Edição 386 | Ano II

São Paulo/SP e Nova Iorque/EUA
Crise mundial consolida Brasil como 8ª economia
A crise espanhola permitiu que o Brasil se firmasse na oitava posição entre as maiores economias do mundo. Com base em números oficiais, o jornal econômico espanhol Expansion revelou que o ranking das maiores economias foi bastante modificado com a crise global nos últimos dois anos. A China ultrapassou o Japão e agora se tornou a segunda maior economia do mundo. Já o Brasil supera a Espanha e é a oitava potência, em termos de PIB - Produto Interno Bruto - nominal. Com base nos números do primeiro semestre, o PIB brasileiro seria de US$ 1,8 trilhão, ante US$ 1,5 trilhão da Espanha. Segundo o jornal, a Espanha chegou a ficar na sétima posição em 2007, quando ainda vivia um boom econômico. Mas, com 20% de desemprego, um déficit colossal e uma economia estagnada, perdeu posições.
Já dados do FMI - Fundo Monetário Internacional -, organizados por Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating , indicam que a ultrapassagem da Espanha pelo Brasil teria acontecido ainda em 2009. Mas a persistência da crise nos países ricos e a rápida recuperação dos emergentes, como o Brasil, fizeram com que a diferença entre os dois países disparasse em 2010. Em 2009, segundo os dados do FMI, o Brasil, com PIB de US$ 1,57 trilhão, estava na oitava posição do ranking, mas colado na Espanha, que era a nona colocada com US$ 1,46 trilhão. Já a projeção do Fundo para 2010 joga o PIB brasileiro para US$ 1,91 trilhão, bem acima do US$ 1,56 trilhão previsto para a Espanha.
Dependência - Sem um mercado interno dinâmico por causa do desemprego, a Espanha passou a depender apenas das exportações. Mas, com a Europa em crise, produtos não competitivos e uma queda da demanda nos Estados Unidos, empresas não aguentaram e muitas faliram. No total, foram sete trimestres de encolhimento do PIB, também prejudicado pelo fim da bolha imobiliária que mantinha 25% do crescimento da economia. Agora, a recuperação apenas patina e já se fala em nova queda no fim do ano. No Brasil, a crise internacional foi compensada pelo mercado doméstico em expansão, crédito e consumo. Pelo ranking do FMI, os Estados Unidos continuam no primeiro lugar, com um PIB nominal projetado para 2010 de US$ 14,8 trilhões, quase o triplo do chinês. A China vem em segundo, com US$ 5,4 trilhões, seguida pelo Japão com US$ 5,3 trilhões.
O primeiro país europeu no ranking é a Alemanha, com US$ 3,3 trilhões, seguido de longe pela França, com US$ 2,7 trilhões, Reino Unido, com US$ 2,2 trilhões e Itália com US$ 2,1 trilhões. O Brasil vem na oitava posição, colocação que já ocupou nos anos 90, com US$ 1,9 trilhão. Em entrevista ao jornal espanhol, o ex-ministro de Assuntos Exteriores do país, Josep Piqué, apontou que, juntas, as economias latino-americanas já seriam a quarta maior economia do mundo, superando a Alemanha. Para ele "a Europa é o doente da economia mundial".
O ranking do FMI indica que a posição do Brasil variou muito desde meados da década de 90. Em 1995, o Brasil era a sétima maior economia do mundo em PIB nominal, com US$ 769,7 bilhões. As crises cambiais e econômicas da segunda metade dos anos 90, porém, acabaram forçando a desvalorização do real em 1999, que foi acentuada nas turbulências de 2001 a 2003. A conjunção de moeda desvalorizada e baixo crescimento fizeram o Brasil recuar seis posições no ranking do FMI, caindo em 2003 e 2004 para a 13.ª colocação no ranking global de PIBs. Nesses dois anos, o Brasil ficou atrás de países como Espanha, Canadá, México, Coreia do Sul e Índia.
Pulando degraus - A partir de 2005, porém, com a valorização do real, e de 2006, com a aceleração do ritmo de crescimento, o Brasil recuperou cinco posições, e chegou em 2009 ao nono posto no ranking dos PIBs. Segundo Agostini, da Austin Rating, "vale lembrar que a boa colocação do Brasil obtida nos anos 90 se deveu ao câmbio artificialmente valorizado, que aumentava o PIB em dólares". Para o economista, hoje a realidade é diferente, pois, mesmo com o câmbio relativamente valorizado, o País está em um nível de abertura comercial e competitividade muito maior que no passado. "Isso são fatores que reforçam a solidez da economia brasileira nos dias de hoje, o que fica demonstrado, até mesmo, pela forma como superou com louvor a crise mundial", acrescenta. As projeções do FMI indicam, porém, que o Brasil deve se manter na oitava posição pelo menos até 2015, quando o PIB nacional atingirá US$ 2,6 trilhões. Mas haverá uma mudança significativa no ranking, já que o País ultrapassará a Itália e será, por sua vez, ultrapassado pela Rússia, que deve chegar a 2015 com PIB de US$ 3,1 trilhões. Em 2015, segundo as previsões do FMI, o PIB americano atingirá US$ 18,2 bilhões. Com US$ 9,4 trilhões, o PIB chinês já será um pouco mais do que a metade do americano. (Agência Estado)


Brasília / DF
Cresce apetite de estrangeiros por títulos da dívida brasileira
A demanda dos investidores estrangeiros por títulos da dívida pública brasileira bateu recorde em julho, informou ontem, dia 19/8, o coordenador-geral da dívida pública do Tesouro Nacional, Fernando Garrido. A participação do investidor do exterior no estoque da dívida atingiu 9,54% no mês passado, com um volume de R$ 141,2 bilhões. Em junho, a participação dos estrangeiros era de 9,35%, com um volume de R$ 139,1 bilhões. Segundo Garrido, a alta reflete a confiança do investidor estrangeiro no país, com a estabilidade econômica e a maior rentabilidade dos títulos. Ele informou ainda que o Tesouro está observando um aumento ainda maior dessa procura de estrangeiros em agosto. "Esse apetite é motivado pela solidez da economia, sem medo da inflação. Já são três meses seguidos de alta nessa participação percentual", afirmou. Garrido também informou, em entrevista coletiva após a divulgação dos resultados da dívida pública federal, informada nesta quinta-feira pelo Tesouro Nacional, que em julho houve um resgate de R$ 64,75 bilhões, ante emissões de R$ 42,33 bilhões. O resultado líquido dessa diferença ajuda a explicar a redução de R$ 1,612 trilhão do estoque da dívida pública em junho para R$ 1,601 trilhão em julho. "O resgate registrado em julho, por conta dos vencimentos de títulos, foi o segundo maior do ano, atrás só de janeiro", afirmou Garrido. Ele também citou o fato de o custo médio acumulado nos últimos doze meses da dívida pública federal interna ter caído de 10,90% ao ano em junho para 10,89% ao ano em julho. "Julho foi um mês muito positivo para a dívida pública", afirmou.

São Paulo / SP
Joint entre BHP e Rio Tinto estaria morta
A joint venture formada pela Rio Tinto e a BHP Billiton, segunda e terceira maiores produtoras de ferro do mundo, está "morta", de acordo com o jornal australiano "Sydney Morning Herald." As gigantes da mineração entraram num acordo para unir suas principais operações australianas em uma transação avaliada em 130 bilhões de dólares australianos (US$ 117 bilhões). Esse acordo "morreu há meses", disse um executivo envolvido na discussão com os reguladores na Austrália, Europa e China. Ainda segundo o jornal, o executivo afirmou que "além de morta, o caixão (com a operação) foi enterrado no solo. Agora é uma questão de encontrar um caminho seguro para se salvar nos próximos meses". Porém, as duas companhias informaram que as negociações continuam em andamento e adiantadas em relação ao prazo limite de 31 de dezembro colocado pelas empresas. (Agência Reuters)

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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
Risco Brasil fecha em alta de 2,54%, aos 202 pontos
Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, fechou ontem, dia 19/8, em 202 pontos, com elevação de 2,54% em relação ao fechamento de ontem, de 197 pontos.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia fecham no negativo
Os principais mercados asiáticos encerraram em queda. A baixa em Wall Street e as últimas medidas de aperto econômico adotadas por Pequim influenciaram os pregões nesta sexta-feira, dia 20/8. Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, onde os investidores também se mostraram preocupados sobre a recuperação da economia global. O índice Hang Seng caiu 90,64 pontos, ou 0,4%, e terminou aos 21.981,82 pontos - na semana, o índice acumulou perda de 0,4%.
- As medidas do governo para conter os preços no setor imobiliário derrubaram as Bolsas da China. O índice Xangai Composto caiu 1,7% e encerrou aos 2.642,31 pontos - apesar disso, o índice teve ganho de 1,4% na semana. O índice Shenzhen Composto perdeu 2,1% e terminou aos 1.117,33 pontos. O yuan fechou estável ante o dólar, interrompendo a alta do período da manhã devido à fixação em baixa da taxa de paridade central dólar-yuan e seguindo três dias de ganhos, uma vez que a demanda pela moeda americana cresceu na parte da tarde. O dólar fechou cotado em 6,7902 yuans, mesma cotação do fechamento de ontem. A taxa de paridade central foi fixada pelo Banco do Povo em 6,7884 yuans, de 6,7898 yuans de ontem.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou praticamente estável, com a fraqueza das grandes indústrias de tecnologia compensadas pela força dos setores têxtil e imobiliário. O índice Taiwan Weighted caiu apenas 0,02% e fechou aos 7.927,31 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, encerrou o dia em baixa, na trilha de Wall Street e com os investidores acanhados diante dos indicadores fracos dos EUA. O índice Kospi caiu 0,2% e encerrou aos 1.775,54 pontos.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney recuou para a menor pontuação dos últimos quatro dias, com queda de 1,1%, fechando aos 4.430,90 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou com o índice PSE em alta pelo quinto dia consecutivo. A elevação de -0,9% levou o índice para 3.593,60 pontos, o maior nível em 32 meses.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa, seguindo o fraco desempenho em Wall Street e uma vez que os investidores continuam preocupados com a saúde da economia global. O índice Straits Times caiu 0,3% e fechou aos 2.936,48 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,4% e fechou aos 3.117,72 pontos, com as compras, por administradores de fundos, de ações relacionadas ao petróleo e de bancos depois de recentes quedas.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia ganhou 0,3% e fechou aos 892,92 pontos com ações de telecomunicações em alta por causa de positivos sentimentos pela aproximação do leilão das licenças de telefonia 3G.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,2% e fechou aos 1.395,02 pontos, com ganhos liderados por papeis financeiros na expectativa de fortes ganhos de pesos pesados como Malayan Bank e CIMB.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu praticamente estável nesta sexta-feira, dia 20/8, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 1,63 pontos (0,03%), até 5.209,66. O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta sexta-feira, cotado a US$ 75,41, US$ 0,11 acima do fechamento de quinta.
- Frankfurt / Alemanha - O euro abriu em baixa em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta sexta-feira, cotado a US$ 1,2810, contra US$ 1,2861 de quinta. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta o câmbio oficial do euro em US$ 1,2836.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em alta o pregão de hoje, e seu principal indicador, o Ibex-35, ganhou 28,20 pontos (0,28%), até 10.266.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em alta nesta sexta-feira, e seu índice de referência, o CAC-40, subiu 0,53%, até 3.595,51 pontos.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa o pregão de hoje, dia 20/8, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, desceu 0,13%, até 20.088,50 pontos.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 1,11%, pressionada por ações da Petrobras
Afetada pela piora do clima nos mercados internacionais após a divulgação de dados ruins nos EUA e por uma nova desvalorização nas ações da Petrobras, a Bovespa interrompeu uma sequência de cinco sessões em alta e fechou em queda nos pregões de ontem, dia 19/8.
"Os indicadores lá fora têm mostrado que a recuperação dos Estados Unidos vai ser lenta. E isso já está de certa forma precificado pelo mercado. O problema é quando há uma sequência de dados ruins", afirmou Eduardo Otero, da UM Investimentos. Ele ressalta, porém, que o que realmente pesou para a queda da Bolsa paulista hoje foi a baixa nas ações da Petrobras. "O mercado no exterior não foi bom, mas se a gente descontasse o efeito da Petrobras, a nossa Bolsa teria ido até razoavelmente bem", "Mas com essa âncora não dá."
- O Ibovespa caiu 1,11% no fechamento, aos 66.887 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,3 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,757, em alta de 0,22%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,754 e R$ 1,765.
Análise - Os papéis da Petrobras vêm sofrendo com as incertezas sobre o processo de capitalização da companhia. Ontem, a notícia de que o megainvestidor George Soros vendeu no segundo trimestre todas as suas aplicações em papéis da companhia estatal prejudicou as ações. Ontem, notícias de que a companhia poderia pagar um preço maior que o esperado pelos barris de petróleo do pré-sal que serão cedidos pelo governo em seu processo de capitalização voltaram a prejudicar os papéis. Em nota, a companhia afirmou que "a cessão onerosa continua em negociação e que a companhia vem trabalhando para cumprir seu cronograma de realizar eventual oferta pública de ações em setembro. Até o momento, qualquer discussão sobre o valor dos barris da cessão onerosa é mera especulação, isso porque os laudos das certificadoras ainda não estão prontos." As ações preferenciais registraram queda de 3,25%, enquanto as ordinárias caíram 3,64%.

Nova Iorque / EUA
Dados negativos sobre economia deixam Bolsa dos EUA no vermelho
Os dados desanimadores sobre a economia dos EUA e a inquietação quanto ao ritmo da recuperação econômica do país levaram o índice Dow Jones Industrial, de referência em Wall Street, a fechar nesta quinta-feira em baixa de 1,39%.
- Segundo dados provisórios do fechamento, o indicador perdeu 144,33 pontos, até 10.271,21.
- O índice seletivo S&P 500 caiu 18,53 pontos (-1,69%), para 1.075,63.
- O indicador da Bolsa Nasdaq teve queda de 36,75 pontos (-1,66%) e fechou em 2.178,95.
Análise - Os dados de desemprego e outros relacionados com a atividade econômica nos EUA divulgados hoje motivaram os investidores a vender ações e a buscar destinos mais seguros para seus fundos, como o dólar e os bônus do Tesouro americano. O Departamento de Trabalho informou sobre um aumento de 12 mil pedidos de seguro-desemprego na semana passada, enquanto o mercado esperava uma queda. As ações de todas as 30 empresas que compõem o Dow Jones fecharam em queda hoje. A maior baixa foi a da Intel (-3,22%), que anunciou hoje a compra da McAfee, cujos títulos subiram 57,07%. A dívida pública americana para dez anos subia de preço e oferecia uma rentabilidade de 2,57%.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias recuam após dados desanimadores nos EUA
O principal índice de ações europeias atingiu ontem, dia 19/8, o menor fechamento em um mês, após dados mostrarem que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram ao maior nível em nove meses e a atividade na região do Meio-Atlântico do país se contraiu.
- O FTSEurofirst 300 caiu 1,4%, para 1.037 pontos - patamar mais baixo desde 21/7.
- Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em queda de 1,73%, a 5.211 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,8%, para 6.075 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 recuou 2,07%, para 3.572 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 2,05%, a 20.115 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou perdas de 1,47%, aos 10.238 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,81%, a 7.366 pontos.
Análise - Os dados pressionaram principalmente ações ligadas a commodities e do setor bancário. O índice STOXX Europe 600 do setor bancário, o de matérias-primas e o de petróleo e gás recuaram entre 1,7 e 1,9%. "Os dados macroeconômicos dos EUA mais uma vez aumentaram as dúvidas sobre a firmeza da economia na segunda metade do ano e alimentaram preocupações de que pode estar se enfraquecendo mais que o previsto anteriormente", disse Tammo Greetfeld, estrategista de ações do UniCredit, em Munique. Ações do setor financeiro estiveram entre os destaques de baixa, com HSBC, Barclays, BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole caindo entre 1,3% e 3%.


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AGRONEGÓCIOS


Brasília / DF
Brasil terá procedimento próprio de medidas antidumping
O conselho de ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta terça-feira (17/08) dispositivo que amplia o alcance de medidas de antidumping para evitar que produtos sobretaxados por prática desleal de comércio entrem no Brasil desmontados em partes ou via países não atingidos pela punição.
Mais rápido - Atualmente, para que a medida de defesa comercial tivesse eficácia nesses casos, era necessária a abertura de um novo processo antidumping, que obedece prazos longos de verificação, consulta e defesa determinados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A partir de agora, as medidas de sobretaxação poderão ser aplicadas segundo procedimento próprio do governo brasileiro, de maneira mais rápida. Entre as artimanhas mais utilizadas para burlar o antidumping, chamadas de "cincunvenção", estão a importação de produtos via terceiros países que nem sequer produzem a mercadoria e a compra de peças desses bens para montagem em solo brasileiro, sem o pagamento da sobretaxa. (Agência Estado)


Da redação – Porto Alegre / RS
Governo gaúcho reduz ICMS sobre a carne
O governo do Rio Grande do Sul vai reduzir de 7% para 3% a alíquota de ICMS sobre as vendas de carne de frango pelos frigoríficos locais dentro do Estado. A medida valerá de primeiro de setembro até o fim de abril do ano que vem e será combinada com a glosa (anulação) dos créditos tributários obtidos pelo varejo nas aquisições do produto de outras regiões do país, disse o secretário da Fazenda, Ricardo Englert.
Proteção - Segundo ele, o governo tomou a decisão para proteger o setor avícola gaúcho contra a "guerra fiscal" praticada por Estados como Santa Catarina e Paraná, que por meio de incentivos como o crédito presumido reduzem a alíquota interestadual, na prática, de 12% para 2% ou zero. O assunto vinha sendo discutido desde fevereiro com representantes do setor e se o resultado for positivo a medida poderá ser prorrogada, mas isso vai depender do próximo governo estadual a ser eleito em outubro.
Decisão - O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Luiz Fernando Ross, disse que a decisão é "importante" porque reforça a presença das indústrias locais no mercado gaúcho, embora não garanta uma isonomia tributária integral com os concorrentes de outros Estados. "Os pequenos e médios frigoríficos são os principais beneficiados", afirmou o empresário.
Outros estados - A estimativa da Asgav é que 45% do mercado gaúcho de carne de frango é dominado por produtos vindos de outros Estados. No ano passado os frigoríficos locais venderam 191 mil toneladas do produto no Rio Grande do Sul, ante 296 mil toneladas em 1998. "Perdemos mais de 100 mil toneladas em 12 anos".
Produção - O Rio Grande do Sul produziu 1,4 milhão de toneladas de carne de frango em 2009 (pouco mais de 14% do total do país no período) e vendeu 1,2 milhão de toneladas, segundo a Asgav. A maior parte (65%) é exportada e o restante - afora as vendas internas - é despachado para outros Estados, explicou o secretário executivo da entidade, José Eduardo dos Santos.
Expectativa - Conforme o executivo, a expectativa do setor é que a produção de 2010 repita o volume do ano passado. No início do ano o desempenho foi afetado pela crise econômica na Europa, o que prejudicou as exportações para o continente, mas agora a situação se estabilizou. "Se (a exportação) crescer a partir de agora poderemos ter uma alta de 3% a 4%", comentou.
ICMS - O secretário da Fazenda explicou que a medida anunciada nesta terça-feira (17/08) provocará uma queda anual de R$ 10 milhões na arrecadação de ICMS caso não haja reação nas vendas internas da carne de frango. Mas se a decisão do governo resultar em aumento dos negócios dos frigoríficos locais e eles ampliarem a produção e o nível de emprego, a perda poderá ser compensada, disse Englert. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar)


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação – São Paulo / SP
Na onda de expansão dos shoppings, modelos diferentes e mais baratos
Na onda de expansão do setor de shopping centers - estão sendo inaugurados 39 shoppings entre agosto deste ano e dezembro de 2011, com investimentos estimados entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões -, vários serão abertos em formatos diferentes do tradicional. A General Shopping e a novata Construtora São José apostam em shoppings ao ar livre e em outlets, que custam entre 30% e 40% menos que um empreendimento tradicional e têm custo até 70% menor de condomínio para os lojistas. A BR Malls, a maior do setor, estuda shoppings temáticos, aproveitando o crescimento de setores como móveis, eletrodomésticos, alimentação e lazer.

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COMÉRCIO EXTERIOR

Da redação – São Paulo / SP
Rússia ameaça cortar importações de carnes do Brasil
Segundo comunicado do Serviço de Monitoria Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor, na sigla russa) divulgado ontem (18/08), os russos podem restringir as importações de carnes do Brasil. As autoridades pontuam que o Brasil deve inspecionar rapidamente as plantas que fornecem carnes vermelhas e de frango para a Rússia, caso contrário, o País será embargado. De acordo com informações do jornal RIA, o Rosselkhoznadzor já enviou a segunda notificação sobre o assunto ao governo brasileiro. Em outubro de 2009, representantes do governo brasileiro [com base no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIIPOA)] garantiram que todas as normas sanitárias exigidas pela legislação russa seriam plenamente cumpridas, logo, todas as plantas brasileiras estariam habilitadas a exportar produtos de origem animal para a Rússia. No entanto, o Rosselkhoznadzor afirma que "expressa profunda preocupação com a falta de uma resposta à primeira carta enviada no início de junho ao Brasil, que continha alguns pontos referentes à coordenação das condições de inspeção”.
Nota - A Rússia sinaliza a algum tempo endurecer as regras sanitárias para forçar concessões do Brasil em negociações bilaterais. Na semana passada, as autoridades sanitárias russas informaram ao governo brasileiro que passarão a exigir testes mais rigorosos para detectar resíduos de antibióticos na carne brasileira e o cumprimento de padrões de microbiologia e resíduos. As medidas são duramente criticadas por exportadores brasileiros. O Brasil cobra maior acesso ao mercado russo de carnes. Seja sob a forma de cotas de exportação maiores, seja por redução das tarifas dentro e fora dessas cotas. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, a pressão da Rússia por um maior controle sanitário da carne brasileira irá envolver as negociações daquele país com outros parceiros comerciais, em busca de apoio para entrar na Organização Mundial do Comércio (OMC). Com informações do The Pig Site

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TECNOLOGIA & WEB


São Paulo / SP
Governo quer internet de 100 Mbps até 2022
O governo federal quer que até 2022 a internet no país tenha velocidade de 100 Mbps (megabits por segundo) em 80% dos domicílios do país. A meta foi apresentada pelo Luiz Alfredo Salomão, assessor da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, durante o Telebrasil, evento que reúne operadoras fixas e móveis. Segundo ele, a secretaria quer que o presidente Lula encaminhe essa proposta ao Congresso para que ele seja transformado em projeto de lei, uma forma de garantir que o próximo presidente o coloque em prática. Salomão afirma que essa proposta não tem a ver com o PNBL - Plano Nacional de Banda Larga -, cujas metas são de curto prazo (até 2014). "Estamos definindo um objetivo de longo prazo", disse. O PNBL define que, em quatro anos, 75% dos domicílios terão acesso à internet em banda larga com velocidade de até 512 kbps (kilobits por segundo). Salomão concorda que será preciso definir novas redes para a oferta de internet a 100 Mbps. "O Japão realizou investimentos para a troca dos cabos de cobre por fibras ópticas e hoje é o país que oferece as maiores velocidades de navegação na internet", disse. "Podemos fazer a mesma coisa no Brasil." (Agência Folha Online)


Buenos Aires / Argentina
Empresa do grupo Clarín perde licença para serviços de internet
O governo argentino disse ontem, dia 19/8, que revogou a licença da Fibertel, uma empresa do conglomerado de mídia Clarín, para prestação de serviços e dados na internet, e indicou que os usuários terão 90 dias para mudar de provedor. "Não pode mais operar. Está desautorizada a prestar serviços", disse o ministro argentino do Planejamento, Julio De Vido, no que pode significar um duro golpe ao Clarín, com quem o governo vem tendo atritos. Segundo informação da própria empresa, a Fibertel lidera o mercado de acesso à internet de alta velocidade na Argentina, com mais de 1 milhão de clientes entre usuários residenciais e corporativos. A Fibertel possui operações em 45 cidades na Argentina. De Vido disse que a empresa usa uma licença para oferecer seus serviços que expirou e que "está sendo usada de forma ilegal". Não houve pronunciamento imediato do grupo Clarín sobre a medida do Estado. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Receita líquida da Itautec cresce 34,94% no segundo trimestre
Ao anunciar os resultados do segundo trimestre deste ano, a fornecedora Itautec reportou uma receita líquida de 551,1 milhões de reais, com alta de 34,94% em relação ao mesmo período de 2009. No consolidado do semestre, o faturamento ficou em 1,12 bilhão de reais, 21,1% maior do que o obtido nos primeiros seis meses do ano passado. Já o lucro líquido do trimestre foi de 15,2 milhões de reais, com um incremento de 76% na comparação ano-a-ano. Também no período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 40,9%, chegando a 21,5 milhões de reais. Dentro os principais responsáveis pelo resultado trimestral estão as vendas de 3,9 mil ATMs e 2,1 mil impressoras, um aumento de, respectivamente, 330% e 33%, na comparação com o mesmo período de 2009. Segundo a Itautec, os números são resultados de grandes contratos de fornecimento de ATMs para a renovação do parque instalado de clientes, além de operações no exterior. A divisão de computação também colaborou com um aumento de 38,1% na venda de notebooks, 53,3% na comercialização de desktops e 12,3% na entrega de servidores. A área de serviços tecnológicos, responsável por 107,1 milhões de reais em faturamento no segundo trimestre, teve um crescimento mais tímido, de 4,4% em relação ao registrado no mesmo período de 2009.


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MERCADO DE LUXO


Da redação – Paris / França (Jean Pierra Sorteau, correspondente)
Arábia Saudita inaugura o maior relógio do mundo
Coincidindo com o início do mês do jejum do Ramadã, a Arábia Saudita inaugurou um relógio gigante, um dos maiores do mundo, em frente à grande mesquita da cidade muçulmana sagrada de Meca. O relógio foi fixado a 400 metros de altura, e pode ser visto a partir de qualquer ponto de Meca até uma distância de 25 quilômetros. (LEIA MAIS)

Da redação – Paris / França (Jean Pierra Sorteau, correspondente)
NeilPryde lança suas primeiras bicicletas de alta performance
NeilPryde, líder no mercado dos esportes de aventura e conhecido por seu alto desempenho em equipamentos de windsurf, dá um passo corajoso em um novo segmento de indústria. (LEIA MAIS)



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MÍDIA

Rio de Janeiro / RJ
Empresários afirmam que publicidade em jornais tem futuro promissor
A publicidade em jornais impressos continuará existindo e há espaço para seu crescimento, mas as empresas que produzem conteúdo jornalístico ainda precisam buscar novos modelos de negócios que viabilizem suas operações em novas mídias digitais. Estas foram algumas das conclusões de debates ocorridos hoje no 8º Congresso Brasileiro de Jornais, que se encerra hoje no Rio. (LEIA MAIS)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras

Belo Horizonte / MG
AgriMinas 2010 promove discussões sobre agricultura familiar
A 5ª edição da AgriMinas – Feira da Agricultura Familiar de Minas Gerais - abre espaço para discussões sobre programas governamentais de incentivo à agricultura familiar. O evento, que acontece entre os dias 2 e 5 de setembro, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, contará com ciclo de palestras para os expositores sobre programas do Governo Federal como o Bolsa Verde, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Na ocasião, serão levantados os desafios, resultados e projeções para os próximos anos. (LEIA MAIS)



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