Edição 307 | Ano II

Washington / EUA
Investimento privado no Brasil deve cair 9% em 2011
Após alta de quase 25% neste ano, o fluxo líquido de capitais privados para o Brasil deverá cair em 2011, previu ontem o IIF - Instituto Financeiro Internacional -, que reúne mais de 380 dos maiores bancos do mundo. O movimento contraria a tendência geral dos mercados emergentes, que deverão ver o fluxo aumentar no ano que vem. De acordo com relatório da entidade, a expectativa de entrada de capitais privados no Brasil em 2010 chega a US$ 96 bilhões, depois dos US$ 77 bilhões estimados em 2009. Já para 2011, a projeção é de um total de US$ 87,6 bilhões, queda de cerca de 9% em relação ao que se espera para o ano atual. A América Latina em geral segue o movimento do Brasil. Em 2010, a expectativa é que US$ 190,4 bilhões em capitais privados entrem na região, contra US$ 156,6 bilhões estimados para o ano anterior. Já em 2011 a projeção fica em US$ 183,3 bilhões. A tendência, porém, muda ao se contabilizar também emergentes da Ásia, da Europa, da África e do Oriente médio. O IIF prevê para 2010 uma entrada líquida de capitais privados em mercados emergentes da ordem de US$ 708,6 bilhões, contra US$ 530,8 bilhões estimados em 2009. Para 2011, a projeção sobe para US$ 746,4 bilhões.


Washington / EUA
Brasil está pessimista sobre mais voz de emergentes no Bird
O Brasil está pessimista sobre a possibilidade de os mercados emergentes obterem, durante uma cúpula financeira global na semana que vem, mais direitos de voto no Bird (Banco Mundial), disse uma fonte do governo nesta quinta-feira. O Brasil e outros países em desenvolvimento têm pressionado os países ricos a aceitarem uma mudança de 7% no poder de voto no FMI e de 6% no Banco Mundial. Autoridades financeiras reúnem-se em Washington na semana que vem para encontros do G20, do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial. O Brasil continuará negociando uma mudança de 7% no FMI, mas está pessimista sobre se conseguirá alcançar o que quer no Banco Mundial. "6% é algo muito difícil de obter", disse a fonte à Reuters, pedindo anonimato. "Não sei se conseguiremos mais de 3%." A Europa e os Estados Unidos dominam as instituições financeiras internacionais há tempos e alguns países europeus têm resistido a ceder espaço para as economias emergentes. Os quatro principais emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China, são responsáveis por cerca de 20% da produção econômica global. "Os países em desenvolvimento têm hoje um peso muito menor do que suas economias nestas instituições", disse a fonte. Discussões sobre uma pauta de trabalho para um crescimento sustentável e equilibrado também terão prioridade na agenda do G20, segundo a fonte. O crescimento global não estará garantido apenas com um reequilíbrio dos países com superavit e deficit em conta corrente, mas também ao ajudar economias em desenvolvimento a atingirem o crescimento potencial, acrescentou. "Elas também podem ser um motor do crescimento", disse a fonte. Uma forma de alcançar isso seria a recapitalização do Banco Mundial, para que a entidade possa aumentar os empréstimos, segundo a fonte. A fonte acrescentou que outro assunto a ser debatido na reunião do G20 é a regulação. (Agência Reuters)

Rio de Janeiro / RJ
Mantega: previsão de expansão de 7% no ano é especulativa
“Não acredito que chegue a 7%, me parece exagerado. Não podemos projetar o primeiro trimestre para o ano todo", disse ele em evento no Rio de Janeiro, referindo-se às projeções mais otimistas do mercado para a expansão do primeiro trimestre, que anualizadas colocariam o crescimento do ano na faixa de 7%. "No primeiro trimestre, tínhamos as desonerações do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - de móveis, automóveis e linha branca. O segundo trimestre não terá. É possível que haja queda de vendas nesses setores", disse ele. Para Mantega, algumas projeções mais fortes para o crescimento no primeiro trimestre "são interessadas, em uma Selic maior" - uma economia mais forte demandaria juros maiores. "Chegaremos lá (crescimento anual de 7%) gradativamente", disse Mantega, sem fazer uma previsão precisa. Mantega também comentou a emissão de bônus Global 2021 anunciada pelo Tesouro Nacional nesta manhã. "É uma operação para capitalizar o Tesouro e para mostrar que o Brasil está perto dos Treasuries." "A demanda (pelos bônus brasileiros) é muito forte e as taxas de juros estão cada vez menores... A tendência é que estejamos a 150 pontos percentuais de diferença dos Treasuries. Daqui a pouco vamos encostar nos Treasuries. (Agência Brasil)


Rio de Janeiro / RJ
Empresa de Eike fecha acordo de US$ 5 bi com chineses para siderúrgica
A brasileira EBX e a chinesa Wuhan formalizaram nesta quinta-feira uma associação de US$ 5 bilhões para construir o Complexo Siderúrgico de Açu, no sudeste fluminense. A informação é do empresario Eike Baptista, da EBX, que acompanha a visita do presidente Hu Jintao. Os chineses entram com 70% e os brasileiros, com 30%. Jintao participará da inauguração de um trecho do porto do Açu, megainvestimento de LLX, empresa de logística de Eike, no município de São João da Barra (norte fluminense). Segundo Eike, o presidente chinês pediu para conhecer o que poderá ser o maior terminal exportador brasileiro de minério de ferro para a China. O porto do Açu tem previsão de operação para 2012 e será usado numa parceria entre a MMX Mineração (também de Eike, o oitavo mais rico do mundo segundo a revista 'Forbes') e a estatal chinesa Wisco, a terceira maior siderúrgica da China. Acordo firmado em novembro do ano passado por Eike com os chineses prevê que a Wisco vá comprar 21,52% da MMX, com o compromisso de participar da construção e da operação de uma siderúrgica no porto do Açu. Em contrapartida, a Wisco terá acesso a parte da produção de minério de ferro do grupo por 20 anos. A estatal chinesa produz cerca de 30 milhões de toneladas anuais de aço, quase a produção total do Brasil - cerca de 34 milhões de toneladas anuais. Principal projeto da LLX, o porto começou a ser construído em outubro de 2007. A meta é que passem ali, por ano, 100,8 milhões de toneladas de produtos, sendo 63,3 milhões de minério de ferro.

Da redação – Curitiba / PR
Programa de desenvolvimento do Sebrae mostra primeiros resultados em Carlópolis
Proposta do Sebrae/PR visa mudar a realidade do município por meio da atuação conjunta de lideranças, comunidade, entidades, poder público e privado. Desde o final do ano passado, Carlópolis, município localizado no norte do Paraná, integra o Programa de Desenvolvimento Municipal, uma proposta formulada pelo Sebrae/PR que objetiva transformar a localidade por meio da melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), incentivos e capacitações para elevar os níveis de emprego, renda e qualidade de vida.
Uma das primeiras ações do Programa na cidade foi a realização do Liderar, nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. A capacitação para formação líderes mais conscientes, atentos às questões de interesse coletivo e atuantes na sociedade, reuniu 22 participantes. Durante os encontros do Programa Liderar, foram abordados temas como a liderança das mudanças, rompimento de paradigmas, o papel do líder na transformação da sociedade, estratégias de vida, atitudes e comportamentos do líder, trabalho em equipe, alianças estratégicas e associativismo.
Noriaki Akamatsu, presidente da Cooperativa de Frutas de Carlópolis, participou da capacitação do Liderar. Para ele, os novos conhecimentos aprendidos vão o auxiliar a coordenar melhor as atividades da Cooperativa. “O curso repassou informações valiosas sobre liderança. Os encontros foram muito dinâmicos, permitindo bastante interação entre os participantes. Acredito que esse Programa realmente vai possibilitar o desenvolvimento de nossa cidade, trazendo resultados duradouros”, aposta.
Ontem dia 15/4, o Sebrae/PR lança em Carlópolis, o Programa VarejoMAIS em Ação, estratégia para tornar o comércio varejista municipal mais forte, lucrativo e competitivo. Aproximadamente 25 empresas devem ser beneficiadas com a iniciativa que é uma nova etapa do Programa de Desenvolvimento Municipal. O VarejoMAIS é uma parceria entre o Sebrae/PR e o Sistema Fecomércio. Em agosto, entre os dias 16 e 20, a cidade recebe um dos melhores programas de capacitação empreendedora do mundo, o Empretec, uma parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Sebrae Nacional. A meta do Empretec é estimular o comportamento empreendedor. A capacitação é ideal para aqueles que desejam vivenciar os desafios diários de uma empresa, bem como têm interesse em conhecer e desenvolver as habilidades e comportamentos necessários para o exercício de uma determinada atividade empresarial.
O consultor do Sebrae/PR em Jacarezinho, Roberto Janz, afirma que o Programa de Desenvolvimento Municipal vem trabalhando as potencialidades de Carlópolis em várias áreas. Segundo ele, a parceria da Prefeitura e o envolvimento da população são fundamentais para o alcance dos objetivos da proposta pioneira no Estado. “Além de todas as capacitações que estão sendo levadas para o município, os integrantes da Governança do Programa planejam agora ações para fortalecimento da agropecuária, piscicultura, turismo, fruticultura e comércio, áreas potenciais reveladas pelo Estudo do Ambiente Econômico e Institucional de Carlópolis”, explica o consultor.
O Estudo do Ambiente Econômico e Institucional de Carlópolis é um levantamento realizado pela Diferencial Pesquisas de Mercado a pedido do Sebrae/PR, que contém informações aprofundadas sobre a economia, demografia, aspectos sociais e ambiente organizacional. O secretário municipal de desenvolvimento de Carlópolis e agente de desenvolvimento local, Nosor de Oliveira Junior, conta que a comunidade tem demonstrado bastante interesse no desenvolvimento do município. “A Governança do Programa Municipal de Desenvolvimento trabalha paralelamente as questões da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e o planejamento do desenvolvimento dos setores potenciais da cidade. O grupo, que conta com representantes de vários setores, reúne-se periodicamente e tem expressado vontade de mudar a realidade”, afirma o secretário.
Ainda na opinião do agente de desenvolvimento local, o Programa de Desenvolvimento é uma oportunidade imperdível para toda a sociedade do município. “A Lei Geral e o Programa de Desenvolvimento estão auxiliando direta e indiretamente todos em Carlópolis. Essa é uma grande oportunidade na qual a população é convidada a participar da construção de um futuro melhor para a cidade. Capacitações, programas, metodologias, incentivo ao empreendedorismo e à formalização são fundamentais para o avanço do município”, pontua Nosor de Oliveira Junior. A expectativa do Sebrae/PR é que o Programa de Desenvolvimento Municipal fortaleça as empresas e negócios existentes, fomente o empreendedorismo, estimule a cooperação e a institucionalização e bom funcionamento da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Os resultados serão medidos por meio de indicadores como o número de empresas ou associações criadas, fortalecidas ou expandidas, relação de atendimentos e consultorias realizadas, dados sobre treinamentos, palestras e seminários.

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INDICADORES ECONOMICOS

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Governo prorroga isenção de IPI para material de construção até dezembro
O ministro Guido Mantega anunciou ontem, dia 15/4, a prorrogação do desconto do IPI para material de construção até 31/12. A desoneração valeria até final de junho. De acordo com ministro, a medida é justificada pela forte concentração de encomendas de itens desse setor devido à proximidade do fim da isenção. Mantega afirmou ainda que essa pressão vem elevando os preços de material de construção. "Existe esse problema. Como a isenção acaba em junho, há uma grande concentração de pedidos no período atual. A compra de material é mais planejada e pode levar mais tempo". Ele destacou que este é o único incentivo que será mantido até o final do ano. Mantega ressaltou que acredita que a medida vai incentivar os investimentos no setor e que considera os produtos mais um bem de capital do que de consumo.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas encerram em forte queda
Os mercados da Ásia fecharam a semana com sinal negativo. Nesta sexta-feira, dia 16/4, houve perdas acentuadas em várias bolsas, que não se pautaram pelos números positivos de Wall Street. Pesaram mais as notícias vindas de Pequim, que pode adotar novas medidas de aperto monetário. A queda nas ações de imobiliárias e bancos chineses, após as últimas medidas de Pequim para conter a especulação imobiliária, derrubou a Bolsa de Hong Kong. O índice Hang Seng caiu 292,56 pontos, ou 1,3%, e terminou aos 21.865,26 pontos - na semana, o índice acumulou baixa de 1,5%.
- Apesar da forte estreia de um novo índice futuro, as Bolsas da China apresentaram retração devido às medidas de Pequim para controlar o mercado imobiliário. O índice Xangai Composto caiu 1,1% e encerrou aos 3.139,30 pontos, acumulando perdas de 0,5% na semana. O Shenzhen Composto perdeu 0,2% e terminou aos 1.229,72 pontos.O yuan apresentou ligeira valorização sobre o dólar, por conta da demanda dos exportadores pela moeda chinesa. Mas a especulação de apreciação da moeda refreou um pouco do fervente ponto do começo da semana, evidenciado pela recuperação do dólar no mercado futuru depois que o governo chinês anunciou, quinta-feira, novas medidas de aperto para o mercado imobiliário e Pequim focou em esforços de resgate após o forte terremoto em Qinghai. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8256 yuans, de 6,8260 yuans do fechamento de quinta-feira.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, seguiu no embalo dos demais mercados regionais. O índice Taiwan Weighted baixou 0,7% e fechou aos 8.111,57 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em baixa devido às preocupações causadas nos investidores com as perdas nas ações da Google e da fabricante de chips Advanced Micro Devices (AMD) no mercado internacional, apesar de as companhias apresentarem fortes ganhos. O índice Kospi caiu 0,5% e fechou aos 1.734,49 pontos.
- Na Austrália, a Bolsa de Sydney caiu ligeiramente abaixo dos 5.000 pontos depois que as ações da Google e da AMD tiveram queda significativa no cenário internacional, deixando os investidores cautelosos em relação ao mercado americano. O índice S&P/ASX200 recuou 0,3% e fechou aos 4.984,7 pontos.
- Na Bolsa de Manila, nas Filipinas, o índice PSE retraiu-se 1,2% e fechou aos 3.240,37 pontos, uma vez que os investidores continuam controlando as aplicações em razão das eleições de 10 de maio.
-A Bolsa de Cingapura teve baixa em linha com as demais asiáticas e preocupações de que o governo possa introduzir novas medidas de refrear o aquecido mercado imobiliário. O índice Straits Times cedeu 0,3% e fechou aos 3.007,19 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, caiu 0,8% e fechou aos 2.878,67 pontos, com realizações de lucros em blue chips uma vez que os mercados asiáticos como um todo caíram.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, tombou 3,3% e fechou aos 736,16, por conta de preocupações com a situação política local.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,5% e fechou aos 1.332,77, com realizações de lucros em papéis de tecnologia em linhas com os resultados fracos nas demais bolsas regionais.


HOJE – Abertura das Bolsas Européia

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em baixa nesta sexta-feira, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 12,48 pontos (0,21%), até 5.812,53. O barril de petróleo Brent para entrega em junho abriu em baixa nesta sexta-feira no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 87,20, US$ 0,39 a menos que no fechamento da jornada anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O euro abriu em baixa em relação ao dólar nesta sexta-feira no mercado de divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,3527, contra US$ 1,3580 da tarde de quinta. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na quinta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3544.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta sexta-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 78 pontos (0,68%), até 11.445.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em baixa nesta sexta-feira, e seu índice de referência, o CAC-40, perdeu 0,51%, até 4.044,89 pontos.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa nesta sexta-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, perdeu 0,59%, até 23.400,56 pontos.

ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo /SP
Bovespa fecha em queda de 0,72%, descolada de cena externa
A Bovespa descolou da cena externa na rodada de negócios de ontem, dia 15/4, dia em que as Bolsas americanas e europeias tiveram uma valorização moderada. A agenda econômica foi cheia para o investidor: dados econômicos da China (divulgados ontem à noite) e indicadores dos EUA pediram a atenção dos agentes de mercado. Mas a Bolsa brasileira também sofreu influência de fatores técnicos (vencimento de opções).
- O Ibovespa retraiu 0,72% no fechamento, aos 70.524 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 8,58 bilhões, bem acima da média do mês (R$ 6,65 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,752, em alta de 0,17%.
- A taxa de risco marca 166 pontos, número 6,74% abaixo da pontuação anterior. O dia também foi movimentado para o segmento de câmbio: o Tesouro Nacional anunciou uma nova captação externa, e as taxas oscilarama na faixa de R$ 1,73 (mínima do ano). O Banco Central, numa intervenção rara, promoveu dois leilões de compra de moeda.
Análise 1 - "Na primeira vez que entrou no mercado, tudo bem, não teve novidades. Agora foi somente na segunda vez que ele entrou, que o mercado reagiu", comenta Marcos Trabold, da mesa de operações da corretora B&T. Já a Bolsa de Valores teve o seu segundo dia de forte volume financeiro, quase batendo a casa dos R$ 9 bilhões. O giro ficou fortemente concentrado nos papéis preferidos pelos investidores: a ação preferencial da Vale (R$ 2,059 bilhões) e a ação preferencial da Petrobras (R$ 1,45 bilhão). Enquanto o primeiro papel valorizou 0,56%, o segund teve queda de 1,89%. Na próxima segunda-feira, há o vencimento dos contratos de opções sobre ações (contratos que negociam direitos de compra ou de venda de um ativo, mediante o pagamento de um prêmio). Na semana que antecede a liquidação desses contratos, lembram profissionais de mercado, o mercado sempre tem uma volatilidade atípica, já que interessa aos detentores dessas opções influenciar os preços das ações, conforme interesse a alta ou a baixa. Não por acaso, as opções mais movimentadas são os contratos para compra ou venda de ações da Vale e da Petrobras.
Análise 2 - Antonio Cesar Amarante, profissional da corretora Senso, nota que outros fatores também concorrem para explicar o descompasso da Bolsa brasileira em relação à Bolsa americana, algo que já vem sendo notado há alguns dias. Primeiro, o Ibovespa já subiu mais que o Dow Jones neste ano, depois de um 2009 "gordo" (quando subiu mais de 80%); segundo, o mercado pode estar antecipando o aperto monetário (alta dos juros) na reunião do Copom no final deste mês. "Nós ainda temos muita 'gordura' para queimar", afirma o gestor, lembrando que a ação da Vale, segundo papel mais importante da Bolsa, já subiu 21,3% neste ano, enquanto a Bovespa, 2,82% (considerando as cotações do fechamento de ontem).


Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas sobem pelo sexto dia consecutivo
O mercado acionário norte-americano marcou ontem, dia 15/4, o sexto dia seguido de ganhos, uma vez que uma encorajadora previsão de lucro da UPS (United Parcel Service) valorizou as ações de transportes.
- O Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,19%, para 11.144 pontos.
- O Nasdaq subiu 0,43%, para 2.515 pontos.
- O Standard & Poor's 500 teve oscilação positiva de 0,08%, para 1.211 pontos.
Análise 1 - Os papéis financeiros pressionaram o S&P 500, que devolveu parte dos ganhos vistos ao longo da sessão após a forte alta da quarta-feira. Na véspera, depois do fechamento dos mercados, a empresa de entregas UPS divulgou um lucro relativo ao primeiro trimestre bem acima das estimativas e elevou a perspectiva de lucros, tonando-se a mais recente blue chip a superar as expectativas. A ação da UPS subiu 5,3%, enquanto a da rival FedEx ganhou 1,7%. O índice Dow Jones para o setor de transportes avançou 1,7%. A apreciação das Bolsas em Wall Street, contudo, foi limitada pelo aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Análise 2 - Mais cedo, o Departamento de Trabalho informou que os pedidos semanas de seguro-desemprego subiram em 24 mil, para 484 mil, contrariando a expectativa do mercado de queda para 440 mil pedidos. Dados mostrando um crescimento na produção industrial abaixo do esperado também não ajudaram. "Continuamos vendo números acima do esperado em setores variados, o que mostra melhora na economia. Mas precisamos ver bons dados no mercado de trabalho para confirmar que a retomada está em curso", disse Channing Smith, vice-presidente da Capital Advisors, em Tulsa, Oklahoma.
Análise 3 - Os papéis do Google caíam 2,1% no after market, após a companhia reportar seus resultados do primeiro trimestre. No pregão regular, a ação avançou 1,1%, impulsionando o Nasdaq. A alta do Google durante o pregão ocorreu após a divulgação de resultados acima do esperado da Intel no início desta semana. A unit da fabricante de chips ganhou 3 por cento, melhor desempenho do Dow Jones. As ações do Citigroup foram as mais negociadas no pregão do Big Board (Bolsa de Nova York), em queda de 2,4%. Segundo dados da NYSE Euronext, a transação de 1,5 bilhão de ações do banco respondeu por 25% das 5,995 bilhões de units negociadas na Bolsa nesta sessão. O Citigroup deve divulgar seu balanço trimestral na segunda-feira. Preocupações de que a Grécia esteja pronta para utilizar um pacote de ajuda emergencial pesaram sobre a confiança dos agentes mais cedo, mas não o suficiente para levar os índices ao vermelho.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham perto do patamar máximo em 19 meses
As principais Bolsas de Valores europeias tiveram uma quinta-feira de alta, encerrando perto da máxima em 19 meses, impulsionadas pelos setores bancário e farmacêutico depois que a Roche superou as estimativas do mercado.
- O índice FTSEurofirst 300, que acompanhas as principais empresas da Europa, subiu 0,62%, aos 1.112 pontos, maior fechamento desde setembro de 2008.
- Em Londres, o índice Financial Times fechou com acréscimo de 0,5%, a 5.825 pontos.
- Em Frankfurt, o índice Dax avançou 0,21%, para 6.291 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 ganhou 0,2%, para 4.065 pontos.
- Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em alta de 0,25%, a 23.539 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou elevação de 0.17%, para 11.523 pontos.
- Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 0,45%, para 8.306 pontos.
Análise - O setor bancário teve um dos melhores desempenhos, com Barclays, Credit Suisse e HSBC subindo entre 1,6 e 2,8%. "A temporada de resultados teve um bom início e isso está dando força aos mercados", disse Tammo Greetfeld, estrategista de ações no UniCredit em Munique. "Os bancos ainda estão se saindo bem com o otimismo do resultado do JPMorgan ontem". Os bancos gregos subiram 4,4%, no que analistas disseram ser um otimismo em relação às medidas tomadas por União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação ao mecanismo de ajuda para as finanças do país. A Roche subiu 2,8% depois de apresentar vendas acima do esperado e confirmar sua perspectiva para o ano. O setor de energia se manteve no positivo, ajudado por comentários do Credit Suisse. BP, Royal Dutch Shell, Total e Cairn Energy ganhando entre 0,7 e 1,8%.


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AGRONEGÓCIOS

Da redação – São Paulo / SP
Sadia anuncia aumento da remuneração dos criadores de aves
Medidas concretas e imediatas para melhorar a rentabilidade dos avicultores foram anunciadas hoje, em comunicado conjunto distribuído pelo Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (Sincravesc) e pela Sadia. A empresa – cujo sistema de integração envolve mais de 60% dos avicultores catarinenses – concedeu aumentos médios de 5% a 11% no preço-base dos animais (frango, peru e peruzinhos) e, ainda, assumiu 75% do custo do apanhe de aves que, antes, era dividido meio a meio com o produtor rural.

Porto Alegre / RS
Menor preço do milho pode ajudar retomada da indústria de carnes no RS
A ampla oferta de milho neste ano-safra deve reduzir os custos de produção das indústrias de aves e suínos do Rio Grande do Sul e permitir a recuperação das perdas de 2009. As estimativas variam, mas de modo geral, o Estado precisa de 5,3 milhões a 5,5 milhões de toneladas de milho por ano para as principais cadeias de carnes e irá produzir 5,28 milhões de toneladas, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na safra passada, problemas climáticos reduziram a produção para 4,24 milhões de toneladas.
Como o volume colhido no Estado é bom e o país tem estoques de 11 milhões de toneladas, as indústrias compram na medida da necessidade. As indústrias de carne suína não têm buscado formar estoques maiores por falta de recursos disponíveis, disse o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos, Rogério Kerber. No ano passado, as empresas perderam US$ 230 milhões no faturamento das exportações, em comparação ao resultado de 2008, por causa dos preços deprimidos no mercado externo, relembra Kerber.
O Rio Grande do Sul respondeu pelo maior volume exportado de carne suína entre os Estados, com 236 mil toneladas, e US$ 496 milhões em receita. Os preços melhoraram no primeiro trimestre de 2010, que teve média de US$ 2.341,00/tonelada, 15,5% acima do obtido em 2009. Com o mercado mais difícil em 2009, o setor utilizou as reservas de capital de giro para continuar operando, disse Kerber.
Entre as indústrias de carne de frango, a leitura é semelhante. "Vínhamos trabalhando com prejuízo e (o preço do milho) dá oportunidade de reduzir custos", analisou o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Luiz Fernando Ross. Mesmo assim, transfere uma preocupação para o segundo semestre, quando começa o plantio de milho no Estado, que pode ser feito a partir de agosto. "Temos consciência de que o milho tem que gerar rentabilidade", constatou o dirigente, sobre o risco de o preço deprimido reduzir novamente a área cultivada, que já caiu 15% na safra 2009/10. O milho representa cerca de 70% da composição da ração de suínos e tem maior peso ainda na alimentação de aves. (Agência Estado)

Porto Velho / RO
Produção de avestruz cresce em Rondônia
No último final de semana, Manoel Serra e Aníbal Martins respectivamente, assessor especial e coordenador da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social – Sedes, que a convite da Associação dos Criadores de Avestruz do município de Mirante da Serra, representaram o secretário Marco Antônio Petisco em reunião realizada no município, localizado no Cone Sul do estado. O evento teve por objetivo expor as propostas de financiamento operacionalizado pela Acrecid - Associação de Crédito do Cidadão de Rondônia - sob a supervisão da secretaria, que visa aumentar as produções dos micros e pequenos empresários nos mais variados setores.
Durante o encontro, o presidente da associação dos criadores de avestruz do município, José Francisco, explicou que os produtores buscam parceria para legalizar e trabalhar a matéria prima extraída da ave que pode ser aproveitada na produção de diversos objetos, como o couro que é usado na fabricação de cinto, sapatos e bolsas, além do óleo que pode ser usado na essência de cosméticos, entre outros. Para tanto, é necessário que se construa uma indústria, cuja estrutura já foi erguida, faltando apenas recurso para a compra de equipamentos e capital de giro. “Precisamos legalizar e industrializar o couro e o óleo para podermos exportar”, afirmou José. De acordo com ele, os trabalhos dos criadores estão sendo acompanhados pelos técnicos do Centro de Biotecnologia do Amazonas (CBA), órgão ligado a Suframa, que orienta na produção. “Já temos mercado fora do Brasil para nossos produtos, por isso estamos nos organizando para atender a demanda”, frisou o presidente.
Segundo os representantes da Sedes, que a convite da associação foram conhecer a cadeia produtiva local, a linha de crédito disponível poderá ser usada para a compra de equipamentos e capital de giro dos produtores, desde que os mesmos atendam os requisitos exigidos pelo programa, que é usar o recurso para agregar valor à produção. “A nossa linha de crédito disponibiliza de 300 reais a 10 mil reais. Com esse valor o criador poderá se organizar e comprar equipamento, além de garantir capital de giro para seu negócio”, declarou Manoel Serra. Ao final do encontro, foi feito cadastro dos criadores que estão dispostos a realizar o financiamento através do Acrecid. Participaram da reunião cerca de 90 pessoas entre criadores e os que vieram conhecer os trabalhos realizados. (Agência Brasil)

Belo Horizonte / MG
Epamig estuda melhorias no cruzamento de holandês com zebuínos
A raça holandesa é a maior produtora de leite de mundo, chega a dar mais de 30 litros de leite por dia. No entanto, ela não se adapta muito bem às condições brasileiras, reduzindo a produtividade em território nacional, além de ser uma vaca cara. Já o gado zebuíno está presente nos trópicos e no Brasil há quase 400 anos, sendo muito bem adaptado ao território brasileiro. Por isso, o cruzamento do holandês com o zebuíno já é utilizado há anos e resulta em uma vaca de boa produtividade leiteira e que se adequa bem aos pastos do Brasil.
O pesquisador José Reinaldo Mendes Ruas, da Empresa Agropecuária de Minas Gerais, trabalha com quatro tipos diferentes de zebuínos neste melhoramento genético (raças gir, guzerá, nelore e um zebu sem raça definida) e vai falar sobre os dados de seus trabalhos no VI Encontro de Zootecnistas do Norte de Minas, que começou ontem na cidade de Montes Claros. Este cruzamento já é feito há mais de 30 anos. Realizamos o trabalho com quatro tipos de raças de Zebu diferentes com o objetivo de atingir grande produtividade de leite nas condições brasileiras. O objetivo é tentar agregar gene de produção de leite com gene de rusticidade. Isto levará a uma maior adaptação de animais produtores de leite à condição de Brasil, vai reduzir custos de produção e tornar o leite uma atividade mais rentável — diz o pesquisador José Reinaldo Mendes Ruas, da Empresa Agropecuária de Minas Gerais.
O pesquisador explica que a média de produção do cruzamento entre as duas raças não é tão alto quanto a do gado holandês puro, mas é bem superior à média das raças brasileiras, chegando a ter uma produtividade três vezes maior do que a média das vacas adaptadas ao Brasil. Ele diz que a produção brasileira de leite é muito baixa, em torno de 1.200 quilos de leite por lactação de vaca, o que representa uma produção em torno de quatro a cinco litros de leite por dia. Já a média da raça holandesa pura chega a produzir dez mil quilos de leite por lactação por vaca, o que dá uma média de 30 litros por dia. No cruzamento Holandês-Zebu a média é de três mil quilos por lactação, que dá 12 litros de leite por dia. Como são dois animais de subespécies diferentes, ou seja, animais que não são parentes, tem mais um fator importante neste cruzamento, que é a chamada heterose. Há um choque de sangue e todas as características de baixa transmissão são mais bem manifestadas, em função da heterose. E a produção de leite é uma destas características de baixa transmissão — explica Ruas. (EPAMIG Assessoria de Comunicação)

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SETOR AUTOMOTIVO

Tóquio / Japão
Toyota suspende produção do Lexus GX 460
A Toyota confirmou nesta sexta-feira que suspendeu durante duas semanas a produção do Lexus GX 460, horas após o anúncio da suspensão das vendas do modelo 4x4 de luxo no mundo todo, informaram fontes da companhia japonesa à agência Efe.A linha de produção do carro está totalmente localizada na planta de Tahara, na província de Aichi (centro do Japão), que produz também outros modelos utilitários esportivos (conhecidos também por "SUV", sigla para Sport Utility Vehicle), que não serão afetados pela suspensão. A montadora japonesa tomou a decisão após suspender as vendas do Lexus GX 460 no mundo todo pelo relatório da revista americana "Consumer Reports" que aconselhava seus leitores a não comprarem o veículo, que apresentaria grandes riscos de rodar em alta velocidade. A companhia garantiu na quinta-feira que está realizando testes semelhantes aos realizados pela revista para contrastar os dados e determinar se existe risco pela resposta do sistema eletrônico de estabilidade, mas lembrou que o carro já passou pelos requerimentos das autoridades dos EUA. Desde sua apresentação, em dezembro, foram vendidas no mundo todo seis mil unidades do carro, a maioria delas na América do Norte. Segundo um porta-voz da companhia, a decisão foi tomada para "ajustar o calendário de produção" do modelo após a suspensão das vendas. A paralisação será mantida, a princípio, até dia 28 de abril. (Agência EFE)

Resende / RJ
MAN caminhões anuncia investimento de R$ 250 milhões no Rio
A MAN Latin America (antiga Volkswagen Caminhões e Ônibus) anunciou investimentos de R$ 250 milhões em sua fábrica em Resende (sul do Estado do Rio) e a contratação de 800 novos empregos próprios e de fornecedores. Do total, R$ 150 milhões serão utilizados na produção e lançamento de caminhões pesados da marca MAN em 2011 --atualmente, a empresa só vende veículos Volkswagen, de quem comprou a unidade de produção no país em março do ano passado. Além disso, a companhia conseguiu atrair três fornecedores de autopeças e carrocerias -ArvinMeritor, Maxion e Randon-- para Resende. As três empresas investirão R$ 100 milhões para integras suas linhas de produção à da MAN, no sistema produtivo de parceria conhecido na indústria como consórcio modular. "Já em 2011, esse nosso parque de fornecedores estará atuando em conjunto, o que resultará numa redução de custos", disse Cortes Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. Segundo o executivo, a empresa só conseguiu realizar esses investimentos em razão da desoneração de IPI para caminhões, dos mecanismos especiais de financiamento BNDES (com juros reduzidos) e da retomada do mercado após a crise - que derrubou, no primeiro trimestre do ano passado, produção e vendas em torno de 50%. O executivo defendeu ainda prorrogação da desoneração de IPI, cujo fim está previsto para 30 de junho deste ano. Segundo o executivo, a medida foi uma das principais responsáveis pela recuperação do setor. Por causa da melhora do mercado, a MAN manteve sua projeção de investimentos de R$ 1 bilhão entre 2009 e 2013 e retomou seu terceiro turno de produção em março deste ano, com a recontratação de 700 empregados, afastados durante a crise. (Agência Folha Online, Pedro Soares - Enviado especial a Resende/RJ)

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VAREJO & SERVIÇO


Rio de Janeiro / RJ
Varejo brasileiro cresce 12,3% em fevereiro
Números divulgados pelo IBGE mostram que as vendas do varejo brasileiro avançaram 12,3% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. O setor não apenas acelerou seu ritmo de crescimento (9,2% em dezembro e 10,4% em janeiro), como registrou o melhor índice desde março de 2008. “O desempenho reflete a melhoria das condições macroeconômicas do país depois do desaquecimento provocado pela crise financeira global no primeiro trimestre de 2009”, comenta Luiz Goes, sócio-sênior e diretor da GS&MD - Gouvêa de Souza. Em fevereiro, todos os segmentos do varejo apresentaram crescimento acima dos 4,8%, sendo que a maioria dos setores teve alta de dois dígitos nas vendas. Esse cenário decorre em parte de uma base de comparação fraca, mas em maior medida de uma clara melhora no cenário macroeconômico nacional. “Setores como veículos, tecidos / vestuário, móveis / eletroeletrônicos e materiais de construção tiveram um desempenho muito fraco no início de 2009, por conta da crise financeira global. Isso favoreceu o crescimento de 16%, 11,8%, 22,2% e 15,1% desses segmentos, respectivamente, no mês de fevereiro”, comenta. Outros setores, entretanto, tiveram números bastante expressivos sobre uma base de comparação já forte. É o caso de livros, jornais, revistas e papelaria, com expansão de 10.7%; de super/hipermercados, alimentos, bebidas e fumo (+11,5%); farmácias e perfumarias (+15,5%); e materiais de escritório, informática e comunicação (+18,8%). “Isso decorre de uma série de fatores, como as condições de crédito, a queda da inadimplência dos consumidores e o aumento da massa salarial, que favorecem o aumento do consumo”, revela Goes.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar passa Carrefour e assume ranking de faturamento do setor
O Pão de Açúcar ultrapassou o Carrefour e assumiu a liderança no ranking de faturamento do setor supermercadista em 2009. De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Abras - Associação Brasileira de Supermercados -, a rede registrou faturamento de R$ 26,2 bilhões no período, contra R$ 25,6 bilhões da concorrente francesa. Em terceiro lugar, aparece o Wal-Mart, com R$ 19,7 bilhões em faturamento, seguida pela rede sergipana GBarbosa (R$ 2,5 bilhões) e pela gaúcha Zaffari (R$ 2,1 bilhões). As cinco empresas foram responsáveis, em 2009, por um faturamento total de R$ 76,2 bilhões. A Abras divulgou ainda que as 20 maiores empresas do setor registraram crescimento de 17,5% nos ganhos no ano passado, passando de faturamento de R$ 82,1 bilhões, em 2008, para R$ 96,5 bilhões, em 2009.
Veja as dez maiores empresas do setor:
1º Pão de Açúcar (R$ 26,2 bilhões)
2º Carrefour (R$ 25,6 bilhões)
3º Wal-Mart (R$ 19,7 bilhões)
4º GBarbosa (R$ 2,4 bilhões)
5º Zaffari (R$ 2,1 bilhões)
6º Prezunic (R$ 2,1 bilhões)
7º Bretas (R$ 2,1 bilhões)
8º DMA (R$ 1,7 bilhões)
9º Irmãos Mufatto (R$ 1,7 bilhões)
10º Angeloni (R$ 1,5 bilhões)

Da redação – São Paulo / SP
Carrefour investe em marcas próprias
O Carrefour vai investir em duas novas linhas de produtos de marca própria. A linha Baby, para bebês, terá produtos como lenços umedecidos, hastes flexíveis e talcos. No segmento de alimentação para animais domésticos, a rede desenvolveu rações de cães e gatos, com 17 itens divididos em premium e standard. Os preços são menores que os das marcas líderes das categorias. O Carrefour possui atualmente mais de 1.200 produtos de marca própria e a venda desses itens cresceu 20% em 2009.

Da redação – Brasília / DF
Any Any estreia no atacado
A marca de lingeries Any Any, com 32 lojas próprias em São Paulo e no Distrito Federal, resolveu entrar no mercado de atacado para atender a uma demanda do varejo de multimarcas. Para criar o sistema de pronta entrega, a empresa aumentou a capacidade da sua fábrica, em São Paulo, em 30% e o quadro de funcionários em 20%. A meta da Any Any é colocar seus produtos em 300 pontos de venda em todo o país nos próximos três anos. A empresa vende 40 mil peças por mês e, com a entrada no atacado, deve ampliar o volume mensal para 50 mil.

Da redação – São Paulo / SP
Hopi Hari tem crescimento de 5,8% em 2009
O Hopi Hari, maior parque temático da América Latina, registrou crescimento de 5,8% em relação a 2008, com receita bruta de R$ 82,56 milhões em 2009. O parque teve lucro de R$ 28,43 milhões e encerrou o ano com patrimônio líquido positivo de R$ 5,45 milhões. Os números positivos refletem a reestruturação financeira implantada na companhia no ano passado, que incluiu a redução de passivos da ordem de R$ 400 milhões; o alongamento do prazo das dívidas, compatibilizando-as com a geração operacional de caixa; e a capitalização de recursos feita pelos novos sócios. No ano passado, quando completou uma década de existência, o Hopi Hari ultrapassou a marca de 17 milhões de visitantes e realizou diversos eventos e espetáculos: Hopi Verão, Hopi Night, Hopi Mundi, Férias Mágicas, Hora do Horror, Alice no País mais Divertido do Mundo, Musikaus e Hopi Venturi.


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MERCADO DE TECNOLOGIA


São Paulo / SP
Empresas brasileiras investem 6,4% do faturamento líquido em TIC
As médias e grandes empresas nacionais gastaram em 2009, em média, 6,4% do seu faturamento líquido em tecnologia, ante 6% em 2008, crescimento de 5% na comparação anual. A informação é da 21ª Pesquisa Anual FGV-EAESP sobre o mercado de tecnologia da informação, divulgada ontem, dia 15/4. O avanço, segundo o professor titular da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Meirelles, é positivo e mostra que o País continua com um crescimento consistente de seu processo de informatização. E um dos fatores que vai puxar esse avanço é a renovação do parque tecnológico e o aumento da informatização das companhias de menor porte. O estudo apontou que, até 2014, O Brasil terá 140 milhões de computadores ativos, ante 77 milhões no final de 2010.
Um levantamento da consultoria Gartner sobre as prioridades dos CIOs brasileiros, divulgado nesta semana, aponta que cloud computing é a preocupação número 1 das empresas, seguida por business intelligence. De acordo com Meirelles, as soluções de BI, junto com ferramentas de CRM, de fato devem concentrar bastante dos investimentos em tecnologia. Mas cloud computing é um conceito que está disperso em tantos serviços diferentes que não é possível classificá-lo como item específico de gastos.
Outro mercado que deve concentrar atenções e receber boa parte dos investimentos é o dos sistemas integrados de gestão empresarial (ERP). No mercado de ERP, a brasileira Totvs tem a liderança, com presença em 38% das empresas em 2008, ante 39% em 2008. Em seguida vem a SAP com 25%, ante 23% em 2008 e a Oracle com 17%, caindo um ponto percentual em relação a 2008. De acordo com Meirelles, o crescimento da SAP pode ser justificado pela dinâmica do mercado, no qual fusões e aquisições exigiram o uso de softwares multinacionais. “Além disso, a SAP conseguiu atingir um degrau menor do que atingia em relação a tamanho de empresas, com o lançamento de outras versões passíveis de serem implementadas nesse novo grupo de corporações”, explica.


Nova Iorque / EUA
Mercado de PCs cresce 24,2% no primeiro trimestre de 2010
As vendas mundiais de computadores cresceram 24,2% no primeiro trimestre do ano segundo dados divulgados pela consultoria IDC nesta quinta-feira (14/4). Segundo o levantamento, foram vendidos 79,1 milhões de máquinas no período, contra 63,7 milhões do registrado no mesmo período do ano passado. Os desktops responderam por 40% desse volume, com crescimento de 7%, bem acima da estimativa da IDC, que era de aumento de 1% nas vendas dos computadores de mesa. Vale lembrar que as vendas desse tipo de equipamento têm apresentado queda desde o começo de 2008. A HP continua na liderança, com entregas de 15,6 milhões de máquinas, crescimento de 19,9%, seguida pela Acer, que teve forte crescimento (42,5%), com 10,8 milhões de equipamentos. (Agência IDG News Service)


Tel Aviv / Israel
Israel não autorizou iPads no país e impede a importação
Parece que os israelenses vão ser obrigados a esperar um pouco mais até que possam ter o próprio iPad. Isso porque o Ministério das Comunicações do país determinou que todas as unidades do iPad que chegarem ao país sejam retidas, pois a conexão Wi-Fi do dispositivo ainda não foi ‘aprovada’ por Israel. “O iPad é vendido hoje exclusivamente nos Estados Unidos, onde opera em níveis de potencia de transmissão de Wi-Fi compatíveis com os padrões norte-americanos. No entanto, como os padrões israelenses para Wi-Fi são semelhantes aos padrões europeus, o iPad ainda não foi aprovado para uso em território israelense”, disseram oficiais do ministério, de acordo com o site Mac Observer. Segundo o site Read Write Web , cerca de 10 iPad já foram confiscados, e se encontram em um aeroporto do país. Tanto os dispositivos declarados quanto os não declarados foram retidos, e os proprietários deverão pagar taxas relativas aos dias em que os dispositivos ficaram em estabelecimentos do governo. Ainda não se sabe quando e nem se os iPads serão liberados para seus compradores. Pelo que parece, será necessário esperar a aprovação do aparelho pelo governo de Israel. (Agência Reuters)


Nova Iorque / EUA
HP é acusada de suborno de US$ 10,8 milhões
Policiais russos realizaram uma batida dia 14/4 nos escritórios da HP em Moscou, Rússia, em busca de provas para uma investigação de suborno de milhões de dólares. O caso em questão envolve um contrato de 35 milhões de euros (US$ 47,8 milhões) para o fornecimento “e "computadores de primeira linha destinados ao fornecimento de comunicação segura aos promotores na Rússia”, segundo notícia divulgada pelo Wall Street Journal. Investigadores na Alemanha e na Rússia verificam as acusações que a HP pagou 8 milhões de euros (US$ 10,8 milhões) em suborno para vencer a concorrência, que aconteceu em agosto de 2003. Um porta-voz da HP confirmou que foram realizadas buscas no escritório da empresa. 
“Esta é uma investigação de uma suposta conduta que teria acontecido há quase sete anos, por empregados que não estão mais na HP. Estamos colaborando com as autoridades na Alemanha e na Rússia e continuaremos com nossas investigações internas”, afirmou a empresa por e-mail.
Já os promotores da Alemanha conduzem a investigação de uma complexa rede de pagamentos e companhias de fachada em várias regiões, como Reino Unido, Áustria e Estados Unidos, segundo o Wall Street Journal. A HP soube da investigação em dezembro do ano passado, quando investigadores da Alemanha e da Suíça realizaram buscas e apontaram o nome de dez suspeitos no caso. (Agência IDG News Service)


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MERCADO WEB

São Francisco / EUA
Twitter lançará o seu próprio encurtador de URL
Durante a parte final de sua apresentação na conferência Chirp, o CEO Evan Williams confirmou que o Twitter tem planos de desenvolver seu próprio encurtador de URL. “Queremos resolver esse problema”, disse Williams. “Todo mundo já resolveu isso. Nós provavelmente não iremos dar opções às pessoas. Se eles quiserem usar um encurtador diferente, poderão usar um aplicativo diferente”, explicou ele, de acordo com o site Tech Crunch. De fato, programas para acesso ao Twitter como o Digsby e o TweetDeck posuem seus próprios encurtadores embutidos. Há quem suspeite da insegurança das URLs curtas, já que não se sabe para onde elas irão levar. No entanto, o site ComputerWeek relembra que um estudo feito antes do Twitter implementar um sistema de segurança para os links usados no serviço, apenas 0,06% do total de URLs representavam um possível risco de segurança. Evan Williams não especificou em sua apresentação o que acontecerá com o bit.ly , atual encurtador padrão do Twitter, mas é possível que ele sobreviva bem mesmo sem o apoio do serviço de microblogging, já que sites como a Amazon e o New York Times fazer uso da plataforma do bit.ly com suas próprias URLs encurtadoras – amzn.to e nyti.ms respectivamente. (Agência EFE)


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA


Brasília / DF
Brasil e EUA assinam acordo para o setor de transportes
O Brasil e os Estados Unidos assinaram acordo para cooperação técnica na área de transportes. O texto prevê ação conjunta de pesquisa, intercâmbio de peritos e pesquisadores, cursos de treinamento e troca de informações. O intercâmbio deverá acontecer prioritariamente nas áreas de planejamento, operação e gerenciamento de rodovias, inovações tecnológicas relacionadas à construção, recuperação, manutenção do pavimento e obras de arte especiais (como pontes e viadutos). De acordo com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o acordo vinha sendo negociado desde setembro do ano passado. "Para nós é extremamente importante. O país hoje vive um quadro diferente de duas décadas atrás, quando não tínhamos condições de investir. É importante nos acercamos dos países amigos que tenham conhecimento e que possam trabalhar conosco", afirmou o ministro. O secretário de Transportes dos Estados Unidos, Ray LaHood, disse que seu país vem investindo pesado no setor de infraestrutura nos últimos 14 meses, como parte do programa de recuperação da economia aprovado pelo Congresso. "Viemos estabelecer uma relação de amizade para trabalhar junto em questões importantes de transportes e infraestrutura", afirmou. De acordo com LaHood, um dos investimentos prioritários dos Estados Unidos é ferrovia de alta velocidade. Para esse segmento o país pretende investir US$ 8 bilhões, com possibilidade de adicionar mais US$ 2,5 bilhões.


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
BMW vai ampliar rede de concessionárias no Brasil
A montadora alemã BMW dará prioridade no Brasil às vendas em escala - com o aumento do volume de negócios puxado por veículos “mais baratos“, na faixa de R$ 90 mil a R$ 110 mil - em detrimento das margens obtidas nos carros de até R$ 650 mil. De acordo com o diretor presidente da BMW do Brasil, Jörg Henning Dornbusch, outra estratégia da companhia é ampliar a rede de concessionárias, num processo de interiorização no País, com novas lojas em Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Manaus (AM) e Vitória (ES), em 2010. A faixa de preços entre R$ 90 mil e R$ 110 mil já responde por 65% das vendas de automóveis da BMW no Brasil, que no ano passado somaram pouco mais de 5.500 veículos, alta de 83% sobre 2008. Para 2010, a montadora espera um crescimento entre 25% e 30%. Entre os veículos de até R$ 110 mil que devem puxar as vendas e os ganhos na escala, Dornbusch cita os das Séries 1 e 3, bem como o Mini Cooper, marca controlada pela montadora alemã, cujas vendas de veículos no País saltaram 92% no ano passado.


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – Porto Alegre / RS
Projeto de TI do Banrisul é tema de palestra na Assespro
O vice-presidente, e responsável pela Diretoria de Gestão da Informação do Banrisul, Rubens Salvador Bordini fará ampla exposição da área de TI do Banco, na reunião de filiados e diretores da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Regional Rio Grande do Sul (Assespro/RS). O encontro será na próxima segunda-feira, 19, às 18h30min, no auditório da Assespro, no Tecnopuc, (Avenida Ipiranga, 6681, prédio 96D, sala 208). Na pauta da reunião será destaque, também, a apresentação dos melhores Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), 2009/02, da Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS). (Fonte: Assecom - Assessoria de Comunicação Gladis Ybarra)

Rio Verde / GO
Agroeste Sementes apresenta híbridos de milho com a tecnologia YieldGard® na Tecnoshow Comigo 2010
De 13/4 a 17/4, a Agroeste Sementes participa da Tecnoshow Comigo, na cidade de Rio Verde/GO, apresentando aos visitantes seu novo portfólio de híbridos de milho com a tecnologia YieldGard®, que confere à planta controle da broca do colmo (Diatraea saccharallis) e supressão da lagarta da espiga (Helicoverpa zea) e da lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda), as principais pragas da cultura. O híbrido com essa tecnologia produz uma proteína com ação específica contra os insetos-alvo, promovendo a proteção da planta durante todo o ciclo da cultura. Segundo levantamento realizado pela Agroeste, com mil agricultores, na safra de verão 2008/2009, as lavouras de híbridos geneticamente modificados foram até 8,8% mais produtivas que as convencionais. Já na safrinha, o aumento gerado foi de 7,5%. No período, os produtores de milho que optaram pelo milho com a tecnologia YieldGard® foram beneficiados em R$ 227 por hectare. Na safrinha, o ganho foi de R$ 114,48 por hectare. O milho híbrido com a tecnologia YieldGard® é resistente a pragas e torna-se uma alternativa sustentável, pois possibilita aumento de produtividade e rentabilidade da lavoura, ao mesmo tempo em que ajuda a diminuir o uso de agroquímicos e, consequentemente, de maquinário agrícola e óleo diesel (www.yieldgard.com.br).

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