Edição 370 | Ano II

Brasilia / DF
Governo Federal tem superávit primário de R$ 631,5 milhões em junho
As contas do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) apresentaram em junho um superávit primário de R$ 631,5 milhões. De acordo com os dados divulgados hoje pelo Tesouro Nacional, no primeiro semestre o superávit acumulado é de R$ 24,832 bilhões, o equivalente a 1,46% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado no primeiro semestre é R$ 6,293 bilhões superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando o superávit estava em R$ 18,539 bilhões (1,24% do PIB). O superávit primário representa a economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública. Em junho, as contas do Tesouro Nacional apresentaram superávit primário de R$ 3,481 bilhões. Por outro lado, as contas da Previdência Social registraram um déficit primário de R$ 2,778 bilhões, enquanto o Banco Central teve um saldo negativo de R$ 71,6 milhões.
No acumulado do primeiro semestre, as contas do Tesouro Nacional apresentaram um superávit de R$ 47,713 bilhões, enquanto as da Previdência registraram um déficit primário de R$ 22,595 bilhões. Já o Banco Central acumula nos seis primeiros meses do ano um déficit primário de R$ 285,5 milhões. Ao longo do primeiro semestre, as contas do governo central apresentaram superávit em três meses (janeiro, abril e junho) e déficit em outros três (fevereiro, março e maio). Mesmo com o aumento da arrecadação da Receita Federal, as despesas do governo central no primeiro semestre deste ano avançaram no ritmo maior do que o das receitas. Enquanto as despesas apresentaram crescimento de 18,2% nos seis primeiros meses do ano, as receitas tiveram uma expansão de 16,9% no mesmo período.
O ritmo de crescimento das despesas é maior do que o verificado nos seis primeiros meses do ano passado. Em 2009, as despesas no primeiro semestre cresciam 17,2% e as receitas apresentavam uma queda de 1%. Os dados do Tesouro divulgados há pouco mostram que as despesas com pessoal no primeiro semestre cresceram 8,4% ante 21% no mesmo período do ano passado. As despesas com custeio e capital apresentam neste ano um crescimento de 32,9% ante 19,7% no ano passado. O item que teve maior crescimento foram as despesas com subsídio, que nos seis primeiros meses avançaram 14.280,7%.
Investimentos - Os investimentos totais do governo central cresceram 72% no primeiro semestre deste ano, em comparação com igual período de 2009, de acordo com os dados do Tesouro. Em valores nominais, os investimentos somaram R$ 20,6 bilhões de janeiro a junho, ante os R$ 12 bilhões de igual período do ano passado. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou que o volume de investimentos pagos no primeiro semestre é recorde para o período e reflete a "maturação" dos projetos. "O Brasil está investindo mais", disse. Considerando apenas os investimentos prioritários, que estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e podem ser abatidos da meta de superávit primário, houve crescimento de 85% na mesma base de comparação, totalizando R$ 8,936 bilhões no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho de 2009, as despesas do PAC somaram R$ 4,832 bilhões. O secretário rebateu as críticas de que o ano eleitoral é que está impulsionando o aumento das despesas com investimentos:"Em ano de eleições, a tendência é justamente de um gasto menor devido às restrições da lei eleitoral", disse. "O que acontece é que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão ganhando uma maturação maior", destacou.
Perspectiva - Augustin previu que as contas do governo central em julho deverão apresentar superávit primário. Ele ponderou, no entanto, que não será "de grande impacto". "Será normal", disse. O secretário afirmou que a arrecadação da Receita Federal no mês de julho dá sinais de refletir um ritmo menor de crescimento da economia. Segundo Augustin, há indicadores econômicos, inclusive da arrecadação, de que não há um superaquecimento da atividade econômica como muitos haviam avaliado no início do ano. "Infelizmente, há sinais de que não há superaquecimento", disse Augustin.
Questionado sobre o porquê do "infelizmente", o secretário disse ser sempre a favor de um ritmo de crescimento forte. Ele não quis fazer estimativas da arrecadação de julho porque, segundo ele, o resultado é bastante influenciado pelo pagamento de tributos que é feito no último dia do mês. Ele ponderou que é preciso ter cautela com a arrecadação. Augustin fez questão de ressaltar na entrevista a redução de 4,5% das despesas com pessoal no primeiro semestre em relação ao crescimento nominal do PIB. Segundo ele, esse dado é uma demonstração de que não havia um crescimento explosivo das despesas com pessoal como muitos "enxergavam" no ano passado, quando o governo concedeu uma série de reajustes aos servidores.
Mercado externo - O secretário disse que o Brasil deve voltar a captar recursos no mercado externo ainda este ano. Segundo ele, o mais provável é que uma nova captação seja feita com títulos mais longos que o papel de 10 anos emitido ontem (Global 2021). Ele também afirmou que é possível ainda este ano uma captação externa em reais. Augustin explicou que uma possibilidade não exclui a outra, ou seja, pode ser feita mais de uma emissão externa este ano. O secretário comemorou o resultado da emissão externa do Global 2021, que totalizou US$ 825 milhões, incluindo a oferta feita na Ásia fechada na madrugada de hoje. Segundo ele, a taxa de retorno ao investidor, de 4,547% ao ano, foi a mais baixa já paga pelo Brasil em uma emissão externa em dólares. Ele disse que isso reflete "as condições extraordinárias" da economia brasileira, inclusive o lado fiscal que tem sido objeto de críticas de alguns analistas. Augustin refutou a tese de que o juro baixo praticado no mercado internacional favoreceu esse custo baixo da emissão. Segundo ele, houve outros momentos em que os juros internacionais estiveram baixos e, mesmo assim, o País pagou mais caro em uma emissão. (Agencia Estado)

Da redação – São Paulo / SP
Novo acréscimo na alíquota do INSS chegará às empresas
A Receita Federal atualizou em junho a tabela de contribuição com o INSS relativa aos trabalhadores e empregadores. As empresas já estão aplicando esse novo cálculo, contudo, devem preparar-se para uma cobrança de forma retroativa, visto que os aposentados terão os seus benefícios atualizados desde janeiro de 2010. A repercussão no fluxo de caixa do empregador ocorrerá como consequência do reajuste de 6,14% para 7,7% na aposentadoria.
O aumento da tabela da previdência passou a vigorar a partir de junho último. Entretanto, o recolhimento deverá ser retroativo a janeiro deste ano, período que coincide com atualização do benefício aos aposentados. "A indefinição ou falta de regulamentação de como esse procedimento de cobrança retroativa ocorrerá, havendo ou não encargos moratórios, tornam-se questão primordial", observa o economista e diretor da Gerencial Auditoria de Consultoria, José Luiz Amaral Machado.
De acordo com Machado, o impacto preocupa o setor empresarial. Os juros, se incidirem, e como os valores serão diluídos ao empregador são alguns dos questionamentos. Conforme o profissional, as entidades de classe estão pleiteando alternativas em defesa do empresário. "Desde janeiro, as multas pela falta de contribuição ao INSS poderiam chegar a 20%. Aos colaboradores ativos, recairá uma parte do ônus, e provavelmente, as empresas deverão arcar com a parcela relativa à parte da empresa e ainda daqueles funcionários que já foram dispensados. Situação essa extremamente desgastante e desagradável", completa.
A matéria, bem como a forma de pagamento da cobrança retroativa da complementação para a Previdência, está sendo definida pela Receita Federal e pelo Ministério da Previdência. "O importante é que o empresário esteja atento e preparado para adequar o seu planejamento financeiro", agrega o economista. (Fonte: WH Comunicacao)

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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
FGV mostra dados da sondagem industrial terão recuperação no 3º trimestre Os resultados negativos do setor industrial, compilados pela sondagem da indústria de transformação da FGV - Fundação Getúlio Vargas - em julho, estão associados a fatores transitórios e a tendência é de que os resultados voltem a se recuperar ao longo do terceiro trimestre, segundo o coordenador da pesquisa, Aloisio Campelo. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,5% em julho na comparação com junho, passando de 115,3 pontos para 113,6 pontos, considerando os ajustes sazonais. Essa foi a segunda redução seguida do ICI, sinalizando, na ponta, desaceleração da atividade industrial. No entanto, segundo Campello, no terceiro trimestre, olhando pela perspectiva do crescimento da produção industrial, os números deverão refletir um quadro pior do que se viu no primeiro trimestre, mas melhor do que o cenário do segundo trimestre. Esta melhora, de acordo com ele, será puxada, sobretudo, pelo segmento dos bens de consumo duráveis, que, na margem, foi o que mais contribuiu para os resultados negativos mostrados pela sondagem em julho ante o mês anterior.
Para se ter uma ideia, a evolução do ICI no que diz respeito aos bens de consumo duráveis caiu 5,9% em julho ante junho, acumulou 21% de perda em julho 2010 na comparação com dezembro do ano passado e, no último trimestre, de abril a julho, caiu 3%. Essas quedas dos duráveis, de acordo com o coordenador da sondagem da FGV, é resultado da influência de dois fatores importantes. Quando se olha no prazo mais longo, que cobre o período de dezembro do ano passado a julho, há que se considerar os efeitos da crise, redução da produção após elevação dos estoques em março, como consequência do aumento da produção para antecipar o fim da desoneração do IPI, que expirava naquele mês, bem como a antecipação das compras por parte do consumidor. No curto prazo, entre junho e julho, há, na avaliação de Campello, o efeito do comprometimento da renda do consumidor, que, por sua vez, também antecipou as compras para aproveitar o IPI reduzido. "Esse ajuste dos duráveis se deu mais pelo comprometimento da renda do que pelo aumento de juros", diz Campello, para quem o ajuste não deverá durar seis meses.
"Como a massa salarial está crescendo muito é razoável pensar que ao longo do segundo semestre o consumidor vá ajustar as suas contas e voltar a comprar", avalia Campello, que acredita num crescimento da produção industrial, pelos dados do IBGE em 2010, acima de 10%, entre 11% e 12%. Ele explica que esse crescimento contempla também o carrego estatístico (parcela que é transferida de um ano para outro) do crescimento da indústria anotado no quarto trimestre de 2009.

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Asiáticas realizam lucros, perto da estabilidade
A realização de lucros, após várias sessões de altas, dominou a maior parte das bolsas asiáticas nesta quinta-feira, mas os índices acionários terminaram com oscilações pequenas.
- A Bolsa de Hong Kong encerrou praticamente estável, depois de sete sessões consecutivas de ganhos. O índice Hang Seng avançou apenas 0,01% e fechou aos 21.093,82 pontos.
- Na China, o principal índice acionário encerrou na máxima de dois meses, puxado pelas ações de corretoras e de fabricantes de cimento. O índice Xangai Composto avançou 0,6% e fechou aos 2.648,12 pontos, maior nível desde 28 de maior. O Shenzhen Composto ganhou 0,5% e fechou aos 1.076,88 pontos. A demanda dos exportadores, típica de final de mês, assegurou ligeira alta do yuan em relação ao dólar. No mercado de balcão, a moeda norte-americana fechou cotada em 6,7761 yuans, ante 6,7780 yuans no fechamento de quarta-feira. A paridade central foi fixada pelo Banco do Povo da China (banco central) em 6,7787 yuans por dólar, pouco acima dos 6,7785 yuans por dólar da véspera.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em leve alta numa sessão confusa, influenciada pela perda de 3,4% da Mediatek e pelos resultados da Siliconware Precision piores que os esperados - mas compensada pelos ganhos da HTC (+6,9%) e da Largan Precision (+5,3%). O índice Taiwan Weighted subiu 0,2% e fechou aos 7.798,99 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em ligeira queda, com os investidores sob influência dos resultados negativos das bolsas norte-americanas. O índice Kospi caiu 0,2% e encerrou aos 1.770,88 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou praticamente estável, após quatro dias consecutivos de altas. O índice S&P/ASX 200 recuou apenas 0,1% e terminou aos 4.524,1 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em baixa, com os investidores realizando lucros. O índice PSE caiu 0,7% e fechou aos 3.429,35 pontos.
- A Bolsa de Cingapura terminou em alta pela terceira sessão consecutiva, com compras predominantes de -papéis de construtoras e de commodities. O índice Straits Times avançou 0,4% e fechou aos 2.997,65 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve alta recorde de 1,3% e fechou aos 3.096,81 pontos, com os fundos estrangeiros comprando pelo otimismo com relação aos lucros no primeiro semestre, além da alta da moeda, a rupia, também dando suporte.
- Na Tailândia, o índice SET da Bolsa de Bangcoc valorizou 0,1% e fechou aos 854,59 pontos, em um dia de negociações voláteis; os ganhos foram limitados por realizações de lucros nos papeis de telecomunicações e de bancos.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,2% e fechou aos 1.358,41 pontos - quinta alta seguida, com negociações mistas. "Alguns investidores estão obviamente realizando lucros, mas o mercado em geral está muito bem suportado", disse um dealer.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra -
A Bolsa de Valores de Londres abriu em alta nesta quinta-feira, e seu índice geral, o FTSE-100, ganhou 16,36 pontos (0,31%), até 5.336,04. O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta quinta-feira, cotado a US$ 76,16, US$ 0,10 a mais que no fechamento de quarta.
- Berlim / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta nesta quinta-feira, e seu principal índice, o DAX-30, subiu 0,38%, até 6.201 pontos. O euro abriu praticamente estável em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta quinta-feira, cotado a US$ 1,3013, contra US$ 1,3010 de quarta à tarde. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quarta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2992.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu praticamente estável nesta quinta-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, se manteve em 10.630,20 pontos.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em alta nesta quinta-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, subiu 0,42% até 21.170,41 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em alta nesta quinta-feira, e seu índice de referência, o CAC-40, subiu 0,26%, até 3.680,06 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa se descola do exterior e fecha em alta de 0,20%, com Vale e bancos O mercado de ações brasileiro conseguiu se descolar das Bolsas de Valores nos Estados Unidos no fim do pregão e fechou em alta pelo oitavo dia consecutivo nesta quarta-feira. A alta foi puxada pela valorização das ações da Vale e do setor bancário --após a divulgação de balanço positivo do Bradesco.
- O Ibovespa subiu 0,20% no fechamento, aos 66.808 pontos.
- O giro financeiro ficou em R$ 5,77 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,771, em alta 0,05%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,759 e R$ 1,774.
Analise 1 - "O bom desempenho da Vale e do setor bancário fez a Bovespa fechar em alta hoje", afirmou Paulo Hegg, da UM Investimentos. A alta nas ações da mineradora foi influenciada pelas boas notícias na China - a Bolsa de Xangai ganhou 2,26% ontem. O ânimo veio da notícia de que o banco central chinês descarta uma grande mudança em sua política nos próximos meses. O CB também disse ver uma desaceleração do crescimento, mas sem recessão. Os papéis ordinários da Vale subiram 1,77%, enquanto os preferenciais tiveram alta de 1,31%. O Bradesco divulgou hoje lucro de R$ 4,6 bilhões no primeiro semestre, 16,4% maior do que o apurado no primeiro semestre de 2009. O banco abriu a temporada de balanços do setor positivamente, e puxou as ações bancárias para cima. Os papéis da instituição financeira subiram 4,51%, seguidos pelo Banco do Brasil (4,18%), Itaú Unibanco (2,34%) e Santander (2,13%).
Analise 2 – O setor de telecomunicações foi bastante movimentado. A Telefónica anunciou que fechou acordo para comprar 50% do controle da operadora de telefonia celular Vivo, enquanto a Portugal Telecom --responsável pela venda da participação na Vivo - divulgou que vai adquirir, por até R$ 8,44 bilhões, 22% da brasileira Oi. Os negócios mexeram com as ações das companhias. Os papéis da Vivo - que anunciou ainda lucro 29,9% maior no segundo trimestre - subiram 3,63%, enquanto a Telesp (que corresponde à operação de telefonia fixa da Telefónica no Brasil) registrou alta de 2,56%. As ações da Telemar, por sua vez, tiveram queda de 10,98%.


Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA fecham em queda após dados fracos de encomendas
O mercado de ações dos Estados Unidos fechou em queda os pregões de ontem, dia 28/7, após o anúncio de dados fracos para as encomendas de bens duráveis no país. A avaliação pessimista da atividade econômica divulgada no Livro Bege do Federal Reserve (o BC dos EUA) manteve o índice S&P 500 abaixo de sua média móvel de 200 dias.
- O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, recuou 0,38%, para 10.497 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,04%, para 2.264 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,69%, para 1.106 pontos.
Análise 1 - Um rali de três sessões seguidas, devido a uma leva de bons resultados corporativos, impulsionou o S&P 500 a fechar a sessão acima da média móvel na segunda-feira. A medida é considerada indicativa da direção geral do mercado. Desde então, o índice vem oscilando pouco, com o mercado como um todo se direcionando com base em fatores técnicos. "No curto prazo, fatores técnicos estão dominando os movimentos diários [do mercado] até que tenhamos uma [notícia] significativa para mudar nosso foco", disse o vice-presidente de investimentos da Wells Capital Management, Jim Paulsen. A Boeing decepcionou investidores após divulgar projeções do lucro anual abaixo do esperado. As ações da fabricante de aviões caíram 1,9%, para US$ 67,32.
Análise 2 - O Livro Bege do Federal Reserve, compilação de relatórios sobre a economia local, contribuiu para o pessimismo. O relatório indicou que a atividade econômica do país é pouco robusta em algumas regiões e perdeu força nas últimas semanas. "Com o rali que tivemos, parece que voltamos à realização de lucros e o Livro Bege gerou isso", disse o estrategista técnico sênior da Schaeffer's Invesment Research, Ryan Detrick. "Os balanços corporativos têm sido positivos, mas a economia no geral ainda está num ritmo lento e não está se recuperando tão bem quanto esperávamos", afirmou Detrick.
Análise 3 - A média móvel de 200 dias do S&P está atualmente aos 1.114 pontos, e investidores não sabem defini-la como apenas a máxima de uma alta recente ou um ponto de consolidação que levará a uma alta ainda maior. Para Paulsen, caso o índice consiga se manter acima dos 1.100 pontos, isso pode gerar uma alta para além dos 1.150 com mais dados positivos. Alguns investidores, no entanto, estão cautelosos e não se comprometem a dizer o mesmo antes da divulgação de relatórios sobre o mercado de trabalho e o crescimento da economia no fim da semana pelo governo norte-americano, disse o executivo.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em direções distintas
As principais bolsas europeias fecharam em direções divergentes, com a queda das encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos reascendendo os temores sobre o crescimento da economia norte-americana e apagando o otimismo com os balanços positivos de companhias, como a Infineon Technologies e a Deutsche Boerse.
- O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,37%, para 257,21 pontos, interrompendo seis sessões consecutivas de alta. As encomendas de bens duráveis recuaram 1% em junho nos EUA, o maior declínio em 10 meses e contrariou as previsões dos economistas.
- O índice FTSE-100, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 0,86%, a 5.319,68 pontos, após registrar ganhos modestos pela manhã. As ações blue chips ficaram sob pressão, enquanto os investidores consolidavam ganhos. "Depois de subir cerca de 10% em relação ao seu nível mais baixo, o índice está começando a parecer pelo menos um pouco mais superaquecido no curto prazo", disse Yusuf Heusen, da IG Index. Os traders também destacaram que o volume de negócios parece estar muito baixo. BP caiu 0,86%, British Airways perdeu 2%, Lloyds Banking Group cedeu 3,41% e Barclays Bank recuou 0,13%.
- Na Bolsa de Frankfurt, o índice Xetra DAX encerrou com queda de 0,46%, a 6.178,94 pontos, com a realização de lucros e as dúvidas dos investidores sobre a força da economia norte-americana. A Deutsche Boerse, empresa que controla o mercado acionário de Frankfurt, e a fabricante de microprocessadores Infineon subiram 3,98% e 2,63%, após anunciarem bons resultados no segundo trimestre. A Deutsche Boerse afirmou que registrou lucro líquido de 160 milhões de euros no segundo trimestre. A Infineon informou que conseguiu reverter um prejuízo do segundo trimestre do ano passado, para lucro de 126 milhões de euros.
- O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, fechou em alta de 0,11%, em 3.670,36 pontos, suportado pelas ações do setor financeiro. BNP Paribas subiu 2,16% e Société Générale avançou 1,83%. Safran e a Valeo estavam entre os papéis com melhor performance da sessão, subindo 6,49% e 5,39%, respectivamente, depois de reportarem resultados encorajadores. A Peugeot recuou 4,10%, apesar de ter anunciado um lucro no período. A empresa disse, no entanto, que prevê lucro zero para sua divisão de automóveis no segundo semestre deste ano. As ações da ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo, recuaram 2,10%, depois de a companhia afirmar que seus resultados nos próximos meses serão afetados pela desaceleração da demanda chinesa.
- Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em queda de 0,01% em 10.643,90 pontos, com os investidores realizando alguns lucros depois que a publicação dos resultados dos testes de estresses dos bancos europeus na última sexta-feira desencadeou um forte rali nas últimas sessões. As ações da Telefónica subiram 0,71%, com o fechamento do acordo para comprar a participação da Portugal Telecom na Vivo. BBVA recuou 0,52%, após reportar resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre. Gas Natural caiu 1,31%. A empresa afirmou que seu lucro subiu 74% no segundo trimestre, graças à fusão com Unión Fenosa.
- Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 fechou em alta de 1,01%, em 7.455,77 pontos, após o acordo entre a Portugal Telecom e a Telefónica. A companhia também fechou um acordo de intenções com a Oi para determinar as bases e os princípios que fundamentarão a negociação de uma eventual aliança entre as duas empresas. As ações da PT avançaram 2,77%. O Banco Espírito Santo ganhou 3,57%, após a o governo português vender um volume maior do que o esperado em leilão de títulos realizado nesta quarta-feira.
- O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, terminou com queda de 0,36%, em 21.082,06 pontos com os dados negativos nos EUA. Intesa Sanpaolo e UniCredit caíram 1,23% e 0,37%, respectivamente.

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MERCADO FINANCEIRO


Nova Iorque / EUA
Visa supera expectativas e lucra US$ 716 milhões no trimestre
A Visa, maior rede de processamento de cartões de crédito e débito do mundo, superou expectativas ao informar um lucro trimestral de US$ 716 milhões ontem, dia 28/7, em grande parte devido à retomada de gastos por consumidores. O lucro líquido da companhia para o terceiro trimestre do exercício social de 2010, fechado em 30/6, foi de US$ 0,97 por ação. O valor representa uma leve queda em comparação com o lucro líquido registrado um ano antes, de US$ 729 milhões ou também US$ 0,97 por ação, que inclui o valor da venda da participação na brasileira Cielo (ex-VisaNet). Excluindo esse impacto, a empresa registrou no terceiro trimestre de 2009 um lucro de US$ 0,67 por ação. Analistas esperavam, em média, um lucro de US$ 0,93 por ação no terceiro trimestre fiscal do atual exercício social, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S. A companhia viu "melhora contínua" no volume de transações financeiras processadas no trimestre, segundo afirmou o presidente-executivo da Visa, Joseph Saunders, em comunicado. A receita da empresa no trimestre foi de US$ 2 bilhões, o que representa uma alta de 23% em relação ao mesmo período de 2009. O valor superou levemente as previsões de analistas, que esperavam, em média, receita de US$ 1,97 bilhão. (Agência Reuters)

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INDÚSTRIA


Nova Iorque / EUA
Pepsi muda estratégia de publicidade e aposta em projetos sociais
A publicidade tradicional, com grandes campanhas de imagem falando da qualidade dos produtos, parece ter ficado pequena para a companhia de bebidas Pepsi, que optou em 2010 em diminuir em US$ 20 milhões seus investimentos em propaganda e destinar esse dinheiro a projetos sociais nos EUA. "A Pepsi sempre teve uma publicidade muito boa, mas nos demos conta de que era o momento de evoluir e dar aos consumidores a oportunidade de que nos dissessem como refrescar realmente suas comunidades", explicou hoje à Agência Efe a diretora de marketing para Pepsi nos EUA, Ana María Irazabal.
A rival da Coca-Cola apostou em destinar parte de seu orçamento para o financiamento de projetos que vão desde renovar os parques de uma população da Pensilvânia, até melhorar os hábitos alimentares das crianças da Louisiana e fornecer transporte gratuito a doentes de câncer. "É preciso estabelecer uma relação diferente com o consumidor, porque o povo espera comprar marcas que estejam alinhadas com seus valores", sustentou Irazabal, que explicou que foram precisos nove meses para criar a campanha "The Pepsi Refresh Project".
A novidade é que esse dinheiro não sai da fundação com a qual a PepsiCo conta para destinar fundos a trabalhos filantrópicas, mas do orçamento que a empresa destina a publicidade.Em andamento desde janeiro, a campanha já financiou 192 projetos que beneficiam 45 mil pessoas nos EUA e até o final do ano espera superar as 360 iniciativas ambientais, alimentícias, artísticas, educativas e de melhora de vizinhanças. "Queremos dotar os consumidores de poder, pegar as boas ideias e torná-las realidade, e fazer isso mediante um processo democrático", disse Irazabal em referência aos projetos que são apresentados na internet e submetidos à votação popular. Os mais votados recebem as verbas. "Toda companhia tem consciência social. Queremos demonstrar que podemos ir muito bem em lucros e ao mesmo tempo fazer o bem social", acrescentou.
A diretora explicou que a Pepsi, que esse ano deixou de anunciar no Super Bowl - a final da liga de futebol americano - pela primeira vez desde 1987 para destinar fundos a este projeto, transformou seu compromisso social em uma estratégia de marketing. "Claro que é publicidade, mas se trata de uma tática diferente". "Sabemos que quando os consumidores veem que a empresa faz algo por sua comunidade, algo tangível, sua intenção de compra é muitíssimo mais alta, por isso completamos o objetivo final da publicidade", acrescentou. A Pepsi se comprometeu em destinar esses US$ 20 milhões a projetos circunscritos aos Estados Unidos e só até dezembro, mas agora que os efeitos positivos começam a ser visíveis em suas vendas e sua imagem, a empresa não descarta que o projeto seja ampliado e, inclusive, saia do país. (Agencia EFE)

São Paulo / SP
Agrenco convoca assembleia de acionistas para 30 de setembro
A Agrenco Limited marcou para o dia 20/9 a assembleia de acionistas solicitada pela Agrenco Holding. A decisão foi tomada hoje pelo Conselho de Administração da companhia, que analisou o pedido da acionista. A holandesa Agrenco Holding, que possui 47,91% da Agrenco Limited, com sede nas Bermudas e cujas ações são representadas na bolsa brasileira por meio de recibos de ações (BDR), protocolou uma reclamação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por considerar existir um conflito de interesses envolvendo a companhia no Brasil. Por conta disso, solicitou a convocação de uma assembleia de acionistas para destituir o atual Conselho de Administração. A Agrenco Holding tem como principais acionistas três executivos da Agrenco que foram presos em junho de 2008 na Operação Influenza, da Polícia Federal, sob suspeitas de crimes que iam de sonegação fiscal a fraude de balanço: o fundador da Agrenco, Antonio Iafelice, que possui 32,58% das ações da holding, Antônio Augusto Pires Júnior, com 6,96%, e Francisco Ramos, detentor de 21,39%. Até o momento, as denúncias contra eles não foram comprovadas. O caso transformou-se em uma grande discussão sobre legalidade ou não de provas colhidas pela PF e está ainda sem conclusão.

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AGRONEGÓCIOS


Da redação - São Paulo / SP
Embalagem a vácuo pode ser alternativa à refrigeração de ovos
A embalagem a vácuo, hoje encontrada em alimentos como carnes e laticínios, pode ser adotada pela indústria de ovos em breve. Resultado de um estudo da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal, em São Paulo, a nova embalagem é testada pelos pesquisadores como uma alternativa à refrigeração. Segundo a zootecnista Aline Scatolini Silva, que tem a pesquisa como projeto de doutorado, apesar de a refrigeração ser eficaz para a preservação dos produtos, o alto custo faz com que 92% do que é comercializado hoje seja transportado in natura. A refrigeração, inclusive, faz parte das recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a conservação de ovos no País e é adotada também no exterior.
Os estudos, que começaram em 2008, mostraram que a embalagem a vácuo impede a proliferação de microorganismos como bactérias e fungos que provocam a deterioração do produto; os resultados obtidos são similares aos da refrigeração. Para tornar o processo mais eficiente, os pesquisadores utilizaram um sachê com propriedades de absorção de oxigênio. “Como o ovo é um produto muito delicado, não é possível retirar todo o ar só com a embalagem a vácuo”, afirma Aline.
Custo elevado - Para José Roberto Bottura, diretor técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), o projeto pode trazer benefícios ao mercado, já que a refrigeração nos mercados nem sempre é a melhor opção. “Vivemos num País tropical. Se o consumidor compra o ovo gelado e fora do supermercado está fazendo calor, essa diferença de temperatura pode alterar o alimento”, diz. Para se tornar viável, porém, o projeto ainda precisa reduzir os custos de comercialização. Segundo a pesquisadora, a nova embalagem custaria de R$ 0,50 a R$ 0,70. “Hoje o preço da embalagem fica entre R$ 0,08 e R$ 0,10. “O custo da nova embalagem não poderia passar dos R$ 0,12”, diz Bottura. A redução de custos está nos planos da equipe da Unesp, que pretende também estender o prazo de validade do produto. Os ovos duram, em média, 30 dias. Com a nova embalagem, a qualidade dos ovos estaria garantida neste período. Outro ponto que ainda precisa ser aprimorado é o estojo plástico que abriga os ovos sob a embalagem a vácuo. Segundo Aline, os pesquisadores buscam um material mais resistente, já que o utilizado atualmente é suscetível a quebras. “Ainda precisamos de mais estudos para chegar à comercialização”, diz a pesquisadora. Se tiver sucesso, a equipe da Unesp tem um forte mercado pela frente. Conforme estimativas da APA, foram produzidos em 2009 cerca de 22,8 bilhões de ovos no País. “Para este ano, a expectativa é que este número chegue aos 23,5 bilhões”, afirma José Bottura.
Hora da compra - Enquanto as novas embalagens não chegam às prateleiras, os especialistas recomendam ao consumidor tomar alguns cuidados na hora da compra para obter ovos de qualidade. Segundo o diretor da APA, o ideal é que o transporte dos ovos seja feito nas primeiras horas da manhã ou no fim do dia, quando a temperatura não é tão alta. O local de armazenamento no mercado deve ser limpo e fresco. Bottura lembra que a embalagem dos ovos precisa ter a identificação do produtor, com endereço e telefone. “É fundamental também que tenha uma data de validade e um selo de inspeção”, diz. Sobre o aspecto visual, ele afirma que o ideal é que os ovos não estejam trincados ou com muitas manchas, características que podem indicar má conservação.


São Paulo / SP
O milho proibido
A Vara Ambiental da Justiça Federal do Paraná anulou ontem a liberação comercial do milho geneticamente modificado "Liberty Link", produzido pela multinacional alemã Bayer. A decisão foi motivada pela ausência de um plano de monitoramento pós-liberação comercial para variedades transgênicas que deveria ter sido exigido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). "Impõe-se reconhecer a sua nulidade, por promover a liberação de organismo geneticamente modificado sem a prévia e necessária definição de plano de monitoramento", escreveu, em parecer definitivo, a juíza Pepita Durski Tramontini.
A Justiça Federal também determinou a proibição da venda de sementes de milho da Bayer nas regiões Norte e Nordeste por falta de estudos de impacto ambiental específicos para os biomas da região. Em complemento, também determinou à CTNBio a adoção de um prazo máximo para a abertura de dados protegidos de processos e pareceres apresentados pelas indústrias de biotecnologia. "As informações que instruem o pedido da empresa são de interesse público, devendo ser a todos os interessados disponibilizadas, salvo declarado o seu sigilo pela CTNBio", decidiu a juíza Tramontini. Pela decisão, a Bayer está proibida de vender, semear, transportar, importar e descartar sementes transgênicas sob pena de multa diária de R$ 50 mil. Em nota, a afirmou não ter sido informada sobre a decisão. "A empresa aguardará comunicado para se pronunciar".
A ação civil pública, movida pelas ONGs Terra de Direitos, AS-PTA, Idec e ANPA, também queria impedir a comercialização das sementes de milho transgênico das multinacionais Syngenta e Monsanto até a realização de medidas de coexistência com outras variedades. Mas a Justiça Federal não acolheu os argumentos. "Mais uma vez, o Poder Judiciário teve que corrigir atos ilegais da CTNBio", diz a consultora jurídica do Idec, Andrea Lazzarini Salazar. O especialista da AS-PTA, Gabriel Fernandes, aponta "absurdo" na falta de acesso a processos públicos da CTNBio e a falta de estudos ambientais no Norte e Nordeste. "Agora, eles terão que cumprir".
Em 16 de maio de 2007, a CTNBio aprovou o milho tolerante a herbicidas a base de glufosinato de amônio. Por 17 votos contra quatro, e com base em estudos feitos em Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, o colegiado afirmou que o milho da Bayer não apresentava "evidências de ameaça à saúde humana, animal ou ao meio ambiente". Desde então, setores da sociedade civil criticam a liberação. As ONGs questionam o bloqueio ao acesso aos procedimentos de liberação, o que violaria o direito à informação e seria incompatível com a publicidade garantida aos documentos de interesse público. A decisão da Justiça uso como argumento a urgência da elaboração de medidas de biossegurança para garantir a coexistência das variedades orgânicas, convencionais ou ecológicas com as transgênicas, e termos claros para garantir o monitoramento dos transgênicos. É preciso, diz a juíza, monitorar "organismos não-alvo" (solo, parte aérea e águas, incluindo bioacumulação), "insetos-alvo", fluxo gênico para o milho convencional e resíduo da proteína "Bt" no solo. (Agencia Valor Online)

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SERVIÇOS & VAREJO


Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar diz que não deve atingir meta de investimento de R$ 1,6 bilhões
O Grupo Pão de Açúcar não deve atingir a meta de investimentos prevista para este ano de R$ 1,6 bilhão, disse o diretor executivo da companhia, José Filippo. Em conferência com a impressa para comentar os resultados da empresa no segundo trimestre, Filippo disse que a redução dos investimentos não vai comprometer a meta de abrir 101 lojas neste ano -número que exclui a abertura de novos pontos de venda do Ponto Frio. No primeiro semestre, o Grupo Pão de Açúcar abriu 24 lojas. "Investimos cerca de R$ 400 no primeiro semestre e vamos investir ao menos mais R$ 800 milhões que já estão comprometidos no segundo semestre. Mas podemos não atingir a meta de R$ 1,6 bilhão devido a problemas de cronograma na aquisição de terrenos para expansão em 2011", disse Filippo.
Um dia depois do Pão de Açúcar divulgar que seu lucro recuou no segundo trimestre, a ação PNA do Pão de Açúcar está entre as maiores quedas do Ibovespa nesta quarta-feira. Às 16h20, o papel recuava 5,06%. Segundo o analista da SLW Cauê Pinheiro, os papéis do Pão de Açúcar recuam porque os investidores não gostaram da redução das margens de ganho. De acordo com Filippo Isso ocorreu por causa do aumento da participação da rede Assaí nos resultados. A rede, por vender no atacado, apresenta margens de ganhos menores.
Além disso, também aumentou os gastos com desconto de recebíveis, que é quando a empresa recebe adiantado de bancos os recursos de vendas parceladas. O mercado também fou surpreendido com o impacto do pagamento de dívidas que o Pão de Açúcar tinha com o governo do Rio de Janeiro. A empresa decidiu entrar no segundo trimestre no programa de parcelamento de impostos atrasados, conseguindo reduzir uma dívida de R$ 140 milhões para R$ 70 milhões, explicou Fillipo. A maior parte deste valor já foi paga e o restante será pago em 60 dias. Mas o impacto contábil foi todo registrado no resultado do segundo trimestre.
A empresa anunciou na terça-feira, após o fechamento do mercado, que o seu lucro líquido -excluído o desempenho do Ponto Frio - caiu 37,4% para R$ 82,5 milhões. Levando em conta os números do Ponto Frio, a companhia lucrou menos (R$ 62,3 milhões). Apesar disso, as ações do Ponto Frio sobem. Na avaliação do mercado, a empresa, que teve prejuízo em 2009, está conseguindo melhorar seu desempenho este ano. (Agencia Estado)


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TECNOLOGIA & WEB


Da redação - São Paulo / SP
Totvs registra aumento de 12,4% na receita do trimestre
O balanço do segundo trimestre de 2010 da Totvs, fornecedora de software para gestão empresarial, aponta que a companhia somou uma receita líquida de 120 milhões de reais no período, o que representa um incremento de 12,4%, se comparado ao mesmo período de 2009. Ainda no trimestre, o grupo contabilizou um lucro líquido ajustado – sem o efeito das despesas de amortização oriundas da aquisição e da incorporação da Datasul – de 45,9 milhões de reais, com um aumento de 24,3% em relação aos números divulgados entre abril e junho de 2009. A empresa ressaltou que trata-se do 18º trimestre consecutivo de crescimento orgânico em seu faturamento. No período, o EBITDA (lucro antes da despesa financeira e impostos) teve um acréscimo de 6,9%, enquanto a margem EBITDA apresentou uma queda de 1,2 pontos porcentuais, passando de 24,4%, no segundo trimestre de 2009, para 23,2% no mesmo período deste ano.
Conquista de novos clientes - Entre os fatores que contribuíram para os números positivos, a Totvs afirma que vendeu licenças para 4.289 empresas entre abril e junho deste ano, o que representou um recorde para um trimestre. Além disso, o ticket médio geral das transações teve alta de 11,6% em relação aos três primeiros meses de 2010. No segundo trimestre, as receitas provenientes da taxa de licenciamento ultrapassaram os 70,3 milhões de reais, com acréscimo de 18,9% em relação ao mesmo período de 2009. Já o faturamento com serviços cresceu 12,1%, atingindo 90,5 milhões de reais, enquanto que os resultados com manutenção alcançaram 137,4 milhões, com incremento de 12,3% na comparação com os mesmos meses de 2009.

Nova Iorque / EUA
Adobe anuncia compra de fornecedora de software para web
Ontem, dia 28/7, a Adobe Systems fechou um acordo para compra da empresa Day Software, fabricante de software para web, em um negócio avaliado em 240 milhões de dólares, de acordo com a companhia. A Day Software tem sede na Suíça e é especializada em gestão de conteúdo na internet, gestão de empreendimentos digitais e colaboração social. Com a aquisição, a Adobe planeja reforçar sua oferta de software corporativo. "Com a Day em nosso portfólio, seremos capazes de aumentar o valor da nossa oferta e cumprir a nossa visão de ter a web como o ponto central de interação com o cliente", informou a fabricante norte-americana de software. Assim, a Adobe vai incorporar o portfólio da empresa comprada dentro da unidade de negócios de soluções corporativas. O atual CEO da Day, Erik Hansen, também se juntará a essa diretoria. Sobre o processo de aquisição, a Adobe vai fazer uma oferta pública pelas ações da Day negociadas em bolsa. A medida já foi aprovada pelo conselho de diretores da fabricante europeia, segundo um comunicado. A conclusão do negócio ainda está sujeita à aprovação governamental. A Adobe espera concluir a compra até o quarto trimestre fiscal de 2010, que se encerrará no fim de novembro. (Agência IDG News Service)


Delaware / EUA
Facebook vence processo por quebra de patentes
O Facebook venceu uma ação na justiça ontem, dia 28/7, em que era acusada de quebra de patentes pela Leader Technologies. O júri determinou que a patente da Leader era inválida, segundo o advogado do Facebook, Michael Rhodes. "É cheque-mate", disse Rhodes. "Estamos muito satisfeitos". A Leader Technologies abriu o processo contra o Facebook em 2008, afirmando que a rede social teria quebrado uma patente sua de 2006 que protege uma ferramenta de colaboração online criada por seu fundador, Michael McKibben. O Facebook, fundado em 2004, entrou com outra ação contra a empresa de McKibben alegando que não houve violação da patente e que a patente da Leader é inválida. Rhodes afirmou no começo do julgamento que sua equipe provaria que uma invenção idêntica à da Leader Technologies havia sido patenteada anos antes, o que invalidaria a patente da empresa. (Agência Reuters)

Nova Iorque / EUA
LinkedIn pode valer hoje mais de US$ 2 bilhões
Um relatório publicado no começo desta semana sugere que recentes investimentos fizeram o valor do site LinkedIn superar a casa dos US$ 2 bilhões. Embora não seja exatamente desconhecido, o LinkedIn é menos frequentado porque seu público-alvo é bastante restrito. Trata-se de uma rede social como o Orkut ou o Facebook, mas concentra-se em criar o que se chama de “networking”: uma rede de contatos e oportunidades para profissionais de diversas áreas, com a possibilidade de publicar recomendações e indicações. O aplicativo é amplamente utilizado por especialistas em busca de talentos, os chamados headhunters. Por isso mesmo, apesar da audiência menor, o potencial humano do site é valiosíssimo.
De acordo com o site de notícias Bloomberg , a empresa de investimento Tiger Global Management gastou US$ 20 milhões para adquirir uma participação de cerca de 1% no negócio da rede social. A conta é simples: segundo o SharesPost , um site que conecta compradores, vendedores e corretores de ações, voltado à empresas de capital fechado, o LinkedIn tem ao todo 105 milhões de ações.
Se todas as ações valem agora US$ 21,50 (valor pago pela Tiger Global Management por cada título), temos ao todo um capital de US$ 2,26 bilhões. Obviamente, esta não é a maneira canônica de se calcular o valor de mercado de uma empresa, que leva em consideração muitos outros fatores, mas é possível ter uma boa idéia de sua ordem de grandeza. É importante destacar que a companhia não realizou nova liberação de títulos. As ações foram compradas de um investidor já existente. Como essa transação ocorreu no mercado privado, pode-se dizer que estes números não são conclusivos. Seja como for, o valor encontrado pode ser considerado surpreendente, uma vez que há menos de 3 anos a empresa valia em torno de “míseros” US$ 76 milhões, como afirma o Bloomberg. Mas ficou claro que o empresa responsável pelo LinkedIn é hoje multibilionária.

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INFRAESTRUTURA & LOGÍSTICA


São Paulo / SP
Porto de Santos tem fila de 53 navios para embarcar açúcar
Pelo menos 53 navios estão parados no porto de Santos aguardando o embarque de açúcar. A fila é resultado do volume de venda do produto que superou a capacidade do porto, que responde por quase 70% das exportações de açúcar brasileiro e da quebra da safra de países que concorrem com o Brasil na produção do insumo. A fila foi confirmada pela Codesp -Companhia Docas do Estado de São Paulo. Segundo a assessoria da Codesp, o porto está operando a todo vapor, mas não tem condições para atender ao volume de navios que está chegando à costa santista, há mais de um mês. No ano passado, o porto de Santos já havia registrado recorde no embarque de açúcar, com 16,9 milhões de toneladas. A estimativa para esse ano era de um crescimento de 5,5% em relação ao volume de 2009, mas a projeção já foi refeita. A Codesp calcula um crescimento de 18% e um embarque de 20 milhões de toneladas. O ministro dos Portos, Pedro Brito, afirmou que a sobrecarga é resultado da queda da produção de açúcar em países produtores como a Índia. (Agência Brasil)

São Paulo / SP
Lucro da EDP fica em R$ 127,17 milhões no trimestre
A EDP Energias do Brasil - filial brasileira da companhia de energia portuguesa - apurou lucro líquido de R$ 127,175 milhões no segundo trimestre, 40,2% abaixo do ganho do mesmo período do ano passado. A companhia, no entanto, lembra que o lucro do segundo trimestre de 2009 foi influenciado pela venda da ESC 90 Telecomunicações para a Net Serviços, o que gerou impacto de R$ 121 milhões no resultado do período. Se tal ganho extraordinário não fosse considerado, o lucro de abril a junho deste ano mostraria crescimento de 38,9% na comparação anual.
No balanço, a companhia destaca que a energia distribuída a clientes finais cresceu 7%, enquanto para os clientes livres (são os que compram da comercializadora de energia) a alta foi de 35,8%. No segmento de geração, a energia vendida alcançou 1.884 gigawatts hora (GWh), 2,4% superior ao segundo trimestre de 2009. De abril a junho, a receita líquida da EDP somou R$ 1,245 bilhão, alta de 11,6% na comparação anual. O resultado operacional medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 12,6%, para R$ 387,727 milhões (margem de 31,1%).
A EDP investiu R$ 186,3 milhões no segundo trimestre, 1% abaixo dos desembolsos de um ano antes. A maior parte dos recursos - 58% - correspondeu a investimentos em geração. Já a área de distribuição recebeu 41% dos investimentos. A dívida líquida da empresa atingiu R$ 2,211 bilhões, 50% acima da geração de caixa em um ano. Em junho, a subsidiária EDP Escelsa fechou um empréstimo de R$ 135 milhões - a 100% do CDI - com o Banco do Brasil. O financiamento tem vencimento em 2015 e os recursos vão financiar o capital de giro da empresa, além de permitir a manutenção de sua estrutura de capital e o alongamento do perfil da dívida.

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TELECOM


São Paulo / SP
Vivo tem lucro de R$ 236 milhões
A operadora de celular Vivo registrou aumento de 29,9% no lucro líquido no segundo trimestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 236 milhões. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela companhia, mesmo dia em que a espanhola Telefónica anunciou a aquisição de percentual da Portugal Telecom na empresa brasileira. As duas estrangeiras dividem o controle acionário da Brasilcel, holding que controla a Vivo. A base de clientes da operadora chegou a 55,977 milhões de acessos ao final de junho, um crescimento de 19,6% em 12 meses (sendo 25,5% no segmento pós-pago). Apenas no segundo trimestre deste ano, a empresa registrou 2,028 milhões de novos clientes. Assim, a Vivo manteve a liderança no mercado nacional, com participação de 30,24% no mercado. A taxa de perda líquida de assinantes ("churn") ficou estável no período, em 2,6%.
A Arpu (receita média por usuário, na sigla em inglês) foi de R$ 25 no trimestre, aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior como resultado da maior atividade apresentada pela base de clientes, que consome mais serviços de voz e dados. Segundo a Vivo, quando comparado com o segundo trimestre de 2009, o Arpu apresenta redução de 7,4% "decorrente do efeito de diluição provocado principalmente por múltiplos SIM Cards no mercado". A receita líquida de serviços da operadora ficou em R$ 4.129,8 milhões no período anual, aumento de 10,7%. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) chegou a R$ 1,342 bilhão, no trimestre, 10,6% acima do segundo trimestre de 2009. A margem Ebitda, foi de 30,5% no trimestre, 0,4 ponto percentual na comparação com o primeiro trimestre e 0,2 ponto percentual no comparativo com o mesmo período de 2009.
A venda - A companhia espanhola Telefónica anunciou ontem, dia 28/7, um acordo para assumir o controle acionário da Vivo, a maior operadora de celular do Brasil. Segundo um comunicado da Telefónica, a empresa chegou a um acordo para a compra dos 50% da participação da PT (Portugal Telecom) na Brasilcel, holding que tem 60% das ações da Vivo. O comunicado da empresa espanhola não dá cifras, mas segundo o diário espanhol "El País", a transação foi fechada por 7,5 bilhões de euros (cerca de R$ 17,2 bilhões).
Entenda o caso nos bastidores - A Telefónica da Espanha divide o controle da Brasilcel, dona da brasileira Vivo, com a Portugal Telecom. Em maio, a espanhola (que também detém participação na PT) fez uma proposta de 5,7 bilhões de euros pelos 30% da parte que a PT detém na Brasilcel. A portuguesa não quis vender sua participação e a Telefónica pressionou o mercado aumentando duas vezes a proposta até chegar em 7,15 bilhões de euro na véspera da assembleia da PT, ocorrida no dia 30 de junho. Nesta assembleia, a comissão de valores de Lisboa vetou que os acionistas da Telefónica votassem, por serem acionistas na PT, devido ao conflito de interesses envolvido na questão. Mesmo sem a participação da espanhola na assembleia, a maioria dos acionistas concordou com a venda do percentual da Vivo à Telefónica. Após essa decisão, o governo de Portugal utilizou suas 500 ações golden share (com poder de veto em negociações estratégicas) para impedir a venda. Desde então, a CE (Comissão Europeia) e os mercados espanhol e português vêm discutindo a legitimidade da atitude do governo português, que segundo a CE, contraria os aspectos democráticos das negociações. No dia 16/6, houve uma segunda assembleia com acionistas da PT, que terminou sem solução. No sábado, dia 17/7, a Telefónica retirou a oferta de compra das ações, mesmo com o Tribunal de Justiça da UE (União Europeia) declarar ilegal o uso da golden share pelo Estado português.


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MERCADO DE LUXO


Da redacao – Paris / Franca (Jean Pierre Sorteau, correpondente)
O submarino pessoal
Para aqueles que gostam de explorar as profundezas do mar, este pode ser o presente ideal. O submarino pessoal é um veículo capaz de acomodar duas pessoas dentro de uma enorme e transparente esfera acrílica climatizada, resistente à pressão. (LEIA MAIS)

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TERCEIRO SETOR


Da redacao – São Paulo / SP
Cinemóvel John Deere tem público de mais de 6,5 mil pessoas
Após três meses de atividade, chega ao fim o Cinemóvel – Mostra Itinerante de Filmes Nacionais. O projeto promovido pela Fundação John Deere percorreu 25 cidades do interior de São Paulo de maio a julho. Nessa temporada, foram promovidas 249 sessões de cinema gratuitas, que divertiram um publico de 6.519 pessoas, principalmente crianças. (LEIA MAIS)

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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redacao – Porto Alegre / RS
Seminário Tecnológico Febratex debate temas relevantes do setor têxtil a partir de 10 de agosto em SC
Um dos principais destaques da Feira Brasileira para a Indústria Têxtil - Febratex 2010 - será o Seminário Tecnológico. Promovido pela Associação Brasileira de Técnicos Têxteis (ABTT), em parceria com o grupo FCEM, o evento vai reunir grandes nomes do setor têxtil entre os dias 10 e 13 de agosto em Blumenau/SC. (LEIA MAIS)


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