Edição 293 | Ano II

Prezado Leitor,
Durante alguns dias fizemos testes para a implantação de um novo layout para nosso site, entretanto recebemos muitos e-mails da dificuldade de nossos leitores para acessá-lo. Por esse motivo, voltamos com nosso layout original até que consigamos efetuar novos testes sem os problemas apresentados.


Obrigado pela compreensão.
Equipe i-press.biz


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Washington / EUA
Brasil cai de 59º para 61º em ranking mundial de tecnologia
O Brasil caiu duas posições em um ranking que aponta os índices de preparo tecnológico entre os países do mundo. Em 2008, o país detinha a 59ª posição, e passou para a 61ª no ano seguinte. A Suécia se posicionou, pela primeira vez, como o país líder do relatório, cuja autoria é do Fórum Econômico Mundial e da escola de negócios Insead. No ano passado, o país nórdico ficou em 2º lugar. Os dados foram divulgados ontem, a tarde, dia 25/3. O relatório é elaborado a partir da "facilidade de rede", que se baseia em alguns critérios que juntam dados consolidados e pesquisas. Dentre critérios inclusos, estão a viabilidade de capital de risco, adoção de banda larga, proteção à propriedade intelectual, educação científica e matemática. Nos subcritérios, o Brasil aparece em 47º quanto aos hábitos de uso tecnológico, em 62º no que se refere à facilidade de acesso à tecnologia, e em 74º em relação a ambiente (que envolve critérios de mercado, políticas regulatórias e infraestrutura). Após a Suécia, vêm Singapura, Dinamarca, Suíça e Estados Unidos. Os piores países, em ordem decrescente, são Burundi, Timor Leste, Bolívia, Zimbábue e Chad. (Agência EFE)


São Paulo / SP
Serasa diz que empresários pretendem rever faturamento para cima no 2º trimestre
Mais de metade dos empresários brasileiros pretende rever suas projeções de faturamento para o segundo trimestre deste ano, aponta pesquisa da Serasa Experian. O levantamento mostra que 61% dos 1.010 executivos ouvidos vão alterar suas estimativas - 87% deles para cima. "Há consenso dos empresários sobre o melhor resultado de seu negócio, em termos de faturamento. Isto, aliado ao vigoroso crescimento econômico, amplia a confiança do empresário que, gradualmente, eleva a contratação de novos funcionários e aumenta seus investimentos", afirma a Serasa. As grandes empresas são as mais otimistas, com 93% apostando em um faturamento maior que o previsto. As médias e pequenas aparecem praticamente empatadas, com 87% e 86%, respectivamente. Os Serviços (89%) e a Indústria (88%) são os setores que mais acreditam em um faturamento superior na revisão de suas expectativas. No Comércio, são 84% dos empresários. Na análise regional, o Nordeste desponta como a região onde a maior parcela (91%) dos empresários revisarão seu faturamento para cima no período. Na sequência, estão o Norte (88%), Sudeste (87%), Sul (86%) e Centro-Oeste (79%). A pesquisa mostra ainda que 76% dos empresários preveem faturar mais neste ano que em 2009, quando a economia brasileira sofreu com os impactos da crise financeira global. Além disso, a maioria dos empresários (59%) do país vai manter os investimentos, conforme planejado, no 2º trimestre deste ano. 33% pretendem aumentá-los, 7% vão postergá-los e apenas 1% irão cortá-los.
Emprego - Para o 2º trimestre de 2010, 56% dos empresários brasileiros acreditam que o quadro de funcionários permanecerá o mesmo. Cerca de 38% preveem aumentar e apenas 6% acham que diminuirá. Questionados sobre as condições de crédito do mercado, 54% dos empresários entrevistados afirmaram que elas permanecerão as mesmas no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior. Para 31% melhorarão e para 15% vão piorar.


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INDICADORES ECONOMICOS


Rio de Janeiro / RJ
IBGE aponta que fevereiro teve geração recorde de vagas para o período
O mercado de trabalho registrou, em fevereiro, geração recorde de novos postos para este período do ano. Foram abertas 725 mil novas vagas no mês passado, na comparação com fevereiro do ano anterior, maior volume observado para o mês de fevereiro desde o início da série medida pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, iniciada em março de 2002. No ano passado, impactado pela crise, foram identificadas a criação de 283 mil novos postos. Em 2008, quando o mercado de trabalho tinha apresentado o melhor desempenho até então, foi observada a geração de 637 mil novas vagas no segundo mês daquele ano, sempre na comparação com fevereiro do ano anterior.
Para o coordenador da PME - Pesquisa Mensal de Emprego, Cimar Azeredo, o mercado de trabalho, em termos de desocupaçao, encontra-se em um novo patamar. As taxas de desemprego registradas neste início de ano - 7,2% em janeiro, e 7,4 em fevereiro - confirmam a arrancada em 2010 e são corroboradas pelos bons números relativos ao mercado formal. A geração de empregos com carteira assinada também foi recorde para um mês de fevereiro. "Já estamos em um outro patamar de desocupaçao. Estão sendo geradas mais vagas em relação ao crescimento vegetativo da população", afirmou, referindo-se ao fato de que a população ocupada teve expansão de 3,5%, enquanto a população em idade ativa aumentou 1,4%, em relação a fevereiro de 2009. "A geração de empregos está maior, e, ao mesmo tempo, a renda e o poder de compra da população estão em alta. Isso vem puxando o mercado de trabalho", acrescentou.
A taxa de desemprego registrou o menor nível para o mês em todas a regiões avaliadas pelo IBGE. Em Porto Alegre, a população desocupada representou 5,1% da população economicamente ativa (população acima de dez anos de idade); no Rio, ficou em 5,6%, seguido por Belo Horizonte (6,5%), São Paulo (8,1), Recife (8,8%) e Salvador (11%). "No Rio de Janeiro e em Porto Alegre, a taxa de desocupação está em níveis americanos, no pré-crise", observou Azeredo.
O mercado formal acompanha o ritmo do mercado de trabalho e também apresentou números recordes em fevereiro. Os empregos com carteira assinada cresceram 6,4%, o que significou 598 mil novos postos formalizados, na comparação com fevereiro de 2009. "Parte expressiva das novas vagas abertas fam com carteira assinada", assinalou Azeredo. Do total de empregados no setor privado, 60,4% tinham carteira assinada em fevereiro, maior nível para o mês, desde o início da série histórica. Nas regiões do Nordeste pesquisadas, a população ocupada com carteira assinada já representa 40% do total desde o início do ano, fato que não havia acontecido antes na série do IBGE.
Entre os setores avaliados, a construção teve aumento de 8,1%, ou 125 mil novas vagas, na comparação com fevereiro do ano passado. Os serviços prestados às empresas foam responsáveis por 124 mil novos postos, alta de 3,9% frente a igual mês de 2009. No comércio, foram 108 mil novas vagas, incremento de 2,7%; já na indústria, foam 73 mil novos postos na comparação com fevereiro de 2009, avanço de 2,1%.


São Paulo / SP
Pesquisa da FGV aponta aumento na intenção de compra de bens duráveis
Entre os quesitos que compõem o Índice de Confiança do Consumidor, divulgado nesta quinta-feira pela FGV - Fundação Getulio Vargas -, o indicador que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais contribuiu para a evolução em março. Após três meses consecutivos em queda, o indicador registrou aumento de 4,2%, retornando ao nível de outubro passado. A proporção de consumidores prevendo comprar mais nos próximos seis meses subiu de 9,5% para 11,6%. Já a parcela projetando comprar menos caiu de 31,0% para 29,8%.
Na média, a confiança do consumidor teve uma pequena elevação (0,6%) entre fevereiro e março, atingindo 110,9 pontos, considerando-se os dados com ajuste sazonal. O índice é composto por cinco quesitos que fazem parte da Sondagem de Expectativas do Consumidor. Em março, as avaliações sobre o momento atual se tornaram menos favoráveis e as expectativas em relação aos próximos meses mais otimistas. O índice que mensura a confiança na situação atual teve redução pelo segundo mês consecutivo, passando de 123,4 para 121,5 pontos, patamar ainda elevado em termos históricos. Já o índice de expectativas voltou a subir, após três meses em queda, indo de 103,2 para 105,4 pontos.
O grau de otimismo das famílias com relação às finanças pessoais no horizonte de seis meses ficou estável, sustentado por expectativas favoráveis sobre o mercado de trabalho. Entre fevereiro e março, a proporção de consumidores prevendo melhora aumentou de 28,7% para 29,4%, enquanto a parcela projetando piora passou de 3,7% para 3,8%. A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de mais de 2.000 domicílios em sete capitais brasileiras. A coleta de dados foi realizada entre os dias 1 e 22 deste mês.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas asiáticas

Hong Kong / China
Bolsas da Ásia sobem após acordo sobre ajuda para a Grécia
As principais Bolsas da Ásia fecharam esta sexta-feira em alta, com desempenho positivo em quase todos os setores, ajudada pelo anúncio de ajuda financeira para a Grécia.
- A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,55% no índice Nikkei, para 10.996 pontos.
- O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,32%, aos 21.053 pontos. Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul teve valorização de 0,55%, aos 1.697 pontos.
- Em Xangai, a Bolsa teve alta de 1,34%, para 3.059 pontos.
- Taiwan ganhou 0,49%, a 7.876 pontos.
- Cingapura teve alta de 0,062%, para 2.906 pontos.
- A Bolsa de Sydney ganhou 0,24%, para 4.896 pontos.
- O índice MSCI, que acompanha as principais bolsas da região Ásia-Pacífico exceto Japão tinha alta de 0,51%, aos 419,98 pontos, às 7h57 (horário de Brasília). Com isso, acumulava alta de 1% no acumulado do ano.
Análise - "Basicamente parece que o problema (da Grécia) será resolvido sem muito tumulto, então as coisas devem se acalmar. A única preocupação é se vão aparecer mais problemas com Portugal e Espanha", afirmou Kenichi Hirano, operador na Tachibana Securities, em Tóquio.
A ajuda para a Grécia foi definida ontem em uma reunião envolvendo os governos dos países da zona do euro e lideranças da União Europeia. A Alemanha, que se opôs a uma ajuda precipitada à Grécia baseada exclusivamente em empréstimos bilaterais dos países europeus, conseguiu fazer ontem com que os demais membros comunitários aceitassem uma solução combinada entre contribuições bilaterais e apoio do FMI (Fundo Monetário Internacional).



ONTEM – Fechamento das Bolsas: Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa "vira" perto do fim e fecha em queda de 0,68%
Próximo ao encerramento dos negócios, a tendência de alta perdeu força na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), que fechou em terreno negativo, num dia de giro financeiro mais baixo. As Bolsas americanas, que também subiram durante boa parte do dia, encerraram mistas a rodada de negócios desta quinta-feira.
- O Ibovespa recuou 0,68% no fechamento, aos 68.441 pontos, acumulando queda de 0,21% no ano.
- O giro financeiro foi baixo, na casa dos R$ 5 bilhões - a média do mês é R$ 6,6 bilhões/dia.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,812, em um acréscimo de 0,55% sobre o fechamento de ontem.
- A taxa de risco-país marca 173 pontos, número 4,41% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - Analistas atribuíram a queda a uma parcela dos agentes de mercado que se antecipou a um possível desfecho para "o drama grego". "Pode ter ocorrido hoje aquela velha máxima do mercado, de que a Bolsa sobe no boato, e cai no fato. Mas acho que a reação foi um pouco exagerada. Ainda está tudo muito vago", comenta Boris Kogan, da mesa de operações da Walpires Corretora. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA apontou uma queda na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego, que é um importante termômetro das condições do mercado de trabalho local. Foram feitos 442 mil pedidos de auxílio-desemprego - ou 14 mil a menos do que na semana passada. É o menor volume das últimas seis semanas. Agências internacionais reportaram hoje que Alemanha e França finalmente chegaram a um acordo em torno de programa de auxílio à Grécia, país da zona do euro mergulhado numa série crise financeira, que ameaça a estabilidade da região. Houve algum estresse, no entanto, com as declarações do presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, de que a Europa têm de que tomar a responsabilidade por seus problemas financeiros. A frase não agradou aqueles que contavam com um desfecho para o imbróglio sobre o auxílio à Grécia.
Análise 2 - No front doméstico, o IBGE anunciou uma taxa de desemprego de 7,4% em fevereiro ante 7,2% em janeiro. Trata-se da menor taxa para um mês de fevereiro desde 2002, início da série histórica. E o Banco Central avalia que aumentou o risco de a inflação sair de um "cenário benigno", o que justificaria uma alta nos juros no próximo encontro. A análise consta da ata do Copom (colegiado de diretores do BC), relativa à reunião da semana passada, quando se decidiu pela manutenção da taxa básica em 8,75% ao ano.
Empresas - A ação preferencial da Brasil Telecom amargou a pior queda (5,46%) entre os papéis que compõem o índice Ibovespa. Hoje, o grupo Oi anunciou a relação de troca entre as ações da BrT e da holding de telefonia, no âmbito do processo de fusão das duas empresas. Pelo comunicado ao mercado, cada ação ordinária da BrT vai valer 0,3955 de um ação ordinária da Telemar (Oi); no caso das ações preferenciais da BrT, a relação é de uma para cada 0,2191 de uma ação classe C da Telemar. Segundo a Oi, as relações de troca foram propostas após o ajuste nas provisões (dinheiro em reserva) para fazer frente às "contingências judiciais" da BrT.


Nova Iorque / EUA
Bolsas de Nova York fecham pregão sem direção comum
Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam sem direção comum, mas perto da estabilidade, após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, criticar a ideia de um pacote de auxílio financeiro à Grécia baseado apenas em recursos do Fundo Monetário Internacional. O comentário enfraqueceu a perspectiva de concretização de um acordo a respeito do assunto e elevou a aversão ao risco entre os investidores, o que pesou sobre as ações - que durante grande parte da sessão operaram em alta - e impulsionou o dólar pouco antes do encerramento do mercado.
- O Dow Jones subiu 5,06 pontos, ou 0,05%, para 10.841,21 pontos, acumulando alta de 5% do início do mês até agora.
- O Nasdaq perdeu 1,35 ponto, ou -0,06%, para 2.397,41 pontos.
- O S&P 500 recuou 1,99 ponto, ou -0,17%, para 1.165,73 pontos.
Análise - A Walt Disney liderou os ganhos entre os componentes do índice, avançando 2,04%, beneficiada pela divulgação de resultados financeiros acima do previsto por algumas redes varejistas norte-americanas. A Home Depot também foi beneficiada pelo mesmo fator e fechou em alta de 0,93%. Uma dessas varejistas foi a Best Buy, cujas ações avançaram 3,59% após a companhia anunciar um aumento de 37% no lucro fiscal do quarto trimestre em relação a igual período do ano anterior devido a vendas fortes de notebooks e televisores, o que compensou o declínio nos preços dos produtos. Os componentes financeiros do Dow Jones também conseguiram encerrar a sessão em território positivo diante dos comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, sobre a necessidade da manutenção de juros baixos para a economia norte-americana. A American Express subiu 1%, enquanto o Bank of America ganhou 0,97%. JPMorgan fechou estável. Segundo Jill Holup, vice-presidente executivo da Lowenberg Wealth Management, "Bernanke afastou parte dos receios com um aumento nas taxas de juro no curto prazo". Os integrantes do segmento de energia, no entanto, seguiram direção oposta, reagindo às oscilações no câmbio decorrentes do noticiário sobre o potencial pacote de auxílio à Grécia. A ExxonMobil perdeu 0,32% enquanto a Chevron recuou 0,18%.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em alta com expectativa sobre a Grécia
As Bolsas europeias fecharam em alta ontem, dia 25/3 na expectativa de decisões do Conselho Europeu, que congrega 27 líderes da União Europeia, sobre a Grécia. O país da zona do euro está mergulhado numa série crise econômica, que ameaça a estabilidade da região.
- A Bolsa de Paris fechou em alta de 1,28%, passando acima dos 4.000 pontos pela primeira vez desde meados de janeiro.
- O Footsie-100 de Londres ganhou 0,88%, a 5.727,95 pontos.
- Em Frankfurt, na Alemanha, o Dax ganhou 6.132,95 pontos, com alta de 1,56%.
- Já o índice Ibex-35 de Madri ganhou 2,07% a 11.091,40 pontos.
Análise - Fontes diplomáticas anônimas relataram às agências de notícias que Alemanha e França chegaram a um acordo em torno de programa de auxílio financeiro à Grécia. Ainda não há informações oficiais sobre o suposto acordo. De acordo com os diplomatas ouvidos pela Associated Press e Efe, o acordo deve abranger outros países em situação problemática e pode incluir o FMI (Fundo Monetário). A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, defendeu hoje que a ajuda à Grécia combine empréstimos bilaterais com recursos do Fundo.


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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF e São Paulo/SP
Carteira de crédito da Caixa cresce 56% no primeiro bimestre
Com a taxa Selic em seu menor patamar desde a criação do Copom, em 1996, a Caixa Econômica Federal expandiu a carteira de crédito em 56% no primeiro bimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2009, atingindo mais de R$ 130 bilhões. Entre os motivos apontados para a expansão, está a manutenção das taxas de juros no bimestre, após sete reduções ao longo do ano passado, acompanhando o movimento da Selic. A Caixa também atribui a alta às melhorias feitas em alguns produtos. "A previsão é de que o desempenho da Caixa supere a expansão de mercado neste ano, repetindo o verificado em 2009, dada a sua estratégia para o crédito, com crescimento de 30% e destaque para a prática das menores taxas do mercado", avalia o vice-presidente de Finanças, Márcio Percival Alves Pinto.
No ano passado, os bancos públicos - Caixa e Banco do Brasil - foram incentivados pelo governo federal a ativarem o crédito no país, que foi duramente castigado pela crise financeira global. A carteira de crédito da Caixa cresceu 55,3% em 2009, enquanto Itaú Unibanco, Santander e Bradesco tiveram aumento de 2,4%, 1,7% e 6,8% em suas carteiras, respectivamente, no comparativo com 2008. Entre as linhas que tiveram destaque neste bimestre, está o empréstimo destinado à aquisição de bens de consumo durável. O banco concedeu em janeiro e fevereiro deste ano cerca de R$ 30,8 milhões, com mais de 35 mil contratações. A concessão média mensal desta linha de empréstimo saltou de um volume de R$ 8,9 milhões em 2009 para R$ 15,4 milhões em 2010.
Outro destaque foi o penhor, que apresentou no primeiro bimestre deste ano 1,2 milhão de contratos, somando R$ 877,1 milhões em empréstimos, superior em 9,2% ao volume emprestado em 2009. Além de redução na taxa de juros, o penhor passou por alterações, como aumento do percentual de empréstimo em relação ao valor da avaliação e reajuste da tabela de avaliação, "propiciando um maior valor de empréstimo com a mesma garantia", informa a instituição.
Em habitação, foram liberados mais de R$ 10 bilhões nos dois primeiros meses do ano - mais que o dobro registrado no primeiro bimestre do ano passado-- e o montante já ultrapassa R$ 11 bilhões até a primeira quinzena deste mês. Ao todo, foram mais de 190 mil contratos habitacionais até o último dia 15, com média de 4.000 por dia. A meta para o ano é destinar R$ 50 bilhões para a casa própria. No ano passado, a Caixa liberou R$ 47 bilhões em financiamentos para o setor, o dobro do total de 2008.
Juros - Dados do Banco Central apontaram que os bancos públicos lideraram as altas nas taxas de juros nos empréstimos para o consumidor em 2010. A instituição, no entanto, nega. "A Caixa vem mantendo suas taxas de juros inalteradas desde o segundo semestre de 2009", disse o vice-presidente de Finanças. Na última quarta-feira, dia 24/3, os presidentes do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e da Caixa, Maria Fernanda Coelho, rebateram as críticas sobre o aumento e reclamaram da metodologia do ranking do Banco Central. Os presidentes defendem a publicação das taxas mínimas e máximas praticadas por cada instituição já que a taxa média não retrata os valores de forma fiel, segundo eles. (Agências Estado e Brasil)


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INDÚSTRIA


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Conselho da Brasil Foods nega demissões na produção e afirma que prepara plano de investimentos
O co-presidente do Conselho de Administração da Brasil Foods, Nildemar Secches, disse nesta quinta-feira que a companhia pretende finalizar ainda neste ano um novo plano estratégico que vai nortear os investimentos do grupo nos próximos cinco anos. Ele lembrou que a definição depende de aprovação da fusão pelo Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A BRF, resultante da compra da Sadia pela Perdigão no ano passado, ainda aguarda a aprovação final do negócio pelo Cade para completar a integração das companhias. Segundo o executivo, a expectativa é que o conselho termine o processo ainda neste semestre. "Sabemos da complexidade da aprovação do processo, mas, tão logo o Cade aprove, estará tudo pronto para que as empresas sejam integradas", afirmou Secches após participar de palestra na Câmara de Comércio França Brasil, no Rio.
Sem estimar possíveis valores envolvidos no novo plano estratégico, Secches explicou que os recursos serão aplicados para que a BRF mantenha uma taxa de crescimento, em termos de volume de produção, em torno dos 10% nos próximos cinco anos. O executivo negou que haja planos de diminuir o número de empregados envolvidos nas plantas de produção das empresas. Ele ressaltou ainda que existe a previsão da abertura de novas fábricas da Sadia no curto prazo e que não há espaço para redução de pessoal. Atualmente, a Brasil Foods tem mais de 110 mil funcionários. Em relação aos cargos gerenciais, Secches admitiu que haverá mudanças no organograma da companhia e que as alterações previstas, caso o Cade aprove a fusão, já foram comunicadas internamente.
Mercado externo - Responsável por 42% do faturamento da Brasil Foods, o mercado internacional deverá ser uma das prioridades na atuação da companhia nos próximos anos. Para Secches, há espaço para se fazer aquisições no exterior. Ele acrescentou que o mercado externo já está praticamente recuperado, tanto em termos de consumo quanto de produção, dos efeitos da crise econômica. "Enquanto o processo de fusão estiver sendo avaliado, logicamente, as oportunidades serão maiores no exterior", disse o executivo, lembrando que o processo já foi aprovado na Europa. (Agências Reuters e Estado)


Da redação – Porto Alegre / RS
Debates técnicos em Goiás buscam incentivar a produção têxtil nacional
Um grande debate questionando os caminhos a serem percorridos para acelerar o incentivo da produção têxtil nacional. Este é o principal tema do Seminário Tecnológico 2010. Promovido pela Associação Brasileira de Técnicos Têxteis (ABTT), o evento, que acontecerá de 04 a 07 maio em Goiás junto às feiras Tecnotêxtil e Seritex, promete movimentar o setor. O local do encontro será o Centro de Convenções de Goiânia. Um dos principais argumentos para a retomada deste assunto são as importações têxteis provenientes da Ásia. De acordo com dados divulgados pela associação, entre 2008 e 2009 elas apresentaram um recuo de cerca de 20%. “Vamos definir também novas estratégias para que as confecções brasileiras ocupem este espaço, buscando sempre a apresentação de melhorias na qualidade e preços”, avalia Reinaldo Rozzatti, presidente da ABTT.
Para tanto, a entidade vem realizando uma série ações para melhor organizar o seminário. De acordo com o dirigente, contatos junto aos industriais locais, escolas e público em geral são feitos previamente visando definir os temas voltados para cada região. “Este direcionamento faz com que o interesse em participar de tais eventos aumente e atraia, a cada edição, um público maior, com mais interessados”, afirma o presidente. Em relação à parceria firmada entre a ABTT com o grupo FCEM - empresa organizadora das feiras Tecnotêxtil e Seritex 2010 - o representante da associação afirmou que os reflexos desta união são cada ano mais positivos. “A cadeia têxtil, incluindo aí profissionais, estudantes e professores, têm aplaudido a iniciativa pioneira da ABTT e FCEM, que se mantém desde 2002”.
Novidades do Seminário Tecnológico ABTT - A grande novidade do Seminário Tecnológico neste ano é a inclusão da programação do ENAT – Encontro Nacional de Tecelagem e Confecção, evento apresentado pelo SENAI-CETIQT, pela primeira vez fora de sua sede, no Rio de Janeiro. Durante o seminário em Goiânia, o tema sustentabilidade também terá destaque, pois a ABTT está comprometida com a campanha de ‘Produção Verde’. “Neste sentido o Brasil se destaca, com um enorme diferencial em relação aos produtos chineses. Na abordagem deste assunto estaremos colaborando de maneira decisiva na luta para salvar nosso planeta”, acredita Rozzatti.
Em 2012 a ABTT completará 50 anos e a entidade está preparando uma grande festividade para a comemoração. Com uma média de 10 mil visitas mês, o site da ABTT pode ser acessado pelo endereço www.abtt.org.br. A grade do Seminário Tecnológico pode ser conferida também por este endereço ou pelo www.feiratecnotextil.com.br. O telefone para contato da entidade é o 11 4587-5530 e email abtt@abtt.org.br. (Fonte: Leed - Inteligência e Soluções em Comunicação)



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AGRONEGÓCIOS

Da redação - São Paulo / SP
Captação em queda faz preço do leite subir 6%
A entressafra antecipada fez o preço do leite pago ao produtor subir 6,34% em março em relação ao mês anterior. De acordo com a Scot Consultoria, o valor médio este mês - pago pelo leite entregue em fevereiro - foi de R$ 0,671 por litro. A alta da matéria-prima já se reflete no varejo, onde o preço médio do leite longa vida subiu 12,22% entre fevereiro e março, para R$ 2,02 o litro, mostra a pesquisa.
Razão principal - Rafael Ribeiro, analista da Scot, afirma que a principal razão para a valorização dos preços ao produtor é a antecipação da entressafra do leite, reflexo, por sua vez, do fato de a safra ter começado mais cedo em 2009, com chuvas já a partir de julho. Isso derrubou as cotações ao produtor a partir de setembro do ano passado, desestimulando o investimento na produção e reduzindo a oferta atual.
Disponibilidade menor - Além da entressafra, Ribeiro observa que a disponibilidade de leite é menor também porque nesta época do ano pecuaristas do Sudeste e Centro-Oeste, principalmente, começam a "secar" as vacas para parição - elas deixam de ser ordenhadas dois meses antes do período de nascimentos de bezerros.
Investimento - A alta atual dos preços do leite estimula os investimentos na produção especialmente porque os custos estão mais baixos, afirma o analista. Isso pode, porém, significar nova pressão sobre as cotações. "Como está subindo mais cedo, é preciso avaliar até quando a alta se sustenta", acrescenta. Outro fator que poderia exercer pressão é a alta do leite longa vida no varejo, que em outros momentos levou a uma redução no consumo.
Disputa - Com menor captação de leite por causa da entressafra antecipada - normalmente esta começaria a partir de abril - , aumenta a disputa entre os laticínios por matéria-prima no chamado mercado spot (comercialização entre as empresas). O levantamento da Scot mostra uma alta de quase 19% entre fevereiro e março, saindo de R$ 0,75 para R$ 0,89 por litro.
Exportações - Os preços convidativos no mercado interno acabam desestimulando as exportações, avalia Rafael Ribeiro. "A exportação ainda não destravou. Importamos menos, mas a exportação continua baixa". No bimestre janeiro-fevereiro, as vendas externas somaram US$ 26,06 milhões e a importações, US$ 42,795 milhões, segundo o Ministério da Agricultura. Em igual intervalo de 2009, as importações somavam US$ 45,4 milhões e as exportações, US$ 44,7 milhões. (Fonte: Scot Consultoria)


Da redação – Brasília/DF e São Paulo/SP
Brasil e África estreitam cooperação técnica para desenvolver algodão
Representantes de quatro países africanos - Benin, Burkina Faso, Chade, e Mali estiveram em fevereiro na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 45 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, com o objetivo de discutir ações de cooperação técnica voltadas ao desenvolvimento da cotonicultura na África. Esses países compõem o "Cotton 4", um programa que vem sendo conduzido em parceria entre a ABC - Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores e a Embrapa desde 2007, com o objetivo de incrementar a produção de algodão naquele continente. Segundo o conselheiro da ABC, Olinto Vieira, que também participou da visita, o algodão é um produto agrícola de extrema importância para cerca de 30 países africanos. Em alguns deles, chega a representar mais de 50% do PIB. Por isso, a ABC e a Embrapa resolveram unir esforços para apoiá-los no desenvolvimento da cotonicultura, com foco em ações de transferência de tecnologias e capacitação.
O primeiro passo já foi dado com a construção da Estação Experimental de Mali que, futuramente, será expandida também para os outros três países. E o segundo está prestes a acontecer com a viagem da pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Gláucia Buso, acompanhada de dois técnicos da Unidade: Zilneide Amaral e Marco Antônio Ferreira, que deve ser realizada ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo o conselheiro, foram investidos até o momento no "Cotton 4" custos da ordem de US$ 5 milhões, "mas se considerarmos o nível de conhecimento e tecnologia dos cientistas envolvidos, os investimentos são bem maiores", afirma.
Laboratório de ponta será montado na Estação Experimental de Mali - O objetivo da viagem da equipe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia à Estação Experimental de Mali é auxiliar na implantação de um laboratório de ponta para caracterização molecular de espécies de algodão, além de treinar os técnicos africanos. A pesquisadora líder da equipe, Gláucia Buso, já esteve na Estação em 2009, quando fez um levantamento dos equipamentos e materiais necessários à montagem do laboratório. A compra desses materiais já está sendo providenciada pelo PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Segundo a técnica Zilneide Amaral, a primeira visita da equipe à África deverá durar cerca de 20 dias a um mês e depois serão realizados cursos e intercâmbios sistemáticos de técnicos e pesquisadores entre os dois países. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia)


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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Toyota paralisará produção na França e Reino Unido devido à queda nas vendas
A montadora japonesa Toyota vai suspender a produção durante quatro dias na França e por oito dias no Reino Unido, em consequência da queda nas vendas provocada pela recente crise de falhas técnicas nos carros da empresa, anunciou a agência Kyodo. Uma porta-voz da Toyota em Tóquio afirmou que não podia confirmar a informação. Segundo a Kyodo, a fábrica de Onnaing, norte da França, onde é produzido o modelo Yaris, suspenderá a produção de 6/4 a 9/4. No Reino Unido, a produção será suspensa de 29/3 a 1/4, e mais tarde de 6/4 a 9/4, completou a agência. A agência afirma ainda que outra paralisação está prevista para uma das duas linhas de produção em agosto. A Toyota anunciou o recall de quase nove milhões de carros em todo o mundo nos últimos meses, mais 1,8 milhão deles na Europa, por falhas no sistema de freio ou no pedal do acelerador de vários modelos. (Agence France Presse / AFP)


Frankfurt / Alemanha
Volkswagen levantará mais de US$ 5 bi com emissão de ações
A Volkswagen levantou ontem, dia 25/3 mais de 4 bilhões de euros (US$ 5,33 bilhões) em uma grande emissão de ações que a maior montadora da Europa lançou para proteger sua nota de crédito enquanto financia ambiciosas aquisições. Os pedidos de reserva da oferta de ações, a maior já realizada na Alemanha, devem ser encerrados nesta quinta-feira, afirmaram duas fontes próximas do assunto. Operadores citaram rumores de mercado de que a emissão de até 65 milhões de ações preferenciais seria precificada entre 64 e 65 euros (US$ 85,2 e US$ 86,5) cada. Isso faria a Volkswagen levantar até 4,23 bilhões de euros (US$ 5,63 bilhões). A montadora está buscando destronar a japonesa Toyota do posto de maior fabricante de automóveis do mundo até o final da década. A Volkswagen vai absorver a Porsche no próximo ano e não tem feito segredo sobre fazer a MAN, da qual possui 30%, fechar uma aliança com a unidade sueca Scania em algum momento. A Volkswagen encerrou o ano passado com caixa de 10,6 bilhões de euros (US$ 14,1 bilhões) depois de ter pago 3,9 bilhões de euros (US$ 5,19 bilhões) por metade das operações da Porsche em 2009. A empresa então gastou mais 1,7 bilhão de euros (US$ 2,26 bilhões) por uma participação de quase 20% na japonesa Suzuki em janeiro. A montadora alemã anunciará o preço das ações na emissão na sexta-feira. (Agência Reuters)



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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Halal agrega valor à exportação
Consumidores exigentes, a partir da mudança de comportamento de consumo, estão levando empresas a investir em selos e procedimentos de qualidade comprovados. Segurança alimentar, origem da matéria-prima e garantia de qualidade são os atributos esperados pelos novos consumidores que exigem mais que preço, marketing e embalagem. Dentro dessa corrente de produtos mais saudáveis, produzidos sem impacto ambiental e social surge o nicho religioso. A surpresa é que mais que preceitos religiosos os selos de qualidade halal (lícitos, permitidos para consumo) são vistos como garantia de qualidade de processos e alimentos confiáveis.
O especialista em mercados halal Chaiboun Ibrahim Darviche, do SIIL Serviço de Inspeção Islâmica, alerta que até mesmo consumidores não islâmicos acreditam que o selo agrega segurança de procedimento ao produto. "Este mercado de alimentos e produtos industrializados halal movimenta anualmente mais de US$ 580 bilhões em todo o mundo,não apenas no Oriente Médio, mas na Ásia, Europa, África e Américas". Darviche destaca ainda que a América Latina, especialmente o Brasil é responsável por US$ 1 bilhão desse comércio e pode ser incrementado com a certificação de novos produtos.
Segundo ele, essa exportação vai muito além do segmento carnes e já começa chegar outros setores como massas, biscoitos, sucos, chás, café, castanhas, leite e até água. A receptividade dos consumidores islâmicos ou dos mercados em geral para produtos certificados fica cada vez mais visível a cada encontros entre exportadores brasileiros e compradores locais de alimentos, sejam eles traders ou grandes redes de supermercados. Os selos de qualidade como orgânicos, kosher, selos verdes em geral, empresas comprometidas com causas sociais e halal muitas vezes ocupam parte da rotulagem de um único produto, que agrega uma série de certificados.
O diferencial, alerta o especialista, é competitivo pois transforma um produto brasileiro em uma grife de qualidades. "A escolha no ponto de venda parte dos diferenciais do produto, e os selos de qualidade halal são reconhecidos mundialmente e fazem toda a diferença na hora da decisão. Recentemente em uma grande rede de supermercado na França percebi que, uma gôndola inteira de produtos halal vem sendo frequentada por islâmicos e não islâmicos em busca de alimentos certificados" complementa.
Selo de qualidade halal - Darwiche explica que os processos de certificação e o selo de qualidade halal são bastante acessíveis para empresas de qualquer porte. "Hoje há no Brasil mais de 300 empresas que exportam com selo de halal, o importante é observar as regras, seguir as recomendações das auditorias, cumprir as determinações e adaptações para manter o selo de qualidade. Trabalhamos com um conceito de que o halal representa mais que um selo religioso, significa qualidade de vida".
O especialista complementa que além de uma exigência religiosa, a qualidade halal implica em uma série de cuidados sanitários e de qualidade de ingrediente na produção e estocagem. Segundo dados recentes de organismos internacionais, há cerca de 1,8 bilhão de islâmicos ou muçulmanos nos cinco continentes, e esse mercado consumidor cresce a um ritmo de 15% ao ano criando oportunidades para exportadores atentos.
Para os empresários interessados neste mercado, é importante lembrar que selos e certificados de qualidade devem ser expedidos por organismos de reconhecido prestígio internacional, pois têm como missão medir os níveis de concorrência na gestão do organismo solicitante, no caso do halal devem seguir fielmente as regras claras para ingredientes e procedimentos.
Chaiboun destaca que hoje há uma cultura de segurança alimentar, ainda em desenvolvimento entre os consumidores em geral, que já faz parte do dia a dia dos islâmicos há décadas por características culturais/religiosas. "Sabemos que há um gargalo de sistemas de gestão que garantam procedimentos seguros de produção e manuseio de alimentos em muitos os pontos da cadeia produtiva, desde o campo até o ponto de venda e isso só é possível com um processo de certificação sério e empresas dispostas a seguir as regras e ter selos confiáveis", finaliza.
Hoje no mercado de carnes, mais especificamente carne de frango , segundo dados divulgados recentemente pela Associação de Empresas Exportadoras de Frango (Abef), 29 dos 33 frigoríficos associados à Abef fazem o abate Halal. "O crescimento das exportações para países islâmicos comprova, além da qualidade e sanidade do nosso produto, o alto nível do abate Halal no Brasil. Em 2009 foram 1,636 milhão de toneladas, tendo como destino 60 países e correspondendo a 45% de todas as exportações brasileiras desse produto", destacou Francisco Turra, presidente da entidade.
A Abef divulgou ainda que as perspectivas para esse mercado são excelentes, estimativas indicam que a população mundial muçulmana tem uma taxa de natalidade é superior à de outras religiões. Outro ponto fundamental é o consumo per capita de carne de frango que chega a 72 quilos por pessoa/ano no Kuwait e a 61 quilos nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, enquanto no Brasil é pouco mais de 40 quilos/ano. (Agência Safras)



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MERCADO DE TECNOLOGIA


São Paulo / SP
Totvs quer comprar cinco empresas que operam com Datasul por R$ 43 milhões
A Totvs, empresa que atua no desenvolvimento e comercialização de software, anunciou a assinatura de um memorando de entendimento para a aquisição de cinco empresas que atuam como franquias de desenvolvimento de aplicativos para a Datasul. O valor da operação é estimado em R$ 43 milhões. As empresas que podem ser adquiridas são Logistics Solutions, Futura Soluções em Finanças, Acton Desenvolvimento e Consultoria de Negócios, SGP - Solução de Gestão de Pessoas e Soft Team Desenvolvimento de Sistemas. A Totvs pode comprar a totalidade do capital dessas empresas ou apenas um porcentual de cada companhia. A precificação da compra dessas empresas é um valor inferior a quatro vezes o Ebitda, segundo comunicado da companhia. A concretização do negócio ainda passa por auditoria legal, financeira e contábil nas franquias. O objetivo das aquisições é "reforçar o alinhamento no processo de desenvolvimento dos softwares da Totvs".

São Paulo / SP
Vendas de chips deverão crescer 16% em 2010, prevê IDC
Analistas do grupo IDC projetam crescimento para a indústria global de chips neste ano, mas sem exagerar no otimismo. A consultoria espera que esta indústria avançe 16% em receita em 2010. Tal desempenho só não será melhor, segundo a IDC, em razão do índice de desemprego continuar elevado em alguns países, além do fato de muitos governos retirarem as políticas de incentivo criadas para vencer a crise financeira internacional. “Ao observar o mercado de semicondutores, percebe-se uma grande recuperação”, disse o pesquisador, Mario Morales. Mas a IDC não espera uma forte recuperação na demanda por parte dos consumidores, como preveem outros analistas. (Agência IDG News Service)

Da redação – Porto Alegre / RS
Advanced IT implanta solucação de contingência no ambiente Oracle da Certisign
A Certisign Certificadora Digital, empresa de tecnologia da informação especializada em certificação digital, contratou a Advanced IT para implantar em novembro de 2009 a solução de contingência no seu ambiente Oracle. Fundada em 1996, a Certisign foi a primeira Autoridade Certificadora a entrar em operação em solo brasileiro e a terceira no exterior. O objetivo principal era a evolução do ambiente computacional, solucionando a fragilidade de contingência de bases de dados críticas. A solução implantada - Oracle Data Guard – garante que o ambiente de produção não sofra interrupções, através do site de contingência. Hoje a Certisign possui dois sites no Brasil, com total sincronismo das transações, assegurando alto nível de confiabilidade para atender casos de queda nos sistemas e também erros causados por ocorrências humanas ou físicas.
De acordo com o Gerente de Operações da Certisign, Leonardo Pereira Guimarães, a Advanced IT foi escolhida porque reúne competência, comprometimento e segurança para a realização de um projeto extremamente crítico para a Certisign. Além disso, a Advanced IT desenvolve excelente relacionamento proporcionando maior tranqüilidade e confiança no seu trabalho.
O que mudou? - O diferencial da solução é o alto nível de confiabilidade no caso de necessidade de restauração do ambiente principal, assim como ajuda nas manutenções programadas (como aplicações de patches no site principal, correções preventivas e corretivas), com muito bom nível de automação das tarefas. Quanto à nova arquitetura de informações no Oracle, Leonardo Guimarães se mostrou bastante satisfeito. “Verificamos uma redução muito significativa durante a execução de 2 (dois) dos relatórios mais utilizados pelo departamento de gestão de operações das AR. O Relatório de Operações por Agente, que evidencia as atividades dos nossos agentes durante um determinado período, caiu de 10 (dez) minutos para 20 (vinte) segundos de conclusão. Incrível!” comemora Guimarães. “Já o Relatório de Vendas às vezes nem chegava a concluir, mas hoje é possível executá-lo com eficiência”, finaliza. Além de diminuir 30 vezes o tempo de resposta no relatório citado, outros resultados foram percebidos: a construção de um ambiente computacional que atente as necessidades de continuidade de negócios da empresa e disaster recovery para os bancos de dados da companhia.
Próximos passos - A Certisign pretende evoluir ainda mais o projeto, complementando o ambiente em questão com Pacotes de Gerenciamento pró-ativo da Oracle, para diagnóstico, otimização de dados, gestão de mudanças e monitoramento automático das bases de dados.


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MERCADO WEB


Mountain View / EUA
Gmail implementa geolocalização de usuários para evitar invasões
Numa iniciativa que visa minimizar os ataques hacker a contas do Gmail, a Google acaba de implementar um alerta baseado na geolocalização dos acessos. Caso os acessos ao serviço de email sejam feito de localidades muito distantes em um curto período de tempo, o Gmail irá avisar com uma nada discreta mensagem no topo da caixa de entrada, quando o serviço for acessado pela web, explica o site Ars Technica. De qualquer maneira, lembra o site The Register , o sistema que detecta os acessos é baseado no IP utilizado ao logar no sistema, o que significa que as localidades apresentadas podem ser bastante genéricas. O aviso que aparecerá caso acessos suspeitos sejam detectados em alguma conta também mostrará um link para um relatório dos últimos logins feitos no Gmail, e caso o usuário perceba que a sua conta foi comprometida, deve trocar de senha imediatamente. No entanto, caso o acesso tenha sido legítimo – em viagem, por exemplo, ou por acesso de outra pessoa autorizada – basta ignorar a mensagem, explica o site TG Daily.


São Francisco / EUA
Twitter reduz spam de 11% para apenas 1%
O Twitter conseguiu reduzir drasticamente a quantidade de spam no site, e informa que, atualmente, apenas 1% de todas as mensagens é relacionado à prática. Essa é uma mudança significativa, já que em agosto de 2009 as mensagens com spam estavam por toda a rede e eram responsáveis por 11% dos tweets enviados, informa o site Tech Radar. Apesar das medidas tomadas, a rede de microblogs admite que a batalha nunca terá fim. Em seu blog , o Twitter diz que a postagem de links maliciosos, tweets repetidos e atrair a atenção de um usuário seguindo-o e parando de seguí-lo continuamente são alguns exemplos de como o serviço é atacado, e explica que, quanto mais popular um sistema, mais spammers surgirão. O usuário pode auxiliar o Twitter em sua luta, denunciando links ou perfis suspeitos pelo link report for spam. (Agência EFE)


São Paulo / SP
29% das empresas de SP fazem compras pela web
Em 74 anos o telefone alcançou cerca de 50 milhões de usuários globais. A internet precisou apenas de quatro. O cenário reflete a pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) sobre negócios realizados pela web, que apontou a marca de 29% das empresas em São Paulo que compram ou vendem pela rede. Realizado com 500 gestores de todos os segmentos da cidade de São Paulo e concluído em janeiro de 2010, o estudo identificou a indústria como o setor que mais vende online - 13% delas afirmaram vender na rede, ante 12% do comércio atacadista e apenas 3% de serviços. Já os segmentos de serviços e comércio atacadista destacam-se como maiores compradores pela internet, com a adesão de 16% e 15% das empresas de cada setor, respectivamente. Seguindo esse ritmo o e-commerce poderá crescer 30% anualmente pelo período de cinco anos, estima o diretor executivo da Camara-e.net, Gerson Rolim. (Agência IDG Now!)




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MERCADO DE LUXO


Da redação - São Paulo / SP
O Melhor da Riviera Francesa
Você reduz a velocidade do carro em uma das muitas curvas da estrada. Lá do alto, dá para ver o azul profundo do mar em contraste com os Alpes. Não há mais dúvidas, a viagem pela Côte D´Azur, ou Riviera Francesa, como é conhecida, já começou. Situada no sudeste da França, às margens do Mediterrâneo, a região oferece 110 quilômetros de elegantes hotéis, incontáveis atividades temáticas, natureza abundante, alta gastronomia, muita cultura e uma atmosfera de luxo pairando no ar. De Saint-Tropez à fronteira da Itália, inúmeras pequenas cidades e vilas compõem o charme único da região, reconhecido mundialmente. Com temperaturas amenas quase o ano todo, a Côte D´Azur tomou proporções de “paraíso” quando, no século XIX, a alta sociedade européia a definiu como um lugar “iluminado”, destinado à felicidade. Hoje, com mais de 9 milhões de turistas por ano e 41% dos trabalhadores ligados a alguma atividade turística, a região cresce anualmente e já contabiliza uma média de 5 bilhões de euros por ano provenientes do turismo.

Para aproveitar o melhor da região, seguem algumas dicas:
Claro que é possível encontrar excelentes hotéis das maiores redes do mundo, mas o ar intimista do local pede um ambiente realmente exclusivo e muito bem localizado, como o Hotel “Cap Estel”, feito sob medida para seus privilegiados hóspedes. Com uma praia privativa e prédio histórico, construído por um príncipe russo no século XIX entre Nice e Mônaco, o “Cap Estel” virou um hotel de luxo nos anos 50. Após três anos de renovações, o apelo histórico e cultural do local ganhou toda a arte da modernidade, sem nunca perder sua elegância. As sacadas, com uma vista esplendorosa do Mediterrâneo, complementam lindamente as suítes decoradas, individualmente, com estilo e design únicos.
Já bem instalados, a viagem sensorial pela região deve prosseguir. Nada melhor do que apostar na gastronomia local. Comer bem é uma arte e, levando em consideração que a viagem é pela França, torna-se quase uma obrigação. Dentre os inúmeros restaurantes condecorados pelo Guia Michelin na Côte D´ Azur, o único com 3 estrelas (mais alta classificação), é o “Louis XV”, de Alain Ducasse, localizado em Mônaco. Com somente 50 lugares e uma decoração de altíssimo luxo, o chef Franck Cerutti oferece uma “sinfonia de sabores”, que variam de acordo com estação. Seus afortunados freqüentadores só não podem esquecer o paletó e da gravata para entrar.
De acordo com o Top Chef Francês Roland Villard, responsável pelo cardápio do premiado restaurante Le Pré Catelan, do Hotel Sofitel Rio de Janeiro, as especialidades do sul da França são os peixes, azeites, alho e tomate, ao contrário dos cremes e molhos do interior do país. O prato imperdível seria o típico “Risotto Primavera com Filé de Peixe Grelhado”. Como sobremesa, a tradicional Torta de Limão, originária dos famosos limões da região de Nice. Aliás, se a culinária francesa lhe parece irresistível, um curso rápido na “Les Petits Farcis”, em Nice, pode se tornar a sensação da viagem. Após o curso de preparação de um almoço completo, com quatro pratos, degustação de azeites e caminhada pela “Old Town” estão disponíveis. É possível terminar o passeio às 18 horas, com um sorvete do legendário “Fenocchio”. Para completar, vamos aos vinhos, aproveitando para passear pelas três mais lindas praias e exclusivas vinícolas da região.

Quem dá as dicas é o especialista Oliver Bourse, da Vinci Vinhos:
Château Bellet -
Localizada no coração da Riviera, nas alturas de Nice. Uma vinícola pequena, mas com uma grande reputação. O vinho imperdível é o Bellet Baron G 2005, branco, à base de uva rolle (uva típica dessa região) e o tinto Bellet Baron G 2004, à base de Branquet e Folle noire (duas uvas também típicas da região).
Domaine a la Courtade – Vinícola única e raríssima, pois fica na maravilhosa ilha de Porquerolles. Um paraíso perto de Bandol e Toulon. Uva típica da região Mourvèdre (tinto). Vale a viagem!
Domaine Tempier – A vinícola de Bandol. Um “must”! Com a uva típica de Bandol e Mourvèdre, seu grande vinho se chama La Tourtine 2005.

Boas razões para estender um pouco mais a viagem não faltam:
Se você procura cultura, a “Fondation Marguerite et Aimé Maeght” é imperdível. Seu jardim, criado por Giacometti, o Labirinto de Miró com esculturas e cerâmicas e o mosaico de Chagall são obras de arte que não nos deixam impassíveis. Outras paradas indispensáveis são o “Musée Picasso”, nas Antibes, e o “Musée Matisse”, em Nice, a cidade mais colorida da França. Aliás, quando em Antibes, aproveite e visite o “Jardin Thuret”. Inaugurado em 1860, o local proporciona uma oportunidade única para apreciar plantas exóticas e jardins maravilhosos. Em Mandelieu-La Napoule, a sugestão é o imperdível “Chatêau de La Napoule”, uma mansão do Século XVI, que hoje abriga exposições de arte, jardins de tirar o fôlego de qualquer um e eventos temáticos. As opções são muitas. Bem-vindos à terra dos óculos escuros, dos conversíveis, das palmeiras. Das glamorosas Saint-Tropez e Cannes à pitoresca Antibes e a sofisticada Nice. A “experiência” de viver intensamente a Riviera Francesa, com certeza, será inesquecível. (Fonte: Ana Lia Vandoni - Gestão de Luxo/FAAP)


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