Edição 304 | Ano II

Brasília / DF
Diretor de Avatar vai a Brasília protestar contra construção de Belo Monte
O diretor James Cameron (do filme "Avatar") defendeu ontem, dia 12/4, em Brasília que o governo brasileiro deve buscar alternativas para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu/PA. Ele participa de manifestação contra a obra. Cameron chegou por volta das 14h (hora de Brasília), acompanhado da atriz Sigourney Weaver. Ambos estão no Brasil para o lançamento do DVD e do Blu-ray do filme de 2009. Representantes do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e de organizações indígenas organizaram a manifestação, que acontece na frente do prédio da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Vestindo um boné do MAB e em cima de um carro de som, o diretor norte-americano afirmou que já ouviu várias lideranças sobre a obra e que quer cooperar para impedir que a hidrelétrica seja construída. "Também quero apoiar. Não posso resistir a isso", afirmou. Na noite de domingo, Cameron se reuniu com a candidata à Presidência Marina Silva (PV) e disse que gostou muito do discurso da senadora. Marina afirmou a ele que o processo para a construção da usina não incluiu a voz de alguns atores envolvidos na discussão. "Eu acredito em alternativas para esse tipo de empreendimento", afirmou o diretor. O protesto em Brasília começou por volta das 11h. Os manifestantes levam faixas com os dizeres: "Em defesa da Amazona, não a Belo Monte". Belo Monte será construída no rio Xingu/PA, e será a terceira maior hidrelétrica do mundo, com 11,2 mil MW de potência instalada. O projeto enfrentou por décadas resistência de populações indígenas e de ambientalistas, que condenam o empreendimento. (Agência Brasil)

Paris / França
Perspectivas econômicas melhoram no Brasil e em países ricos
As perspectivas econômicas melhoraram na maioria dos países desenvolvidos em fevereiro, assim como no Brasil, mas surgiram sinais de um arrefecimento da expansão na China, na França e na Itália, segundo indicador da OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgado ontem, dia 12/4. O índice para 29 países desenvolvidos, membros da organização, subiu a 103,6 em fevereiro, ante 102,9 em janeiro, e registrou aumento de 11,8 pontos sobre o mesmo mês do ano passado. A leitura para o G7 - formado por EUA, Japão, Canadá, Itália, França, Alemanha e Grã-Bretanha - aumentou para 103,7, comparada a 103,0 no mês anterior. "Os indicadores da OCDE apontam para uma expansão econômica, embora em ritmo diferente entre os países e as regiões", afirmou a organização em nota. Os números mais fortes foram apurados nos Estados Unidos e no Japão. Já o índice da China ficou estável, em 102,8, pelo segundo mês seguido, sugerindo que o ritmo de crescimento no país está começando a desacelerar. O mesmo movimento foi visto nos dados da França e da Alemanha. O indicador para o Brasil aumentou para 99,6 em fevereiro, contra 99,3 em janeiro. O da Índia subiu para 100,8, ante 100,4, e o da Rússia melhorou para 102,3, comparado a 101,8 antes. "Os índices de Brasil, Índia e Rússia tiveram aumentos moderados, colocando seus indicadores perto ou acima dos níveis [média] de longo prazo", afirmou a OCDE. (Agence France Presse / AFP)


Da redação – Brasília / DF
Ex-dono da Encol é preso em Goiânia por crimes financeiros
O ex-dono da construtora Encol, Pedro Paulo de Souza, foi preso no último final de semana em Goiânia, por crime contra o sistema financeiro nacional. Souza foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão, em regime semi-aberto, em 2000, mas apenas agora o processo foi concluído - e o empresário não pode mais recorrer. O Ministério Público Federal apurou que, na época, Souza prestou declaração falsa à Caixa Econômica Federal referente à venda de 137 apartamentos do edifício Address West Side, localizado em Goiânia. A sentença condenatória foi proferida pela 5ª Vara da Justiça Federal (JF) em Goiânia. Souza foi condenado ainda a 266 dias-multa (um dia-multa corresponde à renda média do autor do crime em um dia, considerando sua situação econômica e patrimonial). Na mesma sentença também foi condenada Maria Neusa Gonçalves da Costa à pena privativa de liberdade de dois anos e oito meses de reclusão e 13 dias-multa, que no entanto foi substituída por duas penas restritivas de direito.
A crise financeira da Encol teve seu auge em 1997, quando o caso tornou-se um escândalo e virou questão de polícia, com acusações de desvio de dinheiro, sonegação de impostos e remessa ilegal de divisas ao exterior por parte do acionista majoritário, Souza, e ex-diretores. Um relatório da auditoria Deloitte Touche Tohmatsu sobre as contas da Encol veio a público e apontou a evidência de sonegação de impostos, desvio de dinheiro, uso de caixa dois e prejuízo de R$ 380 milhões.
Investigações realizadas pela Polícia Federal indicavam que as irregularidades na empresa eram praticadas desde 1993. Em novembro de 1997, a Encol entrou com um pedido de concordata preventiva na Vara de Falências e Concordatas de Goiânia. A Encol entrou com pedido de concordata em 1998, quando deixou mais de 600 prédios inacabados. Na época, a dívida da construtora com o sistema financeiro era estimada em aproximadamente R$ 700 milhões. O BB era um dos maiores credores da construtora. Em março de 1999, a Justiça decretou a falência da empresa. Levantamentos da época indicavam que a empresa devia R$ 2,5 bilhões e que poderia obter no máximo R$ 500 milhões vendendo seu patrimônio.


Nova Iorque / EUA
Site de notícias ganha prêmio Pulitzer pela primeira vez
O ProPublica, uma organização de notícias sem fins lucrativos, conquistou um cobiçado prêmio Pulitzer nesta segunda-feira pela reportagem "The Deadly Choices at Memorial", sobre as polêmicas mortes em um centro médico de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina. Esta é a primeira vez que um artigo de uma organização de notícias na Internet que trabalha com um jornal conquista um Pulitzer, que homenageia os melhores trabalhos jornalísticos, livros, obras dramáticas e poemas. O artigo foi escrito por Sheri Fink em colaboração com a The New York Times Magazine. O site do San Francisco Chronicle (www.sfgate.com) venceu por melhor projeto editorial, a primeira vez que um veículo online venceu nesta categoria. O jornal Washington Post foi o veículo mais premiado, com quatro Pulitzer. (Agência EFE)


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INDICADORES ECONOMICOS

São Paulo / SP
Mercado eleva expectativa de inflação pela 12ª semana
Os economistas do mercado revisaram para cima a perspectiva do IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - para este ano pela 12ª semana seguida. Os profissionais acreditam que o índice chegue a 5,29% em 2010, segundo relatório Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Na última semana a previsão era de 5,18%. O relatório trouxe mudanças na projeção do IPCA para 2011. O índice subiu de 4,74% na última semana para 4,80%. Os números de inflação fogem da meta estipulada pelo Banco Central para os dois anos em 4,5%.
A expectativa de aumento na taxa básica de juros se manteve em relação ao último levantamento. Para o mercado, o Copom - Comitê de Política Monetária - elevará a taxa Selic (hoje em 8,75% ao ano) para 9,25% na próxima reunião no fim deste mês. Os economistas acreditam em uma taxa de 11,25% para o final do ano e de 11% para 2011. O argumento do mercado de aumento na inflação ganha peso com a divulgação do IPCA de março divulgado na última semana pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Apesar de diminuição em relação a janeiro, o índice forçou o acumulado do trimestre para o maior patamar em sete anos (2,07%).
O acumulado dos 12 meses até março ficou em 5,17% e acima do centro da meta para este ano (4,5%). A alta foi puxada pelos preços dos alimentos com participação de dois terços do índice. O IBGE enxergou sinais de inflação de demanda nas estatísticas. O Relatório Trimestral de Inflação divulgado há duas semanas mostrou que o próprio Banco Central elevou o patamar esperado para a inflação neste ano. O texto apontava IPCA em 5,2% para 2010 e 4,9% para 2011.
O aumento da expectativa de inflação dos técnicos do Banco Central sinaliza uma possível alteração nos juros básicos na próxima reunião do Copom. Já o mercado considera a mudança como certa. Os principais elementos apontados pelo Banco Central como fatores de pressão nos preços são a demanda interna aquecida, aumento da utilização da capacidade instalada da indústria e recuperação no preço das commodities.
Maior crescimento - Os economistas ouvidos pelo Banco Central mostraram otimismo em relação ao crescimento do PIB - Produto Interno Bruto. O relatório aponta a expectativa de 5,6% em 2010. No último levantamento, o mercado acreditava em 5,52%. A expectativa ainda fica abaixo dos 5,8% de crescimento para o PIB previsto pelo Banco Central para este ano. O índice para 2011 foi mantido no relatório Focus em 4,5%.
As previsões para a taxa de câmbio em 2010 foram mantidas em R$ 1,80. Para 2011, também não houve alteração em relação ao apontado na última divulgação (R$ 1,90). O relatório desta semana mostra queda de 7,14% para 7,11% no IGP DI - Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna - para 2010. A expectativa é que o índice termine 2011 em 4,70 %, mesmo número do último levantamento.
Já o IGP-M - Índice Geral de Preços Mercado - teve perspectiva de aumento pela décima terceira vez seguida. A previsão saiu de 6,8% para 7,69%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos administrados, como contas de luz e aluguéis. As previsões nas contas de comércio exterior não sofreram alterações em relação ao último boletim. Os economistas mantiveram a expectativa de superavit de US$ 10 bilhões balança comercial e o deficit de US$ 50 bilhões nas contas correntes em 2010.
A projeção de US$ 38 bilhões em investimentos estrangeiros diretos também foi mantida. A relação da dívida/PIB foi reduzida de 41,40% no último relatório para 41,35% no boletim desta semana.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia caem antes de balanços nos EUA
As principais bolsas asiáticas tiveram uma terça-feira de queda, à espera dos balanços corporativos nos Estados Unidos.
- O índice MSCI que acompanha as bolsas das região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 0,67%, aos 433 pontos.
- O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO caiu 0,81%, aos 11.161 pontos, distanciando-se da máxima em 18 meses, com o fortalecimento do iene e investidores embolsando lucros nas fabricantes de chips antes do resultado da Intel ao longo do dia.
- Em HONG KONG, o índice Hang Seng caiu 0,16%, para 22.103 pontos.
- Já em XANGAI a bolsa subiu 1,02%, a 3.161 pontos.
- TAIWAN perdeu 1,08%, a 8.029 pontos.
- Na COREIA DO SUL o mercado fechou praticamente estável, em 1.710 pontos.
- CINGAPURA recuou 0,19%, para 2.971 pontos.
- O mercado da AUSTRÁLIA perdeu 0,66%, para 4.951 pontos.
Análise - "Apesar da expectativa de bons resultados, essas previsões já estão precificadas; dessa forma, qualquer coisa que não seja uma surpresa positiva pode levar a um movimento de venda assim que os números saírem", afirmou Takashi Ushio, chefe de estratégia de investimento na Marusan Securities.Outras grandes empresas a apresentarem resultado esta semana são o JPMorgan, Google, Bank of America e General Electric. O presidente dos Estados Unidos Barack Obama se encontrou o presidente chinês Hu Jintao em Washington na segunda-feira e pediu por mais flexibilidade com o iuan. A agência de notícias Xinhua posteriormente citou Hu dizendo a Obama que Pequim "seguirá firme" em seu próprio caminho para reformar o iuan.



HOJE – Abertura das Bolsas Européia

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu com leve tendência de baixa nesta terça-feira, e seu índice geral, o FTSE-100, perdeu 2,67 pontos (0,05%), até 5.774,98. O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em baixa nesta terça-feira no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 84,73, US$ 0,04 a menos que no fechamento da última jornada.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa nesta terça-feira, e seu principal índice, o DAX 30, perdeu 0,25%, até 6.235 pontos. O euro abriu em baixa nesta terça-feira no mercado de divisas de Frankfurt, cotado a US$ 1,3589, contra US$ 1,3610 de segunda à noite. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na segunda o câmbio oficial do euro em US$ 1,3585.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em baixa nesta terça-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, perdeu 9,30 pontos (0,08%), até 11.451.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em baixa nesta terça-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, perdeu 0,39%, até 23.200,58 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu com leve tendência de baixa nesta terça-feira, e seu índice geral, o CAC 40, perdeu 0,07%, até 4.047 pontos, contra 4.050,50 do fechamento de segunda.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de 1,12%, abaixo dos 71 mil pontos
Os mercados tiveram reação bastante morna ao mecanismo de ajuda financeira acertado entre a UE e o FMI para a Grécia. Enquanto as Bolsas americanas e europeias valorizaram de maneira bastante modesta, enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) permaneceu em terreno negativo na maior parte do pregão desta segunda-feira.
- O Ibovespa retraiu 1,12% no fechamento, aos 70.614 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,86 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,759, a menor cotação desde 12 de janeiro.
- A taxa de risco-país marca 180 pontos, número 2,86% acima da pontuação anterior.
Análise 1 – No domingo, a comunidade europeia acertou detalhes de um plano que dispõe de um montante de 45 bilhões de euros (aproximadamente US$ 61 bilhões) para o país mediterrâneo, cifra que já inclui recursos de 15 bilhões de euro do Fundo. A Grécia sinalizou que, por enquanto, não deve pedir recursos desse "pacote" internacional. A reação dos analistas do setor financeiro foi pouco entusiasmada. "Estes recursos são suficientes? Difícil dizer isso agora. Quando se trata de confiança nem sempre dinheiro é suficiente. É preciso de muito mais do que isso para restabelecer esse delicado equilíbrio entre expectativas e fluxos", comentou a equipe de analistas da Gradual Investimentos, em relatório sobre a iniciativa europeia. Para os profissionais da corretora, no curto prazo os recursos disponíveis podem ajudar o país mediterrâneo, mas no médio prazo as dúvidas ainda persistem. "O aperto fiscal será doloroso e trará convulsão social no país. Administrar isso será penoso".
Análise 2 - Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima suas projeções para a inflação. Trata-se da 12ª semana consecutiva de alta das expectativas. Desta vez, a mediana das estimativas aponta um IPCA de 5,29% em 2010. A FGV registrou inflação de 0,27% em abril, pela leitura do IGP-M, ainda em sua primeira estimativa. Um mês antes, o mesmo índice teve alta de 0,95%. A agenda econômica externa foi pouco movimentada. Após o encerramento das operações, os investidores aguardam os resultados da gigante do alumínio Alcoa, que abre a temporada de balanços (primeiro trimestre de 2010) nos EUA. Os balanços da Intel, JP Morgan, Chase, Bank of America, Google e General Eletric estão previstos para os próximos dias.


Nova Iorque / EUA
Bolsa de NY ultrapassa 11 mil pontos pela 1ª vez em 19 meses
O índice Dow Jones fechou acima de 11 mil pontos pela primeira vez em quase 19 meses ontem, dia 12/4. Expectativas de sólidos balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre estimularam compras nos setores financeiro, industrial e de energia. Alguns investidores afirmaram que os preços já vinham refletindo elevadas expectativas para os resultados do primeiro trimestre. Tanto o Dow quanto o S&P 500 estão próximos das máximas em 19 meses.
- O Dow, referência da Bolsa de Nova York, teve oscilação positiva de 0,08%, para 11.005 pontos.
- O Nasdaq Composite subiu 0,16%, para 2.457 pontos.
- O Standard & Poor's 500 ganhou 0,18%, para 1.196 pontos.
Análise - "Os investidores esperam mesmo que a temporada de balanços vá ser muito, muito boa. Assim, eles estão tentando antecipar isso", afirmou Stephen Massocca, diretor geral da Wedbush Morgan, em San Francisco. Notícias de um plano de ajuda à Grécia abrandaram preocupações com riscos na dívida soberana do país, ajudando o viés positivo em Wall Street. As ações da produtora de alumínio Alcoa ganharam 1,3% no pregão regular, um dos maiores impulsos ao Dow Jones, num dia em que os preços da commodity tocaram o maior nível em 18 meses. Após o fechamento do mercado, a Alcoa deu início à temporada de divulgação de resultados. Os papéis do Google subiram 1,2%, enquanto os da General Electric avançaram 1,03%. Já as units do JPMorgan apreciaram-se 0,4%. Todas essas companhias devem divulgar seus balanços nesta semana. "As estimativas têm sido elevadas e os preços estão muito mais altos. Dessa forma, a verdadeira questão é quanto disso está realmente materializado nesse ponto", acrescentou Massocca. O Dow Jones encerrou acima dos 11 mil pontos pela primeira vez desde setembro de 2008, após atingir momentaneamente esse nível na sexta-feira. O S&P 500 acumula valorização de 7,2% neste ano, já tendo superado 1.200 pontos, patamar de resistência crítica.


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INDÚSTRIA

Rio de Janeiro / RJ
Com patrocínio à seleção, Marfrig quer fixar marca Seara
O grupo Marfrig quer usar a parceria firmada com a seleção brasileira para incrementar a marca Seara no Brasil e no exterior, adquirida no fim do ano passado. Detentor de 60 marcas espalhadas por mais de 100 países, a Marfrig pretende utilizar a Seara como carro-chefe, e ampliar o volume de produtos exportados a partir do Brasil. Atualmente, 32% da produção da Marfrig é exportada, e o restante é produzido nos diversos mercados locais em que a companhia atua. A intenção é fazer com que as exportações representem 50% das vendas totais, no médio prazo. A força de uma marca como a seleção ajuda na consolidação da nossa marca. A ideia é que gradativamente a Seara se torne a marca global da Marfrig", afirmou o diretor de relações com investidores da Marfrig, Ricardo Florence. A Seara foi anunciada nesta segunda-feira como a nova patrocinadora da seleção brasileira. A parceria está prevista até o final de 2014. Os valores do contrato não foram revelados, mas estima-se que gire em torno de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões anuais. A Marfrig é a segunda maior produtora de aves e bovinos e suínos, com processamento de 2,5 milhões de toneladas de alimentos/ano. O faturamento da companhia, em 2009, chegou a R$ 10 bilhões. A Seara foi comprada junto à Cargill no fim do ano passado por US$ 900 milhões. Florence desconversou a respeito de possíveis novas aquisições. Segundo ele, a estratégia da empresa prevê crescimento orgânico, e novas oportunidades teriam que ser avaliadas.


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AGRONEGÓCIOS

São Paulo / SP
Disponibilidade de milho sugere preços moderados para o frango
Com farta disponibilidade do grão em 2010, preços do frango tendem a se manter baixos. Uma vez que um frango é, em essência, proteína vegetal transformada em proteína animal – a partir, especialmente, do milho – seria natural que seus preços evoluíssem conforme os preços do milho. E evoluem assim. Isso não fica tão claro quando se analisa a relação de preços milho x frango em um curto espaço de tempo. Mas tomando-se como referência a evolução histórica de preços dos dois produtos é possível constatar que “aonde o milho vai, o frango vai atrás”.
O gráfico abaixo aponta nessa direção. Ele reflete a evolução de preços do frango, do ovo e do milho desde agosto de 1994, ou seja, a partir da introdução do real no País. E revela que, nessa evolução, os preços do milho e do frango estão intimamente relacionados entre si, fato que (por razões que não cabe aqui analisar) não se verifica na mesma intensidade com o ovo. Assim, por exemplo, partindo-se dos preços de agosto de 1994, observa-se que milho e frango apresentaram em agosto de 2008 (14 anos depois) o mesmíssimo índice de evolução de preços – cerca de 225% - contra apenas 138% do ovo e cerca de 300% do IGP-DI. E a partir de então os dois itens seguem apresentando idêntico comportamento, com variações mínimas entre um e outro.
Isso, em outras palavras, significa dizer que, em média, tem sido necessários cerca de 13 kg de frango vivo para adquirir uma saca de milho – relação que não tem se alterado significativamente no decorrer do tempo. Claro, há exceções, como em toda regra. E a última registrada ocorreu entre o final de 2007 e o início de 2008, quando, aliada a uma alta exportação do milho (11 milhões de toneladas em 2007), houve atraso na produção/colheita da safra de 2008. Então, o milho atingiu preços estratosféricos que o frango só acompanhou à distância (até 20 kg de frango para uma saca de milho). Mas essa, repetindo, foi uma exceção.
Aceita a tese da concomitância na evolução de preços, só se pode concluir que, com a farta disponibilidade de milho prevista para este ano, os preços do frango tendem a se manter em baixos patamares. A menos, claro, que em função da capacidade instalada a produção não venha a experimentar significativo acréscimo no decorrer do exercício. Mas, frente à inexistência de dados que indiquem as tendências de produção do setor, essa é uma possibilidade com que ainda não se pode contar. (Agência Brasil)


Brasília / DF
Produção de mel poderia triplicar com maior organização
Mato Grosso ainda não é um dos maiores destaques em volume na produção de mel no Brasil. A atividade cresce ano a ano, entretanto os apicultores reconhecem que o grande potencial estadual está por ser explorado e que ele causará uma positiva reviravolta no segmento. O potencial à espera de ‘ignição’ se resume em três estratégias: agregar valor à produção, já que o mel por si só não é o produto de melhor remuneração - é considerado a etapa mais fácil e de menor valor agregado da apicultura –, investir no rótulo de produto orgânico do Pantanal e ampliar a parceria com a rede pública estadual para incluir sachês de mel à merenda escolar.
Como explica o gerente da cadeia da Apicultura do MT Regional, José Catarino Mendes, o aumento da oferta de sachês de mel na merenda escolar para duas vezes na semana, por exemplo, elevaria a produção local atual, de 360 toneladas, para perto de mil toneladas. “Apenas esta ação provocaria um boom na nossa produção”.
Além da parceria, Catarino lembra que o mel, mesmo sendo o carro-chefe da apicultura, não acaba sendo o de melhor resultado financeiro ao produtor. Para agregar remuneração, segundo ele, seria necessário ofertar cera de abelha e outros subprodutos de maior cotação. O MT Regional não tem dados sobre produção além do mel centrifugado, que é ofertado no varejo em geral. “Se a criança se acostumar a ter o mel na escola, vai pedir ao pai para levar o produto para casa. Fomentar o consumo de mel, que é um excelente alimento, por meio das crianças é a melhor maneira de estimular este hábito”, completa o gerente do MT Regional.
Difundir a produção orgânica, livre de agrotóxicos, seria, segundo o segmento, a melhor das estratégias para levar a produção mato-grossense para um lugar de destaque tanto no mercado interno como externo. “Estamos inseridos em três ecossistemas da natureza, Pantanal, Cerrado e Amazônia. Temos de estampar isso na nossa produção e isso tem de ser o nosso maior diferencial, porque uma produção sob a chancela de um destes ecossistemas será a certeza de um produto puro e possibilitará a agregação de valor que precisamos. Temos de afirmar que esta produção pura tem cor, aroma e paladar diferenciados”. (Agência Brasil)


Nova Iorque / EUA
Tyson investe nos EUA
A americana Tyson Foods anunciou um investimento de US$ 5 milhões para modernizar e expandir a planta avícola de helbyville, Tennessee (EUA). Segundo Wally Taylor, gerente do complexo de Shelbyville, o projeto irá simplificar as operações e deve gerar 40 novos empregos. A obra está prevista para ser finalizada no início da segunda quinzena de maio. Os 5 milhôes de dólares serão gastos em algumas plantas de processamento de frango, nas linhas de embalagem e rotulagem. Além disso, a Tyson vai instalar novos equipamentos de processamento. Segundo Taylor, as melhorias vão tornar a operação local mais eficientee vai dar maior flexibilidade ao seu processo de produção. As informações são do site internacional World Poultry. (Agência EFE)


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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Automóveis devem ficar 7,8% mais caros neste ano
Os automóveis devem ficar em média 7,8% mais caros neste ano, como reflexo do reajuste dos preços do minério de ferro e do carvão mineral, segundo projeção de Octavio de Barros, diretor de estudos e pesquisas econômicas do Bradesco. Isso porque o encarecimento desses produtos provocará um impacto nos preços do aço, que responde pela maior parte do peso dos veículos. Nas contas do economista, os produtos siderúrgicos devem ficar entre 22% e 25% mais caros. No início do mês, as mineradoras anunciaram um aumento de até 90% no minério, o que suscitou críticas de diversos setores industriais. Segundo o vice-presidente de negócios da Usiminas, Sérgio de Andrade, também já foi anunciado um aumento nos preços do carvão mineral a partir de julho, o que terá peso adicional nos custos das siderúrgicas. 'Não dá para compensar um aumento de 90% no minério de ferro e outro de 70% no carvão', afirmou. Ele disse que as negociações da siderúrgica com as montadoras já começam nesta semana e devem ser concluídas até o fim do mês. A empresa só se pronunciará sobre o repasse dos custos depois de concluir as negociações com seus clientes. O último reajuste do aço ocorreu em agosto de 2008, em um percentual entre 10% e 12%. Mas em 2009, por conta da crise global, as empresas siderúrgicas começaram a trabalhar com descontos nos preços. "Em relação à época de pico, os preços praticados ainda são até 20% mais baixos", afirmou. Questionado, o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider, afirmou que o repasse dos custos para o preço final dos veículos depende da estratégia de cada montadora.


São Paulo / SP
Indústria de autopeças não acompanha ritmo das montadoras
A produção de autopeças no Brasil não acompanhará o ritmo das montadoras neste ano, e a balança comercial do setor deve fechar 2010 com um deficit de US$ 3,6 bilhões por conta do impulso nas importações, segundo informações do Sindipeças - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores. Para o próximo ano, o saldo negativo deve atingir US$ 4 bilhões. As montadoras devem produzir neste ano 3,39 milhões de veículos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo a Anfavea (associação das montadoras). "Mas em termos de produção de peças, não vejo boas perspectivas para a produção local", disse nesta segunda-feira o presidente do Sindipeças, Paulo Butori. De acordo com ele, a combinação entre câmbio apreciado e baixa alíquota de importação cria no setor uma situação de desinvestimento e favorece as importações. Butori afirma que já há casos de empresas que estão deixando de produzir localmente para começar a importar peças e componentes do exterior. "Estamos vendo isso com maior frequência agora", afirmou. Segundo ele, o Japão é a principal origem das importações de peças, seguido por Alemanha e Estados Unidos. Mas a Índia e a China têm mostrado mais força como exportadores.
Aço - De acordo com Butori, as usinas siderúrgicas já reajustaram os preços do aço em 12% no começo do mês, como reflexo dos reajustes de até 90% no minério de ferro. Mas o aumento na ponta, para as empresas de peças, é maior. Butori afirma que esse reajuste foi imposto sobre o preço cheio de tabela, já recomposta a redução de preços provocada durante a crise global. "Esse foi um aumento real. Será muito difícil repassar isso, o que torna a situação das autopeças muito complicada."


Detroit / EUA
GM espera vender dois milhões de carros impulsionada pela China
A GM - General Motors - anunciou ontem, dia 12/4, que espera vender dois milhões de veículos neste ano, impulsionada pela forte demanda da China. Caso atinja o número, terá antecipado em quatro anos a meta de vendas e poderá ultrapassar três milhões de vendas em 2015. A montadora está contando com um forte aumento dos mercados da China, Índia e outros emergentes para compensar a queda nas vendas nos Estados Unidos e retornar ao azul após quase falir em 2009. "Nós já estamos focados na China e vamos colocar o máximo de energia possível nela", afirmou Kevin Wale, presidente e diretor-gerente da GM China Group. As vendas da GM na China saltaram 68% em março na comparação com o mesmo mês de 2009, para um recorde de vendas mensais de 230.048 carros. No primeiro trimestre o aumento é de 71% em comparação com o mesmo período do ano passado. No mercado norte-americano, as vendas totalizaram 188.546, volume 20% inferior ao da China. Analistas preveem que as vendas no país totalizem 17 milhões de unidades neste ano. Atenta ao potencial do mercado, a GM planeja lançar ao menos 25 modelos novos ou atualizados até o final de 2011. (Agência EFE)


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VAREJO & SERVIÇO


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
As vendas do GrupoPão de Açúcar crescem 50,2% com Ponto Frio no 1º trimestre
As vendas líquidas do grupo Pão de Açúcar, incluindo as operações da rede de eletrodomésticos Ponto Frio, subiram 50,2% no 1º trimestre em relação ao mesmo período de 2009, segundo dados divulgados ontem, dia 12/4, pelo grupo. As vendas líquidas somaram R$ 6,97 bilhões, enquanto as brutas foram de R$ 7,78 bilhões, expansão de 47,1% em relação ao 1º trimestre de 2009. Excluindo-se as operações do Ponto Frio, a expansão das vendas líquidas foi de 23,2% e das vendas brutas de 19,9%. No conceito "mesmas lojas", que incluem apenas as lojas com no mínimo 12 meses de operação e, portanto, excluem as operações do Ponto Frio, as vendas brutas cresceram 15%. De acordo com comunicado da empresa, os resultados foram impactados positivamente pela antecipação da comemoração da Páscoa neste ano. Em 2009, o feriado aconteceu na 2ª semana de abril e, neste ano, na 1º semana de abril, fazendo com que os clientes iniciassem suas compras de Páscoa no final do mês de março. Entre as bandeiras do grupo, os destaques no período foram o Extra Hipermercados, Extra Supermercados, Extra Eletro e Assaí que apresentaram performance superiores à média da companhia. O comunicado destaca ainda que as vendas brutas do comércio eletrônico (composto pelo Extra.com.br, Pão de Açúcar Delivery, Pontofrio.com.br e Atacado) registraram crescimento de 65,3% no período. Também foi verificado um aumento no ticket médio e tráfego de clientes em todas as lojas do Grupo neste período.
Lojas - No trimestre, foram abertas 11 novas lojas, sendo: 1 loja Extra Hipermercado e 1 loja Assaí no conceito "power center" (formato que atende aos consumidores de atacado e varejo, com uma loja ao lado da outra) em Palmas (Tocantins); e nove lojas do Extra Fácil em São Paulo. Além disso 1 loja do CompreBem foi convertida para o formato Assaí em Pernambuco.


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COMÉRCIO EXTERIOR

São Paulo / SP
Exportação de carne suína no país cai em volume; sobe em receita
As exportações de carne suína do Brasil recuaram para 125.466 toneladas entre janeiro e março deste ano, contra 134.800 toneladas no primeiro trimestre de 2009, informou nesta segunda-feira a Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína). Em relação à receita, entretanto, o valor é 8% superior, atingindo US$ 293,77 milhões nos três primeiros meses deste ano. "Permanece certo otimismo com o desempenho de 2010; o volume exportado até agora está próximo ao do mesmo período de 2009. A receita, porém, é significativamente superior", disse Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, em comunicado.
O preço médio da carne exportada pelo país subiu mais de 15% ante o primeiro trimestre de 2009, para US$ 2.341 por tonelada. Em março, as exportações de carne suína totalizaram 50.110 toneladas, contra 51.007 toneladas exportadas no mesmo mês de 2009. A receita no mês passado atingiu US$ 119,50 milhões, um aumento de 15% em relação a março do ano passado.
Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Cingapura foram os principais mercados para a carne suína brasileira em março. Para a Rússia, foram embarcadas 21,67 mil toneladas, uma queda de 7,49% em relação ao mesmo período de 2009. Em valor, porém, houve um aumento de 16,76%, para US$ 57,40 milhões.
Febre aftosa - O presidente da Abipecs destacou ainda a decisão dos Estados Unidos de publicar proposta para reconhecimento do Estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação como parte do acordo fechado com o Brasil para tentar encerrar uma disputa comercial envolvendo o algodão. Segundo a Abipecs, os EUA deverão colocar em consulta pública, por 60 dias, o resultado da análise de risco sanitário e a proposta de abertura do seu mercado para importações. "A abertura do mercado norte-americano não deve representar aumento de exportações, pois a competitividade da suinocultura local é equivalente. Representa, porém, importante chancela técnica da sanidade do Estado de Santa Catarina, o que deverá trazer reflexos internacionais positivos", afirmou o executivo. (Agência Reuters)


São Paulo / SP
Brasil pode triplicar exportação de ovos
A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef) pretende passar a promover também as exportações de ovos. O tema foi discutido na semana passada, dia 8/4, pela entidade com empresas do ramo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. O presidente da Abef, Francisco Turra, disse à Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA) que a entidade decidiu apresentar um projeto de promoção comercial aos produtores de ovos porque, em primeiro lugar, o Brasil “tem um grande potencial” já demonstrado pela carne de frango, que chega a 154 países, e tem todas as condições de se tornar um dos grandes fornecedores mundiais de ovos.
Além disso, segundo ele, nos vários eventos de negócios que a associação participa ficou clara a grande demanda internacional por ovos. Os produtores brasileiros, no entanto, não têm o mesmo grau de organização existente no setor de frangos. Só para se ter uma idéia, no ano passado as exportações de ovos renderam cerca de US$ 40 milhões e as de frango US$ 5,8 bilhões, segundo dados da Abef. “Esse valor pode triplicar com rapidez”, afirmou Turra. Para tanto, ele destacou a necessidade de abertura de mercados e a capacitação técnica e sanitária dos produtores para que eles atendam às exigências internacionais. O executivo disse que conversou com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, que se comprometeu a designar um funcionário para atender o ramo de ovos.
Segundo Turra, hoje existem apenas oito empresas exportadoras de ovos no Brasil, mas existe potencial para mais do que dobrar esse número. “Há condições de ampliar o mercado interno e aumentar muitíssimo o externo”, destacou. A Abef pretende replicar na área de ovos as ações de marketing e de promoção comercial que utiliza no setor de frangos, como a participação em feiras internacionais com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Cabe agora aos produtores se engajarem na iniciativa. (Fonte: Assessoria de Imprensa da ANBA)


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MERCADO DE TECNOLOGIA


Helsinque / Finlandia
Investimento global de TI crescerá 5,3% em 2010
O investimento global em tecnologia da informação crescerá 5,3% este ano para US$ 3,39 trilhões, impulsionado pela demanda mais forte dos consumidores por PCs e um enfraquecimento do dólar, afirmou a empresa de pesquisa Gartner, ontem dia 12/4. "Acompanhando as fortes vendas no quarto trimestre, uma cadeia de fornecimento robusta de hardware no primeiro trimestre de 2010, combinada com a contínua melhora na economia global, coloca 2010 em posição de sólido crescimento no investimento em TI", disse Richard Gordon, vice-presidente de pesquisa do Gartner, em comunicado. O Gartner afirma que aproximadamente 4 pontos percentuais do crescimento serão resultado da queda projetada no valor do dólar, com o investimento em dólares ajustado para alta de 1,6%, depois de 1,4% de queda em 2009. O Gartner vê o investimento mundial em software crescendo 5,1%, para US$ 232 bilhões, com a maior parte das empresas de software crescendo. O investimento em serviços globais de TI deve crescer 5,7%, para US$ 821 bilhões. "A indústria vivenciou algum crescimento na receita de terceirização no fechamento de 2009, um sinal encorajador para os fornecedores de serviços", disse o Gartner, acrescentando que vê essa tendência se espalhando para consultoria e sistemas de integração em 2010. (Agência Reuters)

Nova Iorque / EUA
HP conclui compra da 3Com
A HP anunciou ontem, dia 12/4, a conclusão da compra da 3Com, por US$ 2,7 bilhões ou US$ 7,90 por ação em dinheiro. O negócio foi anunciado em novembro do ano passado e a HP anunciou a integração de soluções de switching, roteamento e segurança da 3Com em seus produtos, além de expandir ofertas de switching ethernet. Na época do anúncio, analistas ouvidos por Computerworld avaliaram que a aquisição fortalece a HP para disputar mercado com a Cisco. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Palm está em busca de comprador, afirma Bloomberg
A Palm está em busca de compradores e, para encontrá-los, contratou até empresas de consultoria, informou o Bloomberg ontem dia 12/4. Com base em depoimentos de três pessoas ligadas à transação, o site afirma que as empresas Goldman Sachs e Qatalyst Partners auxiliam a Palm a encontrar empresas interessadas em assumir seu controle. Segundo tais fontes, a venda ainda não foi fechada. Mas pelo menos duas empresas - a HTC, de Taiwan, e a Lenovo, da China - poderão apresentar propostas em breve. (Agência EFE)

São Paulo / SP
Apple avança no mercado de computadores no Brasil
A Apple nasceu como fabricante de computador, mas fez da telefonia seu principal negócio. Hoje, a venda do iPhone, seu celular que navega na internet, responde por 36% do faturamento mundial. No Brasil, suas vendas foram consideradas um fracasso pelas operadoras. Mas o aparelho, lançado quase simultaneamente com as lojas da Apple no país, acabou atraindo os brasileiros para algo que a americana vende como nunca: os computadores. A companhia não atua diretamente no varejo no país. As vendas são feitas por lojas de parceiros comerciais, que vendem produtos da Apple com exclusividade - com exceção da Saraiva. Segundo eles, faz parte da estratégia da Apple ficar entre os cinco maiores em participação na comercialização de computadores, em cinco anos.
Mesmo vendendo equipamentos acima de R$ 3 mil (valor superior à média dos rivais), seu objetivo é ganhar ao menos 1% de mercado já em 2010, ainda segundo seus parceiros. A Apple não comenta. "Em algumas lojas, as vendas superaram em 20% as metas", afirma Marcelo Sé, dono da rede MyStore. Ele tem quatro unidades e abrirá outras duas em São Paulo ainda neste ano. "Nos EUA, ela é a quarta maior do mercado de computadores", diz Germano Grings, vice-presidente da rede Herval, uma das principais varejistas no Sul do país e parceira da Apple nas lojas iPlace. "Aqui, ela também pode ser a quarta."
Na rede Saraiva, o avanço dos computadores Apple não é diferente. "A marca já responde por 20% do faturamento com artigos de informática da rede", afirma Marcílio Pousada, superintendente da Saraiva, que vende Apple em 35 das 93 lojas, mantendo quiosques exclusivos da marca em oito delas. Na Fast Shop, que possui cinco lojas A2You, as máquinas da Apple já desbancaram os desk - tops da concorrência. Para conseguir mais mercado, a Apple terá necessariamente que expandir o número de lojas. A companhia não revela nem o total das novas unidades nem os locais. A marca também conta com uma loja própria na internet. Desde outubro de 2009, os itens são vendidos com pagamento facilitado, exclusividade do Brasil.
Otimismo exagerado - Analistas estimam que a fatia da Apple no mercado brasileiro de computadores não chega a 2%, o que daria uma média de 50 mil máquinas vendidas por ano. Para atingir 3% de participação em 2010, teria de chegar a 180 mil unidades. A aposta desses especialistas na Apple é de longo prazo, porque no Brasil o preço ainda é decisivo na hora da compra. "Comparando com ela mesma, a Apple chama a atenção", diz Luciano Crippa, analista do IDC (International Data Corporation). "Mas estamos projetando um mercado que chegará a 12,8 milhões de computadores neste ano, o que dá uma participação pequena comparada aos concorrentes." Os parceiros da Apple discordam. Para eles, a primeira fase de "propaganda" ocorreu em torno do iPod, do iPhone e, agora, do iPad ("tablet" para leitura de livros digitais, por exemplo). Esses produtos, dizem, abriram portas para que os brasileiros conhecessem os computadores. "O objetivo é quebrar a imagem de que Apple é produto de elite", diz Sé, da MyStore. Num primeiro momento, a meta é aumentar a participação da Apple entre os consumidores das classes A e B ao trocar suas máquinas que rodam com o sistema Windows pelas da Apple. "Com o parcelamento, já estamos vendendo até para a classe C", diz Sé. Os parceiros da Apple estimam que com 3% de mercado já seria possível nivelar os preços com os da concorrência. "É uma questão de escala", diz Grings, da iPlace.


São Francisco / EUA
Google Chrome cresce em popularidade e rouba o lugar do Safari
A popularidade da Google não para de crescer: após ganhar uma generosa parte do mercado de e-mails com o serviço Gmail, o Chrome, browser desenvolvido pela empresa, também apresenta números que não deixam a desejar, e continua passando à frente dos concorrentes – apesar de ainda longe dos líderes. De acordo com pesquisa realizada pela empresa de análises de internet Net Applications , entre fevereiro e março a fração do mercado abrangida pelo Google Chrome aumentou consideravelmente, passando para 6,1% e mantendo-se à frente dos seus rivais mais próximos, Safari e Opera. O Mozilla Firefox continua na segunda posição, com 24,5%, enquanto a liderança continua com o Microsoft Internet Explorer, apesar de declínios significantes nos últimos meses.
Segundo o site Mashable , o principal motivo para este aumento foi o lançamento, em fevereiro, da versão do navegador para Mac e Linux, cobrindo as falhas na versão beta lançada em dezembro do ano passado. O site realizou uma pesquisa via Twitter e descobriu que muitos usuários ouviram que o Chrome era mais rápido e migraram a partir do Firefox, Safari e IE. Mesmo assim, muitos preferem o Firefox devido à sua grande estabilidade e extensões, coisa que o Google Chrome ainda deixa a desejar. Reclamações sobre a instabilidade do Chrome em alguns sites e a necessidade de muitos utilizarem o Internet Explorer no local de trabalho podem fazer com que este aumento de popularidade diminua o ritmo futuramente. (Agência Reuters)


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA


Brasília / DF
Licitação para obras do trem de alta velocidade deve ter início em maio
O governo federal espera que o TCU (Tribunal de Contas da União) conclua até o final do mês a análise das especificações técnicas necessárias para que seja iniciada a licitação destinada à construção do trem de alta velocidade (TAV), que vai ligar os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O processo está em tramitação no TCU desde dezembro do ano passado. A expectativa do governo é que a licitação seja aberta no início de maio. Segundo uma alta autoridade da Casa Civil, que falou nesta segunda-feira a veículos de comunicação, depois da entrega do relatório do TCU, está sendo estudada a possibilidade de se estender o prazo para os interessados em participar da licitação apresentarem as propostas. Inicialmente, esse limite é 60 dias. Devido à complexidade da obra, os consórcios querem um prazo maior para elaboração das propostas. Orçado em R$ 34,6 bilhões, o trem de alta velocidade terá 511 km de trilhos e vai interligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, fazendo a conexão entre os aeroportos do Galeão/RJ, de Guarulhos e Viracopos/SP.


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RESPONSABILIDADE Social e Ambiental

Seul / Coréia do Sul
LG investirá US$18 bilhões em negócios ambientais até 2020
A LG investirá 20 trilhões de wons (US$ 17,9 bilhões) até 2020 para desenvolver negócios sustentáveis e reduzir as emissões em 40 por cento ante os níveis atingidos em 2009, informou o grupo sul coreano ontem a tarde, dia 12/4. O quinto maior grupo em ativos na Coreia do Sul, liderado por LG Electronics, LG Display e LG Chem, dividirá os investimentos em pesquisa ambiental e desenvolvimento de ferramentas para eliminar 50 milhões de toneladas anuais em emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, segundo comunicado. Os investimentos buscam expandir a fabricação de produtos eficientes em energia e negócios em energia renovável, como células de combustível e baterias recarregáveis para veículos elétricos, elevando as vendas provenientes desses setores a 10 por cento da receita total do grupo em 2020. A Samsung Electronics, por sua vez, informou que investirá 5,4 trilhões de wons em pesquisa ambiental e desenvolvimento de ferramentas para tranformar a maior fabricante de chips de memória do mundo em uma das principais empresas sustentáveis até 2013. (Agência Reuters)


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