Edição 231 | Ano II

Paris / França
OCDE eleva previsão de expansão do Brasil em 2010 a 4,8%
A OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - divulgou nesta quinta-feira, dia 19/11, novas projeções para a economia mundial. A OCDE eleva previsão de PIB - Produto Interno Bruto - do Brasil em 2010 de alta de 4% para 4,8%; espera crescimento de 4,5% em 2011. Melhora estimativa para PIB da China em 2010 de avanço de 9,3% para 10,2%; prevê alta de 9,3% em 2011. Estima queda do PIB mundial de 1,7% em 2009 e expansão de 3,4% em 2010 e de 3,7% em 2011. Espera queda do PIB dos EUA de 2,5% em 2009 e alta de 2,5% em 2010 e de 2,8% em 2011. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Construtoras tentam barrar projeto que limita BNDES
Rivais no canteiro de obras, fora dele as maiores construtoras do País se juntaram para derrubar o que dizem ser uma ameaça a seus negócios: um projeto de lei que proíbe o Bndes - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - de financiar obras fora do Brasil. É que elas são as principais interessadas na atuação internacional do banco federal. Estimuladas pelo governo Lula e sua política de ocupação comercial da América Latina e da África, empresas como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa estão construindo hidrelétricas, portos e metrôs em outros países, com financiamento do Bndes.
Nos últimos cinco anos, o banco desembolsou mais de US$ 3 bilhões nas operações das construtoras fora do País. Até agosto, elas já haviam recebido quase US$ 957 milhões da instituição. Para as construtoras, é um bom mercado. Contratadas em outros países, recebem o financiamento do Bndes, aqui dentro, enquanto executam as obras. Depois, o governo que as contratou tem 12 anos de prazo para devolver o dinheiro ao banco brasileiro. O projeto que tramita no Senado, de autoria do senador Raimundo Colombo (DEM/SC), fecha essa fronteira. Ele proíbe que "o Bndes financie governos de outros países e suas empresas"."O papel do Bndes não é esse. Ele não pode dar dinheiro para um metrô na Venezuela ou um porto em Cuba, quando tem tanta coisa para fazer no Brasil", afirma Colombo. Quando chegou ao Senado, no começo do ano, o projeto de Colombo chamou a atenção das construtoras e do Bndes. Mas a preocupação cresceu mesmo depois do parecer favorável da relatora da Comissão de Constituição e Justiça, a senadora Kátia Abreu (DEM/TO). No seu parecer, a senadora afirma que a função do Bndes foi "desvirtuada com o financiamento de governos estrangeiros".
Na visão das construtoras, a disputa política pode estar embaralhando as discussões em torno do papel do Bndes. Os oposicionistas, entre eles os democratas Raimundo Colombo e Kátia Abreu, acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa o banco público para aumentar sua influência no continente e para agradar governantes amigos, como o presidente Hugo Chávez, da Venezuela. O governo, por sua vez, afirma que o apoio oficial é fundamental para abrir mercado para as empresas brasileiras. "Esse projeto é um tiro no pé com a melhor das intenções. Ele só prejudica as empresas brasileiras", afirma o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, a quem o Bndes está subordinado. (Agência Estado)

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Petrobras tem 2º maior lucro entre empresas dos EUA e América Latina
A Petrobras registrou o segundo maior lucro líquido entre as 25 maiores empresas de capital aberto do continente americano (sem considerar as companhias canadenses). O resultado do terceiro trimestre ficou em US$ 4,107 bilhões. A estatal perde somente para a americana Exxon Mobil (US$ 4,730 bilhões), também do ramo petrolífero, de acordo com levantamento feito pela consultoria Economática. A pesquisa considera os balanços com os resultados do terceiro trimestre deste ano e leva em conta empresas de todos os setores. A outra empresa brasileira melhor colocada nesse ranking é a Vale, com lucro de US$ 1,689 bilhão, ocupando o 22º lugar da lista, acima de Apple Computer (US$ 1,665 bilhão), Hewlett-Packard (US$ 1,642 bi) e Google (US$ 1,639 bi). Em uma amostra restrita às empresas latino-americanas, Petrobras e Vale lideram o ranking dos 25 maiores lucros, dominado pelas companhias brasileiras, que tiveram 15 dos 25 melhores resultados registrados no subcontinente neste terceiro trimestre. Empresas mexicanas ocupam cinco posições nesse ranking, enquanto duas empresas argentinas (Ypf e Tenaris) conseguiram lugar na amostra dos maiores ganhos.
Valor de mercado - A Petrobras é a terceira maior empresa de capital aberto entre Brasil e Estados Unidos, também segundo levantamento da Economática, que não considera o Canadá. A Petrobras subiu 118 posições no ranking durante o governo Lula. De acordo com a consultoria, a Vale é a 14ª na mesma comparação, tendo subido 139 posições durante o governo Lula. No final do 2002, a Petrobras tinha um valor de mercado de US$ 15,4 bilhões o que a colocava na 121ª colocação. No último dia 9, a empresa seria a terceira maior por valor de mercado com US$ 207,9 bilhões. No período do governo Lula a Petrobras subiu 118 posições e teve um crescimento de US$ 192,5 bilhões. No final de 2002, a Vale fechou com US$ 11 bilhões em valor de mercado, o que a colocava na posição numero 153ª entre as empresas dos EUA. No último dia 9, o valor ficou em US$ 141,9 bilhões, colocando-a na 14ª colocação entre as norte-americanas (sem considerar a Petrobras). No período do governo Lula, a Vale subiu 139 posições, com crescimento de US$ 130 bilhões. Atualmente, a empresa com maior valor de mercado nos EUA é a Exxon, com US$ 345,8 bilhões, seguida pela Microsoft, com US$ 257,4 bilhões.


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INDICADORES ECONÔMICOS


Brasília / DF
Mercado relativiza papel de IOF para estrangeiros na manutenção do câmbio
Quase um mês após o início da cobrança de 2% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre o capital estrangeiro para ações e renda fixa, o dólar mantém-se acima de R$ 1,70. Sucesso do governo? Pode ter sido somente uma coincidência. Profissionais do mercado creditam ao IOF apenas uma parte da tarefa de segurar a queda do dólar. O aumento da incerteza sobre a postura do governo, que mostrou disposição de atuar contra uma valorização acentuada do real, deixou investidores cautelosos.
Mas, não fosse a mudança no comportamento dos mercados internacionais, o dólar já poderia ter abandonado o nível de R$ 1,70, ampliando a queda de mais de 25% em relação à moeda brasileira neste ano, segundo os analistas. "[O IOF] gerou um ruído no curto prazo. Por esse aspecto, funcionou", disse Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco WestLB do Brasil. "Agora, o fato é que nesse primeiro mês os efeitos foram muito contaminados pela realização (de lucros) no mercado internacional. Houve uma piora na aversão a risco global, em todas as moedas. Não dá para dizer que todos os movimentos no câmbio sejam causados pelo IOF."
José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do banco Fator e professor de História Econômica da FEA-USP, também relativiza o efeito do IOF sobre o câmbio, mas avalia que a intenção do governo foi bem-sucedida. "Como previsto, não acabou com a tendência, mas se você pegar este mês o dólar ficou mais de lado do que caindo", afirmou. "A maior parte do sucesso é o fato de que as pessoas se convenceram de que o câmbio é visto como um problema. Não só aqui no Brasil, mas no mundo inteiro."
Outros países emergentes discutiram a adoção de medidas de controle cambial, como Taiwan, que implantou limites para a entrada de recursos. Além disso, a questão foi abordada, ainda que sem muita ênfase, na reunião do G20 no começo de novembro.
Estagnação mundial - A taxação sobre a entrada de capital para ações e renda fixa foi anunciada em 19 de outubro, e entrou em vigor no dia seguinte. À ocasião, o índice do dólar em relação às principais moedas estava em 75,51 pontos, queda de 6,95% em relação ao início do ano e de 5,8% no segundo semestre. Nesta quarta-feira, esse termômetro mantinha-se em nível semelhante ao do início do IOF, a 75,09 pontos. O índice Reuters-Jefferies de commodities, outro indicador que serve de bússola para o real devido ao peso que as matérias-primas têm no comércio do país, exibia em 19 de outubro alta de 21,83% em 2009 e de 11,88% no segundo semestre, a 279,65 pontos. Nesta quarta-feira, o indicador estava em 277,79 pontos, baixa de 0,67% em relação ao dia do anúncio do IOF. Quanto ao fluxo cambial, houve alguma mudança, mas é preciso considerar que o mês passado foi marcado por fortes operações pontuais, como a oferta inicial de ações do Santander Brasil.
Em outubro, a média diária de entrada bruta de recursos no segmento financeiro caiu de US$ 2,32 bilhões antes do dia 20 - contando a megaoferta do Santander - para US$ 1,32 bilhão até o final do mês. Em novembro, essa média está em US$ 1,17 bilhão.
Mas, ainda assim, o saldo financeiro continua positivo - de US$ 2,39 bilhões entre 20 de outubro e 13 de novembro -, e o mercado espera continuidade dos ingressos, principalmente por conta de captações como a de US$ 2,5 bilhões planejada pela JBS. "A exuberância irracional do real veio para ficar. Isso advém dos fundamentos da economia brasileira, do investment grade", avaliou Nathan Blanche, sócio-diretor da Tendências Consultoria, que vê o IOF como "paliativo". Além disso, a queda na média diária dos ingressos tampouco pode ser isolada do contexto de maior aversão a risco.
Para muitos, isso teve mais impacto do que o imposto, já que as entradas vinham sendo alimentadas, principalmente, por investimentos mais duradouros como emissões de dívida, e não por movimentos especulativos como o carry-trade - alvo declarado da cobrança do IOF. (Agência Reuters)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

Da redação - Porto Alegre / RS
Gerdau capta US$ 1,25 bi com bônus de 10 anos
A Gerdau confirmou, por meio de comunicado divulgado hoje, a venda de US$ 1,25 bilhão em bônus no mercado internacional, com juro nominal (cupom) de 7%. Os títulos têm vencimento de 10 anos e garantia das seguintes empresas do grupo no Brasil: Gerdau, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Longos, Gerdau Aços Especiais e Gerdau Comercial de Aços. De acordo com a empresa, compradores da América do Norte ficaram com 67% da oferta, seguidos pela Europa, com 25% e Ásia, Oriente Médio e América Latina, com 8%. A maioria dos compradores dos títulos, segundo a Gerdau, foram gestores de recursos, private bankers, companhias de seguros e fundos de pensão.Os recursos líquidos originados da venda dos títulos serão utilizados para o pagamento de dívidas de curto e médio prazos, não representando aumento do atual nível de endividamento da empresa. Os títulos receberam classificação de risco BBB- por parte das agências de classificação S&P e Fitch. (Fonte: AE)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Bolsas da Ásia fecham em elevação
A maioria dos mercados asiáticos apresentou alta nesta quinta-feira. Parte das bolsas da região teve bons resultados devido ao avanço das commodities. Já outros pregões seguiram a orientação de Wall Street e encerraram em baixa.
- Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong. O índice Hang Seng perdeu 197,17 pontos, ou 0,9%, e terminou aos 22.643,16 pontos. As Bolsas da China fecharam em elevação pelo quinto pregão seguido. O índice Xangai Composto subiu 0,5% e encerrou aos 3.320,61 pontos. O Shenzhen Composto ganhou 1,2% e terminou aos 1.202,70 pontos. O yuan apresentou pouca variação em relação ao dólar, à medida que a taxa de paridade central dólar-yuan seguiu estável, reforçando as expectativas de que Pequim irá manter o câmbio estável indefinidamente. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,8278 yuans, acima do fechamento de quarta-feira, que foi de 6,8270 yuans.
- Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou próxima da estabilidade. Em sessão instável, o índice Taiwan Weighted caiu apenas 0,1% e encerrou aos 7.759,98 pontos.
- Investidores estrangeiros retomaram as compras agressivas na Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, levando o índice Kospi a fechar em alta de 1%, encerrando aos 1.620,54 pontos.
- Na Bolsa de Sydney, na Austrália, o índice S&P/ASX 200 teve modesto ganho de 0,2% e fechou aos 4749.20 pontos, liderado por uma recuperação nas ações dos bancos.
- O índice PSE da Bolsa de Manila, nas Filipinas, avançou 1% e fechou aos 3.083,30 pontos.
- A Bolsa de Cingapura fechou em alta liderado por ganhos nos bancos domésticos que tiveram rali ancorado pelo sentimento dos analistas. O índice Straits Times subiu 0,5% e fechou aos 2.758,79 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, teve baixa com realizações de lucros após ganhos de mais de 4% na últimas 6 sessões. O índice perdeu 0,6% e fechou aos 2.468,79 pontos.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, cedeu 0,5% e fechou aos 703,87 pontos, uma vez que os investidores evitaram o mercado esperando notícias sobre a suspensão de 76 projetos industriais em Map Ta Phut. Mas o otimismo sobre os lucros do quarto trimestre limitaram as perdas.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, subiu 0,1% e fechou aos 1.276,65 pontos, com a debutante Maxix fechando em alta de 8,4%. Mas o sentimento do mercado esteve negativo, com realizações de lucros por investidores de varejo.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - A Bolsa de Valores de Londres abriu hoje em queda e o índice geral FTSE-100 caía 4,51 pontos (0,08%), para 5.337,62 pontos. O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e estava cotado a US$79,72, US$0,25 mais que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt /Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu hoje com queda de 7,57 pontos (0,511%) e ficava a 5.780,04 pontos.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Paris abriu hoje em queda de 0,26%, para 3.818,65 pontos.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri abriu hoje com que de 29 pontos (0,26%) e ficava a 12.003,30 pontos.
- Roma / Itália - A Bolsa de Milão abriu hoje em queda e o índice FTSE-MIB caía 0,24%, para 23.278,44 pontos. O índice geral FTSE Italia All Share perdia 0,21%, para 23.705,24 pontos.

ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Ibovespa interrompe três altas seguidas e recua 1,32%
A Bovespa até tentou dar continuidade à escalada de alta iniciada na sexta-feira passada. E conseguiu por um bom período da sessão de hoje, de novo amparada pelos ganhos dos papéis da Petrobras. Mas as perdas das Bolsas norte-americanas acabaram "cansando" os investidores, que no meio da tarde se renderam às vendas de ações. E isso acabou sobrando também para os papéis da petrolífera, que viraram a dez minutos do final e ampliaram as perdas do índice à vista (Ibovespa).
- O Ibovespa terminou o pregão desta quarta-feira em baixa de 1,32%, aos 66.515,66 pontos. Na mínima, registrou 66.494 pontos (-1,35%) e, na máxima, 68.060 pontos (+0,97%). No mês, a Bolsa acumula ganho de 8,08% e, no ano, de 77,14%.
- O giro financeiro totalizou R$ 6,405 bilhões. Os dados são preliminares.
Análise 1 - O sinal negativo reverberou o dia todo em Wall Street, em razão de um indicador bem ruim do mercado imobiliário e de declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ao invés do crescimento de 1,7% no número de obras residenciais iniciadas em outubro esperado pelos analistas, o indicador entregou uma queda de nada menos que 10,6%. O número de permissões para obras não foi muito melhor e caiu 4%, contrariando a previsão de alta de 0,9%. Além disso, Barack Obama, pela primeira vez, admitiu em entrevista à Fox News a possibilidade de uma recessão dupla, na forma de "W", caso a dívida do país continue crescendo - outra possibilidade dada a necessidade de estímulo à economia. Também não deu declarações muito otimistas sobre a economia o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do banco central americano (Fed) no ano que vem, que apontou a possibilidade de as taxas de juros continuarem inalteradas até 2012.
Análise 2 - Os preços do petróleo ampliaram os ganhos logo após os números de estoques, mas no final da tarde oscilaram e operaram em queda por alguns momentos. Fecharam em alta, mas bem mais tímida do que a vista no pico do dia. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato para dezembro avançou 0,56%, para US$ 79,58. As ações da Petrobras subiram em boa parte do dia na esteira do petróleo e também em razão do noticiário sobre a empresa. Hoje, por exemplo, a consultoria Economática divulgou que a estatal encerrou o 3º trimestre deste ano com o segundo maior lucro entre as empresas de capital aberto dos Estados Unidos e América Latina. O lucro da companhia brasileira, de US$ 4,107 bilhões, ficou atrás apenas dos US$ 4,730 bilhões da ExxonMobil. A terceira colocada é a Chevron Texaco, com US$ 3,831 bilhões. A Vale, com lucro de US$ 1,689 bilhão nos três meses encerrados em setembro, ficou na vigésima segunda colocação no mesmo ranking. A petroleira e a mineradora foram as únicas empresas da América Latina citadas nesta lista. Todas as demais são norte-americanas.
Análise 3 - Além disso, a Petrobras anunciou a ampliação da Refinaria Potiguar Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, com investimentos de US$ 215 milhões. E podemos citar ainda as previsões feitas pelo UBS para o petróleo: o banco suíço elevou suas projeções para a demanda e o preço da commodity, devido à desvalorização do dólar e ao crescimento da demanda da China. O preço do petróleo Brent neste ano passou de US$ 58,00 para US$ 63,00 o barril no cálculo do banco, enquanto o Brent deve chegar a US$ 79,00 nos próximos anos. O UBS também aumentou sua previsão de longo prazo para o petróleo WTI, de US$ 75,00 para US$ 80,00 o barril. Apesar disso tudo, o ''cansaço'' que tomou conta do mercado à tarde teve reflexos sobre os papéis da Petrobras. A PN cedeu às vendas a minutos do final e fechou em queda de 0,52%. Na máxima do dia, as ações tinham superado os 2% de ganhos. A ON recuou 0,84%. Apesar da alta majoritária das commodities metálicas, Vale e siderúrgicas recuaram em bloco, assim como bancos. Vale ON recuou 1,72%, PNA, 2,31%, Gerdau PN, 1,27%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,83%, Usiminas PNA, 0,46%, CSN ON, 1,48%.

Nova Iorque / EUA
Bolsas de NY fecham em baixa
Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam o pregão desta quarta-feira em baixa, porém relativamente distantes das mínimas da sessão, puxados por uma leitura inesperadamente fraca de um indicador de obras residenciais iniciadas no país. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano, o número de obras residenciais iniciadas dos EUA caiu 10,6% em outubro ante setembro, para taxa anualizada e sazonalmente ajustada de 529 mil - menor nível dos últimos seis meses. Economistas consultados pela Dow Jones esperavam aumento de 1,7%.
- O Dow Jones caía 0,11%, para 10.426 pontos, com mínima no dia de 10.360,10 pontos. Entre seus componentes, lideravam as perdas Hewlett-Packard (-1,68%), Intel (-1,13%) e Cisco (-0,54%).
- O Nasdaq recuava 0,48%, para 2.193 pontos.
- E o S&P 500 tinha queda de 0,05%, para 1.109 pontos.
Análise - Apesar do declínio dos índices acionários, muitos gerentes de carteiras de investimento acreditam que o mercado segue uma tendência de alta alimentada pelos juros baixos. Alguns deles, no entanto, demonstram ceticismo crescente com a solidez desse movimento, argumentando que há fraqueza no mercado de trabalho e em outros setores da economia, como o de habitação. "Está bastante evidente que o mercado de ações está descolado da economia no momento", disse Paul J. Nolte, diretor de investimentos da Hinsdale Associates. "Não estamos fugindo para a saída, mas estamos reduzindo algumas posições", disse Nolte.


Frankfurt / Alemanha
Bolsas europeias recuam com dados dos EUA e setor de telecomunicações
As Bolsas da Europa encerraram em queda pela segunda sessão seguida nesta quarta-feira, à medida que ganhos em papéis de mineradoras não conseguiram contrabalançar fracos dados macroeconômicos dos Estados Unidos que mostraram um inesperado recuo no início de construção em outubro. Além disso, papéis de companhias de telefonia móvel também tiveram resultados negativos. - O índice DJ Stoxx voltado a esse segmento no continente europeu teve baixa de 0,8%, com Vodafone, Cable & Wireless e Deutsche Telekom perdendo entre 0,6% e 3,4%.
- A Bolsa de Londres teve variação negativa de 0,07%, indo para 5.342,13 pontos no índice FTSE 100.
- A Bolsa de Zurique teve baixa de 0,12%, indo para 6.368,97 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã fechou com perda de 0,52%, com 319,42 pontos no índice AEX General.
- O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho das mais importantes ações do continente, caiu 0,18%, a 1.028 pontos.
- Na contramão, a Bolsa de Frankfurt ganhou 0,16% no índice DAX, para 5.787,61 pontos.
- A Bolsa de Madri subiu 0,60%, com 1.256,70 pontos no índice Madrid General.
Análise - O Departamento de Comércio norte-americano informou que o início de construção caiu 10,6%, a uma taxa anualizada com ajuste sazonal de 529 mil unidades, menor nível desde abril.
"Os alvarás de construção nos Estados Unidos vieram mais fracos que o esperado, mas o impacto não foi tão ruim quanto poderia ter sido", disse Joerg Rahn, vice-presidente de investimento do fundo Marcard, Stein & Co. "Contudo, de maneira geral, é verdadeiramente notável a indiferença do mercado no momento. Não importa se números macroeconômicos são bons ou não, parece que de algum modo eles são ignorados", acrescentou.


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MERCADO FINANCEIRO



Nova Iorque / EUA
American Express vai comprar a Revolution Money por US$ 300 milhões
A companhia americana de cartões de crédito American Express anunciou nesta quarta-feira a compra da empresa de pagamentos on-line Revolution Money por cerca de US$ 300 milhões. A Revolution Money tem cerca de um milhão de afiliados a seus serviços, e opera um sistema de cartões que não vêm com nome ou assinatura do usuário nem número de conta. A transação é autorizada mediante o uso de uma senha. "A compra da Revolution Money é um passo na expansão do nosso alcance em pagamentos; é um dos muitos que esperamos dar, mas um bastante importante", disse o presidente e executivo-chefe da American Express, Kenneth Chenault, em uma teleconferência. O fundador da Revolution Money, Jason Hogg, disse que a compra permitirá à empresa "ampliar nossa tecnologia e nossas operações mais rápido do que poderíamos por nós mesmos". Ele permanecerá como presidente e executivo-chefe da Revolution Money. O negócio deve ser concluído até o início do próximo ano. "Novos produtos e plataformas para pagamentos estão evoluindo rapidamente e é importante nos mantermos identificados com tecnologias de ponta que ampliem nossa liderança", acrescentou Chenault. (Agência EFE)

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INDÚSTRIA

Buenos Aires / Argentina
Petrobras vende divisão de fertilizantes na Argentina para a Bunge
A Petrobras Energia, subsidiária na Argentina da Petrobras, informou nesta quarta-feira que aprovou a venda de seu negócio de fertilizantes à americana Bunge. "A Petrobras Energia transfere ao comprador ativos físicos, marca, rede comercial e pessoal vinculado ao negócio em questão", disse em comunicado a companhia, que explicou que a venda vai gerar um lucro antes de impostos de 70 milhões de pesos (US$ 18,3 milhões). A decisão da Petrobras Energia de vender os ativos "responde à estratégia da companhia de avaliar recorrentemente a composição de sua pasta de negócios e ativos a fim de identificar oportunidades que permitam maximizar o valor da companhia", acrescenta a nota. A divisão de fertilizantes da Petrobras Energia possui uma unidade de produção na província de Buenos Aires que opera desde 1968 e tem capacidade de produção de fertilizantes líquidos de 474 mil toneladas anuais. Além disso, a divisão possui depósitos em cerca de dez outras cidades argentinas e uma rede de distribuidores em todo o país. (Agência EFE)

Rio de Janeiro / RJ
Vale planeja investir US$ 4,1 bilhões na Argentina
O descompasso entre os governos da Argentina e do Brasil na solução de pendências comerciais foi compensado pelo voluntarismo do setor privado. Em seu discurso, a própria presidente argentina, Cristina Kirchner, ressaltou o projeto de compra de 20 aviões da Embraer pela Aerolíneas Argentinas e o investimento de uma "grande companhia" a partir de 2010. Cristina não deu detalhes, mas referiu-se à programação da Vale de investir US$ 4,118 bilhões na região do Rio Colorado, na Patagônia argentina, apenas em uma primeira etapa. O investimento da Vale na Argentina depende ainda de aval do conselho de administração da companhia. Atualmente, um dos empecilhos à injeção de recursos de empresas brasileiras no país vizinho tem sido o imposto cobrado retroativamente pelo governo argentino. Essa pendência não chegou a ser abordada durante o encontro entre Lula e Cristina, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Dados do Banco Central mostram que o total consolidado de investimentos diretos brasileiros no país vizinho alcança US$ 9,5 bilhões. Em 2010, a Vale injetará US$ 304 milhões nesse projeto. O valor corresponde a 2,3% do investimento total da companhia nesse período, que alcançará US$ 12,894 bilhões. Mais de US$ 3 bilhões serão escoados na Argentina nos anos seguintes. De acordo com a programação divulgada em outubro passado, o projeto da Vale no Rio Colorado envolve o desenvolvimento de uma mina de potássio com capacidade inicial de extração de 2,4 milhões de toneladas por ano. Ao longo do tempo, esse volume poderá se expandir a 4,35 milhões de toneladas anuais. Além disso, a Vale deverá construir um ramal ferroviário de 350 quilômetros, um terminal portuário e uma termoelétrica na região da Patagônia. No orçamento da companhia, o projeto na Argentina é o segundo mais robusto. O primeiro, relativo à exploração de ferro na Serra Sul de Carajás (PA), exigirá o investimento de US$ 11,297 bilhões. (Agência Estado)

Milão / Itália
Fabricante italiana de chocolate Ferrero quer comprar britânica Cadbury
A fabricante italiana de chocolate Ferrero manifestou nesta quarta-feira interesse em comprar a britânica Cadbury. Ao reagir a informações da imprensa segundo as quais sua intenção de fazer uma oferta conjunta com o grupo americano Hershey, a Ferrero destacou que estava na etapa preliminar de uma avaliação de suas opções com relação a Cadbury. O grupo britânico já rejeitou uma oferta hostil do gigante americano Kraft Foods de cerca de US$ 16,4 bilhões. "Não é certo que haja, na sequência, uma proposta pela Cadbury", destacou o grupo italiano. Por sua vez, a Hershey confirmou seu interesse, mas nenhuma das duas companhias faz referência a outra em seus comunicados. A Ferrero teve um faturamento de 6,2 bilhões de euros (cerca de US$ 9,2 bilhões) no exercício 2007-2008 e tem 14 fábricas no mundo com mais de 21 mil funcionários. No dia 9 deste mês, a Cadbury rejeitou uma oferta hostil da americana Kraft por considerar que o valor oferecido "não se aproxima nem remotamente" do valor real da companhia. O objetivo da Kraft - segunda maior empresa de alimentos do mundo, atrás da suíça Nestlé, e presente em mais de 150 países - é criar uma empresa que se transformaria na número um no mundo no setor de chocolates. Já a Cadbury é a empresa líder dos mercados britânico e australiano, tendo como carros-chefe os chocolates Green & Black's, as balas Halls e os chicletes Trident e Dentyne. (Agence France Presse / AFP)


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AGRONEGÓCIOS


Da redação - São Paulo / SP
ABCGIL e Embrapa Gado de Leite assinam contrato de parceria
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), Sílvio Queiroz, e o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela assinaram contrato de cooperação técnica entre as instituições. O objetivo é estruturar os sistemas de produção de leite dos campos experimentais da Embrapa Gado de Leite. “Iremos adequá-los ao Programa Boas Práticas Agropecuárias. Além disso, as ações irão melhorar a infra-estrutura e a gestão dos sistemas”, diz Vilela. Com a parceira, as ações de pesquisa e transferência de tecnologias da Embrapa Gado de Leite serão potencializadas. Para o presidente da ABCGIL, o contrato também irá estreitar o relacionamento entre as duas instituições. A assinatura do convênio ocorreu no dia 13 de novembro, durante as comemorações dos 33 anos da Embrapa Gado de Leite. (Fonte: Assessoria de imprensa da Embrapa Gado de Leite)

Da redação SP - Ribeirão Preto / SP
Produção de açúcar predomina nesta safra
Na tarde de ontem, 17/11, durante a 2ª Semana do Etanol, em Ribeirão Preto, SP, o pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Octávio Valsechi, informou que na atual safra da cana-de-açúcar já foram colhidas 500 milhões de toneladas de cana, sendo 57% destinadas à produção de açúcar e 43% ao etanol. Valsechi, comentou que a produção brasileira de açúcar registrou crescimento de 500% nos últimos 20 anos. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indicam que, na última safra, foram produzidos cerca de 31,5 milhões de toneladas de açúcar, enquanto a média registrada em 1990 foi 5,2 milhões.


Da redação RJ - Olinda / Pernambuco
Grupo português vai produzir biodiesel no Vale
O grupo português HLC Enviromental Holdings vai investir R$ 100 milhões na revitalização da Companhia de Biodiesel do Vale de São Francisco (Biovasf), em Petrolina. A fábrica de processamento de óleos vegetais foi adquirida pelos investidores em 2007, das mãos da empresa goiana Indústrias Caramuru. Desativada há três anos, a expectativa era reinaugurar a unidade no ano passado, mas mudanças na conjuntura de mercado obrigaram o grupo a rever seu planejamento estratégico e estabelecer um novo cronograma. A nova data para o início da operação está marcada para março de 2010. Anteontem, o presidente mundial da HLC Enviromental Holdings, Horácio Carvalho, e o presidente da Biovasf, Luiz Antonio dos Santos, participaram de reunião com o governador Eduardo Campos para aprese! ntar o novo projeto. “Nosso projeto inicial era exportar biodiesel para o mercado europeu, mas a valorização do real e mudanças na política de importação dos países compradores alteraram nossos planos. Agora, vamos focar a comercialização no mercado doméstico”, explica o diretor administrativo-financeiro, Roberto Dotta Filho. O investimento de R$ 100 milhões será aplicado na revitalização da fábrica, compra de matéria-prima e logística. O projeto da Biovasf é fabricar óleos vegetais a partir de soja, algodão e mamona. “Os primeiros produtos serão de soja e algodão, com processamento anual estimado em 20 mil e 100 mil toneladas, respectivamente”, calcula. Ainda sem produção própria, a matéria-prima será trazida da região do oeste baiano. Os óleos poderão ser comercializados como biodiesel para a Petrobras, por exemplo, ou vendido para empresas que refinam o produto para consumo humano. “Já a produção a partir da mamona vai depender da PPP do Projeto Pontal. Se conseguirmos pa! rticipar como parceiros poderemos apostar na cultura, que estamos pesquisando há um ano e meio”, diz. Num primeiro momento, a Biovasf vai gerar 100 empregos diretos, com capacidade de ampliar esse número para 300. O faturamento do primeiro ano de operação está estimado em R$ 100 milhões.

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Venda de veículos cai 19,56% na 1ª quinzena
Os emplacamentos de veículos novos no mercado brasileiro somaram 130.601 unidades na primeira quinzena de novembro, um crescimento de 35,59% ante igual período de 2008. Porém, comparando-se com os primeiros quinze dias de outubro deste ano, houve uma baixa de 19,56% nas vendas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os dados incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Em outubro, o incentivo do governo federal à venda de veículos começou a diminuir, com a recomposição gradual da alíquota do IPI. Em veículos com motores 1.0, por exemplo, a alíquota de IPI passou de zero para 1,5% em outubro, subiu para 3% em novembro e chegará a 5% em dezembro. Em janeiro de 2010, voltará para os 7% originais. Levando-se em conta o desempenho de todos os segmentos analisados pela Fenabrave, que inclui motos e implementos rodoviários, o setor automotivo vendeu 208.631 unidades na primeira quinzena de novembro, com elevação de 22,39% sobre os quinze dias iniciais de novembro de 2008 e um declínio de 12,69% frente a outubro deste ano. Considerando apenas automóveis e comerciais leves, as vendas subiram 36,97% relativamente a novembro de 2008, para 123.083 unidades. No confronto com a primeira quinzena de outubro deste ano, no entanto, houve redução de 20,95% no número de emplacamentos. Já a venda de caminhões e ônibus, com 7.518 unidades na primeira quinzena de novembro, avançou 16,38% na comparação anual. Na base mensal, subiu 13,22%. Segundo a Fenabrave, nos primeiros quinze dias de novembro foram vendidas 73.322 motocicletas, alta de 5% sobre intervalo correspondente de 2008 e de 2,02% frente ao mês passado. As vendas de implementos rodoviários somaram 2.195 unidades neste mês, recuo de 0,99% sobre os 15 primeiros dias de novembro de 2008. Na comparação com outubro passado, foi registrada alta de 10,03%. (Agência Estado)

Tóquio / Japão
Vendas da Toyota cresceram em outubro pela primeira vez em 15 meses
As vendas globais da empresa japonesa Toyota, primeiro fabricante mundial de automóveis, cresceram 5% anualizado em outubro contabilizando 640 mil unidades, o primeiro aumento em quinze meses, segundo antecipa nesta quarta-feira a agência local Kyodo. O impulso se deve aos incentivos governamentais para a compra de veículos no mundo todo, que no Japão foram especialmente favoráveis para a aquisição de carros ecológicos. De fato, as vendas de veículos "verdes" no Japão como o híbrido Prius da Toyota, o carro mais vendido na primeira metade do ano, cresceram em outubro 15%. Segundo a agência, as vendas da Toyota na China continuaram muito sólidas, após crescerem 40% em agosto e setembro frente aos mesmos meses do ano anterior, enquanto nos Estados Unidos mantiveram-se estáveis. Um porta-voz do fabricante japonês, indicou que os números de vendas ainda não são oficiais e se conhecerão na próxima semana. O jornal econômico "Nikkei" também divulgou hoje que as vendas globais da Toyota cresceram em outubro pela primeira vez em quinze meses e estima que esse aumento é de 4%, contabilizando 630 mil unidades. O primeiro fabricante de veículos do mundo viu reduzidas em outubro de 2008 suas vendas globais em 12%, 606 mil unidades, devido à crise financeira que se recrudesceu após a queda de Lehman Brothers em meados do mês. (Agência EFE)

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VAREJO & SERVIÇO


São Paulo / SP
Vendas diretas crescem 18% no 3º trimestre e movimentam R$ 5,8 bilhões
O mercado brasileiro de vendas diretas movimentou R$ 5,79 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 17,8% sobre igual período do ano anterior. Descontada a inflação nesse intervalo, o crescimento chegou a 13,5%, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas ontem, dia 18/11. No período de julho a setembro, o setor contava com 2,378 milhões de revendedores, 19,2% a mais do que um ano antes e um dos motivos do crescimento no terceiro trimestre. "Com a maior entrada de novos revendedores, ainda não tão familiarizados com o negócio, verificamos uma pequena redução na produtividade média de cada um, com queda de 1,2%. Esse recuo é comum nessas horas e tende a ser recuperado normalmente, na medida em que esses novatos adquirem mais experiência", afirma Lírio Cipriani, presidente da associação.

Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar investirá R$ 750 milhões em expansão
O Grupo Pão de Açúcar, maior varejista nacional, pretende investir pelo menos R$ 750 milhões em novas lojas no Brasil no ano que vem. A empresa também espera obter ganhos consideráveis com as sinergias com a rede de eletroeletrônicos Ponto Frio, muito além dos R$ 500 milhões previstos em junho, quando foi anunciada a aquisição da companhia.


Da redação – Rio de Janeiro / RJ
Arezzo inaugura mais duas lojas no País
Com o terceiro lançamento da coleção de verão, a Arezzo dá continuidade ao seu plano de expansão de 2009 e inaugura mais duas lojas em novembro, uma no Shopping Grande Rio (a primeira unidade na Baixada Fluminense) e a outra no Via Parque Shopping, sua quinta loja na Barra da Tijuca. A marca pretende abrir mais sete pontos no Rio, entre franquias e lojas próprias, até o final deste ano.


Paris / França
Carrefour aumenta em 30% as vendas em lojas convertidas na França
O grupo Carrefour disse que a conversão de lojas de diversas bandeiras para as marcas Carrefour Contact e Carrefour City nos últimos meses na França tem trazido resultados muito bons. As lojas já convertidas para as novas bandeiras têm registrado um crescimento médio de 30% nas vendas e, por isso, a empresa já anunciou que irá acelerar o processo de remodelação de suas lojas de vizinhança. A expectativa é fechar o ano com 37 lojas Carrefour Contact e 28 Carrefour City, com 15 novas unidades sendo inauguradas nos próximos 45 dias. Outras 80 lojas deverão ser abertas no primeiro trimestre de 2010. Atualmente, o Carrefour conta com as marcas Shopi, 8 à Huit, Marché Plus e Proxi, entre outras, para atuar no mercado de vizinhança, mas vem convertendo as lojas para as marcas Contact e City. Como cerca de metade das lojas da rede são franqueadas, porém, o processo de conversão não será completo. (Agence France Presse / AFP)


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MERCADO DE TI


Da redação - Brasília / DF
Ministro propõe desoneração de modem no País
O ministro da Comunicação Hélio Costa propôs que o governo desonere a produção de modems como forma de massificar o acesso à internet em alta velocidade no país. Segundo Costa, a carga tributária em cima desse equipamento é de 76%. "O governo está onerando o modem, indispensável para a popularização do acesso", disse o ministro. Na próxima terça-feira, o governo deverá anunciar seu plano nacional de banda larga. Apesar da proximidade do anúncio, não há consenso dentro do governo sobre qual deveria ser a estratégia para massificar o acesso à internet. O Ministério do Planejamento e a assessoria direta do presidente Lula defendem que o governo use sua rede de fibras óticas (as instalada nas linhas de transmissão de energia e as da Petrobras) para intervir e regular o mercado. Para o Ministério das Comunicações, a solução não é viável porque o governo não pode dispor de suas fibras óticas, pois elas podem ser objeto de penhora para pagar a credores da empresa Eletronet. Em processo de falência, a companhia era uma associação entre estatais do setor e a multinacional AES.


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MERCADO WEB

Da redação - São Paulo / SP
Buscapé é site de maior audiência em produtos e serviços
De acordo com uma pesquisa realizada em setembro pela comScore, um dos principais institutos de medição de audiência da internet, o Buscapé, principal site de comparação de preços do país, é o quarto portal de maior audiência no Brasil, entre aqueles de capital nacional, perdendo apenas para UOL, Globo e iG. Comprado por US$ 342 milhões no fim de setembro pelo grupo de mídia sul-africano Naspers, o Buscapé tem 38,4% de acessos vindos de fora do Brasil, a maior audiência percentual de internautas estrangeiros em páginas brasileiras (correspondente a 5,18 milhões de usuários), o que também garante ao site o segundo lugar do ranking em acessos provenientes do exterior. No País, durante o período da pesquisa, a audiência foi de 8,3 milhões de usuários únicos, um crescimento de 74% em relação ao ano anterior.

Da redação - São Paulo / SP
PortCasa investe 12% do faturamento em marketing digital
Com a meta de encerrar o ano com um aumento de 110% em suas vendas, a loja virtual de decoração PortCasa vem apostando no marketing digital como principal ferramenta para o desenvolvimento de sua marca. A loja online, que fechou o semestre com 137% de expansão em relação ao mesmo período do ano anterior, formou uma base de clientes composta por mais de 70 mil nomes, que recebem quase diariamente campanhas promocionais através de ações de email marketing, em um total de três milhões de envios mensais. Paralelo a isso, há investimentos no novo projeto do Mercado Livre, com foco em mídia gráfica a partir de palavras chave para aumentar a taxa de conversão em vendas. A loja virtual também faz parte do Buscapé para destaque na comparação de preços, uma vez que pratica promoções regularmente e, entre os planos de expansão, prevê a veiculação de banners no portal. Como parte da atenção ao universo digital, a companhia também já anuncia nos principais sites de decoração do mercado.

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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Azul testará bioquerosene derivado da cana em 2012
O uso da cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de combustíveis chegará à aviação. Foi assinado nesta quarta-feira, no Rio, memorando de entendimentos para a produção de bioquerosene de aviação derivada da cana. A ideia é que o voo teste com esse tipo de combustível renovável seja feito em 2012, pela Azul Linhas Aéreas. Firmaram intenções, no memorando, além da Azul, a Embraer, fabricante dos aviões E-Jet, usados pela companhia aérea; a GE (General Eletric), que fornece as turbinas dessas aeronaves para a Embraer; e a empresa americana Amyris Biotechnologies, que desenvolverá o bioquerosene.
Diretor-geral da Amyris, Roel Collier estima que a partir de 2013, já possa haver voos comerciais utilizando o combustível renovável. Ainda não está definido qual será o percentual do bioquerosene misturado ao QAV (Querosene de Aviação), que é derivado do petróleo. Mas o executivo calcula que será de, pelo menos, 20%, podendo chegar a até 50%. Collier comentou ainda que a projeção atual indica que o bioquerosene derivado da cana será mais barato do que o QAV. Ele, no entanto, ressaltou, que tudo dependerá do comportamento dos preços das matérias-primas desses combustíveis. "Além disso, o bioquerosene vai precisar passar por uma fase de desenvolvimento", afirmou.
Esse movimento em busca do bioquerosene está diretamente associado à busca de menores emissões de poluentes na atmosfera, ressaltou o diretor de Estratégias e Tecnologias para o Meio Ambiente da Embraer, Guilherme Freire. Atualmente, a aviação é responsável por 2% do gás carbônico deixado no ar. Com o ritmo de crescimento previsto para os próximos anos, essa proporção subiria para 3% em 2050.
Com o novo biocombustível, a expectativa é que as emissões caiam de 80% a 90%, se comparado ao QAV. Roel Collier acrescentou que os primeiros indícios apontam que o bioquerosene terá um aproveitamento energético superior ao do QAV. "Outra vantagem seria reduzir a volatilidade do preço do combustível para uma companhia, devido às oscilações do petróleo. Os custos com combustível representam de 30% a 40% do total de uma empresa", observou.
Vice-presidente operacional da Azul, Miguel Dau disse que não estão previstos ajustes nos motores dos aviões da companhia para receber o bioquerosene. A previsão é que o voo teste utilize, em um tanque, o QAV; no outro, será colocado o combustível renovável. Ele salientou que a utilização do bioquerosene, em escala comercial, dependerá do retorno econômico e operacional para a empresa. "A qualidade tem que ser, pelo menos, igual. Não posso encher o tanque do meu avião e ter menos autonomia", afirmou.
Sobre a Azul - Em relação à companhia, Dau mostrou-se satisfeito com a perspectiva para o mercado em 2010, e admitiu que a entrega de novos jatos Embraer 190 e 195 possa ser antecipada. A Azul fechará 2009 com 14 aviões, e estão previstos mais sete no ano que vem. "Estou otimista com o cenário econômico", comentou. Dau disse também que a empresa vem apresentando taxas de ocupação acima da média do mercado. Em outubro, 87,2% dos assentos estava ocupados, informou. Em alguns dias, destacou, essa média chegou a 94%. "Nosso pessoal operacional está se desdobrando para atender a toda essa demanda, e tudo vem correndo normalmente."


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TELECOM & ENERGIA


São Paulo / SP
Oi terá R$4,4 bilhões do BNDES para plano de investimento
O Bndes - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - aprovou financiamento de R$ 4,4 bilhões para o grupo de telecomunicações Oi, informou nesta quarta-feira a instituição financeira. Os recursos, segundo o banco, serão direcionados aos planos de investimento das quatro empresas do grupo - Brasil Telecom (BrT) Fixa, Brasil Telecom Móvel, Oi Fixa e Oi Móve - no período de 2009 a 2011. O grupo, segundo comunicado do BNDES, investirá R$ 12,3 bilhões até 2011 "na ampliação da base de clientes por meio de expansão e melhoria da qualidade da rede e intensificação do uso da rede, principalmente a partir da convergência dos serviços prestados; e atendimento às obrigações das concessionárias definidas pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações". No caso da operação de telefonia fixa, as principais metas estabelecidas pelo órgão regulador, conforme o comunicado, são implantação de infraestrutura para conexão em banda larga em mais de 3 mil municípios até 2010 e instalação de Internet rápida nas 28 mil escolas públicas urbanas do País. O grupo também terá de investir em convergência de redes e melhoria dos serviços integrados. "Parte dos recursos será destinada, ainda, para a expansão de capacidade da rede, a partir da entrada da Oi Móvel em São Paulo", acrescenta o comunicado. Já na operação móvel, os aportes têm por objetivo levar cobertura a todos os municípios brasileiros com mais de 200 mil habitantes até 2011 e acesso móvel à Internet a 60 por cento dos municípios brasileiros até 2016. O BNDES informa ainda que, nos últimos 11 anos, aprovou financiamentos totais R$ 29,4 bilhões para o setor de telecomunicações, segundo maior empregador de mão de obra do País. (Agência Reuters)

Londres / Inglaterra
British Telecom entra na telefonia fixa no Brasil
A BT
lança na próxima semana seu serviço de telefonia fixa (STFC) local e de longa distância (código 47) no Brasil. Até o final de 2009, o atendimento será restrito à capital paulista, estendendo-se para as outras regiões do País a partir de 2010. Segundo o diretor geral para o Brasil da BT, Sérgio Paulo Gallindo, a intenção é atuar nacionalmente apenas com clientes corporativos. O objetivo é complementar a oferta integral de gerenciamento de redes (chamada Unified Communications), que já inclui, atualmente, linhas de dados (MPLS e fibra), enlaces de rádio e satélite (desde a compra da Comsat, em 2007), além de parcerias com operadoras de telefonia celular. Desse modo, o cliente passará de uma rede para outra, de forma automática e transparente, explica Gallindo.
A BT Brasil é o braço local da BT Global Services, que envolve todas as atividades da British Telecom fora do Reino Unido. Na América Latina, seu volume de negócios será da ordem 300 milhões de dólares, na estimativa para o ano fiscal que se encerra em março de 2010, equivalente a um crescimento estimado de 20% em relação ao ano anterior. Um dos grandes contratos fechados pela unidade brasileira em 2009 foi com o grupo Pão de Açúcar, para serviços de conectividade em diversas gamas de tecnologia. De acordo com dados do site Teleco, o Brasil representa da ordem de 50% dos negócios da região, e está entre os principais centros de global sourcing do mundo, como Índia, Budapeste e China. A empresa também deve trazer ao País, em breve, a estratégia para computação em nuvem
e virtualização anunciada no Reino Unido há pouco mais de um mês. O VDC Vitual Data Center, como foi batizado, usa servidores de última geração, blade, software de virtualização, armazenamento compartilhado, entre outras soluções que prometem grande economia de consumo de energia. (Agence Frence Presse / AFP)


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MERCADO DE LUXO

Washington / EUA
Iates de Madoff são leiloados por US$ 2 milhões
Iates que pertenciam ao megafraudador Bernard Madoff foram vendidos por US$ 2 milhões durante um leilão em Nova York, anunciaram os organizadores. Os barcos "Bull", "Sitting Bull" e "Little Bull" foram vendidos por US$ 1,041 milhão durante um leilão organizado no porto de Fort Lauderdale, na Flórida (sudeste dos EUA), destacou a National Liquidators em comunicado. Outro iate que pertencia a Frank DiPasquali, o diretor financeiro da Madoff Investment Securities, foi vendido por US$ 950 milhões. Além disso, um carro esportivo alemão em nome da mulher de Madoff foi vendido por US$ 30 mil. "O leilão atraiu candidatos sérios, interessados na boa qualidade dos barcos", declarou Bob Toney, presidente da National Liquidators, em comunicado. Segundo a polícia, o faturamento do leilão "superou amplamente as previsões". O dinheiro arrecadado será cedido às vítimas de Madoff. No entanto, a quantia conseguida é irrisória se comparada aos US$ 21,2 bilhões - sem juros - que custou o esquema de fraude em grande escala armado pelo ex-gestor de fundos nova-iorquino. Um leilão de objetos pessoais do casal Madoff permitiu arrecadar US$ 1 milhão sábado passado em Nova York. Após a venda de uma casa de praia em Long Island, no estado de Nova York (nordeste dos EUA), por US$ 9,4 milhões, estão disponíveis para a venda outra casa em Palm Beach, na Flórida, e um duplex em Manhattan. Condenado em junho a 150 anos de prisão, Bernard Madoff, 71, está cumprindo pena em uma penitenciária perto de Raleigh, na Carolina do Norte (sudeste dos EUA). (Agence France Presse / AFP)


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