Edição 252 | Ano II

Brasília / DF
Mantega defende IOF para estrangeiros e desonerações para investimentos
O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que as reduções de impostos para estimular o consumo têm prazo para acabar, mas as desonerações para o investimento vieram para ficar. Segundo ele, as medidas de estímulo à economia seguirão o cronograma anunciado nas últimas semanas. "Parte dos estímulos vai terminar de acordo com o cronograma estabelecido. A maioria termina em março. Não temos planos de reeditá-las. Portanto, aproveitem. Façam seus investimentos, suas compras, porque isso aí vai acabar. Agora, estímulos como redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - para bens de capital vieram para ficar de fato. Não pretendemos recolocar a alíquota original para máquinas, equipamentos, peças e componentes para investimentos", afirmou. "Os investimentos vinham sendo estimulados para nós desde antes da crise. Não foi agora que começamos a desonerar o investimento, mas em 2007. Já fizemos R$ 100 bilhões de desoneração, e uma parte disso foi para investimentos. Em geral, a tendência é essa. As desonerações sobre investimentos, como esses que mencionei, vieram para ficar. A desoneração do consumo, esta vai acabar", alertou.
O ministro também disse que vai retomar o superavit primário - economia de recursos para pagar os juros da dívida pública - de 3,3% do PIB - Produto Interno Bruto - no próximo ano. Segundo ele, a queda no esforço fiscal foi temporária e necessária para manter o ritmo da economia após o agravamento da crise financeira mundial. Ele destacou que, a partir do próximo ano, a dívida pública deve recuperar a trajetória de queda. Mantega também comentou a decisão do governo de taxar o capital estrangeiro que entra no país por meio da cobrança de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. Na sua avaliação, a medida foi eficaz para estabilizar o dólar em meio a um cenário de forte valorização do real. De acordo com ele, se o governo não tivesse agido, o dólar comercial estaria atualmente cotado entre R$ 1,50 e R$ 1,60, abaixo da cotação de R$ 1,79 registrada ontem, dia 21/12. O ministro ressaltou que fatores externos também contribuirão para impedir a sobrevalorização do real. Na avaliação de Mantega, um possível aumento de juros nos Estados Unidos a partir do próximo ano e a perspectiva de deficit nas transações correntes, motivado pelo aumento nas importações e pela consequente queda no saldo da balança comercial, ajudarão a conter a queda do dólar. (Agência Brasil)


São Paulo / SP
investigação de compra da GVT segue sob sigilo
A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - informou ontem a noite, dia 21/12, que as investigações sobre a operação de aquisição do controle da GVT pela Vivendi prosseguem, mas o processo administrativo permanecerá sob sigilo legal. O comunicado da autarquia ocorre após a Telefônica comunicar que pediu informações à CVM sobre os resultados já alcançados e as providências adotadas a partir das investigações para apurar eventuais irregularidades no negócio. A operadora espanhola disputava a compra da GVT com a Vivendi, mas foi superada após os franceses anunciarem que adquiriram o controle da empresa em negociações privadas. Segundo a CVM, até o presente momento, nenhuma pessoa externa aos quadros da autarquia obteve acesso aos autos do processo ou vem acompanhando a apuração das investigações. O órgão regulador ressalta ainda que não divulga informações sobre investigações em andamento, salvo nas hipóteses previstas em lei, "se assim o exigir o interesse público". (Agência Estado)



São Paulo / SP
TAM assumirá dívidas de R$ 73 milhões da Pantanal
Além dos R$ 13 milhões pagos pela totalidade das ações da Pantanal Linhas Aéreas, a TAM arcará com dívidas de R$ 73 milhões da companhia aérea regional, informou o presidente da TAM, Líbano Miranda Barroso. Destas obrigações financeiras, R$ 55 milhões equivalem a uma dívida tributária da Pantanal, que está em recuperação judicial já homologada. Esse valor deve ser quitado em aproximadamente 15 anos, a contar de agora. A TAM assumiu, também, dívida de R$ 18 milhões com credores cíveis, valor que deve ser pago no curto prazo, "talvez em três meses", revelou Barroso. A dívida será quitada com recursos da operação da própria Pantanal. Já os R$ 13 milhões pagos pelas ações da companhia virão do caixa da TAM.Além de 17 pares de slots (horários de pousos ou decolagens) no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a TAM herdará da Pantanal uma frota de três aeronaves ATR-42. "Estamos avaliando utilizar os aviões com menos de 100 lugares que são usados pela Pantanal", disse o presidente da TAM. A aérea regional também tem ao menos sete lojas próprias, hangares de manutenção (inclusive em Congonhas) e áreas de pátio para aeronaves. Com 245 funcionários, a Pantanal faturou cerca de R$ 70 milhões nos últimos 12 meses, segundo a TAM. A empresa, fundada em 1993, tem hoje 0,15% de market share na aviação doméstica e está autorizada a operar serviços regulares de transporte de passageiros e de cargas para as cidades de Araçatuba/SP, Bauru/SP, Presidente Prudente/SP, Marília/SP, Juiz de Fora/MG e Maringá/PR.A marca da Pantanal deve ser mantida. "Achamos que este é um bom nome, uma marca consolidada", observou o executivo, destacando que a compra visa explorar o potencial das cidades de média densidade. "Queremos aproveitar o crescimento das cidades do interior e o avanço da renda nestas cidades", afirmou. De acordo com Barroso, a julgar pela participação do viajante a negócios nas empresas - 75% dos clientes da TAM são corporativos, proporção que é de 90% na Pantanal -, vê-se que as empresas são sinérgicas. "Estamos potencializando, nestas cidades servidas pela Pantanal, a atração de um público que não tem ligação só com os grandes centros brasileiros, mas também com os centros internacionais. Agora, o cliente da Pantanal terá a possibilidade de, numa única operação, comprar um bilhete para o exterior." (Agência Estado)


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MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS Nacionais e Internacionais
HOJE – Terça-feira / 22 de dezembro de 2009


Jornais nacionais
Folha de S.Paulo / Governo define mínimo de R$ 510
Agora S.Paulo / INSS paga atrasados para 59.770 em janeiro
O Estado de S.Paulo / STJ susta operação contra Dantas
Jornal do Brasil / Paes derruba liminar e pode cobrar taxa
O Globo / STJ suspende condenação e processos contra Daniel Dantas
Valor Econômico / Cooperativas tentam criar gigante do leite
Correio Braziliense / Denúncias ameaçam atrasar obra do VLT
Estado de Minas / Crise acaba com Natal de mineiros que emigraram
Diário do Nordeste / Prefeitura negocia dívidas
A Tarde / Militar dirigia carro que matou mãe e filha
Extra / Deputados do Rio aprovam piso de R$ 581,88 para as domésticas
Correio do Povo / Caso Becker tem 12 indiciados
Zero Hora / Polícia Rodoviária terá menos efetivo para evitar massacre nas BRs

Jornais internacionais
The New York Times (EUA) / Democratas enfrentam novas mudanças com fusão das contas
The Washington Post (EUA) / Fundos de desemprego dos estados estão se esgotando com a recessão
The Times (Reino Unido) / Temperatura baixas frustram saídas para feriado de Natal
The Guardian (Reino Unido) / Exército do reino unido é acusado por afogamentos nos anos 70
Le Figaro (França) / A grande corrida de Natal
Le Monde (França) / Na China, surgem campeões high-tech
China Daily (China) / "China desempenhou um papel construtivo", diz Wen
El País (Espanha) / Suprema corte rechaça financiamento de canais de televisão ao cinema
Clarín (Argentina) / Kirchner enriqueceu legalmente, diz juiz


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

Da redação - São Paulo / SP
Controladora da Parmalat anuncia operação para tirar empresa da Bovespa
A Laep Investments, controladora da marca Parmalat no Brasil, anunciou ontem, dia 21/12, que a CVM - Comissão de Valores Mobiliários - uma operação para que a empresa adquira as ações da Parmalat no mercado e feche, assim, o capital da empresa. Após concluída a operação, que havia sido adiantada em abril as ações da empresa deixarão de ser negociadas na Bovespa. De acordo com o site da Bolsa, as ações ordinárias da Parmalat tiveram queda de 20,12% nesta segunda-feira, em R$ 6,19. No fato relevante divulgado hoje, a companhia afirma que será publicado nos próximos dias um comunicado aos acionistas informando as condições e termos em que se realizará a OPA - Oferta Pública de Aquisição de Ações. Em agosto, a Laep anunciou que teve prejuízo de R$ 73,3 milhões no segundo trimestre, mais de dez vezes maior do que o do mesmo período do ano passado (R$ 7,2 milhões). A Parmalat continua em processo de recuperação judicial. De acordo com dados da Bovespa, a companhia possui 2.450.143.569 ações ordinárias e 3.112.390 preferenciais.


HOJE – Nas Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Maioria das bolsas asiáticas fecha em alta
O dia foi de alta na maioria das bolsas asiáticas, com exceção da China e Filipinas. Um certo otimismo com relação aos mercados americanos deu o tom dos negócios, influenciando as bolsas locais.
- Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,7, aos 21.097 pontos.
- A China foi na contramão dos demais mercados da região, com preocupações quanto ao mercado imobiliário e uma perspectiva de aperto na polícia monetária ano que vem. O índice Shanghai Composite fechou em queda de 2,3%, aos 3.050 pontos. Já o índice Shenzhen Composite caiu 2,7%, para 1.164 pontos. No mercado de câmbio, por volta de 7h30 (GMT) o dólar americano valia 6,8289 yuan chineses, valorizando-se em relação aos 6,8285 do fechamento da véspera.
- Na Coreia do Sul o mercado absorveu um sentimento de melhora na perspectiva externa, fazendo o índice Kospi da Bolsa de Seul fechar em alta de 0,7%, aos 1.655 pontos. Samsung avançou 1,3% e Hyundai subiu 1,8%. Além do cenário externo, Won Jong-hyuck, da SK Securities, diz que o mercado também está antevendo que importantes firmas locais deverão apresentar resultados melhores do que o esperado neste trimestre e no próximo.
- Em Taiwan o mercado atingiu o nível mais alto desde junho, com o índice Weighted da bolsa de Taipé fechando aos 7.856 pontos, em alta de 0,9%. Entre as altas do dia, Cathay Financial avançou 2% e UMC, 2,5%. Se Wall Street continuar se comportando bem, o índice pode romper a barreira dos 8 mil pontos até o fim do ano, prevê Stanley Chou, da Mega International Investment Service.
- Nas Filipinas o mercado fechou em queda moderada. O índice PSE da Bolsa de Manila caiu 0,1%, encerrando aos 3.016 pontos. Century Peak Metal caiu 2,9%; Manila Electric recuou 2%. O volume de negócios deve permanecer fraco.
- O mercado australiano também foi influenciado pelo otimismo estrangeiro, e o índice S&P/ASX 200 da bolsa de Sidney encerrou o dia em alta de 1,5%, aos 4.704 pontos. As ações da Rio Tinto fecharam em alta de 3,1% e as da BHP Billiton avançaram 1,7%.


ONTEM – Na Bovespa, NY e Europa

São Paulo / SP
Bovespa vira na última hora de pregão e fecha em queda de 1,30%
Influenciada pelo vencimento de opções sobre ações, a Bovespa virou na última hora de pregão e fechou em queda o pregão de ontem, dia 21/12. Em uma semana de poucos indicadores e negócios por causa do feriado de Natal, a volatilidade da Bolsa deve ser alta, segundo analistas.
- O Ibovespa retraiu 1,30% no fechamento, aos 65.925 pontos, após subir cerca de 1,30% ao longo do dia.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,785, em alta de 0,11%.
- A taxa de risco-país marca 204 pontos, número 3,31% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - "As ações começaram a enfraquecer logo depois do exercício de opções", afirmou Roger Oey, superintendente do Banif Invest. De acordo com a BM&FBovespa, o exercício de opções movimentou R$ 3,96 bilhões - R$ 3,43 bilhões em opções de compra e R$ 533,71 milhões em opções de venda. O volume regular foi inflado pelo vencimento e chegou a R$ 9,8 bilhões. Opções são contratos em que se negociam direitos de compra ou de venda de um determinado ativo, no caso, ações. Os investidores têm um prazo para exercer ou não os direitos de compra ou venda contidos nesses contratos. Por esse motivo, a Bolsa de Valores apresenta uma movimentação atípica nessas datas de vencimento.
Análise 2 - Apesar da queda de ontem, Oey ressaltou que o investidor não deve levar em conta as tendências de curto e curtíssimo prazo na Bolsa, já que o pregão estará esvaziado nos últimos dias do ano. "O importante é a tendência de médio prazo e das ações especificamente. Essa queda pode se reverter de forma fácil amanhã." O analista afirmou que não acredita em um "rali de fim de ano" nas Bolsas, que estatisticamente costumam subir em dezembro e janeiro. "2008 e 2009 têm sido anos atípicos. Então não acho que seja muito parâmetro pegar estatísticas", disse. Para ele, porém, janeiro deve começar com tendência positiva e os mercados devem subir no mês que vem, com os investidores apostando em um ano de retomada da economia.
Indicadores
- O nível de atividade 'permanecer em um patamar que é consistente, historicamente, com os primeiros estágios de uma recuperação após uma recessão', afirmou o Fed de Chicago em nota.
- Por aqui, a FGV - Fundação Getúlio Vargas - divulgou que o IGP-M - Índice Geral de Preços de Mercado) registrou deflação de 0,18% na segunda prévia do mês - abaixo das previsões do mercado, de 0,12%.
- Além disso, o boletim Focus, do Banco Central, apontou leve queda na previsão do mercado para o PIB - Produto Interno Bruto - de 2009 e 2010, para -0,23% e 5%, respectivamente --as previsões anteriores eram de -0,21% e 5,3%.
Empresas
- Entre as ações, a CSN - Companhia Siderúrgica Nacional - caiu 3,26%, para R$ 53,60, após a ampliação da incerteza em torno do negócio com a portuguesa Cimpor. Na semana passada, a companhia anunciou uma oferta de US$ 5,55 bilhões pela produtora de cimento.
- Nesta segunda, porém, surgiram rumores de que haveria uma oferta concorrente por parte da Camargo Corrêa, o que faria com que a CSN tivesse de elevar o preço de compra para fechar negócio.
- Além disso, a companhia aérea TAM anunciou ontem a tarde, dia 21/12, a aquisição da concorrente Pantanal Linhas Aéreas, por R$ 13 milhões. As ações da empresa fecharam em queda de 1,06%, para R$ 35,32, segundo dados preliminares.

Nova Iorque / EUA
Setor de saúde levanta Bolsa de NY; Nasdaq tem pico em 15 meses
As Bolsas de Valores dos EUA fecharam em alta nos pregões de ontem, dia 21/12, com o índice Nasdaq alcançando a máxima em 15 meses. O mercado teve impulso depois que um importante projeto de reforma no sistema de saúde foi aprovado pelo Senado e corretoras elevaram a recomendação para os papéis de dois componentes do Dow Jones, citando melhora nas perspectivas de lucro. Com o fim do ano, investidores se movimentaram em busca de ações na esperança de que Wall Street consiga mais ganhos em 2010, uma vez que a recuperação da economia norte-americana toma forma.
- O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 0,83%, para 10.414 pontos.
- O Standard & Poor's 500 ganhou 1,05%, para 1.114 pontos.
- O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,17%, para 2.237 pontos, maior nível em 15 meses.
Análise 1 - As ações do setor de saúde subiram após um pacote voltado a todo o sistema de saúde, considerado menos prejudicial aos lucros das empresas do setor que o esperado, passar por um teste crucial no Senado norte-americano no início na manhã de ontem, dia 21/12. A legislação para todo o sistema de saúde norte-americano passou por um importante teste no início desta segunda-feira, uma vez que os que apoiam o pacote superaram um obstáculo processual para aprovar o pacote, prioridade dos senadores que apoiam o presidente Barack Obama.
Análise 2 - Após a aprovação, o índice de saúde do Morgan Stanley avançou 3%, enquanto os papéis da seguradora Aetna ganharam 4,7% e os da Cigna tiveram alta de 3,9%. Papéis de varejistas também avançaram, com investidores otimistas com relação ao restante da temporada de compras de fim de ano, mesmo depois de uma nevasca atingir a costa leste dos EUA, o que pode reduzir os lucros das varejistas. Intel subiu 2,3% no Nasdaq, após o Barclays elevar a recomendação das ações da empresa de "na média do mercado" para "acima da média do mercado", citando condições favoráveis de mercado. A Alcoa ganhou 7,89%, maior impulso ao Dow Jones. O Morgan Stanley elevou a recomendação dos papéis da companhia para "compra", esperando que a empresa divulgue uma maior lucratividade em suas divisões de alumina (matéria-prima do alumínio) e de distribuição. O bom humor foi fortalecido ainda pelo anúncio de que a Sanofi-Aventis irá comprar o grupo de saúde norte-americano Chattem por cerca de 1,9 bilhão de dólares. As ações da Chattem disparavam 33,1%.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em alta animadas com anúncios de aquisições
As principais Bolsas europeias fecharam seus pregões de ontem, dia 21/12, com ganhos, animadas pela divulgação de duas aquisições bilionárias. Porém, o movimento dos pregões foi baixo devido à proximidade do Natal, que encurtará a semana.
- A Bolsa de Londres subiu 1,87%, indo para 5.293,99 pontos no índice FTSE 100.
- A Bolsa de Frankfurt teve alta de 1,7% no índice DAX, para 5.930,53 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve avanço de 0,62%, indo para 6.504,44 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Madri teve alta de 1,51%, com 1.230,90 pontos no índice Madrid General.
- A Bolsa de Paris subiu 2,05%, para 3.872,06 pontos no índice CAC-40.
Análise 1 - Os ganhos são puxados por três notícias corporativas que dão esperanças ao mercado em relação a um aumento no ritmo de fusões e aquisições. Um número maior dessas operações indicam que as companhias estão confiantes no futuro da economia e dispostas a usar parte do seu caixa para ir às compras. Ontem, duas empresas anunciaram aquisições que ultrapassaram a casa de US$ 1 bilhão. A farmacêutica francesa Sanofi-Aventis comprou a fabricante americana de produtos de saúde pessoal Chattem por US$ 1,9 bilhão, e a fabricante de equipamentos de mineração Bucyrus International adquiriu a concorrente Terex por US$ 1,3 bilhão.
Análise 2 - A montadora holandesa de veículos esportivos Spyker informou que retomou negociações com a General Motors para comprar a montadora sueca Saab. Na sexta-feira, dia 18/12, com a interrupção dessas negociações, a GM havia informado que fecharia a empresa. "Há uma cerca atividade de fusões e aquisições no cenário que traz um pouco de otimismo", disse o estrategista de mercado Keith Bowman, da corretora de ações londrina Hargreaves Lansdown. O mercado europeu girou hoje com pouco movimento, já que o feriado do Natal encurtará a semana. Além disso, a maioria dos investidores preferiu esperar para negociar a partir de amanhã, quando o governo americano divulgará o dado final sobre o PIB - Produto Interno Bruto - dos EUA no terceiro trimestre.



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INDÚSTRIA


Londres / Inglaterra
Produção global de aço sobe 24,2% em novembro
A produção global de aço bruto saltou em novembro na comparação anual, registrando um crescimento positivo pelo terceiro mês consecutivo à medida em que os produtores de aço continuam a retomar atividade sobre capacidade ociosa diante de uma melhora nos pedidos. A produção subiu 24,2%, para 107,5 milhões de toneladas, mas abaixo dos 113,4 milhões de toneladas de outubro, segundo números desta segunda-feira da WSA (Associação Mundial do Aço, na sigla em inglês), cujos membros representam 85% da produção mundial.
A produção na China, maior produtora e consumidora mundial de aço, disparou 37,4% em novembro na comparação anual, para 47,3 milhões de toneladas, trazendo a produção nos 11 primeiros meses do ano para 462,4 milhões de toneladas, 12,1% acima do ano passado. No Brasil, na semana passada, o IABr - Instituto Aço Brasil - divulgou que a produção de aço no Brasil atingiu 2,7 milhões de toneladas em novembro, alta de 15,1% sobre um ano antes, mas queda de 4,3% sobre outubro. A indústria global do aço está se recuperando lentamente de uma das piores recessões de sua história, mas analistas acreditam que a recuperação continua frágil. De janeiro a novembro, a produção recuou 10,8% para 1,09 bilhão de toneladas por conta dos agudos cortes de produção no início do ano, em decorrência do efeito da recessão global sobre a demanda.
O índice de utilização de capacidade em novembro ficou em 75%, ligeiramente abaixo dos 76,9% de outubro. No auge do desaquecimento, o índice de uso da capacidade caiu abaixo de 60% nos Estados Unidos, e pouco acima dos 60% na Europa, contra acima de 90% nos tempos de crescimento forte. A produção na União Europeia subiu 10,8%, a 14,2 milhões de toneladas, enquanto nos Estados Unidos a produção chegou a 5,96 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 27% na comparação anual. (Agência Reuters)





Da redação – São Paulo / SP
Compra da Kennex fortalece presença da Positivo no varejo
Com a aquisição da fabricante de comutadores Kennex, anunciada ontem , dia 21/12, por R$ 5,5 milhões, a Positivo Informática fortalece sua presença entre os mais fortes varejistas do mercado na venda de PCs, avalia o diretor da consultoria IT Data, Ivair Rodrigues. Fundada em 2003 com foco em desktops e notebooks para as classes C e D, a Kennex pertencia à Boreo Comércio de Equipamentos e fazia parte da holding Componente, tendo como sócios majoritários os executivos João Paulo Diniz e Mauro Funaro. As máquinas da Kennex, produzidas em regime de terceirização - inlcuindo uma parceria de manufatura com a própria Positivo - eram vendidas em 1.200 pontos de distribuição nas redes Extra, Casas Bahia, Ponto Frio, Fnac, Saraiva, Lojas Americanas e Submarino. "Com a aquisição, a Positivo, que já tem uma forte atuação junto às Casas Bahia, ganha mais espaço de distribuição nas redes Extra e Ponto Frio", afirma Rodrigues. "Estes três varejistas representam os maiores canais de vendas de PCs no País", acrescenta o consultor com base em um levantamento da IT Data.Consolidação - A compra da Kennex também sinaliza uma onda de consolidação do mercado de PCs, que deve ganhar força em 2010, prevê Rodrigues. "Hoje há 88 fabricantes de PCs com PPB (Processo Produtivo Básico) no Brasil", afirma o consultor. "Algumas destas empresas devem ser compradas", prevê. Líder do mercado brasileiro de PCs há cinco anos, a Positivo Informática
fechou o terceiro trimestre de 2009 com 16,9% de participação no mercado, levando em consideração o mercado cinza - PCs fabricados sem PPB. Os números representam um aumento de 3,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2008. O acordo, fechado na sexta-feira (18/12), prevê ainda que a Positivo investirá 6,5 milhões de reais na Boreo para saldar dívidas adquiridas pela companhia.





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AGRONEGÓCIOS

São Paulo / SP
Bunge está perto de comprar o Grupo Moema
A pós quase um ano de negociações, o anúncio da venda do Grupo Moema, ou de parte da companhia, para a Bunge, um dos maiores grupos de agronegócio do mundo, será feito até o final de janeiro de 2010. Segundo informações passadas por fontes do grupo sucroalcooleiro, o prazo foi dado pela própria multinacional aos acionistas da Moema. Um acordo com a Moemapar, que concentra participações do Grupo Moema em seis usinas, já estaria fechado. Acionistas de outras três usinas também já assinaram com a Bunge, mas pendências ainda se arrastam nas negociações de outras duas usinas do conglomerado, a Vertente e a Itapagipe, que emperram o ponto final da negociação. O valor estimado pelo mercado é de US$ 100 a US$ 105 por tonelada de cana. Se a Bunge conseguir fechar a operação com todas as seis usinas, o negócio pode a! tingir US$ 1,35 bilhão.
A Moemapar é a holding cujo controle é dividido entre os empresários Maurílio Biagi Filho, Eduardo Diniz Junqueira e ainda filhos de Armando Junqueira. É a maior acionista do Grupo Moema, considerando as seis usinas como um todo. Segundo as fontes, a Bunge já teria fechado a compra da usina Moema, em Orindiúva/SP sede do grupo e a única planta controlada 100% pela Moemapar. A Bunge também teria acertado ainda a aquisição de outras três usinas das quais a Moemapar tem parte do controle. São elas a Frutal, no Triângulo Mineiro, cujo controle tem 56% da Moemapar e 44% de minoritários; a Ouroeste, na cidade paulista, dividida igualitariamente entre a holding e o grupo Arakaki, e a Guariroba, em Pontes Gestal/SP.
A Guariroba tem 40% do controle da Moemapar, 30% da Agropecuária CFM e 30% da Humus Agrícola. A Humus também tem 50% de participação da Usina Vertente, em Guaraci/SP. Os outros 50% estão nas mãos da Moemapar. No caso da Vertente, as negociações estariam emperradas porque o outro acionista pode exercer o direito de compra. A expectativa é, contudo, de que as divergências seriam acertadas com uma nova proposta financeira. Outra usina do Grupo Moema que ainda está em negociação é a Itapagipe, na cidade homônima de Minas Gerais. O controle da Itapagipe é dividido entre a Moemapar (43,75%), a Cargill (43,75%) e minoritários. Com a aquisição integral do Grupo Moema, a Bunge passará a ter uma moagem de 16 milhões de toneladas de cana já a partir da próxima safra. (Agência Estado)


Da redação - Vitória / ES
Criação de tilápias faz sucesso
Parece até história de pescador, mas não é. A criação de tilápias – uma das espécies mais lucrativas do mundo – é um sucesso no Espírito Santo. Não é para menos, além de um retorno rápido (80% a 100% do investimento, no período de quatro a seis meses), pode dar um lucro que varia entre R$ 2 mil e R$ 10 mil por mês. No estado capixaba existem cerca de 900 piscicultores, sendo que 90% deles criam tilápias, gerando uma produção anual em torno de 19 mil toneladas. Atualmente é o agronegócio de maior rentabilidade do Brasil, juntamente com a carcinicultura (criação de camarão). Segundo o gerente de Piscicultura do Centro Tecnológico de Aquicultura (CTA), Armando Fonseca, a preferência pela tilápia deve-se a três fatores: a qualidade da carne, ao desenvolvido sistema de cultivo e à capacidade de adaptação do peixe. "A carne tem um sabor suave, sem espinhas e de baixo teor de gordura. Também é o único peixe sobre o qual existe um estudo mais aprofundado e materiais modernos para sua cria. Além disso, ele se adapta tanto ao clima frio, quanto ao quente", explica. Entretanto, Armando faz um alerta quanto à criação da tilápias. Como uma fêmea produz cerca de 1,5 mil filhotes (alevinos) a cada 15 dias, eles começam a competir pela ração e o resultado é o crescimento com o peso abaixo do exigido pelo mercado. A solução encontrada foi controlar o número de fêmeas para evitar uma proliferação acelerada. Como o alevino nasce sem definição do sexo, é usado um sistema chamado "reversão sexual", onde é dado para os filhotes uma ração contendo hormônio masculino, fazendo com isso, que o lote se torne 99% macho. A tilápia pode ser criada em gaiolas de arames galvanizados, que isolam quatro metros cúbicos de água dentro de lagos artificiais. Ou em tanques escavados na terra. Os alevinos são comprados por milheiros (de R$ 45,00 a R$ 50,00). As grades custam entre R$ 500,00 e R$ 600,00. (Fonte: Gazeta)


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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Toyota espera reduzir seus custos com componentes
A Toyota Motor, o maior fabricante mundial de automóveis, planeja reduzir as despesas em componentes para seus automóveis em 30% nos próximos três anos, segundo informou nesta terça-feira o jornal Nikkei. O fabricante japonês pediu a seus fornecedores de componentes que reduzam seus preços nos pedidos que serão utilizados nos veículos que serão lançados no mercado a partir de 2013, entre eles os modelos Crown e o Vitz. Os cortes afetarão as peças que integram a transmissão, o chassi e a carroceria desses novos veículos. A Toyota quer reduzir em 440 bilhões de ienes as despesas neste exercício fiscal, que termina em março e que espera fechar em perdas pelo segundo ano consecutivo. A companhia japonesa sofreu as primeiras perdas de sua história em 2008, por isso que iniciou um plano de reestruturação de sua capacidade produtiva e de redução de empregos. Como estratégia para sair da crise de vendas a longo prazo, a Toyota quer vender modelos a baixo custo em mercados emergentes como o indiano, onde apresentará em 2011 um novo veículo familiar mais acessível. A Toyota espera que suas pressões para que os provedores baixem seus preços ajude a tornar mais produtivas as cadeias de montagem e lhe permita competir com fabricantes como o alemão Volkswagen, que conta com uma posição mais sólida na Índia e na China. (Agência EFE)


Washington / EUA
GM guarda silêncio depois que Spyker ampliou prazo de oferta pela Saab
A GM - General Motors - se mantém em silêncio depois que o fabricante holandês de automóveis de luxo Spyker ampliou o prazo para que a empresa americana aceite sua oferta sobre a Saab. A Spyker informou através de um comunicado que entrou em contato com a GM e que "continua desenvolvendo sua proposta para a compra da Saab", por isso que ampliou a validade de sua oferta até novo aviso. A sueca Saab é uma das quatro marcas, junto com Saturn, Hummer e Pontiac, das quais a GM vai se desfazer como parte de seu processo de reestruturação. O fabricante americano a colocou à venda, mas após meses de negociações com o fabricante de automóveis esportivos Koenigsegg, também da Suécia, no mês passado anunciou o fracasso das negociações.
Negociações - A montadora holandesa retomou no último domingo as negociações com a americana GM pela compra da sueca Saab. As conversas haviam sido encerradas na semana passada pela GM, que chegou a anunciar o fechamento da Saab, unidade que produz carros esportivos de luxo. No domingo, a Spyker enviou uma proposta sobre os 11 pontos que emperraram as negociações na semana passada com a GM. Segundo o presidente da Spyker, Victor R. Muller, a companhia espera uma resposta positiva. A GM procurava um comprador para a Saab desde janeiro, como parte de seu processo de reestruturação após a crise financeira. O grupo sueco Koenigsegg foi o primeiro a fazer uma proposta, mas desistiu da compra. Desde então a GM negociava com a Spyker. Os empréstimos feitos pela Saab emperravam as transações, mas a Spyker decidiu não condicioná-los mais ao fechamento do acordo. Para a GM, vender a Saab é uma questão crucial. Vítima da crise financeira, a empresa americana tomou US$ 52 bilhões em empréstimos do governo dos EUA. Para devolver parte desse dinheiro, o grupo precisa recuperar vendas e a Saab responde por menos de 1% do total. (Agência EFE)





São Paulo / SP
Investimento de montadoras terá 1ª queda em seis anos
As montadoras vão encerrar este ano com a primeira redução no nível de investimentos desde 2003, mas será sucedida por uma retomada em 2010 com o maior volume já investido pelo setor no país. Dados da Anfavea - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - mostram que os aportes das montadoras em 2009 vão fechar entre US$ 2,2 bilhões e US$ 2,3 bilhões, um decréscimo de até 24% em relação a 2008. No ano que vem, entretanto, o valor chegará a cerca de US$ 3 bilhões, o maior em toda a história. Recentemente, passada a fase mais aguda da crise, a indústria automotiva apresentou planos bilionários para os próximos anos. A Volkswagen anunciou que irá investir R$ 6,2 bilhões no país entre 2010 e 2014. Trata-se do maior aporte da empresa já realizado no Brasil em reais. A Ford anunciou plano de investimento de R$ 4 bilhões para o período 2011-2015, também o maior valor investido pela montadora desde sua chegada ao país, há 90 anos. A GM - General Motors - já informou que até 2012 irá investir uma média de R$ 1 bilhão por ano. Na semana retrasada, foi a vez de a Renault anunciar investimento - R$ 1 bilhão até 2012. De acordo com o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, deverão ser investidos cerca de R$ 15 bilhões nos próximos anos, e o montante será aplicado não só em ampliação da capacidade produtiva, mas também em engenharia e desenvolvimento de produtos. A indústria automotiva trabalha com a meta de ampliar sua capacidade instalada de 4 milhões de veículos por ano para 5 milhões até 2013.





Detroit / EUA
Ford oferece demissão voluntária a 41 mil empregados nos EUA
A Ford Motor apresentou a 41 mil trabalhadores de fábricas nos EUA um programa de demissão voluntária e aposentadoria antecipada, em tentativa de reduzir os custos de sua folha de pagamento para voltar ao lucro em 2011. É a segunda vez que a Ford faz uma oferta do tipo a seus funcionários ligados ao sindicato UAW - United Auto Workers - nos EUA. Cerca de mil trabalhadores aceitaram deixar a montadora em julho. Os funcionários da Ford têm até janeiro para decidir se aceitam ou não a oferta, que inclui pagamentos de até 70 mil dólares em dinheiro para trabalhadores contratados mais recentemente e 60 mil dólares para veteranos com idade para se aposentar. "Apesar de nossos negócios estarem ganhando força, ainda temos funcionários em excesso", disse o porta-voz da Ford Mark Truby. A Ford foi a única montadora norte-americana a evitar um resgate governamental ou uma concordata no último ano, e esta sua posição financeira melhor que a de suas concorrentes dificultou seu pedido por novas concessões ao sindicato. No mês passado, trabalhadores da UAW rejeitaram, por maioria esmagadora, um proposta de corte de custos da Ford que mudaria os termos de contratos trabalhistas válidos até 2011. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇO


São Paulo / SP
Walmart planeja abrir até 110 lojas no Brasil em 2010
O Walmart ampliará em até 40% seus investimentos no Brasil em 2010, quando pretende abrir de 100 a 110 novas lojas. O foco do maior varejista global no país será no crescimento orgânico, embora o presidente da unidade brasileira não descarte aquisições. Ontem, dia 21/12, a empresa anunciou que investirá com recursos próprios de R$ 2 bilhões a R$ 2,2 bilhões no ano que vem, o maior aporte desde que o grupo iniciou operações por aqui, há 14 anos.
O valor também se compara ao R$ 1,6 bilhão investido em 2009, a maior parte para abertura de 91 lojas. Mais da metade das lojas que serão abertas no próximo ano terão as bandeiras Todo Dia (varejo) e Maxxi (atacado), voltadas para as classes C, D e E. O presidente da subsidiária brasileira, Héctor Nuñez, ressaltou que o país será em 2010 o destino do maior volume de investimentos do Walmart fora dos EUA, matriz da empresa. Além de EUA e Brasil, o grupo está presente em outros 13 países. Questionado sobre o impacto da união das Casas Bahia com o Grupo Pão de Açúcar nos negócios do Walmart, Nuñez disse que nada muda na estratégia.
A compra do controle das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar, anunciada no início do mês, criou um gigante no varejo com vendas equivalentes às de Walmart e Carrefour juntos no Brasil. "Do nosso lado, vamos fortalecer a base de operações. Vamos nos fortalecer no Sudeste. Nossa estratégia de preço baixo todo dia não vai mudar", afirmou o executivo. Apesar disso, ele fez questão de ressaltar que o Walmart é parte da cadeia varejista alimentar, ainda que a categoria de bens duráveis seja "muito importante" - enquanto o Pão de Açúcar avança em eletroeletrônicos.
Ele não forneceu previsões sobre o desempenho de vendas do Walmart, limitando-se a dizer que "tem sido um ano bom" e que está "bastante satisfeito". "O varejo não teve um grande impacto pela crise global financeira", afirmou. O Walmart encerrará 2009 com 435 lojas em 18 Estados. Nuñez afirmou que o grupo poderá avaliar eventuais aquisições. "Não comentamos sobre isso, mas estamos sempre abertos a ouvir oportunidades de aquisições", disse. Em 2004, o Walmart reforçou sua presença no Brasil com a compra da rede de supermercados Bompreço. No ano seguinte, a empresa adquiriu as operações da Sonae (terceira maior rede de varejo no País na época).


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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
Balança comercial reverte deficit e tem saldo positivo de US$ 224 milhões na semana
A balança comercial brasileira reverteu o deficit registrado na semana passada e registrou saldo positivo de US$ 224 milhões na terceira semana de dezembro, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria. Entre os dias 14 e 20, o país exportou US$ 3,254 bilhões e importou US$ 3,03 bilhões. No acumulado do mês, o saldo comercial do Brasil está positivo em US$ 596 milhões (média diária de R$ 42,6 milhões). Considerando as médias diárias de negócios, o valor está 59,6% abaixo do superavit registrado nas três primeiras semanas de dezembro de 2008. Na comparação com novembro deste ano, o saldo da balança tem alta de 38,4%. Entre janeiro e a terceira semana de dezembro, a balança comercial acumula superavit de US$ 23,798 bilhões, 2,6% acima do mesmo período do ano passado - pela comparação entre as médias diárias. As exportações no ano somam US$ 147,616 bilhões, queda de 22,7% ante 2008. As importações, por sua vez, estão em US$ 123,818 bilhões, em baixa de 26,2% frente ao mesmo período do ano passado. (Agência Brasil)


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MERCADO DE TECNOLOGIA


Da redação – São Paulo / SP
Investimento da Totvs em P&D cresce 44% em um ano
A Totvs, empresa do mercado de soluções de gestão empresarial integrada (ERP) investiu 100 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em 2009. Segundo comunicado divulgado pela companhia na tarde de ontem, dia 21/12, o montante representa um crescimento de 44% em relação ao aplicado no ano anterior. Segundo a empresa, o número mantém o histórico de investimentos em P&D da companhia em 10% da receita líquida. A organização informou que o foco do investimento foi a atualização de seus softwares, além de estudos em tendências e inovações. Segundo a empresa, um dos resultados do investimento é a plataforma tecnológica própria, base de todos os produtos da companhia.


Paris / França
Franceses aprimoram suporte a telas multitoque no Linux
A equipe do LII - Laboratório de Computação Interativa - do ENAC - Escola Nacional de Aviação Civil - em Toulouse, na França, postou na internet os resultados de sua pesquisa com interfaces sensíveis ao toque e multi-toque em sistemas baseados em Linux. Graças a um novo driver para o servidor gráfico X.org, distribuições Linux como o Fedora 12 suportam multi-toque quase que nativamente, tão bem quanto sistemas como o Windows 7 e Mac OS X. Em junho deste ano a equipe já havia demonstrado resultados similares, mas usando um kernel Linux pesadamente modificado. Desta vez, os mesmos resultados foram obtidos usando o Fedora 12, X.Org 7.5 e um driver (xf86-input-evdev) e daemon (multitouchd) desenvolvidos pelo próprio ENAC . Atualmente, há suporte aos painéis multitoque Broadcom 5974, Stantum, NTrig, 3M ou DiamondTouch surface. O projeto foi desenvolvido em parceria com a fabricante de painéis sensíveis ao toque Stantum, com os especialistas em interação homem-máquina do IntuiLab e com designers para cockpits de aeronaves da Thales Aviation, que exploram novas idéias em interfaces para facilitar o trabalho dos pilotos. (Agência Reuters)


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MERCADO WEB


Nova Iorque / EUA
YouTube aposta em maior integração com o Facebook
Depois de apresentar uma forma de procurar seus amigos do Facebook no YouTube, a Google acrescentou outra possibilidade à integração entre os dois serviços: permitir que os usuários vejam quais vídeos do YouTube seus amigos estão compartilhando no Facebook. Apesar de estar ainda em fase de testes, a nova funcionalidade já pode ser habilitada na página de configurações da conta do YouTube, marcando a opção “conectar ao Facebook”. Segundo o site Mashable , isso também fará com que as avaliações de vídeos e uploads de conteúdo para o YouTube apareçam no Facebook. Para evitar que isso ocorra, é preciso marcar a opção “desativar autoshare”. A integração com o Facebook, lembra o site Softpedia , tem sido prioridade para a equipe do YouTube, já que a rede social foi apontada por Nielsen como o terceiro maior site onde são assistidos vídeos online. Vale lembrar que o Faebook não faz parte do grupo empresarial da Google, ao qual pertence o YouTube.



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TELECOM & ENERGIA


Da redação – São Paulo / SP
Nokia muda diretora de marketing no Brasil
A Nokia nomeou Gabriela Portugal Bendzius como nova diretora de marketing da companhia no Brasil. A executiva terá a missão de ajudar a empresa a se reposicionar no mercado, para tornar-se uma empresa de serviços de internet. A profissional ocupava, desde 2007, o cargo de gerente de planejamento e pesquisas. Ela ficará no lugar de Luciane Matiello, que assumiu a diretoria de varejo. Gabriela tem 10 anos de experiência na gerência de negócios de multinacionais como Diageo, Nestlé e Kraft Foods.


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MERCADO DE LUXO


Da redação – São Paulo / SP
Diamante negro da gastronomia
As trufas preservam o mesmo sabor especial da Antiguidade e são iguarias que agregam valor a qualquer prato. A França divide com a Itália o título de centro mundial da alta gastronomia. Não são poucos os restaurantes premiados e desejados abrigados por esses dois países e também não faltam chefs estrelados e restaurantes finos. Os dois países mediterrâneos também dividem o posto de berços das trufas negras, junto com a Espanha. Chamadas por Brillat-Savarin, famoso gastrônomo e epicurista francês, de “diamantes negros” da cozinha, as trufas são consumidas desde a Antiguidade e eram apreciadas por gregos e romanos. Escritores antigos já destacavam os poderes afrodisíacos da iguaria. Não se sabe exatamente o porquê, mas as trufas quase desapareceram das cozinhas durante a Idade Média, porém foram redescobertas no século XIV nos arredores das moradias dos papas, à época na cidade de Avignon, na França. Quando, em 1835, o rei Charles VI conheceu as trufas, difundiu-as pela corte francesa e tornou-as um dos símbolos da alta gastronomia.
Dando um salto na história, já no século XIX chefs célebres, como Antonin Carême e Auguste Escoffier, inventaram grande variedade de receitas com a iguaria, que nunca mais saiu das cozinhas requintadas. Isso porque, além de seu sabor marcante e aveludado, ela combina perfeitamente com outros ingredientes refinados, como foie gras e lagostas. Mas ela também completa risotos, carnes de caça, saladas, batatas, massas e até mesmo ovos - sob a forma de omelete - de maneira brilhante. Aqui no Brasil, um dos chefs mais conhecidos por usar as trufas negras é Alessandro Segatto, que em seu La Risotteria, na cidade de São Paulo, apresenta um festival de pratos com a iguaria no mês de outubro.
Raridade
A trufa é um produto raro – em 1900, a produção na França era de 2000 toneladas; hoje, é de cerca de 500 toneladas – e por isso mesmo caro. Para se ter ideia, o site Truffefrance.com, especializado na venda, comercializa 100 gramas de trufas frescas por 29 euros. As trufas de verão, cujo sabor é mais suave, saem por 18 euros. Elas vêm conservadas em um sumo extraído das próprias trufas em embalagens de vidro de 25 gramas. Trufas negras congeladas em embalagens de 200 gramas saem por até 309 euros.
Além da já mencionada raridade, o que encarece as trufas são suas exigências climáticas específicas e a mão-de-obra especializada envolvida em seu cultivo, a chamada truficultura. As trufas nascem aos pés de algumas árvores, como carvalhos e nogueiras e são relativamente frequentes em encostas calcárias. Elas exigem um clima temperado, com estações bem marcadas, sem geadas excessivas no inverno, com primaveras suaves e verões quentes e secos. As tempestades do agosto europeu favorecem seu crescimento, que se acentua no outono. Por isso, são colhidas entre novembro e março por agricultores especializados, normalmente conduzidos por animais de olfato apurado, como porcos ou cães, únicos capazes de detectar no solo os locais onde se dissimulam as trufas maduras.
A espécie mais valorizada é a Tuber Mélanosporum Vittadini, que tem forma arredondada e pode atingir o tamanho de uma maçã, pesando em média 60 gramas. Seu talo apresenta escamas que passam de um tom avermelhado ao negro, quando maduras. Sua polpa tem consistência firme e é preta-violácea, com finas veias brancas ramificadas, que ficam negras ao ser cozidas. Seu perfume envolve o ambiente e, com tanta história e savoir-faire envolvido em seu preparo, elas agregam valor aos restaurantes que a exibem em seu cardápio.





Conselhos para extrair o melhor das trufas, pelo site Truffe.com:
Como aproveitá-las ao máximo?Trufas são reservatórios de perfumes... mas eles escapam com grande facilidade. É preciso, então, tomar vários cuidados para preservá-los. Para começar, não deixe trufas frescas ao ar livre. O melhor é conservá-las na geladeira em um recipiente fechado (como um tupperware), com uma ou duas folhas de papel toalha, onde elas podem se conservar por cerca de 10 dias. Mas para preparos com ovos, arroz ou batatas, coloque as trufas dois dias antes junto com o ingrediente em um recipiente fechado, para que ele se impregne com o aroma.
Como cozinhar com elas?Para preservar suas qualidades olfativas e gustativas, não as submeta a forte cozimento. Acrescente-as à receita poucos minutos antes de consumí-las. Consumí-las cruas é a melhor forma de apreciá-las.
Como conservá-las?




A melhor forma de conservá-las por muito tempo é congelá-las. Seu perfume e seu gosto serão quase tão bons quanto os de uma trufa fresca. Outra boa forma de evitar que elas se oxidem consiste em colocá-las em um recipiente fechado, mergulhadas na gordura de ganso ou de pato e mantê-las em local fresco. Pode-se também colocá-las no óleo. Mas, atenção: é preciso usar um óleo neutro em sabor, como óleo de milho ou de sementes de uva, e cuidar para que não haja maior quantidade de óleo do que de trufa. A vantagem é que este óleo ficará perfumado e pode ser usado depois em saladas, por exemplo. Esse tipo de conserva aumenta a validade da trufa em três anos. (Fonte: Estela Marchesini/Gestão de Luxo)



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