes portos do País. O trabalho vai começar pelos 15 principais portos brasileiros, mas até o fim do ano deverá cobrir todo o sistema portuário nacional. As informações coletadas por técnicos da universidade vão compor um plano emergencial, que será entregue à Secretaria Especial de Portos (SEP), ligada à Presidência da República. O plano irá prever um conjunto de ações para sanar ou reduzir restrições existentes nos portos. O objetivo é melhorar as condições do fluxo do comércio exterior em um período de três anos. As ações estarão voltadas para atividades como gestão, economia portuária e finanças, operação, logística e áreas de influência do porto, ambiente e planejamento.
O plano emergencial a ser entregue à SEP faz parte de uma estratégia maior que passa por estruturar um Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP) para os 35 portos do país em um horizonte de 20 anos. O trabalho deverá indicar o que o sistema portuário do Brasil precisará para atender ao crescimento do comércio exterior, disse Fabrizio Pierdomenico, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Portuário da SEP. A ideia do plano é dar uma visão do sistema portuário até 2030. O PNLP será elaborado pela UFSC por meio de um termo de cooperação assinado com a SEP, em março deste ano, e que prevê o repasse de R$ 30 milhões pelo governo à universidade. Os recursos permitirão contratar técnicos, consultores e elaborar os estudos. O porto de Roterdã, na Holanda, considerado referência internacional, está atuando como consultor na parte do projeto, que trata da elaboração de planos diretores para os 15 principais portos.
Os 15 portos são Rio Grande/RS, Itajaí/SC, Paranaguá/PR, Itaguaí e Rio de Janeiro, ambos no Rio, Vitória/ES, Salvador e Aratu, na Bahia, Suape/PE, Mucuripe e Pecém, no Ceará, Itaqui/MA, Vila do Conde e Santarém, no Pará. O porto de Santos, que faz parte da lista, terá seu plano diretor revisto. Além de elaborar o PNLP e os planos diretores, a UFSC também vai trabalhar na capacitação de pessoal das autoridades portuárias nos Estados e na montagem de uma base de dados que inclui um sistema de georeferenciamento, utilizado para indicar os melhores portos para as cargas, dependendo da origem.
O plano emergencial previsto para ser entregue ao governo até dezembro vai atacar questões comuns aos portos. "A tendência é termos ações estruturadas que resolvam problemas semelhantes em muitos portos ao mesmo tempo", disse Danilo Ramos, coordenador-geral do PNLP na UFSC. Ramos disse que as ações do plano emergencial serão apoiadas não só nos dados coletados no censo portuário, mas também por informações "secundárias" encontradas em estudos e relatórios sobre o setor. Ele informou que estão previstas reuniões com associações e entidades de classe com interesses nos portos para determinar o que deve ser prioritário em termos emergenciais.
Para Pierdomenico, pensar o sistema portuário a longo prazo significa olhar a vocação de cada porto, analisar os tipos de carga e suas diferentes origens e ver quais serão os portos mais demandados. Um dos pontos que o PNLP vai estudar é a capacidade dos portos em termos de movimentação de cargas. O secretário afirmou que a SEP tem uma estimativa sobre a capacidade de movimentação, mas não quis antecipar o número, que será indicado pelo plano. Quando estiver pronto, o PNLP vai indicar qual será a capacidade instalada necessária para os portos brasileiros daqui a 20 anos. Hoje é difícil obter dados precisos sobre a capacidade total de carga dos portos brasileiros. Há previsões sobre a movimentação. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) prevê que este ano os portos e terminais privativos deverão movimentar 760 milhões de toneladas de cargas, volume 3,8% maior do que em 2009. O volume será inferior aos 768,3 milhões de toneladas de 2008. (Agência Valor)




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