Edição 409 | Ano II

São Paulo / SP
Varejo começa a sentir os efeitos da maior competição nos cartões
O mercado de cartões de crédito começa a sentir os efeitos das medidas para ampliar a competição, implementadas há dois meses. As taxas cobradas dos lojistas pelas credenciadoras já caíram cerca de 0,7 ponto porcentual e novos competidores, como o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), resolveram entrar nesse mercado, o que deve acirrar a concorrência -o Santander já está atuando no setor, com a GetNet. Dados preliminares da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) indicam que a taxa média cobrada dos lojistas por transação com cartões de crédito caiu da casa dos 3,2% para 2,5%. A queda ocorre por conta das negociações entre as credenciadoras e os comerciantes, sobretudo os de médio e menor porte, segundo o diretor da CNDL, Roberto Alfeo.
Desde o dia 1/7, os terminais da Cielo, que antes eram exclusivos da Visa, leem cartões da Mastercard e American Express. Os da Redecard passaram a capturar transações para a Visa. Mas, até agora, os comerciantes têm preferido ficar com os dois terminais, das duas principais credenciadoras (leia texto ao lado). Não há dados oficiais sobre essa movimentação. Segundo o diretor da CNDL, muitos comerciantes, especialmente os de pequeno porte, não sabem que podem ficar só com um terminal. Os especialistas das empresas de cartões dizem que boa parte dos comerciantes vai ficar com os terminais das duas credenciadoras por conta de eventuais problemas tecnológicos. Assim, se a rede de uma cair, como ocorreu no Dia das Mães, por exemplo, as transações migram para a outra rede.
Outros comerciantes preferem manter as duas máquinas por conta da aceitação dos cartões. A Cielo ainda não aceita todos os vales-refeição e alimentação. Só começou a aceitar os cartões da Ticket, por exemplo, no mês passado - e ainda não aceita outros vales de benefícios, como o VR. A Redecard não aceita o Visa Vale ainda.Mas os comerciantes estão sentido maior competição entre as duas credenciadoras. Tanto a Cielo como a Redecard, que dominam 90% do mercado, têm feito ações com lojistas para tentar mantê-los em sua rede de clientes. A Redecard, por exemplo, dá cupons que sorteiam prêmios ao proprietário do estabelecimento toda vez que um determinado volume de transações passar por seus terminais. Além disso, o preço do aluguel do POS (como chama o terminal que faz a leitura dos cartões) tende a cair. O Santander não tem cobrado esse valor, que varia de R$ 80 a 200.
A disputa acirrada - O próprio contrato da Caixa Econômica Federal anunciado no começo do mês mostra que as duas credenciadoras estão disputando transação por transação. O banco vinha desde o começo do ano com um processo para selecionar um credenciador e surpreendeu o mercado ao manter a Cielo e a Redecard. No modelo anunciado, a Cielo tem 30% dos clientes da Caixa e a Redecard, o restante. "A parceria é uma chance de aumentarmos esse porcentual", considera o presidente da Cielo, Rômulo Mello Dias. Segundo ele, o fato de a empresa ter credenciado lojistas em praticamente todos os municípios brasileiros é um dos pontos que podem contribuir para aumentar as operações com a Caixa, banco também presente em regiões remotas do País e com muitos clientes da baixa renda. A expectativa dos analistas para os próximos anos é que a Cielo e a Redecard tenham queda nas receitas com transações, por causa da redução da taxa cobrada dos lojistas. Os analistas Rafael Ferraz e Sergio Goldman, do Safra Banco de Investimento, preveem queda de 20% nas taxas cobradas dos lojistas até 2012 e queda de 35% nas receitas com o POS, por conta da redução do aluguel. "O efeito real da concorrência só será visto em 2011", destaca relatório do banco. (Agência Estado)

Brasília/DF e São Paulo/SP
Concentração no setor de saúde já preocupa o Cade
A concentração cada vez mais evidente de empresas na área de saúde acendeu uma luz amarela no Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O assunto foi debatido entre os conselheiros ontem depois que dois atos de concentração passaram por julgamento. Apesar de terem aprovado as operações, alguns conselheiros mostraram-se preocupados com a celeridade da modificação da estrutura do setor. "Precisamos dar mais atenção a esse processo de consolidação. Não temos ainda preocupação muito grande neste momento, mas vejo o processo como muito rápido e, em breve, teremos confronto", previu o conselheiro Ricardo Ruiz.
Ontem, o Cade aprovou a compra de 100% do capital social das sociedades do Grupo Amesp pela Medial Saúde (de atuação nacional) e pelo Hospital Alvorada Taguatinga (Distrito Federal). As empresas atuam na comercialização de planos de assistência à saúde e na prestação de serviços médico-hospitalares. Também deram aval para a aquisição, pela Amico, da totalidade das cotas da Life System Assistência Médica, EMED Serviços Médicos Hospitalares, Hospital Metropolitano e Life System Serviços Médicos Ambulatoriais e Diagnósticos.
Apesar terem aprovado os negócios, os conselheiros votaram pela criação de uma cláusula de não concorrência com duração de cinco anos e que está limitada aos municípios em que a empresa comprada atua. Essa cláusula evita que a empresa vendedora dos ativos - e que, portanto, possui conhecimento do setor, bem como tem acesso aos fornecedores e consumidores -, reinicie suas atividades no ramo, passando a concorrer com a compradora.
Padrão de concorrência. O relator dos dois casos aprovados ontem, conselheiro Carlos Ragazzo, salientou ser importante identificar o padrão de concorrência dos planos de saúde para o futuro. Além disso, comentou sobre a necessidade de se saber como isso poderá impactar a entrada de empresas que queiram atuar nessa área. Ele argumentou que é preciso aprofundar o conhecimento de todo o setor - do plano de saúde à farmácia. "A verticalização não se limita a planos de saúde de hospital, está indo passos além disso." Já Ruiz destacou ter identificado o início mais forte das mudanças no setor há dois anos, com a crescente quantidade de ofertas públicas de ações na Bolsa.
Para se ter uma ideia, em 2007 a Drogasil, a Amil e a Medial optaram por abrir seu capital. Em 2009, a rede de laboratórios de análises clínicas Fleury também aderiu a essa forma de captar recursos. Há uma lista de empresas da área de saúde que já disseram desejar se integrar ao mercado de ações - entre elas, a rede de farmácias Droga Raia, a farmacêutica Eurofarma e o conjunto de hospitais Rede D"Or. (Agência Estado)


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MANCHETES - Principais Jornais do Brasil e do Mundo

JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Petrobras conclui maior venda de ações da história
Agora S.Paulo - Trabalhar com proteção dará tempo maior para aposentadoria
O Estado de S.Paulo - Megacapitalização pode por R$ 50 bi no caixa da Petrobras
O Globo - Eleições 2010: Lula diz que pode ter sido enganado no caso Erenice
Valor Econômico - Disparam os preços da energia
Correio Braziliense - Ficha limpa causa impasse no STF
Estado de Minas - A vitória dos botecos
Diário do Nordeste - CE: 349 focos de queimadas no ano
A Tarde - Bahia tem 21 candidatos com ficha suja disputando a eleição
Extra - Lula é bonito/ Bonito, hein, Lula
Zero Hora - Multas por falta de uso do cinto dobram

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - FDA restringe remédio contra diabetes e cita riscos cardíacos
The Washington Post (EUA) - Mulher será executada na Virgínia por assassinato em 2002
The Times (Reino Unido) - Eu não serei expulso do Afeganistão - Patraeus
The Guardian (Reino Unido) - David Miliband trabalhará para Ed se ele perder
Le Figaro (França) - O apelo de Obama pela paz no Oriente Médio
Le Monde (França) - Reformas nas pensões: mobilização permanece forte
China Daily (China) - Wen: não culpem o yuan pelo deficit
El País (Espanha) - Governos do PP esquentam a greve com aumento dos serviços mínimos
Clarín (Argentina) - Serviços dão golpe no bolso da classe média

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm sinais mistos
Os principais mercados da Ásia encerraram no campo positivo por conta de fatores internos. Nesta sexta-feira, dia 24/9, contudo, outras bolsas foram no embalo do fraco desempenho de Wall Street. Não houve negociações na China por ser feriado.
- A Bolsa de Hong Kong teve elevação pela quinta sessão seguida, alavancada por novas IPOs e pelo setor imobiliário. O índice Hang Seng subiu 71,72 pontos, ou 0,3%, e terminou aos 22.119,43 pontos, o maior fechamento desde 15 de abril - na semana, o índice acumulou alta de 0,7%.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, encerrou o dia em queda, com os investidores relutantes em construir novas posições. O índice Taiwan Weighted retrocedeu 0,4%, fechando em 8.166,62, pontos.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em alta, com a redução das preocupações sobre uma possível recessão global e a expectativa de ganhos robustos de empresas locais no 3º trimestre. O índice Kospi subiu 0,8% e fechou aos 1.846,60 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, acompanhou as bolsas de Nova York e fechou em queda, sob a liderança das ações do setor financeiro. O índice S&P/ASX 200 perdeu 0,7%, fechando aos 4.601,9 pontos.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila avançou 0,3% e encerrou aos 4.078,87 pontos.
- A Bolsa de Cingapura terminou em alta, em linhas com os demais mercados asiáticos, mas alguns investidores ficaram de lado depois de embolsar lucros de recentes altas. O índice Straits Times ganhou 0,3% e fechou aos 3.092,68 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 1,8% e fechou aos 3.397,62 pontos, novo recorde, com fundos estrangeiros adquirindo blue chips na expectativa de fortes resultados de corporações no terceiro trimestre.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, teve alta de 0,5% e fechou aos 951,90 pontos, com continuidade de fluxos de capital.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,5% e fechou aos 1.451,19 pontos, em linha com o fraco desempenho dos mercados regionais, depois do declínio de Wall Street. "Preocupações sobre a economia global está começando a se insinuar, e os participantes realizam lucros depois de fortes ganhos recentemente", disseram dealers.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa o pregão desta sexta-feira, dia 24/9, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 16,49 pontos (0,30%), até 5.530,59. O barril de petróleo Brent para entrega em novembro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta sexta-feira, cotado a US$ 77,79, US$ 0,32 a menos que no fechamento de quinta.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa hoje, dia 24/9, e seu principal índice, o DAX-30, desceu 0,19%, até 6.172 pontos. O euro abriu com leve tendência de alta no mercado de divisas de Frankfurt nesta sexta-feira, cotado a US$ 1,3343, contra US$ 1,3332 do fechamento de quinta. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3323.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta sexta-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 50,40 pontos (0,47%), até 10.450.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa o pregão de hoje, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, desceu 0,31%, até 20.200 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa o pregão de hoje, dia 24/9, e seu índice geral, o CAC-40, desceu 0,31%, até 3.710,61 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha com ganho de 0,69%
A Bovespa encostou ontem, dia 23/9, no patamar dos 69 mil pontos (pela leitura do índice Ibovespa), um nível de preços não visto desde fins de abril. Apesar das Bolsas americanas encerrarem o expediente de ontem, dia 23/9, em terreno negativo, o mercado brasileiro foi puxado pelo forte desempenho das ações da Petrobras.
- O índice Ibovespa, teve ganho de 0,69% no fechamento, atingindo os 68.794 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 9,16 bilhões, acima da média do mês (cerca de R$ 6 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,720, em queda de 0,05%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,725 e R$ 1,715.
Análise - Os papéis da petrolífera concentraram cerca de 20% dos negócios no pregão de hoje. A ação preferencial, que sozinha girou mais de R$ 1,4 bilhão, chegou a disparar 5% no decorrer do pregão, teve alta de 3,15% no final. A ação ordinária também teve um ganho expressivo e valorizou 1,9%. "A ação da Petrobras, há muito tempo, estava defasada em comparação comoutros papéis, justamente por conta das incertezas sobre a capitalização. Acho que, depois disso, o papel fica 'livre' para ter um desempenho mais interessante, para refletir os fundamentos da empresa", comenta da mesa de operações da corretora Diferencial. "O processo de capitalização foi muito complicado, cheio de incertezas, e o mercado não gosta disso", acrescenta. Ontem encerrou o prazo para reserva das novas ações da Petrobras, cujo preço deve ser anunciado, provavelmente, nas próximas horas. No front doméstico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - apontou uma taxa de desemprego média de 6,7% em agosto, ante 6,9% em julho e de 8,1% em agosto do ano passado. Trata-se do menor índice da série histórica, iniciada em março de 2002.

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em queda em dia de pregão instável
As Bolsas de Nova Iorque fecharam em baixa em uma sessão instável nos pregões de ontem, dia 23/9, depois da publicação de dados econômicos mistos nos EUA. O Dow Jones perdeu 0,72% e o Nasdaq, 0,32%.
- O Dow Jones Industrial Average cedeu 76,89 pontos, a 10.662,42 pontos.
- A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 7,47 pontos, a 2.327,08 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 caiu 0,83% (9,45 pontos), a 1.124,83 pontos.
Análise - Assim como na véspera, os índices da praça nova-iorquina tiveram um dia volátil, orientando-se claramente para baixo apenas na última hora de operações. "De um ponto de vista econômico, o dia não foi tão ruim, mas aparentemente, os temores sobre o crescimento persistem, é o que se vê no mercado", explicou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank. Os investidores foram confrontados com uma série de indicadores contraditórios. O índice composto de indicadores econômicos avançados nos Estados Unidos, que adianta a evolução da conjuntura nos próximos seis meses, subiu 0,3% em agosto, superando as previsões. No front imobiliário, as vendas de imóveis usados subiram 7,6% em agosto, depois de cair em julho a seu nível mais baixo desde 1995. Mas em relação ao emprego, um tema muito sensível, o número de novos desempregados subiu pela primeira vez em cinco semanas, surpreendendo os analistas. O mercado obrigatório fechou estável, o rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos ficou em 2,555% contra 2,548% na noite de quarta-feira, e os títulos de 30 anos em 3,733% contra 3,742%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto a seus preços.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em baixa, mas se recuperam das mínimas
As ações europeias tiveram leve queda nos pregões de ontem, dia 23/9, mas se recuperaram das mínimas do dia após um dado mostrar que as vendas de casas nos EUA subiu em agosto.
- O FTSEurofirst 300, principal índice de ações europeu, teve variação negativa de 0,05%, aos 1.065 pontos, após ter tocado a mínima de 1.053 pontos mais cedo. O indicador recuou 1,5% na quarta-feira.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,09%, a 5.547 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,38%, para 6.184 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,65%, para 3.710 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 0,50%, a 20.262 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou declínio de 0,51%, a 10.501 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,14%, aos 7.382 pontos.
Análise - A desaceleração maior do que as expectativas dos setores manufatureiro e de serviços na zona do euro em setembro foi seguida pela notícia de surpreendente aumento nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada. Depois, no entanto, o dado imobiliário amorteceu a pressão. "Estamos ficando meio de lado", disse Howard Wheeldon, estrategista da BGC Capital Partners. "O dado do setor imobiliário não foi tão ruim quanto se esperava, mas ainda não é bom." A varejista alemã Metro avançou 2,9%, após uma associação ter afirmado que espera que as vendas cresçam mais que o esperado em 2010.

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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Lucro dos bancos crescerá em 2010, mas com margem menor
O lucro dos bancos brasileiros deve apresentar crescimento nos próximos trimestres. A análise é da agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, que afirma que o desempenho do setor no país está sendo respaldado pela "forte recuperação" da economia brasileira. “A Fitch espera a continuidade de um crescimento generalizado durante os balanços de 2010, mas em um nível sistêmico", afirmou a agência em relatório, enfatizando que o crescimento não deve voltar às taxas observadas antes da crise, mas vai apresentar um equilíbrio entre empréstimos para indivíduos e empresas. "E um bom nível de investimentos deve ser observado", acrescentou. A agência afirmou ainda que, apesar de serem esperados altos lucros no sistema bancário brasileiro, o crescimento deve se dar em margens potencialmente menores, devido à maior competição, parcialmente compensada pelos custos de crédito mais baixos e pelo crescimento em termos de volume. "A Fitch acredita que o Brasil está bem posicionado para uma completa recuperação da crise passada e está melhor preparado para a eventual ocorrência de uma futura crise de liquidez", constatou a instituição no documento. A agência concluiu que a estabilidade das classificações para o setor bancário brasileiro deve continuar em todo o ano de 2010. (Agência Valor)

Brasília / DF
Estrangeiros mantém interesse pelo sistema bancário brasileiro mesmo na crise
O interesse de investidores estrangeiros no sistema bancário no Brasil tem se apresentado estável ao longo dos últimos anos e foi pouco afetado pelas turbulências da recente crise financeira internacional, segundo o Banco Central, com dados do primeiro semestre de 2010. De acordo com o relatório, do total de 22 aprovações no período de 2006 a 2010 para a constituição de novas instituições bancárias, incluindo-se bancos de investimento, oito são de novos bancos sob controle estrangeiro.
A principal origem de capital ficou concentrada na Europa, com cinco no total. Há dois com capital asiático, sendo um banco chinês e um japonês, e um com participação mexicana. "Tais números demonstram não apenas a importância conferida ao sistema bancário brasileiro, mas também apontam efeitos diferenciados da crise entre as principais instituições financeiras mundiais, e o interesse crescente por parte de instituições asiáticas", informa o BC. Segundo o relatório, há atualmente cinco pedidos em exame pelo Banco Central de constituição de bancos com participação estrangeira. São três norte-americanos e dois europeus. "Há ainda número assemelhado de audiências recentes, com perspectiva de formalização de processo proximamente".
O relatório também mostra que quatro bancos brasileiros têm agência em mais de uma praça no exterior. Há presença de instituições bancárias brasileiras em 14 países: Japão, Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Bahamas, Ilhas Cayman, Espanha, Alemanha, Itália, França e Reino Unido. "O ingresso de bancos estrangeiros no Brasil e os investimentos bancários brasileiros no exterior realçam a necessidade da integração dos esforços de supervisão entre as áreas competentes dos diversos países, de forma a evitar e/ou mitigar riscos sistêmicos em escala internacional", diz o relatório. (Agência Brasil)

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AGROBUSINESS


Da redação – São Paulo /SP
JBS finaliza compra da australiana Rockdale Beff
A JBS S.A. informou a conclusão da aquisição da Rockdale Beef, após a aprovação pelas autoridades competentes, incluindo órgão anti-trust da Austrália. A JBS pagou AUD 40,5 milhões (US$ 37,3 milhões aproximadamente) pelo negócio, sujeito a ajustes de acordo com o nível de capital de giro na conclusão. Segundo o comunicado assinado pelo Diretor de Relações com Investidores, Jeremiah O'Callaghan, com uma capacidade de abate de 200 mil bovinos/ano combinada com uma capacidade de confinar mais de 50 mil animais simultaneamente, a Rockdale Beef irá fortalecer a presença da JBS na Austrália. "A adição da planta da Rockdale representa um passo importante em nossa estratégia de ganhar eficiência e satisfazer os nossos clientes", comentou Wesley Batista, CEO da JBS USA (controladora da JBS Austrália). "Com o confinamento integrado e bons produtores de gado na região, poderemos customizar ainda mais os nossos produtos e atingir os mais altos níveis de qualidade requeridos por muitos dos nossos clientes, particularmente na Ásia, Batista adicionou.

Da redação – são Paulo / SP
Soja em destaque no mercado
Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago pegaram carona nas fortes valorizações registradas pelo milho desde a divulgação do último relatório de oferta e demanda mundial do USDA no começo de setembro. Na briga por área para o próximo plantio norte-americano, a oleaginosa teve que correr atrás do cereal para não perder muito terreno na temporada 2011/12. A soja também se sustentou nas preocupações provocadas pela atuação da La Niña nas lavouras da safra sul-americana e, para variar, na forte demanda pelo grão. Com o vento a favor, a cotação do novembro/10 chegou próxima de US$ 11 por bushel. Agora, a superação dessa barreira depende de novidades. No campo fundamental, dizem os traders, está tudo precificado. Resta, portanto, a influência dos mercados externos (bolsas de valores,câmbio e metais), que podem jogar a favor da oleaginosa, principalmente se o dólar continuar caindo frente a outras moedas.

Vitória / ES
Café não é mais lucrativo para produtores capixaba, diz pesquisa
Um estudo realizado no Espírito Santo detectou que o produtor rural capixaba gasta mais do que ganha para produzir café. A análise foi feita em Vila Valério, Jaguaré e Iúna. A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA divulgou o relatório do custo da produção cafeeira no Espírito Santo, fruto de uma pesquisa do Centro de Inteligência em Mercados, realizada em Jaguaré, Iúna e Vila Valério, referências na produção de café no Estado. Vila Valério apresentou maior custo na produção de café Conilon. Na região, são gastos R$ 9351 para a produção de 60 sacas de café por hectare. A despesa com a colheita e a pós-colheita é a mais significativa, respondendo por 53% dos custos. Dentro dessa categoria, são despendidos com a mão de obra, 29% do total, entre salários e encargos.
Dos municípios analisados, Jaguaré foi o segundo onde mais se gasta para produzir 60 sacas de café Conilon. Do valor total de R$ 7.540 por hectare, 38% é utilizado na colheita e a pós-colheita, onde estão inseridos gastos com mão de obra, mecanização e outros. Ao contrário de Vila Valério, que não utiliza máquinas e implementos no processo produtivo, Jaguaré gasta com mecanização, R$ 597,6 para a produção analisada. “Hoje estamos pagando para produzir. Com custo operacional total de R$ 152,65, o que sobra é menos que R$ 10 para o produtor, já que a saca está sendo vendida a R$ 160. A cafeicultura está deixando a gente bastante desanimado e preocupado. As contas estão vencendo e o produtor não sabe como pagar”, enfatiza o presidente do Sindicato Rural de Jaguaré, Giovanni Sossai.
Iúna se diferencia dos outros municípios pesquisados, pois o gasto com mão de obra é nulo, já que os proprietários de terra firmam acordos com parceiros, dividindo a produção final. Então, o custo operacional total sai por R$ 2.804,58 a cada hectare, onde são produzidas nove sacas de café Arábica. Os maiores gastos estão concentrados nos insumos: fertilizantes, defensivos e corretivos.
A saca do café Arábica está sendo vendida no Espírito Santo a aproximadamente R$ 200, valor inferior ao custo operacional total de produção que está cotado a R$ 311,62, segundo a análise. A situação desestimula o cafeicultor a investir em qualidade, segundo o presidente da Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, José Umbelino de Castro. “Pouca gente hoje no Estado quer produzir café Arábica. Enquanto o café de terreiro bebida dura nas praças de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, vale em média R$ 320 e na zona da mata mineira é vendido a R$ 300, o do Espírito Santo possui preço inferior. Isso acontece porque quem compra não analisa a qualidade do produto”, comenta José Umbelino de Castro. (Fonte: Iá! Comunicação)


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SERVIÇOS & VAREJO


São Paulo / SP
Concordata da Blockbuster nos EUA não atinge lojas no Brasil
As Lojas Americanas, que detém o controle da rede de locadoras Blockbuster no Brasil, afirmaram nesta quinta-feira que a concordata pedida pela marca nos Estados não atingem as lojas no Brasil. O grupo brasileiro informou que adquiriu em 2007 o direito de uso da marca Blockbuster por 20 anos. 'Não há qualquer vínculo entre Lojas Americanas e a Blockbuster Internacional', reforçou a rede. A rede de locadoras de vídeo Blockbuster encaminhou nos Estados Unidos um pedido de concordata como parte de um acordo pré-arranjado com credores que vai reduzir a dívida da empresa de quase US$ 1 bilhão para cerca de US$ 100 milhões.
Mais de 80% dos credores da empresa concordaram em apoiar o plano e fornecer US$ 125 milhões em financiamento para ajudar as operações da Blockbuster enquanto a empresa atravessa o processo de recuperação judicial. 'Atualmente, todas as 3.000 lojas da companhia nos Estados Unidos continuarão abertas', informa a empresa em comunicado.
No Brasil, a marca Blockbuster pertence ao grupo B2W -- braço das Lojas Americanas que controla, entre outros, os sites de comércio eletrônico Americanas.com e Submarino.A Blockbuster divulgou que não vai fornecer financiamento para suas operações na Argentina, que têm passado por repetidos momentos de falta de fluxo de caixa operacional. Em comunicado separado, a Blockbuster no Canadá divulgou que não está incluída no processo de recuperação judicial e que todas as suas operações prosseguem normalmente.
No início deste ano, a rede informou que iria fechar quase 10% de suas lojas. Os consumidores têm preferido serviços online de filmes como Netflix em vez de alugar DVDs em lojas físicas. A Movie Gallery, rival da Blockbuster, encaminhou pedido de concordata em fevereiro. Apesar da rede ter inicialmente planejado se reestruturar, em maio acabou optando por liquidar suas operações completamente. (Agência Reuters)

Da redação – São Paulo / SP
Inditex amplia lucros em 68% no semestre
O grupo varejista espanhol Inditex, controlador da marca Zara de vestuário, disse que no primeiro semestre do ano seus lucros líquidos avançaram 68% na comparação anual, impulsionados pela alta das vendas, elevação das margens de lucro e abertura de lojas fora do mercado espanhol. O resultado líquido da companhia foi de 628,3 milhões de euros, muito acima das projeções do mercado, de 573,2 milhões de euros. As vendas cresceram quase 14%, para 5,53 bilhões de euros, enquanto os custos operacionais avançaram 12%, para 2,12 bilhões de euros. Em mesmas lojas, o avanço foi de 5% na comparação anual. A empresa fechou o período com 4.780 lojas em 77 países.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Multiplan lança shopping no mercado carioca
A Multiplan, principal empresa de shopping centers do país em faturamento, lançou o ParkShopping Campo Grande, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro. O shopping contará com 276 lojas, sendo 15 âncoras e mega lojas, seis restaurantes, sete salas de cinema e área gourmet externa, em 40,8 mil m² de Área Bruta Locável (ABL). O shopping pretende atender um público majoritariamente das classes B e C. O início da construção está previsto para março de 2011 e a inauguração, para novembro de 2012, em um investimento de R$ 207,6 milhões.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília/DF e São Paulo/SP
Exportações de mel aumentam em relação a 2009
Em agosto deste ano, nossas exportações de mel, US$ 4.884.589,00 e 1.689.093 quilos, aumentaram 30,3% em valor e 14,4% em peso, em relação a agosto de 2009. Entretanto, quando comparados com o mês anterior reduziram 15,4% em valor e 15,7% em peso. O preço médio do mel (US$ 2,89/kg) foi ligeiramente superior aos US$ 2,88/kg pagos no mês anterior, mas bem superior aos US$ 2,54/kg pagos em agosto de 2009. Considerando a taxa cambial, o preço pago em agosto deste ano foi de R$ 5,12 por quilo de mel, portanto, também, superior aos R$ 4,67/kg pagos em agosto/2009 e aos R$ 5,09/kg de Julho/2010.
Exportações por Estado - Em agosto de 2010, o Nordeste foi responsável por mais da metade (51,9%) das exportações brasileiras de mel, com 877,30 toneladas e uma receita de US$ 2,52 milhões. O Piauí assumiu a liderança com exportações de mel no valor de US$ 1.426.660,00, respondendo, sozinho, por mais de um quarto da receita das exportações brasileiras de mel (29,2%). São Paulo foi o segundo colocado, com US$ 1.134.131,00. O terceiro exportador foi o Ceará, com US$ 740.938,00. O quarto exportador foi o Rio Grande do Sul (US$ 662.029,00). Santa Catarina ficou em quinto lugar, com uma receita de US$445.214,00, seguido do Rio Grande do Norte (US$ 250.090,00). Minas Gerais, com (US$ 121.356,00), foi o sétimo exportador. Os dois últimos exportadores foram a Bahia (US$ 101.249,00) e o Paraná (US$ 2.922,00). Seis Estados obtiveram preços acima da média, que foi de US$ 2,89 por quilo de mel, como segue: Santa Catarina (US$ 3,08/kg); Bahia (US$ 3,02/kg); Paraná (US$ 3,00/kg); Ceará (US$ 2,96/kg); e Minas Gerais e São Paulo com US$ 2,90/kg. Os demais Estados tiveram preços abaixo da média, sendo que o menor preço foi o recebido pelo Rio Grande do Norte (US$ 2,63/kg)

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TI, WEB & e-COMMERCE


Nova Iorque / EUA
Internet acelera desenvolvimento de países emergentes
Tecnologias de Internet aceleram o crescimento econômico e ajudam países emergentes a se desenvolverem em um ritmo mais rápido que aconteceu com os países desenvolvidos, afirmaram o presidente-executivo da Cisco John Chambers, e o co-fundador do Twitter Jack Dorsey, entre outros executivos, ontem, dia 23/9. Chambers disse, em palestra durante reunião filantrópica de grupo do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, que a capacidade de colaborar com o desenvolvimento global usando as comunicações da Internet foi um dos avanços mais fundamentais depois da Revolução Industrial. "De repente, nós podemos mudar as vidas das pessoas a uma velocidade tremenda", disse o executivo da Cisco, fabricante de equipamentos de rede, em mesa de debates. "Se olharmos a mudança na velocidade que está ocorrendo agora, é quase como se o que antes acontecia em 10 anos agora acontece em um".
Mais de 1,3 mil pessoas, incluindo chefes de estado, executivos, militantes de direitos humanos e celebridades participaram do encontro de três dias do Clinton Global Initiative. O atual presidente dos EUA, Barack Obama, e o co-fundador da Microsoft, Bill Gates, também devem palestrar nesta quinta-feira. O executivo do Twitter, Jack Dorsey, afirmou que os sites de rede sociais permitem que o ponto de vista ou o conselho de uma pessoa se torne global, apontando que a tecnologia é tão simples e barata "que qualquer um pode acessá-la".
Mas ele também afirmou que, já que há tanta informação disponível, "descobrir o que é mais importante e o que é relevante é um dos maiores desafios da tecnologia". O presidente-executivo da Suntech Power Holdings, Zhengrong Shi, afirmou que a tecnologia permitiu que países com a China desenvolvessem rapidamente pelo aprendizado sobre o progresso em outros países. Enquanto o acesso à Internet banda larga já era padrão em hotéis na China, ainda havia muitos hotéis na Europa sem Internet rápida, disse Shi. Ratan Tata, presidente do conselho do mais antigo e famoso conglomerado da Índia, Tata Sons, disse na mesa: "a tecnologia vai possibilitar e ser o motor das mudanças na qualidade de vida e mudar os níveis de vida de pessoas ao redor do mundo". Mais de 300 participantes do evento prometeram doar mais de US$ 6 bilhões neste ano, até agora. (Agência Reuters)

São Francisco / EUA
SAP investe na oferta de aplicativos pré-configurados
Nesta semana, a SAP divulgou o lançamento de uma linha de aplicativos pré-configurados, voltados a atender necessidades específicas das áreas de negócio. A linha, batizada de Rapid Deployment, promete a implementação de novas funcionalidades aos sistemas em apenas 12 semanas. A primeira versão da solução – que combina software, serviços e conteúdos com custos fixos – inclui aplicações pré-configuradas voltadas às áreas de vendas, marketing, compras, serviço de atendimento ao cliente e operações de call center. E a SAP anuncia que, inicialmente, as soluções estarão disponíveis para clientes da América do Norte e nos países que utilizam a língua alemã.
Para o próximo ano, a SAP deve incluir aos pacotes Rapid Deployment ferramentas relacionadas à mobilidade, cadeia de suprimentos e manufatura. O anúncio da linha “Rapid Deployment” faz parte dos esforços da SAP no sentido de acabar com a imagem de uma fornecedora de soluções monolíticas e de sistemas de ERP difíceis de manter. Nos últimos anos, a empresa lançou uma série de pacotes de expansão, voltados a permitir a customização dos sistemas.
Além disso, o Rapid Deployment pode ser considerado uma resposta à concorrente Oracle, que tem reforçado o conceito de modularidade e de fácil adoção com o pacote Fusion Applications. No anúncio sobre a nova linha, realizado na última quarta-feira , dia 22/9, durante evento para clientes realizados na Califórnia/EUA, a SAP reforçou que as soluções foram estruturadas para suportar um processo particular de negócios, mas não substituem o sistema completo. Como exemplo, a companhia citou que o Rapid Deployment oferece ferramentas de CRM específicas para desenvolver campanhas de marketing. (Agência IDG News Service)

Da redação – São Paulo / SP
Glamour tem alta de 65% no número de compradores em seu site
A Glamour, uma das principais lojas online multimarcas do Brasil, aposta no crescimento do mercado de moda via internet. O número de compradores do site cresceu 65% em julho na comparação anual. A empresa credita a forte alta a fatores como a facilidade da compra, o curto prazo de entrega e a política de troca diferenciada. O perfil dos compradores conta com 60% de mulheres e 40% homens. Os maiores consumidores estão entre 25 e 49 anos (60%). São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados com maior participação nas vendas: 19,63% e 10,14% respectivamente.





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