Edição Espacial



Prezado leitor,




Por causa de um grande temporal que assolou a toda a Região Metropolitana de Porto Alegre, ficamos sem energia elétrica das 13h de ontem, dia 19/11 até hoje, dia 20/11, às 16h40min. Por essemotivo não conseguimos colocar no ar a edição de hoje do i-press.biz, mas editamos uma matéria especial sobre TI Verde. Nos desculpem por este transtorno. Amanhã - exepcionalmente - colocaremos uma edição extra com os fatos de hoje, além do resumo de todas as bolsas de valores do Brasil e do mundo. Obrigada pela compreensão e fiquem semore ligado com a gente.

Kátya Desessards, editora-chefe

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TI Verde: Setor financeiro impulsiona políticas sustentáveis
Fundos de venture capital elegem área de tecnologias limpas como prioridade na busca por oportunidades. Bancos exigem das empresas práticas de responsabilidade ambiental para a concessão de crédito. Se redução de custos é tudo em que você consegue pensar quando ouve a expressão TI verde, então prepare-se para conhecer o outro lado da sustentabilidade, bem mais lucrativo. É no sistema financeiro, especialmente em bancos e investidores de venture capital, onde estão as maiores oportunidades para tirar proveito das tecnologias limpas. O mundo dos negócios está aprendendo a conviver com um antigo desafeto: o meio ambiente. Se antes o progresso significava derrubar árvores e abrir estradas, atualmente a evolução depende da renovação e do consumo consciente, produzindo com grande eficiência, mas sem desperdícios. A percepção corporativa em relação à sustentabilidade também mudou. Em 1987, a Organização das Nações Unidas definiu desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras”. O trabalho de ambientalistas e estudiosos conseguiu mostrar para gestores e empreendedores que os recursos não são ilimitados e é preciso fazer algo agora para não ficar sem amanhã.
Mais do que isso, o desenvolvimento sustentável passou a ser um bom negócio. Para as corporações, o primeiro, e mais simples, atrativo das políticas “verdes” é a redução de custos. Produzir com menos recursos, sejam quais forem, garante margens maiores. E há quem enxergue além dessa conta simples e encontra, nessa onda de consciência ecológica, oportunidades para novos negócios e segmentos.
Os números do mercado de venture capital, a exemplo do tipo de investimento de risco realizado em empresas iniciantes, comprovam o movimento. Nos Estados Unidos e na Europa, as empresas que
desenvolvem produtos de tecnologias limpas ultrapassaram os tradicionais setores de tecnologia da informação e biotecnologia em volume de investimentos recebidos. Só no terceiro trimestre deste ano, segundo a empresa de pesquisas Cleantech, especializada na área, foram disponibilizados 1,59 bilhão de dólares para esses tipos de companhias.

Caminho sem volta
Mas se a aposta de alguns investidores ousados não é suficiente para comprovar a força das tecnologias verdes, talvez a opinião do mega-investidor George Soros tenha um peso maior. O bilionário declarou recentemente que vai reservar US$ 1 bilhão de seus recursos para iniciativas que ajudem no combate ao aquecimento global. A informação é do site de notícias Cnet.
O húngaro Soros ganhou notoriedade por suas atividades de especulação financeira. Segundo a revista norte-americana Forbes, o investidor está entre as 30 pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 11 bilhões.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVCAP), Sidney Chameh, a realidade brasileira não é muito diferente da americana, apenas em níveis mais baixos. “A
movimentação nos Estados Unidos é muito mais intensa, mas existe essa tendência no Brasil também”, afirma o executivo. Assim como no caso americano, o governo é um grande incentivador
das tecnologias limpas. Nos EUA, a política do presidente Barack Obama de atualizar as redes de energia, investindo nas chamadas redes inteligentes (smart grid), vem gerando diversas companhias
inovadoras. Por aqui, o governo brasileiro, destaca Chameh, prepara o primeiro leilão de energia eólica do País para novembro deste ano.
Cerca de 10 bilhões de dólares, de acordo com Chameh, estão reservados, pelos fundos de venture capital e private equity, para investimentos no Brasil. O montante era bem maior — US$ 27 bilhões — antes da crise financeira mundial, embora seja suficiente, afirma o executivo, para atender a demanda de projetos e sanear as atividades de inovação brasileiras.
A grande dificuldade dos participantes do mercado, tanto investidores quanto empreendedores, está na avaliação dos negócios. Mesmo com os sinais de retomada na economia, ainda está difícil prever com alguma margem de segurança o crescimento das empresas e o potencial de cada mercado.


Princípios do Equador
Mas não é apenas para empresas iniciantes que as tecnologias limpas ajudam na busca por recursos financeiros. As políticas de desenvolvimento sustentável, já faz algum tempo, estão se tornando
pré-requisito para a tomada de empréstimos e financiamentos de empresas. Em 2002, como consequência de uma iniciativa do Banco Mundial, por meio do seu braço financeiro International Finance Corporation (IFC), os dez maiores bancos mundiais da época assinaram um documento para garantir que os projetos financiados fossem desenvolvidos de forma ambientalmente responsável.
Foram estabelecidos critérios mínimos para a concessão de crédito a empresas, denominados Princípios do Equador. Segundo Marcelo Vianna, sócio da consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, é grande, atualmente, a exigência desse tipo de certificação por parte dos bancos brasileiros. “Se a empresa não cumpre determinado requisito, o banco costuma indicar a contratação de uma consultoria para resolver a questão, antes de liberar o crédito”, afirma.
Vianna ressalta que os critérios são mundialmente reconhecidos. “Os relatórios de sustentabilidade das empresas podem ser analisados em qualquer lugar do mundo”, diz. A demanda por auditoria na área de responsabilidade social e ambiental vem crescendo bastante no País, o que favorece muito a Deloitte. A preocupação das empresas com a área ambiental pode ser comprovada, também, com números de uma pesquisa realizada este ano pela consultoria, com mais de 100 empresas que atuam no Brasil. Quase 50% dos pesquisados afirmaram que sua atividade principal afeta, de alguma forma, o meio ambiente. Mas, apenas 4% disseram não ter intenção de adotar práticas sustentáveis.
Segundo a mesma pesquisa, as medidas mais adotadas pelas empresas pesquisadas em relação à sustentabilidade são a racionalização do uso de recursos naturais (76%), programas de responsabilidade social para funcionários (72%) e programas de gerenciamento de resíduos (69%).
Os programas de eficiência energética são adotados por 56% das companhias pesquisadas, enquanto 53% investem em tecnologias limpas.
As empresas pesquisas mostraram, ainda, que fatores relacionados a práticas sustentáveis, como adequação a controles ambientais e os investimentos do governo em fontes de energia limpa, impactam de forma relevante seus negócios. Ao mesmo tempo, apontaram diversos ganhos com a adoção de iniciativas sustentáveis, como a melhoria na imagem da empresa, conquista de mercado e aumento da produtividade.
O que a pesquisa comprova, segundo Vianna, é que existe uma forte pressão, especialmente vindo do segmento financeiro - sem falar dos clientes -, para a adoção de políticas de preservação ambiental. Além isso, as empresas enxergam os benefícios dessas iniciativas e têm intenção de adotá-las. Daí para os investimentos em TI verde é apenas uma questão de oferta. E não demorará muito para que a procura por sistemas e equipamentos mais amigáveis ao meio ambiente se torne uma exigência.



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