Edição 295 | Ano II

Da redação - Brasília / DF
PAC 1 teve R$ 117 bilhões em financiamentos do BNDES
A carteira de financiamentos do BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social - para a primeira fase do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento - soma atualmente R$ 117,5 bilhões - o que resultou em investimentos totais, com as contrapartidas aos desembolsos por parte das empresas financiadas, de R$ 208 bilhões. Os financiamentos se destinam aos setores de energia (elétrica, petróleo e gás e combustíveis renováveis), logística (rodovias, ferrovias e marinha mercante), social e urbana (saneamento, urbanização e metrôs) e administração pública (sistema de escrituração digital).
Segundo o BNDES, existem na carteira de financiamento 318 projetos, dos quais 84% já aprovados ou contratados e os demais estão em fase de análise ou de consulta. Com os financiamentos, o banco "consolidou posição como importante agente financeiro de projetos de investimento no âmbito do Programa de Aceleração de Crescimento". Foram desembolsados, do total financiado, R$ 67,9 bilhões até fevereiro, sendo R$ 57,5 bilhões para energia, R$ 6,4 bilhões para logística e R$ 3,9 bilhões para a área social e urbana.
A maior parte das operações do BNDES no PAC refere-se a projetos no setor de energia, com financiamentos de R$ 87,2 bilhões, equivalentes a investimentos de R$ 159 bilhões. "Desse total, R$ 37,3 bilhões são financiamentos em geração [R$ 61 bilhões em investimentos totais] e R$ 10 bilhões em transmissão [R$ 18,5 bilhões em investimentos totais]. Já o segmento de petróleo e gás conta com financiamentos do BNDES de R$ 39,6 bilhões, com investimentos totais no valor de R$ 78,3 bilhões", informou o BNDES.
Outros R$ 22 bilhões foram financiamentos destinados à área de logística, que propiciaram investimentos de R$ 34 bilhões em rodovias, ferrovias e marinha mercante. Também foi dado apoio a projetos de saneamento, com financiamentos de 5,5 bilhões e investimentos de R$ 10 bilhões. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, adiantou que o banco deverá ter "presença expressiva" no PAC 2, anunciado nesta segunda-feira, pelo governo. O apoio se dará, principalmente, a investimentos do setor privado nos segmentos de mobilidade urbana, saneamento, drenagem, energia, transportes e à área social.
O PAC 2 - O governo federal lançou nesta segunda-feira o PAC 2 - Programa de Aceleração do Crescimento -, com investimentos divididos entre 2011 e 2014 e pós-2014, somando R$ 1,59 trilhão em obras - embora o governo tenha concluído pouco mais de 40% das obras previstas no PAC 1. Os projetos de infraestrutura do PAC 2 serão divididos em seis eixos, segundo o governo, que usa o programa como carro-chefe e usará como plataforma na campanha da ministra Dilma Rousseff à presidência. A previsão é que R$ 958,9 bilhões sejam usados até 2014. O slogan será "O Brasil vai continuar crescendo" e as áreas de investimento serão: Energia, Água e Luz Para Todos, Comunidade Cidadã (aumento da cobertura de serviços nas cidades), Minha Casa, Minha Vida, Transportes e Cidade Melhor (voltadas para as cidades). A maior parte dos investimentos será destinado para os projetos de energia com um montante total de R$ 1,092 trilhão. Habitação receberá a segunda maior cifra, com R$ 278,2 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. (Agência Brasil)


Londres / Inglaterra
Empresários do Brasil são os mais otimistas sobre economia global
Os empresários brasileiros são os mais otimistas quanto ao comportamento da economia global no próximo ano, indica uma pesquisa feita em 17 das principais economias do mundo pela consultoria internacional KPMG. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira, mostra um aumento generalizado do otimismo em relação à recuperação econômica global, principalmente nos Estados Unidos e nos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Esta é a segunda vez seguida que a pesquisa, realizada de quatro em quatro meses, apresenta um crescimento do otimismo em vários itens como atividade econômica, receitas e lucros. Segundo a KPMG, os empresários brasileiros são os mais otimistas nos dois setores avaliados pelo levantamento: indústrias e serviços.
Perspectivas - A pesquisa ouviu cerca de 11 mil empresários de Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha, Irlanda, Áustria, Holanda, Grécia, República Tcheca, Polônia, Brasil, Rússia, Índia e China sobre suas perspectivas para os 12 meses seguintes. Para cada item pesquisado, é atribuída uma nota entre -100 e +100, obtida com a subtração da porcentagem de empresários que esperam uma deterioração nas condições para o próximo período da porcentagem daqueles que esperam uma melhoria. No geral, a pesquisa mostrou um aumento no otimismo entre os 17 países pesquisados sobre a atividade econômica no setor industrial, com uma variação do índice de +42,9 para +50,9 entre o levantamento anterior, de outubro de 2009, e a pesquisa divulgada nesta segunda-feira. No setor de serviços, com apenas 12 países pesquisados (Áustria, Holanda, Grécia, República Tcheca e Polônia ficaram de fora), o índice de otimismo registrou uma leve variação negativa no mesmo período - de +46,5 para +44,0.
Índices maiores - O índice de otimismo no Brasil ficou em 84,2 para o setor industrial e 78,3 para o setor de serviços. Quando considerados em conjunto os países do grupo BRIC, os índices de otimismo foram de 63,4 e 58,3 nos dois setores, respectivamente. Os Estados Unidos, que tiveram índices de 65,7 e 60,3, apresentaram a segunda maior taxa de otimismo entre o empresariado, superior até mesmo à média dos países BRIC. Na China, cuja economia continuou registrando altos índices de crescimento mesmo durante a crise econômica global, os índices de otimismo foram de 63,5 e 59,9. A Grécia, país que enfrenta graves problemas econômicos e a ameaça de um calote de sua dívida, foi o único entre os 17 países pesquisados em que o pessimismo superou o otimismo, com um índice de -25,2 no setor industrial (o país não entrou na pesquisa para o setor de serviços). Após a Grécia, a República Tcheca (8,9 no setor industrial) e o Japão (25,9 no setor industrial e 3,9 no setor de serviços) foram os países com o empresariado menos otimista em relação ao comportamento da economia no próximo ano.
Recuperação - Para Alan Buckle, diretor global de consultoria na KPMG, os resultados da pesquisa são mais uma indicação de que a crise global parece ter sido superada, mas mostram os países em três diferentes níveis em relação à recuperação. "No primeiro nível estão os países BRIC, cheios de confiança e preocupados apenas com inflação ou questões externas sobre as quais eles não têm controle", diz. No segundo nível, segundo ele, estão os Estados Unidos e as economias europeias mais fortes, que mostram um otimismo cauteloso, com dúvidas ainda sobre a sustentabilidade da recuperação depois que os pacotes de estímulo forem retirados. "No terceiro nível estão países como a Grécia, nos quais a confiança empresarial inexiste por razões óbvias. Países nesse nível têm resultados nas pesquisas bem atrás dos demais, servindo como uma lição salutar para os outros de que nada pode ser considerado como garantido neste estágio mais delicado da recuperação", complementa Buckle.
Brasil - Os dados da pesquisa para o Brasil indicam ainda um otimismo em relação a lucros (80,1 no setor industrial e 75,6 no setor de serviços), novos pedidos (85,3 na indústria e 78,4 em serviços) e nível de empregos (76,8 e 69,1). O levantamento detalhado indica ainda uma preocupação um pouco maior do empresariado brasileiro com inflação, com índices abaixo da média para itens como preços de insumos, preços de venda e custos com serviços. Para Oscar Caipo, chefe de consultoria da KPMG para a América Latina, "o Brasil parece estar cumprindo verdadeiramente a promessa de crescimento dos BRIC", com os maiores níveis de otimismo entre todos os países pesquisados. "Esse otimismo pode ser atribuído à forte demanda, tanto interna quanto externa, pelos produtos e serviços brasileiros", afirma Caipo. (Agência BBC)


Pequim / China
Empresas estrangeiras consideram cada vez mais difícil atuar na China
Em um contexto marcado pela condenação à prisão do executivo da Rio Tinto e pelos problemas enfrentados pelo Google, as empresas estrangeiras acreditam que está cada vez mais difícil atuar na China devido às reviravoltas administrativas, à falta de transparência nas leis e ao tratamento desigual recebido frente aos concorrentes locais. Trinta anos depois de a China abrir-se aos investidores estrangeiros, as companhias internacionais queixam-se das leis custosas, de regras que dão vantagens a seus concorrentes locais e de um nacionalismo crescente, a ponto de alguns se questionarem sobre o futuro da terceira maior economia do planeta. "Pela primeira vez, a comunidade empresarial estrangeira vê que as oportunidades no futuro se fazem mais escassas, mesmo que se tenha boa saúde nesse mercado", destacou James McGregor, da APCO Worldwide, especialista em comunicação estratégica.
A degradação do mundo dos negócios no país ocorre há vários anos, mas se agravou por conta do destaque que a China adquiriu depois da crise financeira internacional, declara John Lee, associado ao Centro de Estudos Independentes da Austrália. O gigante asiático saiu da crise em plena majestade, com crescimento de 8,7% em 2009, em um momento em que Europa e Estados Unidos atolavam-se. Os obstáculos que as empresas estrangeiras encontram nos mercados chineses - o Google é um bom exemplo - mostram que a China "já não tem o sentimento de necessitar do Ocidente como antes", segundo Lee.
Apesar de todos os grandes atores do mundo estarem presentes na China, em todas as áreas, a confiança está ausente, como mostra um estudo da Câmara Americana de Comércio na China, segundo o qual 38% de seus membros sente que agora são menos bem-vindos no mercado chinês. Esse percentual era de apenas 23% em 2008. Por outro lado, as empresas americanas de alta tecnologia na China temem o fechamento do mercado por conta de uma regra aprovada no final de 2009 que favorece "a inovação local" nas licitações públicas em setores de alta tecnologia, segundo a Câmara. Na Europa, os temores são semelhantes e existe preocupação pela falta de transparência nas leis e regulamentos, assim como pela pouca proteção aos direitos de propriedade intelectual.
James McGregor afirma que alguns grupos têm o sentimento de terem sido usados, constatando a ausência de "boa vontade recíproca" apesar de grandes investimentos no país, aportando experiência e tecnologia. No entanto, muitos estrangeiros continuam ganhando dinheiro, mas às custas de esforços consideráveis para passar por travas burocráticas e para decifrar cada regra nova, segundo David Wolf, diretor de uma consultoria. Nesta semana, o processo e a condenação de quatro dirigentes da gigante da mineração Rio Tinto e o fechamento da sede chinesa do Google preocuparam o mundo dos negócios.
O ministro australiano de Recursos, Marin Ferguson, declarou que isso não impediria seus compatriotas de seguirem investindo no país. "As duas economias são complementares", disse durante visita a Pequim. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, havia afirmado anteriormente aos grandes empresários mundiais que ele considerava "importante reforçar a confiança" dos estrangeiros na China. (Agence France Presse / AFP)


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INDICADORES ECONOMICOS


Brasília / DF
Mercado eleva pela décima vez estimativa de inflação para o ano
Pela décima semana consecutiva, economistas consultados pelo Banco Central aumentaram a projeção para a inflação oficial e esperam agora que o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo - encerre o ano em 5,16%, ante estimativa anterior de 5,10%. A meta estabelecida pelo governo para 2010 é de 4,5%. Para 2011, a previsão é que o IPCA fique em 4,7%, também acima da meta. Segundo a pesquisa Focus, feita na semana passada e divulgada nesta segunda-feira, o mercado estima que o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - brasileiro em 2010 seja de 5,51%, contra expectativa anterior de 5,50%. Para 2011, a projeção manteve-se em 4,5%. De acordo com a pesquisa, o Copom - Comitê de Política Monetária - deve subir a taxa básica de juros para 9,25% em abril. Para o fim do ano, os economistas consultados mantiveram projeção de que a Selic chegará a 11,25%, e, para 2011, a projeção é de 11%. A projeção feita pelos economistas para o dólar manteve-se em R$ 1,80. Em 2011, a estimativa é que encerre o ano em R$ 1,85.
Outros índices - A previsão para o IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna - passou de 6,74% para 6,82%, na décima semana de alta. Para 2011, o mercado estima que o índice seja de 4,55%. O IGP-M - Índice Geral de Preços – Mercado - subiu de 6,50% para 6,54%, também na décima elevação consecutiva. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, como contas de luz e aluguéis. Para 2011, a projeção manteve-se a uma taxa de 4,52%. Já para o IPC - Índice de Preços ao Consumidor - da Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -, a projeção caiu de 5,49% para 5,41%. Para o ano que vem, a estimativa é de 4,5%. A previsão para o superavit da balança comercial foi mantida em US$ 10 bilhões e para o deficit nas transações correntes foi de US$ 50 bilhões. A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 38,30 bilhões, e a projeção para a relação dívida/PIB caiu para se em 41,4%, ante projeção anterior de 41,5%.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Tóquio / Japão
Commodities impulsionam alta de Bolsas da Ásia
As principais Bolsas de Valores da Ásia fecharam em alta nesta terça-feira, dia 30/3, com o dólar fraco dando força para as commodities no overnight, o que impulsionou ações do setor na região.
- O índice MSCI, que acompanha as Bolsas da Ásia-Pacífico exceto Japão, tinha alta de 0,57%, aos 425,89 pontos, às 8h13 (horário de Brasília).
- O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,01%, aos 11.097 pontos, máxima em 18 meses, impulsionado por empresas de matérias-primas. O indicador está em tendência de alta no novo ano fiscal que começa esta semana, apesar das preocupações de que excesso de valorização.
- A Bolsa de Sydney fechou em alta de 0,4%, aos 4.916 pontos.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou com ganhos de 0,65%, para 21.374 pontos.
- Em Xangai, a alta foi de 0,15%, a 3.128 pontos. Taiwan fechou com valorização de 0,19%, em 7.962 pontos.
- A Bolsa de Seul ganhou 0,48%, a 1.700 pontos. Cingapura teve alta de 0,15%, aos 2.933 pontos.
Análise - "No próximo trimestre deveremos ver o Nikkei entre 10 mil e 11.500 pontos", disse Yutaka Miura, analista chefe técnico na Mizuho Securities. "Ele subiu bem recentemente na expectativa da recuperação econômica global e bons resultados japoneses, mas caso eles não fiquem dentro das expectativas pode haver uma realização no curto prazo." A BHP Billiton e a Vale, terceira e primeira maiores produtoras mundiais de minério de ferro respectivamente, convenceram as usinas siderúrgicas do Japão a comprar a commodity com base em sistema de preço trimestral a partir de 1º de abril. A notícia foi boa para o setor minerador, incluindo a Rio Tinto, que espera substituir o sistema anual de preços por um com intervalos menores. Analistas foram animados ainda por notícias de que as siderúrgicas sul-coreanas e japonesas concordaram com aumento de 90% no minério de ferro.


HOJE – Abertura das Bolsas Européia

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu em alta nesta terça-feira, dia 30/3, e seu índice geral, o FTSE-100, subiu 24,31 pontos (0,43%), até 5.734,97. O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta terça-feira, cotado a US$ 81,55, US$ 0,38 a mais que no fechamento da jornada anterior.
- Frankfurt / Alemanha - A Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta o pregão de hoje, e seu principal índice, o DAX 30, subiu 0,54%, até 6.189 pontos. Londres, 30 mar O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres nesta terça-feira, cotado a US$ 81,55, US$ 0,38 a mais que no fechamento da jornada anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3471.
- Roma / Itália - A Bolsa de Valores de Milão abriu em alta nesta terça-feira, e seu índice seletivo, o FTSE-MIB, subiu 0,48%, até 23.216,85 pontos.
- Madri / Espanha - A Bolsa de Valores de Madri abriu em alta nesta terça-feira, e seu principal indicador, o Ibex-35, subiu 0,38%, se mantendo acima dos 11.100 pontos.
- Paris / França - A Bolsa de Valores de Paris abriu em alta nesta terça-feira, e seu índice geral, o CAC-40, subiu 0,52%, até 4.021,55 pontos, contra 4.000,66 do fechamento de segunda.


ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 1,83% e encosta nos 70 mil pontos
A Bovespa teve o seu dia de valorização mais forte em seis semanas, na rodada de negócios de ontem, dia 29/3. O índice Ibovespa se aproximou dos 70 mil pontos, nível de preço perdido desde a primeira quinzena de janeiro. As Bolsas americanas e europeias também tiveram um dia de recuperação. O mercado gostou dos indicadores divulgados nos EUA, e os preços das commodities (matérias-primas) subiram.
- O Ibovespa subiu 1,83% no fechamento, aos 69.939 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 5,47 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,799, em um decréscimo de 1,69%.
- A taxa de risco-país marca 180 pontos, número 0,55% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - Entre os papéis mais negociados da Bolsa, a ação preferencial da Petrobras valorizou 1,15%; a ação de mesmo tipo da Vale teve ganho de 1,87%. Um dos destaques do dia foi a BDR (Brazilian Depositary Receipt, ação de empresas estrangeira negociado no Brasil) da Laep, controladora da marca Parmalat, que disparou 27,90% no pregão de hoje, movimentando R$ 111,67 milhões. Nesta semana mais curta, devido ao feriado (Sexta-feira da Paixão), profissionais estão com perspectivas um pouco mais positivas. "Mantemos a opinião de que o mercado vai continuar oscilando de acordo com eventos econômicos pontuais, enquanto o cenário geral não se firmar para o lado bom ou para o lado ruim. Em princípio, na ausência de novidades negativas em relação à questão do endividamento dos países desenvolvidos, vemos um viés sensivelmente positivo para as Bolsas no curto prazo", comenta a equipe de análise da corretora Spinelli, em relatório sobre mercado financeiro. Os especialistas afirmam que o principal "driver" da semana será o boletim do Departamento de Trabalho dos EUA sobre a abertura e o fechamento de vagas (apelidado de "payroll"), previsto para sexta-feira.
Análise 2 - Entre outras notícias importantes do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que os economistas do setor financeiro revisaram novamente para cima suas projeções para a inflação, pela décima semana consecutiva. O IPCA projetado passou de 5,10% para 5,16%. A meta oficial para o ano é de 4,5%. Por conta da evolução dessas expectativas, analistas de bancos e corretoras apostam em um ajuste da taxa Selic (8,75% ao ano), em abril, para 9,25% ou mesmo 9,50%.


Nova Iorque / EUA
Dow Jones registra a maior alta em 18 meses nos EUA
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova Iorque, começou a semana no nível mais alto em 18 meses. O pregão desta segunda-feira foi sustentado pelos valores vinculados às matérias-primas, metais, minas ou inclusive petroleiras.
- O Dow Jones Industrial Average subiu 0,42% a 10.895,86 unidades.
- O índice ampliado Standard & Poor's 500 subiu, por sua vez, 0,57% (6,63 pontos) a 1.173,22.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite ganhou 0,39%, a 2.404,36.
Análise 1 - "O mercado é muito resistente. Eu não diria forte, os compradores não se atropelam para comprar, mas não há ninguém que venda", indicou Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management. Os números do dia confirmaram a recuperação das compras dos americanos, com o quinto mês de alta no consumo dos lares em fevereiro, de 0,3%, como previam os analistas. "Os consumidores se sentem um pouco mais à vontade", disse Anthony Conroy, da BNY Convergex Group, uma boa notícia para a economia americana, da qual são seu motor principal.
Análise 2 - Os principais dados econômicos da semana serão os valores mensais do emprego nos EUA na sexta-feira, mas nesse dia a Bolsa de Nova Iorque estará fechada. Entretando, o principal índice "sofre uma resistência mais forte ao redor dos 10.950-11.000 pontos", disse Joseph Hargett, da Schaeffer's Investment Research. A proximidade do fim do trimestre também alimentou a alta. "O fim do trimestre e o início do seguinte são tradicionalmente um momento onde os fundos aumentam, particularmente quando o mercado se portou bem. Os participantes não querem esperar para investir", afirmou Mace Blicksilver.


Londres / Inglaterra
Bolsas da Europa fecham em alta com mineradoras compensam bancos
Os mercados de ações europeus fecharam em alta nesta segunda-feira, com os ganhos das mineradoras minimizando perdas do setor bancário. Enquanto isso, a Vodafone subiu em meio a notícias de conversas da companhia com sua parceira norte-americana Verizon, para pagamento de dividendos.
- O principal índice acionário regional, o FTSEurofirst 300, fechou com alta de 0,16%, a 1,079 pontos.
- Em Frankfurt, o índice DAX 30 fechou em alta de 0,60%, a 6.156,85 pontos.
- Em Londres, a elevação foi de 0,13% no índice FTSE-100, que alcançou 5.710,7 pontos.
- O índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Milão subiu 0,18%, fixado em 23.104,97 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,18%, para 11.091 pontos.
- A Bolsa de Paris fechou em elevação de 0,29% no índice CAC-40, que alcançou 4.000,66 pontos.
Análise - "Nós estamos chegando ao ponto em que as pessoas começam a dizer que tivemos ganhos fantásticos e, talvez, tenhamos ido muito longe rápido demais e poderíamos ver alguma consolidação," disse Joshua Raymond, estrategista de mercado do City Index. As mineradoras subiam seguindo a alta dos preços dos metais. Anglo American, Kazakhmys, BHP Billiton, Xstrata e Rio Tinto subiram entre 1,2% e 3,3%. Vodafone cresceu 3% após o jornal "Sunday Telegraph" afirmar numa reportagem que a empresa está mantendo conversas com sua sócia norte-americana Verizon Communication sobre o pagamento de dividendos. Um porta-voz da Vodafone evitou comentar o assunto. Os bancos fecharam no vermelho. Barclays, HSBC, Credit Agricole, Commerzbank e Deutsche Bank caíram entre 0,03% e 2%. O Allied Irish Banks e o Bank of Ireland desabaram 19,6% e 10,5%, respectivamente, enquanto o governo irlandês prepara-se para assumir o controle de uma fatia do setor financeiro muito maior do que o inicialmente previsto. Em Wall Street, o Citigroup caía 3%, após o Tesouro dos Estados Unidos informar que planeja vender durante este ano todas as 7,7 bilhões de ações do banco que possui.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Braço de investimentos do Bradesco, Bradespar tem lucro 15,4% menor em 2009
A Bradespar, braço do Bradesco que reúne suas participações acionárias em empresas privadas ou de capital misto, anunciou nesta segunda-feira que registrou lucro líquido de R$ 952,7 milhões em 2009. O valor representa uma queda de 15,4% no resultado obtido em 2008, de R$ 1,126 bilhão. Além disso, a companhia obteve receita operacional de R$ 1,2 bilhão no ano passado, composta da seguinte forma: R$ 630,4 milhões relacionados à equivalência patrimonial da Vale; R$ 483,2 milhões referentes à alienação de 16,6 milhões de ações da CPFL Energia; e R$ 83 milhões de dividendos recebidos da CPFL Energia. A remuneração paga aos acionistas da Bradespar no período, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio, chegou a R$ 392,7 milhões, recorde para a empresa. As informações foram divulgadas em comunicado ao mercado na CVM - Comissão de Valores Mobiliários. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA


Tóquio / Japão
Hitachi busca impulsionar negócios ferroviários e visa Brasil
A Hitachi, maior fabricante de eletrônicos do Japão, afirmou que quer dobrar suas vendas no setor ferroviário nos próximos seis anos investindo na crescente demanda em mercados fora do país. A empresa está impulsionando seu marketing no exterior em países emergentes como China e Brasil, bem como nações mais desenvolvidas como Grã-Bretanha e Estados Unidos, e planeja construir sistemas ferroviários para trens de alta-velocidade como alternativas sustentáveis de transporte. A Hitachi é uma das principais fabricantes dos trens de alta-velocidade japoneses Shinkansen, conhecidos por sua pontualidade e segurança. "Usaremos as tecnologias que desenvolvemos em casa no exterior", disse o chefe dos negócios ferroviários da empresa, Gaku Suzuki, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira. Concorrentes da Hitachi no mercado global de sistemas ferroviários incluem a alemã Siemens, a canadense Bombardier e a francesa Alstom. No Japão, a empresa compete com Kawasaki Heavy Industries e Nippon Sharyo. No Brasil, a Hitachi faz parte de um consórcio que busca ganhar um contrato de 17,4 bilhões de dólares para a construção de um sistema ferroviário de alta-velocidade. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS


Da redação – São Paulo / SP
Florestal Brasil já está a todo vapor para poder abastecer a nova fábrica
A meta da Florestal Brasil é plantar 215 mil hectares de eucalipto nos próximos anos a uma média de 30 mil hectares/ano. Mas a madeira a ser produzida não será somente para abastecer a nova fábrica. "Nós vamos produzir madeira para energia, para celulose e para madeira sólida e a Eldorado será apenas um de nossos clientes", salienta o diretor operacional da Florestal Brasil, Antônio José, ex-MMX. A Florestal Brasil foi criada a partir da união da MCL, da Friboi, dos fundos de pensão Petros e Funcef e hoje tem sua sede administrativa na cidade de Andradia-SP e a operacional na cidade de Três lagoas-MS com filiais nas cidades de Inocência, Selvíria, Santa Rita do Pardo e Águas Claras. O seu plano de negócios é constituir a sua base florestal com 30% de área própria e 70% em parceria com terceiros. Paralelamente à construção da nova fábrica será construída a nova sede da Florestal no mesmo local, para onde também deve ser transferida o viveiro da empresa que se encontra atualmente na cidade de Andradina/SP. O local é privilegiadíssimo, está às margens do rio Paraná, na foz do rio Tietê, ao lado da rodovia que liga Três Lagoas a Inocência e de uma rede de energia da Cesp. No local também será construído um porto fluvial para o escoamento da produção. (Fonte: Painel Florestal)


Da redação – Brasília / DF
Produção integrada ganha reforço de R$ 3 milhões para garantir alimento saudável
Culturas como abacaxi, banana, citros, maçã, rosas, uva de mesa, hortaliças, morango e pêssego são algumas das 35 cadeias produtivas contempladas no Sistema Agropecuário de Produção Integrada (Sapi), presente em 20 unidades da federação e coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Nos últimos três anos, o ministério investiu nessa atividade R$ 3 milhões para promover projetos de produção integrada e beneficiou 8,4 mil produtores rurais, técnicos e extensionistas. “Atuamos para oferecer produtos seguros, tanto à saúde humana quanto à animal, com qualidade e sustentabilidade. Monitoramos todas as etapas de produção, análise de resíduos de agrotóxicos e a utilização das tecnologias adequadas”, enfatiza o coordenador de Produção Integrada da Cadeia Agrícola da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Adilson Kososki.
O Sapi mostra que é possível ao agricultor racionalizar o uso de inseticidas e fungicidas em até 100% no plantio de arroz e em 50% na cultura da batata. Além disso, os produtores podem reduzir em 31% o uso de ureia nas lavouras e 43% a quantidade de cloreto de potássio. A rastreabilidade dos alimentos é conferida em todas as etapas do processo produtivo, por meio da certificação, que tem a chancela oficial do Ministério da Agricultura e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Dessa forma, o consumidor tem a garantia de adquirir alimento produzido de acordo com a Norma Técnica Específica. “Hoje, existem 16 normas publicadas no Diário Oficial da União, como as da banana, caju, caqui, citros, figo, melão, manga, uva de mesa e pêssego. As mais recentes foram estabelecidas em 2009, para a cultura do mamão e, em 2008, para morango e abacaxi”, ressalta Kososki.
Cada projeto de produção integrada varia de acordo com a cultura. No estágio inicial, é formada comissão técnica, que tem o papel de sensibilizar e envolver os membros da cadeia produtiva, capacitar os produtores, promover a gestão das propriedades e o desenvolvimento dos processos de produção com validação de tecnologias a campo.
Treinamentos - No período 2007/2009, cerca de 30 mil produtores, extensionistas, agronônomos e cooperados de 20 estados brasileiros foram capacitados em difusão de tecnologias de Boas Práticas Agrícolas (BPA), saúde dos trabalhadores e preservação do meio ambiente. Além disso, ocorreram 17 cursos de produção integrada, que envolveram mais de 900 técnicos.
2010 - Para este ano, o Ministério da Agricultura tem a expectativa de publicar normas técnicas específicas para produtos como amendoim, arroz, batata, café, flores, tabaco, tomate de mesa trigo e uva vinífera. "Devemos adotar mais 25 projetos de produção integrada", informa Kososki. (Fonte: Assessoria de Imprensa Mapa - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)


Da redação – São Paulo / SP
Álvaro Peixoto assume gerência de negócios da Divisão de Hortaliças e Frutas da Monsanto
Álvaro Peixoto é o novo gerente de Negócios de Hortaliças da Monsanto no Brasil. Ele substituí Marcelo Ernandes, agora líder da área para a América do Sul. Peixoto, responsável pela gerência de Marketing desde 2007, começou em 1998 na Seminis, uma das marcas da Monsanto para Hortaliças e Frutas, como representante técnico de vendas, foi técnico de Desenvolvimento Tecnológico por quase três anos até assumir a supervisão de Vendas em 2001. Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pós-graduado em Marketing e Negócios Internacionais pelo IPEP Campinas, nesta nova fase de sua carreira, Peixoto tem como desafio fortalecer ainda mais a Divisão de Hortaliças e Frutas em todo o Brasil. “Darei continuidade à política iniciada por Ernandes, mas sei que tenho, pela frente, a missão de expandir nossa atuação.” (Fonte: Assessoria de Imprensa da Monsanto)


Da redação – São Paulo / SP
Avestruz vira um bom negócio
Bálsamos e hidratantes são os primeiros produtos colocados no mercado pela Ostrich Cold Cream, que opera em Cuiabá sob direção da empresária Tânia Kramm da Costa, de 32 anos. Os próximos lançamentos, ainda para o primeiro semestre deste ano, são um creme anticelulite e outro para mãos com duas fragrâncias – lavanda e orquídeas - e um terceiro contra assaduras para bebês. A empresa, que tem capacidade para produzir 8,5 mil frascos este ano, está testando uma linha completa facial e uma masculina. Todos esses produtos têm algo em comum, a mesma matéria-prima. São feitos a partir de óleo de avestruz, substância retirada da gordura do animal, rica em ômega 3, 6 e 9, e vitaminas D e E. Possui ainda propriedades tonificantes, cicatrizantes, hidratantes e analgésicas. Desenvolvidos após dois anos de estudos e pesquisas, os produtos estão sendo comercializados por revendedores e em farmácias de Cuiabá. Tânia adianta que em abril será feito um coquetel de lançamento e divulgação nacional. “Nossa meta é nos firmarmos no mercado mato-grossense e depois no nacional. Temos planos também de exportar”, revela Tânia. A empresa trabalha na criação de mais produtos. Até o final do ano serão outros dez, incluindo um hidratante labial, que será lançado durante o 18º Congresso Brasileiro de Apicultura e 4º Congresso de Meliponicultura, de 19 a 22 de maio, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Além do avestruz, o mel de abelha também serve de matéria-prima para produtos da empresa.
Testes microbiológicos - O óleo é extraído da gordura do avestruz e fica localizada na região abdominal do animal. Depois de retirado passa por um processo de tripla filtragem para eliminar todos resíduos sólidos que ainda possam existir. Cada animal rende cerca de seis litros de óleo. “Todos nossos produtos passaram por testes microbiológicos”, ressalta a empresária, que faz questão de enfatizar que desde a criação dos avestruzes até o produto final tudo é feito no Mato Grosso. Tânia ressalta que todos os produtos de sua empresa são 100% naturais. “O extrato do mel vem de nossas próprias colméias, que recebem um tratamento natural para que o produto final também não sofra nenhuma alteração”. Casada, mãe de dois filhos, Tânia Kramm da Costa tem mestrado em Ciências da Comunicação - Marketing pela Universidade de Viena (Áustria), onde morou por 13 anos. No final de 2008, retornou a Cuiabá e assumiu a frente da área de Marketing da Companhia do Avestruz S/A, criada em 2006 e que hoje tem um plantel de 700 aves. (Fonte: Agência Sebrae de Notícias)



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VAREJO & SERVIÇO


São Paulo / SP
Nova gigante do varejo vai investir R$ 50 milhões e abrir 50 lojas em 2010
A holding do varejo Máquina de Vendas, que foi anunciada ontem, dia 29/3,da fusão entre a Ricardo Eletro, de Minas Gerais, e Insinuante, da Bahia, irá investir neste ano R$ 50 milhões e deverá abrir entre 30 e 50 lojas. O foco de expansão da rede será o Rio de Janeiro e, posteriormente, São Paulo. Somente no Rio, a previsão é de abrir 30 lojas em 2010, sendo a maioria no interior do Estado - atualmente, são 70 lojas. As demais 20 lojas serão inauguradas em locais onde o grupo já está presente. A empresa espera ainda ampliar a participação em São Paulo e chegar na capital paulista num prazo estimado entre um ano e um ano e meio, segundo Ricardo Nunes, presidente do novo grupo. "Devemos crescer em São Paulo por meio de aquisições, que pretendemos começar a fazer no ano que vem", afirmou. Hoje, a Ricardo Eletro tem 22 lojas no interior do Estado.
O executivo não descartou uma parceria com a Magazine Luiza, que perdeu o segundo lugar no ranking do varejo para a nova holding. "Temos planos de crescer, seja com quem for. Estamos abertos a qualquer empresa que quiser se juntar a nós", disse Nunes. O presidente da Insinuante, Luiz Carlos Batista, que será presidente do Conselho de Administração da rede, acrescentou que o setor passa por um momento de consolidação. "Nosso desenho de negócios vai permitir trazer pequenas empresas para dentro do nosso guarda-chuva", disse.
Além da abertura de lojas, a Máquina de Vendas irá investir capital na construção de dois centros de distribuição, em Recife e Fortaleza. Atualmente, a Insinuante tem um centro em Salvador e a Ricardo Eletro em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Goiás. A previsão de faturamento da companhia neste ano é de R$ 5 bilhões, sendo R$ 250 milhões da operação on-line. As duas empresas tiveram faturamento de R$ 4,1 bilhões em 2009. A Máquina de Vendas, que surge com 8% de participação no mercado, pretende chegar em 15% nos próximos três anos. Separadas, Ricardo Eletro e Insinuante tinham cada entre 4% e 4,5% de market share.
Negociações - As negociações para a fusão tiveram início há três meses, após acordo de fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, em dezembro de 2009. Nunes e Batista ficaram em São Paulo durante esses 90 dias fechando o acordo. Sobre os detalhes do negócio, Batista disse que não houve desembolso de capital de nenhuma das partes, apenas troca de ativos e passivos. Segundo ele, isso foi possível porque as empresas tinham tamanhos semelhantes - cada uma teve faturamento de cerca de R$ 2 bilhões em 2009. O controle será dividido entre as duas, com 50% cada. A sinergia proporcionará economia de R$ 150 milhões por ano, que virá de ganhos com logística, processos e compras de fornecedores. Nunes acrescentou ainda que nenhuma unidade será fechada. A Ricardo Eletro e Insinuante têm sobreposição de lojas apenas em Salvador, com 60 e 80 unidades, respectivamente. "Não fecharemos nenhuma loja porque o mercado comporta as duas". Por enquanto, ambas as marcas serão preservadas: a marca Insinuante será bandeira predominante nas lojas do Norte e Nordeste do país, enquanto a Ricardo Eletro será utilizado no Centro-Oeste e Sudeste. Os executivos disseram ainda que a nova empresa terá como bandeira preços baixos. "Teremos mais poder de negociação com os fornecedores, o que nos permitirá levantar a bandeira do preço".
Planos - A meta do grupo é dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, passando de 15 mil para 30 mil funcionários, e de 528 para mil lojas, atingindo um faturamento de R$ 10 bilhões. A nova empresa já nasce como segunda maior de rede de varejo e de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos do país. Por enquanto, ambas as marcas serão preservadas: a marca Insinuante será bandeira predominante nas lojas do Norte e Nordeste do país, enquanto a Ricardo Eletro será utilizado no Centro-Oeste e Sudeste. A Insinuante foi fundada em 1959 em Vitória da Conquista, na Bahia. "Era uma loja de eletrodomésticos com 100 metros quadrados. Comecei com muita dificuldade, não tinha acesso a capital de giro, mas o negócio foi crescendo", conta Batista. Enquanto ele atendia os clientes, a irmã ficava no caixa. Atualmente, tem 260 lojas. Já Nunes conta que antes de abrir a Ricardo Eletro trabalhou vendendo mexerica no sinal de trânsito. "Ali entendi que tinha que ser jeitoso com as pessoas. Com 18 anos, montei a Ricardo Eletro", relembra. A primeira loja foi inaugurada em meados dos anos 90 em Divinópolis/MG - hoje são 268.


Redação - São Paulo / SP
Lucro da Rossi cresce 83,8% em 2009, para R$ 218,1 milhões
A Rossi Residencial reportou nesta segunda-feira um lucro líquido de R$ 218,1 milhões no acumulado de 2009, montante 83,8% superior ao apurado no ano anterior. Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 345 milhões no fechado do ano passado, alta de 91,1% sobre o registrado em 2008. A margem Ebitda subiu 7,3 pontos percentuais na relação anual e ficou em 22%. A receita líquida, por sua vez, totalizou R$ 520,6 milhões no ano passado, contra R$ 423,2 milhões em 2008. Quanto às vendas contratadas, a Rossi reportou R$ 2,3 bilhões em 2009, volume 8% superior ao vendido um ano antes.


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COMÉRCIO EXTERIOR



São Paulo / SP
Exportadores pressionam governo
O setor exportador está se mobilizando para tentar conseguir a devolução dos créditos tributários que estão nas mãos da Receita. Os empresários querem uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar sensibilizá-lo para a importância de incluir a medida no pacote que está sendo preparado pelo governo para dar competitividade às exportações. O Ministério da Fazenda descartou a medida sob o argumento de que é preciso reforçar a arrecadação e garantir a meta de superávit primário deste ano, de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Os empresários pediram ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que agende um encontro do presidente com 20 representantes do setor privado que integram o Conselho Consultivo da Camex (Conex). "Vamos conversar com o presidente. Não foi a Receita quem foi eleita", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, a grande expectativa do setor em relação ao pacote era a de resolver o acúmulo de crédito de PIS e Cofins. As grandes exportadoras não conseguem compensar ou receber de volta esses créditos, adquiridos na compra de insumos para produção de bens a serem exportados. "É uma apropriação indébita usar os recursos do setor privado para fazer superávit primário", atacou Gianetti.
"O pacote está muito mixo. Tenho esperança que o presidente Lula interfira", disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. O empresário esperava que o pacote resolvesse não só o problema do crédito acumulado, mas também que evitasse o represamento desses recursos no futuro. "A competitividade das exportações está aí. A decisão do Ministério da Fazenda é imediatista e fiscalista", criticou. "Sem uma solução definitiva para os créditos, não tem pacote. As outras medidas não interessam." Desempenho. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquina e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, afirmou que, no primeiro bimestre de 2010, as vendas externas de bens de capital tiveram o pior desempenho dos últimos 10 anos. Cerca de 30% do faturamento do segmento vem da exportação. "Houve piora da competitividade com a valorização do real frente ao dólar", afirmou. "O principal problema da competitividade hoje é o crédito acumulado. Está estrangulando a indústria. As outras medidas (que o governo está propondo) são remendos. Não vão resolver."
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou que o alcance do pacote será muito limitado sem a devolução dos créditos. Ele acredita que, embora haja limitações fiscais, há espaço para uma solução. "As desonerações concedidas durante a crise estão praticamente eliminadas. Há espaço para um sistema gradualista de devolução que contemple o exportador", afirmou. O Ministério do Desenvolvimento também não gostou das medidas apresentadas pelo Ministério da Fazenda e insistiu na necessidade de achar uma solução para os créditos. Uma nova reunião entre os ministérios deve ocorrer na próxima semana. Entre as medidas está a criação de uma subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar o comércio exterior. Também passam a ser consideradas empresas exportadoras - para ter direito à isenção de impostos na compra de insumos - as que tem no mínimo 40% de seu faturamento originário de exportações. O limite atual é 60%. Além disso, o governo deve permitir que as micro e pequenas empresas excluam o valor das exportações do faturamento para continuarem incluídas no Simples (sistema simplificado de tributação). Consultado, o Ministério da Fazenda não se manifestou. (Agência Estado)



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MERCADO DE TECNOLOGIA


São Paulo / SP
Bovespa investe R$ 5 milhões em servidores modulares
A Bolsa de Mercadores e Futuro Bovespa (BM&FBovespa) destinou 5 milhões de reais em servidores modulares para oferecer um serviço diferenciado ao mercado de investimentos, onde velocidade de acesso a informações e das transações é determinante para a realização de bons negócios. A estrutura é utilizada para fornecer ao cliente acesso direto ao mercado por meio de um serviço de co-location, ou seja, o cliente passa a contar com um servidor para suas atividades dentro da infraestrutura do fornecedor. “Nosso desafio era criar uma infraestrutura flexível, que oferecesse o desempenho necessário dos sistemas para o negócio e sem alterações estruturais no local de instalação dos servidores”, afirma o diretor de TI de infraestrutura, arquitetura e produção da BM&FBovespa, Carlos Faria. Segundo Faria, a velocidade de implantação foi outro quesito muito importante, principalmente pela demanda de corretoras pelo serviço de co-location. “Por ser um serviço comum em bolsas de todo o mundo, investidores estrangeiros estavam batendo na porta pedindo pela solução. Precisávamos ter a oferta o mais rápido possível”. Com os critérios definidos, a Bovespa optou por uma solução de infraestrutura de data center da IBM, que utiliza módulos da APC. A infraestrutura modular abarca, dentro de uma caixa, refrigeração e fornecimento de energia, permitindo a instalação em qualquer tipo de ambiente, sem alterações no edifício. Segundo Faria, a única obra realizada foi para garantir controle de acesso ao local dos servidores. A IBM entrou com projeto, gestão de processo e instalação final, em parceria com o time da Bovespa. A empresa não revela número de clientes na plataforma e dados sofre retorno sobre o investimento, mas afirma que o equipamento atendeu as expectativas quanto a funcionamento e facilidade de instalação. "Com o bom resultado, vislumbramos dobrar a infraestrutura ao longo de 2010", diz Faria.


Nova Iorque / EUA
Dell é alvo de protestos do Greenpeace na Europa e na Índia
Protestos feitos pelo Greenpeace na Europa e na Índia contra a fabricante de computadores Dell podem continuar por muitos dias e serem estendidos aos Estados Unidos, de acordo com um representante do grupo ambientalista. O Greenpeace quer, pelo menos, que a Dell defina uma rota para tirar de seus produtos o policloreto de vinila (PVC) e retardantes de chama bromados (BFR) até 2011, de acordo com Iza Kruszewska, do Greenpeace. “Eles não precisam colocar no site, mas devem nos dar garantias de que veremos um acordo”, ela disse.
O grupo ambientalista também está pedindo para a Dell apoiar o banimento do PVC e do BFR na Diretiva de Restrição de Substâncias Perigosas em Eletrônicos da União Europeia. Uma exigência legislativa para eliminar o PVC e o BFR do setor levaria o campo de atuação para um nível que envolve todas as empresas de eletrônicos, e diminuiria custos para fornecedoras, segundo Kruszewska. Isso significa que um grande número de fabricantes, não apenas as 18 empresas que fazem parte da campanha, teriam que aceitar as novas normas, ela disse.
O Greenpeace fez protestos fora dos escritórios da Dell em Bangalore, Amsterdam e Copenhagen nesta segunda-feira (29/3).Oficiais do Greenpeace disseram que o grupo ambientalista planejou a ação antes de uma reunião nos escritórios da Dell no Texas nesta segunda-feira. Durante a reunião, o Chief Executive Officer (CEO) da empresa, Michael Dell, deve discutir uma variedade de questões ambientais, incluindo a rota para a transição para produtos livres de PVC e BFR. “Veremos o que conseguiremos hoje, e então determinaremos por quanto tempo nossas ações continuarão”, explicou Kruszewska.
Em Amsterdam, ativistas do Greenpeace espalharam espuma for a dos escritórios da empresa para mostrar que a deu deve eliminar químicos tóxicos de seus produtos, disse Kruszewska. “Michael Dell abandone os tóxicos” era a chave dos protestos em Bangalore. Um representante da Dell em Bangalore disse que não estava ciente dos encontros no Texas. A empresa mantém seu comprometimento de eliminar PVC e BFR de seus produtos até 2011. (Agência IDG News Service)


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MERCADO WEB


Brasília / DF
Plano Nacional de Banda Larga fica fora da estreia do PAC 2
O anúncio da segunda etapa do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), feito nesta segunda-feira, não contemplou o Plano Nacional de Banda Larga. O governo federal havia alardeado que o projeto de universalização de internet em alta velocidade já estaria desenhado para o início do PAC 2, mas ainda há pendências. Segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, os custos do projeto ainda não foram definidos, assim como a reativação da Telebrás, o ponto mais polêmico do assunto. "Isso era pra ter sido feito em março e não conseguimos, por conta de agenda", disse. "Nós estamos com as linhas gerais prontas, mas temos algumas definições, principalmente o orçamento, o impacto do plano e a forma de operacionalização. Você colocar uma coisa que não está bem definida, ia gerar um elemento de polêmica dentro do PAC 2", apontou. Paulo Bernardo afirmou que há boas condições para que o plano seja concluído em abril, e que a falta de tempo para reunir os envolvidos no assunto é que tem atrasado a conclusão do projeto. Com sua conclusão, o projeto será inserido no PAC 2, disse. (Agência Brasil)


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LOGÍSTICA & INFRAESTRUTURA


Brasília / DF
Ferrovia Norte-Sul deve ir até o RS
O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira, disse hoje que o governo pretende ampliar a Ferrovia Norte-Sul até o Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Segundo o secretário, a primeira ampliação deve ser feita a partir de Anápolis, em Goiás, até Estrela do Oeste, no noroeste do Estado de São Paulo, trecho de 669 quilômetros, numa obra que deve custar cerca de R$ 2,7 bilhões. Depois disso, a ferrovia deve ser levada até Panorama (oeste de SP, divisa com MS), o que significará uma ampliação da estrada em mais 220 quilômetros, a um custo de R$ 290 milhões. Oliveira disse ainda que o governo deve elaborar um estudo englobando mais 1.620 quilômetros de ferrovia - de Panorama até o Porto de Rio Grande/RS. "Pela convicção do governo de que toda essa reformatação na malha, de bitola larga, é absolutamente fundamental, faremos, na sequência, esse estudo para que a ferrovia corte os Estados do Paraná e Santa Catarina, chegando ao Rio Grande do Sul", explicou o secretário. Segundo ele, esse estudo deve custar R$ 9 milhões. (Agência Estado)



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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Crise modifica comportamento do consumidor de jóias
A ainda frágil economia mundial está forçando o mercado de jóias a se adaptar. No segmento premium, o consumidor que antes comprava por impulso e por modismos, hoje está comprando jóias de forma mais racional e em ocasiões especiais. Já no segmento do luxo, existem dois perfis de consumidores: aqueles que encontram na crise um bom motivo para investir em diamantes grandes e aqueles que compram jóias raríssimas de coleções limitadas, para não perderem uma oportunidade única. No segmento premium, as jóias que seguem as tendências de moda estão perdendo espaço para aquelas que representam o melhor equilíbrio entre estilo e qualidade. Segundo os varejistas, o consumidor quer entender como a peça foi feita e ter certeza sobre a qualidade da matéria prima.
Neste segmento, o preço acessível é um fator crítico. Antes da crise se agravar, os preços no segmento premium começavam em US$ 2 mil. Hoje, o preço de entrada está em US$ 500. Muitas joalherias optaram por ampliar a linha de peças em prata e utilizar a pérola, que remete a um estilo atemporal. Já no segmento da alta joalheria, diante de consumidores que precisam encontrar um bom motivo para comprar uma jóia de luxo, o segredo é desenvolver produtos que falem alto à razão ou à emoção. Falar à razão é desenvolver jóias que valorizam o quilate das pedras para atrair o consumidor com perfil de investidor, que procura uma forma de diversificar seus investimentos em tempos de crise. Falar à emoção é seduzir o consumidor com perfil de colecionador, desenvolvendo coleções limitadas com peças super elaboradas e exclusivas.
A joalheria inglesa Graff, conhecida por desenvolver jóias a partir de pedras de altíssimo valor, confirma a primeira tendência dizendo que desde o início da crise suas lojas estão vendendo somente “peças importantes”. Já a Van Cleef & Arpels, conhecida pelas coleções temáticas e pelo design elaborado das peças, é uma das joalherias mais desejadas pelos colecionadores apaixonados por jóias e que não querem perder uma oportunidade. A joalheria desenvolveu recentemente uma coleção de quatro broches inspirados na obra “As quatro estações” do compositor Antonio Vivaldi.
A Chanel tem uma visão semelhante do segmento da alta joalheria. “A pedra é como uma commoditie. A Chanel prefere vender a criação da peça”, disse Benjamin Comar, diretor do segmento de jóias da grife. Por outro lado, as marcas que transitam no meio termo e não possuem muito apelo entre estes dois perfis de consumidores, continuam sofrendo com uma demanda que está recuperando a confiança ao poucos. Apesar de uma discreta recuperação no segundo semestre, o setor deverá fechar o ano de 2009 com resultados negativos. (Fonte: Patricia Gaspar – Gestão de Luxo/FAAP)

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