Edição 314 | Ano II

Brasília / DF
Presidente do BC defende controle rígido na taxa de juros
O presidente Lula ouviu avaliação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, de que é preciso dar uma "paulada" na taxa básica de juros da economia. O governo espera, para amanhã, alta de até 0,75 ponto percentual na Selic, hoje em 8,75% ao ano. Lula tinha expectativa de que o processo de elevação dos juros seria gradual, mas Meirelles o persuadiu de que seria melhor fazer subidas mais fortes em menos reuniões. Argumentou que o desgaste eleitoral seria menor e o efeito, mais rápido. Antes da conversa reservada com Meirelles, Lula tinha expectativa de alta de 0,25 ponto. Mas, como havia uma combinação com Meirelles para retardar a alta dos juros neste ano, seria necessária uma subida mais forte na reunião de hoje e amanhã do Copom, o Comitê de Política Monetária. (Agência Brasil)


Rio de Janeiro / RJ
Índia quer aviões da Embraer para ampliar frota comercial
O governo indiano diz ver uma janela de oportunidade para a Embraer nos planos da Índia de alcançar a marca de 2 mil aeronaves em sua frota comercial até 2020. Atualmente, o país conta com 400 aviões que fazem voos domésticos e internacionais. A avaliação é do secretário indiano de Aviação Civil Prashant Sukul. Ele afirma que os novos aviões serão usados para conectar o interior da Índia e que isso gera uma demanda por aviões de médio porte, que abrigam entre 25 a 50 assentos. "Hoje em dia, as rotas nacionais são operadas por aviões muito grandes, feitos pela Airbus e Boeing, que não são os mais apropriados. As chances de fabricantes de aviões de médio porte são maiores, e este é um diferencial da Embraer", diz Sukul. De acordo com dados do Ministério de Aviação Civil, cerca de 90 milhões de passageiros viajam pela Índia todos os anos. O número parece grande, mas não passa de 1,5% da população indiana. Deste volume, entre 10 mil e 12 mil passageiros têm destino internacional. "Com a expansão do mercado de voos domésticos na Índia, eu vejo a Embraer entrando como uma das principais fornecedoras de aviões de médio porte", diz Sukul.
Mercado aberto - O governo indiano estima que a atuação da Embraer no mercado local de produção de aeronaves civis não vai encontrar resistência da indústria nacional. Sukul garante que na Índia este é um mercado aberto, desregulamentado e que as empresas nacionais ainda estão em processo de desenvolvimento desta tecnologia. Ele afirma que a colaboração por meio de produção conjunta pode dar o pontapé inicial para o desenvolvimento da indústria local. Outro segmento que está em expansão no setor aéreo indiano é o de jatos executivos, área em que a Embraer também se diferencia. O mercado cresceu 150% nos últimos cinco anos e alcançou a marca de 200 aeronaves. "É um número pequeno se comparado à quantidade existente nos Estados Unidos, mas apostamos que este volume mais que dobre nos próximos cinco anos", estima Sukul. Apesar do otimismo, o secretário indiano diz que a indústria ainda se recupera dos efeitos da turbulência financeira global e que só vai haver expansão à medida que a economia crescer e as empresas voltarem a apresentar resultados consistentes. "Na Índia, houve uma queda de 8 a 9% no trafego aéreo internacional por causa da crise. Primeiro, temos que nos recuperar desta perda para, depois, crescer. E isso deve levar entre um ano e um ano e meio", afirmou. Por hora, o secretário indiano diz que também descarta a possibilidade de fusões e aquisições no setor. (Agência BBC Brasil)


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Abertura das Bolsas Asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm queda generalizada

A maioria dos mercados asiáticos voltou ao campo negativo nesta terça-feira, dia 27/4. Mais uma vez, o desempenho da China foi acompanhado e seguido com atenção pelas demais bolsas da região
- Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, cujos investidores também andaram de lado, à espera do resultado da reunião do FOMC norte-americano. O índice Hang Seng caiu 325,27 pontos, ou 1,5%, e terminou aos 21.261,79 pontos.
- As Bolsas da China caíram ao menor nível em sete meses, com preocupações de que as recentes medidas para esfriar o mercado imobiliário possam afetar outros setores da economia. O índice Xangai Composto desabou 2,1% e encerrou aos 2.907,93 pontos, o pior fechamento desde 12 de outubro. O Shenzhen Composto perdeu 2,4% e terminou aos 1.168,56 pontos. O yuan se valorizou em relação ao dólar, por conta das vendas de final de mês da unidade americana pelas empresas exportadoras e por expectativas de que a divisa chinesa começará a apreciar ainda este ano. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8258 yuans, de 6,8266 yuans do fechamento de segunda-feira.
- Afetada pela realização de lucros, após avançar 1,9% na véspera, a Bolsa de Taipé, em Taiwan, teve ligeira queda. O índice Taiwan Weighted caiu 0,1% e fechou aos 8.146,44 pontos. As perdas foram limitadas pelos robustos resultados corporativos do primeiro trimestre.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou em leve baixa, tomando um respiro depois dos ganhos recentes. O índice Kospi recuou 0,2% e fechou aos 1.749,55 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, voltou do feriado local "sem direção", segundo os participantes do mercado. O índice S&P/ASX 200 fechou estável (recuou de 0,03%), terminando aos 4.880,0 pontos.
- O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, avançou 0,46% e fechou aos 3.307,71 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa por contra de realizações de lucros e devido a muitas ações estarem em ex-dividendos. O índice Straits Times Index cedeu 0,4% e fechou aos 2.991,68 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,1% e fechou aos 2.941,96 pontos, com realizações de lucros nos setores de telecomunicações e automotivo, mas com procuras por ofertas de papéis de bancos por parte de fundos locais limitando as perdas.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, caiu 0,3% e fechou aos 762,00 pontos, com os investidores de lado aguardando novos desdobramentos da situação política local.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, ficou estável e fechou aos 1.339,72 pontos, com os investidores realizando lucro na ausência de fatores positivos no mercado.


HOJE – Abertura das Bolsas da Europa


- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa nesta terça-feira, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 2,49 pontos (0,04%), até 5.751,37. O barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta terça-feira, cotado a US$ 86,50, US$ 0,33 a menos que no fechamento da jornada anterior.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa nesta terça-feira, e seu principal índice, o DAX 30, perdeu 0,18%, até 6.321 pontos. O euro abriu em alta em relação ao dólar nesta terça-feira no Mercado de Divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,3368, contra US$ 1,3324 de segunda. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3321.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta terça-feira, e seu índice seletivo, o Ibex-35, perdeu 113,60 pontos (1,04%), até 10.825.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa nesta terça-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB perdeu 0,39%, até 22.694,49 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa nesta terça-feira, e seu principal índice, o CAC-40, desceu 0,21%, até 3.988,87 pontos.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 0,92%
A Bovespa teve desvalorização na rodada de negócios de ontem, dia 26/4, na sequência de três pregões consecutivos de ganhos. Analistas destacam que o mercado precisa conhecer qual o grau de correções dos juros na reunião desta semana antes de consolidar uma tendência.
- O Ibovespa retraiu 0,92% no fechamento, aos 68.871 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,47 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 7 bilhões/dia).
- A taxa de risco-país marca 177 pontos, número 0,57% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - O destaque do dia ficou por conta das ações da Telebrás, que voltaram a disparar na Bovespa. A ação preferencial valorizou 26,01%, movimentando R$ 171,77 milhões, sendo o quarto papel mais negociado no pregão de hoje. O jornal "Valor Econômico" publicou notícia em que aponta a definição do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) para os próximos dias. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,745, em um recuo de 0,96%. "O que nós temos é um movimento intenso de entrada, fruto de um bom volume de exportações. Esse movimento é intensificado ainda por um retorno de dinheiro, que vem para investir na Bolsa de Valores", comenta Johny Kneese, diretor da corretora de câmbio Levycam. Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação deste ano. O IPCA projetado para 2010 passou de 5,32% para 5,41%. A estimativa para a taxa Selic no final de ano também subiu: de 11,50% para 11,75%.
Análise 2 - A balança comercial acumula um superavit de US$ 775 milhões até a quarta semana de abril, segundo o Ministério do Desenvolvimento. No ano, o saldo está positivo em US$ 1,667 bilhão, cifra quase 70% abaixo do desempenho registrado para o mesmo período de 2009. No front corporativo, a americana Caterpillar (equipamentos de terraplanagem) anunciou um lucro de US$ 233 milhões, ou US$ 0,36 por ação, para o exercício do primeiro trimestre, revertendo o prejuízo do ano passado e superando as expectativas do setor financeiro.
Análise 3 - O mercado operou ontem sob expectativa da reunião do Copom, que vai decidir nesta semana a nova taxa de juros do país (hoje em 8,75% ao ano). Economistas do setor financeiro estão divididos entre um ajuste para 9,25% ou 9,50%. Analistas também citaram alguma expectativa pelo início da temporada de balanços no Brasil. Na quarta, Bradesco, Net e Natura são algumas das principais empresas a publicarem seus resultados. A corretora Ativa divulgou relatório onde aponta uma recuperação expressiva dos resultados das empresas na comparação com os números de um ano atrás. "No mercado corporativo, acreditamos que haverá um aumento significativo do número de setores mostrando recuperação YoY [nos 12 meses], dada a base mais fraca (o primeiro trimestre de 2009 foi o fundo do poço), e aceleração no QoQ [trimestre contra trimestre], respondendo aos cenário macroeconômico e expansionista", avalia a equipe de analistas da corretora, que destaca os setores de tecnologia, alimentos, construção civil, consumo, varejo, shopping centers, autopeças, bens de capital, mineração e siderurgia, papel e celulose, bancos e serviços financeiros.

Nova Iorque / EUA
Bolsa americana fecha quase estável e S&P 500 cai
O índice Standard & Poor's 500 fechou em queda os pregões de ontem, dia 26/4, com as ações de bancos em baixa por temores de que a reforma financeira em tramitação no Congresso dos Estados Unidos freie os lucros do setor. Os fortes resultados da Caterpillar, no entanto, impediram que o índice Dow Jones encerrasse no vermelho.
- O Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, teve oscilação positiva de 0,01%, para 11.205 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,28%, a 2.522 pontos.
- O S&P 500 recuou 0,43%, para 1.212 pontos.
Análise - A proposta de uma revisão na regulação financeira que poderá restringir as lucrativas operações com derivativos deve enfrentar um teste crucial ao ser votada no Senado norte-americano nesta segunda-feira. O temor pesou sobre as ações financeiras. Os papéis do JPMorgan caíram 2,3%, enquanto os do Bank of America cederam 2,1%. "A maior parte dos lucros de grandes bancos vem das operações e se você restringir esses lucros, isso vai limitar os ganhos do setor como um todo", disse o presidente da Capital Financial Advisory Services em Sacramento, Califórnia, Keith Springer. Mas os papéis da Caterpillar subiram após a fabricante de máquinas pesadas elevar sua previsão de lucro para o ano e ter afirmado que "as condições econômicas definitivamente estão melhorando". As ações da Caterpillar avançaram 4,2%, sustentando o Dow Jones.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Bradesco e BB veem dificuldades para novas operadoras de cartões
O Bradesco e o Banco do Brasil, que na sexta-feira anunciaram a aquisição das partes do Santander na Cielo e na CBSS - Companhia Brasileira de Soluções e Serviços - que emite os cartões Visa Vale -, disseram ontem, dia 26/4, que a operação demonstra a sua "confiança" no crescimento futuro desse mercado, mas expressaram dúvida a respeito de quão interessante pode ser para uma nova empresa entrar no setor. No ano passado, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quebrou as regras de exclusividade que as credenciadoras tinham em relação às bandeiras de cartão de crédito e de débito.
Dessa forma, as máquinas da Cielo passaram a ter que aceitar cartões que não somente Visa, da mesma forma que os da Redecard devem passar outros cartões além do MasterCard. Segundo os especialistas, até 20 novas companhias - inclusive estrangeiras - podem passar a atuar no segmento, nos próximos anos, com essa abertura. O próprio Santander resolveu deixar a sociedade na Cielo porque está estruturando a sua própria credenciadora. "Foi uma discussão entre concorrentes e cavalheiros. Não estamos, porém, em posição passiva, estamos em posição ativa. Estamos aqui para competir", afirmou Marcelo Noronha, diretor geral da Bradesco Cartões, em teleconferência com jornalistas.
Na sua opinião, o processo de rompimento da exclusividade - que, para a Cielo, termina em junho--, é "absolutamente salutar". "Porém, o credenciamento de lojistas é apenas uma parte do trabalho. A maior pergunta que nos fazemos, neste momento, é: até que ponto vale a pena para uma nova empresa credenciar um milhão de novos pontos em todo o país?", questionou, acrescentando que é no Brasil que o mercado de cartões apresenta a maior taxa mundial de crescimento. Para Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil, apesar da liberalização, a Cielo "continuará sendo a líder de mercado.


São Paulo / SP
Crédito pode ter R$ 1 trilhão com cadastro positivo
Entidades especializadas em crédito acreditam que a criação de um cadastro positivo poderia levar a um novo impulso dos empréstimos na economia brasileira. A Serasa Experian projeta que chegar-se-ia a uma injeção de R$ 1 trilhão em novos financiamentos na economia, e a relação crédito e PIB saltaria dos atuais 45% para 81% Esse total se daria tanto pela possibilidade de ofertar mais crédito aos chamados "bons pagadores" quanto pela inclusão de 26 milhões de novos clientes no Sistema Financeiro Nacional (SFN), cuja maioria atualmente está na informalidade, como projeta a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).
Para o presidente da Unidade de Negócios Pessoa Física da Serasa, Laércio Oliveira Pinto, a implantação do sistema de gestão de risco permitiria uma queda de 45% na inadimplência. "O cadastro positivo reduziria a incerteza na concessão", afirma. Ainda segundo Oliveira, quando se concede crédito baseado em informações negativas, como acontece atualmente, "o sistema de precificação dos juros fica imperfeito". Com a metodologia do cadastro positivo, o executivo diz que 62% da população poderiam ter acesso a taxas mais baixas.
Para o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, o principal para uma queda na inadimplência é uma correta originação de crédito nas instituições. "Esse é o ponto central para determinar a adimplência no futuro", afirmou. Ele lembra ainda que todo o processo da crise financeira nos Estados Unidos envolveu o pacote de crédito e derivativo concedidos sem uma correta análise. "O Brasil hoje tem uma posição importante nos fóruns internacionais, como expositor, não só ouvinte", diz. "O modelo nacional é uma combinação de atribuição de risco esperado com o não esperado, já circunscrito nas regras de Basileia que adotamos", completa. Enquanto a Comissão de Basileia, um comitê regulador internacional, determina que o nível mínimo de relação entre empréstimos e patrimônio deva ser de 8%, o Banco Central do Brasil adota 11%. (Agência Brasil)



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INDÚSTRIA


Da redação – São Paulo/SP e Porto Alegre/RS
Aumenta mercado do vinho nacional
Os vinhos finos nacionais estão em alta e ganharam mercado sobre os importados. O consumo de vinhos tintos finos (feitos de uvas vinífera, de melhor qualidade) produzidos em solo nacional cresceu 14,6% em 2009, ante uma alta de apenas 2% do produto do exterior. As vinícolas gaúchas, que representam 90% do mercado nacional, produziram 13 milhões de litros de vinhos finos tintos, ante uma comercialização de 59 milhões de litros de vinhos finos de procedência internacional. Incluindo vinho de mesa (de menor qualidade), além das variedades branca e rosada, a produção gaúcha de vinhos sobe para 240 milhões -alta de 12% ante 2008. "O setor vive um momento de recuperação", diz Júlio Fante, presidente do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho). "Nos últimos dez anos, foi feito um investimento forte na viticultura, no plantio da uva, na escolha dos terrenos e em termos de variedade das mudas."
Dados inéditos compilados pelo Ibravin mostram que a indústria nacional de vinhos e espumantes movimentou R$ 2,5 bilhões no ano passado - considerando como base os valores pagos pelo consumidor final. A importação de vinhos somou R$ 345 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Considerando os valores pagos pelo consumidor, o faturamento da categoria de importados sobe para quase R$ 900 milhões, de acordo com estimativas do Ibravin. Além de ganhar mercado em relação aos importados, os vinhos finos conquistam espaço dentro da produção nacional. O Ibravin projeta que a participação dos vinhos finos em relação ao total dos vinhos produzidos no país deve passar dos atuais 18% para 80% até 2025. Mas isso não significa o fim do plantio das chamadas uvas híbridas, ou americanas, usadas para produzir vinho de mesa. Estas continuarão sendo plantadas, mas com foco na produção de suco.
Produto saudável - Com apelo de produto saudável, o suco de uva tem crescido a taxas de 40% ao ano. Tradicionalmente, 30% da safra de uva americana é destinada à produção de sucos. Mas, no ano passado, essa fatia subiu para 45% e a expectativa é que, neste ano, 60% da safra seja transformada em suco. Além da crescente demanda pelo produto, o suco de uva garante retornos financeiros melhores para as vinícolas.
Enquanto o vinho tinto de qualidade garante prestígio para as vinícolas, o suco de uva e os espumantes (que crescem 20% o ano) impulsionam o crescimento e os novos investimentos no setor. A cooperativa Garibaldi reúne 340 produtores localizados em dez municípios da Serra Gaúcha e pretende investir R$ 7 milhões em aumento de capacidade nos dois segmentos. Segundo o presidente da Garibaldi, Oscar Ló, a produção de espumantes, que foi de 1,2 milhão de garrafas no ano passado, deve crescer 30%. O suco deve avançar na mesma proporção, para 2,1 milhões de litros. "Os vinhos de uvas viníferas também estão crescendo, mas é um mercado mais difícil, com forte concorrência com as estrangeiras", diz Ló.
Com um faturamento de R$ 44 milhões no ano passado, a Garibaldi pretende alcançar o time das grandes vinícolas como Miolo, Salton ou Aurora, cujo faturamento, com vinhos, é da ordem de R$ 100 milhões. "Nós somos grandes no Rio Grande do Sul, mas nossa ideia, para este ano, é conquistar o mercado de São Paulo." A cooperativa já fechou com algumas redes de supermercados, como Sonda e Hirota, e está investindo em degustação no ponto de venda.
Estratégia similar tem a vinícola Perini, que faturou R$ 40 milhões no ano passado e planeja investimentos de R$ 4,5 milhões para este ano. A intenção de Benildo Perini, presidente da vinícola, é triplicar o faturamento em cinco anos. Há hoje 1.200 vinícolas em atividade no Brasil, o dobro de cinco anos atrás. A maioria é formada por vinícolas de pequeno porte. Juntas, elas faturaram R$ 1,2 bilhão no ano passado, alta de 60% em relação a 2007. "O volume de uvas se manteve praticamente igual nos últimos dois anos. O crescimento, portanto, representa aumento do valor agregado."


Tóquio / Japão
Aumento no lucro da Canon no primeiro trimestre supera 200%
O grupo eletrônico e de imagem japonês Canon anunciou ontem, dia 26/4, que seu lucro no primeiro trimestre de 2010 subiu 220,2% e melhorou as previsões para o ano, graças ao aumento das vendas de câmeras fotográficas e de impressoras laser. De janeiro a março, a Canon obteve um lucro líquido de 56,8 bilhões de ienes (US$ 600 milhões), uma alta de 220,2% na comparação com o mesmo período de 2009. A Canon prevê agora um lucro líquido de 240 bilhões de ienes em 2010, o que representaria uma alta de 82,3% em relação ao resultado de 2009. (Agence France Presse / AF)


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AGRONEGÓCIOS


Cuiabá / MT
Demanda chinesa sustenta alta na cotação da oleaginosa
As cotações da soja, na semana passada, bateram os US$ 10 em Chicago e os preços devem continuar firmes por conta das altas importações chinesas. “Podemos tratar a China como o principal pilar de sustentação dessas cotações acima dos US$ 10 por bushel. O mês de abril deve fechar com 4,3 milhões de toneladas, 20% acima do previsto pelo governo chinês, e agora para maio a expectativa é de 5,5 milhões de toneladas”, explica o analista de mercado Carlos Cogo. Essa alta nas importações aponta um aumento de 7,5% no ano safra 09/10, podendo chegar a 44 milhões de toneladas de soja importadas por ano. A China tem se tornado não só um grande importador da oleaginosa, como também um grande processador. Segundo Cogo, o país asiático irá esmagar mais de 47 milhões de tonelada de soja este ano, pois a capacidade de esmagamento esse ano cresceu em níveis muito altos. A tendência, portanto, é de firmeza nos preços, e até julho as cotações devem se manter nos patamares atuais. (Agência Brasil)


São Paulo / SP
Integração de operações será foco do setor de carnes em 2010
A recuperação da demanda externa forma um cenário mais otimista para as indústrias de carnes em 2010, com perspectiva de aumento de receita e melhoria nas condições de liquidez, com as empresas captando recursos por meio de emissão de dívida ou ações. Depois da forte onda de fusões e aquisições verificada no setor, a expectativa é de um ano mais tranquilo para o processo de consolidação, com as maiores empresas focadas na integração de suas operações com as incorporadas, e consequente captura de sinergias. Isso pode resultar em melhora na classificação de risco, na avaliação da agência de classificação de risco Moody´s, que divulgou ontem relatório sobre o setor.
"As companhias estão com foco em integrar as operações que compraram durante a crise, o que configura tendência de queda na alavancagem de algumas delas", afirma o analista Soummo Mukherjee, da Moody´s. No ano passado, Perdigão e Sadia anunciaram uma fusão e criaram a BRF-Brasil Foods. A JBS-Friboi uniu suas operações ao frigorífico Bertin e adquiriu a processadora de frango norte-americana Pilgrim"s Pride. Já a Marfrig Alimentos comprou a Seara.
Entre as companhias avaliadas pela Moody´s - BRF-Brasil Foods, JBS, Marfrig, Minerva e Independência - a companhia resultante da fusão entre Sadia e Perdigão tem o maior rating: Ba1, com perspectiva estável. Segundo Mukherjee, o fato de a empresa ter, em comparação com seus pares, o maior percentual da receita proveniente de produtos com marca e valor agregado, que oferecem melhores e margens mais estáveis, faz a diferença. "Embora a alavancagem seja uma maneira rápida de se fazer uma análise de crédito, a Moody´s não tem foco nesse indicador na sua avaliação A geração de caixa das operações é mais importante", disse.
Para JBS e Marfrig, que fizeram diversas aquisições em um curto período de tempo, o principal desafio, na avaliação de Mukherjee, será melhorar o ciclo operacional após as últimas compras. "Se elas não conseguirem melhorar o fluxo de caixa operacional após a incorporação das empresas adquiridas recentemente, pode haver uma pressão de baixa sobre os ratings", disse. (Agência Estado)


Cuiabá / MT
Cada real aplicado na Embrapa em 2009 gerou cerca de R$ 10,37
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também sofreu os efeitos da crise financeira internacional de 2008. Ao divulgar na sexta-feira, dia 23/4, os dados do Balanço Social da empresa pública, o diretor presidente, Pedro Arraes, lembrou que cada real aplicado pelo governo federal na Embrapa em 2009 gerou retorno de R$ 10,37 para a sociedade brasileira, cálculo que considera a relação entre investimento e benefício da tecnologia. O investimento do governo federal na Embrapa foi de R$ 1,8 bilhão em 2009, representando crescimento de 34% na comparação no ano anterior. (Agência Brasil)


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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo / SP
Recall da Toyota no Brasil deverá envolver mais de 100 mil veículos
O recall da Toyota no Brasil com o Corolla deverá envolver mais de 100 mil veículos. O procedimento ainda não tem data definida para começar e valerá para os modelos produzidos a partir de abril de 2008 até hoje. A montadora fabricou 132.729 carros Corolla no Brasil entre abril de 2008 e março de 2010, sendo 26.657 para exportação, segundo dados divulgados pela empresa à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Portanto, até o mês passado foram 106.072 produzidos para o mercado nacional, envolvidos no recall.
Na última sexta-feira, o Procon-SP informou que a Toyota tinha se comprometido em chamar os clientes para verificação dos tapetes do modelo Corolla, após reunião com o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, e com Procons estaduais. A empresa informou, em nota divulgada ontem, que "constatou que o mau posicionamento ou instalação incorreta do acessório genuíno, tapete do motorista, bem como o uso de tapete não genuíno incompatível com o projeto do veículo, pode afetar o retorno do pedal do acelerador". "A Toyota do Brasil lamenta profundamente o fato de que alguns incidentes possam tirar a tranquilidade dos proprietários do Corolla Nova Geração", afirmou a montadora.
O recall, segundo ela, tem "o objetivo de promover completo esclarecimento e orientação correta aos seus clientes quanto ao uso do tapete". A empresa informou ainda que o procedimento vai servir para "verificação completa do sistema de fixação do tapete no assoalho do veículo e eliminação de eventuais não conformidades". "Nos próximos dias, a Toyota do Brasil informará diretamente cada um dos proprietários dos veículos Corolla Nova Geração fabricado a partir de abril de 2008, sobre os procedimentos a serem adotados, assim como fará ampla divulgação das ações que envolvem essa campanha", informou ainda.
A Toyota se comprometeu ainda a colocar o tapete como item de série no Corolla e orientou as concessionárias a não comercializarem mais tapetes que não sejam originais. Até agora, o item era opcional, e muitos consumidores adquiriram tapetes que não eram próprios para o modelo. Os novos Corolla virão ainda com um adesivo no para-brisa alertando para o risco em caso de deslocamento do tapete. Em nota, o Procon-SP informou que também acompanhará o procedimento e que 'continua monitorando a conduta da empresa e, caso constate algum desrespeito ao recall ou outro problema que possa causar prejuízo aos consumidores, não hesitará em autuá-la'.
Vendas suspensas - Na semana passada, as concessionárias Toyota em Minas Gerais suspenderam as vendas do Corolla, como havia determinado o Procon estadual. A decisão administrativa do Procon de Minas, que é vinculado ao Ministério Público, baseou-se nos relatos de consumidores de Belo Horizonte cujos veículos tiveram problemas de aceleração repentina e involuntária. Em um dos acidentes, houve perda total do veículo, e a condutora sofreu ferimentos leves. Os problemas teriam ocorrido porque o tapete do veículo deslizou e travou o acelerador. Os tapetes estariam sem a presilha que os fixa ao assoalho.

Pequim / China
Salão de Pequim mostra quase mil veículos e modelos que vêm para o Brasil
O Salão Internacional do Automóvel de Pequim, na China, abriu suas portas no dia 23/4, para a imprensa internacional para mostrar 990 veículos de montadoras estrangeiras e locais. O evento terá 89 novos modelos, incluindo 75 de companhias chinesas. O mercado automotivo da China se tornou o maior do mundo em 2009, quando a produção de veículos no país atingiu 13,8 milhões. Neste ano, a previsão é de que esse número chegue a 15 milhões. E a maior parte dessa produção é absorvida mesmo pelo mercado local, que vem crescendo a fortes taxas nos últimos anos, mesmo em meio aos efeitos da crise financeira global. No Salão, as montadoras estrangeiras e chinesas disputam espaço para conquistar os consumidores, que devem crescer ainda mais nos próximos anos. Nesta sexta, a chinesa Chery anunciou o jogador argentino Lionel Messi, eleito melhor do mundo pela FIFA no ano passado, como seu novo garoto propaganda, um forte investimento para atrair compradores para sua linha de luxo, Riich. O evento traz também veículos que começam a chegar no Brasil neste ano, de montadoras como Lifan - trazida pela Effa Motors -, Great Wall, com a importadora CN Auto, que traz para o Brasil as minivans Towner e Topic, e JAC, que virá ao país pelas mãos do empresário Sérgio Habib, que dirigiu a Citroën no Brasil. (Agência Folha Online)


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VAREJO & SERVIÇO


Da redação – São Paulo / SP
Supermercados perdem R$ 7,9 bilhões em produtos
O nível de perdas de mercadorias nos super e hipermercados do país é mais do que o dobro do lucro obtido pelas varejistas. A conclusão é de um estudo da revista Supermercado Moderno, que integra o 39º Relatório Anual do setor, realizado pela publicação. O maior problema está relacionado à falta de qualificação da mão de obra no manuseio de produtos alimentícios, bebidas e itens de higiene, limpeza e beleza. Foram pesquisadas 11.358 lojas em todo o país, entre hiper e supermercados. Esse universo representou 85% do faturamento do setor em 2009, que foi de R$ 181,2 bilhões. Em relação a 2008, houve crescimento real de vendas de 8,4%. O lucro líquido do setor foi de R$ 3,2 bilhões, o equivalente a 1,77% do faturamento total. O avanço foi mínimo em relação ao ano de 2008, quando o lucro significou 1,75% do faturamento. Segundo a pesquisa, as perdas somam o equivalente a 4,43% das vendas totais, ou R$ 7,9 bilhões. Se esse montante fosse reduzido pela metade, o nível de perdas dos super e hipermercados brasileiros chegaria a 3,94% do faturamento.


Da redação – São Paulo / SP
Gigante do surfe O’Neill chega ao Brasil
A marca de roupas e acessórios de surfe O'Neill chega oficialmente ao Brasil. A empresa Active Brands distribuirá os produtos da marca com exclusividade, em lojas multimarcas. O processo de escolha do licenciado no país foi demorado, segundo Eppo van Berckelaer, diretor global de marketing da empresa. "Foram dois anos até encontrarmos o parceiro certo, que entendesse a cultura do surfe", diz. O mercado brasileiro tem grande potencial, segundo ele. O lançamento da primeira coleção está previsto para agosto. O faturamento anual da marca, nos 85 países onde atua, é de cerca de US$ 450 milhões.


Da redação – Porto Alegre / RS
Primeira Scala da Serra Gaúcha inaugura no Iguatemi Caxias do Sul
Com 78 lojas em todo o Brasil e um plano de expansão que contempla os principais Shoppings do país, a Scala desembarca no Iguatemi Caxias do Sul a primeira franquia da Serra Gaúcha. As obras da nova loja devem estar concluídas no início de maio, quando os clientes da famosa marca de moda íntima feminina poderão conferir as novidades da nova coleção. Sob o comando da empresária Virgínia Cruz Alves, que resolveu investir na qualidade de vida através de um negócio próprio, a unidade do Iguatemi Caxias do Sul irá se destacar pela ampla variedade de produtos das linhas underwear e outerwear desenvolvidos com tecnologia de ponta e que seguem as tendências mundiais de moda. Consumidora satisfeita da marca, Virgínia diz que, assim como a decisão de abrir uma franquia da Scala, a escolha pelo local também foi natural. “O Iguatemi é um Shopping regional, tradicional e consolidado. Atende aos mais diferentes públicos e mostrou uma expansão profissional.” O design moderno da rede mostra um conceito minimalista de arquitetura e exposição, que potencializa a visibilidade e facilita o acesso aos produtos. O projeto segue tendências internacionais e traz novidades do piso, confeccionado com placas de concreto, que ampliam a sensação espacial, às paredes, onde o tom escuro misturado aos revestimentos de madeira dá ao ambiente um clima aconchegante. Presente também em países como Inglaterra, EUA, México, entre outros, a Scala enfatiza os constantes investimentos na criação de novas coleções e a preocupação em manter preços competitivos. “Aqui, moda e tecnologia caminham juntas, conquistamos expertise e somos focados em varejo”, afirma o gerente de expansão de franquias, Luiz Hirsch. (Fonte: Enter Consultoria em Comunicação)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF
Saldo da balança comercial brasileira no ano recua 70% ante 2009
A balança comercial brasileira registra superavit de US$ 1,667 bilhão neste ano, até o dia 25 deste mês, com média diária (US$ 21,9 milhões) 69,5% menor do que a contabilizada no mesmo período de 2009, segundo os números divulgados pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O resultado é decorrente de exportações de US$ 50,254 bilhões e importações de US$ 48,587 bilhões nesse intervalo. A média diária de exportações (US$ 661,2 milhões) é 25,2% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. Já as importações (US$ 639,3 milhões) apresentam alta de 40,1%. Considerando apenas abril, até o dia 25, o saldo acumulado totaliza US$ 775 milhões, com uma média diária (US$ 51,7 milhões) 72% inferior à registrada em igual mês de 2009. Já na quarta semana do mês, que teve quatro dias úteis, a balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 93 milhões, com média diária de US$ 23,3 milhões.


Da redação - Belo Horizonte / MG
Frango mineiro está em alta
As exportações mineiras de carne de frango, no primeiro trimestre deste ano, alcançaram uma receita de US$ 45,7 milhões, ou crescimento de 44,2% em relação ao mesmo período de 2009. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). De acordo com a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que analisou os números, o crescimento de 37,2% no preço médio da tonelada, bem como a inclusão de novos mercados de destino são as principais explicações para a melhoria do desempenho do produto no mercado internacional.
“Os embarques tiveram crescimento de 5,1%, alcançando 31,76 mil toneladas no período de janeiro a março”, explica Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência. “No primeiro trimestre de 2010, a carne de frango produzida em Minas foi destinada a 67 países, dez mercados a mais do que os registrados no mesmo período de 2009”, diz a assessora. Entre os novos mercados têm destaque o Egito, Cingapura, Albânia, África do Sul, Tadjiquistão e Sérvia, que respondem por cerca de 13% da receita das exportações mineiras de carne de frango.
Já os principais mercados consumidores do produto são o Iraque, Hong Kong, Emirados Árabes e Kweit, que importaram 23,8%, 14%, 11% e 5,9% das exportações mineiras, respectivamente. Segundo Márcia Silva, a carne de frango é o principal produto do agronegócio mineiro importado pelo Iraque.
Liderança mundial - O Brasil é o líder das exportações mundiais de carne de frango desde 2004, quando ultrapassou os Estados Unidos, informa a assessora técnica Márcia Silva. Ela acrescenta, com base em informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), que em 2010 as exportações brasileiras devem atingir 3,35 milhões de toneladas. Este volume representa 40,9% das exportações mundiais (8,18 milhões de toneladas). Os Estados Unidos, segundo país no ranking de maiores produtores, devem responder por 32,3% das exportações mundiais deste produto. A produção brasileira de carne de frango deve atingir 11,42 milhões de toneladas, volume que fará do País o terceiro maior produtor mundial, com participação de 15,4% na produção mundial de 2010. Em primeiro lugar, devem configurar-se os Estados Unidos, com participação de 22%, seguido pela China, que responde pela parcela de 17% da produção mundial. Márcia Silva ainda explica que, segundo informações do IBGE, desde 2000 até 2009 o abate anual de frango mineiro apresentou incremento de 83,1%, passando de 392,79 mil toneladas para 719,13 mil toneladas. Em relação a 2008, o incremento do abate de frango em 2009 foi de 1%, que é um resultado superior à queda de 2,7% registrada no abate brasileiro da ave. (Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria de Agricultura do Estado de Minas Gerais)


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MERCADO DE TECNOLOGIA


Da redação – São Paulo / SP
Faturamento da Sybase cresce 10% no primeiro trimestre de 2010
A Sybase, empresa de softwares analíticos, cresceu 10% no primeiro trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento foi impulsionado principalmente pela venda de licenças, que gerou receita de US$ 98,6 milhões no período, ante US$ 89,3 milhões no primeiro trimestre de 2009, crescimento de 10%. As vendas de soluções de Messaging também colaboraram bastante com o resultado. O aumento foi de 25%, atingindo US$ 53 milhões em venda no primeiro trimestre. A venda de serviços cresceu menos, 5%, mas ainda responde pela maior parcela do faturamento da corporação. O valor no primeiro trimestre de 2010 foi de US$ 142,4 milhões. O lucro GAAP aumentou 42% na comparação dos períodos, somando US$ 29,9 milhões. Já o resultado não GAAP foi de 28%, atingindo US$ 88,4 milhões. Para o segundo trimestre, a empresa projeta manter a marca do primeiro trimestre, com faturamento entre US$ 290 milhões e US$ 300 milhões. No ano, a empresa espera fechar com US$ 1,23 bilhão de faturamento.


Da redação – São Paulo / SP
IBM nomeia novos diretores para Brasil e América Latina
A IBM Brasil realizou movimentações internas a fim de melhor alinhar o seu time executivo ao plano de crescimento da organização ao longo de 2010. A empresa fez mudanças nas áreas de vendas para o setor público, consultoria e no departamento de Recursos Humanos. O executivo Gustavo Rabelo foi promovido a diretor de relações governamentais da IBM Brasil, em substituição de Saulo Porto, que passa a responder por essa área para América Latina. A empresa também fez outras mudanças em seu quadro para alinhar o seu time ao plano de crescimento da companhia; Osvaldo Nascimento, que até então respondia pela área de Recursos Humanos, passa a atuar como diretor do setor público, no lugar de Luiz Flaviano, atual executivo de managed business process services (MBPS ou BPO) da IBM Brasil. Para liderar a área de RH, a IBM Brasil contratou a Carlos Magni, que era diretor de RH na Renault Brasil desde 2002. Magni chega à empresa com a missão de continuar a trabalhar a excelência da companhia na gestão de pessoas e com o foco contínuo em clima e desenvolvimento. Ricardo Gomez deixa a liderança do segmento de consultoria da IBM Brasil - Global Business Services (GBS) – e assume a diretoria de Consulting Services (CS) em GBS para a América Latina. Tonny Martins substitui Ricardo Gomez e atua agora como diretor de GBS Brasil. Ele foi o líder de Application Management Services (MAS) da IBM Brasil e América Latina nos últimos três anos. Plínio Correa, que liderava operações de vendas, assume a diretoria de Integrated Supply Chain (ISC), sendo responsável pela manufatura, logística, faturamento, inventário, processos e TI.


Santa Clara / EUA
McAfee anuncia reembolso a usuários afetados por atualização defeituosa
A empresa de antivírus McAfee anunciou que vai reembolsar os usuários que tiveram despesas com assistência técnica para recuperar os computadores afetados pelo bug da atualização na semana passada. Em um comunicado oficial publicado no site da empresa, a McAfee pede desculpas aos usuários e indica alguns passos a serem tomados para a resolução do problema. Primeiro, o usuário é convidado a ligar para um número especial, destinado apenas a atender aqueles que tiveram seus computadores danificados. Segundo o anuncio, um técnico estará à disposição para fazer o atendimento e tentar solucionar o problema. Se a assistência por telefone não atingir o resultado esperado, a empresa indica que o usuário baixe a correção por meio de um outro computador e a execute na máquina danificada. Caso não seja possível o acesso a outro PC, a McAfee se dispõe a enviar um CD com a correção gratuitamente. O comunicado ainda diz que, como resultado desta questão, se você já tiver investido dinheiro para reparar seu PC, estaremos empenhados no reembolso de despesas razoáveis. As orientações para processar sua solicitação de reembolso serão publicadas nos próximos dias. Os usuários do Brasil que tiveram problemas com a atualização podem ligar para o número 0800-891-0168 e contatar o técnico da McAfee. A ligação é gratuita e o sistema funciona 24h, sete dias por semana. O pedido do CD com a correção é feito pelo mesmo número. Aqueles que já tiveram despesas com o incidente devem acompanhar as atualizações e seguir as instruções disponíveis no link: http://bit.ly/Mc_Afee. (Agência EFE)


Nova Iorque / EUA
Empresas anunciam o desenvolvimento de software padrão para celulares
As empresas japonesas Sharp, Panasonic, Fujitsu e NEC estão planejando desenvolver uma plataforma de software padrão para seus celulares. O software estará disponível em dois anos, e funcionará, em princípio, com a tecnologia disponibilizada pela empresa de telefonia móvel NTT DoCoMo . A fabricante de chips Renesas também está envolvida no projeto. Segundo o site TGDaily as empresas anunciaram que o novo software será compatível ao Symbian e Linux e que a compatibilidade com sistemas operacionais abertos, como Android está sendo estudada. A nova plataforma deve oferecer uma maior velocidade de processamento de vídeos de alta qualidade bem como o processamento de gáficos 3D para funções avançadas de multimídia. Será um novo padrão para os fabricantes de celulares do mundo todo, afirmam. As empresas envolvidas no projeto esperam reduzir em até 50% os custos de desenvolvimento de novos aparelhos, que vão de U$210 a U$320 milhões, afirma o TGDaily. As empresas declararam que em particular, a nova plataforma permitirá que os fabricantes de celulares Fujitsu, NEC , Panasonic Mobile Communications e Sharp evitem desenvolver as funções básicas dos aplicativos, permitindo-lhes assim reduzir significativamente o tempo e o custos de desenvolvimento, podendo investir mais tempo e recursos na criação de características específicas do fabricante do aparelho. Ainda de acordo com o TGDaily, as quatro empresas parceiras somam juntas 70% de todo o mercado de aparelhos celulares no Japão, mas são inexpressivas no mercado mundial, representando apenas 2%. A idéia é que, a partir dessa nova plataforma, elas ganhem mais força fora da fronteira do país. (Agência EFE)

Da redação – Porto Alegre / RS
JME lança nova versão de Prontuário Eletrônico
Focada nas inovações tecnologias disponíveis no mercado, a JME Informática, especialista com soluções de tecnologia da informação (TI) próprias para a área da saúde, lança nova versão de seu Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP). A versão modernizada do aplicativo dá mais autonomia a seus usuários, para que criem modelos de acordo com suas necessidades, possibilitando a integração com o gerador de documentos e relatórios. Conforme o presidente da JME, Jorge Branco, o conjunto de funcionalidades do Prontuário Eletrônico permite unificar relatórios dos diversos serviços e tipos de atendimentos, evoluções e receituários padrões, evolução e prescrição médica, com acompanhamento do histórico do paciente, e registros da enfermagem. “O PEP é um prontuário online do paciente, que pode ser compartilhado por vários usuários dentro de hospitais, consultórios, laboratórios, entre outras organizações. Com ele, informações de consultas, diagnósticos, laudos, procedimentos, prescrições, cirurgias, entre outras, ficam compiladas em uma só plataforma, garantindo agilidade aos procedimentos médicos de rotina”, explica. (Fonte: Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)


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MERCADO WEB

São Francisco / EUA
Twitter anuncia compra da Cloudhopping
Rede de microblogs dá mais um passo para expandir seus serviços aos usuários mobile e compra empresa que disponibilizava envio de mensagens via SMS. O Twitter anunciou nesse final de semana a compra da empresa Cloudhopping, especializada em promoções e campanhas em massa via mensagens de texto pelo celular. A aquisição foi divulgada na última sexta-feira no blog oficial do Twitter. A empresa ainda diz que já vinha trabalhando com a Cloudhopping há cerca de 8 meses e que o Twitter processa perto de um bilhão de tweets via SMS por mês e esse número está crescendo em todo o mundo, da Indonésia à Austrália, do Reino Unido, aos EUA, por essa razão, decidiu adquiri-la. De acordo com o site TGDaily o fato de o Twitter manter sua plataforma aberta para que qualquer desenvolvedor ofereça um aplicativo compatível ao seu funcionamento, sem ela própria oferecer um serviço oficial poderia ser considerado como uma postura relapsa em relação ao suporte aos usuários que utilizavam o site via SMS. Essa postura começou a mudar no começo desse mês, quando o Twitter anunciou a compra do Tweeting, aplicativo mobile mais popular entre os usuários de smartphones. Essa atitude trouxe uma imagem mais sólida a empresa e foi um grande impulso para a expansão do Twitter no mercado da telefonia móvel. Ainda segundo o TGDaily, como parte da compra, o Twitter receberá toda a infraestrutura da Cloudhopper e todos os funcionários da empresa passarão a ser seus funcionários oficiais. Até agora, nenhuma mudança no sistema de envio de mensagens para a rede de microblogs via SMS foi anunciada, uma vez que a Cloudhopper já era responsável pela disponibilidade do serviço.


Cairo / Egito
Microsoft e Google veem potencial de crescimento da Web em árabe

Ampliar a integração das capacidades do idioma árabe à Internet e outras arquiteturas tecnológicas permitirá a milhões de pessoas acesso ao mundo digital, disseram executivos da Microsoft e do Google. À medida em que aparelhos e aplicativos ganharem presença em países menos desenvolvidos, o conteúdo crescerá e a economia eletrônica ainda embrionária nesses lugares deve florescer, afirmaram. "Steve Ballmer (presidente-executivo da Microsoft) e eu conversamos alguns anos atrás e acreditamos que o árabe será um idioma cada vez mais importante," disse Craig Mundie, vice-presidente de pesquisa e estratégia da Microsoft. "No entanto, devido à maneira pela qual a Internet estava evoluindo, não era um idioma que estivesse sendo muito usado." Mas embora o mundo da Internet árabe tenha crescido mais rápido que o de outras regiões, desde 2000, e os custos de acesso tenham caído, o conteúdo oferecido continua sendo pouco considerável, e o investimento publicitário ainda é minúsculo. O conteúdo em árabe responde por menos de 1% do total mundial, ainda que 5% da população do planeta fale o idioma. O portal em árabe da enciclopédia online Wikipedia oferece menos verbetes do que sua versão em catalão, segundo Wael Ghonim, gerente regional de marketing do Google. "Existe muito conteúdo árabe, mas não é bem estruturado," afirmou. "Queremos conteúdo mais estruturado. Queremos mais sites profissionais, empresariais e atendendo a nichos." "Uma de nossas maiores missões é permitir que os usuários de idioma árabe encontrem as ferramentas corretas para enriquecer o conteúdo em árabe," disse Ghonim. "Seria excelente ver mais comércio eletrônico na região, mais editoras, mais sites de notícias. Temos o compromisso de ajudá-los." Perguntado sobre como o Google auxiliaria esse crescimento regional, Ghonim respondeu que "temos um plano muito ambicioso nos próximos meses, e estamos trabalhando em muitas iniciativas," mas sem acrescentar detalhes. (Agência Reuters)


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA

São Paulo / SP
OceanAir vai investir US$ 250 milhões em 2010 e mudará marca para Avianca
A companhia aérea Oceanair mudou de nome para Avianca e se prepara para colocar em operação o primeiro de quatro Airbus A319 que passarão a fazer parte da frota até o final do ano. Não houve mudança no controle acionário. Tanto a Oceanair quanto a colombiana Avianca pertencem ao grupo Synergy, holding que concentra os negócios de German Efromovich, empresário brasileiro de origem boliviana. O uso da marca Avianca na companhia brasileira foi feito para que as empresas possam ganhar sinergias, reduzindo custos.
Mas trata-se apenas um contrato de uso da marca, pelo qual a companhia brasileira não pagará nada, uma vez que as duas empresas pertencem ao mesmo grupo. Os quatro novos Airbus fazem parte de uma encomenda de 72 jatos feita pelo grupo Synergy à fabricante europeia, no valor de US$ 6 bilhões. Desde 2008, quando começaram as entregas, mais de 30 jatos entraram em operação, mas todos na Colômbia. Pelos quatro que serão destinados ao Brasil este ano, além de outros investimentos, o grupo está investindo US$ 250 milhões.
De acordo com o presidente da Avianca brasileira, José Efromovich, irmão de German, dois dos quatro aviões serão usados na Ponte Aérea Rio-São Paulo. Mas isso só vai acontecer quando o segundo avião chegar, em junho. Até lá, o A319 fará a rota Porto Alegre-Salvador, com escala em Guarulhos e Brasília. O avião será configurado com 132 lugares, o que garante um "pitch" (distância entre as poltronas) de 32 polegadas. "É o maior pitch do Brasil, comparável apenas aos MK-28 da própria Oceanair", disse Efromovich. Além de espaço, os aviões vêm equipados com monitor individual com programação pré-gravada, controle remoto que se transforma em teclado, entrada para USB e tomada de 110 Voltz.
A chegada dos Airbus não significa a aposentadoria dos Fokker-100 (também conhecidos como MK-28). Hoje a empresa trabalha com 14 Fokkers-100 e deve permanecer com eles pelos próximos anos. 'No curto e médio prazo vamos continuar com os MK-28, que se mostraram muito apropriados para o mercado brasileiro', disse Efromovich. Quando os quatro novos Airbus estiverem em operação, a Avianca brasileira terá aumentado sua oferta de assentos em 30%. A intenção, segundo o vice-presidente Renato Pascowitch, é alcançar uma participação de mercado de 4% até o fim do ano.


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TELECOM & ENERGIA

Da redação – São Paulo / SP
Consumo de energia aumenta 9,3% em março puxado pela indústria
O consumo de energia em março aumentou 9,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, informou a EPE - Empresa de Pesquisa Energética, estatal responsável pelo planejamento do setor. No mês passado, foram consumidos 35,3 mil GWh (gigawatts hora). No primeiro trimestre, o aumento do consumo ficou em 9,6% e, no acumulado dos últimos 12 meses, em 2%. De acordo com a estatal, o aumento do consumo de energia em março foi puxado pela indústria, que consumiu 12% a mais do que em março de 2009. Nas residências, o aumento foi de 7,8% e, no setor de comércio e serviços, de 8%. Na avaliação da EPE, os números do mês passado confirmam a tendência de recuperação "expressiva" do nível de atividade na indústria e de "robustez na expansão do consumo das famílias e do setor terciário".


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MERCADO DE LUXO

Da redação – São Paulo / SP
Dubai Pearl fica pronto em 2013
A cidade de Dubai agora terá a sua própria pérola. O Dubai Pearl, um projeto de luxo feito com a colaboração da Sotheby´s International Realty de Singapura, para alavancar o valor de 3,5 bilhões de euros, construirá nada menos que quatro torres de 73 andares cada uma e seis hotéis cinco estrelas (batizados de Bellagio, BAccarat e MGM Grand, entre outros) com mais de 1400 quartos, além de uma praia artificial, centros comerciais e teatros. O complexo terá ainda um business Center para 12 mil pessoas, nove mil residências e um teatro para duas mil pessoas sentadas. A ideia do projeto é criar uma cidade moderna dentro da própria cidade de Dubai. Segundo especialistas, o projeto estará pronto em 2013. Para mais informações, http://www.dubaipearl.com/ (Fonte: Black Card Lifestyle)


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