Edição 241 | Ano II

Washington / EUA
Brasil caminha para se tornar petropotência
Uma reportagem publicada na edição de hoje, 7/12, no jornal americano Washington Post afirma que o Brasil se encaminha para se tornar uma "petropotência". Intitulado "Brasil se prepara para extração maciça de petróleo", o artigo faz, no entanto, a ressalva de que os desafios envolvendo o desenvolvimento do pré-sal são tão gigantescos quanto a tarefa em si. "Tudo neste estaleiro é colossal", escreve o repórter, durante uma visita a uma das infraestruturas da Petrobras em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. "Os 4 mil trabalhadores, os bilhões aplicados em custos de capital, as plataformas com altura de um prédio de dez andares inconclusas." "Assim também é o desafio que enfrenta a estatal brasileira de energia, a Petrobras: desenvolver um grupo de campos de petróleo recém-descobertos em mar profundo que, segundo analistas de energia, catapultarão o país para o ranking das petropotências."
A reportagem cita estimativas da Petrobras, de que o país poderia chegar a 2020 com uma produção de 3,9 milhões de barris de petróleo por dia, praticamente o dobro do volume de 2 milhões de barris atualmente. As reservas comprovadas de petróleo podem passar dos atuais 14,4 bilhões de barris para mais de 30 bilhões de barris, diz o texto. "Em uma era de oferta reduzida, as descobertas na costa brasileira e o aumento da envergadura da Petrobras estão mudando o equilíbrio petroleiro do mundo", diz a matéria.
O artigo lembra que a estatal "permanece firmemente sob o controle do Estado, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratando-a como um ícone nacional, cujo futuro está entrelaçado com o do Brasil". "Apesar do otimismo que os dirigentes da Petrobras demonstram para os visitantes, eles listam os desafios: perfurar a camada de sal a 6,5 mil pés e operar campos que estão tão longe da costa que só podem ser alcançados de helicóptero", diz o texto. Além disso, a reportagem cita a associação de petroleiras estrangeiras que operam no Brasil. O grupo critica o que considera um excessivo posicionamento da Petrobras nos campos do pré-sal, afirmando que o quinhão estatal nos projetos corre o risco de "limitar o desenvolvimento" deles. (Agência da BBC Brasil)


Brasília / DF
Projeções do PIB em 2010 disparam
As projeções de bancos e consultorias para o crescimento do Brasil em 2010 estão subindo e já ultrapassam 6%, em alguns casos. O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulgou o resultado do PIB - Produto Interno Bruto - do terceiro trimestre de 2009, para o qual os analistas preveem expansão em torno de 2% ante o trimestre anterior, na série dessazonalizada. Em termos anualizados, isso significa um crescimento de 8,2%, ritmo que muitos analistas julgam que possa ser mantido nos dois últimos trimestres deste ano. Um dos destaques da arrancada no segundo semestre deve ser o início da volta do investimento, que despencou no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009, sendo o segmento no Brasil mais abalado pela crise global. No segundo trimestre, o investimento parou de cair, na comparação dessazonalizada com o trimestre anterior, mas agora a expectativa é de uma forte arrancada. Para 2009 como um todo, a previsão média do mercado coletada pelo Banco Central é de crescimento de 0,2%. O mercado, porém, já voltou o foco para 2010, e a forte mudança das expectativas nos últimos seis vezes está turbinando as projeções. A média das previsões coletadas pelo BC para a expansão do PIB em 2010 pulou de 3,5% em junho para os 5% atuais. (Agência Estado)


Montevidéu / Uruguai
UE e Mercosul assinam acordo de cooperação sobre desenvolvimento sustentável
A UE (União Europeia) e o Mercosul fecharam neste domingo o maior acordo de cooperação já assinado entre os dois blocos, de um total de 18 milhões de euros destinado ao desenvolvimento sustentável da região, informaram hoje fontes diplomáticas. A UE colaborará com 12 milhões de euros de fundos não reembolsáveis, e os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) fornecerão 6 milhões de euros como contrapartida. O acordo, assinado no sábado, tem o objetivo de impulsionar o programa de apoio ao aprofundamento do progresso de integração econômica e desenvolvimento sustentável do bloco sul-americano, conhecido como Econormas Mercosul. O programa tem como principal objetivo apoiar a consolidação do bloco sul-americano e o desenvolvimento sustentável da região, acrescentaram os informantes, por meio da promoção de práticas de produção e consumo sustentável e do fortalecimento da proteção do meio ambiente e da saúde. Além disso, buscará aumentar o comércio através da convergência de regulamentos e procedimentos técnicos, ressaltou o chefe da Delegação da UE para o Uruguai e Paraguai, Geoffrey Barrett. Pelo Uruguai, que exerce neste semestre a Presidência pro tempore do Mercosul, o diretor de Assuntos Políticos, Integração e Mercosul do Ministério das Relações Exteriores, Walter Cancela, assinou o acordo. Funcionários dos outros três países integrantes do bloco também assinaram o tratado. A cerimônia foi realizada na sede do Mercosul, pouco antes da cúpula do bloco que no dia 8 de dezembro reunirá na capital uruguaia os líderes de Estado dos quatro países-membros, mais alguns dos presidentes das nações associadas. Na cúpula, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, passará a Presidência pro tempore do bloco à líder argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que exercerá a função durante o primeiro semestre de 2010. (Agência EFE)


Berlim / Alemanha
Estudo revela influência da crise na hostilidade contra minorias
Anualmente, um grupo de cientistas de Bielefeld pesquisa o desenvolvimento da rejeição da sociedade a grupos minoritários. O estudo deste ano tratou principalmente dos efeitos da crise sobre a hostilidade social. Quase metade dos cidadãos alemães se sente ameaçada pela crise econômica, de acordo com a última edição do estudo "O estado dos alemães", apresentado na dia 4/12, em Berlim. A pesquisa é realizada desde 2002 pelo Instituto para Pesquisa Interdisciplinar de Conflito e Violência, da cidade de Bielefeld. O temor maior foi verificado em mulheres de meia-idade, pertencentes às classes menos favorecidas. "Mais de 90% dos cidadãos temem ser socialmente rebaixados por causa da crise", afirmou o cientista social Wilhelm Heitmeyer, do instituto de Bielefeld. Entretanto, somente 43,6% dos entrevistados afirmaram ter, diante da crise, um sentimento de solidariedade social. Isso fica claro com relação à opinião que as pessoas têm dos desempregados de longa duração, comentou Heitmeyer. A pesquisa constatou que, para 57,2% dos entrevistados, os desempregados alemães querem viver à custa da ajuda financeira do Estado.
Resultados positivos - No entanto, a pesquisa também teve resultados positivos. Sentimentos antissemitas, racistas e contra minorias culturais e sexuais apresentaram declínio nos últimos quatro anos, segundo a sondagem. "Mas não sabemos qual a estabilidade dessa tendência", ressaltou Heitmeyer. O declínio mais acentuado foi verificado no preconceito contra judeus. Enquanto há sete anos 14,7% dos alemães temiam que os judeus tivessem demasiada influência na sociedade, neste ano foram constatados 9,4%. Entretanto, durante as crises como a atual, o preconceito tende a aumentar. Principalmente pessoas socialmente discriminadas tendem a associar a causa de sua situação com os clichês tradicionalmente atribuídos aos judeus. A pesquisa constatou ainda que quase dois terços dos alemães veem erros no sistema capitalista e que a grande maioria (90%) da população culpa banqueiros e especuladores pela crise.
Nível médio - Quanto à opinião a respeito de homossexuais e muçulmanos, apesar de uma ligeira queda, o resultado se manteve similar aos anos passados. Quase 16% dos alemães acham que a homossexualidade é "imoral" e cerca de um terço se sente estrangeiro em seu próprio país, pela presença de muçulmanos, constatou a pesquisa. Pela primeira vez, neste ano, o estudo realizou também uma comparação europeia da aversão social a minorias. O resultado mostrou que os franceses e holandeses são os menos hostis à maioria dos grupos minoritários. Poloneses e húngaros, por outro lado, alcançaram os maiores níveis de rejeição tanto contra judeus e muçulmanos quanto contra estrangeiros e homossexuais. O nível de hostilidade social entre os alemães está na média dos países europeus pesquisados. (Deutsche Welle)


Los Angeles / EUA
Executivas da Sony e Disney são eleitas as mais poderosas de Hollywood
Amy Pascal, copresidente da Sony Pictures Entertainment, e Anne Sweeney, da Disney, foram eleitas as mulheres mais poderosas do entretenimento nesta sexta-feira, liderando a lista anual "Power 100" do Hollywood Reporter. A apresentadora de televisão Oprah Winfrey, que ficou em primeiro lugar no ano passado, caiu para o segundo neste ano, enquanto a presidente da área de entretenimento da CBS, Nancy Tellem, ficou em terceiro. "É justo que essas duas mulheres notáveis, que dominaram os principais lugares por vários anos seguidos, agora exercem tanta influência que não poderíamos diferenciar a primeira da segunda", disse Elizabeth Guider, editora-chefe do jornal voltado para o entretenimento The Hollywood Reporter. Ela disse que o primeiro lugar compartilhado "mostrava bem a crescente influência das mulheres no entretenimento". A Sony Pictures Entertainment de Pascal desfrutou de um ano recorde com vendas de ingressos mundiais somando os US$ 3,4 bilhões até agora, abastecidas por sucessos como o filme-catástrofe "2012", o thriller "Anjos e Demônios" e "This Is It", o filme póstumo sobre o cantor Michael Jackson. Sweeney é a copresidente da Disney Media Networks e presidente do Grupo de Televisão ABC da Disney, responsável por programas na televisão como "Desperate Housewives" e "Hannah Montana". (Agência Reuters)


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MANCHETES DOS PRINCIPAIS JORNAIS Nacionais e Internacionais

HOJE – Segunda-feira / 7 de dezembro de 2009

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Dinheiro do BNDES sai mais rápido para petistas

Agora S.Paulo
Justiça facilita a concessão de auxílio

O Estado de S.Paulo
Arruda deflagra operação para salvar seu mandato

Jornal do Brasil
Uma vez Flamengo... 6 vezes Flamengo

O Globo
Hexa

Valor Econômico
Disputa pela liderança do varejo se desloca para o NE

Correio Braziliense
Propina para entrar no orçamento do DF

Estado de Minas
De olho na corrupção

Diário do Nordeste
Polícia investiga mortes em rituais de magia negra

A Tarde
Enem registra número recorde de faltas

Extra
Valeu, Rio!

Correio do Povo
Rodada final com raça

Zero Hora
MEC se atrapalha de novo e erra em gabarito do Enem


Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Promovendo o carro com telefone, apesar dos riscos

The Washington Post (EUA)
Lutas na segunda geração

The Times (Reino Unido)
Supertaxa para restituir aos banqueiros imensos bônus

The Guardian (Reino Unido)
Conferência do clima de Copenhague: "Quatorze dias para selar julgamento da história sobre esta geração"

Le Figaro (França)
Copenhague: estado de urgência pelo planeta

Le Monde (França)
Clima: as chaves da compreensão no topo de Copenhague

China Daily (China)
Líderes otimistas em Copenhague

El País (Espanha)
O governo pede ao juiz alimentação forçada de Haidar

Clarín (Argentina)
Evo é reeleito na Bolívia e promete aumentar seu poder


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INDICADORES ECONÔMICOS

Da redação – São Paulo / SP
Inflação, juro e PIB dominam a agenda da semana
Apesar da relevância do humor internacional para os rumos a serem tomados pelo mercado financeiro doméstico, os investidores brasileiros estarão muito atentos a dados econômicos locais que vão ser conhecidos nos próximos dias. Inflação, PIB e juros compõem a agenda de eventos econômicos nacionais da semana. Nesse sentido, a quarta-feira, dia 10/12, tende a ser o dia mais intenso e agitado, pois ocorrerá a reunião do Copom sobre a taxa básica de juros e a apresentação do IPCA de novembro.
Para o encontro do Copom - Comitê de Política Monetária -, a expectativa predominante é a de que a taxa básica Selic seja mantida nos atuais 8,75% ao ano. O mercado conta com a elevação da taxa em 2010 e o que se espera neste momento é que os membros do Copom deem algum sinal sobre quando será possível isso ocorrer. No mesmo dia, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulga o resultado do IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo. O mercado espera que o índice oficial de preços tenha registrado alta de 0,38% em novembro.
O IPCA é utilizado pelo BC para monitorar sua meta de inflação, que é de 4,5% em 2009. Até o mês de outubro, o IPCA tinha alta acumulada de 3,5%. Se a meta não é ameaçada, o BC pode manter os juros em patamares mais baixos. Com o esperado aquecimento econômico no país em 2010, os analistas esperam que a Selic seja elevada no próximo ano. Para fechar os dados mais relevantes da agenda brasileira semanal, na quinta-feira, 11/12, vai ser conhecido o desempenho do PIB - Produto Interno Bruto - no terceiro trimestre do ano, a ser apresentado pelo IBGE. O mercado projeta alta trimestral de 1,9% no PIB.
No acumulado de 2009, o relatório Focus realizado semanalmente pelo BC junto a cem bancos mostra que a expectativa é de crescimento de 0,20% do PIB. Para 2010, a projeção do mercado é de que haja expansão de 5% da economia. "Um aumento de volatilidade pode vir com a divulgação de importantes dados domésticos na semana, já que serão conhecidos a decisão do Copom, que não deve trazer grandes surpresas, e o desempenho do PIB brasileiro do terceiro trimestre", afirma José Góes, economista da WinTrade.
Cenáio externo - No exterior, também não faltarão dados para serem acompanhados. Hoje haverá um importante indicador na maior economia do planeta, que é nível do crédito ao consumidor americano em outubro. Na quarta-feira, 10/12, o nível dos estoques no atacado nos EUA e as solicitações de empréstimos hipotecários formam os principais indicadores do dia. Na quinta-feira, a apresentação do resultado do Orçamento do Tesouro americano em novembro e os dados da balança comercial do país estão na agenda. Na quinta também é dia dos dados de novos pedidos de seguro-desemprego no país. Após o inesperado recuo na taxa de desemprego americano, que caiu de 10,2% para 10% no mês passado, os investidores querem ver como ficaram os últimos números sobre o mercado de trabalho no país.
A reunião do BoE - BC britânico - para definir como fica sua taxa básica fecha a agenda de eventos internacionais da quinta-feira. A expectativa é que a autoridade monetária mantenha a taxa nos atuais 0,50% ao ano. Na sexta-feira, 12/12, saem os dados das vendas no varejo americano, dos estoques das empresas no país e, para encerrar, a confiança do consumidor, medido pela Universidade de Michigan.


RESUMO da Semana – 30 de novembro a 4 de dezembro de 2009

- O IPC-S de 30 de novembro de 2009 registrou variação de 0,26%, taxa 0,04 ponto percentual (p.p.) acima da apurada na última divulgação. Esta foi a maior taxa de variação, desde a terceira semana de setembro de 2009, quando o IPC-S foi de 0,33%.

- O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas elevou-se em 2,4% entre outubro e novembro de 2009, ao passar de 107,0 para 109,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2008 (113,3 pontos), considerando-se dados com ajuste sazonal.

- A quarta quadrissemana de novembro do índice de Preços ao Consumidor (IPC) apontou inflação de 0,29% na cidade de São Paulo, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na última quarta-feira. O resultado ficou 0,05 ponto percentual (p.p.) abaixo do índice da terceira semana do mês (0,34%). Dos sete itens que compõem o IPC da Fipe, os resultados apurados foram: Habitação (0,21%), Alimentação (0,30%), Transportes (0,35%), Despesas Pessoais (0,44%), Saúde (0,23%), Vestuário (0,35%) e Educação (0,09%).


Cesta básica sobe em 14 capitais
De acordo com o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – 14 das 17 capitais presentes na Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentaram alta no preço do conjunto de produtos alimentícios essenciais, em novembro. As maiores elevações foram apuradas em Fortaleza (6,97%), Goiânia (4,04%) e Natal (3,71%).
Variações negativas - foram registradas em Brasília (-2,63%), Recife (-0,31%) e Aracaju (-0,17%). O conjunto de produtos alimentícios essenciais mais caro foi encontrado em Porto Alegre (R$ 254,62), com custo quase R$ 20,00 a mais que o valor registrado em São Paulo (R$ 234,99). Em Vitória a cesta custou R$ 227,81. Aracaju (R$ 167,87), João Pessoa (R$ 175,62) e Recife (R$ 175,91) apresentaram os menores custos.


ECONOMIA NACIONAL

Dólar Comercial
Data R$/US$
30/11 1,7505
01/12 1,7293
02/12 1,7201
03/12 1,7096
04/12 1,7100
Fonte: BACEN


- ICV-DIEESE tem aumento semelhante para todos os níveis de renda. O conjunto das famílias do município de São Paulo foi igualmente afetado pelo aumento dos preços, em novembro, independente do nível de renda, de acordo com o Índice do Custo de Vida (ICV) calculado pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. O índice geral ficou em 0,60%, 0,07 ponto percentual (p.p.) acima do apurado em outubro (0,53%). Nos três estratos considerados, as taxas do mês variaram de 0,59% (estrato 3) a 0,63% (estrato 1). Os maiores aumentos foram apurados para os grupos Alimentação (0,62%) e Transporte (1,01%), que contribuíram com 0,33 p.p. para o cálculo da taxa de novembro.


Setor Externo

Balança comercial de novembro registra superávit de US$ 615 milhões
No mês de novembro de 2009, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 615 milhões (média diária de US$ 30,8 milhões). Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, esse valor é a diferença entre as operações de exportação (US$ 12,653 bilhões, com média de US$ 632,7 milhões) e importação (US$ 12,038 bilhões, com média de US$ 601,9 milhões) nos 20 dias úteis do mês. A corrente de comércio (soma das duas operações) somou US$ 24,691 bilhões, média de US$ 1,234 bilhão por dia útil.


Indústria

Produção industrial cresce 2,2% de setembro para outubro
Em outubro de 2009, a produção industrial avançou 2,2% frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. De acordo com o IBGE, nos confrontos com iguais períodos do ano passado, os índices permaneceram negativos: -3,2%, frente a outubro de 2008, e -10,7%, no acumulado janeiro-outubro. O acumulado nos últimos doze meses registrou -10,6% manteve a trajetória descendente, mas com menor ritmo frente aos meses anteriores. Com o avanço de 2,2% observado no total da indústria entre setembro e outubro, o patamar de produção do setor
ficou 5,7% abaixo do nível recorde atingido em setembro de 2008.


Produção industrial cresce em 10 dos 14 locais pesquisados, em outubro
Em outubro, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente avançaram frente a setembro em dez dos quatorze locais pesquisados. PR (8,7%), MG (3,0%), ES (2,9%) e CE (2,3%) assinalaram taxas acima da média nacional (2,2%). SP e SC (ambos com 2,1%), PA (1,2%), RJ (0,9%), RS e BA (ambos com 0,8%) também registraram aumento na produção,
enquanto a produção do AM (0,0%) ficou estável frente a setembro. Por outro lado, região Nordeste (-0,3%), PE (-0,7%) e GO (-10,3%) apresentaram recuo nessa comparação. No confronto outubro 09/outubro 08, que para o total do país ficou em -3,2%, os índices foram negativos em 10 dos 14 locais, com PA (-8,7%), MG (-7,4%), GO (-5,8%), RS (-5,5%), SP (-5,1%) e CE (-3,5%) registrando quedas superiores à média nacional.


Economia Internacional

Taxa de desemprego cai a 10% em novembro nos EUA
Segundo o Departamento do Trabalho norte americano, a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 10,2%, em outubro, para 10% em novembro. O número de empregos cortados no país desacelerou fortemente em novembro e a taxa de desemprego apresentou um inesperado declínio, num sinal de que o mercado de trabalho está finalmente começando a melhorar à medida que a economia se recupera.


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Tóquio / Japão
Ásia inicia semana com sinais mistos
As bolsas asiáticas não apresentaram sinal definido nesta segunda-feira, dia 7/12. A queda nas commodities influenciou alguns mercados da região. Outros foram estimulados pelos ganhos em Wall Street, além de fatores locais. Não houve negociações na Tailândia por ser feriado.
- A Bolsa de Hong Kong teve baixa pelo segundo pregão seguido, influenciada pelas empresas de commodities após o preço do ouro desabar. O Hang Seng caiu 173,19 pontos, ou 0,8%, e terminou aos 22.324,96 pontos.
- As Bolsas da China fecharam na maior alta em duas semanas. O Xangai Composto subiu 0,5% e encerrou aos 3.331,90 pontos, a melhor pontuação desde 23 de novembro. Já o Shenzhen Composto ganhou 1,4% e terminou aos 1.234,24 pontos. A valorização do dólar nos mercados internacionais fez o yuan apresentar baixa em relação à moeda norte-americana. No mercado de balcão, às 4h30min (horário de Brasília), a cotação de compra e venda do dólar era de 6,8290 yuans, acima do fechamento de sexta-feira, dia 4/12, que foi de 6,8270 yuans.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, teve expressiva alta, após as eleições municipais de sábado não apresentarem grandes surpresas. O Taiwan Weighted subiu 1,6% e encerrou aos 7.775,64 pontos, o maior fechamento desde 16 de novembro.
- Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul fechou com a sexta alta consecutiva, impulsionada pelas ações de exportadoras. O índice Kospi ganhou 0,5%, para 1.632,65 pontos.
- Por sua vez, o mercado australiano foi afetado pelo temor de um aperto antecipado na política monetária americana. O índice S&P/ASX 200 recuou 0,6%, para 4.676,5 pontos.
- A Bolsa de Manila, nas Filipinas, também fechou em queda. O índice PSEi recuou 0,5%, para 3.046,63 pontos.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
Hypermarcas compra laboratório Neo Química por cerca de R$ 1,3 bilhão
A Hypermarcas anunciou hoje, segunda-feira, 7/12, a aquisição do Neo Química, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira na página da CVM - Comissão de Valores Mobiliários - na internet. Segundo o comunicado, a Hypermarcas informou que o negócio está estimado em cerca de R$ 1,3 bilhão. "A Hypermarcas pagará R$ 687 milhões em três parcelas anuais aos atuais controladores da Neo Química, que também receberão 17,5 milhões de ações ordinárias a serem emitidas pela companhia", disse. "Ao final da transação, os controladores da Neo Química deterão 7,3% do capital total da Hypermarcas e participarão do bloco de controle da empresa", diz o texto. Após a aquisição, o setor de medicamentos deve representar 40% do faturamento total da Hypermarcas, informa o documento.
Preservativos – Na semana passada, a Hypermarcas informou que adquiriu o controle da Inal - Indústria Nacional de Artefatos de Látex -, que comercializa preservativos sob as marcas Olla, Lovetex e Microtex, entre outras. O preço pago pelas ações é de R$ 212,6 milhões. A compra foi anunciada em 7/10. O montante de R$ 83,5 milhões foi pago à vista nesta data e o saldo remanescente, de R$ 129 milhões, será pago em cinco parcelas reajustadas pela variação cambial até a data de cada pagamento e sem correção, com vencimento em 1º/12/2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS


Londres / Inglaterra
Consumo de carne deve aumentar 21,3%
Quanto mais recursos econômicos as pessoas tiverem, maios será o consumo mundial de carne, que deve aumentar cerca de 21,3% entre 2005 e 2015. Em 2005, a produção foi cerca de 260 milhões de toneladas, dois terços do esperado para o mercado da China, de acordo com uma pesquisa.
Aves e suínos - O consumo de aves e suínos é promissor. O consumo de aves deve crescer de 24 milhões de toneladas para um total de 105 milhões de toneladas entre 2005 e 2015, um aumento de 25%.A população mundial vai comer aproximadamente 125 milhões de toneladas de carne suína em 2015, cerca de 21 milhões de toneladas a mais do que em 2005, cerca de 10%. Outras carnes devem ser 13% mais consumidas, um total de 70 milhões de toneladas em 2015. (Agence France Presse / AFP)


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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Montadoras projetam novo recorde de vendas em 2010
A indústria automobilística, que já bateu recorde de vendas um mês antes do ano terminar, tentará, nas próximas semanas, garantir também seu melhor ano em produção ou, no mínimo, um empate com o resultado de 2008, quando foram fabricados no País 3,216 milhões de veículos, incluindo caminhões e ônibus. Durante todo o ano o setor manteve projeções de queda na produção. Agora, conta com o esforço que será feito este mês por várias montadoras que suspenderam ou reduziram férias coletivas para superar os números do ano passado. Para 2010, as montadoras apostam, com folga, em novos recordes de vendas e produção, ambos os números na casa de 3,4 milhões de unidades, podendo até ocorrer uma pequena diferença de 10 mil veículos a menos na produção, resultado de importações superiores às exportações, situação também verificada neste ano. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), previa queda de 5,2% na produção este ano, para 3 milhões de unidades. Após a decisão do governo federal de estender até março a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros flex, e de ver as associadas reforçarem a produção neste mês, a entidade calcula que a conta final pode passar de 3,2 milhões de veículos. Após um ano inteiro beneficiada pela redução do IPI, a indústria vai encerrar 2009 com vendas recordes de 3,11 milhões de veículos e já anunciou que 2010 será 9,3% maior, com 3,4 milhões de unidades. (Agência Estado)


Toronto / Canadá
GM comprará de Suzuki 100% de filial canadense
A General Motors anunciou ontem, dia 6/12, que adquirirá 100% da empresa conjunta CAMI, que operava até agora no Canadá junto com a Suzuki, depois que o fabricante japonês anunciou sua intenção de acabar com a associação. A GM adquirirá da Suzuki seus 50% da CAMI, o que a deixará com a totalidade do conjunto de acionistas da filial, que produzia vários veículos para as duas companhias. A decisão põe um ponto final em uma relação que teve início há 23 anos. A fábrica da CAMI, situada na cidade de Ingersoll, a 150 quilômetros ao sudoeste de Toronto, tem uma capacidade de produção de 250 mil veículos por ano e emprega cerca de 2.250 funcionários. A GM produz nesta fábrica dois de seus modelos mais bem-sucedidos, o Chevrolet Equinox e o GMC Terrain, o que permitirá que a companhia mantenha as instalações em pleno funcionamento sem a Suzuki. A montadora americana afirmou que as vendas destes dois veículos subiram 17% em novembro e que, por isso, a empresa se viu obrigada a acrescentar um terceiro turno de trabalho em Ingersoll para satisfazer a demanda. (Agência EFE)


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VAREJO & SERVIÇO


Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar agora tem faturamento maior que Walmart e Carrefour juntos
O Grupo Pão de Açúcar que anunciou na sexta-feira, dia 4/12, a compra do controle das Casas Bahia, criando um gigante de varejo de alimentos, móveis e eletroeletrônicos, com um faturamento combinado de R$ 40 bilhões por ano. O Pão de Açúcar é a terceira maior empresa privada do País. Com a fusão, o grupo passa a ter vendas iguais às do Walmart e do Carrefour juntos, seus principais concorrentes.
Pelo acordo, as Casas Bahia serão sócias do Pão de Açúcar numa nova empresa de móveis e eletroeletrônicos, que inclui o Extra Eletro e o Ponto Frio, adquirido em junho. Terá faturamento anual de R$ 18,5 bilhões, 1.015 lojas físicas, espalhadas por 337 municípios, 28 centros de distribuição e 62 mil funcionários. Ficará 6 vezes maior que a sua principal rival no mercado de eletroeletrônicos e móveis, a Magazine Luiza. O Pão de Açúcar ficará com 51% do capital e as Casas Bahia, com 49%. A nova companhia deverá começar a operar em 120 dias, depois da aprovação da assembleia de acionistas e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Juntas, as Casas Bahia e o Ponto Frio dominarão mais de 70% das vendas de linha branca no Estado de São Paulo, um dos maiores mercados consumidores do País. A estimativa, do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), foi feita com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e no faturamento das companhias. A atuação dos dois grupos é especialmente forte na região Sudeste, segundo o professor Nuno Fouto, da Provar. No Nordeste e no Sul, as redes locais ainda têm participação relevante no mercado.
Esse nível de concentração pode ser entendido pelo Cade como monopólio. Um conselheiro afirmou que a análise da operação deverá ser muito cuidadosa, porque "a primeira impressão é de um movimento de concentração acentuado do varejo". Embora afirme que a operação não sofrerá resistência no órgão regulador, o Grupo Pão de Açúcar já contratou escritórios de advocacia para cuidar da questão.O presidente da Latinlink Consultoria, Ruy Coutinho, prevê que o Cade deverá propor ao Pão de Açúcar e às Casas Bahia a assinatura de um Acordo de Preservação de Reversibilidade da Operação (Apro) para manter a identidade das duas empresas até o julgamento da operação de compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar. (Agência Estado)


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Porto Alegre / RS
Abef reafirma possível ação na OMC contra UE
Por conta das dificuldades criadas pela União Europeia quanto à tentativa de imposição de novas tarifas nas cotas de exportação para o frango brasileiro, com vistas a proteger as empresas locais, o presidente da Abef - Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango -, Francisco Turra, disse semana passada, em Porto Alegre/RS, que o Brasil poderá entrar com um painel contra os europeus na OMC - Organização Mundial do Comércio - em 2010, caso as negociações não avancem.
Turra afirma que em julho os europeus notificaram a OMC de que iriam elevar as tarifas para oito linhas de carne de frango brasileira dentro do sistema de cotas hoje existente. Conforme a Abef, essa mudança fará com que a Europa limite por completo o volume de carne de frango brasileiro que entrará no bloco, embora hoje ele represente apenas 6% do consumo europeu de carne de frango, impossibilitando a entrada de produtos extra-cota através de altas tarifas.
O dirigente revela que um exemplo disso ocorre com o peito de frango in natura importado do Brasil. Sobre o produto é aplicada uma tarifa extra-cota de 1,024 euros por tonelada, o que já representa um acréscimo de 70% sobre o preço. Essa tarifa, somada a mais 380 euros aplicados a título de salvaguarda, faz com que o peito congelado brasileiro fique no mesmo preço que o produto fresco europeu, ou seja, retirando toda a competitividade do produto exportado pelo Brasil, já que o frango congelado precisa ter preço mais baixo que o produto fresco.
Outra medida imposta é a proposta de alterar o regulamento número 1.234, de 2007, que define os padrões de comércio de produtos agrícolas nos países na União Europeia. Se aprovada, essa proposta entrará em vigor em março de 2010 e alterará a definição de "carne fresca" na inclusão da definição de "preparações de carne fresca" e na proibição do uso de carne salgada nas preparações de carne de frango. Isso significa uma barreira técnica a cerca de 150 a 200 mil toneladas de carne de frango brasileira por ano na Europa. "Essa atitude mostra que a Europa não está protegendo seu consumidor, mas fazendo com que ele pague mais caro por um produto que poderia lhe custar muito menos", sinaliza Turra.
O dirigente destacou outras cotas adotadas por mercados que o Brasil passou a acessar recentemente, caso do México (de 170%) e Índia (de 100%). "Nesse aspecto nem preciso mencionar a Rússia, que classificou o Brasil na categoria outros, favorecendo as vendas dos Estados Unidos, por conta de seus interesses de entrada na OMC. Também merecem destaque as medidas protecionistas da África do Sul, que acusou o Brasil de estar fazendo dumping", comenta.
Turra acredita que o futuro da exportação brasileira de carne de frango estará baseado, além da conquista de novos mercados, na definição de parcerias. "Por onde viajo vejo que os países cada vez estão mais interessados em importar milho e soja para atender aos produtores locais. Esse é o caso da Arábia Saudita, Colômbia, Venezuela e outros mercados. Nesse sentido, uma medida interessante seria a de levar plantas brasileiras de frango a esses países, que processem o produto e coloquem o frango brasileiro com um maior valor agregado na mesa dos consumidores desses mercados", conclui. (Fonte: Agência Safras)


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MERCADO DE TI


Londres / Inglaterra
Empresa cria rótulos animados para embalagens
Acaba de ser criada na Europa a primeira empresa especializada na fabricação de telas para impressas, possibilitando a criação dos rótulos animados. A Lumoza nasceu de uma parceria entre a universidade holandesa de Hasselt, o instituto de microeletrônica belga IMEC e a empresa Artist Screen. A tecnologia de impressão de telas eletrônicas combina uma tinta eletroluminescente com um circuito eletrônico que controla a sequência e a temporização das animações. Ela pode ser empregada em virtualmente qualquer tipo de superfície, incluindo as embalagens plásticas usadas na maioria dos produtos. Segundo o EETimes , os pesquisadores afirmam que a tela é feita de uma combinação de um material à base de fósforo inorgânico e um material orgânico. A composição exata é confidencial, mas não é OLED . O processo atualmente alcança pixels do tamanho de 200 mícrons, que produz uma resolução de 127 pixels por polegada. O conteúdo de animação deve ser armazenado no chip embutido no produto. A tela ainda tem como importantes características a durabilidade e versatilidade. Depois de impressa, ela pode ser dobrada, enrolada e até mesmo reutilizada como embrulho de outro produto, sem perder a funcionalidade. Mas a gama de possibilidades de uso das telas impressas é muito maior do que produção de embalagens. Como a tecnologia funciona para impressão em grandes áreas, as telas poderão ser utilizadas em tetos, cartazes, roupas, veículos e outdoors.“Nesta primeira fase, nosso foco é a indústria de propaganda e de embalagens. A indústria de capas para DVDs também já demonstrou interesse. No longo prazo, pensamos em aplicações mais duráveis, como na indústria da construção,” explica Wouter Moons, um dos criadores da empresa emergente, em comunicado no site do IMEC. (Agência Reuters)


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MERCADO WEB


Nova Iorque / EUA
Facebook, Twitter e Google crescem como vírus espalhados pelos usuários
Depois do conceito da cauda longa, de Chris Anderson, que em 2004 disse que para lucrar na internet é preciso vender pequenos volumes para um grande número de clientes, hoje as empresas que mais atraem investidores incorporam outro princípio: o da viralidade. Facebook, Twitter, Google, MySpace, eBay, PayPal são todas companhias virais que cresceram muito rapidamente graças ao "mouse a mouse", versão on-line do boca a boca. Todas oferecem aos usuários algum tipo de serviço de que eles gostam tanto que o divulgam entre os amigos - de graça. Não é preciso investir em força de vendas, marketing, nada disso. "Se tivesse 3 milhões, e não 300 milhões de usuários, o Facebook não valeria US$ 6,5 bilhões", afirma o jornalista americano Adam Penenberg, autor de "Loop Viral: do Facebook ao Twitter, Como Crescem os Negócios Mais Bacanas da Internet" (Hyperion, EUA). Segundo Penenberg, ao incorporar o poder de propagação da internet ao próprio negócio - afinal, qual o sentido de ter um perfil no Facebook ou no Twitter se você não atrai amigos ou seguidores? - essas empresas garantem um crescimento exponencial. "O "loop viral" é talvez o mais significativo acelerador de um negócio no Vale do Silício desde a invenção das ferramentas de busca."
Audiência para receita - Muitas dessas companhias são vendidas antes mesmo de começar a dar retorno financeiro. Caso do YouTube, comprado pelo Google por US$ 1,65 bilhão. Ou do Skype, que custou US$ 2,6 bilhões ao eBay. A grande questão hoje é como transformar audiência em receita. Nos EUA, banners publicitários não colam mais. Lá, só 1% dos internautas clicam nos banners, número que cai para 0,2% em redes sociais.
Há dois anos, o Facebook achou que estava revolucionando a publicidade com uma ferramenta que atualizava perfis automaticamente na medida em que a pessoa interagia com sites de parceiros. Foi processado por invasão de privacidade. "Há muita gente pesquisando formas de veicular publicidade em redes sociais", diz Penenberg. "Há muito dinheiro em jogo." Mesmo sem gerar tanta receita para os donos das redes sociais, as marcas do mundo real já as invadiram. Seja inventando aplicativos ou criando perfis falsos, as empresas monitoram as redes sociais 24 horas por dia. "Se você quer falar com um jovem de 12 a 18 anos, não tem como não estar presente nas redes sociais", diz Fernando Taralli, presidente da Energy, agência digital da Young & Rubicam.
Usuário ativo - Enquanto a maioria dos usuários "trabalha" de graça passando adiante o vídeo de uma campanha divertida ou um aplicativo patrocinado, alguns até ganham com isso. Quanto mais ativo o usuário - condição que pode ser medida pelo número de amigos ou seguidores -, mais ele se torna atraente para as empresas. Esses usuários ativos, na maioria blogueiros, têm o poder de disseminar qualquer coisa em tempo recorde. Para isso, alguns ganham em receita publicitária. Outros recebem pequenos mimos. "Não há nada de errado nisso. O blogueiro precisa ser remunerado. Mas isso tem de ficar claro no post." Nos EUA, perfil falso e falta de transparência entre empresas e blogueiros dá cadeia. "Aqui no Brasil não há lei sobre isso, mas na agência seguimos a lei americana", diz Taralli. E nem sempre a investida dá certo. "Dependendo do blogueiro, se ele sentir que está sendo comprado para falar bem de alguma coisa que não gosta, ele vai e fala mal", diz o presidente da agência digital Repense, Otávio Dias. Em março, Marcelo Tas provocou polêmica ao firmar um contrato com a Telefônica no qual ele tinha o compromisso de postar no Twitter 20 vezes por mês uma referência ao novo serviço de banda ultra larga da operadora. (Agências EFE e Reuters)


Pequim / China
China lucrará US$ 4 bilhões em 2009 no setor de jogos pela internet
O setor dos jogos pela internet lucrará este ano na China mais de US$ 4 bilhões. O jornal oficial "China Daily" divulgou as declarações de Ma Huateng, presidente da companhia tecnológica Tencent, líder do mercado chinês. Ma assinalou que os resultados até o terceiro trimestre das firmas chinesas no setor, como Sohu, NetEase e a própria Tencent, mostram um aumento da receita de cerca de 60% frente ao ano anterior. O diretor da empresa, considerado a 18ª pessoa mais rica da Ásia segundo a lista "Fortune", participouda inauguração da Exposição Internacional de Conteúdo Digital da China, realizado estes dias em Pequim. (Agência EFE)


Nova Iorque / EUA
Yahoo e Google preveem alta nos anúncios em celulares e vídeos
O setor publicitário ainda está se recuperando da crise econômica, mas Google e Yahoo veem significativas oportunidades de gerar receita com publicidade em setores nascentes como os serviços de vídeo e os anúncios em celulares. Importantes executivos das duas grandes empresas de Internet, falando durante a conferência Reuters Global Media, dia 3/12, em Nova Iorque, afirmaram que "novas formas de publicidade online" devem se tornar componentes essenciais de seus negócios nos próximos anos. "A grande mudança que veremos nos próximos três a cinco anos será na publicidade em vídeos", disse Nkesh Arora, presidente mundial de Operações para Vendas e Desenvolvimento de Negócios do Google.
Ele mencionou que o mercado de publicidade na televisão, que movimenta US$ 200 bilhões anuais, está começando a transferir parte de suas verbas a sites online de vídeo como o YouTube, do Google. "Se você acredita que existe uma grande virada acontecendo nos hábitos dos consumidores, as verbas publicitárias precisarão acompanhá-la", disse Arora sobre a crescente popularidade dos vídeos na Web.
O Google fez uma grande aposta no vídeo online ao adquirir o YouTube por US$ 1,65 bilhão, em 2006. Google e Yahoo estão ambos em busca de novas fontes de crescimento, dado o ambiente desafiador para o setor de publicidade. O Google, maior serviço mundial de buscas online, elevou sua receita em 7% no último trimestre ante o mesmo período do ano passado, para US$ 5,94 bilhões, ante médias de alta de pelo menos 40% a cada trimestre até o início de 2008.
Já a receita do Yahoo no terceiro trimestre caiu em 12%, para US$ 1,57 bilhão. Hilary Schneider, vice-presidente executiva do Yahoo North America, disse que, para o mercado de publicidade dos Estados Unidos, o pior já passou. "Embora não possamos prever com exatidão o ritmo de avanço da economia, sentimos que há ímpeto de crescimento", disse ela. "Estamos confiantes que já vimos o pior e que agora ele ficou para trás." (Agência Reuters)


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TELECOM & ENERGIA

Brasília / DF
Setor de telefonia concentra mais da metade de reclamações sobre call centers
Com um ano da chamada Lei do SAC - que endureceu as regras para atendimento dos call centers de Serviços de Atendimento ao Consumidor - os consumidores continuam com queixas em relação ao serviço prestado pelas empresas, em especial sobre empresas de telefonia. O balanço do primeiro aniversário da lei, apresentado hoje pelo Ministério da Justiça, mostra que houve 13 mil reclamações recebidas. Destes, 53,81% foram causadas pelas empresas de telefonia - 29,6% são referentes à telefonia celular e 24,21% à telefonia fixa.
Os dados do balanço vêm do Sindec - Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor -, que reuniu informações dos Procons de 23 Estados mais o do Distrito Federal no período de 1º de dezembro de 2008 a 30 de novembro de 2009. Informações de São Paulo estão incluídas no balanço. Dentro das empresas de telefonia móvel, a Claro foi a campeã de queixas, com 1,2 mil (30,6% das queixas do setor). A Oi/Brasil Telecom vem em segundo lugar no segmento de celular e ainda liderou o ranking do setor de telefonia fixa - concentrou 69% das reclamações.
Depois dos serviços de telefonia, o setor financeiro foi o segmento que mais recebeu reclamação sobre o SAC. Empresas de cartão de crédito tiveram 20% das queixas, e bancos comerciais acumularam 9,3% das reclamações. Itaú/Unibanco teve 29,34% das reclamações do setor de cartão de crédito, liderando a lista. No segmento de bancos comerciais, o Banco do Brasil ficou com 24,6% das queixas, um total de 298 reclamações. Os clientes avaliam cinco elementos de um bom atendimento: acesso aos serviços, qualidade do atendimento, acompanhamento de demandas, resolução dos problemas e cancelamento de serviço. Reclamações sobre acesso ao serviço - como problemas no menu, indisponibilidade ou inacessibilidade a deficientes - somaram 33,5% das queixas. Em segundo lugar, os clientes reclamaram da dificuldade em cancelamento de serviço, com 32,3% das queixas.


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MERCADO DE LUXO


Paris / França
Vendas de carros de luxo da BMW crescem 8% na América Latina
As vendas de automóveis de luxo da montadora alemã BMW aumentaram 8% neste ano na América Latina em relação em 2008, apesar do enorme impacto da crise econômica mundial sobre a indústria automobilística, informou a empresa ontem, domingo, 6/12. "A BMW está crescendo [na região], contra todas as tendências. As vendas estão subindo acima de 8% em relação a 2008", disse o diretor da BMW para a América Latina e Caribe, Gernot Volkmer. "Tivemos um excelente mês de vendas em novembro na Colômbia, Brasil, Chile e Costa Rica." "Para o grupo BMW, a América Latina tem importância fundamental, pois é uma região muito importante na qual trabalhamos há anos", disse à agência de notícias France Presse o vice-presidente de mercados de importação da BMW, Graeme Grieve, que participou com Volkmer do lançamento de uma nova concessionária da marca na Costa Rica. Para o mercado global, a BMW prevê uma queda nas vendas entre 10% e 15% em relação ao ano passado, segundo Grieve. (Agence France Presse / AFP)


Da redação - São Paulo / SP
Relax de luxo
Fazer uma pausa, relaxar e repensar prioridades. Os novos spas, urbanos ou não, oferecem, além dos tratamentos de beleza, que incluem redução de medidas, flacidez e celulite, programas que combinam desintoxicação alimentar, relaxamento e cura de alguns dos males causados pelo estresse do dia a dia. Massagens orientais, drenagem linfática, esfoliação corporal, aromaterapia, meditação, Yoga e a terapia de pedras quentes são algumas opções de tratamentos que podem ser combinados para atender as necessidades de cada cliente. A reflexologia - tratamento através de pressão e massagem em determinados pontos das mãos e solas dos pés que correspondem aos diversos órgãos do corpo, e o Reiki, antiga técnica oriental de transmissão de energia através da imposição das mãos para a sintonia com correntes vitais de energia, também estão entre as opções oferecidas.
No Unique Garden em Mairiporã, na serra da Cantareira, o hóspede conta com um programa especialmente criado para o autoconhecimento no Unique Lifestyle, voltado exclusivamente para atividades de meditação, relaxamento, vivências e atendimentos individuais para integrar corpo, mente e espírito num ambiente em contato direto com a natureza. As massagens são feitas com produtos naturais a base de ingredientes cultivados na horta local e manipulados na farmácia do próprio spa. O programa também inclui uma alimentação a base de verduras e legumes e água mineral direto da fonte.
Em Gramado, no RS, o Kurotel desenvolve tratamentos de medicina preventiva inspirado nas estações Kur, na Alemanha. Os métodos de cura usados são baseados na água: hidroterapia, exercício físico, fitoterapia, controle das emoções e alimentação equilibrada. Associados ao clima de montanhas, os tratamentos incluem massagens, estação completa de águas termais e banheiras salinizadas, que reduzem a necessidade de medicamentos e melhoram a qualidade de vida. Entre os 200 recursos terapêuticos, a massagem a quatro mãos seguida de imersão em banheira com água aquecida, alecrim e sal marinho é tentadora. O Kurotel oferece também um tratamento direcionado à mamãe e bebê, na recuperação e adaptação pós-parto.
No Resort Ponta dos Ganchos, em Governador Celso Ramos em meio a um cenário paradisíaco no litoral de Santa Catarina e em parceria inédita nas Américas com a Christian Dior, profissionais especializados realizam tratamentos corporais com os melhores produtos da grife. Entre as especialidades estão a aromaterapia, a terapia de pedras quentes, o Reiki, a reflexologia e a massagem ayurvédica para ativar o sistema linfático e facilitar a eliminação de toxinas. O Recanto das Águas Resort, situado na Praia dos Amores, em Balneário Camboriu, oferece o SPA Lazer e Saúde anexo ao hotel, com tratamentos de saúde e beleza que procuram integrar o corpo e a mente. Além das atividades físicas, da alimentação balanceada e da estética corporal, o cliente pode escolher entre dois programas: emagrecimento com saúde e antiestresse.
O programa de emagrecimento é iniciado com uma consulta médica, avaliação nutricional e antropométrica. As atividades consistem em exercícios, acompanhados por um orientador físico, terapia termo-aromática e desintoxicação pela sudorese, drenagem linfática, endermologia, manthus, eletromioestimulação antiflacidez e eletrolipoforese para redução de gordura localizada. No programa antiestresse, além das atividades físicas, há opções de duas horas diárias com tratamentos como: banho de imersão, ofurô, drenagem linfática, Shiatsu, Reiki, cromoterapia, terapia das pedras quentes, realinhamento de chackras e vinhoterapia. Os valores dos diversos Spas variam de acordo com a programação e quantidade de diárias de R$ 2,17 mil a R$ 16 mil. (Fonte: Cristina Piffer / Gestão de Luxo)


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