Edição Especial | Ano II

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Grande abraço,
Kátya Desessards
Editora-chefe
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Da redação - São Paulo / SP
Palavra do Headhunter:
Você é o único responsável pela sua Carreira
Oito entre dez candidatos a posições de trabalho atribuem a responsabilidade de suas carreiras às empresas em que trabalharam, ao mercado ou às circunstâncias. Há até quem inclua as “forças ocultas” nesse bolo. O fulano está com 40 anos e seu inglês consta no currículo como “intermediário” – (que vai do nada ao lugar nenhum) e ele está pleiteando uma posição em que o inglês é necessário. Quando perguntado sobre a razão de não ter dedicado mais tempo ao estudo do idioma, as respostas invariavelmente são: “a empresa não pagava o curso”, “a empresa não me liberava e eu acabava não tendo tempo”, “o meu segmento não tinha essa necessidade”, etc, etc. Como headhunter, eu preferia ouvir algo do tipo: “eu pisei na bola, e deixei passar a oportunidade de estudar inglês quando tinha tempo e dinheiro para isso”, ou ainda, “a verdade é que eu detesto estudar idiomas – eu até tentei algumas vezes, mas realmente não gosto” – pelo menos seriam explicações honestas e não desculpas, desculpas, desculpas. E se for esse o caso, por favor, não se candidate a posições que requeiram o inglês ok?
Ou então:
Fulano passou dez anos na mesma empresa, na mesma posição e foi desligado. O que aconteceu? É a pergunta. A resposta normalmente é: “ah, o meu Gerente não gostava de mim”, “puxaram o meu tapete”, “nunca reconheceram o meu trabalho”, “foi por questões políticas”, “nunca tive chance de mostrar o meu trabalho” etc., etc. Eu preferia ouvir: “A verdade é que eu me acomodei durante todos esses anos. Não percebi que as coisas foram mudando e parei no tempo. Agora aprendi: isso não se repetirá”.
Não é muito mais honesto? A verdade liberta, acreditem.
Tendo dado estes exemplos, gostaria agora de passar a vocês algumas orientações sobre carreira, entrevistas de trabalho, reuniões produtivas, etc que podem ajudar a reposicionar muitos profissionais no mercado de trabalho.

1 – Você é um produto/serviço a ser adquirido
Sinto muito colocar a coisa assim tão friamente. Mas a verdade é que as empresas querem saber como você pode contribuir para o sucesso delas e vão remunerá-lo por isso. É simples. Páre de divagar sobre a sua vida e foque no que interessa. Quando você entra em uma loja de eletrodomésticos para comprar uma geladeira, não está interessado em saber da vida do vendedor está? Se ele tem contas para pagar, se tem 4 filhos e a mulher está desempregada ou a mãe está doente e ele precisa MUITO fazer essa venda para você. O que você quer saber é: qual a melhor geladeira? Atende às minhas necessidades? Qual o preço e forma de pagamento? Tem pronta-entrega? É isso.
Posicione a sua “geladeira” no mercado, por favor! Qual o seu diferencial? Quais os benefícios que a empresa terá ao contratá-lo? Que tipo de problema você resolve??

2 – Defina seu público-alvo
Posicionado o “produto”, você terá que definir para quem você interessa. Lembra do começo? Se você não fala inglês fluente e a posição assim o requer, obviamente você não vai resolver um problema, vai criar um problema para a empresa, que terá que investir em você. Ou seja, a geladeira vai gastar tanta eletricidade, que acaba não compensando o preço da compra. Entendeu?
Defina o tipo de empresa que vai se beneficiar das suas competências e centre seus esforços nelas. Como fazer isso?
Exemplo: se seu alvo são as indústrias automotivas, você deve buscar Consultorias especializadas nesse segmento, deve participar de fóruns de debates sobre assuntos pertinentes, deve ir a eventos do segmento, deve conhecer outros profissionais da área, etc. A pior coisa que pode acontecer é você sair atirando para todo o lado, porque “precisa trabalhar”. Motivação errada, falta de foco e perda de energia – a pior combinação possível.

3 – Preço
Que dor de cabeça!! E agora? Estou “precisando tanto” trabalhar que aceito qualquer coisa. Páre imediatamente de pensar assim – lembre-se: você é um produto e esse produto tem preço. Se você posicioná-lo corretamente e definir seu público-alvo, considerando que você pode resolver problemas que seu público-alvo tem, defina o preço da sua atuação. Pesquise o mercado, veja quanto as empresas de porte semelhante ao seu público-alvo estão pagando, informe-se. Abra a cabeça para as muitas possibilidades, mas não caia no erro de negociar seu pacote ‘pela metade’, por favor. Flexibilidade é bom, mas tem limite. Posicione-se na vitrine, esqueça o balcão do saldo de liquidação.

4 – Tenha um Plano de Ação
Você já posicionou seu “produto”, já estabeleceu seu público-alvo, já definiu seu preço baseado no mercado e nos diferenciais que tem para oferecer. E agora? Vai ficar sentado no sofá, ou na sua mesa daquele trabalho entediante, esperando que alguém bata à sua porta e descubra todo o seu potencial?
Por favor, desenhe seu Plano de Ação para fazer as coisas acontecerem. Em vez de sair batendo na porta de todos os seus amigos, com cara de coitado, pedindo emprego, tome uma atitude positiva.
Exemplo? Lendo o jornal, você identificou um artigo que fala sobre algo se interesse de um amigo ou contato seu. Envie por email para ele, com algumas linhas – fulano, lendo esse artigo, lembrei de você. Pronto – você “deu” alguma coisa em vez de pedir e será lembrado por isso, e não como aquele chato que só manda email quando precisa de alguma coisa.
Outro exemplo: faça um blog e poste coisas interessantes para aquela indústria – divulgue para entidades e associações, sempre com a sua assinatura. Compartilhe. Faça um currículo “vendedor” e mande para os headhunters que você já identificou, faça cursos, vá a eventos e feiras relacionadas com a sua atividade. Apareça!! Quem não é visto, não é lembrado.

5 – Esqueça os ‘Não’
Bom, até receita de bolo, seguida passo a passo pode dar errado certo? Se isso acontecer, e você enfrentar alguns “narizes virados”, ignore e continue. Evite escutar gente negativa e siga adiante com seu Plano de Ação – corrija algo se necessário ao longo do caminho. Reveja a rota sem problemas.
O essencial é mover-se! Keep Walking, já diria Johnny Walker, certo?
Nota Importante: No meio tempo em que você está buscando uma recolocação (note que eu nunca uso aquela palavra horrorosa - desemp.....gado argh), busque conhecimento, nem que seja em cursos grátis pela internet. Busque atuar contribuindo, nem que seja na empresa de um amigo. Leia, leia, leia muito.
Lembra do que disse no começo – Você é o único responsável pela sua carreira – só você.
Mãos a Obra e Sucesso!

Celia Spangher
Diretora - Maxim Consultores Associados
celia@maximconsultores.com.br



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