Edição 294 Ano II

Brasília / DF
Contas externas do Brasil voltam a preocupar
O crescimento acelerado do deficit em transações correntes (soma de comércio exterior, juros da dívida externa, viagens internacionais, remessa de lucros de empresas) causa preocupação em quem acompanha a economia brasileira. Nessa situação, o país fica cada vez mais dependente do cenário financeiro internacional para bancar o saldo negativo, avaliam especialistas. No ano passado, o deficit ficou em US$ 24,334 bilhões, equivalente a 1,54% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Neste ano, a previsão do Banco Central é de deficit de US$ 49 bilhões (2,53% do PIB). Trata-se de um cenário bem diferente do ano de 2006, quando o Brasil teve saldo positivo de US$ 13,984 bilhões.
O risco está num corte abrupto de financiamento externo, deixando o Brasil sem recursos suficientes para bancar o deficit corrente, como ocorreu nas crises de 1998 e de 2002. Para o economista Ricardo Carneiro, da Unicamp - Universidade Estadual de Campinas -, o financiamento com investimentos em ações na Bolsa de Valores e títulos públicos não é seguro. "No mundo com tal volatilidade, como o de hoje, é um risco grande entrar numa posição dessa." O governo conta com a forte entrada de investimento estrangeiro direto, usado para compra de empresas e instalação de multinacionais no país, para custear o deficit das transações.
Neste ano, o Banco Central espera um investimento direto de US$ 45 bilhões (2,33 % do PIB), abaixo dos US$ 49 bilhões do deficit corrente. A expectativa é que os recursos estrangeiros aplicados em ações e títulos chegue a US$ 35 bilhões, o que completará com folga o financiamento do deficit em conta corrente. Professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), o economista Antonio Corrêa de Lacerda diz que, no curto prazo (2010 e 2011), esse tipo de financiamento por meio de títulos e ações não é ruim. "O que preocupa é a rapidez da deterioração das contas externas, que vem crescendo em trajetória insustentável no longo prazo", avalia. "A história recente já mostrou que toda vez que o Brasil ampliou sua vulnerabilidade externa teve que interromper o seu ciclo de crescimento."
Segundo ele, o aumento do deficit corrente acompanha a valorização do real em relação ao dólar que estimula, por exemplo, as importações e as viagens ao exterior. O Brasil, diz Lacerda, precisa de políticas que promovam "melhora qualitativa das exportações, com venda de produtos industriais e também uma substituição de importações para favorecer a produção local". "Isso depende de um câmbio mais favorável, mas também de outros fatores de competitividade como financiamentos, isenções, incentivos para a produção local", ressalta Lacerda, acrescentando ainda que é preciso limitar o fluxo de capital, além de intervenções do BC para evitar uma valorização do real.
O economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro -, também considera que o Brasil deveria ter maior controle do fluxo de capital, pois evitar a valorização excessiva da moeda brasileira. "A economia brasileira se tornou a casa da mãe Joana. O capital internacional entra e sai sem nenhum tipo de critério", afirmou. Entretanto, ele considera que é pouco provável que controles sejam adotados. O chamado "ajuste natural" para reduzir o deficit externo ocorre com a desvalorização do câmbio, ao encarecer os gastos no exterior. Porém a alta do dólar, explica Gonçalves, causa efeitos no preço da gasolina, do trigo e de bens importados. "Mas o governo vai manter os juros altos, para atrair o capital de curto prazo para financiar esse buraco."
Na situação atual, explica Gonçalves, geralmente são adotadas outras de medidas. Uma delas é cortar gastos públicos. Outra saída é não mexer nas reservas internacionais e deixar o câmbio subir. "O problema disso é que o dólar explode e gera inflação." Há ainda a alternativa de usar as reservas internacionais (hoje na casa dos US$ 240 bilhões) para financiar o deficit corrente e assim segurar o dólar. Mas o uso das reservas pode levar à redução da proteção do país. "Outra forma é aumentar a taxa de juros, o que atrai capital de fora. Mas quando se aumenta os juros, gera recessão", explicou Gonçalves. (Agência Brasil)


Da redação – Porto Alegre / RS
Fundo libera R$ 3,2 bilhões para micro e pequenas empresas
O governo anunciou um aumento de 6,6% nas linhas de crédito provenientes dos recursos do FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador - para micro e pequenas empresas. A medida, aprovada pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat), prevê a liberação de R$ 3,2 bilhões no decorrer deste ano, valor pouco superior aos R$ 3 bilhões liberados no ano passado para o setor.
BB e Caixa - Os recursos serão liberados pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Foram aprovados recursos para investimentos, capital de giro e financiamentos para infraestrutura, segundo informações do Ministério do Emprego e Trabalho.
Veículos e informática - Serão destinados R$ 260 milhões para o financiamento de veículos de transporte coletivo complementares, como vans e micro-ônibus. Outros R$ 100 milhões serão concedidos para o financiamento do setor de informática, podendo beneficiar, principalmente, as aquisições de computadores. Essas são linhas novas, que passam a fazer parte do Programação Anual da Aplicação dos Depósitos Especiais (PDE).
Alfaiates e transporte escolar - Foram aprovados, também, R$ 40 milhões para alfaiates e costureiras, que poderão adquirir novos equipamentos para suas oficinas. Outro setor beneficiado é o de montagem de negócios, que terá à sua disposição créditos de R$ 1,2 bilhão. Já o crédito para capital de giro beneficiará os micro e pequenos empresários do setor de transporte escolar, que poderão ter acesso a uma linha de R$ 100 milhões para a renovação das suas frotas de veículos.
Municípios - Os conselheiros do Codefat aprovaram também crédito de R$ 200 milhões para o fomento da infraestrutura em pequenos municípios brasileiros (que possuem até 80 mil habitantes). Os recursos têm por objetivo o financiamento da renovação de parques industriais instalados nas pequenas regiões brasileiras.
Microcrédito - Outros R$ 320 milhões terão como finalidade estimular as operações de infraestrutura de modo geral. Uma fatia de R$ 40 milhões será destinada a empreendimentos populares, pelas operações de microcrédito.
Juros - Segundo informações do Ministério do Trabalho, as taxas de juros praticadas nas operações são variadas e serão detalhadas na resolução, que deve ser publicada até quarta-feira. Os recursos destinados ao financiamento da frota de taxista, segmento que contará com R$ 100 milhões este ano, terão juros de 4% ao ano. Além da renovação da frota, os taxistas terão crédito a financiar a conversão do motor do veículo para o gás natural, combustível mais barato do que álcool e gasolina. Para a renovação de motos, os recursos aprovados são de R$ 100 milhões, com juros de 6% ao ano.
Turismo - Os conselheiros aprovaram, ainda, recursos do FAT-Giro Setorial para empresas do setor de bares e restaurantes, que contarão com linha de crédito de R$ 200 milhões para serem usados no fomento do turismo e modernização de restaurantes.
Pequena e média indústria - No total, os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador disponíveis este ano para incentivar a pequena e média indústria totalizam R$ 7,2 bilhões, dos quais R$ 4 bilhões são reaplicações e R$ 3,2 bilhões são os recursos novos. O ministro Carlos Lupi informou que o principal objetivo das linhas de crédito do FAT é estimular o emprego nos pequenos negócios, que são os maiores geradores de postos de trabalho no Brasil. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR)


Washington / EUA
Política monetária pode ser suavizada ainda mais
Membros de Bancos Centrais podem continuar aliviando suas políticas monetárias ainda mais, mesmo com as taxas de juros a zero por cento, e devem fazê-lo caso sintam qualquer ameaça de deflação, afirmou no sábado, dia 27/3 um membro do conselho do BCE - Banco Central Europeu. Athanasios Orphanides, que também atua como diretor do Banco Central de Chipre, disse em comentários preparados para uma conferência monetária - patrocinada pelo Fed - Federal Reserve - e o BCE - que o nível nominal das taxas de juros não significam nada se os formuladores de política ignorarem o núcleo dos preços na economia. "O nível de alívio da política monetária deve ser associado ao nível das taxas de juros reais, não ao das taxas de juros nominais", disse Orphanides. "Taxas próximas de zero por cento, que podem ser razoavelmente expansionistas em uma economia com inflação alta, podem gerar contração quando a inflação está muito próxima de zero por cento, ou pior, quando se encontra em deflação." (Agência Reuters)


São Paulo / SP
China investirá pesado no Brasil em 2010
O ano de 2010 deverá assistir a um salto no volume de investimentos da China no Brasil, com os maiores negócios da história das relações bilaterais. A maior quantidade de recursos estará concentrada nos setores de petróleo, mineração e siderurgia, que atendem a necessidades estratégicas do país asiático para manutenção do alto ritmo de crescimento econômico.A visita ao Brasil do presidente Hu Jintao, em 15/4 e 16/4, será um marco nessa onda de investimentos. Durante a passagem do líder chinês pelo Brasil deverá ser assinado contrato entre a LLX, do empresário Eike Batista, e a estatal Wisco - Wuhan Iron and Steel Corporation - para a construção de uma siderúrgica no Porto do Açu. Se concretizado, o investimento será o maior já realizado pela China no setor de siderurgia em outro país, além de ser o maior investimento chinês já recebido pelo Brasil. A Wisco entrará com 70% dos US$ 4,7 bilhões necessários à concretização do projeto. A Petrobras e a Sinopec discutem parceria que pode levar à exploração conjunta de petróleo no Brasil e trabalham para que o acordo seja anunciado durante a visita de Hu. A estatal chinesa já tem participação de 20% em dois poços da Petrobras no Pará. Além disso, a companhia brasileira negocia novo empréstimo de US$ 10 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China (BDC), que poderá ser anunciado na visita do líder chinês. Com a perspectiva de manter forte crescimento no futuro próximo, os chineses estão preocupados com a segurança energética e tentam garantir fontes estáveis de fornecimento. O descobrimento do petróleo na camada do pré-sal no Brasil abriu novo capítulo na exploração do produto e criou uma fonte potencial de fornecimento à China. "O setor de petróleo levará ao surgimento de nova geração de projetos de investimentos chineses no Brasil", disse o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney. (Agência Estado)

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INDICADORES ECONOMICOS


RESUMO da Semana – 22 a 26 de março de 2010

INCC-M sobe 0,45% em março
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em março, taxa de variação de 0,45%, acima do resultado do mês anterior, de 0,35%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,49%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,47%. No índice referente a Mão de Obra, registrou-se variação de 0,40%. No mês de fevereiro, a taxa foi de 0,22%.

Confiança do consumidor aumenta pouco em março
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas - composto por cinco quesitos contidos na Sondagem de Expectativas do Consumidor – elevou-se em 0,6% entre fevereiro e março de 2010, ao passar de 110,2 para 110,9 pontos, considerando-se dados com ajuste sazonal.

IPC-S reduz alta na terceira semana de março
O IPC-S de 22 de março de 2010 registrou variação de 0,87%, taxa 0,06 ponto percentual (p.p.) abaixo da apurada na última divulgação. Nesta apuração, quatro das sete classes de despesa componentes do índice responderam pela desaceleração do indicador.

IBRE divulga sondagem de investimentos da indústria
Durante os meses de janeiro e fevereiro de 2010, o IBRE consultou as empresas industriais a respeito de seus planos de investimento em expansão da capacidade de produção para este ano e o próximo triênio.

IGP-M tem alta no segundo decêndio de março
O IGP-M registrou, no segundo decêndio de março, variação de 0,91%. Em fevereiro, no mesmo período de apuração, a taxa foi de 1,10%. O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.


ECONOMIA NACIONAL

Base monetária alcança R$ 161,9 bilhões em fevereiro
A base monetária, considerada a média dos saldos diários, alcançou R$161,9 bilhões em fevereiro, observando queda de 2,1% no mês e elevação de 19,2% em doze meses. Os saldos médios dos componentes papel-moeda emitido e reservas bancárias recuaram 1% e 5,4% no mês, enquanto em doze meses houve crescimentos respectivos de 18% e 23,1%. De acordo com o Banco Central, entre os fatores de emissão monetária, as operações do Tesouro Nacional registraram contração de R$12,3 bilhões. Em contrapartida, no sentido expansionista, as operações com títulos públicos federais, incluindo a atuação do Banco Central no ajuste de liquidez do mercado monetário, atingiram R$10 bilhões, resultantes de compras líquidas de R$40 bilhões no mercado secundário e colocações líquidas de R$30 bilhões no mercado primário, seguidas pelas compras líquidas de divisas pelo Banco Central no mercado interbancário de câmbio, no montante de R$749 milhões.

Índices de Preços ao Consumidor
IPCA-15 de março fica em 0,55%, e IPCA-E fecha o trimestre com 2,02%
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,55% em março, taxa inferior à de 0,94%, de fevereiro. Com isto, o primeiro trimestre do ano (IPCA-E) situou-se em 2,02%, resultado superior ao de 1,14%, verificado em igual período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice ficou em 5,09%, também acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,63%). Em março de 2009, a taxa havia ficado em 0,11%. Em março, a desaceleração no IPCA-15 se deve, principalmente, ao grupo Educação, cujo efeito dos reajustes
sazonais de início do ano ficaram concentrados em fevereiro. Com o resultado de março, o grupo apresentou variação de 0,55%, enquanto em fevereiro atingiu 4,55%. A taxa de 0,55% do mês reflete, basicamente, os reajustes ocorridos na região metropolitana de Fortaleza (5,77%).


Setor Externo
Terceira semana de março tem corrente de comércio de US$ 6,8 bilhões
Entre os dias 15 e 21 de março, terceira semana do mês, com cinco dias úteis, a balança comercial brasileira registrou uma corrente de comércio de US$ 6,880 bilhões, com média diária de US$ 1,376 bilhão. Esse valor foi resultante da soma de exportações de US$ 3,416 bilhões (média por dia útil de US$ 683,2 milhões) e importações de US$ 3,464 bilhões (média diária de 692,8 milhões). A Balança Comercial (diferença entre as duas operações) ficou deficitária em
US$ 48 milhões. A média diária das exportações na terceira semana de março ficou 0,4% acima da registrada nas duas primeiras semanas do mês por conta do desempenho dos produtos básicos (+16,7%) – principalmente, petróleo em bruto, minério de ferro, soja em grão, café em grão, carne bovina e suína e fumo em folhas.



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Tóquio / Japão
Bolsas asiáticas têm alta
A maioria dos mercados da Ásia fechou no campo positivo nesta segunda-feira. O lançamento de um novo índice futuro de ações na China, para 16 de abril, alavancou os ganhos nas bolsas da região, com as expectativas de aumento na demanda por blue chips.
- Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, que seguiu o rali de Xangai. O índice Hang Seng subiu 184,32 pontos, ou 0,9%, e terminou aos 21.237,43.
- Os papéis do setor financeiro lideraram os ganhos nas Bolsas da China, que atingiram a maior alta em mais de dois meses. O índice Xangai Composto ganhou 2,1% e encerrou aos 3.123,80 pontos, o maior fechamento desde 22 de janeiro. O Shenzhen Composto subiu 1,2% e terminou aos 1.200,98 pontos. A demanda por parte dos exportadores devido ao fim do mês e a desvalorização do dólar em relação ao euro fizeram o yuan se valorizar sobre a moeda norte-americana. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8264 yuans, de 6,8270 yuans do fechamento de sexta-feira.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, apresentou o melhor resultado desde 21 de janeiro. O índice Taiwan Weighted subiu 0,9% e encerrou aos 7.947,45 pontos.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou no terreno negativo em meio à cautela ante a inexplicada explosão que afundou um navio militar sul-coreano na sexta-feira, próximo à tensa fronteira marítima com a Coreia do Norte. Os investidores estrangeiros, porém, mantiveram sua onda de compras pela 12ª sessão consecutiva. O índice Kospi recuou 0,3% e fechou aos 1.691,99 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, fechou sem tendência definida ante a iminente divulgação de dados econômicos dos EUA e a proximidade do feriado da Páscoa. O índice S&P/ASX 200 avançou apenas 0,01% e fechou aos 4.897,27 pontos.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila teve baixa de 0,09% e fechou aos 3.177,56 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve alta, ajudada pelo firme desempenho dos demais mercados regionais e pelo fechamento positivo dos futuros nos EUA, embora o volume permaneça pequeno, sugerindo que a bolsa local deve ter problemas de fazer novas altas no curto prazo. O índice Straits Times ganhou 0,8% e fechou aos 2.929,14 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, recuou 0,7% e fechou aos 2.794,77 pontos, devido a realizações de lucros em papéis de bancos, telecomunicações e setor automotivo após recente rali e à ausência de novidades que afetassem os negócios.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, caiu 1% e fechou aos 771,40 pontos, terceiro dia seguido de declínio, uma vez que investidores de varejo descarregaram ações na expectativa de que fluxos de fundos estrangeiros começarão a diminuir.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,3% e fechou aos 1.319,21 pontos, com ganhos generalizados liderados por papéis do setor de incorporação imobiliária. Compras também foram efetuadas na expectativa de conferência de investidores da Malásia, amanhã, quando o primeiro-ministro Najib Razak deverá falar sobre o novo modelo econômico.

HOJE – Abertura das Bolsas Européia

- Londres / Inglaterra - O índice geral da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, abriu em alta de 10,41 pontos (0,18%), aos 5.713,43. O barril de petróleo Brent para entrega em maio abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$ 79,84, US$ 0,55 mais que no fechamento da sexta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em alta de 0,45%, aos 6.147 pontos. O euro abriu hoje em alta no mercado de divisas de Frankfurt, negociado a US$ 1,3440, frente a US$ 1,3422 da sessão anterior. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$ 1,3353.
- Madri / Espanha - O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, abriu em alta de 60,20 pontos (0,54%), aos 11.131, enquanto o Índice Geral da Bolsa de Madri, com todos seus setores em positivo, subia 0,50%.
- Roma / Itália - O índice seletivo FTSE-MIB da Bolsa de Valores de Milão abriu em alta de 0,36%, aos 23.147,38 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share também subia na abertura 0,34%, para 23.643,80.
- Paris França - O principal indicador da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, abriu em alta de 0,33%, aos 4.002,13 pontos.


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INDÚSTRIA


La Paz / Bolívia
Empresas têxteis brasileiras e bolivianas fecham acordo de US$ 11 milhões
Um total de 40 empresas bolivianas do setor têxtil fecharam um acordo de US$ 11 milhões com um grupo de comerciantes brasileiros que foi a La Paz. O Ministério de Desenvolvimento Produtivo assinalou em comunicado que a delegação brasileira, formada por empresários de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Campo Grande, se reuniu na sexta-feira com 40 pequenos empresários de La Paz, Oruro (oeste), Cochabamba (centro), Chuquisaca (sudeste) e Santa Cruz (leste). O vice-ministro boliviano de Comércio Interno e Exportações, Huáscar Ajata, precisou que o montante em negociações acordado entre os dois países ficou em US$ 11 milhões. Ele acrescentou que os empresários brasileiros devem permanecer no país durante uma semana, período no qual visitarão os oficinas e fábricas de seus sócios potenciais. O representante brasileiro, José Carlucci, da empresa JR Ferraz, expressou a vontade da delegação de ampliar as troca têxteis entre o Brasil e a Bolívia, no marco dos acordos do Mercosul. "Hoje em dia, o produto boliviano tem uma qualidade muito boa que nós brasileiros desconhecemos. Por isso, estamos fazendo esta visita. Para que possamos levar ao mercado brasileiro as confecções produzidas aqui e que são desconhecidas para nós", disse. Esta iniciativa faz parte do convênio assinado entre a Bolívia e o Brasil para cobrir as perdas de produtores bolivianos de têxteis depois que os Estados Unidos suspenderam, em dezembro de 2008, a Bolívia das preferências tarifárias da Lei de Promoção Comercial Andina e Erradicação de Drogas (ATPDEA). Por causa dessa perda o governo brasileiro decidiu flexibilizar suas normas durante um ano, período no qual prevê comprar US$ 21 milhões de têxteis bolivianos sem tarifas. (Agência EFE)


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AGRONEGÓCIOS


Da redação – Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil deverá perder 46 milhões de sacas na colheita da soja
A previsão da Conab é de que o Brasil produza 66,73 milhões de toneladas de soja, na safra 2009/2010, 16.7% a mais que a safra anterior. Considerando que o Brasil cultivou cerca de 23 milhões de hectares na safra 2009/2010, a Embrapa Soja estima que serão perdidas, em média, duas sacas de soja por hectare durante a colheita, o que equivale a aproximadamentes 46 milhões de sacas ou R$ 1, 4 bilhão (considerando-se o valor de R$ 31,00 a saca). Levantamento da Embrapa Soja mostra que a má regulagem das colhedoras nos mecanismos de corte e trilha, a velocidade incorreta de deslocamento da máquina, , a falta de treinamentos dos operadores das colhedoras e o manejo inadequado das lavouras de soja são os principais fatores que causam as perdas durante a colheita.
Os trabalhos conduzidos pela Embrapa Soja e Emater/PR, indicam que mais de 80% das perdas na colheita de soja são atribuídas ao mau funcionamento da plataforma de corte e da inadequação da velocidade de avanço com relação a velocidade do molinete.“O ideal é que a barra de corte trabalhe o mais próximo possível do solo, visando deixar o mínimo de vagens presas nos restos da cultura que permanecem na lavoura”, explicam os pesquisadores José de Barros França Neto e Francisco Krzyzanowski da Embrapa Soja. “A velocidade de deslocamento da colhedora deve ser sincronizada com a velocidade das lâminas e do molinete, porém, devem ser considerados os casos, individualmente”, dizem.
Também prejudicam a colheita, a falta de ajustes dos mecanismos internos da colhedora e a debulha natural das vagens de soja. “As lavouras que apresentarem desnível no solo, presença de plantas daninhas, maturação desuniforme, acamamento, baixa inserção de vagens devem ter os cuidados redobrados”, explicam. Qualidade do grão na colheita - De acordo com o pesquisador José Marcos Gontijo Mandarino, da Embrapa Soja, a ocorrência de grãos verdes interfere nos conteúdos de óleo, açúcares e umidade. “Grãos imaturos podem transferir a coloração verde ao óleo extraído e aos produtos protéicos, o que acarreta aumento de custos nos processos de refino do óleo e produção de produtos protéicos, para que essa cor verde seja eliminada dos produtos”, explica.
Segundo ele, estudos sobre as condições de armazenamento de grãos de soja em regiões tropicais comprovam que alterações na umidade, na temperatura e no período de tempo de armazenagem afetam a qualidade dos grãos e, conseqüentemente a cor e o sabor dos produtos elaborados a partir deles. O pesquisador revela que o teor de umidade de 13% ou menor e, a manutenção de baixas temperaturas durante o período de armazenamento previnem ou evitam o desenvolvimento de fungos nos grãos armazenados. “Entretanto, grãos muito secos tendem a se rachar, o que, também, diminui a qualidade industrial dos grãos e acarreta problemas de sabor em produtos alimentícios feitos a partir desses grãos rachados ou quebrados”, explica Mandarino. (Fonte: Embrapa Soja)


Da redação – Brasília / DF
Ministro Stephanes afirma que cacau brasileiro é um bom negócio
“Produzir e industrializar cacau é e será sempre um bom negócio. Temos análises econômicas da situação da cadeia produtiva sobre o que pode ser feito e quais as perspectivas em relação à produção em outros países.” A declaração do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, foi feita durante a 15ª reunião ordinária da Câmara Setorial do Cacau, nesta quinta-feira (25), em Brasília, quando recebeu homenagem pelo trabalho realizado em prol da cacauicultura. Segundo Stephanes, a reestruturação da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) está bem adiantada e vai proporcionar dinamismo ao setor. “O projeto já está concluído. Quanto ao endividamento, temos trabalhado de forma constante com outros setores do governo para avançarmos nesse processo,” adiantou. O ministro destacou que a criação das câmaras setoriais foi uma ação positiva, por ser um espaço democrático, que permite às cadeias produtivas discutir os próprios temas, apoiados na pesquisa e inteligência para levá-los ao debate no Ministério da Agricultura. “É função do governo facilitar o trabalho da iniciativa privada, responsável pela produção. O mérito deve ser daqueles que, no passado, construíram a indústria e a cadeia produtiva do cacau no Brasil e aos que têm contribuído para a retomada da liderança nacional que já tivemos nessa área”, informa.
Cacau Show - A reunião da câmara também serviu para homenagear o presidente da Cacau Show, Alexandre Tadeu da Costa, que recebeu do ministro Stephanes diploma de honra ao mérito por sua atuação, há 21 anos, na produção e divulgação do chocolate brasileiro. “Temos como meta mostrar aos consumidores o que é o cacau e como é produzido no País”, enfatiza Costa, que se notabilizou também como incentivador cultural. Por iniciativa de Alexandre Costa, a escola de samba Rosas de Ouro apresentou o enredo sobre a influência do cacau e foi a vencedora no Carnaval paulista deste ano.
Degustação - No fim da reunião, os membros da Câmara Setorial degustaram chocolates com percentuais de cacau entre 26% (mais doce) e 70% (mais amargo) e o ministro recebeu o livro O Cacau é Show, que conta a história do mundo do chocolate e apresenta centenas de fotografias de Lailson Santos. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Da redação – Minas Gerais / MG
"Frango caipira" vendido
A Kaefer Agro Industrial, empresa do grupo Globoaves, informou ontem que concluiu a venda, para o Marfrig, de seu frigorífico instalado em Veríssimo/MG, onde é produzido o frango caipira da marca Nhô Bento. Segundo a empresa, "o negócio em referência restringiu-se unicamente à unidade citada, não envolvendo qualquer outra planta industrial" do Globoaves, grupo paranaense que atua na produção de ovos férteis e no setor de carnes de frango e de suíno. Com a unidade, o Marfrig aprofunda sua estratégia de diversificação. Em comunicado ao mercado feito há um mês, o Marfrig informou que estava no foco a aquisição ou arrendamento de "duas plantas frigoríficas de pequeno porte aptas ao abate de frango caipira e pato". Além da Nhô Bento, foi citada a marca Germânia, de pato.


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SETOR AUTOMOTIVO


Detroit / EUA
Ford vende Volvo Cars para o grupo chinês Geely
A montadora sueca de carros de luxo Volvo Cars foi vendida no domingo, dia 28/3, pela americana Ford para o grupo chinês Geely, anunciou o diretor financeiro da Ford, Lewis Booth. O acordo foi assinado hoje em Gotemburgo, na Suécia, e incide também sobre direitos imateriais e desenvolvimento tecnológico. Booth confirmou que a venda foi de US$ 1,8 bilhão, menos de um terço dos US$ 6,4 bilhões que a Ford pagou em 1999 para adquirir a Volvo Cars. O negócio será efetivo a partir do terceiro trimestre deste ano. Na entrevista coletiva, o presidente da Geely, Li Shufu, disse que a Volvo Cars continuará sendo uma companhia independente dentro do grupo chinês e com sede em Gotemburgo, mas terá nova direção. Segundo Li Shufu, a marca sueca seguirá fiel a seus valores principais de segurança e design. A Geely pretende conservar as fábricas da Volvo em Torlanda (Suécia) e Gante (Bélgica), mas estudará a possibilidade de fabricar novos modelos da marca também na China. A Ford continuará colaborando com a Volvo e, durante algum tempo, fornecerá motores, mas não manterá nenhuma participação nela, como assegurou o diretor financeiro da montadora americana, Lewis Booth. Booth destacou a estabilidade da Volvo e espera que a marca volte a dar lucro num futuro próximo. Volvo e Geely têm tamanho similar. A sueca, que em 2009 teve prejuízo de US$ 653 milhões, produziu nesse mesmo ano quase 335 mil carros e conta com 19.650 empregados. Já a marca chinesa tem 13 mil trabalhadores e no ano passado fabricou 325 mil veículos.
Ano passado - No final do ano passado, a Ford anunciou que esperava concluir a negociação até o final do primeiro trimestre de 2010. Em comunicado, divulgado na época, informou que todos os principais pontos relacionados à potencial venda da Volvo Cars tinham sido definidos. O que faltava para concluir a venda era trabalhar as partes de financiamento da aquisição e das aprovações dos respectivos governos. A Ford Motors Co., segunda maior montadora dos Estados Unidos, anunciou em dezembro de 2008 a intenção de vender a marca de luxo sueca. Em outubro, informou que considerava que o grupo chinês Geely havia feito a melhor oferta pela Volvo Cars, que seria de US$ 2 bilhões, mas foi concluída por US$ 1,8 bilhão. A Volvo Cars foi fundada na cidade de Gotemburgo, norte do país, em 1927. A China se tornou no início de 2009 o maior mercado de automóveis do planeta, após a queda nas vendas nos Estados Unidos em consequência da crise econômica. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇO



Da redação – Blumenau / SC
Burger King abre primeira unidade em Blumenau
O Burger King, segunda maior rede de fast food de hambúrgueres do mundo, inaugura nesta semana seu segundo restaurante em Santa Catarina. O local escolhido foi o Shopping Neumarkt, em Blumenau/SC, na praça de alimentação. A loja foi aberta pelo grupo paraguaio Vierci, responsável pela franquia da marca no Estado, e ocupa uma área de cerca de 140 metros quadrados.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Redes aumentam estoques de móveis
Os estoques de móveis de algumas das maiores redes varejistas do país estão bem acima da média neste mês. Há casos de lojas que quase dobraram suas reservas. A corrida por estoques foi motivada pelo fim do benefício do IPI reduzido para móveis, marcado para o dia 31. As lojas aproveitaram a desoneração e reforçaram suas reservas. Apesar do término do prazo, a maioria das redes deve manter preços inferiores em abril, durante o período de vendas do Dia das Mães, segunda melhor data no ano para o varejo desses produtos. O Grupo Pão de Açúcar confirma alta de 70% em março deste ano ante o mesmo mês de 2009 nos estoques de móveis de suas lojas Ponto Frio, Extra e dos sites de ambas as marcas. Luiz Carlos Batista, presidente da rede Insinuante, uma das maiores compradoras dos fabricantes de móveis brasileiros, admite aumento de 40%. A Magazine Luiza não confirma o dado, mas seu site na internet lembra o cliente de que o fim do IPI reduzido se aproxima. Casas Bahia também não deu informações.No setor, não há esperanças de prorrogação do benefício, conforme já sinalizou o ministro Guido Mantega. A solução, portanto, será investir em publicidade para mostrar ao cliente que os preços permanecerão baixos por algum tempo. "Estamos bem estocados e faremos campanha de liquidação. O estoque que fizemos nos permite avançar além de abril", diz o dono da Insinuante.

Da redação – São Paulo / SP
São Bernardo do Campo recebe evento de franchising
Hoje e amanhã, acontece a primeira edição da São Bernardo do Campo Franchising Business, evento organizado pela Brazil Trade Shows (BTS) e realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) com o apoio da Prefeitura de São Bernardo do Campo. A feira será gratuita e reflete a força industrial do município que, hoje, é o 15º maior potencial de consumo do País e o quarto maior de São Paulo. Durante o evento serão realizados cursos gratuitos com o objetivo de ampliar o conhecimento do público sobre o setor de franchising.

Da redação – São Paulo / SP
Oficina Brasil chega a 100 lojas no país
A Oficina Brasil, maior rede de serviços automotivos do país, abriu sua unidade número 100, sendo a primeira loja de rua, a pretende, em sua expansão, gerar mais 450 vagas de emprego somente no primeiro semestre.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – São Paulo / SP
Mato Grosso cresce no ranking dos estados exportadores brasileiros
O estado do Mato Grosso passou do quarto para o segundo lugar no ranking nacional dos maiores exportadores do agronegócio. Neste primeiro bimestre, as vendas referentes ao segmento somaram US$ 951,51 milhões, contra US$ 898,15 milhões, contabilizados em igual período de 2009. Apesar de galgar posições no ranking nacional, o ritmo mostrado neste início de 2010, está mais lento, já que a expansão observada no período é de apenas 5,94%. O primeiro e o terceiro colocados do ranking, São Paulo e Minas Gerais, cresceram de um bimestre para outro, 21,23% e 15,36%, respectivamente. Os números foram divulgados ontem, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A perda de ritmo no Estado revela ainda que depois de meses crescendo acima da média nacional, Mato Grosso fechou com percentual aquém. Neste primeiro bimestre, o Brasil exportou pouco mais de US$ 8,74 milhões em produtos agropecuários, cifras 8,65% acima do registrado em igual período de 2009. Do total nacional comercializado, Mato Grosso foi responsável por 11,51%. Além de o Estado estar iniciando as exportações de soja – as lavouras estão em plena colheita -, a performance mais tímida do Estado reflete a emersão de grandes concorrentes nacionais, como São Paulo e Minas Gerais, que registram evolução negativa na maior parte do ano passado.


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MERCADO DE TECNOLOGIA


Redwood City / EUA
Oracle adota nova política para suporte de hardware
A desenvolvedora Oracle adotou um pensamento “tudo ou nada” para a sua política de suporte à hardware, de acordo com um documento publicado no site oficial da empresa. A política, que se tornou oficial do dia 16 de março, declara que “ao adquirir o suporte técnico, todos os sistemas de hardwares devem ser suportados (Oracle Premier Support for Systems ou Oracle Support for Operating Systems) ou não suportados. Isso inclui plataformas rodando o Solaris 10.9 ou mais recente, Enterprise Linux e Oracle VM, além de “todos os sistemas de hardware para os quais você aplicou serviços recebidos sob o contrato de suporte para outro sistema de hardware (incluindo o compartilhamento de atualizações, correções, alertas de segurança, configurações ou instalações e assistência). Clientes que não comprarem suporte para sistemas de hardware não poderão obter “lançamentos de manutenções, atualizações, assistência via telefone ou qualquer outro serviço de suporte”.
Máquinas que já chegaram ao fim de sua vida útil, que são registradas como “aposentadas”, não são afetadas pela política. A política também lista custos que incorrem caso o contrato de suporte de hardware de um cliente exceda 90 dias ou se nenhum contrato for comprado. Os sistemas devem ser determinados como “prontos para serviço” pela Oracle, que implica aos consumidores a “aquisição do Premier Support Qualification Service (quanto o atual expira) e o atendimento a todos os requerimentos pré-estabelecidos pela equipe de serviço para obter um certificado de qualificação para o sistema de hardware”. Uma taxa de reintegração também se aplica. O valor é de “150% da última taxa paga por suporte ou 150% do preço de suporte técnico para o sistema de hardware, proporcional às datas de contratação e expiração do serviço de suporte. Os consumidores também devem adquirir o Premier Support Qualification Service caso queiram mudar de suporte a sistema operacional para Premier Support for Systems. (Agência IDG News Service)


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MERCADO WEB


São Paulo / SP
Lucro do UOL no 4.º trimestre de 2009 aumenta 168%
O UOL fechou o 4.º trimestre fiscal de 2009 com lucro líquido de 56,2 milhões de reais, um resultado 168% maior que o do mesmo período do ano anterior, segundo dados de balanço divulgado na quinta-feira (25/3). No ano, o lucro líquido da empresa atingiu 137 milhões de reais, 42% maior que em 2008. Excluindo itens não recorrentes, o crescimento do lucro líquido ano após ano foi de 5%. O lucro líquido por ação no 4.º trimestre foi de 47 centavos de real. Segundo a empresa, o crescimento foi resultado ao aumento na receita de publicidade e dos produtos e serviços, com destaque para o crescimento do serviço de pagamentos PagSeguro, relacionado à expansão do comércio eletrônico, e do UOL Host, bem como à aquisição de empresas realizadas durante o ano de 2009. A receita de publicidade no 4.º trimestre foi de 140 milhões de reais (crescimento de 59%) e a de assinaturas, 133,1 milhões de reais (crescimento de 1%). O total da receita bruta no período foi de 273,8 milhões de reais. No ano, essas receitas alcançaram 440,1 milhões de reais e 523,9 milhões de reais, respectivamente, que representaram crescimentos de 55% e 1%. A receita bruta anual atingiu 964 milhões. A empresa afirmou ter havido queda de 2% no número de assinantes, que em dezembro de 2009 somavam 1,8 milhão. No entanto, houve aumento do ticket médio, já que o número de assinantes de banda larga aumentou 11% em relação a 2008, para 1,33 milhão. (Agência Reuters)


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TELECOM & ENERGIA


Estocolmo / Suécia
Nokia adquire desenvolvedora de browser para celulares
A Nokia anunciou que adquiriu a Novarra, uma empresa privada com sede em Chicago/EUA e especializada em navegadores móveis. A tecnologia da Novarra, que pode comprimir e reformatar o conteúdo de sites para celulares que não podem mostrá-los em seu formato original, será utilizada para melhorar a experiência de navegação dos celulares de baixo custo da Nokia, incluindo aparelhos da plataforma Series 40, de acordo com comunicado da empresa finlandesa. Os primeiros resultados da compra deverão aparecer ainda este ano, afirmou a Nokia, sem fornecer maiores detalhes. A compra é vista como um modo de a Nokia oferecer o acesso móvel a internet em mercados emergentes. Em países desenvolvidos, o acesso à web móvel cresce graças à popularização dos smartphones. Mas não será o caso nos países emergentes, de acordo com Jonathan Arber, analista de pesquisas sênior da IDC. Em mercados emergentes, operadoras e fabricantes de celular precisam oferecer acesso e serviços de internet por meio de aparelhos mais baratos, que é o que a Nokia aparenta querer, disse Arber. A Nokia não forneceu nenhum detalhe financeiro sobre o negócio, mas a aquisição deverá ser concluída ainda no primeiro semestre de 2010. Com mais de 100 empregados, a Novarra será uma subsidiária da Nokia. O cenário de navegação móvel tem se mostrado aquecido nos últimos dois meses. Esta semana a Opera Software submeteu à Apple uma versão para iPhone de seu minibrowser, para aprovação. E a Mozilla decidiu interromper o desenvolvimento de uma versão móvel do Firefox para Windows Mobile - ela decidiu concentrar esforços em uma versão para celulares com sistema Android e na versão existente do browser para o Maemo, sistema operacional usado no Nokia N900. (Agência IDG News Service)


Da redação - São Paulo / SP
Vivendi dá início à oferta de compra de ações da GVT
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tornou público na sexta-feira passada, dia 26/3, o edital de oferta de compra de ações ordinárias da operadora de telefonia GVT pela Vivendi. O fechamento do capital da GVT foi aprovado pelos acionistas em 8/3. A transação, que será intermediada pelo Banco Itaú, prevê a compra de 100% das ações emitidas pela GVT, pelo valor de 56 reais cada, atualizado de acordo com a taxa SELIC entre 13/11/2009 e a data de liquidação. Até agora a empresa francesa diz controlar 87% das ações, por meio de aquisições no mercado e do exercício de todas as opções de compra. No edital encaminhado à CVM, a Vivendi afirma que "ambas as companhias estão alinhadas estrategicamente" e que ela "possiu as melhores condições para desenvolver de forma plena o potencial da GVT", que deverá se consolidar como "a principal operadora alternativa de telecomunicações no país". A oferta será realizada em leilão eletrônico, no dia 27/4, pelo sistema Mega Bolsa da BM&FBovespa. (Fonte: Bovespa)


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
O gênio da provocação
Em 11 de fevereiro o mundo da moda se chocou pela última vez com o estilista londrino Alexander McQueen. Dessa vez, infelizmente, porque ele fora encontrado morto em seu apartamento em Mayfar, Londres. O enfant terrible, o bad boy da moda britânica não poderia mesmo ter um fim convencional. Afinal, ao longo de seus 40 anos, ele nunca foi dado a convenções mesmo.
Filho de um humilde taxista, Lee Alexander McQueen precisou abandonar a escola aos 16 anos e passou a estagiar em boutiques da tradicional rua de alfaiataria inglesa Savile Row como Anderson & Sheppard e Gieves & Hawkes, onde confeccionou ternos que seriam usados por poderosos como o príncipe Charles e Mikhail Gorbachev. Passou, então, um curto período de tempo na alfaiataria de Romeo Gigli, na Itália.
Dessa época, herdou uma técnica precisa no feitio de ternos. Louise Wilson, diretora do curso da Central Saint Martins, disse em entrevista à revista americana WWD, que o estilista trouxe essas habilidades ao curso que frequentou, tendo se formado em 1994. “Ele tinha trabalhado na Itália para pessoas como Romeo Gigli, e tinha habilidades que faziam com que distorcesse o corpo da mulher e alargasse os limites do corte e da alfaiataria”.
Sua formatura na prestigiada universidade londrina já mostrou que o designer viria para ficar. A stylist – conhecida por guru fashion – Isabella Blow se encantou tanto com a coleção apresentada por McQueen que a comprou inteira, por 5 mil libras, e deu o impulso de que Alexander precisava. Segundo o jornal NY Times, seus primeiros desfiles em Londres, em locais de estilo underground, foram recebidos como um break das tradicionais coleções de luxo mostradas em outros lugares na Europa. O interessante na obra de McQueen é que, apesar de ter estagiado com alfaiates extremamente clássicos, ele virou o nariz para as convenções do estilo inglês e apresentou coleções chocantes nas passarelas, que faziam de seus desfiles verdadeiros espetáculos de moda.
Difícil enumerar todas as vezes que sua ousadia tirou o fôlego da crítica, mas alguns exemplos marcantes são as roupas feitas com ossos de animais, a produção das modelos, que ora pareciam pacientes de um sanatório, ora se assemelhavam a peças de xadrez em tamanho humano. Sua controversa coleção Highland Rape, de 1995, a base de tecidos remendados e patchwork e o desfile realizado em 2008 em homenagem à amiga Isabella Blow (que havia se suicidado) - com uma cortina em forma de asas angelicais e um pôster com a imagem de Isabella indo aos céus em uma carruagem puxada por cavalos alados - foram outros momentos inesquecíveis de sua carreira.
Com uma personalidade tão forte e obras-primas da moda, Alexander não demoraria para chamar a atenção de grandes empresários. Em 1996, seria chamado pelo grupo LVMH para assumir a direção criativa da Givenchy, no intuito de modernizar a marca, conhecida por seus vestidinhos pretos. McQueen aceitou a proposta e os cinco anos à frente da maison foram necessários para seu amadurecimento. Já em 1996 ganharia o primeiro de quatro prêmios British Designer of the Year (os outros foram em 1997, 2001 e 2003). Alexander ganharia ainda, ao longo de sua carreira, o prêmio de Men's Designer of the Year em 2004 e de Best International Designer pelo CFDA em 2003 e recebeu uma homenagem da rainha Elisabeth II por serviços prestados à indústria da moda.
Seu método criativo, é claro, não era nada convencional. “Ele literalmente cortava tecidos direto do rolo, dispunha no chão e pedia a tesoura a sua assistente. Aí ele ia pensar em como 'atacar' o pedaço de tecido. E eis um vestido ou um blazer surgindo”, disse à revista WWD a stylist Camilla Nickerson. “Lembro a primeira vez que vi Alexander McQueen,” completou Suzy Menkes do International Herald Tribune. “Ele estava em um pequeno apartamento no East End. Todo o chão estava caótico com pedaços de tecidos e coisas ao redor, pedaços de fios…” Pois, assim com suas raízes e seu estágio pela Savile Row, sua temporada à frente da Givenchy também acrescentou elementos à obra de McQueen e muitas de suas peças tinham acabamento de alta-costura e eram vendidas sob encomenda. “A moda deveria ser uma forma de escapismo, e não de prisão”, disse em uma entrevista ano passado. Realmente, suas coleções misturavam contos de fada à sua própria biografia e tinham sempre o tempero da vanguarda.
“Ele trouxe um senso muito britânico de coragem e uma ousadia estética ao palco global da moda. Em tão curta carreira, a influência de Alexander McQueen foi impressionante — do street style à cultura musical e aos museus”, disse a editora da Vogue americana Anna Wintour. E ela tem razão, pois McQueen foi além das passarelas. Em 1997, foi diretor de arte da capa do álbum da Björk “Homogenic”, e dirigiu o clipe de uma das faixas do álbum “Alarm Call.” Ele também desenhou o blazer vestido por David Bowie na capa de seu álbum “Earthling” e Lady Gaga usa peças da atual coleção primavera verão do designer — incluindo os famosos sapatos Armadillo — no clipe do single “Bad Romance".
Em toda sua obra, McQueen expunha sua característica agressiva, e uma fascinação por assuntos dark. “Sua imaginação brilhante não tinha limites. Por um lado, ele era o mestre do fantástico, criando assombrosos desfiles de moda que misturavam design, tecnologia e performance. Por outro, era um gênio moderno cuja estética gótica foi adotada por mulheres do mundo todo", disse Alexandra Shulman, editora da Vogue britânica. Além de toda sua contribuição artística, McQueen tinha orgulho de sua marca apresentar grande valor econômico: sua grife (hoje controlada em 51% pelo Grupo Gucci, filial da PPR) tem atualmente 11 lojas próprias, 194 pontos de venda em 39 países e emprega 180 pessoas. E ele era admirado também por chegar onde todo estilista desejo: o topo da pirâmide da moda, mas com a preocupação cada vez maior de chegar a mais e mais pessoas. Há poucas estações, apresentava seus desfiles ao vivo pela internet, com o intuito de chegar a países que não tinham acesso a suas coleções. E brincava: “Na real, meu objetivo é dominar o mundo!” (Fonte: Estela Marchesini – Gestão de Luxo/FAAP)


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AGENDA – Eventos / Cursos / Feiras


Da redação – São Paulo / SP
Aberto Inscrições para o Seminário de Silvicultura 2010
A SIF – Sociedade de Investigações Florestais, entidade vinculada à Universidade Federal de Viçosa, estará promovendo na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais,nos dias 12,13 e 14 de maio o IV Seminário sobre Silvicultura em Florestas Plantadas. O evento vai reunir pesquisadores de diferentes instituições do país, gerentes e técnicos do setor florestal, estudantes de graduação e pós- graduação ,prestadores de serviços e produtores rurais. Paralelo ao seminário acontece uma exposição composta de quinze estandes com a participação das empresas Unibras Agroquimica, Vet química,Dinagro Agropecuária, Bayer,Milenia,Boutin,Syngenta,Markan,Motocana,Treviso Máquinas,Inflor,Fertilizantes Heringer, Timac Agro, Biosoja e Guarany. Além das empresas expositoras , a comissão organizadora conta com o apoio da Forestech, Painel Florestal, Hydropan e Grupo Remade. As inscrições para o seminário estão abertas no site da SIF ( WWW.sif.org.br ) até o dia 05 de maio. (Fonte: Assessoria de Imprensa da SIF – Sociedade de Investigações Florestais)


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