Edição 395 | Ano II

Genebra / Suiça
Comércio mundial de mercadorias cresce 25% no primeiro semestre
O valor do comércio mundial de mercadorias nos seis primeiros meses de 2010 foi em torno de 25% mais alto que no mesmo período do ano passado, uma aceleração do crescimento que já começou no primeiro trimestre, segundo a OMC - Organização Mundial do Comércio. De acordo com o relatório divulgado ontem, dia 1/9, pelo organismo, as exportações mundiais aumentaram 7% no segundo trimestre de 2010, em comparação com os três primeiros meses. No último período do primeiro semestre, as estatísticas mensais de 70 economias, que representam 90% do comércio mundial, mostram que as transações tiveram queda entre abril e maio, mas que voltaram a subir no mês de junho. Na Ásia, tanto as importações quanto as exportações tiveram alta de mais de 35% nos últimos três meses de 2010, em comparação com o período correspondente de 2009. Durante esse tempo, as exportações na África e no Oriente Médio subiram 35% com relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionadas pela demanda asiática e americana e pela redução dos preços. Os antigos estados soviéticos, por sua vez, alavancaram suas exportações com uma alta de 44%, assim como o comércio efetuado pela UE (União Europeia) com membros não comunitários, que foi mais dinâmico que o realizado dentro do espaço europeu. (Agência EFE)

Brasília / DF
Copom mantém juros em 10,75% e deve deixar nova alta para próximo governo
O Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central - decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica de juros inalterada em 10,75% ao ano. A decisão interrompe o que deve ser o último ciclo de aperto monetário do governo Lula, que começou em abril. Na época, os juros estavam em 8,75% ao ano, menor nível da história. A expectativa do mercado financeiro, no entanto, é que o BC deixe de herança para o próximo governo a tarefa de promover uma nova rodada de aumento da taxa no início de 2011. Há mais duas reuniões do Copom neste ano. "O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,75% a.a., sem viés. Ao mesmo tempo em que não espera que o nível de inflação registrado nos últimos meses se mantenha em um futuro próximo, o Copom observa a continuação do processo de redução de riscos para o cenário inflacionário que se configura desde sua penúltima reunião. Nesse contexto, o Comitê avalia que, neste momento, a manutenção da taxa de juros básica no nível estabelecido em sua reunião de julho proporciona condições adequadas para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas." A decisão de hoje já era esperada pela maioria dos economistas. Agora, a expectativa do mercado é que os juros voltem a subir em janeiro e terminem o próximo ano em 11,50%. O Copom ainda tem duas reuniões marcadas neste ano, no final de outubro e início de dezembro, mas não há expectativas de mudanças até lá.
PIB - A manutenção da taxa básica reflete a avaliação do Copom de que a economia brasileira teve forte desaceleração no último trimestre, quando cresceu a uma taxa próxima de 1%, abaixo dos quase 3% registrados no começo do ano. O dado oficial sobre o PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país em um determinado período) do segundo trimestre será divulgado na sexta-feira, dia 27/8, pelo IBGE. Também pesaram na decisão a queda da inflação, devido ao recuo no preço dos alimentos, e a ainda fraca recuperação da economia internacional. Ao contrário do que ocorreu na última reunião, em julho, não houve divergências entre o discurso do BC sobre a inflação e a decisão do Copom, segundo avaliação do mercado financeiro. Analistas dizem, no entanto, que a economia voltará a se acelerar ainda neste ano, assim como os preços, o que obrigará o próximo governo a elevar novamente os juros para controlar a inflação. (Agências Brasil e Folha)

São Paulo / SP
Mesmo com manutenção da Selic, Brasil ainda é líder em juros reais
Mesmo com a decisão do Copom - Comitê de Política Monetária - de interromper o ciclo de aperto monetário e manter a taxa Selic em 10,75% ao ano, o Brasil continua na liderança do ranking dos países com maiores juros reais do planeta. Com a manutenção na taxa básica do país, os juros reais a 5,6% ao ano. Na segunda posição aparece a África do Sul, com taxa real de 2,2%. Na terceira posição está a Rússia, com 2,1%. O ranking é elaborado por Jason Vieira, analista internacional do Cruzeiro do Sul, e Thiago Davino, gerente financeiro da Weisul Agrícola, com 40 das maiores economias do planeta. Da taxa básica, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Enquanto o Brasil reforça sua liderança, com juros ascendentes, mais da metade dos países citados registram juro real negativo. Tanto que a taxa média geral dos países analisados ficou em -0,7%. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Venezuela (-9,6%), Índia (-8,1%) e Grécia (-4,3%). A liderança do Brasil pode representar uma entrada mais expressiva de capital externo, que ocorre porque os títulos de renda fixa emitidos no país pagam mais que seus pares internacionais.
Ranking dos dez países com os maiores juros reais:
1º Brasil 5,6%
2º África do Sul 2,2%
3º Rússia 2,1%
4º China 1,9%
5º Polônia 1,5%
6º Austrália 1,4%
7º Hungria 1,2%
8º Malásia 1,0%
9º Japão 1,0%
10º México 0,8%

Cuiabá / MT
Mato Grosso descobre jazida com 11,5 bilhões de toneladas de minério
Uma jazida de minério de ferro com tamanho estimado em 11,5 bilhões de toneladas foi identificada no Mato Grosso, segundo informou o governo do Estado nesta quarta-feira. A descoberta das reservas de minério foi realizada em meio a pesquisas do governo local com o objetivo de localizar jazidas de potássio e fosfato. O Mato Grosso é um grande produtor agrícola. O conteúdo de ferro no minério da jazida é de aproximadamente 41%, de acordo com coletiva de imprensa realizada pelo governo estadual hoje. Apesar do grande tamanho potencial da jazida, o teor de ferro é inferior ao encontrado nos melhores projetos no Brasil, como o de Carajás, da Vale, que possui 67% por cento de teor de ferro. A mina de Carajás, considerada a maior a céu aberto no mundo, possui reservas de aproximadamente 7 bilhões de toneladas de minério. A área onde estão os reservatórios é particular e a empresa mineradora GME4 possui direitos de prospecção do local. Nos trabalhos de pesquisa no Estado também foram identificados reservatórios de potássio de 427 milhões de toneladas. (Agência Reuters)

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MANCHETES dos principais Jornais do Brasil e do Mundo


JORNAIS NACIONAIS
Folha de S.Paulo - Sigilo fiscal da filha de Serra foi violado com procuração falsa
Agora S.Paulo - 765 mil vão receber atrasados do INSS no ano que vem
O Estado de S.Paulo - Receita tentou abafar violação do sigilo fiscal da filha de Serra
O Globo - Fraudes em série levam à quebra do sigilo fiscal da filha de Serra
Valor Econômico - Importação do país cresce mais que a da China
Correio Braziliense - Agnelo lidera corrida ao Buriti
Estado de Minas - IBGE aponta avanço da poluição na grande BH
Diário do Nordeste - 74% das casas no Ceará são inadequadas
A Tarde - Prefeitura gasta R$ 2,6 mi só com o atraso de contas
Extra - Vistoria de carros no Detran já pode demorar até 45 dias
Zero Hora - Documento falso é usado para quebrar sigilo da filha de Serra

JORNAIS INTERNACIONAIS
The New York Times (EUA) - Líderes clamam por paz com o início das conversas no Oriente Médio
The Washington Post (EUA) - População imigrante ilegal pinga em gotos nos EUA, diz relatório
The Times (Reino Unido) - Blair: porque os trabalhistas perderam
The Guardian (Reino Unido) - Hague: Eu não sou o assessor contratado que dividiu o quarto
Le Figaro (França) - Obama obriga israelenses e palestinos a negociar
Le Monde (França) - Iraque: Barack Obama vira a página de uma experiência desastrosa
China Daily (China) - Fim do combate norte-americano é declarada
El País (Espanha) - Justiça cerca Camps com mais provas de financiamente ilegal
Clarín (Argentina) - Kirchnerismo impede debate do vazamento bancário

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ESPECIAL – EXPOINTER 2010
(Da redação - Esteio / Rio Grande do Sul)

Expointer 2010 já é a terceira da história em vendas de máquinas
A quatro dias de seu encerramento, a Expointer 2010 já pode ser considerada a terceira melhor da história em comercialização de máquinas e implementos agrícolas. Os cinco principais agentes financeiros que operam na feira - Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, Caixa RS e Sicredi – encerraram ontem, dia 1/9, somando R$ 245,1 milhões em pedidos de financiamento. Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (SIMERS), Claudio Bier, o balanço parcial aponta para um final de feira, no próximo domingo, com resultados semelhantes aos obtidos no ano passado. Em 2009, foram comercializados R$ 795 milhões, valor recorde e mais do que o dobro de 2008, quando foram fechados R$ R$ 370 milhões em compras de máquinas agrícolas. “É muito provável que chegaremos aos números de 2009, porque as vendas começaram efetivamente na segunda e na terça-feira, e ainda temos dois dias fortes de negócios”, afirmou Bier. (Fonte: Assessoria de Imprensa/SIMERS)

Banco do Brasil assina convênios na Expointer 2010
Ontem, dia 1/9, o Banco do Brasil e a Federação dos Agricultores do Rio Grande do Sul (Farsul) firmaram convênio para aplicação de recursos financeiros nas exposições e feiras oficiais do Estado. O contrato aloca recursos no montante de R$ 100 milhões para o financiamento de animais (bovinos e ovinos) comercializados nos evento constantes no calendário da Secretaria da Agricultura, Pesca e Agronegócio até 30 de junho de 2011. Os financiamentos serão operacionalizados por meio da linha de crédito MCR 6.2, que tem limite financiável de até 90%, prazo de até três anos para pagamento e encargos financeiros de 6,75% efetivos ao ano. O convênio foi assinado pelo presidente da Farsul, Carlos Sperotto, pelo diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, e pelo superintendente estadual do BB, José Carlos Reis da Silva, na sede da Farsul na Expointer.
Com a Emater - O Banco do Brasil e a Emater/RS também assinaram convênio para execução de programa que alia assistência técnica e crédito rural nos municípios gaúchos. O objetivo do convênio é qualificar as operações de crédito realizadas pelos produtores rurais do RS. Para tanto, o documento prevê que o Banco do Brasil conceda crédito aos produtores rurais e que a Emater/RS preste orientação gerencial voltada para a introdução de métodos racionais de gestão da propriedade rural.
Com a Assodeere - No estande da John Deere na Expointer 2010, BB e Assodeere - Associação Brasileira dos Distribuidores John Deere - assinaram protocolo de intenções para aplicação de recursos do crédito rural na aquisição de bens comercializados pelas concessionárias associadas à entidade. Por meio do convênio, as revendas associadas à Assodeere em todo o País poderão comercializar máquinas e implementos agrícolas através das diversas linhas de crédito disponibilizadas pelo Banco do Brasil com maior agilidade.

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INDICADORES ECONÔMICOS


Da redação – São Paulo / SP
IPC-Fipe aponta inflação de 0,17% em agosto
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encerrou o mês de agosto com alta de 0,17%, a mesma variação de julho. O indicador que mede a inflação da cidade de São Paulo ficou abaixo do piso das estimativas do AE Projeções, e que variavam de 0,19% a 0,27%, com mediana de 0,24%. O IPC desacelerou em relação à terceira quadrissemana de agosto, quando apontou inflação de 0,21%.
Os preços do grupo Habitação haviam subido 0,37% em julho, desaceleraram para 0,31% na terceira quadrissemana de agosto e fecharam o mês com alta de 0,27%. No grupo Alimentação, os preços passaram de uma deflação de 0,40% em julho para uma queda de 0,39% na terceira prévia de agosto e uma baixa de 0,15% no fechamento do mês. O grupo Transportes havia registrado alta de 0,25% em julho e de 0,50% na terceira quadrissemana do mês passado, desacelerando para 0,35% no último levantamento. No grupo Despesas Pessoais, os preços subiram 0,62% em agosto, desaceleraram para 0,35% na terceira prévia de agosto e para 0,08% no fechamento do mês.
O grupo Saúde teve alta de 0,47% no mês passado; acelerou para 0,58% na terceira quadrissemana de agosto e voltou a 0,46% no encerramento do mês. Em Vestuário, os preços saíram de uma deflação de 0,25% em julho para uma inflação de 0,50% na terceira pesquisa de agosto e de 0,24% no fechamento do mês. Finalmente, em Educação os preços subiram 0,15% em julho; 0,06% na terceira prévia de agosto e, de novo, 0,06% no último levantamento.
Saiba como ficaram os grupos que compõem o IPC:
Habitação: 0,27%
Alimentação: -0,15%
Transportes: 0,35%
Despesas Pessoais: 0,08%
Saúde: 0,46%
Vestuário: 0,24%
Educação: 0,06%
Geral: 0,17%

Da redação – São Paulo / SP
Risco Brasil fecha aos 222 pontos
Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou a quarta-feira em 222 pontos, com queda de 4,72% em relação ao fechamento de ontem, de 233 pontos.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão

Bolsas da Ásia sobem com alívio por dados nos EUA
As principais bolsas asiáticas fecharam em alta os pregões de hoje, dia 2/9, para a máxima em duas semanas, com o Nikkei chegando a subir mais de 2% na máxima, graças a fortes dados do setor manaufatureiro dos Estados Unidos, que aliviaram temores sobre a recuperação econômica global. Na véspera, o Instituto de Gestão e Fornecimento informou que o índice de atividade fabril norte-americana subiu para 56,3 em agosto contra 55,5 em julho, muito acima do esperado por economistas.
Juntamente com dados sobre a produção manufatureira chinesa e crescimento acima do esperado na Austrália, também divulgados na véspera, os números deram ânimo aos investidores sobre o ritmo da retomada global. Mas o ganho na Ásia, também reforçado pelo setor tecnológico, pareceu contido por cautela sobre o real rumo da economia global. "É muito cedo para dizer que os receios sobre uma recessão profunda na economia foram apagados somente pela produção chinesa, PIB australiano e dados dos Estados Unidos", disse Masahuko Sato, diretor-executivo na Nomura Securities. "Mas as ações podem ficar mais resistentes aos indicadores econômicos ruins e subirem mais se o dinheiro que migrou para os bônus voltar às bolsas".
- O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,81%, aos 412 pontos.
- O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO fechou com alta de 1,52%, para 9.062 pontos, se distanciando mais da mínima em 16 meses tocada na quarta-feira.
- Em SEUL, o mercado sul-coreano fechou com valorização de 0,63%, para 1.775 pontos, impulsionado por ações de tecnologia.
- Em SYDNEY, a bolsa australiana avançou 0,82%, para 4.532 pontos, maior patamar em três semanas, com mineradoras subindo na esteira do preço do cobre.
- Em HONG KONG, o índice Hang Seng subiu 1,19%, a 20.868 pontos.
- XANGAI avançou 1,25%, a 2.655 pontos.
- TAIWAN fechou com alta de 0,69%, para 7.720 pontos.
- CINGAPURA teve leve ganho de 0,13%, para 2.986 pontos.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa o pregão desta quinta-feira, dia 2/9, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 18,77 pontos (0,35%), até 5.347,64. O barril de petróleo Brent para entrega em outubro abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta quinta-feira, cotado a US$ 76,20, US$ 0,15 a menos que no fechamento de quarta.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa hoje, dia 2/9, e seu principal índice, o DAX-30, desceu 0,37%, até 6.061 pontos. O euro abriu em baixa em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta quinta-feira, cotado a US$ 1,2792, contra US$ 1,2825 de quarta. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quarta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2800.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta quinta-feira, e seu principal índice, o Ibex-35, perdeu 67,60 pontos (0,64%), até 10.480.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa o pregão de hoje, dia 2/9, e seu principal índice, o FTSE-MIB, desceu 0,58%, até 20.251,21 pontos
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa hoje, dia 2/9, e seu índice geral, o CAC-40, desceu 0,56%, até 3.603,59 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa sobe quase 3% no fechamento, com onda de otimismo mundial
Animado com as notícias do front externo, o investidor voltou com força às compras, aproveitando os preços depreciados das ações e empurrando a Bovespa para o seu maior ganho num só dia em mais de três meses. Analistas citaram o entusiasmo com o bom desempenho do setor manufatureiro chinês, mas principalmente, com o índice dos EUA, que sinalizou um crescimento mais intenso do setor industrial. Internamente, o mercado consolidou as apostas de que o Banco Central deve manter a taxa básica de juros em 10,75% ao ano.
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, ascendeu 2,96% no fechamento, batendo os 67.0872 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 7,47 bilhões, bem acima da média de agosto (cerca de R$ 6 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,747, em queda de 0,56%, o menor preço desde 3 de maio. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,749 e R$ 1,739.
Análise 1 - As ações da Vale e das siderúrgicas dispararam, puxando o índice da Bolsa. A ação preferencial da Vale disparou 4,5%, enquanto o ativo da CSN avançou 4,46%; a ação da Gerdau, outros 3,80%, e da Usiminas, mais 3%. O setor financeiro também teve ganhos fortes, a exemplo dos papéis do Banco do Brasil (3,40%) e do Bradesco (3,54%). O investidor também correu para os papéis da Petrobras, que subiram 3,72% no caso das ações preferenciais, e 5,61%, no caso das ordinárias. "O mercado está bastante volátil e deve continuar assim. Ninguém sabe quanto os EUA vão crescer e ainda há muita indefinição sobre isso. Até há pouco tempo, muita gente projetava um crescimento de 4,5%. Agora, tem gente falando que vai crescer 2% ou menos. Em termos do PIB americano, é uma diferença muito grande", afirma Octávio Vaz, gerente de renda fixa da Global Equity. "Se na sexta-feira os indicadores começaram a vir muito ruins, a Bolsa pode devolver tudo ou alguma parte do que já subiu até agora", acrescenta.
Análise 2 - A agenda econômica concentra no último dia útil alguns dos indicadores mais importantes da semana: no Brasil, a divulgação do PIB do segundo trimestre; nos EUA, a publicação dos números oficiais sobre mercado de trabalho. "Os indicadores econômicos melhoraram muito hoje, e é perfeitamente natural que o dólar caia", comenta Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez. "E amanhã, se o mundo continuar 'bom', é claro que a taxa pode ceder até mais", acrescenta. Entre as principais notícias do dia, o governo alemão anunciou um plano para sanear as finanças públicas orçado em aproximadamente US$ 100 bilhões, e com vigência até 2014. O projeto inclui cortes no orçamento da defesa bem como em gastos sociais. O banco HSBC divulgou uma sondagem sobre o setor manufatureiro chinês que apontou para um ritmo de crescimento acima das expectativas. O índice teve a sua maior leitura (51,9 pontos) em três meses, saindo da zona de contração (abaixo de 50 pontos), e voltando para o nível que indica expansão (acima dos 50 pontos, pela metodologia da pesquisa).
Análise 3 - No front doméstico, o governo revelou que a balança comercial teve um superavit de US$ 2,44 bilhões, em agosto. Em termos de média diária, o resultado do mês de agosto representa um avanço de 79,8% em relação ao registrado em julho, mas uma queda de 23,7% ante mesmo mês do ano passado. O Copom anuncia nas próximas horas a nova taxa básica de juros do País. A maioria dos analistas acredita que deve ser mantida a taxa atual (10,75% ao ano).

Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas fecham em alta com indicador positivo
As Bolsas de Nova York registraram forte alta nos pregões de ontem, dia 1/9, tranquilizadas por um indicador industrial positivo nos Estados Unidos, que apaziguou os temores sobre uma recaída da economia. O índice Dow Jones subiu 2,54% e o Nasdaq, 2,97%.
- O Dow Jones Industrial Average subiu 254,75 pontos, a 10.269,47 pontos, e a Bolsa eletrônica Nasdaq subiu 62,71 pontos, a 2.176,84 pontos.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 recuperou 2,95% (30,96 pontos) a 1.080,29 pontos.
- O principal índice de Wall Street caiu 4,3% em agosto, seu pior desemprenho para este mês em nove anos.
Análise 1 - "Começamos o mês de forma muito forte", disse Peter Cardillo, da Avalon Partners. "É uma conjunção de esperanças pela economia, de cobertura de posições e de caça a ofertas." Em alta já na abertura, os índices da praça nova-iorquina passaram a subir em uma velocidade maior depois da publicação do índice ISM dos gerentes de compras do setor industrial americano, que subiu a 56,3% em agosto, quando os analistas esperavam uma queda. "Os investidores foram surpreendidos", observou Gregori Volokhin, da Meeschaert New York. "Tínhamos um nível de pessimismo que nunca vi em minha carreira. Todo mundo estava posicionado para um indicador industrial muito negativo". Os outros dois indicadores do dia nos Estados Unidos confirmaram, no entanto, a desaceleração da recuperação: queda maior que o previsto em julho dos gastos com construção, a seu nível mais baixo em 10 anos, e a inesperada perda de empregos em agosto no setor privado, segundo a consultoria ADP.
Análise 2 - Os investidores avaliaram também o aumento do índice dos gerentes de compras do banco HSBC sobre o setor industrial chinês, assim como os bons dados de crescimento na Austrália no segundo trimestre (alta de 1,2%). O mercado obrigatório caiu. O rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos subiu para 2,582% contra 2,477% na noite de terça-feira, e os títulos de 30 anos para 3,662% contra 3,533%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto a seus preços.

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MERCADO FINANCEIRO


Brasília / DF
BB deve ter banco nos EUA ainda este ano
O Banco do Brasil se prepara para anunciar a compra de pelo menos uma instituição financeira de pequeno porte nos EUA ainda este ano. O vice-presidente de negócios internacionais do BB, Allan Simões Toledo, disse que, por enquanto, está sendo avaliada a aquisição de um banco pequeno - de 4 a 10 agências - em uma das duas regiões com a maior concentração de brasileiros naquele país - nos arredores de Nova York ou na Flórida.
A investida do banco na maior economia do mundo ocorre desde o ano passado, mas as conversas ganharam ritmo recentemente quando foi constituída uma lista de instituições que, potencialmente, são as mais adequadas para o plano de internacionalização do BB. Esses bancos têm rede de atendimento na costa leste dos EUA, especificamente nas áreas com brasileiros: o eixo Nova York- Nova Jersey-Boston ou o Estado da Flórida.
"Temos uma lista com dez bancos que estamos avaliando. Vamos escolher um para comprar. Até podemos adquirir outra (uma segunda) instituição dessa lista, mas vai depender da possibilidade de integrar os dois bancos", explica Toledo. O principal problema da integração é tecnológico, explica. "Às vezes, pode ser muito difícil integrar a plataforma tecnológica de duas instituições. Se for muito caro, pode ser mais adequado para o BB comprar apenas uma e, depois, crescer organicamente. Mas não descartamos nenhuma das duas alternativas", explica. Atualmente, estão sobre a mesa duas alternativas para entrar nos EUA: comprar um banco em uma região com brasileiros e, depois, crescer organicamente para a outra ou adquirir duas instituições, uma em cada região desejada. Para assessorar na compra, o BB já contratou o Royal Bank of Canada.
Sobre o preço - Ao ser questionado sobre o investimento do BB para a nova aquisição, Toledo disse que a operação será na casa da dezena de milhões de dólares. Uma das possibilidades é que o negócio envolva valor semelhante ao pago na compra da subsidiária do português Millenium BCP nos EUA. O BB quase adquiriu esse banco, que acabou sendo comprado pelo americano Investors Savings Bank por cerca de US$ 40 milhões (ler acima). "Por enquanto, a negociação não chega à casa da centena de milhões de dólares. A não ser, é claro, que a gente encontre um banco maior, mas que também atenda aos nossos planos nas duas regiões", afirma, ao lembrar que, após meses de prospecção, o BB não encontrou nenhuma instituição financeira que tenha rede de atendimento específica nas regiões com maior concentração de brasileiros.
Se confirmado, o negócio nos Estados Unidos será bem menor que o feito recentemente na Argentina, onde a instituição brasileira adquiriu em abril o controle acionário - com 51% das ações - do Banco Patagônia por US$ 480 milhões. Além dos EUA, o BB também sonda outros mercados na América Latina, como o Uruguai, Peru e Chile. Nesses países, a intenção é comprar um banco menor, focado no segmento corporativo, para ajudar nos negócios de empresas brasileiras nesses mercados. No Uruguai e Peru, o banco federal deve adquirir o controle de uma instituição. No Chile, o negócio deve acontecer por associação com um banco já instalado.

Da redação – São Paulo / SP
PanAmericano lança cartão para consultoras Jequiti
O Banco PanAmericano, em parceria com a empresa de cosméticos porta a porta Jequiti, ambos do Grupo Silvio Santos, desenvolveu um cartão de crédito híbrido para as consultoras Jequiti. O objetivo das empresas é facilitar o pagamento dos produtos Jequiti e criar um capital de giro para as consultoras, que terão mais prazo para pagar os produtos adquiridos e poderão estender o benefício às consumidoras. Atualmente, a Jequiti possui mais de 150 mil consultoras no país. Em agosto, o PanAmericano emitiu 53 mil plásticos para esta base, com uma taxa de ativação de 26%. O cartão Jequiti PanAmericano é internacional e pode ser emitido com as bandeiras Visa ou Mastercard. Ele poderá ser usado tanto para compra de produtos Jequiti como para compras em lojas e estabelecimentos que aceitam as bandeiras Visa ou MasterCard. A avaliação de crédito e a definição do limite serão feitas com base no histórico de vendas das consultoras, e não na comprovação de renda. O PanAmericano desenvolveu também um programa de fidelidade para esse público, o Jequiti Bônus, no qual 2% das compras em lojas e estabelecimentos viram créditos na fatura do cartão de crédito.

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INDÚSTRIA


Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP
Indústria critica manutenção da Selic e diz esperar novo ciclo de baixa
Representantes da indústria se posicionaram ontem a tarde, dia 1/9, contra a decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,75% ao ano. O Copom - Comitê de Política Monetária do BC - decidiu, por unanimidade, deixar a taxa inalterada. As entidades avaliam que é necessário retomar o movimento de corte da Selic. "Tivemos uma desnecessária alta de juros e, agora, essa tendência é suspensa pelo organismo do Banco Central. Restam os ganhadores e os perdedores de sempre. Ganharam os que recebem rendimentos financeiros e perderam os consumidores e empresas que pagam mais pelo crédito utilizado para fazer o país crescer, gerando emprego e renda", disse em nota o empresário Benjamin Steinbruch, no exercício da presidência da federação. Segundo a Fiesp, a próxima ata do Copom deveria começar com a frase: "Desculpem, mas erramos".
O presidente em exercício da CNI - Confederação Nacional da Indústria -, Robson Andrade, diz esperar que o Banco Central retome os cortes na próxima reunião. "A manutenção dos juros em 10,75% ao ano frustrou as nossas expectativas. Esperávamos que o ciclo de redução dos juros começasse na reunião que terminou há pouco". Segundo ele, a inflação e a atividade econômica perderam ritmo, abrindo espaço para a revisão do aperto monetário. "O cenário interno, associado a um quadro internacional incerto, criou condições para a reversão da trajetória de elevação dos juros". Já a Firjan - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro - disse em nota que "é importante perseguir um ajuste fiscal de maneira a permitir uma retomada da queda da taxa básica de juros". "A conjuntura econômica aponta um cenário de arrefecimento da inflação e do nível de atividade. Ao mesmo tempo, o crescimento e a maturação dos investimentos da indústria têm contribuído para expandir a capacidade instalada. Ou seja, a demanda pode ser atendida sem pressão sobre os preços".

São Paulo / SP
Braskem assina financiamento de R$ 100 milhões com Finep
A petroquímica Braskem assinou hoje acordo de financiamento com a Finep no valor de R$ 100 milhões. O montante será direcionado à área de pesquisa, desenvolvimento e inovação da companhia na área de polímeros. A Braskem aportará como contrapartida R$ 11 milhões no acordo, cujo prazo é de três anos. Este é o maior financiamento já obtido pela Braskem para a área de P&D. Além do acordo com a Finep, a Braskem também assinou hoje acordo de parceria com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio). O acerto prevê a instalação de um novo laboratório de desenvolvimento de tecnologias relacionadas aos biopolímeros em Campinas/SP.
Durante a cerimônia de acordo para a instalação do laboratório, o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, destacou que a petroquímica pretende se tornar líder mundial da química renovável e indicou que a região de Campinas, onde também a Braskem opera a Petroquímica Paulínia, poderia se tornar uma referência geográfica para a química verde assim como o Vale do Silício, nos Estados Unidos, é para a área de tecnologia. "Queremos que o Brasil volte a liderar a área de pesquisa, descobertas e desenvolvimento de novas rotas que aproveitem a vantagem competitiva do etanol", disse Gradin. A parceria prevê a utilização de uma área inicial de 50 metros quadrados, que será expandida para 200 metros quadrados no início de 2011, e envolverá inicialmente cerca de 40 pesquisadores, entre profissionais da Braskem e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em uma segunda etapa, o número de pesquisadores deve saltar para mais de 60. O valor do investimento no projeto não foi divulgado.
Na visão do presidente da Finep, Luís Manuel Rebelo Fernandes, o modelo de parceria entre Braskem e LNBio é inovador. "É o caminho do futuro que estamos construindo", diz. O diretor do LNBio, Kleber Franchini, complementou que "é um modelo exemplar de associação entre setor de pesquisas e empresa que resultará em troca de experiência e formação de pessoas". Além da parceria assinada hoje, a Braskem possui acordo de cooperação com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e uma parceria assinada no ano passado com a Novozymes, ambas as iniciativas voltadas ao desenvolvimento de rotas competitivas de produção de polímeros a partir de matérias-primas renováveis. (Agência Estado)

Nova Iorque / EUA
Caterpillar investirá US$ 180 mi no Brasil em 2 anos
A norte-americana Caterpillar, que atua no setor de máquinas pesadas, vai investir US$ 180 milhões em duas fábricas no Brasil nos próximos dois anos, para expandir suas operações no País. A companhia comprou uma unidade localizada em Campo Largo, no Paraná, que após melhorias cobrirá uma área de 50 mil metros quadrados. Além disso, a Caterpillar pretende aumentar a capacidade de sua unidade localizada em Piracicaba, no interior de São Paulo. A nova fábrica de Campo Largo vai produzir escavadeiras e pequenos tratores que, atualmente, são fabricados em Piracicaba e fazem parte da linha de máquinas pesadas da divisão de produtos para construção da Caterpillar. A companhia espera que a nova unidade comece a produzir em 2011 e crie mil novos empregos quando estiver operando com capacidade total. "A decisão de expandir as operações no Brasil faz parte da estratégia global de longo prazo da Caterpillar para aumentar nossos negócios em mercados em crescimento importantes", afirmou Rich Lavin, presidente do grupo. "esse movimento vai permitir que a Caterpillar atenda à demanda da sua crescente base de consumidores na América Latina." (Agência Dow Jones)


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AGROBUSINESS

Da redação – São Paulo / SP
Novos rumos do agronegócio
O agronegócio no Brasil está acompanhando o desenvolvimento do País e, para não perder nenhum grão de mercado, as empresas do setor começam a mudar suas estratégias de marketing. Visto como commodity, os produtos agropecuários começam a se diferenciar pela marca e, no caso do café, por exemplo, pela experiência oferecida nas lojas Gourmet. Apesar da crescente distinção destes produtos, o setor mostra um trabalho de diferenciação em conjunto, feito por região. Isto acontece quando um grupo de empresas do mesmo segmento se destaca pela qualidade de seus produtos. Exemplos não faltam: cachaça de Minas Gerais; vinhos do Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul; carne bovina certificada pela região dos Pampas, entre outras. Entre os produtos agrícolas que mais ganharam destaque com uma estratégia de marketing nos últimos anos, o café é o mais conhecido deles. "Há cinco anos os restaurantes ofereciam um cafezinho. Hoje temos café A, B, curto, espresso. O caso da cachaça é igual. Tem algumas que chegam a ser mais caras que uma garrafa de whisky. Começa a existir uma importância maior quanto à isso no mercado brasileiro", afirma o Maurício Mendes, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócios (ABMR&A), em entrevista ao Mundo do Marketing.
Nova forma de fazer B2B - Não são apensas as empresas que compõe o setor de agronegócio que estão mudando suas estratégias de marketing. É cada vez mais comum a preocupação dos distribuidores com questões como sustentabilidade e até com o varejo. Desta forma, as estratégias B2B ganham maior qualidade e tornam as negociações mais eficazes. "Mesmo que B2B, esta negociação tem que levar o produto para mais perto do consumidor no supermercado, nas lojas de conveniência. Não é só focar no atacado. Esses canais (varejo) precisam ser melhor explorados neste novo momento da agricultura", acredita Mendes.
Apesar de poucos players, o Agronegócio tem sua área de compras bem consolidada, feita com estratégias direcionadas por empresas de insumos para os produtores. O que se nota hoje é que a mudança do perfil do produtor com relação às informações de mercado. Uma pesquisa da ABMR&A mostra que o produtor agrícola, pecuário e rural está mais ávido por informações de mercado. "Entre 2005 e 2006 notamos que o grau de escolaridade das pessoas que tomam decisão neste universo evoluiu. As mulheres começam a ganhar espaço já que, em 2009, a participação delas chegou a 7% contra 1% em 2006", ressalta o presidente da entidade. Tais mudanças de atitudes acabam forçando o planejamento de marketing destas companhias a levarem em conta mais do que o período de safra, a produção da fazenda e o caminho para chegar à indústria compradora do produto

Brasília / DF
Cana-de-açúcar registra em 2009 participação recorde na matriz energética
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (1º/9), mostra que a cana-de-açúcar atingiu a maior participação na matriz energética brasileira, em 2009, desde o início do levantamento, em 1992. A participação do produto, que já teve o pico de 14,5%, em 1994, cresceu de 10,9% para 18%, entre 2000 e 2009. A pesquisa Indicadores de Desenvolvimentos Sustentável (IDS) 2010 confirma que o Brasil tem aumentado o uso de fonte renováveis de energia, como a cana. Entre 1999 e 2009, o percentual de energia não renovável (petróleo, gás natural) na matriz diminuiu de 57,7% para 52,8%, enquanto o de energia renovável aumentou de 42,3% para 47,2%, no período.
De acordo com a pesquisa, o crescimento se deve ao aumento das possibilidade de uso de fontes como a solar, a eólica e a proveniente da cana, além do novos investimentos em hidrelétricas. Nos próximos anos, devem entrar em operação as usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia. "Novas térmicas e termonucleares também estão planejadas", informa o texto. O documento alerta, porém que o uso de energia renovável pode provocar inúmeros impactos socioambientais. As hidrelétricas causam danos, como inundações de florestas, mudanças no regime dos rios e deslocamentos populacionais, assim como a produção de cana e utilização de lenha e do carvão vegetal também têm problemas. "É preciso observar, que a cana precisa de grandes concentrações de terra e uso de agrotóxicos para ser produzida", ponderou um dos responsáveis pela pesquisa, Judicael Clevelario Junior. Sobre a lenha e o carvão vegetal, a pesquisa chama atenção para o fato de “boa parte vir da derrubada e da queima de mata nativa”, principalmente do Cerrado e da Amazônia.
Mesmo assim, os dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que a aposta em energias renováveis são uma saída para a crescente demanda por energia. Desde 2002, a taxa por pessoa sobe constantemente e em 2009 chegou a 48,3 gigajoules por habitante, atrás apenas dos 50 GJ/hab, em 2008, a maior demanda, desde o início da série, em 1992. Em relação as fonte não renováveis, o IBGE avaliou o nível das reservas de petróleo e gás no país, estimando que devem durar por mais 17 anos, contados a partir desse ano, no caso do petróleo e mais 15, no caso do gás. Isso sem contar as reservas do Pré-Sal, que não foram computadas. (Agência Brasil)

Da redação – Porto Alegre / RS
Kepler Weber mais uma vez no Gerdau Melhores da Terra
O Grupo Kepler Weber, empresa líder de mercado no segmento de armazenagem de grãos, foi mais uma vez agraciado na premiação “Gerdau Melhores da Terra”. O prêmio Gerdau é considerado o mais importante da América do Sul para o setor de máquinas e implementos agrícolas. O equipamento máquina de limpeza de grãos, modelo SCS 170, ganhou, na edição 2010, o troféu prata na categoria “Destaque”, sendo que esta mesma máquina já havia ganho o troféu ouro, na categoria “Novidade” em 2008. A avaliação, na categoria “Destaque”, é feita através de uma comissão julgadora, que visita e entrevista usuários do equipamento, tomando a decisão quanto aos vencedores com base no nível de satisfação destes clientes. Para João Tadeu Vino, superintendente comercial da Kepler Weber, “estar entre os vencedores de tão importante premiação é muito gratificante, uma vez que investimos constantemente em avanços tecnológicos, que possibilitam melhorias significativas nos processos de nossos clientes”. O prêmio já está em sua 28º edição, sendo 2010 o 3º ano consecutivo e a 7º vez na história que a Kepler é agraciada. (Fonte: Assessoria de Imprensa Kepler Weber)

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SETOR AUTOMOTIVO


Nova Iorque / EUA
Caem as vendas da Ford, GM e Toyota em agosto e a Chrysler mantém alta
As vendas das montadoras de automóveis GM - General Motors -, Ford e Toyota caíram em agosto nos Estados Unidos, depois do fim do programa de apoio à compra de automóveis novos. Já as vendas da Chrysler continuam em recuperação. A GM anunciou uma queda de 24,9%, para 185.176 veículos, em relação ao mesmo mês de 2009. As vendas caíram 7,6% em relação a julho. "No ano passado, o programa para a compra de automóveis novos estimulou as vendas setoriais, cujos resultados de agosto são, como se esperava, bastante ambíguos", comentou Don Johnson, um dos responsáveis pelas vendas da GM nos EUa.
A Ford anunciou, por sua vez, que suas vendas no país caíram 10,7%, a 157.503 veículos em agosto, em relação ao mesmo mês de 2009. Em relação a julho, caíram 7,5%. A única montadora americana que não apelou à ajuda governamental no pico da crise e se salvou da quebra no ano passado informou, por outro lado, que suas vendas subiram 18% desde o início do ano em relação ao mesmo período de 2009.
As vendas da terceira maior montadora americana, a Chrysler, subiram 7%, a 99.611 veículos no período. As vendas da Chrysler também cresceram em relação a julho, em 6,7%, em acordo com as previsões do site especializado Edmunds.com. A número um no mundo e terceira nos Estados Unidos, a japonesa Toyota, anunciou ter vendido 148.388 veículos no país, uma queda de 31,4% em agosto em relação ao mesmo mês de 2009, talvez afetado por um novo recall de 1,13 milhão de veículos de seu modelo Corolla na semana passada na América do Norte por um problema de motor, depois do recall de mais de 10 milhões de veículos no mundo desde o outono no Hemisfério Norte. (Agence France Presse / AFP)

Roma / Itália
Ferrari faz recall de 1.248 carros que pegam fogo
A Ferrari anunciou ontem a tarde, dia 1/9, em um comunicado oficial que vai recolher todos os 1.248 carros da linha 458 Italia fabricados este ano, depois de uma série de acidentes em que os automóveis de luxo se incendiaram sem motivo aparente. Incidentes do tipo ocorreram em pelo menos quatro países: Estados Unidos, França, Suíça e China. A montadora italiana anunciou que uma equipe de engenheiros foi enviada para investigar os casos em cada país. Eles chegaram à conclusão de que o problema estaria na cola usada durante a montagem de frisos na roda dos carros. "O aquecimento do veículo derrete a cola. Em casos extremos, ela atinge a descarga do carro e pega fogo", disse um porta-voz da empresa à BBC.
Carro novo - Os carros defeituosos foram produzidos de janeiro a julho deste ano e deverão ser devolvidos à empresa para reparos. A Ferrari declarou que os donos dos automóveis destruídos devem receber um novo veículo. Nos veículos que não tiveram problemas, serão feitas modificações nas peças, com prendedores mecânicos no lugar de cola. O modelo 458 Italia custa cerca de US$ 260 mil (quase R$ 466 mil). Novos carros do modelo serão vendidos a partir de setembro já com o problema solucionado. (Agência BBC Brasil)

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SERVIÇOS & VAREJO

Nova Iorque / EUA
Burger King pensa em vender marca e já estaria em contato com compradores
O Burger King, segunda maior cadeia de fast food norte-americana, está considerando uma possível venda e vem conversando com potenciais compradores, segundo uma fonte próxima ao assunto afirmou nesta quarta-feira. A companhia, que tem valor de mercado de cerca de US$ 2,3 bilhões, tem capital aberto desde maio de 2006. Anteriormente à abertura de capital, o Burger King era controlado por empresas de investimento, que ainda detêm participação na companhia. TPG, Bain Capital e Goldman Sachs controlavam a empresa, após adquiri-la da britânica Diageo em 2002 por cerca de US$ 1,5 bilhão. O "Wall Street Journal" havia informado que o Burger King estaria negociando com empresas de investimento nas últimas semanas sobre uma possível venda, sendo que uma das interessadas seria a 3i Group. A fonte que falou à Reuters confirmou que uma das partes interessadas é a 3i. Ambas as companhias não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. Em agosto, o Burger King projetou fraca demanda para o atual ano fiscal em meio à dificuldade de recuperação econômica e disse não estar certo sobre quanto os custos de matérias primas, como os da carne, impactariam a empresa. A companhia afirmou que a alta taxa de desemprego nos EUA e os programas de austeridade na Europa afetariam as vendas nos restaurantes em operação há mais de um ano. O Burger King, que concorre com o McDonald's, afirmou esperar que os preços de commodities nos EUA sejam fracos no ano fiscal de 2011, embora os custos de carne e trigo não estejam precisos. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
PepsiCo vai rastrear batatas na América do Sul
Em uma iniciativa inédita no Brasil e em suas operações no mundo, a PepsiCo deu início neste mês a um amplo processo de rastreamento ambiental de seus produtores de batatas na América do Sul. Até o fim do ano que vem, a multinacional terá em mãos dados como a qualidade de solo, água e das florestas nativas das propriedades de cada um de seus 320 fornecedores na região. A ação faz parte da estratégia de sustentabilidade do grupo, iniciada dentro da empresa e que agora se estende à cadeia produtiva. Se tiver sucesso, a iniciativa será estendida a outras culturas (como aveia, trigo, água de coco e palma) e servirá de modelo para as subsidiárias da PepsiCo. A empresa contratou uma empresa brasileira de rastreabilidade para fazer o diagnóstico dos produtores. A diferença é que o mapeamento irá além dos tradicionais questionamentos sobre volume de aplicação de defensivos e produtividade no campo. Tão ou mais importante é saber se os fornecedores seguem a legislação ambiental e trabalhista de seus respectivos países. Com faturamento mundial de US$ 60 bilhões em 2009 e uma fatia significativa do mercado de salgadinhos, a PepsiCo detém as marcas de batatinhas Ruffles e Namesa (Elma Chips) e Lucky. A empresa tem atualmente 320 fornecedores na América do Sul. No Brasil, onde estão as maiores lavouras, são 18 fornecedores, localizados sobretudo em Minas Gerais. Chile e Argentina respondem por mais 25 fornecedores e o restante está pulverizado nos países andinos, com agricultura de menor escala. Juntos, eles fornecem 230 mil toneladas de batatas por ano à companhia. O projeto, que terá investimento de US$ 200 mil, já foi finalizado na Colômbia e no Peru, e até o fim do ano será concluído na Argentina, Venezuela, Chile e Equador. No Brasil, o trabalho será feito ao longo de 2011. A rastreabilidade não é compulsória, mas para obter a adesão total, os agrônomos da PepsiCo iniciaram visitas técnicas para esclarecer os produtores sobre os benefícios do projeto. (Agência Valor)

Da redação – São Paulo / SP
General Shopping vende fatia de projeto em Barueri por R$ 68,7 milhões
A General Shopping concluiu a venda de participação de 48% do chamado "Projeto Barueri" para a VBI GSBR Empreendimentos e Participações, um veículo de investimento controlado pela VBI Real Estate, por R$ 68,750 milhões. Desse total, R$ 6,6 milhões serão pagos à vista e o restante conforme o cronograma da obra. O Projeto Barueri compreende um shopping center com 32 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) em sua primeira fase, que será construído em um terreno de 60 mil metros quadrados. O projeto prevê ainda um potencial para construção de torres comerciais e expansões. A companhia manteve fora da negociação com a VBI uma área de cerca de 15 mil metros quadrados no local, que será mantida no seu banco de terrenos (landbank). De acordo a transação, a General Shopping manterá a administração do empreendimento, que teve sua área de vendas ampliada em relação à previsão inicial, de 25 mil metros quadrados. A empresa mantém fatia de 48% no projeto e de 100% no terreno remanescente, com preferência de aquisição de fatia 4% adicional.

Da redação – São Paulo / SP
Pesquisa da ProTeste mostra os supermercados mais baratos em 15 estados
Uma pesquisa da associação ProTeste aponta os supermercados mais baratos em 21 cidades, distribuídas por 15 estados brasileiros. O levantamento atingiu 1.054 pontos de venda, levando em conta uma cesta de consumo com 104 itens de marca, entre produtos alimentícios, de higiene, hortigranjeiros e de limpeza. Veja na lista abaixo os supermercados que ofereceram os preços mais baixos para uma cesta de produtos de marca definida, de acordo com a pesquisa da ProTeste:
Belo Horizonte - Supermercado BH (Liberdade, Jardim América e Carlos Prates);
Brasília - Atacadão (Asa Norte), Super Veneza (Cruzeiro Novo), e Carrefour (Guará);
Campinas - Atacadão (Jardim Santa Genebra), Covabra (Vila Nova) e Carrefour Bairro (Nova Campinas);
Curitiba - Condor (Bigorrilho,e do Bom Retiro) e Mercadorama (Tarumã);
Florianópolis - Big (Capoeiras), Imperatriz (Saco dos Limões e Fátima);
Fortaleza - Atacadão (Aeroporto), Assai (Cambeba) e Carrefour (Joaquim Távora);
Goiânia - Atacadão - (Conj. Vera Cruz), Bretas (Vila Legionários) e Peg e Pag - Vila São Francisco;
Guarulhos - Atacadão (Bela Vista), Esperança (Centro) e Assai (Gopouva);
Jaboatão dos Guararapes - Atacadão (Cajueiro Seco), Batalha (Jardim Jordão) e Leve Mais (Candeias);
João Pessoa - Bemais (Cruz das Armas), Bom a Bessa (Aeroclube) e São João (Centro);
Niterói - Guanabara (Centro), Extra (São Lourenço) e Prezunic (Fonseca);
Porto Alegre - Big (Sarandi), Cavalhada (Camaquã), e Bom (Espírito Santo);
Recife - Makro (Curado), Hiper Bom Preço (Areias) e Lamenha (Ipsep);
Rio de Janeiro - Atacadão (Vicente de Carvalho), Mundial (Barra da Tijuca e da Tijuca);
Salvador - Atakarejo (Parque Bela Vista), Mercantil Rodrigues (Água de Meninos) e Centro Sul (Liberdade);
São Luis - Mateus (Bequimão), Mateus (de Anil e Turu);
São Paulo - Dia (de Pinheiros, de Sapopemba, e do Ipiranga);
Natal - Atacadão (Igapó e Candelária) e Avelino - Potengi;
Olinda - Atacadão (Varadouro), Todo Dia (Caixa D'água) e Extra Bom (Bairro Novo);
Vila Velha - Atacadão ( N. S. da Penha), Epa (Paul) e Poleto (Vila Garrido);
Vitória - Perim (Mata da Praia), Carone (Jardim da Penha) e Epa (Nazaré);

Da redação – São Paulo / SP
Carlyle deve levar marcas Trifil e Scala para América Latina
O fundo de private equity Carlyle Group quer levar as marcas Trifil e Scala para outros países da América Latina, principalmente Argentina e Colômbia. Em sua terceira aquisição no ano no Brasil, o fundo fechou a compra de pouco mais de 50% do capital da Scalina, fabricante e varejista de moda íntima feminina e dona das marcas. O valor da transação não foi divulgado. Segundo informações de mercado, o fundo avaliou a empresa em cerca de R$ 400 milhões e vai desembolsar cerca de R$ 280 milhões pelo controle - parte como pagamento aos antigos controladores e parte como injeção de capital na empresa. Ronaldo e Bruno Heilberg, fundadores da empresa, vão para o conselho de administração, que será presidido por Ronaldo. Neste ano, o Carlyle já havia comprado a operadora de turismo CVC e a Qualicorp, do setor de saúde. A Scalina tem cerca de 10% de participação do mercado de meias e lingeries. Os produtos da marca TriFil são vendidos em mais de 13.500 pontos (lojas multimarcas) no território brasileiro. Já a Scala possui 100 lojas franqueadas exclusivas no País.

Da redação – São Pauloa / SP
Marca Esso deve sumir no médio prazo
O presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto, disse que a tendência é a marca Esso desaparecer no médio prazo, dentro da nova estrutura formada pela joint venture com a Shell, confirmada na semana passada. Segundo o executivo, a marca Shell deve prevalecer na nova estrutura. Sobre a joint venture com a Shell, Ometto declarou que ainda não pode divulgar dados referentes à sinergia gerada pelo acordo. Ele disse, contudo, que essa sinergia não virá apenas da rede de postos de combustíveis, mas também das áreas de tecnologia da informação, financeira e administrativa das empresas.

Da redação
JCPM abrirá novo shopping em novembro
O grupo Paes Mendonça (JCPM) prepara para novembro a abertura do Salvador Norte Shopping, empreendimento de R$ 200 milhões que está sendo construído no acesso ao aeroporto da cidade. O complexo terá 229 lojas, sendo oito âncoras e quatro megalojas. Marcas como Bompreço, C&A, Riachuelo, Insinuante, Fast Shop, Lojas Americanas, Renner e Casas Bahia já garantiram espaço no shopping.

Da redação – São Paulo / SP
MonaVie cresce 70% no primeiro semestre
A MonaVie, empresa de vendas diretas de bebidas premium, no Brasil desde outubro de 2008, fechou o primeiro semestre com uma expansão de 70% em relação ao mesmo período de 2009. A MonaVie está presente nos Estados Unidos, Porto Rico, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Israel, México, Reino Unido, Brasil e Japão e neste ano chegará a mercados como Coréia, Malásia, Hong Kong, Cingapura, Polônia e Alemanha.

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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Balança comercial tem superavit de US$ 2,44 bilhões em agosto
A balança comercial brasileira encerrou o mês de agosto com um saldo positivo de US$ 2,44 bilhões, informou nesta quarta-feira o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). As exportações somaram US$ 19,236 bilhões (média diária de US$ 874,4 milhões) no mês, enquanto as importações atingiram US$ 16,796 bilhões (média diária de US$ 763,5 milhões). A chamada corrente de comércio (soma das exportações e importações) encerrou o mês em US$ 36,032 bilhões (média diária de US$ 1,637 bilhões). O MDIC informou ainda nesta quarta-feira os resultados da balança comercial na quarta e quinta semanas de agosto. Na quarta semana (entre os dias 23 e 29), a balança teve superavit de US$ 22 milhões, enquanto na quinta semana (composta apenas por segunda e terça-feira), o superavit foi de US$ 184 milhões. O resultado do mês de agosto representa um avanço de 79,8% em relação ao registrado em julho, mas uma queda de 23,7% em média diária ante mesmo mês do ano passado. O mês passado teve 22 dias úteis. No ano até agosto, a balança comercial brasileira registra um superavit de US$ 11,673 bilhões, saldo provocado por exportações de US$ 126,096 bilhões (média diária de US$ 755,1 milhões) menos importações de US$ 114,423 bilhões (média diária de US$ 685,2 milhões). Esse resultado representa uma retração de 41,6% ante mesmo período do ano passado, por conta do aumento mais forte (45,7%) das importações ante a alta (28%) das exportações. Já a corrente de comércio atingiu US$ 240,519 bilhões em 2010, uma alta de 36,7% ante os oito primeiros meses de 2009, o que demonstra a retomada do comércio global após a crise econômica mundial, que reduziu as transações no ano passado. (Agências Brasil e Folha)

Brasília / DF
Secex afirma que exportação de minério tem alta de 16,6% em agosto
As exportações de minério de ferro do Brasil deram um salto em agosto, com grandes volumes exportados e também com a disparada dos preços no mercado internacional, de acordo com dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) nesta quarta-feira. Os embarques de minério de ferro aumentaram 16,6% em agosto em relação a julho, para 29,8 milhões de toneladas. A alta foi ainda maior em relação a agosto do ano passado (27,9%), quando as exportações de minério do país tinham somado 23,3 milhões de toneladas. Apesar do aumento expressivo, o volume exportado ainda ficou distante das 35 milhões de toneladas de maio de 2008, maior volume mensal dos últimos anos. Com preço médio em agosto de US$ 119,8 por tonelada, as exportações totais de minério renderam ao país US$ 3,57 bilhões no mês, mais de três vezes o montante registrado no mesmo período do ano passado (US$ 1 bilhão).
Os preços do minério de ferro, com o novo sistema trimestral de reajuste adotado pela Vale e outras grandes mineradoras do mundo deram um salto este ano. No mesmo mês do ano passado, o valor médio do minério exportado foi de US$ 44,7 por toneladas, segundo a Secex. "O preço de US$ 119,8 por tonelada é recorde para todos os meses", declarou o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, salientando que pela nova política de preços da Vale esse preço deve se manter em setembro, caindo no quarto trimestre como já anunciou a mineradora. Segundo Castro, a China segue puxando as exportações brasileiras. "Claramente é a demanda da China, o grande demandante é China, pode ser que algum outro tenha comprado um pouco mais, mas não a ponto de fazer diferença", observou.
As exportações de petróleo também cresceram expressivamente, de 1,5 milhão de toneladas em julho para 2,9 milhões de toneladas, mas o executivo da AEB não soube precisar as razões da alta. "Esses dois produtos [minério e petróleo] sustentaram basicamente a balança comercial", declarou. As exportações de petróleo renderam ao país US$ 1,3 bilhão em agosto. Com as vendas externas de óleos combustíveis e gasolina, este complexo energético somou aproximadamente US$ 1,65 bilhão, um pouco à frente do complexo soja (grão, farelo e derivados), que gerou US$ 1,6 bilhão no mês passado. Os três produtos (minério, petróleo e complexo soja) responderam por 33% do valor total exportado pelo Brasil em agosto, de US$ 19,2 bilhões.
Mercado do açucar - Outros destaques das exportações de agosto foram o açúcar e o milho. As exportações de açúcar (bruto e refinado) somaram um recorde de 3,2 milhões de toneladas, apagando a melhor marca histórica registrada em julho deste ano (2,9 milhões de toneladas), em meio à grande demanda pelo produto brasileiro que tem também congestionado os portos de Santos e Paranaguá. As exportações de açúcar geraram US$ 1,36 bilhão em agosto, quase o dobro do verificado no mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secex. Em agosto do ano passado os embarques de açúcar somaram pouco mais de 2 milhões de toneladas. Os embarques de milho do Brasil no mês passado deram um salto para 1,1 milhão de toneladas, como o esperado em função dos leilões promovidos pelo governo, contra 372 mil toneladas em agosto de 2009. (Agências Brasil e Reuters)

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TECNOLOGIA & WEB


Da redação - São Paulo / SP
Visa aponta crescimento de 170% no e-commerce no Brasil
Um estudo encomendando pela Visa revelou que as vendas via internet cresceram 170% em 2009 no Brasil, atingindo US$ 13,23 bilhões. Na América Latina e Caribe, o crescimento foi de 39,2%, atingindo US$ 21,8 bilhões. Entre os fatores apontados pela empresa para esse crescimento estão mudanças no comportamento dos consumidores; aumento no número de computadores; maior penetração da banda larga; melhorias da segurança online; expansão de segmentos chave, como viagens e turismo; e o aumento da aceitação dos grandes varejistas, especialmente no Brasil. A estimativa é que até o final de 2011 a região tenha um aumento de 58% nas vendas online, para US$ 34,5 bilhões.

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


Rio de Janeiro / RJ
Energia eólica ganha destaque no Brasil
A energia eólica prepara-se para ganhar destaque entre as renováveis com um "crescimento exponencial" nos próximos anos no Brasil graças à significativa queda dos preços no setor, mas agora terá de competir sem ajuda oficial, disseram hoje especialistas do setor. Em pouco tempo, os aerogeradores passaram de uma reduzida presença no mercado brasileiro, no qual representam apenas 0,2%, ao centro das atenções no último leilão realizado pelo Governo na semana passada. "Nesses últimos dois anos, discutimos com o Governo o esboço contratual que viabilizaram a contratação de quase 4 mil megawatts neste período", disse hoje o presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Ricardo Simões, na conferência Brazil Windpower 2010.
Fruto dessas discussões, o Governo realizou licitações, os bancos públicos - liderados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - abriram linhas de crédito e foram criados mecanismos de estabilidade aos investimentos. Neste aspecto, se instaurou um sistema flexível que permite aos parques eólicos cumprirem suas metas de geração em um prazo de quatro anos, indicou hoje o diretor da Empresa de Estudos Energéticos (EPE), Maurício Tolmasquim. Isso contribuiu para estabilizar as receitas dos parques eólicos nas épocas sem vento e, em consequência, reduzir os riscos, o custo dos créditos e o preço do megawatt, segundo o funcionário.
Tolmasquim explicou que os preços passaram em dois anos de perto de R$ 260 por megawatt para R$ 134, o que se conseguiu a partir do primeiro leilão exclusivo de eólicas, realizado em novembro passado. Tolmasquim rejeitou hoje estabelecer uma agenda de leilões e, após elogiar a "competitividade" da eólica, sugeriu que o futuro dessa energia é brigar com o resto de renováveis nas licitações anuais. Esta postura não agradou ao diretor da ABEEólica, que defendeu os leilões exclusivos. Segundo ele, eles são necessários para manter a demanda, alimentar a indústria e garantir "preços sustentáveis". "Precisamos dos leilões porque, daqui por adiante, não vamos ter algumas condições que influíram neste certame", afirmou Simões com relação à crise na Europa, um fator que atraiu as grandes empresas dinamarquesas, alemãs e espanholas ao Brasil. (Agência EFE)

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TELECOM

São Paulo / SP
GVT tem lucro líquido do 2tri10 cresce 15,3% para R$ 81,062 milhões
A GVT anunciou ontem, dia 1/9, os resultados do segundo trimestre de 2010 junto com o seu grupo controlador, a francesa Vivendi, que após ter comprado todas as ações da brasileira fechou seu capital. A operadora de banda larga e telefonia fixa registrou lucro líquido de R$ 81,062 milhões, o que representa um crescimento de 15,3% ante os R$ 70,288 milhões do mesmo período de 2009. A receita líquida teve um aumento de 41,3% para R$ 573,402 milhões, de R$ 405,828 milhões no segundo trimestre de 2009. O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi 51,5% superior ao do segundo trimestre de 2009, somando R$ 236,702 milhões, com margem Ebitda de 41,3%, a mais alta desde a fundação da empresa, conforme o comunicado de desempenho, distribuído há pouco. No segundo trimestre de 2009 o Ebitda ajustado fora de R$ 156,271 milhões, com margem de 38,5%.
A GVT destaca o recorde na adição à base de clientes entre abril e junho de 2010, de 345 mil linhas, alta de 54,3% ante igual intervalo de 2009; das quais 117 mil de banda larga (+113,4%). Ao final de junho, a GVT contava com 3,463 milhões de linhas. Ainda conforme o relatório, entre os clientes de banda larga, 56% utilizam velocidades de 10 Mbps ou mais, índice que era de 21% no mesmo período de 2009. No quesito portabilidade numérica, a GVT apresenta uma relação de 11 novos clientes para cada cancelamento. "Desde o início do processo, 567,6 mil linhas de telefonia fixa foram adicionadas à base de clientes, o correspondente a 61% do total de portabilidades realizadas nas cidades onde a empresa está presente até junho de 2010", diz o comunicado.
A Vivendi anunciou também em teleconferência com analistas e jornalistas os números semestrais, seguindo o padrão contábil europeu. No primeiro semestre, o lucro líquido da GVT foi de R$ 113,495 milhões, 17,8% maior que os R$ 96,293 milhões do mesmo período de 2009. A receita líquida da GVT atingiu R$ 1,087 bilhão, 39% acima dos R$ 781,972 milhões do mesmo período de 2009, sendo que a receita com banda larga cresceu 73% e com serviços de telefonia, 32,2%. As adições líquidas foram de 646,9 mil linhas, avanço de 56,8% na comparação com o primeiro semestre de 2009. O Ebitda ajustado cresceu 49,3%, para R$ 443,855 milhões no semestre, de R$ 297,385 milhões, com margem Ebitda de 40,8%, ante 38% no mesmo período do ano passado.
A projeção - No segundo trimestre, foram investidos pela empresa R$ 283,7 milhões, o dobro do realizado no mesmo intervalo de 2009 (R$ 141,303 milhões). Em julho, a GVT revisou o valor a ser investido em 2010, para R$ 1,5 bilhão. A expectativa é terminar 2010 com uma receita 34% maior do que no ano anterior, em torno de R$ 2,3 bilhões, e um aumento no Ebitda ajustado de 44%. (Agência Estado)

Brasília / DF
Telefónica reafirma compromisso com o Brasil
O presidente mundial do grupo Telefónica, César Alierta, reafirmou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta tarde o compromisso da empresa espanhola com o Brasil e manifestou sua admiração pelo desenvolvimento econômico e social do País. Entre os dados apresentados ao presidente Lula, o executivo destacou os investimentos de cerca de 37 bilhões de euros realizados nos 12 anos de atuação do grupo espanhol no Brasil, o que segundo a empresa torna o grupo o maior investidor privado no Brasil ao longo da última década. Apenas em 2010, os aportes somam R$ 2,3 bilhões por meio da empresa de telefonia fixa Telefônica com atuação em São Paulo. A Vivo, por sua vez, têm investimentos previstos de R$ 2,4 bilhões. No fim de junho, a Telefónica adquiriu a participação da Portugal Telecom na Vivo por 7,5 bilhões de euros. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Contax comprará Ability, de trade marketing, por até R$ 82,4 milhões
A Contax Participações comunica que membros do seu conselho de administração aprovaram a aquisição, por parte de sua controlada Contax S.A., da totalidade das quotas representativas do capital social da Ability Comunicação Integrada Ltda., pelo preço que poderá alcançar o montante de até R$ 82,474 milhões, associado à entrega de crescimento e rentabilidade. A proposta é composta do preço inicial definido a partir do valor base da sociedade, de R$ 26,400 milhões, a ser pago à vista, com eventual ajuste de capital de giro e depósito em "escrow account" (conta vinculada); e preço adicional pago anualmente mediante "earn-out agreement" (ajuste) de forma variável vinculado ao resultado do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) auditado nos próximos três anos, podendo atingir o valor total de R$ 56,074 milhões. De acordo com informações de fato relevante da Contax, a Ability atua no segmento de promoção e venda de produtos e serviços em pontos de venda, atividade conhecida como "trade marketing". No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, a Ability teve faturamento de R$ 104 milhões e Ebitda de R$ 10 milhões. Com a aquisição, a Contax, empresa de business process outsourcing, que atua em atendimento ao cliente, recuperação de crédito, televendas e serviços de tecnologia, ampliará sua oferta. Passará a ter atuação "especializada em pontos de venda, e dá mais um importante passo na direção da consolidação de sua estratégia de ser a única empresa de serviços corporativos especializada em toda a cadeia de relacionamento entre empresas e seus consumidores, nos múltiplos canais de contato".A empresa informa ainda que a aquisição está subordinada a determinadas condições e que será convocada assembleia geral extraordinária dos acionistas por se tratar de investimento relevante. (Agência Estado)

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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
Brabus apresenta Mercedes S600 iBusiness, escritório high tech sobre rodas
A Apple e a Mercedes-Benz têm muitas coisas para compartilhar: são vanguardistas, constantemente pesquisam tecnologias inovadoras, contam com fiéis seguidores e lançam produtos top de linha. (LEIA MAIS)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – Caxias do Sul / RS
Iguatemi Caxias do Sul recebe Mostra Mutirão
A história de uma das mais tradicionais instituições de ensino da Serra Gaúcha estará exposta no Iguatemi Caxias do Sul a partir desta quarta-feira à noite. (LEIA MAIS)

Da redação
Maquintex vai inaugurar novo Centro de Convenções do Ceará
A Feira de Máquinas e Equipamentos para a Indústria Têxtil - Maquintex 2011 - será o evento que irá marcar a inauguração do novo Centro de Convenções do Ceará. (LEIA MAIS)




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