Edição 257 | Ano II

Washington / EUA
Meirelles é eleito para o BIS
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi eleito ontem, dia 11/1, membro do conselho diretor do BIS - Banco de Compensações Internacionais - , informou o BC. De acordo com o órgão, é a primeira vez que o Brasil tem um representante nesse conselho. O BIS é uma organização internacional responsável pela supervisão bancária e é conhecido como o "banco central dos bancos centrais". Segundo o BC, com a eleição de Meirelles, o Brasil passa a ser o segundo país emergente com representante no conselho - o presidente do Banco Central da China também faz parte do órgão. O conselho do BIS é formado por representantes da Alemanha, Bélgica, Canadá, China, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Itália, Japão, Suécia e Suíça e é responsável pela direção do órgão. O mandato é de dois anos. Porém a vaga no conselho diretor é pessoal --ou seja, se Meirelles deixar a presidência do BC, será feita uma nova eleição e poderá ser escolhido um presidente de banco central de outro país. Meirelles, que se filiou ao PMDB no ano passado, disse em várias ocasiões que decidirá até março se deixará a presidência do órgão para concorrer às eleições neste ano. (Agence France Presse / AFP)

Brasília / DF
Contribuinte não consegue agendar hora na Receita
Apesar da intenção de antecipar a saída do contribuinte da malha fina do Imposto de Renda, a Receita Federal não conseguiu atender à demanda na primeira semana de vigência do agendamento via internet para atendimento nos postos do fisco. Segundo a Receita, embora tenham sido disponibilizados 20,7 mil horários de atendimento, a procura superou a oferta inicial e boa parte das pessoas não conseguiu agendar a apresentação de documentos. "Ainda não sabemos exatamente qual vai ser a demanda, porque vale para as declarações retidas desde 2005 ainda não regularizadas. Além disso, houve um número recorde na malha fina em 2009", diz Marcelo Lins, coordenador de Arrecadação e Cobrança da Receita.
O número de pessoas que caíram na malha quase triplicou no ano passado, alcançando 1 milhão de declarações, ante 360 mil retidas em 2008. Segundo Lins, mesmo com o aumento das retenções, o número de horários agendados foi limitado para evitar uma sobrecarga nos postos da Receita, que precisam atender a outras solicitações dos contribuintes. O coordenador afirmou que o órgão está monitorando o fluxo de agendamentos e determinará a abertura de novas vagas nos horários de menor movimento e nas delegacias onde houve maior número de pedidos. Nas capitais e nas maiores cidades, o atendimento nos postos da Receita vai das 7h às 19h. Nas cidades menores, onde o atendimento funciona por quatro horas, o expediente poderá ser ampliado.
Para apressar a saída da malha fina e o recebimento de eventuais restituições, os contribuintes podem realizar o agendamento no site
www.receita.fazenda.gov.br, em Extrato do IR. Além disso, é preciso preencher o Termo de Atendimento e Intimação no sistema Malha Fiscal para fazer o pedido de antecipação e acessar a respectiva lista de documentos exigidos pelo fisco. Para Lins, como não serão abertas agora vagas para muitos meses à frente, os contribuintes que não conseguirem agendar um horário na agência mais próxima terão de ser pacientes. "Será preciso continuar as tentativas até que um horário próximo esteja disponível, mesmo porque o atendimento da malha só é realizado por agendamento", concluiu. Os solicitantes que conseguirem acessar o sistema e marcar o atendimento receberão um lembrete na véspera, por meio de mensagem de texto no celular. Após a apresentação dos comprovantes, não será mais possível retificar a declaração. (Agência Estado)

Washington / EUA
Jornais são referência em conteúdo inovador
O jornal é o veículo que mais produz informação nova, segundo levantamento do instituto norte-americano Pew Research Center. De acordo com o estudo, os jornais de interesse geral responderam por 48% das reportagens com novas informações e outros 13% tiveram origem em publicações impressas especializadas, como as que têm como foco o setor de negócio --em ambos os casos, foram analisadas as versões impressa e on-line. Em terceiro lugar ficaram as emissoras de TV, que foram responsáveis por 28% do conteúdo inovador. O rádio veio a seguir, com 7%. No total, os meios de comunicação chamados de tradicionais, liderados pelos jornais, foram a origem de 96% do material com informações novas. O restante foi produzido pela nova mídia (blogs, Twitter etc.) --que "predominantemente" serviu como sistema de alerta e um modo de disseminar reportagens de outros veículos. A pesquisa afirma que 17% das reportagens em todos os meios têm conteúdo novo, enquanto o restante é "essencialmente repetitivo, não trazendo nenhuma informação exclusiva". Ela diz ainda que são as reportagens inovadoras "que tendem a determinar a agenda de relatos por parte da maioria dos outros veículos". Outra tendência observada pelo estudo é que há uso de conteúdo alheio sem citação de crédito. "Encontramos vários exemplos de sites com trabalho de outras pessoas sem que fosse citado o autor e, muitas vezes, sugerindo que havia apuração própria do veículo, quando isso não ocorreu." O Pew Research Center analisou, por uma semana, o conteúdo produzido por 53 publicações em Baltimore (no Estado de Maryland, ao lado de Washington). (Agência EFE)


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MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS Nacionais e Internacionais
HOJE – Terça-feira / 12 de janeiro de 2010


Jornais nacionais
Folha de S.Paulo / Gasolina terá menos álcool para segurar alta de preço
Agora S.Paulo / Aposentadoria especial tem prazo ampliado pela Justiça
O Estado de S.Paulo / Plano dos direitos humanos será esvaziado, diz líder do PT
Jornal do Brasil / China ameaça mercados do Brasil
O Globo / O megadecreto dos Direitos Humanos: Lula reclama de Stephanes e recua sobre aborto e tortura
Valor Econômico / Ford usará motor feito no Brasil para carro nos EUA
Correio Braziliense / Distritais instalam CPI
Estado de Minas / Caminho livre para reconstruir Anel
Diário do Nordeste / Polícia identifica suspeito do crime
A Tarde / Investigações paradas e suspeito de pedofilia livre
Extra / Governo mexe nos combustíveis e preço da gasolina deve aumentar
Correio do Povo / Governo reduz índice de álcool na gasolina
Zero Hora / Redução na mistura de álcool pressiona o preço da gasolina

Jornais internacionais
The New York Times (EUA) / New Jersey aprova medida que permitirá o uso da maconha em tratamento de doenças crônicas
The Washington Post (EUA) / O jeito antigo de memorizar pedidos de jantar está morto
The Times (Reino Unido) / Eleições dão duro golpe nas esperanças de reviravolta Trabalhista
The Guardian (Reino Unido) / Partilha do poder da Irlanda do Norte em risco com a saída de Peter Robinson
Le Figaro (França) / Lagarde bate mais forte do que o esperado
Le Monde (França) / Capitalismo francês continua nas mãos de um clube de elite
China Daily (China) / Space Pioneers bate novo recorde
El País (Espanha) / Juiz está investigando acusações de seis anos de viagens particulares do PP
Clarín (Argentina) / Crise do Banco Central: oposição quer atuação do Congresso


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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
IGP-M registra alta de 0,27% na 1ª prévia do mês
Na primeira prévia de janeiro, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 0,27%, após deflação de 0,16% apresentada em igual prévia do mês passado. A informação foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que também informou os resultados dos três indicadores que compõem o índice
O Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 0,25% na prévia anunciada hoje, em comparação com a queda de 0,35% na primeira prévia de dezembro. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou aumento de 0,40% na primeira prévia deste mês, após subir 0,13% na primeira prévia de dezembro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) teve aumento de 0,07% na prévia divulgada hoje, em comparação com a taxa positiva de 0,28% na primeira prévia do mês passado.
O IGP-M é muito usado no cálculo de reajuste dos preços dos aluguéis. Até a primeira prévia de janeiro, o índice registra deflação acumulada de 1,02% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da primeira prévia do mês foi de 21 a 31 de dezembro.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Nas Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Bolsas da Ásia têm sinais opostos
As bolsas asiáticas fecharam com sinais diferentes nesta terça-feira, em meio às realizações de lucros e à decepção com os resultados da Alcoa. Na China, o mercado ainda repercute positivamente a aprovação do lançamento de contratos futuros do índice de ações.
- Em Hong Kong, a Bolsa fechou em queda com as preocupações em relação às medidas de aperto monetário na China, que puxaram para baixo as ações de bancos e de firmas imobiliárias chineses. As mineradoras caíram depois dos resultados decepcionantes divulgados ontem pela Alcoa.
- O índice Hang Seng cedeu 0,38% e fechou aos 22.326,64 pontos. O otimismo em torno da aprovação, pelo governo, dos contratos futuros de índice de ações, na semana passada, continuou a puxar para cima as bolsas chinesas.
- O índice Xangai Composto, que segue as ações A e B, subiu 1,9% e fechou aos 3.273,97 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 2% e terminou aos 1.213,10 pontos. Uma analista comentou, porém, que esse otimismo pode ser limitado pela divulgação dos dados macroeconômicos de dezembro. "Há o rumor de que a inflação de dezembro será alta, levantando o temor de que a elevação dos juros possa ocorrer em breve", disse a analista. No mercado de câmbio chinês, o yuan caiu ante o dólar, uma vez que a taxa de paridade central dólar-yuan permaneceu em alto nível. Traders disseram que o dólar recuperou-se do declínio de segunda-feira porque o mercado digeriu o impacto das robustas exportações da China em dezembro. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8271 yuans, de 6,8264 yuans do fechamento de segunda-feira. A paridade central ficou em 6,8274 yuans por dólar, contra 6,8275 yuans por dólar ontem.
- Na Bolsa de Taipei, em Taiwan, o índice Taiwan Weighted registrou baixa de 0,2% e fechou aos 8.309,37 pontos, devolvendo parte dos ganhos acumulados nas duas sessões anteriores.
- A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, encerrou levemente em alta com um fraco volume de negócios em meio à falta de pistas para a negociação, uma vez que o won mais estável ajudou as exportadoras, especialmente nos setores automotivo e de tecnologia. O índice Kospi teve elevação de 0,3% e encerrou aos 1.698,64 pontos.
- A Bolsa de Sydney, na Austrália, sucumbiu à realização de lucros, influenciada pelos resultados um pouco decepcionantes do crescimento global da Alcoa, que fizeram com que o setor de matérias-primas conduzisse a maioria dos outros setores para o vermelho. O índice S&P/ASX 200 caiu 1% e fechou aos 4.899,5 pontos.
- O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, apresentou alta de 0,6% e fechou aos 3.105,62 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa, enfraquecida por realizações de lucros com a sessão de divulgação de lucros das corporações locais perto de se iniciar. O índice Straits Times Index caiu 0,6% e fechou aos 2.916,11 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, subiu 1% e fechou aos 2.659,55 pontos, ajudada por mais fluxos em papéis de bancos, ações relacionadas a produtos de consumo em meio a uma promissora perspectiva para 2010.
- Na Tailândia, o índice SET da Bolsa de Bangcoc cedeu 0,2% e fechou aos 7454,24 pontos, com realizações de lucros em papéis de energia seguindo recentes altas levando o índice para baixo à tarde; no entanto, a baixa não foi maior por conta de suporte de bancos, pela expectativa de divulgação dos lucros do quarto trimestre, a ser feita no próximo dia 21.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,1% e fechou aos 1.292,85 ponto por conta de realizações de lucros ao meio da sessão após recentes ganhos.


ONTEM – Na Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa valoriza 0,24% no fechamento, em dia volátil
A Bovespa chegou a bater os 71 mil pontos logo pela manhã de ontem, dia , foi para o terreno negativo à tarde, mas ainda encerrou o dia com um ganho moderado, na volátil jornada desta segunda-feira. Notícias da economia chinesa animaram os investidores. As Bolsas americanas, no entanto, operaram quase sempre em baixa, sob expectativa dos primeiros balanços da temporada. A taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,73.
- O Ibovespa
, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 0,24%, aos 70.433 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,18 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,736, em alta de 0,34%.
- A taxa de risco-país
marca 187 pontos, número 1,57% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - A notícia do dia veio da China, onde o governo revelou que as exportações cresceram 17,7% em dezembro, o primeiro aumento após 13 meses consecutivos de contração. Já o volume importado teve incremento de quase 56%, muito acima dos melhores prognósticos de economistas (32,5%). A ação preferencial da Vale, fornecedora de minério de ferro para o mercado chinês, teve ganho de 0,43%, movimentando R$ 540 milhões, atrás apenas da ação da Petrobras (queda de 0,32%), com um giro de R$ 566 milhões. "A expressiva alta de 55,9% das importações, a despeito da base fraca de comparação, sinaliza a intensa retomada da atividade no país, o que fornece impulso aos preços de commodities", comentou o economista-chefe do banco Schahin, Silvio Campos Neto, em relatório distribuído ontem. O especialista afirma que, apesar do otimismo verificado neste início do ano, há vários assuntos preocupantes a monitorar nos próximos meses: "dentre eles, a lenta recuperação das economias desenvolvidas, o risco envolvendo as finanças públicas de diversos países europeus e a possibilidade de aperto monetário na China, diante dos temores de aceleração inflacionária".
Análise 2 - No front doméstico, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, apontou que a maioria dos economistas do setor financeiro elevou suas projeções para a taxa Selic no final deste ano, de 10,7% para 11%. A projeção média para o crescimento do PIB deste ano foi mantida em 5,2%. A Fipe registrou inflação de 0,48% na primeira quadrissemana deste mês - 30 dias até 7/1 - no município de São Paulo, pela leitura do IPC. Trata-se da maior variação desde fevereiro de 2009. O Ministério do Desenvolvimento informou que o país teve um deficit comercial de US$ 375 milhões na primeira semana de janeiro. Em todo o mês de janeiro de 2009, o resultado foi deficitário em US$ 529 milhões - média diária de US$ 25,2 milhões.
Reação das Empresas - A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, do empresário Eike Batista, anunciou hoje nova descoberta de indícios de petróleo e gás na bacia de Campos. A ação ordinária valorizou 5,04% no pregão da Bovespa.

Nova Iorque / EUA
Dow Jones fecha em alta à espera do início da temporada de balanços
A Nyse - Bolsa de Valores de Nova York - fechou com ganhos nos pregõeswdeontem, dia 11/1, enquanto a tecnológica Nasdaq recuou, com os investidores à espera do início da temporada de divulgação dos balanços das empresas americanas. A fabricante de alumínio Alcoa será ainda hoje a primeira a divulgar resultados.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse - teve alta de 0,43%, para 10.663,99 pontos.
- O ampliado S&P 500 subiu 0,17%, para 1.146,98 unidades.
- Na Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite apresentou recuo de 0,21%, para 2.312,41 pontos.
Análise - Nos próximos dias, grandes empresas, começando pela Alcoa, indicarão em seus resultados a que ponto está a recuperação econômica do país. Na espera por esses números, os investidores foram cautelosos nos negócios, fazendo com que os principais índices ficassem boa parte do dia próximos da estabilidade. Entre as notícias do dia, o destaque ficou para o forte aumento das exportações chinesas em dezembro, que avançaram 18% na comparação com novembro. O dado aponta uma recuperação do consumo em todo o mundo, já que a China é hoje o principal exportador do planeta. Por conta desde número, as ações do setor industrial tiveram altas, ajudando o Dow Jones a fechar em terreno positivo.

Londres / Inglaterra
Bolsas europeias têm dia fraco à espera de balanços do 4º trimestre
As Bolsas europeias fecharam com resultados fracosos pregões de ontem, dia 11/1. Tanto na Europa como nos Estados Unidos os investidores aguardam a divulgação, hoje, do balanço da produtora de alumínio Alcoa, referente ao quarto trimestre, que dá início à temporada de apresentações de resultados.
- A Bolsa de Londres teve leve alta de 0,07%, indo para 5.538,07 pontos no índice FTSE 100.
- A Bolsa de Frankfurt teve variação positiva de 0,05% no índice DAX, para 6.040,50 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 0,39%, indo para 6.592,26 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Madri teve leve queda de 0,74%, com 1.257,85 pontos no índice Madrid General.
- O índice FTSEurofirst 300, das principais ações europeias, terminou em baixa de 0,15%, a 1.063 pontos, após atingir a máxima em 15 meses de 1.074 pontos.
Análise 1 - "Os números chineses foram ótimos, razão pela qual nós estávamos tão fortes primeiramente nesta manhã. Mas agora nós vimos aparecer os realizadores de lucros", disse Jim Wood Smith, chefe de pesquisa da Williams de Broe. "Nós temos muitos dados saindo nas próximas semanas e a temporada de balanços do quarto trimestre nos Estados Unidos está prestes a começar, então há toda razão para os investidores esperarem." As exportações da China subiram 17,7% em relação a um ano atrás, superando a previsão de aumento de 4 por cento por economistas e quebrando uma série de 13 meses de declínios anuais. As importações cresceram 55,9%, muito mais que os 31% que o esperado.
Análise 2 - Nos EUA, a produtora de alumínio Alcoa vai dar início à temporada de divulgação de balanços do quarto trimestre após o fechamento do mercado. Nesta semana, o banco JP Morgan e a fabricante de chips Intel também divulgam resultados. Os papéis dos bancos estiveram entre os que tiveram o pior desempenho. Os do Deutsche Bank se desvalorizaram 1,2% após rumores de que poderia cortar seus dividendos. A companhia se recusou a comentar. As ações do setor de energia estavam a favor, puxadas pelos dados positivos da China. BG Group, BP, Royal Dutch Shell e Total avançaram entre 0,3% e 2,4%.


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MERCADO FINANCEIRO

Brasília / DF
Mais de 10 milhões de empreendimentos precisam de microcrédito
A demanda por microcrédito no Brasil envolve entre 10 milhões e 12 milhões de empreendimentos, sendo que a absoluta maioria encontra-se em situação informal e sem acesso a bancos. A avaliação, feita tendo por base dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia Estatística -, é do secretário nacional de Economia Solidária, Paul Singer. "Esta é uma situação lamentável, que decorre do desconhecimento que boa parte da população e das instituições financeiras tem sobre o quanto um empréstimo de R$ 100 pode significar em termos de mudança da situação econômica de milhões de empreendimentos familiares", diz o economista.
Singer afirma que nenhum banco comercial empresta dinheiro para quem não ofereça garantias. "E essas pessoas que necessitam de crédito não costumam ter terras nem rebanhos". De acordo com ele, a maior fonte de microcrédito da América Latina é o Banco do Nordeste, que atende cerca de 500 mil empreendimentos. "Isso é ínfimo, se comparado à enorme demanda que temos no país", disse Singer. "Nenhuma outra entidade sequer chega perto disso."
Para ele, esse tipo de empréstimo de fato chega aos pobres "e faz uma diferença enorme para eles". "Tanto é que, aos poucos, estão inventando uma indústria do microcrédito. Houve o caso de instituição mexicana de microcrédito que virou banco, depois de ser comprada por uma grande instituição financeira. Isso mostra que em certas circunstâncias o microcrédito pode ser lucrativo", acrescenta.
Além disso, ressalta Singer, o crédito para pobres é visto como lucrativo por esse público acabar pagando juros mais altos, em função da pequena quantidade de crédito que solicita. Segundo o secretário, o giro de capital deles costuma ser muito rápido nessas situações, principalmente para os que lidam com comércio. "Eles dobram o capital com grande velocidade e têm índice de inadimplência praticamente zero", diz Singer, que associa a baixa inadimplência do microcrédito ao fato de os pobres terem hábito de se ajudar mutuamente e medo de passar por caloteiros. "Infelizmente, os bancos brasileiros de médio e grande porte não se interessam em lucrar 10% em cima de baixas quantias", afirma o economista. "Mas tanto o Banco Mundial como a ONU [Organização das Nações Unidas] têm vendido a ideia de que o microcrédito pode ser muito lucrativo também para essas instituições."
Desde 2006, com a criação do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado, desenvolvido pelo Ministério do Trabalho, algumas dezenas organizações da sociedade civil com interesse público sem fins lucrativos e sociedades de crédito para microprodutores - estas de fim lucrativo - passaram a atuar visando à promoção de microcrédito. "Mas ainda é um número muito pequeno de entidades dispostas a fornecer esses serviços", avalia Singer.
Ele acredita no surgimento de outras formas de microcrédito, "provavelmente na forma de bancos comunitários e de fundos rotativos solidários", que são sociedade de pessoas geralmente pobres, que vivem em áreas carentes e juntam a poupança de seus membros para fazer empréstimos visando a melhorar a qualidade de vida. "Esses fundos são compostos por pessoas pobres e se destinam a gente pobre. Por isso se chamam de rotativos." Para Singer, a crise financeira internacional não alterou "pelo menos aparentemente" a oferta de microcrédito no Brasil. "Se afetou, eu não tive notícia. Mas, pela lógica, a demanda por ele deve ter aumentado", concluiu. (Agência Brasil)


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INDÚSTRIA


Londres / Inglaterra
Cadbury volta a rejeitar Kraft e divulga desempenho forte
A Cadbury divulgou fortes resultados para o ano de 2009 e um aumento de dividendo, na última tentativa de defesa contra a oferta hostil de aquisição por 10,5 bilhões de libras (17 bilhões de dólares) feita pela Kraft Foods. Em um documento final contra a oferta, a fabricante britânica de confeitos afirmou que a oferta da Kraft é "irrisória" e que avalia a empresa por menos que qualquer acordo comparável no setor. A companhia afirmou ainda que seu valor isolado subiu desde que a proposta da Kraft foi feita em setembro. A proposta em dinheiro e ações da Kraft está atualmente em 762 pences por ação comparado com um preço de fechamento do papel da Cadbury na segunda-feira de 781 pences. Investidores afirmam que para ser vencedora, a proposta precisaria ser elevada para pelo menos 800 pences. A Cadbury afirmou que as vendas em 2009 subiram 5 por cento, acelerando para 6 por cento no segundo semestre. A empresa conseguiu uma margem operacional de 13,5 por cento ante estimativa anterior da empresa de 13,3 por cento e informou que o dividendo do ano passado subirá 10 por cento. O presidente do conselho da Cadbury, Roger Carr, desconsiderou a proposta da Kraft e questionou a capacidade da presidente-executiva da empresa norte-americana, Irene Rosenfeld, de aumentar a oferta depois que o maior acionista da companhia, Warren Buffett, alertou para a Kraft não pagar excessivamente pelo grupo britânico. "A oferta da Kraft é ainda menos atraente hoje do que quando a Kraft fez a oferta formal em dezembro... Não deixem a Kraft roubar sua companhia com essa proposta irrisória", afirmou Carr. Fontes afirmaram à Reuters na segunda-feira que a italiana Ferrero estava muito perto de decidir se fará uma contra-oferta pela Cadbury em conjunto com a norte-americana Hershey. (Agência Reuters)


Paris / França
Farmacêutica Sanofi confirma oferta para comprar americana Chattem
O gigante farmacêutico francês Sanofi Aventis confirmou hoje, dia 12/1, a abertura da oferta na bolsa para comprar o grupo americano Chattem, em uma operação avaliada em US$ 1,9 bilhão quando anunciada no mês passado. A oferta, que será feita na Bolsa de Nova York até 8 de fevereiro, prevê que a River Acquisition - filial da Sanofi Aventis - pague US$ 93,50 por ação da Chattem que lhe seja integrada, explicou o grupo francês em comunicado. A concretização da incorporação da Chattem está condicionada à contribuição da maioria de seus títulos ordinários em circulação, assim como ao consentimento da operação pelas autoridades competentes. Se cumpridas essas condições, a River Acquisition se fundirá por absorção com a Chattem e as ações que não forem integradas se transformarão em um direito a receber US$ 93,50 ao final da oferta. A Sanofi Aventis destacou que essa operação - fruto de um acordo assinado em 20 de dezembro com a direção da Chattem - "constitui uma etapa na estratégia de transformação" da empresa. "Ao reforçar sua presença no mercado consumidor americano de saúde, que representa atualmente 25% do mercado mundial, a Sanofi Aventis consolida ainda mais sua posição como grupo internacional integrado de saúde e cria uma plataforma sólida para seu crescimento futuro", argumentou em seu comunicado. (Agência EFE)


Amsterdã / Holanda
Heineken compra dona da Kaiser por US$ 7,6 bilhões
O grupo de cerveja holandês Heineken anunciou ontem a tarde, dia 11/1, compra da Femsa - dona da Kaiser no Brasil - por meio de uma transação de ações avaliada em US$ 7,6 bilhões. "A Heineken vai criar uma grande nova plataforma para o crescimento com a aquisição das atividades de cerveja da Femsa com uma transação de ações", informou a empresa holandesa em um comunicado. "A Heineken vai adquirir a Femsa Cerveza, o que inclui 100% das operações de cerveja da Femsa no México e 83% do negócio de cerveja da Femsa no Brasil, que a Heineken não possuía ainda." O valor do negócio com a troca de ações ficará em US$ 5,5 bilhões, mas considerando as dívidas e outras obrigações da Femsa, o valor total estimado para a transação está em cerca de US$ 7,6 bilhões, segundo comunicado da Heineken. A Femsa ficará com uma participação de 20% no Heineken Group e terá direito a indicar dois representantes não executivos ao órgão supervisor da empresa. Entre os benefícios esperados pela Heineken estão o aumento dos valores e volumes de vendas no México, a consolidação da marca nos EUA nos segmentos de bebidas importadas e na comunidade hispânica no país e marcar presença mais forte no Brasil, diz o comunicado. A transação deve ser concluída no segundo trimestre deste ano e está sujeita à aprovação das autoridades reguladoras de mercado e dos acionistas da Heineken e da Femsa. "Trata-se de um desenvolvimento estimulante e significativo para a Heineken", disse o presidente e executivo-chefe da empresa, Jean-François van Boxmeer, no texto. "Ele transforma nosso futuro nas Américas e marca o próximo estágio na associação da Heineken com a Femsa. Com esse negócio nos tornamos uma empresa mais forte e competitiva na América Latina, um dos mercados de cerveja mais lucrativos e de maior crescimento no mundo." Já o presidente e executivo-chefe da Femsa, José Antonio Fernández Carbajal, disse que a transação "responde ao contexto da reconfiguração do cenário global para cervejarias, e da diversificação e escala geográficas". "Ao mesmo tempo, essa transação eleva a flexibilidade operacional e financeira da Femsa e nos permite focalizar nossa atenção e nossos recursos em oportunidades significativas de crescimento para a Femsa Coca-Cola." (Agence France Presse / AFP)

Nova Iorque / EUA
Alcoa anuncia prejuízo de US$ 1,1 bilhão em 2009
A gigante do alumínio Alcoa informou hoje, dia 12/1, que em 2009 teve prejuízo de US$ 1,151 bilhão, cifra 15 vezes maior que em 2008, mas que conseguiu conter as perdas acumuladas no quarto trimestre do ano e superar suas próprias previsões. "Este foi um ano difícil para o setor do alumínio, com derrubada de preços, destruição de demanda e crise creditícia. Mesmo assim, a Alcoa é agora mais forte que quando começou o ano", assegurou o presidente e conselheiro da companhia, Klaus Kleinfeld, ao apresentar os resultados. A companhia americana detalhou hoje que durante todo o ano passado perdeu US$ 1,23 por ação, quantia superior a de US$ 0,10 perdida em 2008 (US$ 74 milhões). Entre esses dois anos o faturamento caiu 31,45%, ao passar de US$ 26,901 bilhões em 2008 para US$ 18,439 bilhões em 2009. No entanto, no quarto trimestre do ano a empresa conseguiu melhorar suas contas, beneficiada entre outros fatores pelo aumento do preço do alumínio, e perdeu US$ 277 milhões (US$ 0,28 por ação), frente ao US$ 1,191 bilhão (US$ 1,49) que teve de prejuízo um ano antes. O faturamento trimestral foi de US$ 5,433 bilhões, o que representa queda de 4,48% em relação aos US$ 5,688 bilhões que teve de receita um ano antes, embora também implique um aumento de 18% frente ao terceiro trimestre de 2009. (Agência EFE)


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Vale quer reiniciar operações de níquel no Canadá
A Vale planeja reiniciar 50% de sua capacidade de fundição de níquel nas operações de Sudbury, no Canadá, até o fim de janeiro, apesar da greve que continua nas unidades canadenses da companhia. Há 3,1 mil trabalhadores em greve na Vale Inco, unidade da Vale no país, desde julho do ano passado. No entanto, a Vale Inco tem 1,2 mil funcionários não sindicalizados, que serão usados para reiniciar a fundição. Desde outubro, alguns dos trabalhadores não sindicalizados foram usados para reiniciar a usina Clarabelle e para extrair platina e outros metais nas operações de Coleman Mine e Garson Ramp. "O plano é iniciar a fundição até o fim do mês", disse o porta-voz da Vale Inco, Cory McPhee, à agência Dow Jones. Segundo McPhee, a fundição tem dois altos-fornos e um deles será reiniciado para produção de um resíduo de níquel que será depois refinado novamente pela Vale. McPhee afirmou que os trabalhadores não sindicalizados serão suficientes para reiniciar os trabalhos, mas que fontes externas podem ser usadas em alguns casos especializados. Os trabalhadores de Sudbury cruzaram os braços em 13 de julho e os do complexo de Voisey''s Bay se juntaram à greve duas semanas depois. (Agência Dow Jones)


Las Vegas / EUA
Panasonic projeta crescimento na venda de televisores 3D
A Panasonic planeja vender 1 milhão de unidades ou mais de televisores 3D no primeiro ano do lançamento, afirmou o chefe da unidade nos Estados Unidos, esperando que a nova tecnologia cative os consumidores em 2010. A empresa, que planeja iniciar a distribuição desses aparelhos em março, aprendeu a desenvolver um mercado para TVs de alta-definição na década de 1980, e será "muito razoável" sobre os preços desta vez, disse na sexta-feira Yoshi Yamada, presidente-executivo da unidade norte-americana da empresa. Mas a empresa japonesa terá concorrentes. Fabricantes como Sony, LG Electronics e Samsung Electronics colocaram suas TVs 3D na vitrine principal da Consumer Electronics Show, feira de eletrônicos que terminou domingo, em Las Vegas. A DisplaySearch espera que 9 milhões de TVs 3D sejam vendidas pelo mundo até 2012, ainda uma fração do mercado mundial de televisores, de 200 milhões de aparelhos. "Quanto mais, melhor", disse Yamada à Reuters em entrevista. "Seremos muito agressivos. Velocidade é tudo." "Queremos que as pessoas pensem 'Panasonic, 3D; 3D, Panasonic'". A empresa está firmando uma parceria com a provedora de TV via satélite DirecTV para lançar 3 canais em 3D de alta-definição até junho. As fabricantes estão se aliando aos criadores de conteúdo e distribuidores para acabar com a escassez de conteúdo, disse Yamada. Os estúdios são mais propensos a se voltarem para o 3D em busca de um maior preço nas bilheterias, enquanto as emissoras correm para obter vantagem competitiva com o 3D antes da concorrência, disse o executivo. A Panasonic, maior fabricante mundial de televisores de plasma, tem visto as vendas de TVs de plasma sendo superadas pela tecnologia LCD e espera que uma nova dimensão às imagens ajude a reverter a queda crônica nos preços dos aparelhos. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS

Londres / Inglaterra
Mercado global de café passa por momento de turbulência
O mercado mundial de café está passando por uma fase de turbulências, afetado por reservas baixas, um tempo desfavorável para a colheita no Brasil e uma recuperação mais lenta que o previsto na América Central, informou ontem, dia 11/1, a OIC - Organização Internacional do Café. "Além do Brasil, cuja queda de produção se confirmou na temporada 2009/2010, a recuperação foi mais lenta do que o previsto na América Central e na Colômbia", escreveu a OIC em seu relatório mensal. "O fornecimento mundial de café deverá ser limitado em 2010, devido ao baixo nível das reservas e ao mau tempo, que pode afetar a qualidade das colheitas e estimular o surgimento de doenças." Segundo a OIC, a produção mundial de café para a temporada 2009-2010 será de 123,7 milhões de sacas (uma saca tem 60 kg). Já o consumo mundial de café deve atingir 132 milhões de sacas em 2009, contra 130 milhões em 2008. A solução à escassez de café virá provavelmente do Brasil. De acordo com uma primeira estimativa das autoridades brasileiras, as colheitas que começarão em abril deverão dar uma produção entre 45,9 e 48,7 milhões de sacas. "Mesmo que este número represente um aumento importante da produção, as colheitas do Brasil não deverão gerar um excedente mundial, pois a tendência é que sejam absorvidas em dois anos", ressaltou a OIC. As colheitas de café seguem um ciclo bienal, marcado pela alternância entre a abundância e a escassez. A OIC lembrou que na temporada 2008/2009 a produção mundial chegou a 128 milhões de sacas, para uma demanda total de 130 milhões de sacas. (Agence France Presse / AFP)


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SETOR AUTOMOTIVO


Detroit / EUA
Feira de Detroit mostra montadoras otimistas, mas cautelosas
O tom entre montadoras norte-americanas e autoridades presentes na feira de automóveis de Detroit ontem, dia 11/1, era de otimismo, embora cauteloso, ao passo que buscam esquecer um ano difícil de queda nas vendas e enormes quantias de empréstimos do governo dos Estados Unidos. "Este é um novo dia", disse o secretário de Transportes dos Estados Unidos, Ray LaHood, em discurso na abertura do evento anual. "Hoje é um novo dia. Hoje é um novo começo, na verdade."
Após um ano desastroso, em que GM e Chrysler se viram forçadas a pedir concordata nos EUA em planos de reestruturação preparados e financiados pelo governo norte-americano, muitos executivos afirmaram que 2010 será muito melhor. O presidente-executivo da Ford, Alan Mulally descreveu as previsões de analistas de vendas de 11,5 milhões a 12,5 milhões de unidades de veículos nos EUA neste ano como "conservadoras". As vendas de automóveis nos EUA em 2009 despencaram para 10,4 milhões, 39% a menos que sua máxima de 17 milhões registrada em 2005. A pergunta que não quer calar, no entanto, é como a economia norte-americana se comportará após ter enfrentado no ano passado sua pior crise desde os anos 1930. O vice-chairman GM, Bob Lutz, afirmou que, embora a maior montadora dos EUA almeje voltar à lucratividade em 2010, isso poderá não ocorrer se a economia norte-americana enfrentar um novo revés.
Com projeções ainda incertas para as vendas de 2010, muitas montadoras estão usando a feira de Detroit para vender as novas tecnologias de carros elétricos, um setor que o governo norte-americano incentiva com subsídios e empréstimos de baixo custo. Alguns executivos, no entanto, advertem que ainda deve demorar para que consumidores norte-americanos se acostumem com o novo conceito de carros elétricos. "Os europeus estão prontos para a troca, mas ainda deve levar um tempo para mudar", disse o presidente-executivo da fabricante de esportivos elétricos Venturi, Gildo Pallanca Pastor. "Carros convencionais existem há mais de um século --não vai mudar de uma hora para a outra." (Agência Reuters)


Detroit / EUA
Chrysler e GM anunciam que vão começar a contratar
O executivo-chefe da Chrysler Group, Sergio Marchionne, afirmou que a montadora vai começar a contratar trabalhadores nos EUA este ano. Mais cedo, executivos da General Motors também confirmaram planos para começar a contratar nos EUA em 2010, embora um prazo não tenha sido divulgado. Executivos do setor automotivo estão reunidos esta semana no North America International Auto Show, em Detroit/EUA. "É mais do que provável, se nós estivermos certos em nossas previsões sobre como será o mercado, que nós aumentaremos nossa equipe", disse Marchionne. "Esse será um crescimento gradual, com alguns sendo feitos com contratações temporárias. Nós precisamos restabelecer uma base de talentos que eu acho que perdemos como resultado da reestruturação (da Chrysler)", acrescentou. Os anúncios de contratações são notícias bem vindas para um setor que tem cortado milhares de empregos nos últimos três anos. São também os sinais mais fortes até agora de que a Chrysler e a GM estão se recuperando, depois de terem pedido concordata no ano passado. Novos acordos alcançados com o sindicato United Auto Workers em 2009 vão permitir que as duas montadoras contratem trabalhadores por salários iniciais mais baixos, o que deverá ajudá-las a reduzir a diferença financeira perante concorrentes estrangeiras. (Agência Dow Jones)


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VAREJO & SERVIÇO

Da redação – São Paulo / SP
Grupo Multi, dono da Wizard, adquire SOS Computadores
O Grupo Multi, dono das redes de idiomas Wizard e Skill, anuncia hoje a compra da SOS Computadores, franquia de escolas profissionalizantes de informática. O valor não foi informado. O antigo proprietário da SOS, Palmiro Filippini, será o presidente da rede e seguirá como sócio, com 20% do capital. "Nosso objetivo é a liderança entre as franquias educacionais e profissionalizantes", diz Carlos Wizard Martins, presidente e fundador do Grupo Multi. Para isso, ele pretende chegar a 650 unidades no país, ultrapassando a Microlins. Com a SOS, o Multi passa a ter 300 unidades em funcionamento. Fundado em 1987, o grupo é uma multinacional brasileira com 2.000 escolas no Brasil, EUA, Europa e América Latina, oferecendo cursos de idiomas e profissionalizantes (informática, administração, eletrônica etc). No ano passado, o faturamento foi de R$ 1,1 bilhão. A SOS foi criada há 27 anos e possui 150 unidades, em 17 Estados, com 100 mil alunos matriculados. Em 2009, seu faturamento foi de R$ 60 milhões. Com a aquisição, o Grupo Multi pretende ter receita de R$ 1,35 bilhão já em 2010. "Parte desse aumento virá da SOS", diz Martins. Segundo ele, a rede terá a meta de crescer 10% ao ano - hoje, mantém uma taxa de 4%. "O restante virá de uma nova aquisição que devemos fechar até o final do primeiro trimestre." Martins afirma que mantém cinco novas negociações em andamento, mas não revela as empresas. Para ele, esse é um setor que está se concentrando. "Existem só seis grandes franquias. As demais redes são empresas regionais, cujo porte não permitirá competir nesse cenário", diz.
Primeiro emprego - As franquias educacionais e profissionalizantes vêm registrando taxas de crescimento acima de 10% há cerca de cinco anos. O desempenho desse segmento está atrelado ao aumento do poder aquisitivo das classes C e D. Para elas, matricular os filhos nesses cursos técnicos é uma forma de capacitá-los para o primeiro emprego. Só depois, quando já frequentam o ensino superior pagando os estudos com o salário, é que eles passam a estudar idiomas. O ensino de idiomas é o carro-chefe do Grupo Multi, mas, nos últimos anos, as receitas dos cursos profissionalizantes vêm crescendo acima da média e já representam 7% do total. Percebendo esse potencial, Martins passou a firmar convênios com empresas nos diversos Estados em que atua. Com isso, nossos alunos passaram a ter chance de fazer, pelo menos, um estágio", diz. "E com alguma experiência fica mais fácil conseguir emprego depois." Segundo ele, dois terços dos formados empregaram-se após o estágio. Deste total, 20% voltaram para cursar idiomas, interessados em empregos que exigem mais qualificação.

Da redação - Sâo Paulo / SP
Subway quer abrir 16 lojas em Santa Catarina e Paraná
A rede de fast food Subway, com 350 lojas no Brasil, pretende inaugurar em 2010 16 pontos de venda nos Estados de Santa Catarina e Paraná, mantendo o ritmo de expansão apresentado no ano passado. Atualmente, a rede conta com 55 lojas nesses dois Estados. A expansão da Subway estará concentrada em regiões com cidades de menor porte, no interior dos Estados. A tendência é explorar os formatos de lojas não convencionais, como as de conveniência, postos de gasolina e supermercados. Em todo o país, a rede espera fechar 2010 com 500 restaurantes em operação.

Nova Iorque / EUA
Bonaparte começa a operar em abril nos EUA
O Grupo Bonaparte, que administra as marcas Bonaparte, Monalisa, Galileu e Donatário, abrirá em abril o primeiro restaurante com a bandeira Bossa Grill, na cidade de Wichita, no Kansas, EUA. A expectativa é investir US$ 1 milhão no desenvolvimento da operação americana, com a abertura de várias unidades no país nos próximos meses. O grupo pretende fazer com que, em cinco anos, a operação internacional responda por 112% do faturamento do mercado nacional. Até o final do primeiro semestre de 2010, o Bossa Grill deverá representar 3,5% do faturamento da rede. Depois do Kansas, a empresa espera levar a marca para os Estados americanos da Flórida e do Texas, ainda sem data definida. (Agência EFE)

Da redação - São Paulo / SP
CVC é vendida para grupo americano Carlyle
A CVC anunciou a venda de 63,6% de sua operação para a maior operadora de viagens dos Estados Unidos, a Carlyle. No acordo está previsto que o fundador da CVC, Guilherme Paulus, continuará como presidente do Conselho de Administração da empresa e com participação no restante do capital da operadora de viagens. Os valores do negócio não foram divulgados. As outras empresas comandadas por Paulus, como a companhia aérea WebJet e a GJP Hotéis e Resorts, não fazem parte da transação. A CVC é maior operadora de viagens da América Latina e foi fundada em 1972. Todos os anos, cerca de dois milhões de pessoas viajam com os pacotes turísticos montados pela CVC. Ao todo são 8 mil agências de viagens independentes credenciadas e 400 lojas exclusivas no Brasil.


Da rdação - Sâo Paulo / SP
Walmart suspende compra de produtos da Cosan por trabalho escravo
O Walmart, terceiro maior supermercadista do país, decidiu suspender as compras de produtos da Cosan (fabricante dos açúcares União e Da Barra, entre outros produtos), depois que a fornecedora foi incluída na lista do Ministério do Trabalho e Emprego das empresas que empregam trabalhadores em situação semelhante à de trabalho escravo. O Walmart é um dos signatários do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil e reforçou sua posição em junho de 2009 por meio de seu Pacto pela Sustentabilidade, que envolveu também os fornecedores em ações socialmente responsáveis.

Da redação - Sâo PAulo / SP
Magazine Luiza recebe 4,5 milhões de clientes em liquidação
A 17ª edição da Liquidação Fantástica, que aconteceu na sexta-feira passada a partir das 5h (na Grande São Paulo; nas demais regiões, começou às 6h), levou às 455 lojas do Magazine Luiza cerca de 4,5 milhões de consumidores, atraídos por descontos de até 70% nos produtos. Nas oito horas da ação, a rede faturou R$ 75 milhões, R$ 5 milhões mais que na edição de 2009. Um total de 2,7 milhões de produtos foram colocados à venda e, no final do evento, as lojas estavam praticamente vazias.

Da redação - São Paulo / SP
Arte Design abre primeira loja em São Paulo
A Arte Design, tradicional marca brasiliense especializada em acessórios, chegou a São Paulo com um ponto de venda no Shopping Vila Olímpia. A loja de 60 metros quadrados oferece uma seleção de peças especiais, como maxi-bolsas, bijoux, semijóias e acessórios. Uma das marcas mais cobiçadas da loja é a francesa Guy Laroche, com seus guarda-chuvas longos, um clássico parisiense. A Arte Design atua no mercado há 13 anos e, atualmente, conta com quatro unidades em Brasília/DF.


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COMÉRCIO EXTERIOR

Porto Alegre / RS
RS registra perdas de até mil cabeças de suínos por causa das chuvas
Duas granjas de suínos, nas cidades de Travesseiro e Marques de Souza, região central do Rio Grande do Sul, perderam centenas de animais com as fortes chuvas que atingiram o Estado no começo da semana. Em Travesseiro, a granja tinha cerca de mil matrizes e aproximadamente 500 morreram com o alagamento do local, disse o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado, Valdecir Folador. Em Marques de Souza, entre 400 e 500 animais foram levados pelas águas. Além da perda de animais, a estrutura dos criatórios também foi danificada. Apesar do elevado prejuízo individual dos dois criadores, o dirigente avaliou que as chuvas causaram perdas localizadas, que não devem afetar a produção do Estado. As chuvas voltaram ao Rio Grande do Sul no domingo à noite. Na região central, uma das mais atingidas, as chuvas foram fortes na segunda e terça-feira (4/1 e 5/1). (Agência Estado)



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MERCADO DE TECNOLOGIA


Las Vegas / EUA
Shuttle cria padrão para placas-mãe para notebooks
Há tempos os usuários de PCs tem a opção de montar sua própria máquina “sob medida”, escolhendo entre componentes padronizados de vários fabricantes até chegar à sua configuração dos sonhos. No mundo dos portáteis, entretanto, a coisa é diferente: não há um padrão para o mais importante dos componentes, a placa-mãe, o que torna a criação de uma máquina personalizada uma tarefa impossível. Mas uma iniciativa da taiwanesa Shuttle promete resolver o problema: a empresa criou um novo padrão para placas-mãe de notebooks e netbooks que promete beneficiar a indústria, facilitando o desenvolvimento de novos produtos, e o consumidor, abrindo mais possibilidades para upgrades e personalização das máquinas. Segundo o site Liliputing o padrão é composto por placas em dois tamanhos: MicroSPA, para máquinas com telas de 10 a 12 polegadas, e SPA , para máquinas com telas de 13.3 polegadas ou maiores. O padrão dita os formatos e conectores usados em cada placa, mas os fabricantes terão liberdade para utilizar o hardware que quiserem, inclusive processadores da Intel, AMD e VIA . O padrão não é exclusividade da Shuttle e está aberto a qualquer fabricante de hardware, assim como o padrão ATX usado em PCs de mesa. As primeiras máquinas chegam ao mercado em março, quando a shuttle inaugura uma loja online em spa.shuttle.com que permitirá ao cliente escolher as peças e montar uma máquina a seu gosto.

Paris / França
Alcatel e fabricantes de chips vão pesquisar consumo eficiente
A Alcatel-Lucent formou um consórcio de operadoras de telecomunicações, fabricantes de chips e laboratórios de universidades para criar tecnologias que reduzam o consumo de eletricidade por redes de comunicações a um milésimo do nível atual. O consórcio Green Touch vai reunir centenas de cientistas que vão desenvolver maneiras de melhorar a arquitetura, circuitos, códigos de computação, cabos de fibra óptica e outros elementos que compõem a rede de comunicações do mundo. A divisão de pesquisa Bell Labs, da Alcatel-Lucent, vai liderar a iniciativa, que vai durar cinco anos. O projeto terá um orçamento de "dezenas de milhões de euros" e qualquer propriedade intelectual resultante será compartilhada entre os membros, afirmou o diretor da Bell Labs, Gee Rittenhouse, à Reuters. "Temos que reinventar todos os elementos de uma rede de comunicações", afirmou Rittenhouse. "Hoje a rede está otimizada para performance e, portanto, precisa de muita energia para funcionar. A rede de amanhã terá de ter performance elevada, mas com um consumo de energia muito menor." Outras companhias que fazem parte da iniciativa são: AT&T, China Mobile, Telefónica, Portugal Telecom, Swisscom e Freescale Semiconductor. Os laboratórios de pesquisa Massachusetts Institute of Technology (MIT), Stanford e a University of Melbourne também participarão. Companhias como IBM e Accenture começaram a oferecer serviços para ajudar clientes a reduzir o volume de energia que seus centros de processamento de dados utilizam. A Alcatel-Lucent e as rivais Ericsson e Nokia-Siemens Networks estão correndo para reduzir a energia utilizada por suas estações rádio-base, tornando-as mais baratas de operar e mais atraentes para as operadoras de telefonia. (Agência Reuters)


Da redação – Porto Alegre / RS
Ano de conquistas para Assespro-RS
Registrando crescimento acelerado, a Associação de Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Regional RS (Assespro-RS) comemora mais um ano de muitas conquistas. Com 32 novos associados, 10% a mais do que no ano anterior, a instituição completou 30 anos de fundação alcançando muitas das metas estabelecidas para o biênio de 2009-2010. Entre os destaques, a geração de novos negócios, inovação do mercado, capacitações para profissionais do setor e a sustentabilidade da entidade.
Importantes parcerias e qualificações - Das ações que mais influenciaram no desenvolvimento da Assespro-RS no último ano importante é destacar a parceria com a operadora Vivo, líder no mercado de telecomunicação móveis do país, que oportunizou aos associados da instituição acesso as ferramentas de desenvolvimento e as plataformas de seus serviços, possibilitando a comercialização nos mais diferentes segmentos do mercado. A aliança, muito comemorada pelas empresas de TI do sul do país, promove o desenvolvimento de projetos de mobilidade da entidade com a operadora. Outra importante adesão foi da empresa de design especializada em empreendimentos de TI, Hypervisual, responsável por renovar o material de comunicação, como e-mails padronizados, selo de 30 anos e informativo da Assespro-RS, tornando-a mais contemporânea, atraente e de fácil leitura. Nesta linha, deve-se ressaltar, também, os cursos de Certificação Comercial em TI e The Coaching Clinic, já que ambos mantiveram o mercado de trabalho do setor aquecido, qualificando ainda mais seus profissionais. O primeiro foi criado para formar pessoas em vendas preparado-as para as exigências, demandas e particularidades do mercado de TI e aprontá-las para o desenvolvimento do planejamento prévio das ações comerciais. Já o seguinte, foi direcionado a interessados em desenvolver competências críticas de coaching para liderança, promovendo inovação, acelerando resultados, desenvolvendo e retendo recursos humanos estratégicos, além de alavancar a comunicação e eficácia das equipes.



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MERCADO WEB


Nova Iorque / EUA
Acesso à web por dispositivos móveis cresce 148%
De acordo com o relatório de pesquisas Quantcast, em 2009 o total de acessos à internet por dispositivos móveis cresceu 148% no mundo. Ainda assim, representam ainda 1% de todos os acessos no planeta. A base de observação da pesquisa foi o “volume de eventos de consumo da web”, algo em torno de 7,5 bilhões ao dia. Nos Estados Unidos, o crescimento da web móvel foi de 110%, abaixo da média global, mas a participação dos aparelhos móveis no total de acessos daquele país é maior: 1,26% contra 0,99% do mundo. No território americano, o Android superou o BlackBerry como canal de acessos móveis. O Motorola Droid – usuário do Android – foi o aparelho que mais se destacou, aumentando em 10 vezes a penetração da marca no número total de acessos. Apesar do crescimento expressivo, a pesquisa detectou que a curva de adesão à internet móvel foi bem menor em países da América do Sul, com um porcentual de acessos que não atinge 0,2%. Na África e Ásia os números são 0,8% e 0,4% respectivamente. (Agência AdNews)


São Francisco / EUA
Twitter abre vagas para transformar "tweets" em dinheiro
O Twitter, serviço de microblogs muito popular mas ainda deficitário, está contratando engenheiros e especialistas que ajudarão a tirá-lo do vermelho. A empresa de Internet criada há dois anos e meio atrás, cujas mensagens curtas de texto, ou "tweets", se tornaram um fenômeno mundial das redes sociais, está montando uma equipe cujo foco será a geração de receita, com uma linha de produtos ainda não lançados, a julgar pelos anúncios de empresa no site do Twitter. Entre as 26 vagas anunciadas no site do Twitter, quatro são identificadas especialmente como dedicadas à "monetização". Fechar acordos de licenciamento é a tarefa primária para duas outras vagas. "O Twitter está em busca de novos membros para a nossa equipe técnica a fim de trabalhar em projetos avançados de monetização", afirmam diversos dos anúncios.
A decisão de investir nesse tipo de projeto sinaliza que faturar está se tornando uma prioridade mais séria no Twitter, à medida que este tenta evoluir de uma das empresas de mídia social de mais rápido crescimento na Web para um negócio online sustentável. "A empresa iniciou uma fase na qual monetização importa. Eles estão acelerando esse lado", disse uma fonte próxima ao Twitter que não quis que seu nome fosse mencionado com relação a qualquer discussão das finanças da empresa. Uma porta-voz do Twitter disse que o co-fundador Biz Stone não estava disponível imediatamente para comentar. A empresa tem cerca de 120 funcionários, disse ela.
Os tweets, limitados a 140 caracteres, se transformaram em uma forma estabelecida de comunicação que desempenhou papel chave em eventos mundiais como os protestos pós-eleitorais no Irã, no ano passado. "Eles sabem que estão aqui em longo prazo, agora, de modo que precisam acionar os motores da monetização", disse Jeremiah Owyang, analista do Altimeter Group.
O Twitter, uma empresa de capital fechado, não divulga resultados financeiros, mas seu site informa: "Enquanto nosso modelo de negócios estiver em fase de pesquisa, nós gastaremos mais dinheiro do que ganhamos." O site fechou acordos em outubro, publicados pela imprensa como valendo um total de 25 milhões de dólares, para licenciar dados para o Goole e Microsoft, permitindo que os mecanismos de busca das duas empresas exibam tweets em seus resultados.
O Twitter, que recentemente mudou sua equipe para um escritório maior em San Francisco, teve 19,4 milhões de visitantes únicos nos Estados Unidos em novembro, segundo a comScore, ante 1,5 milhão um ano antes. Muitos observadores da indústria afirmam que o número mundial de usuários do Twitter é muito maior, uma vez que muitas pessoas acessam o serviço por aplicativos desenvolvidos por terceiros em vez de usar a ferramenta diretamente no site.
Em setembro, o Twitter levantou 100 milhões de dólares em uma operação que avaliou a companhia como valendo 1 bilhão de dólares, segundo uma fonte próxima do assunto. Entre os investidores desta rodada estavam a gigante dos fundos mútuos T. Rowe Price e a companhia de investimento de risco Insight Venture Partners. Nos avisos de vagas de emprego no Twitter há um que busca um gerente de marketing de produto que se dedicará a "atrair usuários corporativos que entendam o valor do Twitter". (Agência Reuters)


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


Brasília / DF
Governo revisará concessões de ferrovias
Doze anos depois do início das privatizações, o Brasil se prepara para pôr em prática um novo acordo geral no setor ferroviário que envolve melhor uso da malha existente e extensão dos prazos de concessão das empresas. As mudanças começaram a ser desenhadas após um estudo sobre a ocupação das estradas de ferro do País.O resultado mostrou que, além de pequena (28 mil quilômetros), boa parte da malha é subutilizada. "Apenas 10% das ferrovias (3 mil km) estão plenamente ocupadas", diz o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. Outros 7 mil km estão sendo usados abaixo da capacidade e 18 mil km são subutilizados.Um dos principais objetivos das mudanças é pôr em operação trechos abandonados ou com baixa ocupação. A pedido da ANTT, as empresas - que faturam mais de R$ 12 bilhões por ano - estão mapeando as ligações subutilizadas de sua área de atuação. As concessionárias terão a opção de continuar com os trechos ou devolvê-los ao governo.Se permanecerem com a concessão, terão de fazer um trabalho de recuperação da malha e deixá-la apta para o transporte, avisa Figueiredo. "O que não podemos é permitir que trechos continuem abandonados, enquanto há demanda forte pelo transporte ferroviário." (Agência Estado)


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TELECOM & ENERGIA


Brasília / DF
Mais de 3,3 milhões mudam de operadora e mantêm número em 2009
Segundo dados divulgados ontem, dia 11/1, pela ABR Telecom - Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações -, durante todo o ano de 2009, 3,28 milhões de pessoas trocaram de operadora e mantiveram o mesmo número. Considerando um total de 211 milhões de usuários do serviço no Brasil, as quase 3,3 milhões de migrações feitas em 2009 correspondem a 1,56% do universo de telefones do país. Foram 4,24 milhões de pedidos, o que significa que 77,3% dos pedidos de portabilidade foram atendidos. Mas, segundo a ABR Telecom, o cálculo simples entre migrações pedidas e concluídas não representa a eficiência da portabilidade no Brasil.
De todas as transferências de operadora de telefonia feitas no ano passado, 70% foram de usuários de telefones móveis e 30% de clientes de telefones fixos. Em dezembro, a ABR Telecom registrou o maior número de pedidos e efetivações de portabilidade numérica desde setembro de 2008, quando o serviço passou a existir no Brasil. Foram 465 mil pedidos de troca de operadora e 387 mil migrações.
Os número de dezembro registraram 77,1 mil transferências a mais do que em novembro. Em março de 2009, quando o serviço de portabilidade alcançou todo o país, foram 285,5 mil trocas. O mês de agosto foi o que mostrou o maior volume de transferência em telefonia fixa, registrando 101,8 mil migrações concluídas. Dezembro foi recorde para a telefonia móvel, com 296,2 migrações. Desde setembro de 2008, quando a portabilidade teve início, 3,48 milhões de pedidos de migração foram atendidos.
Eficiência - Ao longo do ano, o sistema de portabilidade numérica manteve um índice de eficiência de cerca de 92%, número que a associação celebra como um "alto padrão de performance". Para avaliar a eficiência ao atendimento do usuário, são considerados fatores como as solicitações prontas aguardando o agendamento, os pedidos em processamento dentro do prazo regulamentar, as desistências de portabilidade por parte do usuário e a apresentação de documentação conforme o modelo brasileiro determina. (Agências Brasil e Folha Online)


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MERCADO DE LUXO


Da redação - Sâo Paulo / SP
O luxo nunca mais será o mesmo
Diretor da Ledbury Research aponta os impactos da crise no mercado de luxo. Ele roda o mundo tentando entender e explicar como os ricos e ultraricos gastam suas fortunas. James Lawson, diretor da Ledbury Research, uma das empresas de pesquisa mais respeitadas nesse segmento tem com clientes como Tiffany’s, Gucci e Hermès. Em São Paulo para participar da segunda edição da Conferência Internacional do Negócio do Luxo, Atualuxo, promovida pela MCF Consultoria em setembor de 2009, o inglês falou sobre o impacto da crise no setor de luxo e suas possíveis consequências.

A crise financeira afetou os ultraricos? O impacto mais dramático da crise aconteceu justamente nesse grupo. Eles sofreram financeiramente, porque perderam muitas propriedades, investimentos e negócios, e psicologicamente, porque depois das mudanças começaram a questionar seus hábitos e compras. Mesmo aqueles que não perderam tanto passaram a se sentir constrangidos em continuar gastando como antes, enquanto seu vizinho perdeu quase tudo.
Como isso afeta o mercado de luxo?Lawson: Estamos vendo a maior mudança no mercado de luxo nos últimos 20, 30 anos. Ele está se contraindo como nunca e isso resultará em ajustes. Todos ainda estão se perguntando para onde o consumidor vai e como lidar com isso, mas ainda é cedo para respostas.

Você arriscaria um palpite? É difícil falar em uma única estratégia. As marcas precisam entender que o humor do consumidor mudou. Em alguns mercados o consumo se tornou mais discreto, menos ostensivo, mas em outros, nem tanto. É necessário analisar essa mudança e depois pensar qual a melhor forma de agir. Nos últimos 10, 20 anos as marcas de luxo se permitiam criar o que quisessem, sem se preocupar com o consumidor. Elas tinham um público fiel num caminho unilateral. Mas, daqui para frente, será preciso dialogar com o consumidor para saber quais suas necessidades e desejos antes de investir em algo novo.

Como deverá ser o luxo daqui para frente? O histórico do mercado de luxo nos mostra que em todo período de crise as vendas caem num primeiro momento, mas depois se recuperam rapidamente. O que deve mudar é a essência do luxo. No passado, o luxo era mais elitista, icônico, caro e significava status, posse e poder. Há seis anos ficou mais ligado à exclusividade, responsabilidade social e ambiental, experiência e personalização, e ganhou mais refinamento, mais significado para o consumidor em busca de recompensas para si mesmo. No futuro, ele deve ficar ainda mais ligado à responsabilidade e à consciência. Nesso momento, pagar pesadas taxas sobre esses produtos não basta. O consumidor quer que o produto em si ajude a melhorar o mundo.

Os milionários também são lançadores de tendências. Tendo isso em mente, o que podemos esperar para o futuro? Os ricos já não influenciam tanto as pessoas quanto as celebridades. Os compradores desse mercado estão muito menos interessadas em saber o que Flavio Briattore está usando ou que carro está dirigindo do que antigamente. Hoje em dia, a base de referências está ficando muito mais ampla. Mas, em geral, pode-se esperar um aumento do interesse por produtos de luxo com tecnologia de ponta embutida e que, ainda assim, venham “embalados” com materiais ligados à natureza. Produtos fabricados em seus próprios países ou que realmente ajudem o desenvolvimento de uma região também devem se tornar mais atraente.

Os Brics são mesmo a grande salvação para o mercado de luxo nesse momento? É importante focar nesses mercados, principalmente quando se vê, cada vez mais, a descentralização do luxo, mas acho um pouco perigoso superestimar o potencial desses países. Nesse momento, a China é o mercado mais importante dos quatro [países], especialmente nos últimos cinco, dez anos. A Rússia é muito nervosa e volátil, com grandes ganhos e perdas. E foi o mais atingido pela crise. A India ainda está em desenvolvimento e, no Brasil, a principal questão é volume, o que sempre interessa. Mas, por enquanto, os Estados Unidos continuam a ser a base do mercado de luxo, com já nos acontece há dez, vinte anos, respondendo por 31% do volume de negócios desse setor, seguido pela Europa (30%) e Ásia (28%).

A crise ajudará a redefinir os limites do luxo? O termo luxo está muito banalizado. Virou sinônimo de qualidade e performance, e por isso você encontra produtos ditos de luxo até no Walmart. As pessoas falam de luxo como se fosse algo único, com alguns critérios a serem preenchidos. Mas, na verdade, esse é um conceito muito fragmentado. Há o universo do ultraluxo, do luxo, do premium, do masstige, dos outlets, cada um voltado a um tipo de consumidor e renda. Ainda será necessário um longo caminho para redefinir claramente os limites do que realmente é luxo. E, por isso, acho que a indústria precisará se afastar um pouco desse termo para que ele volte a fazer sentido.

A estratégia de massificação do luxo, a longo prazo, não tende a afastar os milionáros dessas marcas?
O luxo sempre serviu para diferenciar as pessoas e, ao mesmo tempo, enfatizar a que grupo elas pertenciam. Quando as marcas começaram a reduzir seus preços e a criar novas gamas de produtos, perdendo a exclusividade, esses clientes mais abastados começaram a culpar os fabricantes e se afastaram um pouco, passando a consumir coisas ainda mais valiosas. Ao mesmo tempo, migraram para marcas muito mais discretas, que muitas vezes nem usam logotipo, como faz a Bottega Veneta, por exemplo. Ao invés de ostentar marcas e terem símbolos para mostrar que são ricos, estão mostrando ao mundo sua posição social através da filantropia, da caridade e do envolvimento em trabalhos mais responsáveis, que ajudem na redistribuição de renda no mundo. Por outro lado, a estratégia de massige criou um novo público, que pode passar um mês comendo Corn Flakes e feijões enlatados só para se presentear com um item de luxo, porque para ele isso é importante. E esse público é enorme e não será facilmente desprezado pelas marcas. (Fonte: Gestão de luxo)


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RESPONSABILIDADE Social e Ambiental


Da redação – Porto Alegre / RS
Meio ambiente sempre ou somente de vez em quando?
A página central do jornal gaúcho Correio do Povo de ontem, dia 11/1, noticia o Projeto de Lei do Deputado Jerônimo Goergen que pretende criar um programa que ajude a população a enfrentar situações de calamidade pública. Entre os objetivos está "despertar a necessidade de preservar o meio ambiente". Otimo, todavia o autor é justamente um dos principais artífices de outro Projeto de Lei, o 154, que justamente agravará ainda mais as lamentáveis e previsíveis situações que vem assolando o RS, na medida em que elimina a reserva florestal (legal), diminui drasticamente a mata ciliar e consolida atividades e ocupações em encostas e topos de morro mesmo sem o devido zoneamento. Imagino que com o mais recente Projeto de Lei o parlamentar retire sua assinatura e não defenda mais tão ardorosamente o PL 154. (Fonte: Gabinete Vereador Beto Moesch / Porto Alegre-RS)



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