Edição 368 | Ano II

Brasília / DF
A remessa de lucro surpreende e Brasil tem deficit recorde nas contas externas
O aumento das remessas de lucros e dividendos no final de junho surpreendeu o Banco Central e levou o Brasil a registrar o pior resultado nas suas contas externas para esse mês e para o semestre desde 1947. As despesas com serviços e o envio de renda para o exterior superaram as receitas do país e geraram um deficit em conta corrente de US$ 5,2 bilhões no mês passado. A maior parte desse resultado se deve às remessas de lucros de investimentos em empresas ou no mercado financeiro, que dispararam na última semana de junho e chegaram a US$ 4,2 bilhões no final do mês. No acumulado do ano, o deficit mais que triplicou, de US$ 7,2 bilhões em 2009 para US$ 23,8 bilhões. A previsão do BC é terminar 2010 com um resultado negativo de US$ 49 bilhões, o pior da história. Para julho, a instituição espera um deficit de US$ 3,7 bilhões. As remessas de lucros já contribuem com US$ 1,7 bilhão para esse resultado, segundo dados parciais do BC. Despesas com juros somam mais US$ 1,3 bilhão.
Fluxo - O envio de dólares para o exterior já supera a entrada de recursos em US$ 2,9 bilhões até a última quinta-feira (22), segundo o BC. Na área comercial, o fluxo de recursos está negativo em US$ 1,2 bilhão. Além do aumento nas importações, muitos exportadores deixaram parte dos dólares das suas vendas depositados fora do país.
Investimento – Os investimentos estrangeiros direto no Brasil registraram o pior resultado para meses de junho em sete anos. Segundo dados do Banco Central, entraram no país US$ 708 milhões. No semestre, os investimentos no setor produtivo somam US$ 12 bilhões, menos de um terço da meta do BC para esse ano (US$ 38 bilhões). No mercado financeiro, os resultados foram melhores. Entraram US$ 1,9 bilhão em ações e US$ 1,4 bilhão em renda fixa (títulos públicos) no mês passado.
Turismo – As despesas dos brasileiros que viajam para o exterior ou fazem compras pela internet em sites estrangeiros bateram recorde em junho e no primeiro semestre de 2010. Segundo o BC, esses gastos somaram US$ 1,33 bilhão no mês passado e US$ 7,1 bilhões neste ano, aumento de quase 60% em relação ao primeiro semestre de 2009. O recorde anterior havia sido registrado em julho de 2008 (US$ 1,3 bilhão). Dados parciais do BC para julho mostram que esses gastos já somam US$ 1,1 bilhão neste mês. Nos últimos 12 meses, os brasileiros gastaram fora do país o valor também recorde de US$ 13,5 bilhões. As despesas dos estrangeiros que visitam o Brasil cresceram 14% no semestre, para US$ 2,9 bilhões.


São Paulo / SP
Agência francesa de investimentos abre escritório em São Paulo
O governo da França abre nesta semana, em São Paulo, a primeira AFII (Agência Francesa para os Investimentos Internacionais) da América do Sul. O objetivo é captar investimentos brasileiros para a França, e o foco, a partir deste ano, é voltado para o potencial dos países emergentes do BRIC (Brasil, Rússia, Índica e China). Segundo a AFII, nos últimos anos, as empresas brasileiras, têm demonstrado iniciativa de expandir seus negócios no exterior. De acordo com os números levantados pela instituição, na Europa, existem 65 projetos brasileiros (desde 2003). Na França, são cerca de 30 empresas brasileiras estabelecidas, de um total de mais de 22 mil empresas estrangeiras com operações no país. Entre essas empresas nacionais na França, incluem-se Embraer, Vale, Marfrig, Banco do Brasil, Vulcan e Natura. No Brasil existem mais de 400 filiais de empresas francesas, contra 30 brasileiras na França. Para se tornar um país mais atraente aos investimentos estrangeiros, desde 2007 o governo francês tem acelerado o ritmo das reformas favoráveis às empresas, em questões tributárias, leis trabalhistas e administrativas e em incentivos às novas tecnologias. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Franquias imobiliárias estão entre as que mais crescem e já atraem estrangeiras
O mercado imobiliário chegou com grande apetite ao setor de franquias. De acordo com a ABF - Associação Brasileira de Franchising -, as empresas imobiliárias devem ocupar o segundo lugar entre os setores que mais crescem neste ano. A estimativa de crescimento da entidade para o setor em 2010 é de 18%, enquanto o das franqueadoras imobiliárias deve crescer 25%, atrás apenas do setor de vestuário (que inclui calçados). Diante do cenário positivo, duas das maiores empresas norte-americanas de "real estate" desembarcaram no Brasil -imediatamente após a crise do "subprime".
A vinda da Re/Max e da Century 21 ao país reforça a tese de que as economias desenvolvidas vislumbram lucro nos mercados emergentes. O movimento pode ser observado também entre os bancos e entre as empresas de telefonia. "Os motivos do crescimento são a expansão do crédito imobiliário, o boom da construção civil e o deficit habitacional. As maiores empresas do mundo aportam aqui para ganhar no desenvolvimento, especialmente após o programa Minha Casa, Minha Vida", diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF.
As americanas estão um passo à frente das outras franquias imobiliárias em profissionalização, por terem décadas de serviços padronizados e desenvolvimento de sistemas de vendas. A Re/Max, que está no Brasil desde janeiro, desenvolveu o software iConnect, que auxilia a venda em 44 países e em 25 idiomas. "Cerca de 60% das vendas mundiais são realizadas por meio do iConnect, e a tendência é que no Brasil esse percentual seja semelhante", afirma Renato Teixeira, presidente da Re/Max Brasil, que tem 68 franquias no país.
A rede tem mais de 7.000 franqueados no mundo e atua em 81 países, inclusive nos principais emergentes. Dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas a Rússia ainda não tem escritório e franqueados, mas isso deve acontecer até o fim deste ano, segundo Teixeira. "As maiores marcas mundiais devem vir para cá nos próximos dois anos. Nos eventos internacionais, somos assediados pela concorrência, que já está se movimentando."
A Re/Max investiu R$ 1 milhão para abrir a rede no país e tem como meta para 2010 venda de R$ 1 bilhão em VGV (Valor Geral de Vendas). Outra americana, a Century 21 já atua nos Brics, com 44 franqueados no Brasil, 100 na Rússia, 4 na Índia e 1.200 na China -país onde já atua há 11 anos. A empresa vendeu cerca de R$ 200 milhões em 2009 e quer dobrar esse valor neste ano.
Atrativo do mercado - "O deficit habitacional do Brasil é um atrativo. Os emergentes se destacam pelas possibilidades de crescimento. O campo é tão grande que acredito que só com as empresas brasileiras não é possível atender a demanda." A crítica ao mercado brasileiro fica por conta da burocracia e da falta de especialização dos corretores. "As transações imobiliárias ainda são um pouco amadoras aqui. Estamos tentando regulamentar as franquias para promover a desburocratização. Isso vai padronizar os profissionais e as atividades serão mais ágeis", diz Ernani Assis, diretor da Century 21 no Brasil. (Agência Folha Online)

São Paulo / SP e Brasília/DF
Aposta de R$ 18,5 bilhões do BNDES em frigoríficos assusta concorrentes
A estratégia oficial de turbinar frigoríficos para transformá-los em gigantes mundiais está prestes a bater a marca de R$ 18,5 bilhões recebidos do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES). A maior parte desse dinheiro vem sendo aplicado no JBS e no Marfrig para financiar uma campanha agressiva de aquisições de concorrentes no Brasil e no exterior. Até agora, o banco estatal já desembolsou R$ 16 bilhões com o setor - R$ 6 bilhões em empréstimos e R$ 10 bilhões na aquisição de participação acionária. Outros R$ 2,5 bilhões foram prometidos na semana passada ao Marfrig, para financiar mais uma compra: a da americana Keystone Foods.
A política do governo de criar grandes multinacionais brasileiras voltou ao debate com a campanha eleitoral e a discussão sobre o papel do BNDES no próximo governo. Nos frigoríficos, a tática de "engorda" começa a entusiasmar os investidores, que enxergam oportunidades de lucro com os papéis dessas empresas. Mas incomoda concorrentes menores e pecuaristas, aborrecidos com a concentração de poder nas mãos de JBS e Marfrig (leia abaixo). Uma das críticas é que o BNDES estaria subsidiando empresários que poderiam se virar sozinhos. O banco, porém, afirma que a maior parte do dinheiro investido nos frigoríficos não é subsidiado pelo Tesouro Nacional, nem sai do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). São recursos captados com investidores pela BNDESPar, subsidiária do banco, e repassados aos frigoríficos a custos de mercado.
Empresários do setor, que pedem anonimato por medo de contrariar o governo, questionam a escolha dos parceiros do BNDES. Cerca de três anos atrás, outro frigorífico importante, o Minerva, procurou o banco na tentativa de conseguir apoio para sua expansão. Saiu de mãos vazias. Enquanto isso, apoiado pelo banco estatal, o JBS tornou-se o maior produtor de carne processada do mundo. No setor, circula a versão de que um dos pontos fortes de JBS e Marfrig são suas conexões políticas. Líderes num setor que exibe margens de retorno baixas e riscos altos, a avaliação do mercado é que essas empresas não teriam ido tão longe sem o BNDES - já que os investidores passaram a olhar os frigoríficos com mais interesse há pouco tempo.
Executivos da área também questionam o perfil das aquisições internacionais - boa parte são companhias em dificuldades financeiras. Há dúvidas sobre a capacidade dos brasileiros de operar as novas aquisições e ganhar dinheiro com elas. Procurados, JBS, Marfrig e BNDES não deram entrevista. Até 2007, quando essas empresas abriram o capital em bolsa, os frigoríficos eram pouco profissionalizados. Diferentes pecuaristas relataram ao Estado que já foram "roubados na balança" (os bois pesavam menos na balança do frigorífico que na fazenda) e que o uso de caixa dois era uma prática comum.
Cartel. O setor já foi investigado por prática de cartel. Em 2007, o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) condenou os frigoríficos Bertin, Minerva, Franco Fabril e Mataboi por manipularem os preços pagos aos pecuaristas. O Friboi ( atual JBS) selou acordo para encerrar as investigações e pagou R$ 13,7 milhões de multa. O Bertin foi incorporado pelo JBS no ano passado.
Nos últimos quatro anos, a BNDESPar investiu mais de R$ 40 bilhões na compra de participações em empresas de setores como telecomunicações, celulose e energia. Cerca de 25% disso foi parar em apenas quatro frigoríficos. A instituição tem 21% do capital do JBS, 14% do Marfrig, 22% do Independência (em recuperação judicial) e uma pequena fatia, de 2,6%, na Brasil Foods (fusão de Sadia e Perdigão). Os R$ 10 bilhões que o BNDES gastou em compra de participações nos frigoríficos equivalem à metade do valor de mercado do JBS. É também o dobro do que o frigorífico dos irmãos Batista - José, Joesley e Wesley - valia quando abriu o capital, em 2007.
O BNDES diz ter escolhido o setor porque o Brasil é altamente competitivo. Aposta que, com destaque lá fora, JBS e Marfrig vão gerar remessas de lucro e empregos qualificados no País. Nos últimos anos, o JBS comprou empresas como as americanas Swift e Pilgrim"s Pride. O professor Sérgio Lazzarini, do Insper, entende que o País teria mais benefícios se, em vez de capitalizar os frigoríficos, aplicasse mais dinheiro em infraestrutura. "O setor de frigoríficos é pouco dinâmico. Se é para escolher, faria mais sentido investir em tecnologia de ponta". (Agência Estado)

São Paulo / SP
Economia informal representa 18,3% do PIB
A economia informal no Brasil equivale a R$ 578,4 bilhões por ano, o equivalente a 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB). A informalidade compreende toda a produção de bens e serviços não informada aos governos. A perda de arrecadação anual chega a R$ 200 bilhões. Esse conjunto de atividades foi medido em um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), encomendado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). A proporção em relação ao PIB apresentou queda em relação a 2003, quando o índice chegou a 21% do PIB. Segundo o responsável pelo estudo, professor Fernando Holanda Barbosa Filho, os principais fatores que respondem pela redução da economia subterrânea no Brasil são o aumento do crescimento do PIB, a elevação do número de pessoas formalizadas no mercado de trabalho e a expansão do crédito. Outros elementos importantes estão relacionados à modernização da economia, maior abertura comercial, com o avanço das exportações e a evolução de sistemas de arrecadação, como notas fiscais eletrônicas.

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INDICADORES ECONÔMICOS


RESUMO da Semana – 19 a 23 de julho de 2010
IPC-S mantém queda na terceira semana do mês - O IPC-S de 22 de julho de 2010 apresentou taxa de variação de -0,14%, 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo da registrada na última divulgação. Esta foi a segunda desaceleração consecutiva do índice no mês de julho de 2010.

Aumenta confiança do consumidor em julho - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor – elevou-se em 1,1% entre junho e julho de 2010, ao passar de 118,7 para 120,0 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

Economia subterrânea no Brasil atinge R$ 578 bilhões em 2009 - O Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgaram hoje, 21/07, em São Paulo, o novo Índice da Economia Subterrânea, que compreende toda a produção de bens e serviços deliberadamente não reportada aos governos.

IGP-M desacelera no segundo decêndio de julho - O IGP-M registrou, no segundo decêndio de julho, variação de 0,03%. Em junho, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 1,06%. Os três componentes do IGP-M apresentaram as seguintes trajetórias, na passagem do segundo decêndio de junho para o segundo decêndio de julho: IPA, de 1,37% para -0,01%; IPC, de -0,20% para -0,18% e INCC, de 2,09% para 0,72%.

Indicadores Financeiros
Copom eleva a taxa Selic para 10,75% ao ano - Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,75% a.a., sem viés. Considerando o processo de redução de riscos para o cenário inflacionário que se configura desde a última reunião do Copom, e que se deve à evolução recente de fatores domésticos e externos, o Comitê entende que a decisão irá contribuir para intensificar esse processo.

Índices de Preços ao Consumidor
IPC da Fipe fica em 0,12% na segunda quadrissemana de julho - A segunda quadrissemana de julho do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,12% na cidade de São Paulo, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) acima do índice na primeira quadrissemana do mês (0,10%). Dos sete itens que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,33%), Alimentação (-0,42%), Transportes (0,11%), Despesas Pessoais (0,55%), Saúde (0,40%), Vestuário (-0,21%) e Educação (0,25%).

IPCA-15 de julho fica em - 0,09% - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de -0,09% em julho, taxa inferior à de junho (0,19%). Com esse resultado, a variação acumulada no ano ficou em 3,26%, maior que a de igual período do ano anterior (2,72%). Nos últimos doze meses, o índice ficou em 4,74%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (5,06%). A taxa de -0,09% registrada no IPCA-15 de julho foi fortemente influenciada pelos alimentos, que ficaram 0,80% mais baratos em relação a junho. Essa queda contribuiu com -0,18 ponto percentual no resultado do índice deste mês. Os preços dos alimentos recuaram em todas as regiões pesquisadas: de -0,47% (Porto Alegre) a -1,31% (Goiânia). Em junho, a variação do grupo Alimentação e Bebidas foi de -0,42%.

Mercado de Trabalho
Em junho, desocupação foi de 7% - A taxa de desocupação recuou meio ponto percentual em relação a maio e 1,1 pp em relação a junho de 2009, informou o IBGE. A população desocupada (1,6 milhão) recuou 6,6%, em relação a maio (menos 117 mil pessoas procurando por trabalho) e caiu 11,8% no ano (menos 220 mil pessoas). A população ocupada (21,9 milhões) ficou estável perante maio e cresceu 3,5% em relação a junho de 2009. Essa foi a menor taxa da série para um mês de junho. O número de trabalhadores com carteira assinada (10,2 milhões) ficou estável em relação a maio e cresceu 7,1% no ano (ou mais 670 mil empregos com carteira). O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.423,00) subiu 0,5% no mês e 3,4% no ano.

Setor Externo
Superávit da terceira semana de julho foi de US$ 391 milhões - A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 391 milhões, com média diária de US$ 78,2 milhões, nos cinco dias úteis da terceira semana de julho de 2010 (12 a 18). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 7,993 bilhões, com média diária de US$ 1,598 bilhão. As exportações, no período, foram de US$ 4,192 bilhões, com média diária de US$ 838,4 milhões, 3,2% superior à média de US$ 812,4 milhões até a segunda semana do mês. Na comparação entre a terceira semana e as duas primeiras de julho, as vendas de produtos semimanufaturados apresentaram alta de 40,4%, por conta, principalmente, de açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro/aço, óleo de soja em bruto e ferro-ligas.

Pedidos de auxílio-desemprego sobem nos EUA - De acordo com o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com um pedido de auxílio-desemprego subiu 37 mil, para 464 mil, após ajustes sazonais, na semana até 17 de julho. Segundo nota divulgada nesta quinta-feira, média móvel de pedidos feitos em quatro semanas - calculada para suavizar a volatilidade do dado - subiu 1,250 mil, para 456 mil. Na semana encerrada em 10 de julho, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego recuou 223 mil, para 4,487 milhões

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

São Paulo / SP
Investimento estrangeiro em ações bate recorde no primeiro semestre
Os investimentos estrangeiros em ações somaram US$ 7,1 bilhões no primeiro semestre de 2010, valor recorde da série iniciada em 1947, segundo dados do Banco Central. Os estrangeiros aplicaram ainda mais US$ 9,3 bilhões em títulos públicos no país e US$ 2,6 bilhões em ADRs (recibos de ações brasileiras negociados no exterior). Em junho, entraram no país US$ 1,9 bilhão em ações e US$ 1,4 bilhão em renda fixa (títulos públicos). Dados parciais mostram investimentos de US$ 2,3 bilhões e US$ 642 milhões nesses dois segmentos em julho até ontem, dia 26/7.
IED - Depois de registrarem o pior resultado para meses de junho em sete anos, os investimentos estrangeiros diretos nas empresas brasileiras apresentam recuperação em julho. Segundo dados do BC, até ontem, dia 26/7, entraram no país US$ 1,6 bilhão. A expectativa é fechar o mês com um resultado positivo de US$ 2 bilhões. No mês passado, foram apenas US$ 708 milhões, menos da metade do esperado pelo BC (US$ 1,5 bilhão). De acordo com a instituição, algumas operações realizadas no final do mês levaram a esse resultado. Houve retorno de investimentos no setor imobiliário e de alimentos e bebidas, entre outros. No semestre, os investimentos no setor produtivo somam US$ 12 bilhões, menos de um terço da meta do BC para esse ano (US$ 38 bilhões). Os investimentos estrangeiros são a principal fonte de financiamento das transações correntes do país com o exterior, que fecharam o mês passado com deficit de US$ 5,2 bilhões.


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Asiáticas fecharam com sinais diferentes
As bolsas da Ásia fecharam com sinais diferentes nesta terça-feira, entre a influência positiva dos ganhos de ontem em Wall Street e as realizações de lucros que se seguiram à forte alta dos pregões recentes.
- Na Bolsa de Hong Kong, as ações do setor financeiro puxaram a alta de 0,6% no índice Hang Seng, que fechou aos 20.973,39 pontos.
- Na China, a realização de lucros em pesos pesados dos setores bancário e de aviação determinou a queda de 0,5% no índice Xangai Composto, que fechou aos 2.575,37 pontos, e de 0,1% no Shenzhen Composto, que terminou aos 1.049,44 pontos.No mercado de câmbio, o yuan subiu ligeiramente em relação ao dólar. A moeda norte-americana fechou cotada em 6,7786 yuans, de 6,7795 yuans no fechamento de segunda-feira. A paridade central foi fixada em 6,7742 yuans por dólar, de 6,7778 yuans por dólar na véspera.
- Em Taiwan, a Bolsa de Taipé encerrou em baixa, com realização de lucros. O índice Taiwan Weighted caiu 0,5% e fechou aos 7.748,01 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou praticamente estável, em dia fraco de notícias e marcado pela realização de lucros por investidores institucionais, que contrabalançaram as compras fortes de estrangeiros do início da sessão. O índice Kospi caiu apenas 0,04% e terminou aos 1.768,31 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney fechou em alta, influenciada pelos bons resultados das bolsas norte-americanas e pelo balanço positivo da FedEx. O índice S&P/ASX 200 subiu 0,3% e encerrou aos 4.497,4 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, fechou em alta, sob influência de Wall Street. O índice PSE subiu 0,7% e terminou aos 3.436,59 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve alta, seguindo os ganhos em Wall Street depois de vários fortes resultados corporativos que impulsionaram a confiança do investidor. O índice Straits Times avançou 0,4% e fechou aos 2.979,38 pontos, mas abaixo do importante nível psicológico dos 3.000 pontos, uma vez que os investidores temem que o recente rali possa estar exagerado.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 0,6% e fechou aos 3.041,67 pontos, levado por compras de papeis de bancos, indústrias de produtos para consumo e relacionados ao petróleo na expectativa de fortes lucros no primeiro semestre.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, ganhou 1,6% e fechou aos 853,68, maior alta em 26 meses, com os papeis de bancos subindo devido às perspectivas positivas, enquanto os de energia tiveram alta depois de recentes performances abaixo da média do mercado.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,03%, fechando aos 1.352,23 pontos, em forte consolidação depois de recentes ganhos, com realizações de lucros.

HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em alta nesta terça-feira, e seu índice geral, o FTSE-100, ganhou 19,75 pontos (0,37%), até 5.370,87. O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em leve alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta terça-feira, cotado a US$ 77,51, US$ 0,01 a mais que no fechamento de segunda.
- Berlim / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal índice, o DAX 30, subiu 0,30%, até 6.212 pontos. O euro abriu em alta em relação ao dólar no mercado de divisas de Frankfurt nesta terça-feira, cotado a US$ 1,3003, contra US$ 1,2936 da tarde de segunda. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,2931.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, ganhou 79,60 pontos (0,72%), até 10.582,30.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal indicador, o CAC-40, subiu 0,68%, até 3.661,06 pontos, contra 3.636,18 do fechamento de segunda.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em alta nesta terça-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, subiu 0,39%, até 20.901,23 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em leve alta de 0,18%, em clima de cautela
O clima positivo no exterior após a divulgação de indicadores positivos sobre o mercado imobiliário nos Estados Unidos ajudou a Bovespa a fechar em alta o pregão de ontem, dia 26/7. O mercado brasileiro, porém, operou em clima de cautela, depois de registrar a melhor semana do ano, encerrada na última sexta-feira. "A cautela no mercado hoje vem da valorização significativa da semana passada", afirmou Felipe Casotti, gestor de renda variável da Máxima Asset, citando ainda que esta semana será de agenda cheia, o que contribui ainda mais para esse clima.
Nesta semana, a temporada de balanços no Brasil ganha força, o que gerou oscilação na Bolsa paulista hoje. O Bradesco abre a safra de resultados de bancos na quarta-feira, enquanto a Vale divulga seu balanço na quinta. Amanhã, é a vez do Pão de Açúcar. Além disso, na sexta-feira será divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos do segundo trimestre, que também deve mexer com os mercados.
- O Ibovespa subiu 0,18% no fechamento, aos 66.443 pontos.
- O giro financeiro ficou em R$ 4,07 bilhões - abaixo da média do mês, de cerca de R$ 5 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,767, em alta 0,39%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,764 e R$ 1,774.
Análise - Por aqui, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apontou redução na estimativa do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, após a decisão do Copom - Comitê de Política Monetária - de reduzir o ritmo de alta, para 0,5 ponto percentual - ante elevações de 0,75 ponto. Para o fim deste ano, a estimativa foi reduzida de 12% ao ano para 11,75%. Já para o final de 2011, permaneceu em 11,75%. Além disso, o BC divulgou que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil registraram o pior resultado para meses de junho em sete anos, de US$ 708 milhões. No semestre, os investimentos no setor produtivo somam US$ 12 bilhões, menos de um terço da meta do BC para esse ano (US$ 38 bilhões). Já a balança comercial teve saldo positivo de US$ 148 milhões na quarta semana de julho (de 19 a 25), resultado de exportações de US$ 4 bilhões e importações de US$ 3,852 bilhões. No acumulado de julho, o saldo é positivo em US$ 1,485 bilhão.


Nova Iorque / EUA
Bolsas dos EUA fecham em alta com FedEx e dado de moradia
O aumento da perspectiva de lucros da FedEx e dados animadores de vendas de moradias nos EUA levantaram as Bolsas de Nova York nos pregões de ontem, dia 26/7, mantendo o índice Standard and Poor's 500 acima de 1.100 pontos pelo segundo dia seguido, num sinal de que o rali pode continuar.
- O Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,97%, para 10.525 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,19%, para 2.296 pontos.
- O S&P 500 ganhou 1,12%, para 1.115 pontos.
Análise - A FedEx elevou sua perspectiva, o que valorizou as ações da companhia em 5,6%. A notícia da empresa de entregas expressas e de serviços corporativos endossa o otimismo daqueles que creem que a recuperação econômica está menos frágil do que se pensava. "A FedEx foi muito real... dessa forma, ainda que a economia esteja desacelerando, os investidores ainda vão enviar muitas mercadorias...", disse Stephen Massocca, diretor geral da Wedbush Morgan, em San Francisco. O S&P 500 fechou acima de 1.100 pontos pela segunda sessão consecutiva, algo visto por alguns investidores como importante, já que é um nível que por várias vezes no mês passado o índice não conseguiu superar. O surpreendente salto de 23,6% nas vendas de novas moradias em junho ante maio contrabalançou números decepcionantes das últimas semanas, que levantaram preocupações com uma nova recessão. O índice de construção de moradias do Dow Jones ganhou 2,9%. Os papéis da PulteGroup subiram 4,7% e lideraram os ganhos entre as construtoras de casas.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham no maior nível em 5 semanas
As Bolsas de Valores europeias fecharam no maior nível em cinco semanas nos pregoes de ontem, dia 26/7, superando indicadores técnicos de resistência com a alta forte nas vendas de casas novas nos EUA e com bancos subindo após a divulgação do resultado dos testes de estresse.
- O FTSEurofirst 300, índice com as ações europeias mais importantes, subiu 0,37%, aos 1,048.15 pontos.
- O Euro STOXX 50 index, índice das blue chips da região, cresceu 0,8%, fechando 50% acima da mínima desde o pico em abril pela primeira vez em cinco semanas.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou com variação positiva de 0,72%, a 5.351 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,45%, para 6.194 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 avançou 0,81%, para 3.636 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib ganhou 1,05%, a 20.819 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,14%, aos 10.506 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 evoluiu 0,54%, a 7.291 pontos.
Análise - O setor financeiro ficou entre os líderes de ganhos. Allied Irish Banks, Barclays, Dexia e Societe Generale ganharam entre 4,1% e 5,6%. "As vendas de casas novas nos EUA foram muito boas e o mercado se moveu para cima por causa disso," disse Stephen Pope, estrategista-chefe de ações da Cantor Fitzgerald. "Mas o volume está fraco. Nós estamos no meio da safra de balanços e os investidores estão esperando pelo que vai acontecer."

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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Faturamento da Coca-Cola Femsa no Brasil e Argentina cresce 24% no 2º trimestre
A Coca-Cola Femsa anunciou nesta segunda-feira faturamento de R$ 3,22 bilhões em suas operações no Brasil e na Argentina - a chamada divisão Mercosul da companhia - no segundo trimestre, crescimento de 24,1% sobre o mesmo período de 2009. As vendas da companhia cresceram 8,7% na mesma base de comparação, impulsionadas pelo avanço na comercialização de sucos. O número representa elevação de 14% da marca Coca-Cola no Brasil e de 33% na categoria de não-carbonatados, apoiados pela linha de produtos da marca Del Valle no Brasil e Aquarius na Argentina e o incremento de 4% na categoria de água. Na semana passada, a Coca-Cola anunciou lucro líquido de US$ 2,37 bilhões no mundo, ou US$ 1,02 por ação, no segundo trimestre encerrado em 2 de julho. O valor ficou cima dos US$ 2,04 bilhões, ou US$ 0,88 por ação, obtidos um ano antes. A receita operacional subiu para US$ 8,67 bilhões contra US$ 8,27 bilhões há um ano. O volume de vendas cresceu 5% no mundo.
Cerveja - Em janeiro deste ano, a Femsa deicidiu vender 100% de suas operações de cerveja no México e 83% no Brasil para o grupo de cerveja holandês Heineken - por meio de uma transação de ações avaliada em US$ 7,6 bilhões. Em troca, a Femsa ficaria com uma participação de 20% no Heineken Group e teria direito a indicar dois representantes não executivos ao órgão supervisor da empresa. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Setor eletroeletrônico tem deficit de US$ 12,1 bilhões no semestre
Dados divulgados hoje pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) revelam que a balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico fechou o primeiro semestre de 2010 com déficit de 12,1 bilhões de dólares. No acumulado de janeiro a junho de 2010, as exportações somaram 3,64 bilhões de dólares, apontando incremento de 4,6% em relação ao mesmo período de 2009. Mas as projeções não são otimistas. Se prosseguir nesse ritmo, o déficit anual do setor poderá superar a casa dos 25 bilhões de dólares. Valor superior às previsões iniciais, de um saldo negativo de 22,5 bilhões de dólares. De janeiro a junho, as exportações somaram 3,6 bilhões de dólares e as importações 15,7 bilhões de dólares. Um resultado que reflete a queda de competitividade da indústria instalada no País.
Embora as vendas externas de bens de automação industrial, de utilidades domésticas e materiais elétricos de instalação tenham crescido mais de 20%, com destaque para as exportações de dispensadores automáticos de papel-moeda (+159%), refrigeradores (+26%) e quadros e painéis (+29%), respectivamente, as exportações de bens de informática recuaram 9,0% e as de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) e telecomunicações, 14%. Os principais destaques foram as retrações das máquinas de processamento de dados (-24%), os transformadores (-18%) e telefones celulares (-21%). Estes últimos lideraram as exportações do setor, somando 535 milhões de dólares.
A Argentina foi o principal destino das exportações da indústria eletroeletrônica no semestre, com 28,2% do total, somando 1,0 bilhão de dólares. Apenas as vendas de bens de Telecomunicações recuaram em função dos telefones celulares. Ao excluir estes produtos da área de Telecom, as exportações dos demais itens desta área cresceram 51%. Foram justamente os celulares os principais produtos do setor exportados para a Argentina, responsáveis por 29% do total. Em seguida, vieram: eletrônica embarcada, refrigeradores e motocompressores herméticos.
No geral, exportação de celulares cai - As vendas de celulares para a Venezuela sofreram forte queda de 80%, passando de 90,3 milhões de dólares, no 1º semestre de 2009, para 17,8 milhões de dólares, no 1º semestre de 2010. Desta forma, a Venezuela, que era o segundo principal destino das exportações destes aparelhos, passou para a sétima posição. As exportações de celulares para os Estados Unidos (-51%), México (-64%) e Colômbia (-79%) também apontaram quedas expressivas. No sentido inverso, as vendas de telefones celulares para o Uruguai (+261%), Equador (+152%) e Peru (+353%) registraram fortes incrementos, porém não compensaram a queda nas vendas para os demais países. A Argentina permaneceu como principal destino das exportações destes aparelhos, respondendo por 56% do total.
Junho ruim - Só no mês de junho/2010 as exportações totalizaram 616,6 milhões de dólares, resultado 5% inferior ao do mesmo período do ano passado (649,0 milhões de dólares), quando os negócios estavam retraídos em consequência da crise internacional. Se comparado a junho de 2008 (933,9 milhões de dólares), a queda chega a 34%. Com referência a comparação com junho de 2009, as vendas externas de bens de Telecomunicações (-38,5%) foram as que apontaram a queda mais significativa, com destaque para a redução de 49% nas exportações de telefones celulares. (Agência Estado)

Da redação - São Paulo / SP
Consul faz 60 anos e renova portfólio
Marca líder do setor de eletrodomésticos, presente em mais de 50% dos lares do País, a Consul está completando 60 anos. A empresa acabou de renovar seu portfólio de produtos, adotando o conceito Facilite. O desenvolvimento dessa linha nasceu a partir de uma pesquisa que apontou que 66% dos consumidores afirmam ser relevante que o eletrodoméstico traga facilidade para o seu dia-a-dia, em especial no caso de fogões, para a limpeza e preparo dos alimentos. Os novos fogões possuem, além dos pés mais altos que permitem a passagem da vassoura embaixo do fogão facilitando a limpeza, um “Sensor Pré-Aquecimento“, que avisa quando o forno está pronto para ser usado.

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AGRONEGÓCIOS


Rio de Janeiro / RJ
Lavoura toma espaço da pecuária
A participação da lavoura na riqueza do campo no Brasil deu um grande salto entre 1996 e 2006, saindo de 45,4% para 75,1% do valor bruto da produção rural. O dado inclui a silvicultura. Já a participação da pecuária recuou de 35,6% para 20% no mesmo período. Em termos absolutos, o valor nominal da lavoura mais do que quadruplicou em dez anos, saindo de R$ 23,3 bilhões em 1996 para R$ 108,1 bilhões em 2006. A pecuária, por sua vez, teve um aumento bem menor no período, de R$ 18,3 bilhões para R$ 28,8 bilhões.
Esses números fazem parte de análise dos economistas Mauro de Resende Lopes, Ignez Vidigal Lopes e Daniela de Paula Rocha, do Centro de Economia Agrícola (CEA) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), com base em dois estudos por eles realizados em cima dos Censos Agropecuários de 1995/1996 e de 2006."O que deu uma força muito grande para a produtividade na lavoura foi a combinação dos avanços da tecnologia biológica e mecânica", diz Mauro Lopes.
Entre 1996 e 2006, a área plantada total de grãos no Brasil teve um aumento de 24,2%, de 38,5 milhões para 47,9 milhões de hectares, enquanto a produção cresceu 95,9%, de 73,6 milhões para 144,1 milhões de hectares. Esse aumento de produtividade fica muito claro em algumas culturas, como a do milho, na qual houve um recuo de 5,9% na área plantada entre as safras 1995/1996 e a estimativa para 2009/2010, mas com um aumento de 65% na produção – de 32,4 milhões para 53,5 milhões de toneladas. Lopes cita diversos avanços na agricultura brasileira nas últimas décadas, que impactaram produtos como soja, algodão, arroz, feijão e cana-de-açúcar.
Já no caso da pecuária, Lopes observa que, "apesar de grandes avanços na genética e no manejo, a taxa de abate, ligada à produtividade, quase não aumentou". A taxa de abate mede a relação entre os animais abatidos e o total do rebanho. Segundo tabela elaborada pelo Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a taxa de abate brasileira foi de 20,25% em 1996, e de 20,56% em 2006, permanecendo quase inalterada.
O pesquisador destaca que está havendo um aumento muito expressivo no confinamento dos bois, o que reduz a idade média dos animais abatidos e aumenta a produtividade. Ele nota, porém, que os bois confinados ainda correspondem a menos de 10% das cerca de 40 milhões de cabeças que são abatidas anualmente no Brasil. "Não dá um impacto muito grande na taxa de abate", diz Lopes. O Centro de Economia Agrícola produziu, para a CNA, duas versões do estudo Quem Produz o Que no Campo: Quanto e Onde, com base nos microdados do Censo Agropecuário. O primeiro, realizado em 2004, foi baseado no Censo de 1995/1996. O segundo, divulgado este ano, é baseado no Censo de 2006. (Agência Estado)

Da redação – São Paulo / SP
Aquecimento da demanda valoriza carne de frango
A carne de frango resfriada no atacado de São Paulo valorizou nos últimos dias devido à maior demanda, conforme pesquisas do Cepea. Desde o início do ano, no entanto, os preços do resfriado não se sustentavam.Em 06 de julho, o valor da carne resfriada chegou ao menor patamar desde 2007, em termos nominais (R$ 2,19/kg). Com as recentes valorizações, no acumulado de julho, o preço médio do resfriado passou a ter variação positiva, de 5,1%, fechando em R$ 2,40/kg na quinta-feira, dia 22/7.


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SERVIÇOS & VAREJO


Da redação - São Paulo / SP
Setor supermercadista paulista espera crescimento de 10,5% em produtos de inverno
As vendas de produtos que tem identificação com o inverno, como sopas e caldos, devem aumentar 10,5% em agosto, de acordo com projeção divulgada ontem, dia 26/7, pela Apas - Associação Paulista de Supermercados. Segundo a associação, que representa 31% do mercado brasileiro, a previsão de crescimento nas vendas levou os empresários a reforçar os estoques de produtos em que o consumo sofre forte influência na queda de temperatura. Em mercadorias desse tipo, o inverno corresponde a uma média de 38% das vendas de todo o ano. A expectativa leva em conta a retomada de consumo neste ano, já que as vendas do inverno de 2009 frustaram os empresários. No ano passado, o consumo de sopas caiu 5%. Já os caldos, que servem de base de preparação para a sopa, tiveram alta de 7%. Os vinhos apresentaram aumento de 8% na comparação com 2008. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Apas)

Da redação – São Paulo / SP
Venda de café gourmet sobe 15% e supera R$ 500 milhões
No final da década de 1980, o brasileiro desconhecia o sabor de um café expresso. Naquela época, restaurantes não cobravam pela bebida, que era armazenada em garrafa térmica. No fim dos anos 1990, o conceito de café especial moído na hora já era realidade em algumas casas, mas não representava nem um traço nas vendas gerais de café no país. Hoje, quase uma centena de indústrias torrefadoras, a exemplo de Café do Centro, Astro Café e Baggio Coffees, cresce dois dígitos ao ano, de carona no aromático rastro deixado pelo café gourmet nas principais capitais brasileiras. Em 2009, o produto gourmet respondeu por 7% de todo o café consumido no país em valor, o equivalente a R$ 470 milhões de um total de R$ 6,8 bilhões comercializados por esse mercado. Neste ano, a bebida de nicho poderá movimentar R$ 570 milhões, segundo as apostas de Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Nos últimos quatro anos, as vendas de café gourmet têm crescido de 15% a 20% ao ano em volume, enquanto as do café tradicional avançam, no máximo, 5%.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Yogoberry reforça expansão no país
A Yogoberry, maior empresa de frozen yogurt do Brasil, fermenta sua expansão. Depois de alcançar a supremacia no mercado carioca, a marca avança em outros Eestados. Novas lojas serão instaladas no Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará e Santa Catarina. São Paulo também é uma importante praça para a empresa, que pretende abrir mais dez lojas na capital e interior. No Rio, serão abertas mais quarto franquias – Fashion Mall, West Shopping, Bangu e Plaza Niterói. A expectativa é chegar ao fim do ano com 60 unidades.

Da redação – São Paulo / SP
Saraiva amplia mercado no interior e cresce 20%
A Livraria Saraiva, que tem hoje 95 lojas no País, busca mercados ainda pouco atendidos por livrarias para crescer. Entre as novas cidades atingidas pela rede estão Manaus (AM), Belém (PA), Vitória (ES) e Uberlândia (MG). De acordo com o diretor-presidente da Saraiva, Marcílio D’Amico Pousada, as vendas de livros da empresa cresceram 21% no primeiro trimestre do ano. Nos primeiros cinco meses de 2010, dez milhões de livros saíram das estantes da rede - as reais e as virtuais, uma vez que 35% das vendas da empresa são pela internet. Segundo Pousada, a alta das vendas de livros está ligada a dois fatores, principalmente: a alta da renda e o aumento do nível educacional das pessoas. Ele diz que o aumento do número de alunos em universidades, por exemplo, traz para a loja até mesmo quem não gosta de ler, uma vez que os cursos costumam exigir a compra de alguns livros.

Da redação – São Paulo / SP
Restaurantes assinam acordo para desenvolver cardápios em Braille
A Associação Nacional de Restaurantes (ANR) fechou uma parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos para o treinamento e capacitação de colaboradores dos restaurantes associados à entidade, no atendimento de pessoas com deficiência visual, consultoria para adequação dos espaços, suporte na contratação de deficientes visuais e fornecimento de cardápios em formato Braille.

Nova Iorque /EUA
Microsoft quer abrir dúzias de lojas de varejo
A Microsoft disse que pretende abrir dúzias de lojas de varejo, além das quatro que opera atualmente no mercado americano. Segundo a empresa, a abertura de pontos de venda próprios está apenas começando. No ano passado, a empresa inaugurou quatro unidades, nos Estados americanos da Califórnia, Arizona e Colorado, apresentando suas soluções e permitindo uma maior experimentação dos produtos.

Nova Iorque / EUA
Starbucks amplia lucros em 37%
A rede americana de cafeterias Starbucks disse que no terceiro trimestre de seu ano fiscal seus lucros tiveram um crescimento de 37% na comparação com o mesmo período de 2009, chegando a US$ 207,9 milhões. Já o faturamento da companhia avançou 8,7%, para US$ 2,6 bilhões. Nos últimos dois anos, a Starbucks vem passando por um forte processo de revitalização, com o fechamento de 900 pontos de venda, a venda do café instantâneo Via em supermercados e treinamento dos funcionários.

Da redação – São Paulo / SP
Lucro da Natura cresce 13,8% no trimestre
A fabricante de cosméticos Natura disse que no segundo trimestre do ano seus lucros líquidos cresceram 13,8% em relação ao mesmo período de 2009, chegando a R$ 191,5 milhões. O faturamento líquido da empresa saltou 24,1% na comparação anual, para R$ 1,28 bilhão, com a venda de 98,5 milhões de produtos entre abril e junho. A base de consultoras da companhia chegou a 1,12 milhão de pessoas, 19,2% mais que há um ano.

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TECNOLOGIA & WEB

Nova Iorque / EUA
Amazon.com tem lucro 45% maior no segundo trimestre
A Amazon.com teve 45% de aumento no lucro líquido do segundo trimestre fiscal de 2010, segundo balanço apresentado ao mercado no dia 22/7. O lucro líquido do trimestre encerrado em 30/6 fechou em US$ 207 milhões - no mesmo período do ano passado, esse valor foi de US$ 142 milhões. Já a receita líquida aumentou 41% no trimestre, para US$ 6,57 bilhões - no mesmo período de 2009, foi de US$ 4,65 bilhões. O ganho por ação no segundo trimestre foi de US$ 0,45. Segundo o Wall Street Journal, os resultados decepcionaram o mercado, que esperava ganhos por ação de US$ 0,53 e receita de US$ 6,5 bilhões, com base em pesquisa da FactSect Research. No comunicado divulgado pela empresa, o CEO Jezz Bezos diz se sentir "encorajado" pelo crescimento do uso de celulares como canal de compras. "Nos últimos doze meses, clientes de todo o mundo fecharam pedidos de mais de 1 bilhão de dólares em produtos da Amazon usando seus celulares", afirmou. Ao mesmo tempo, Bezos se declara animado com o potencial da nova categoria de tablets. "Com o tempo, os tablets poderão se tornar um impulsionador significativo para nossos negócios", afirmou.
Vendas regionais - As vendas combinadas nos Estados Unidos e no Canadá somaram no período US$ 3,59 bilhões, 46% a mais que o mesmo período de 2009. As vendas internacionais, por sua vez, foram de US$ 2,98 bilhões, 35% maior que no segundo trimestre do ano passado. A cifra reúne os sites do Reino Unido, Alemanha, Japão, França e China.As vendas globais de eletrônicos e outras mercadorias cresceram 69%, atingindo US$ 3,49 bilhões, informou a empresa. Empresas e desenvolvedores em 190 países têm utilizado os Amazon Web Services, serviços de computação em nuvem da empresa. No primeiro semestre de 2010, a empresa iniciou a prestação de serviços na região da Ásia-Pacífico com a oferta de serviços em Cingapura. Para o terceiro trimestre, a Amazon.com projeta receita líquida entre US$ 6,9 bilhões e US$ 7,625 bilhões. O lucro operacional, por sua vez, deverá ficar entre US$ 210 milhões e US$ 310 milhões. (Agência IDG Now!)

Boston / EUA
Oracle diz que presidente errou sobre orçamento para aquisições
A Oracle corrigiu publicamente um de seus principais executivos após seu comentário de que a empresa iria dobrar o ritmo de aquisições nos próximos cinco anos. O presidente-executivo da companhia, Charles Phillips, disse em conferência na quinta-feira que a Oracle poderia "facilmente" desembolsar cerca de o dobro dos 35 bilhões de dólares que gastou nos últimos cinco anos. "Não avançamos muito em hardware, foi apenas uma aquisição. Há muito mais que podemos fazer (nesse setor). Há também áreas relacionadas como conteúdo, nas quais poderíamos entrar", disse Phillips. A porta-voz da Oracle Karen Tillman enviou comunicado nesta sexta-feira afirmando que a empresa não tem um orçamento para fusões e aquisições nos próximos cinco anos. "Não temos sequer um orçamento para um ano", disse Karen. "Embora seja pouco provável que gastemos qualquer coisa próxima de 70 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, aproveitaremos oportunidades e, caso as condições de mercado permitam, faremos novas aquisições que fortaleçam nossos objetivos estratégicos e que supram necessidades de nossos clientes". (Agência Reuters)

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TELECOM


Da redação – Porto Alegre / RS
Vivo cria espaço interativo e incentiva o turismo na Serra Gaúcha
A Vivo traz à região serrana do Rio Grande do Sul um espaço sazonal totalmente dedicado aos visitantes. Com apoio ao turismo local, promoção de informações e cultura via mensagens gratuitas de texto SMS, o Espaço Vivo, em Gramado, funciona até dia 15/8 no centro da cidade. O local traz produtos e serviços que auxiliam a conexão dos visitantes para acesso público. Todos os dias, dois notebooks e oito smartphones conectados à rede 3G da Vivo estão dispostos no Espaço Vivo. O destaque da estrutura fica para um telão gigante que simula um smartphone com tela interativa. Por ela os freqüentadores poderão se familiarizar com os aparelhos e obterem informações dos planos da Vivo. Para promover o turismo local, a companhia distribui, no Espaço Vivo, mapas digitais com a localização dos principais pontos turísticos da Serra, que são enviados via email, totalmente dentro do conceito de sustentabilidade. Outra alternativa é o cliente se cadastrar gratuitamente para receber informações culturais e de eventos nas cidades de Gramado e Canela, enviando um SMS para o número 4000, com a palavra SERRA. No local, os clientes podem ainda responder a pergunta: “Por que você, Gramado e a Vivo têm uma conexão como nenhuma outra?” O dono da resposta mais criativa ganha um Vivo de pelúcia. Diariamente, um ícone da marca da operadora é dado ao ganhador até o final da temporada. A presença da Vivo na Serra Gaúcha ainda é reforçada com o apoio ao 4º Festival de Inverno de Gramado, que acontece até 1/8, durante os finais de semana. (Fonte: Comunicação VIVO - Regional Sul)

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MERCADO DE LUXO

Da redação – Paris / França (Jean Pierre Sorteau, correspondente)
Quadriciclo Can-Am Outlander 800R X MR
A empresa canadense Bombardier anunciou, para sua linha 2011, o Can-Am Outlander 800R X MR, um quadriciclo 4×4 muito agressivo e arrojado. Com o objetivo de extrair o máximo desempenho off road possível, o 800R X MR foi desenvolvido em parceria com a Gorilla Axle, a mais conceituada fábrica de eixos e de suspensão para este tipo de veículo. (LEIA MAIS)

Madri / Espanha
Relógio Cuervo y Sobrinos para celebrar os campeões da Copa do Mundo de 2010
A Cuervo Y Sobrinos, historicamente uma marca cubana mas agora propriedade de uma empresa suíça, para homenagear a seleção espanhola campeã do mundo na Copa do Mundo da África do Sul, lançou um novo modelo de relógio. (LEIA MAIS)

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MÍDIA

São Paulo / SP
Grupo da Vogue e Editora Globo se unem para expandir atuação no Brasil
A editora Condé Nast, que publica a revista "Vogue", se juntou à Editora Globo para a atuação no mercado de publicações brasileiras. As duas formarão a Edições Globo-Condé Nast que terá capital de 70% em posse da brasileira e 30% com a Condé Nast. Além dos títulos da "Vogue", a companhia quer lançar outras publicações internacionais e um projeto digital no Brasil. Em nota, o presidente da Condé Nast International, Jonathan Newhouse, afirmou que o negócio foi motivado pela posição da Globo na América do Sul e pela intenção de expandir os projetos no Brasil. A Condé Nast publica 126 revistas em 25 países. Entre seus títulos mais conhecidos figuram as revistas "Vogue", "Glamour", "Vanity Fair" e "The New Yorker". A Condé Nast integra a Advance Publications, que também controla mais de 20 jornais diários nos Estados Unidos, além da sexta maior empresa de TV a cabo do país, a Bright House Networks. Já a Editora Globo tem como seus principais títulos as semanais "Época" e "Quem Acontece", além de outros títulos segmentados e a publicação de livros.

Paris / França
Jornal Le Monde precisa ajustar contas após mudança de comando
Um trio de empresários está assumindo o comando do jornal "Le Monde". A notícia foi anunciada no final do mês passado como salvação do tradicional diário francês endividado há anos, mas o historiador e professor da Universidade de Paris 1 Patrick Eveno alerta: se o grupo não ajustar suas contas, de nada terá adiantado a negociação. (LEIA MAIS)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – Porto Alegre / RS
Troféu Egon Deustschendorf irá homenagear primeiros expositores da Febratex
No ano em que a Feira Brasileira para a Indústria Têxtil - Febratex - comemora seus 20 anos, o grupo FCEM, responsável pela mostra, vai realizar pela primeira vez uma premiação. (LEIA MAIS)

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ARTIGOS - Conheça nossos especialistas


Hidrovias são opção segura para otimização da logística do RS
Ricardo Guimarães (Advogado, Ex-diretor de Infraestrutura da Seinfra/RS e ex-Diretor Adm-Financeiro do DAER) (LEIA)

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