Edição 348 | Ano II

Brasília/DF e São Paulo/SP
Teles defendem revisão tributária para ampliar banda larga
A necessidade de redução dos impostos para prestação dos serviços de telecomunicações voltou a ser cobrada pelas operadoras como forma de acelerar a disseminação da banda larga no Brasil. Durante evento em São Paulo/SP, representantes da Telefônica, Oi, Vivo e TIM disseram que o peso da tributação aumenta os custos praticados nas ofertas de internet rápida e, como reflexo, dificultam a entrega de soluções para as classes D e E. A carga tributária não é único desafio que as companhias afirmam enfrentar para ampliar a penetração desse serviço no Brasil. Elas abordaram outros problemas que impedem o crescimento da internet rápida no País, entre eles, a falta de modelo estável para compartilhamento de redes, o espectro para 3G e a demora da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em definir o uso de frequências WiMax.
Para o presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, o alto custo da prestação do serviço de banda larga é a maior 'pedra no sapato' das teles. Ele cita o exemplo da tarifa de uma conexão de 1 Mbps no Estado paulista que sem imposto sairia por 36 reais, mas que com todas as taxas sobe para 54 reais e 90 centavos, dificultando a entrada da operadora nas camadas D e E. “As classes A e B estão bem atendidas, mas nosso maior desafio é chegar às faixas de baixo poder aquisitivo”, reclama o executivo, que acha que os governos deveriam isentar os impostos desse serviço por um período. Como a carga tributária se estende por toda a cadeia produtiva do setor, o presidente da Telefônica destaca que a taxa de penetração no Estado de São Paulo ainda é baixa em comparação com a Europa. A cobertura na região chega a 40% dos domicílios.
O diretor de assuntos internacionais da Oi, Luiz Francisco Perrone, concorda que o custo da banda larga é uma dificuldade para atingir o consumidor das classes D e E. Na sua avaliação esse mercado ainda é inexplorado no Brasil por causa da falta de recursos desses usuários para compra desse serviço. Entretanto, ele considera que o maior entrave para expansão de banda larga no País são as indefinições das tecnologias, principalmente das móveis que poderiam levar acesso onde a infraestrutura fixa não chega.
Na nas redes 3G, o executivo ressalta que a falta de espectro é uma limitação para aumento da oferta. A tecnologia WiMax, que poderia ser uma solução, segundo ele, se tornou um “fiasco e não anda no Brasil”. O vice-presidente de regulamentação e interconexão da Vivo, Ercio Zilli, acrescenta que a saída para ampliação da infraestrutura de banda larga será por meio de fibra óptica com acesso wireless na última milha. O diretor de assuntos regulatórios da TIM Brasil, Mario Girasole, acha que redução de impostos e mais espectro ajudaria a expandir a banda larga no Brasil, mas aponta outra alavanca para aumentar a cobertura da banda larga. É o estabelecimento de uma política para compartilhamento das redes, algo que, segundo ele, daria mais garantias ao mercado para ampliar a competição nesse segmento.

Brasília / DF
Crise faz BC reduzir previsão de investimento estrangeiro no Brasil
A crise na Europa levou o Banco Central do Brasil a reduzir a previsão de investimentos estrangeiros no país neste ano. A expectativa foi revista de US$ 45 bilhões para US$ 38 bilhões. Apesar da revisão, o resultado ainda ficará acima dos US$ 26 bilhões registrados em 2009. Até maio, o país registrou ingresso de US$ 11,4 bilhões, praticamente o mesmo valor de investimentos registrado no mesmo período de 2009. Somente no mês passado entraram US$ 3,5 bilhões, melhor resultado desde dezembro. O BC manteve a expectativa de investimentos em ações e papéis de renda fixa de médio e longo prazo no país de US$ 35 bilhões. Neste ano, o saldo está positivo em US$ 16 bilhões.
Os investimentos estrangeiros são importantes para financiar o deficit nas transações do Brasil com o exterior, que somam US$ 18,7 bilhões neste ano. O BC manteve a previsão de terminar o ano com um resultado negativo de US$ 49 bilhões. Em maio o deficit foi de US$ 2 bilhões, o menor desde agosto do ano passado. Em 12 meses o deficit corresponde a 1,94% do PIB, abaixo dos 1,98% registrados até abril. Foi a primeira queda nesse tipo de comparação desde setembro do ano passado.
Comércio exterior - O BC também revisou os dados para a balança comercial, um dos itens que fazem parte das transações correntes. A previsão de superávit passou de US$ 10 bilhões para US$ 13 bilhões. Para as exportações, subiu de US$ 173 bilhões para US$ 185 bilhões. Para as importações, de US$ 163 bilhões para US$ 172 bilhões. Também foram revisados os gastos com juros (de US$ 8,3 bilhões para US$ 9,4 bilhões). As remessas de lucros e dividendos ficaram em US$ 32 bilhões. (Agência Brasil)


Brasília / DF
Arrecadação cresce 16% em maio e atinge recorde de R$ 61 bilhões
A arrecadação federal totalizou R$ 61,114 bilhões em maio, e voltou a superar um recorde para o mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 16,55%, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal ontem, dia 22/6. Desde setembro do ano passado, todos os resultados mensais da arrecadação configuraram-se recordes para os respectivos meses, refletindo não apenas a recuperação, mas também o forte ritmo de expansão da economia. "Os fatores que influenciaram arrecadação são basicamente os mesmos dos meses anteriores, com crescimento da demanda, do PIB - Produto Interno Bruto - e do emprego", afirmou o coordenador de Análises e Estudos da Receita, Victor Lampert. Nos primeiros cinco meses do ano, a arrecadação de tributos federais já chega a R$ 318 bilhões, desempenho 13,27% superior ao obtido entre janeiro e maio de 2009. Os dados são corrigidos pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo. A previsão para 2010 é de crescimento real - descontada a inflação-de 10% a 11% em relação ao ano passado. De acordo com Lampert, apesar do ministro da Fazenda Guido Mantega afirmar repetidamente que o ritmo de expansão do PIB caiu em relação aos primeiros meses do ano, ainda assim a arrecadação pôde continuar com desempenho recorde. "Mesmo que a produção não esteja crescendo tanto, existem outros fatores que contribuem para o aumento da arrecadação. O nível de emprego em abril e maio aumentou bastante, e o movimento comercial e as importações continuam em ritmo alto", completou. No acumulado do ano, o recolhimento do IRPF - Imposto de Renda de Pessoa Física - cresceu 10,35%, para R$ 7,650 bilhões. Na mesma comparação, arrecadação da Cofins aumentou 20%, para R$ 54,878 bilhões. (Agência Estado)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Asiáticas fecham em baixa
A maioria dos mercados da Ásia apresentou nova queda nesta quarta-feira. A baixa em Wall Street e o recuo das commodities contribuíram para o desempenho negativo das bolsas da região.
- Uma das exceções foi a Bolsa de Hong Kong, que teve ligeira alta. Os investidores, contudo, mostraram cautela, à espera do resultado da reunião do Fomc, nos Estados Unidos. O índice Hang Seng subiu 37,53 pontos, ou 0,2%, e terminou aos 20.856,61 pontos.
- As Bolsas da China tiveram queda por conta do declínio em ações de empresas ligadas a commodities - o governo irá elevar a taxa para algumas commodities exportadoras, como as de produtos siderúrgicos. O índice Xangai Composto caiu 0,7% e encerrou aos 2.569,87 pontos. O índice Shenzhen Composto perdeu 0,2% e terminou aos 1.045,16 pontos. Em sessão menos volátil, o yuan teve valorização moderada em relação ao dólar, devido à demanda pela moeda chinesa por parte dos exportadores. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8124 yuans, de 6,8136 yuans do fechamento de ontem.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, seguiu a tendência dos demais mercados regionais. O índice Taiwan Weighted caiu 0,4% e fechou aos 7.582,15 pontos.
- A decepção com os dados sobre venda de imóveis usados nos EUA, divulgados na terça-feira, determinou a queda da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul. O índice Kospi recuou 0,3% e fechou aos 1.725,82 pontos, puxado pelas perdas nos setores automotivo e de tecnologia.
- Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sydney declinou 1,6% e encerrou aos 4.486,1 pontos. Os setores financeiro, de matérias-primas, de energia e de bens industriais lideraram a baixa.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila recuou 0,3% e fechou aos 3.342,97 pontos.
- Compras de papéis em oferta nas horas finais levaram a Bolsa de Cingapura a fechar estável, após dados desapontadores dos EUA e incertezas sobre a moratória na exploração de petróleo em águas profundas terem levado o índice para baixo na maior parte da sessão. O Straits Times subiu 0,04% e fechou aos 2.871,05 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,3% e fechou aos 2.924,79 pontos, seguindo o fraco volume em Wall Street e nos demais mercados regionais.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, subiu 0,3% e fechou aos 806,52 pontos, revertendo perdas da manhã e a tendência dos demais mercados regionais por conta de compras de papéis de empresas de produtos de consumo e imobiliárias, além de companhias de energia.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,5% e fechou aos 1.329,70 pontos, com muitos investidores ainda de lado, pela ausência de fatores de estímulo.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa
- Londres / Inglaterra -
A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa nesta quarta-feira, dia 23/6, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 30,17 pontos (0,57%), até 5.216,81.
- Berlim / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa no pregão de hoje, e seu principal índice, o DAX 30, perdeu 0,79%, até 6.220 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em agosto abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta quarta-feira, cotado a US$ 77,72, US$ 0,32 a menos que no fechamento de terça.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta quarta-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 139,80 pontos (1,40%), até 9.876.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa hoje, dia 23/6, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, perdeu 1,15%, até 20.372,74 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa nesta quarta-feira, e seu índice geral, o CAC-40, perdeu 1,09%, até 3.664,91 pontos, contra 3.704,32 do fechamento de terça.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa registra leve queda no fechamento
O mercado brasileiro de ações ensaiou uma nova jornada de recuperação nos negócios de ontem, dia 22/6 mas não conseguiu retomar o patamar dos 65 mil pontos, um nível de preços perdido desde o início do mês passado. Alguns analistas se surpreenderam a valorização da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) pela manhã, descolada dos mercados externos, justamente num dia em que as notícias não foram animadoras: nos EUA, as vendas de casas contrariam as expectativas e contraíram fortemente.
- O índice Ibovespa cedeu 0,03% no fechamento, aos 64.810 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,33 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,782, em alta de 0,45%.
- A taxa de risco-país marca 233 pontos, número 4,95% acima da pontuação anterior
Análise 1 - "Pela manhã, a Bovespa operou descolada dos mercados externos, puxada principalmente pelos 'papéis domésticos' [de empresas voltadas ao consumo interno], mas isso não se sustentou. E no final do pregão, nós voltamos a acompanhar os mercados externos", comenta Romeu Vidali, gerente de ações da corretora Concórdia, notando a ação de grandes fundos e tesourarias nas operações ao longo do dia. "A tendência para a moeda brasileira é de estabilidade ou de queda. A perspectiva para a economia doméstica é muito boa: o Banco Central tem mantido a inflação sob controle, a geração de empregos com carteira assinada é recorde", diz Fabiano Rufato, diretor de câmbio do grupo Fitta. Para o profissional, somente num cenário em que países como Grécia, Portugal ou Espanha não consigam cumprir as condições para manter a estabilidade recente, os mercados podem voltar a estressar. "Nesse caso, acho que o dólar voltaria a rodar em torno de R$ 1,85, ou até mesmo R$ 1,90. O nível de incerteza ficaria muito alto para o investidor", avalia, acrescentando que, por enquanto, esse cenário não é o mais provável para o curto e médio prazos. Análise 2 - E no front doméstico, o IBGE apontou uma inflação de 0,19% em junho ante 0,63% em maio, pela leitura do IPCA-15, visto como uma prévia do índice oficial para o regime de metas. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,06%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (5,26%). O Banco Central reportou que o país teve um deficit de US$ 2 bilhões no saldo de transações correntes, que mede as relações do país com o exterior. Trata-se do menor deficit desde agosto do ano passado. A autoridade monetária ainda revisou para baixo suas projeções para o volume de investimentos estrangeiros (US$ 38 bilhões) mas elevou a estimativa para a balança comercial (US$ 13 bilhões).


Nova Iorque / EUA
Bolsa americana fecha em queda após dados ruins sobre setor imobiliário
As principais Bolsas de Valores norte-americanas terminaram a terça-feira com baixa de mais de 1%, depois que a queda inesperada das vendas de moradias usadas em maio e a ruptura de um importante nível técnico minaram o apetite por compras.
- O Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,43%, para 10.293 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,19%, para 2.261 pontos.
- O Standard & Poor's 500 perdeu 1,61%, a 1.095 pontos.
Análise 1 - As ações apresentavam variações modestas numa sessão com pouco volume de negócios até que o S&P 500 caiu abaixo da média móvel de 200 dias, que tem sido uma base de suporte nos últimos dias. Os papéis de construtoras recuaram após a Associação Nacional de Corretoras informar que as vendas de moradias usadas caíram inesperadamente em maio, no mais recente de uma série de fracos relatórios sobre a economia. D.R. Horton cedeu 2,9%, enquanto Toll Brothers perdeu 2,9%. O índice imobiliário do Morgan Stanley teve baixa de 2,6%. "Isso diz a você quão fraca a demanda está e cria muita incerteza sobre aonde a economia está indo", disse James Meyer, vice-presidente de investimento da Tower Bridge Advisors, em West Conshohocken, Pensilvânia.
Análise 2 - O S&P 500 encerrou abaixo dos 1.111,33 pontos, média móvel dos últimos 200 dias. "Não é um bom sinal", afirmou Bill Strazullo, sócio e estrategista-chefe de investimento da Bell Curve Trading, em Boston. "O próximo nível à vista é 1.050 (pontos). Você quebra e já era. O rali de março de 2009 acaba... é realmente crítico o que está acontecendo aqui." Companhias do setor de energia também figuraram entre as de desempenho negativo, em meio a preocupações com regulação. Empresas que realizam perfuração de poços de petróleo mostraram valorização por um breve momento após um juiz suspender a moratória de seis meses imposta pela Casa Branca para perfurações em águas profundas. Mas o governo do presidente Barack Obama disse imediatamente que vai recorrer, o que derrubou o setor. As ações da Cabot Oil & Gas despencaram 6,2%. O índice de energia do S&P caiu 1,3%. Do lado positivo, os papéis da Apple subiram 1,3%, refletindo notícias de que a companhia vendeu 3 milhões de iPads desde o lançamento do produto em abril. Somado a isso, duas corretoras elevaram o preço-alvo para a empresa.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em queda com investidores cautelosos
As principais Bolsas europeias fecharam em baixa no pregão de ontem, dia 22/6, com investidores cautelosos com a decisão da China de flexibilizar o yuan.
- A Bolsa de Paris fechou em baixa de 0,83%, a 3.705,32 pontos, depois de nove sessões consecutivas em alta.
- O índice FTSE-100, da Bolsa de Valores de Londres, caiu 0,98%, aos 5.246,98 pontos.
- O índice Dax de Frankfurt regrediu 0,38%, a 6.269,04 pontos.
- O índice Ibex-35, da Bolsa de valores de Madri, teve queda de 0,55%, aos 10.016,10 pontos.
Análise - A China está relaxando o controle do yuan antes da cúpula do G20 no fim de semana, interrompendo dois anos de moeda atrelada ao dólar. Na terça-feira, o BC determinou o ponto de referência perto do patamar de fechamento da véspera, deixando espaço, em teoria, para outro aumento de 0,5%. O yuan imediatamente atingiu novo pico em cinco anos, antes de cair. Os bancos estatais entraram no mercado e compraram dólares, sugerindo que as autoridades querem controlar o ritmo de apreciação do yuan.

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MERCADO FINANCEIRO


Da redação – São Paulo / SP
Redecard e Tribanco fecham parceria
A Redecard e o Tribanco fecharam uma parceria para oferecer condições especiais de serviços e produtos aos clientes do banco. Atualmente, o Tribanco possui relacionamento com 150 mil varejistas e tem mais de 2,5 milhões de cartões private label. A parceria possui um prazo de cinco anos, com início em julho, e oferecerá ofertas diferenciadas para os clientes do banco, incluindo centralização de recebíveis em conta única, maior volume de crédito disponível, opções de operações de crédito e condições especiais junto ao Martins Atacadista, empresa do Grupo Martins focada no varejo.

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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo / SP
Setor de materiais de construção deve dobrar até 2016
O crescimento contínuo do faturamento real da indústria brasileira de materiais de construção (em 2010, as vendas devem subir 15% e superar os R$ 110 bilhões), levou empresas do setor a ampliar a previsão de investimentos para os próximos anos no país. Até 2016, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) preparado para a Abramat, entidade que representa a indústria de materiais, o faturamento real do setor deverá chegar a R$ 188 bilhões, quase o dobro dos R$ 96 bilhões registrados em 2009. "A maior disponibilidade de recursos para financiamento imobiliário e medidas do governo, como a fase dois do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida, nos fazem crer que o crescimento é sustentado", diz o presidente da Abramat, Melvyn Fox. Obras de infraestrutura para realização da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016 também prometem movimentar o já aquecido setor de materiais de construção.Em abril, conforme a mais recente edição do Índice Abramat, o faturamento da indústria brasileira de materiais de construção, deflacionado pelo INCC, cresceu 20,91% ante o mesmo mês do ano passado, porém mostrou queda de 8,23% ante março, explicada pelo menor número de dias úteis em abril. Esse foi o sexto mês consecutivo de variação positiva, quando da comparação com o mesmo intervalo de 2009. Em maio, 71% das associadas à entidade responderam que pretendem investir nos próximos 12 meses. No início do ano, a fatia daqueles que tinham intenção de realizar aportes na operação estava em 59% - em maio de 2009, ainda no pior momento da crise econômica, apenas 33% das indústrias estavam dispostas a investir. A Abramat reúne 49 empresas, responsáveis por cerca de 60% do faturamento da indústria.


Nova Iorque / EUA
ArcelorMittal vê demanda por aço desacelerar no 2º semestre
A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, vê a demanda real e aparente por aço positiva no segundo trimestre nos EUA e na Europa, mas espera que perca força na segunda metade do ano. O presidente-executivo da ArcelorMittal, Lakshmi Mittal, informou durante uma conferência nos EUA que está percebendo uma redução na demanda no segundo semestre por motivos sazonais. “Os clientes europeus estão assumindo uma posição de esperar para ver. Ao mesmo tempo, os níveis de estoques ainda continuam baixos", disse Mittal. "Estamos também vendo os clientes nos EUA com essa postura, mas os níveis de estoques também estão baixos." Perguntado sobre setores, Mittal respondeu: "O setor imobiliário claramente ainda está fraco. O automotivo ainda está forte. O mercado de bens de capital está começando a melhorar e o de engenharia também." Mittal também disse que não espera que a demanda por aço retornará a níveis "pré-crise" global antes de 2012. Mais cedo, o executivo comentou que espera que a demanda global por aço encerre em alta de 10% este ano. (Agência Reuters)


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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Justiça brasileira libera Harley-Davidson para trocar de revendedora no Brasil
A fabricante de motos norte-americana Harley-Davidson venceu em primeira instância disputa contra sua única revendedora no Brasil, a HDSP, do Grupo Izzo. A 26ª Vara Cível de São Paulo determinou que os contratos entre as duas partes devem ser rescindidos em um prazo de 120 dias a partir da publicação da sentença. Cabe recurso à decisão. A Justiça também concedeu direito à Harley-Davidson de receber indenização de mais R$ 3 milhões por danos morais e materiais. Com a decisão, a empresa poderá ainda buscar novos distribuidores no Brasil. Segundo a Harley-Davidson os detalhes sobre como se candidatar à posição de concessionário serão divulgados em breve para os interessados. As reclamações da Harley contra o Izzo incluíam má prestação de serviço ao consumidor, quebra de exclusividade de vendas da grife - o Izzo comercializava outras marcas de motos - e mudança na estrutura societária da HDSP/Izzo sem avisar a fabricante de motos. A companhia também está em processo de estabelecer um site brasileiro (até então o site era gerenciado pela HDSP/ Grupo Izzo) e vai criar um número 0800 para permitir uma comunicação mais direta com os clientes brasileiros. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇOS


Da redação – São Paulo / SP
Número de varejistas cresce 7,5%
O número de empresas no setor de comércio aumentou 7,5% em 2008 em relação ao ano anterior, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Anual de Comércio (PAC) mostra que havia no Brasil 1,43 milhão de empresas do setor em 2008 e 1,33 milhão em 2007. O maior crescimento do número de empresas ocorreu no comércio varejista (7,8%), enquanto no atacadista o aumento foi de 6,9%. No que diz respeito ao pessoal ocupado, o destaque ficou com o comércio de veículos, peças e motocicletas (12,1%). Segundo Fábio Carvalho, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do instituto, a trajetória de expansão do crédito e aumento da renda em 2008 impulsionou o crescimento de 14% da receita operacional líquida do comércio naquele ano e foi mantida pelas medidas anticíclicas adotadas pelo governo depois da crise.


Da redação – São Paulo / SP
Vivenda do Camarão prepara loja na República Dominicana
A rede de frutos do mar Vivenda do Camarão abrirá nos próximos dois meses uma loja na República Dominicana, já com a expectativa de uma segunda unidade ainda em 2010. A companhia também possui uma loja no Paraguai, além de 112 no Brasil. A projeção da companhia é dobrar a rede nos próximos quatro anos e a empresa está em contato com investidores americanos, ingleses, portugueses e espanhois.

Da redação – São Paulo / SP
Spedini foca expansão no interior paulista
A rede de fast food de culinária italiana Spedini pretende neste ano reforçar sua presença no interior do Estado de São Paulo, com a abertura de pontos de venda em cidades como Piracicaba, Bauru, Marília, Limeira, Franca, São Carlos, Campinas, Jundiaí, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto. Em 2009, a Spedini registrou crescimento de 23% no faturamento em relação a 2008. Atualmente, a rede possui 14 unidades em Curitiba e São José dos Pinhais/PR, Porto Alegre/RS, Florianópolis/SC, São Paulo (na capital e uma em Santo André) e no Rio de Janeiro. Tem, também, contrato firmado para a abertura de três unidades em Brasília/DF ainda neste ano.


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TECNOLOGIA & WEB


São Paulo / SP
Vendas de computadores no Brasil crescem 40% no primeiro tri de 2010
Um estudo divulgado ontem, dia 22/6, aponta que 2,9 milhões de computadores foram vendidos no primeiro trimestre de 2010 no Brasil. Realizada pela IDC, a pesquisa aponta que isso representa um aumento de quase 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total de computadores comercializados no primeiro trimestre de 2010, 61% foram desktops e 39% foram notebooks. O que mais chamou a atenção no estudo foi a superioridade na venda de notebooks para usuários domésticos, diz a empresa. "Embora o número total de venda de desktops ainda seja maior, pela primeira vez na história o segmento de usuário doméstico de notebooks foi maior, registrando pouco mais de 50% das vendas de equipamentos para o segmento", diz a empresa, em nota. A IDC afirma que a previsão é que até o final de 2010, o mercado de PCs atinja a marca 13,2 milhões de unidades vendidas, número que é 20% maior do que o registrado em 2009.


Nova Iorque / EUA
Google prepara serviço de músicas
O Google planeja lançar um serviço de download de música atrelado ao seu mecanismo de busca, segundo reportagem do Wall Street Journal. A iniciativa colocaria o Google contra a Apple e seu popular site iTunes. Os planos do Google ainda são vagos, mas a empresa tem "promovido conversas" sobre o serviço de oferta de música online bem como através de celulares que usem o sistema operacional Android, segundo o jornal, citando pessoas próximas às negociações da companhia com a indústria musical. Não estava claro se o Google chegou a firmar algum acordo com gravadoras, conforme o texto do jornal, acrescentando que o lançamento de uma loja musical virtual pelo Google ainda demorará meses. O Google e a Apple se tornaram concorrentes desde o lançamento do sistema operacional Android, do Google, para rivalizar com o iPhone da Apple. Representantes do Google não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Hitachi vai abrir centro operacional de storage no Brasil
Hitachi Data Systems vai abrir este ano seu primeiro centro operacional de storage no Brasil, e o quinto no mundo. O objetivo é prestar serviço de gerenciamento de dados, mesmo em ambientes heterogêneos, independentemente da marca do hardware ou da tecnologia. O serviço pode ser contratado a um custo mensal calculado com base no total de bytes que o usuário tem armazenado, em modelo similiar ao das empresas de utilities (que fornecem energia, gás, entre outros). E um dos benefícios prometidos pela fornecedora é aumentar a taxa de uso efetivo de dados - de 30%, em média, para até 85% - e reduzir custos totais de propriedade.
Atualmente, a solução já está disponível para clientes brasileiros, mas entregue a partir dos centros internacionais. Com a unidade no País, de acordo com o diretor de produtos e soluções para a América Latina, Marcello Bosio, um dos diferenciais será a cobrança do serviço que deixará de ser feita em euros, com queda significativa no preço final. No geral, a prestação de serviços já representa 48% do faturamento da Hitachi no Brasil e 45% no mundo. E a perspectiva é de em dois ou três anos ultrapassar os 50% provenientes desse tipo de oferta.
Como parte da estratégia, o vice-presidente sênior de marketing e desenvolvimento de negócios globais da fabricante, Brian Householder, diz que a empresa já está pronta para trabalhar no modelo de computação em nuvem (cloud computing) para administração de storage. Ele informa ainda que a Hitachi está negociando o primeiro contrato no Brasil nessa modalidade com uma operadora de telecomunicações, para que ela ofereça a gestão dos dados em cloud aos seus assinantes.
Nova plataforma de virtualização - No movimento em direção ao serviço remoto, baseado na internet, Householder destaca a importância da virtualização de storage. Na disputa por esse segmento, a Hitachi programa para abril de 2011 o lançamento de uma nova versão da Plataforma de Computação Unificada, que pretende driblar as incompatibilidades entre os sistemas de virtualização da Microsoft e da líder de mercado VMWare. O objetivo é permitir que o usuário gerencie todas as diferentes tecnologias em um ponto comum, mesmo que não integre as ferramentas.
A expectativa de Mikkelsen é de que virtualização e gerenciamento inteligente cresçam muito, à medida que se multiplicam os dados não estruturados (imagens, vídeos, voz, entre outros) em circulação nas redes. Estudos da IDC citados por ele indicam que, atualmente, metade dos dados globais são desse tipo, percentual que deve chegar a 80% dentro de três anos. O cientista-chefe estima que, em geral, 68% de todos os dados não são acessados por 90 dias ou mais, e 22% são duplicados. Por isso, automatizar o máximo possível as tarefas que envolvem a organização de arquivos é uma as prioridades tecnológicas da Hitachi Data Systems.
O desafio, na opinião de Mikkelsen, é fazer com que os usuários cada vez menos precisem apagar arquivos, organizá-los, classificá-los, mudá-los de lugar, estejam os dados em smartphones, em computadores portáteis ou em grandes servidores corporativos. O propósito é que as soluções de gerenciamento de storage cheguem ao ponto de realizar tudo isso de forma automática, mediante parâmetros pré-programados. “Os executivos não querem se preocupar em provisionar dados, configurar redes; querem se concentrar nos seus aplicativos de negócios”, finaliza. (Fonte: Computerworld)


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TELECOM


São Paulo / SP
Nextel recorre de limite imposto pela Anatel
A decisão tomada na semana passada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de exigir comprovação de uso profissional para que a Nextel venda seus serviços para pessoas físicas não deve ter impacto nas operações, segundo o vice-presidente jurídico da empresa, Alfredo Ferrari. "Sempre cumprimos e vamos cumprir o regulamento." O regulamento determina que o Serviço Móvel Especializado (SME), prestado pela Nextel, tem como alvo "pessoas jurídicas e pessoas naturais que realizem atividade específica".
Um despacho da Superintendência de Serviços Privados da Anatel determinou que a empresa exija "comprovação prévia" sobre o uso profissional do serviço, que combina rádio e celular. A Nextel decidiu recorrer, questionando, entre outros pontos, o que seria a comprovação prévia. Segundo Ferrari, os vendedores da Nextel já analisam o perfil do cliente antes de fazer a venda. Além disso, o consumidor precisa identificar sua atividade profissional e assinar uma declaração dizendo que o telefone será usado no exercício dessa atividade. "Chegamos a rejeitar 15% dos clientes", afirmou o vice-presidente da Nextel. "Alguns são por restrição de crédito, mas outros porque não se enquadram no perfil exigido pela regulamentação", explicou.
Renda mínima. A Nextel não tem planos pré-pagos, e exige comprovação de renda mínima de R$ 2 mil. "Com isso, já evitamos que as pessoas contratem o serviço para falar com os familiares", explicou Ferrari. "Um estudante, por exemplo, teria dificuldade de comprovar essa renda." A superintendência da Anatel decidiu restringir as vendas da Nextel após denúncias de concorrentes. Foi definida uma multa de R$ 10 milhões em caso de descumprimento. Em reportagem publicada pelo Estado, um concorrente disse que "a Nextel tem crescido porque não paga imposto". Ferrari negou veementemente. "Pagamos R$ 1 bilhão em impostos no ano passado", disse o executivo. "Somos uma empresa auditada, e nosso controlador é uma empresa de capital aberto nos Estados Unidos. Não tem como não pagar."
A Nextel também foi acusada de não pagar tarifa de interconexão, que existe para que uma operadora remunere a outra pelo uso de rede, quando a ligação acontece entre clientes de empresas diferentes. Ferrari também disse que não é verdade. "Existe uma assimetria regulatória", explicou, apontando que o regulamento do SME é diferente daquele que se aplica às celulares. "Nosso crescimento não se dá por benefício regulatório”. (Agência Estado)


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MERCADO DE LUXO


Nova Iorque / EUA
Christie's vende coleção de Faulkner por mais de US$ 800 mil
Uma ampla coleção de livros e objetos do escritor americano William Faulkner, entre os quais se encontram alguns dos títulos mais representativos do autor, foi vendida ontem, dia 22/6, em Nova Iorque, por US$ 833.246, informou a casa de leilões Christie's. (LEIA MAIS)


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MÍDIA


Madri / Espanha
Agência Efe enfrenta crise e demite na Espanha
A principal agência de imprensa espanhola, a Efe, que enfrenta dificuldades financeiras, começou a enviar nesta terça-feira cartas de demissão a cerca de 25 jornalistas e funcionários, afirmam fontes sindicais. (LEIA MAIS)

São Paulo / SP
TV por assinatura acumula crescimento de 10% em 2010
O número de assinantes de TV por assinatura aumentou 2,2% em maio na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações. Foram 177.349 novos assinantes, totalizando 8.209.163 domicílios com o serviço, crescimento de 10% ante o mesmo período de 2009. (LEIA MAIS)


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TERCEIRO SETOR


São Paulo / SP
Empresas colhem benefícios dos projetos de TI verde
A área de TI tem hoje um papel central nas discussões sobre preservação ambiental. Para não deixar dúvidas da importância do setor, a consultoria Forrester Research divulgou um estudo no qual calcula que a tecnologia da informação corresponde a, em média, 10% do consumo de energia e 10% das emissões de CO2 – principal gás de efeito estufa – das empresas. (LEIA MAIS)

Da redação – São Paulo / SP
Minds Idiomas fecha parceria com ONG de combate às drogas
A Minds, rede de franquias de escolas de idiomas com 24 unidades no país, vai priorizar a abertura de novas unidades em cidades onde a Associação Parceria Contra as Drogas (APCD), a maior do país no combate e prevenção do uso de drogas, realizará suas ações junto à sociedade. (LEIA MAIS)

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