Edição 229 | Ano II


Brasília / DF
Brasil gera 230 mil empregos e tem melhor outubro da história
O mercado formal brasileiro registrou a criação de 230.956 vagas em outubro deste ano, de acordo com dados do Caged - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, divulgados ontem, dia 16/11, pelo Ministério do Trabalho. É o melhor resultado da série histórica, que começa em 1992. No ano, foram registrados 1,163 milhão de empregos de janeiro a outubro deste ano. No mesmo período do ano passado, foram criados 2,147 milhões. No mês de setembro, o número de vagas criadas compensado as perdas com a crise, que somam cerca de 800 mil vagas. Outubro foi o nono mês consecutivo em que há crescimento de vagas, puxado principalmente pela indústria de transformação. O saldo de empregos de outubro é resultado da contratação de 1,43 milhão e demissão de 1,2 milhão de pessoas e ficou 0,70% acima do estoque de assalariados de setembro. Na semana passada, o ministro do Trabalho Carlos Lupi, já havia antecipado a criação de mais de 1 milhão de vagas neste ano número de vagas que o ministro havia previsto para todo o ano de 2009. Em 2008 foram criadas 1,45 milhão de vagas.
Setores - O setor da indústria da transformação (vestuário, automóveis, alimentos e outros) foi o que mais gerou empregos, com saldo positivo de 74.552 postos, crescimento de 1% em relação ao mês anterior. Segundo o ministério, o resultado é recorde para outubro. "Isso é só a constatação do que vínhamos dizendo, a indústria segurou suas contratações, fez demissões precipitadas e agora está tendo que fazer fortes contratações para repor os estoques", disse Lupi. Em seguida, está o setor de serviços, com 69.581 novos postos (crescimento de 0,53%). No comércio, o saldo foi positivo em 68.516 vagas (+0,95%) e, na construção civil, em 26.156 empregos (+1,24%). Já a agropecuária registrou o fechamento de 11.569 postos de trabalhos, principalmente por conta da entressafra no Sudeste do país.
Regiões - A região Sudeste liderou a geração de empregos, tendo sido criados 108.035 postos de trabalho, 69.146 em São Paulo. Em seguida vem o Nordeste, com 49.334 postos, recorde para o mês na região. No Sul foram criadas 49.165 vagas, no Norte, 15.130 e, no Centro-Oeste, 9.292 vagas. (Agência Folha)

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras deve superar investimentos previstos para 2009
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem. Dia 16/11, que seguramente a companhia superará os investimentos de R$ 60 bilhões que havia previsto fazer em 2009. Sem querer fazer projeções sobre de quanto será a ampliação deste valor, Gabrielli destacou que até o final do terceiro trimestre, segundo o balanço divulgado na última sexta-feira, os investimentos tinham atingido R$ 50 bilhões. O executivo lembrou que os projetos da companhia passam por vários estágios e conforme são detalhados há uma revisão dos valores a serem aplicados. Segundo ele, no próximo ano começam a ser apresentadas à ANP - Agência Nacional do Petróleo - as declarações de comercialidade do pré-sal. No momento, disse Gabrielli, já existem 35 planos de desenvolvimento de áreas sendo tocados. Em entrevista coletiva durante a Conferência Internacional de Geofísicos, ontem no Rio, o presidente da Petrobras também destacou que está mantida pela estatal a meta de produção para este ano, de 2,05 milhões de barris por dia. "Há uma margem de erro nesta meta que prevê uma diferença de 2,5% para cima e de 2,5% para baixo." "Certamente estaremos nesta faixa", frisou. A projeção contraria as perspectivas de analistas do mercado que, desde julho, afirmam que há já não há mais como atingir esta meta, mesmo com todas as plataformas que entraram em operação elevando sua produção. Até o final de setembro, a média diária estava em 1,963 milhão de barris. Gabrielli destacou a importância da retomada do Teste de Longa Duração em Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, dizendo que somente a partir do detalhamento desta área é que a companhia vai poder "entender melhor as condições geológicas do pré-sal para poder desenvolver a tecnologia necessária à produção na área". Ele deu palestra para apresentar as perspectivas do pré-sal a uma plateia composta principalmente por técnicos estrangeiros que estiveram no evento para conhecer melhor esta nova fronteira geológica. "É natural o interesse, afinal é a principal descoberta no mundo nas últimas décadas", comentou. (Agência Estado)

Rio de Janeiro / RJ
Presidente da Vale diz não se arrepender por decisões tomadas durante crise
O presidente-executivo da mineradora Vale, Roger Agnelli, afirmou ontem no final do dia 16/11, que não se arrepende das decisões que teve que tomar na empresa durante a crise, como cortes em investimentos e adiamentos de projetos, que desagradaram o governo federal e abriram uma crise no relacionamento entre a empresa e a Presidência da República. Questionado por participantes de um seminário sobre governança corporativa sobre como foi a gestão da companhia no auge da crise econômica global, Agnelli afirmou que os ajustes foram necessários. "A empresa entrou na crise capitalizada, graças a Deus, mas teve que ajustar a velocidade do crescimento e tomou porrada por isso. Mas tínhamos a visão do que era necessário fazer. Não nos arrependemos", disse o executivo. "Pode ter havido boatos, fofocas, mas o que vale são os fatos. A empresa está bem, a empresa está forte." O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas públicas a algumas decisões tomadas pela mineradora, como demissões e paralisações de investimentos, durante a crise. Lula queria maior iniciativa da companhia em áreas como siderurgia. A tensão se dissipou parcialmente com a divulgação, recentemente, do novo plano de investimentos da mineradora para 2010, que mostrou elevação dos gastos. Durante o debate no evento, Agnelli também foi questionado se a Vale poderia obter o progresso que obteve se continuasse sob controle do Estado. "Acho que seria muito difícil, principalmente pela cultura corporativa. É muito mais difícil mudar a cultura em uma companhia estatal", disse. Em rápida conversa com jornalistas ao final da apresentação, Agnelli afirmou esperar por uma negociação mais favorável sobre preços de minério para o próximo ano, já que o mercado está em recuperação, mas evitou falar em números. (Agência Reuters)

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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
IGP-10 desacelera para 0,07% em novembro
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de novembro desacelerou para 0,07%, após subir 0,10% em outubro. A informação foi divulgada hoje pela FGV - Fundação Getúlio Vargas -, que calcula o índice inflacionário. No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de novembro também houve desaceleração. O Índice de Preços por Atacado - 10 (IPA-10) subiu 0,08% em novembro, em comparação com a alta de 0,09% no mês passado.
Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10) teve elevação de 0,02% este mês, após registrar alta de 0,11% em outubro. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - 10 (INCC-10) apresentou avanço de 0,11% em novembro, em comparação com a elevação de 0,20% em outubro. Até novembro, o IGP-10 acumula quedas de 1,62% no ano e de 1,59% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 desse mês foi do dia 11 de outubro a 10 de novembro.


Da redação - São Paulo / SP
Preços ao consumidor aceleram e sobem 0,20% na 2ª prévia
O IPC-S - Índice de Preços ao Consumidor – Semanal - acelerou e subiu 0,20% na segunda leitura prévia deste mês, taxa 0,10 p.p (ponto percentual) acima da apurada na última divulgação. Trata-se do maior avanço desde a primeira semana de outubro, quando houve alta de 0,25%. Os dados foram divulgados ontem, dia 16/11 pela FGV - Fundação Getulio Vargas.
Contribuíram para o avanço da taxa os preços nos grupos Alimentação (-0,62% para 0,01%) e Despesas Diversas (-0,38% para -0,16%), com destaque para os itens: hortaliças e legumes (3,80% para 6,98%), frutas (-5,87% para -2,49%) e alimento para animais domésticos (-1,57% para 0,30%). Já os preços nos grupos Habitação (0,41% para 0,29%), Transportes (0,80% para 0,56%), Vestuário (0,65% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,23% para 0,14%) e Educação, Leitura e Recreação (0,21% para 0,17%) desaceleraram, com destaque para os itens: gás de bujão (1,53% para 1,09%), álcool combustível (10,52% para 8,37%), roupas (0,70% para 0,43%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,19% para -0,20%) e jornais (-0,50% para -0,82%). A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 22, divulgada no dia 23 deste mês. (Fonte: Assessoria FGV)

São Paulo / SP
Taxa de administração de fundos de investimento pode subir
O temor de que os fundos sofressem valiosa perda de recursos para a poupança parece ter ficado para trás. Com os juros no piso, a Bolsa de Valores em alta e o desinteresse dos aplicadores em migrar dos fundos para a poupança, os bancos demonstram ter dado o assunto por encerrado. E não adianta o investidor ainda esperar por taxas de administração menores. As taxas de administração, que haviam se tornado uma das vilãs nos últimos meses, estão paradas há algum tempo. E, em alguns casos, como nos fundos de ações e multimercados, têm chegado a registrar pequenas altas. Nos fundos de ações, a taxa de administração média saiu de 2,18% em julho para 2,22% em setembro. No caso dos fundos multimercados, foi de 1,43% para 1,46% no período. "Os bancos passaram tranquilos pelo risco de migração para a poupança. Talvez se os juros básicos tivessem continuado em queda, tivéssemos visto outra realidade", diz William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV.
Os dados da Anbima - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais - mostram que nos fundos DI, que é a categoria que sofre mais de perto os efeitos da Selic cadente, a taxa de administração variou de 0,98% no fim do primeiro semestre para 0,97% em setembro. O que os bancos fizeram de efetivo durante o período mais crítico, no primeiro semestre, foi mexer nas taxas de administração de forma indireta, ao diminuir a aplicação mínima inicial de muitos fundos. Dessa forma, deram ao cliente a oportunidade de, com os mesmos recursos que possuía, encontrar um tipo de fundo que cobrasse taxa menos elevada.
Antônio Cássio Segura, gerente-executivo da área de varejo do BB, diz que o investidor de médio porte, que costuma aplicar em fundos, "chegou a olhar para a poupança, mas acabou por manter suas aplicações onde estavam". "O temor de que houvesse migração não se concretizou", diz Segura. O mercado projeta que a taxa Selic -referência para os juros praticados no mercado, inclusive nas aplicações- começará a subir em 2010. Hoje a Selic está em 8,75%. Para o fim de 2010, o mercado trabalha com a expectativa de 10,50%.
Quando a Selic começou a acelerar o processo de queda, ainda no primeiro trimestre, se começou a especular que os investidores trocariam os fundos pela poupança que, por não cobrar nem taxa de administração nem IR, se tornaria mais competitiva. Naquela época, o governo começou a dar sinais de que estaria disposto a passar a cobrar IR da poupança para tentar equilibrar o jogo. A taxa de administração está presente nos fundos e costuma oscilar entre 1% e 3%. Quanto menor a rentabilidade da aplicação, mais pesada fica, proporcionalmente, a taxa de administração cobrada. "O mercado deu um alívio para os gestores, que com certeza há não muito tempo estavam preocupados com o risco de perderem aplicações. Não houve a forte migração para a poupança que se esperava, os juros parecem que chegaram a seu piso e a Bolsa voltou a subir com força", diz Mauro Calil, do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil & Calil.
Captação de recursos - A caderneta de poupança captou cerca de R$ 17 bilhões em recursos neste ano. No segmento de fundos, as categorias que se destacam no ano são os multimercados, que acumulam captação de R$ 32,1 bilhões, seguidos pela renda fixa, que atraiu R$ 9,8 bilhões, e as ações, com R$ 2,3 bilhões. Os fundos DI ainda estão no vermelho em 2009, com saques batendo aplicações em R$ 5,01 bilhões. Mas a categoria tem demonstrado poder de recuperação: nos primeiros dez dias do mês já captou R$ 1,2 bilhão. (Agência Estado)

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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

São Paulo / SP
Lucro da Bradespar cai 73,4% no 3º trimestre
A Bradespar, empresa que possui participações acionárias em outras companhias, registrou lucro líquido de R$ 186,452 milhões no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma queda de 73,4% em relação aos ganhos de R$ 699,728 milhões obtidos em igual período do ano passado, mesmos números e variações do resultado operacional. A linha financeira negativa caiu 51,43%, para R$ 13,881 milhões. O resultado da equivalência patrimonial passou de R$ 733,758 milhões para R$ 203,417 milhões.


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Bolsas asiáticas fecham em ligeira queda
- Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong. O índice Hang Seng perdeu 29,83 pontos, ou 0,1%, e terminou aos 22.914,15 pontos.
- Já as Bolsas da China fecharam em ligeira elevação. As ações de empresas farmacêuticas lideraram a alta, com expectativas de fortes vendas durante o inverno, mas as preocupações sobre um possível aperto na política monetária reduziram os ganhos do mercado. O índice Xangai Composto subiu 0,2% e encerrou aos 3.282,89 pontos. O índice Shenzhen Composto ganhou 0,3% e terminou aos 1.185,17 pontos.
- A Bolsa de Taipé, em Taiwan, apresentou queda. O índice Taiwan Weighted caiu 0,8% e encerrou aos 7.733,21 pontos.
- O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em ligeira queda, devolvendo os ganhos iniciais. O índice recuou 0,4% e fechou aos 1.585,98 pontos, pressionado pela notícia de que os credores da Hynix Semiconductor podem vender em bloco sua participação coletiva de 28% na empresa se uma oferta pública não for bem-sucedida.
- Na Austrália, as perdas com ações de bancos anularam os ganhos com as mineradoras, e o índice S&P/ASX 200 teve queda de 0,5% e fechou aos 4.729,4 pontos.
- Nas Filipinas, o índice PSE da Bolsa de Manila avançou 0,7% e fechou em 3.032,09 pontos.
- A Bolsa de Cingapura teve baixa, pressionada por realizações de lucros na ausência de novos estímulos. O índice Straits Times recuou 0,7% e fechou aos 2.764,95 pontos.
- O índice composto da Bolsa de Jacarta subiu 0,2% e fechou aos 2.473,79 pontos, com ganhos nos papéis de bancos, algumas mineradoras, segundo traders, por conta de expectativa de inflação baixa em novembro.
- O índice SET da Bolsa de Bangcoc encerrou estável, afetado pelo declínio no índice Dow Jones futuro, da cotação do petróleo cru na Nymex e pelo sentimento em alguns mercados europeus.
- O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, teve alta de 0,1% e fechou aos 1.279,95 pontos, embora abaixo da alta recorde intraday devido a realizações de lucros.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão de hoje em queda de 25 pontos (0,46%), aos 5.357,7. O barril de petróleo Brent para entrega em janeiro apresentava baixa na abertura do Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e estava cotado a US$78,61, US$0,15 menos que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu o pregão de hoje em baixa de 0,25%, aos 5.790 pontos. O euro apresentava queda hoje na abertura do mercado de Frankfurt e estava cotado a US$1,4957, frente aos US$1,4976 de segunda-feira pela tarde. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$1,4965.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Paris abriu o pregão de hoje em baixa de 0,31%, aos 3.851,85 pontos.
- Roma / Itália - O índice íFTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu o pregão de hoje em alta de 0,23%, aos 23.566,86 pontos.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri abriu o pregão de hoje em baixa de 11,40 pontos (0,11%), aos 11.975.

ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Bovespa fecha em alta de 1,99% com otimismo externo
O mercado de ações doméstico acompanhou de perto o entusiasmo mundial com a bateria de notícias favoráveis de algumas das principais economias do planeta. O noticiário nacional reforçou esse bom humor, mostrando um mês Histórico de geração de empregos, junto com a percepção de que o País deve crescer mais em 2010. A taxa cambial cravou R$ 1,71.
- O Ibovespa subiu 1,99% no fechamento, aos 66.627 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 10,20 bilhões, inflado pelo vencimento de opções, que movimentou R$ 3,62 bilhões.
- O dólar comercial foi cotado por R$ 1,710, em queda de 0,69%.
- A taxa de risco-país marca 215 pontos, número 1,37% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - Opções são contratos que negociam direitos de compra ou venda de um ativo financeiro (no caso, ações), com prazo determinado para serem exercidos. No vencimento deste mês, a opção mais exercida foi a que determinava a compra da ação preferencial da Petrobras por R$ 35,83; a segunda mais exercida foi a opção de compra da ação preferencial da Vale por R$ 39,58. Nas últimos dois meses, a Bovespa ultrapassou os 67 mil pontos, "desinflou" até os 60 mil e hoje voltou a encostar nos 67 mil pontos (a pontuação máxima do dia foi 66.896 pontos). Para profissionais de mercado, a instabilidade da Bolsa é um sinal de que o mercado está cada mais "perigoso" para os investidores. "O que aconteceu de um mês para cá? A decisão do G20 de manter a política de dinheiro fácil. Isso significa que o mercado mundial está cheio de dinheiro barato, que está indo para a China, para o Brasil e os emergentes. O fluxo de capital está muito forte e contra isso, não há argumentos", comenta Antonio Cesar Amarante, gestor de investimentos da corretora Senso.
Análise 2 - "A Bolsa pode subir mais ainda, e atingir patamares ainda maiores? Creio que sim. Agora, tudo o que sobe muito rápido, corrige rapidamente. Quando houver a primeira sinalização de que os juros vão começar a subir no mundo, o dinheiro fácil deve acabar", sintetiza. O gestor teme que essa sinalização pode ter início já no primeiro trimestre de 2010, principalmente por conta da recuperação dos PIBs e os balanços satisfatórios entregues pelas empresas no trimestre. "Estamos atentos às implicações das mudanças no valor do dólar e continuaremos a formular políticas contra riscos às tarefas de estimular a criação de empregos e manter a estabilidade dos preços", disse ele. Análise 3 - No front doméstico, o Ministério do Trabalhou registrou a criação de 230.956 vagas em outubro. Trata-se do melhor resultado da série histórica iniciada em 1992. No ano, foram registrados 1,163 milhão de empregos. O boletim Focus, do Banco Central, mostrou a maioria dos economistas do setor financeiro revisou para cima as projeções para o crescimento da economia neste ano e em 2010. Para 2009, a projeção de alta do PIB - Produto Interno Bruto - foi ajustada de 0,20% para 0,21%. No caso de 2010, a mediana das estimativas atingiu 5% pela primeira vez neste ano. A inflação projetada, no entanto, caiu: para 2009, a estimativa do IPCA passou de 4,27% para 4,26%. Para 2010, o IPCA projetado é de 4,41%, contra 4,46% da semana anterior.
Análise 4 - E no final de semana, o governo japonês informou que a economia do país cresceu 1,2% no terceiro trimestre (4,8% em base anual), acima das expectativas do mercado financeiro. Na sexta-feira à noite, a Petrobras revelou que teve um lucro líquido de R$ 7,303 bilhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 26% frente ao que havia sido verificado de julho a setembro de 2008. A ação preferencial valorizou 0,67% no pregão de ontem, dia 16/11. E a Vivendi elevou sua oferta pela empresa brasileira de telefonia GVT, ao oferecer R$ 56 por ação, e adquirindo quase 58% do capital dessa companhia. O conglomerado francês estava em disputa pela GVT com o grupo espanhol Telefônica. A operação ainda precisa passar pelo crivo do Cade - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. A ação ordinária da GVT teve alta de 2,73% na Bovespa.

Nova Iorque / EUA
Bolsas de Nova York sobem e atingem maior nível em 13 meses
As Bolsas americanas fecharam em alta o pregão de ontem, dia 16/11, refletindo o otimismo dos investidores depois da alta nas vendas no varejo no país em outubro e com o discurso do presidente do Fed - Federal Reserve - Ben Bernanke, que garantiu a manutenção da atenção do órgão para evitar o risco de inflação.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse fechou com alta de 1,33%, para 10.406,96 pontos, o que lhe rendeu a melhor pontuação desde outubro do ano passado.
- Enquanto o ampliado S&P 500 ganhou 1,45%, para 1.109,30 unidades.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite apresentou avanço de 1,38%, para 2.197,85 pontos.
- O índice Empire State, apurado pelo Fed de Nova York, ficou em 23,5 pontos neste mês, contra 34,6 em outubro. Os indicadores referentes a novas encomendas e embarques de mercadorias também tiveram recuos. O indicador referente ao mercado de trabalho no setor desacelerou.
Análise 1 - Bernanke disse que, embora o crescimento da economia dos Estados Unidos deva continuar em 2010, a expansão será menos robusta que o esperado. O titular do Fed, no entanto, reafirmou que a instituição continua a monitorar riscos de inflação na combalida economia americana. "Estamos atentos às implicações das mudanças no valor do dólar e continuaremos a formular políticas contra riscos às tarefas de estimular a criação de empregos e manter a estabilidade dos preços", disse ele. Para os investidores, este foi um sinal de que o Fed deverá manter as taxas de juros baixas por mais tempo - o que atrai os investidores para o mercado acionário. Também foi visto positivamente a alta das vendas no varejo, que subiram 1,4% no mês de outubro. O desempenho superou as expectativas dos analistas, que previam um ganho de 0,8%. Excluídas as vendas de veículos, no entanto, o desempenho ficou quase estável, com variação positiva de apenas 0,2%. A expectativa dos analistas nessa leitura era de uma alta de 0,4%. Além disso, o Departamento do Comércio ainda revisou o desempenho de setembro, que ficou pior que a leitura inicial: o declínio naquele mês foi de 2,3%, contra um dado preliminar de queda de 1,5%.
Análise 2 - Os dados ofuscaram a desaceleração na atividade do setor manufatureiro no Estado de Nova York, como mostrou o índice Empire State, divulgado pelo Federal Reserve de Nova York (uma das 12 divisões regionais do Fed). O índice Empire State, apurado pelo Fed de Nova York, ficou em 23,5 pontos neste mês, contra 34,6 em outubro. Os indicadores referentes a novas encomendas e embarques de mercadorias também tiveram recuos. O indicador referente ao mercado de trabalho no setor desacelerou.
Análise 3 - Segundo o sócio-gerente do Harris Financial Group, Jamie Cox, a alta nas vendas no varejo é um bom sinal e ganha destaque com a aproximação da temporada de vendas de fim de ano --principalmente por já não ter a influência de benefícios fiscais e estímulos do governo, presentes em meses anteriores. Embora esteja melhorando, no entanto, o desempenho ainda é fraco, disse Cox à agência de notícias AP - Associated Press. Entre as notícias corporativas, o destaque foi a divulgação do resultado trimestral da montadora americana GM - General Motors. A empresa informou que perdeu US$ 1,2 bilhão no trimestre passado. Foi o primeiro balanço trimestral da montadora após o anúncio de saída da concordata. A perda é menor que a verificada em trimestres anteriores e foi recebida por analistas como sinal de que a empresa começa a se recuperar da crise em que se encontra.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham em alta com dólar fraco
Os principais índices das bolsas europeias fecharam o dia de ontem, dia 16/11, em firme alta, impulsionadas pelo retorno dos investidores após indicadores econômicos favoráveis. O Japão, que anunciou uma expansão do PIB - Produto Interno Bruto - bem acima do esperado no terceiro trimestre, abriu a rodada, que foi seguida pelos números mais fortes que o estimado de vendas no varejo nos EUA.
- Em Londres, o índice FT-100 subiu 86,29 pontos (1,63%) e fechou com 5.382,67 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 avançou 57,15 pontos (1,50%) e fechou com 3.863,16 pontos.
- Em Frankfurt, o índice Dax-30 subiu 117,99 pontos (2,07%) e fechou com 5.804,82 pontos.
Análise 1 - O setor de recursos básicos teve destaque ontem, com o ouro renovando a máxima do ano com base na fraqueza do dólar, que também deu impulso aos metais básicos. As ações da ArcelorMittal fecharam em alta de 4,3%, as da Rio Tinto avançaram 5,49% e as da Randgold Resources subiram 4,82%. A atividade de fusão e aquisição ajudou a impulsionar o mercado. No Japão, a Canon fez uma oferta de 730 milhões de euros em dinheiro para comprar a fabricante holandesa de impressoras Oce. As ações da Oce dispararam 70% na Bolsa de Amsterdã. As montadoras também tiveram um bom desempenho, beneficiados pelo aumento de 11,2% no registros de novos carros de passageiros na Europa em outubro: Peugeot 4,48%, Renault 3,16%, Daimler 4,40% e Volkswagen 1,14%.
Análise 2 - A gigante EADS - European Aeronautic Defense & Space -, fabricante dos aviões Airbus, subiu 4,56%, depois de informar que saiu de um lucro para um prejuízo líquido de 87 milhões de euros no terceiro trimestre, mas manteve sua meta de novas encomendas para suas operações do Airbus no ano fiscal. "A forte reserva de estoques de pedidos e a sólida posição em dinheiro permanecem pontos fortes fundamentais", disseram analistas do Commerzbank. As ações da norueguesa Tandberg subiram 3,55% depois que a americana Cisco Systems aumentou sua oferta pela companhia para 19 bilhões de coroas norueguesas (US$ 3,4 bilhões), em uma tentativa de tentar superar a resistência dos acionistas. Por outro lado, as ações da gigante Vivendi caíram 2,57%, depois que a companhia aumentou sua oferta pela brasileira GVT Holding. A Vivendi elevou sua oferta de R$ 42 por ação para R$ 56 por ação, superando a proposta de R$ 50,50 por ação da espanhola Telefónica. Em Madri, as ações da Telefónica subiram 0,60%.

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MERCADO FINANCEIRO


Miami / EUA
BicBanco receberá 1º empréstimo de programa de financiamento do BID
O BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento - anunciou ontem, dia 16/11, em Miami que fará o primeiro empréstimo de um programa de financiamento para o comércio exterior ao banco brasileiro BicBanco. A empresa receberá um crédito de até US$ 50 milhões por meio do TFFP - Programa de Facilitação do Financiamento para o Comércio Exterior. O anúncio foi feito durante a 43ª Assembleia Anual da Felaban - Federação Latino-Americana de Bancos -, realizada ontem e hoje em Miami com a presença de quase 1,4 mil banqueiros. A chefe da Divisão de Mercados Financeiros do BID, Daniela Carrera-Marquis, destacou o fato de o BicBanco ter obtido o primeiro empréstimo sob o TFFP, "dado que a instituição brasileira foi a primeira a utilizar as garantias do programa". O vice-presidente executivo do BicBanco, Paulo Celso del Ciampo, disse que o BID "tomou a sábia decisão de fornecer empréstimos sob este programa". "Isto dá aos bancos emissores uma segurança muito necessária de que, inclusive em tempos difíceis, podem contar com um parceiro sólido como fonte estável de financiamento ao comércio exterior para seus clientes", acrescentou. O BID informou também que Citibank, Standard Chartered e Wachovia se juntaram ao TFFP por meio de um acordo de participação segundo o qual serão "bancos confirmantes" e poderão fornecer "financiamento adicional na forma de empréstimos 'B' para complementar os empréstimos do BID". Os bancos estão em conversas com o BID para participar da transação do BicBanco. O programa foi lançado com o objetivo de dar garantias de crédito parciais para impulsionar o financiamento do comércio exterior em empresas latino-americanas e caribenhas. O TFFP formou uma rede de 59 bancos emissores e 222 "bancos confirmantes" na América Latina, América do Norte, Europa, Ásia e África. O programa já apoiou mais de 830 transações envolvendo mais de US$ 800 milhões e a maioria dos beneficiados foram pequenos exportadores, "já que três em cada quatro operações foram de menos de US$ 1 milhão". Em resposta à crise econômica global, o BID ampliou o TFFP até um máximo de US$ 1 bilhão, frente ao limite original de US$ 400 milhões. O programa também foi modificado para incluir empréstimos e para apoiar transações em moedas diferentes do dólar. (Agência EFE)


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Metas para inflação foram importantes contra a crise
O presidente do BC - Banco Central -, Henrique Meirelles, defendeu ontem, dia 16/11, o regime de metas para a inflação, e ressaltou que o modelo utilizado pelo Brasil foi o mais adequado para enfrentar a crise. Meirelles alfinetou os críticos do sistema, e destacou que o BC segue "inequivocamente" comprometido com o regime de metas. "Analistas mais afoitos e menos informados chegaram a dizer que o regime de metas não seria suficiente para permitir a superação da crise. No entanto, os dados de atividade mais recentes mostram enfaticamente que este é um regime extremamente adequado para enfrentar crises além do período de normalidade", afirmou, durante em videoconferência, durante abertura de seminário sobre os 30 anos de implementação da taxa Selic, na sede do BC, no Rio. Para Meirelles, o regime de metas é flexível, mas não permite "ambiguidade de propósitos". Sobre a taxa Selic, o presidente do BC comentou que a mesma é dinâmica, e garante a infraestrutura necessária para a negociação de títulos públicos. "A taxa Selic é um dos alicerces do sistema financeiro. Ela possibilita à autoridade monetária uma atuação mais segura", observou.


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INDÚSTRIA


São Paulo / SP
OGX anuncia reservas de mais 500 mi barris em Campos
A petroleira OGX anunciou ontem a tarde, dia 16/11, uma nova descoberta de hidrocarbonetos na bacia de Campos, estimando de 400 a 500 milhões de barris de óleo equivalente (boe) o volume recuperável dos reservatórios no local. Com isso, o volume recuperável de petróleo e gás que a empresa estima existir em apenas dois blocos que opera na bacia de Campos pode chegar a 2 bilhões de barris. De acordo com comunicado enviado pela OGX ao mercado, foram encontrados hidrocarbonetos em reservatórios no poço 1-OGX-2A-RJS, no bloco BM-C-41, em águas rasas na parte sul da bacia de Campos."Como esperávamos, identificamos novos níveis com óleo no poço OGX-2A, confirmando o grande potencial da área", afirmou o diretor geral da companhia, Paulo Mendonça, no comunicado. "A perfuração segue em andamento, uma vez que existem outros objetivos importantes e mais profundos a serem atingidos além dos já anunciados", acrescentou. Em outubro, a empresa, que é controlada pelo empresário Eike Batista, informou ter encontrado petróleo e gás no vizinho bloco BM-C-41, onde estimou reservas recuperáveis de 500 milhões a 1,5 bilhão de boe.A empresa informou ainda em outubro a presença de hidrocarbonetos no bloco BM-S-29, na bacia de Santos, operado pela sócia Maersk e no qual a participação da OGX é de 65 por cento. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Guarani investirá R$ 31 mi na produção de açúcar
A Açúcar Guarani continua com seu foco na produção de açúcar para a próxima safra 2010/11. Segundo o presidente da empresa, Jacyr Costa Filho, serão investidos R$ 31 milhões para que a produção de açúcar já se eleve na próxima safra. Costa explica que um investimento de aproximadamente R$ 9 milhões será realizado para aumentar a capacidade de moagem da unidade São José dos atuais 2,6 milhões para 3,2 milhões de toneladas. Além disso, serão investidos R$ 22 milhões na construção de uma nova fábrica de açúcar na unidade Tanabi, para a produção adicional de 110 mil toneladas por ano. A unidade Tanabi, atualmente uma destilaria, passará a partir do próximo ano a apresentar um mix de produção de 50% açúcar e 50% etanol. Esses são os principais investimentos programados para o curto prazo em virtude da forte disciplina que a empresa está mantendo no momento, voltando-se para o aumento da capacidade de produção de açúcar, a redução de custos e a eliminação de gargalos industriais. A companhia investiu R$ 65 milhões no primeiro semestre de 2009, registrando uma redução de 55,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. "A expectativa é de que os preços do açúcar continuem remuneradores na próxima safra e queremos aproveitar o momento", disse o executivo. Segundo Costa, o sentimento é de que, com a manutenção de preços elevados de açúcar e a recente alta do preço do etanol, a Guarani registre um bom resultado também nos próximos dois semestres em virtude da formação de estoques tanto de açúcar como de etanol. "No primeiro semestre do ano, preferimos fazer estoques que serão vendidos agora na entressafra, que começa em dezembro, e consequentemente teremos um aumento expressivo na receita", disse. Em 30 de setembro de 2009, os estoques de açúcar da Guarani eram de 270 mil toneladas. A dívida líquida da empresa ficou em R$ 1,075 bilhão no segundo trimestre de 2010, crescimento de 54,3% sobre igual período do ano anterior. Deste total, contudo, Costa lembrou que R$ 415 milhões são de dívidas contraídas com a controladora Tereos. A relação dívida líquida/Ebitda ajustado da Guarani foi de 4 vezes, permanecendo estável frente ao trimestre anterior. Desconsiderando-se os mútuos com o acionista controlador, a relação situou-se em 2,5 vezes. A dívida de curto prazo (dívida corrente menos caixa e equivalentes de caixa de curto prazo) representou 49,8% da dívida líquida total no final de setembro de 2009, frente a 36,7% em 30 de junho de 2009. (Agência Estado)

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AGRONEGÓCIOS


São Paulo / SP
JBS-Friboi quer fazer captação de até US$ 2,5 bilhões em até 30 dias
O grupo JBS-Friboi, maior processador mundial de carne bovina, deverá divulgar em 30 dias os termos de uma captação privada de até US$ 2,5 bilhões, informou o presidente da companhia, Joesley Batista, ontem a tarde, dia 16/11. "Os US$ 2,5 bilhões da captalização privada devem sair até o fim do ano e com o IPO [oferta inicial de ações] do JBS USA [de US$ 2 bilhões], serão US$ 4,5 bilhões, se o IPO funcionar", afirmou ele, durante conferência com investidores e analistas, comentando que os recursos seriam suficientes para reduzir o endividamento da empresa, mesmo considerando as dívidas de Bertin e Pilgrim's Pride, adquiridas em setembro.
Já o IPO está previsto para acontecer em janeiro, quando também será feito um "road show" para apresentar o plano aos investidores, que visa especialmente levantar recursos para melhorar a distribuição direta dos produtos da companhia. "Fazendo as contas, após [as compras da] Pilgrim's e Bertin, a alavancagem vai diminuir", disse Batista, considerando o dinheiro das captações e a melhora do mercado.
O presidente do JBS afirmou ainda que os negócios de carne bovina de Brasil, Estados Unidos e Austrália estão melhorando, o que deve ter um impacto positivo nos resultados da empresa já no quatro trimestre. "Vamos assistir a um quarto trimestre acima da sazonalidade histórica. O quarto trimestre vai ser bastante melhor do que no ano anterior", disse ele, lembrando que o último período de 2008 foi afetado fortemente pela crise financeira global. Ele ressaltou, entretanto, que vê uma "demora" na recuperação econômica da Europa.
Com relação à Rússia, um dos principais mercado para o JBS, o presidente do grupo disse que os preços da carne bovina estão em torno de US$ 3,3 mil por tonelada, ainda abaixo dos mais de US$ 4 mil anteriores à crise, mas bem acima dos US$ 2 mil logo após o surgimento dos problemas financeiros mundiais. "Hoje vendemos carne para a Rússia a US$ 3,3 mil com perspectivas de subir. À medida que vai depreciando o dólar globalmente, o preço tem que subir", acrescentou.
Frangos no Brasil - Batista indicou que dificilmente a empresa deverá entrar no mercado de frangos do Brasil, fortemente dominado pela Brasil Foods, empresa que surgiu depois da aquisição da Sadia pela Perdigão. "A Sadia e Pergidão aqui toma um tamanho grande, que para uma empresa como nós também grande, competir, começar lá pequenininho, é um negócio árduo, o Marfrig está tentando fazer isso, acho um negócio muito duro", afirmou. Ele desconversou ao ser questionado sobre a possibilidade de comprar o Independência, do ramo de bovinos, cujo processo de recuperação judicial foi recentemente aprovado. Batista considerou que a empresa ainda tem um endividamento relativamente elevado para ser adquirida pelo JBS. (Agência Folha)

São Paulo / SP
Dólar fraco e grandes safras deixam plantadores de soja em alerta
Um cenário de safras recordes nos maiores produtores mundiais de soja em 2009/10 deixa agricultores do Brasil em alerta, disseram analistas. Eles temem que os preços possam cair, apertando as margens já prejudicadas pelo câmbio do país, segundo do ranking global da oleaginosa. A situação só não é pior porque o dólar fraco no mercado internacional age como fator altista para os futuros da soja, com investidores aproveitando a fraqueza da moeda norte-americana no mundo para comprar commodities nela denominadas, o que acaba tendo também impacto positivo nas cotações domésticas. Entretanto, há dúvidas se a partir da concretização de uma grande safra na América do Sul os fundamentos eventualmente não passariam a ter maior peso nas decisões dos participantes dos mercados de futuros. "O produtor está temeroso com o cenário [de preços] da safra. Se esses níveis [de safra global] se confirmarem, vai ter muita soja no mercado. É um ano temeroso, os produtores estão com margens muito ajustadas em cenário com muita incerteza", afirmou o analista da Agroconsult Marcos Rubin.
Nas condições atuais, acrescentou Rubin, os preços ainda são compensadores para os produtores brasileiros, apesar do dólar estar sendo negociado perto de R$ 1,70. Com a fraqueza da moeda norte-americana no mercado internacional, a soja em Chicago, referência internacional, voltou a ser negociada acima de US$ 10 por bushel (medida americana que equivale a 27,2 quilos), apesar de os EUA estarem caminhando para o final da colheita de uma safra recorde da oleaginosa, acima de 90 milhões de toneladas.
Ao mesmo tempo, Brasil e Argentina plantam também para ter produções recordes, de 63 e 53 milhões de toneladas, respectivamente. Enquanto no Brasil tudo vai relativamente bem para o plantio, na Argentina há certa preocupação com a seca, embora os dados meteorológicos indiquem uma regularização das chuvas, afirmou Rubin. "A relação de estoque e uso de soja no mundo deve pular de 17% em 08/09 para 25% em 09/10. Esses números se tornando reais, a soja será negociada entre US$ 8,5 e US$ 9. Com esse preço e a expectativa de dólar abaixo de R$ 1,70, vai ter margem muito ajustada no Mato Grosso, no Paraná, mas ainda fecha a conta", declarou.
O analista explicou que isso só acontece pelo fato de os custos em 09/10 terem caído cerca de 20%, puxados principalmente pelos preços dos fertilizantes, que foram reduzidos mais de 35% em Mato Grosso, na comparação com os picos de 08/09. "Os custos (menores) acabaram compensando a queda dos preços. A conta fecha, mas não com folga", disse ele, estimando rentabilidade de R$ 180 por hectare em Mato Grosso, contra R$ 570 em 08/09 no mesmo Estado.
De acordo com outro analista, Eduardo Godoi, da Agência Rural, o Mato Grosso, com piores condições logísticas para o escoamento da safra, precisa de cotações em Chicago em patamares elevados para compensar o câmbio. "Nos dias em que o contrato março de Chicago passou de US$ 10, vimos gatilhos de negócios. Chicago acima de US$ 10, Mato Grosso vende, essa é a nossa leitura", destacou Godoi, lembrando que a comercialização antecipada da safra andou bem em outubro, num volume de 1,3 milhão de toneladas no mês passado, com os produtores aproveitando os melhores momentos do mercado. (Agência Reuters)

Brasília / DF
Metade do milho brasileiro pode ser transgênico em 2010
A expectativa é que mais da metade das plantas já serão geneticamente modificadas, com um gene embutido em seu DNA que as tornará resistentes ao ataque desses insetos. A safra de verão, que está sendo plantada agora, deverá ser 30% transgênica e a próxima, de inverno, 53%, segundo estimativas da consultoria Céleres.
Na safra anterior – primeira em que o milho transgênico pôde ser plantado legalmente no Brasil – a taxa de adoção foi de 19%. "A velocidade com que essa tecnologia está sendo adotada é surpreendente", avalia o economista José Maria da Silveira, professor da Universidade Estadual de Campinas e membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia, ONG ligada ao agronegócio. "Quem plantou uma vez vai plantar de novo", diz o agricultor João Carlos Werlang, presidente institucional da Abramilho - Associação Brasileira dos Produtores de Milho. Ele mesmo conta que plantou 40 hectares com transgênicos na safra passada, "só para experimentar". Este ano, vai plantar 250 hectares – a fazenda inteira. "O rendimento foi muito melhor do que com o milho convencional", afirma Werlang. "E o manejo é muito mais simples. Dá uma tranquilidade danada."
Onze tipos de milho transgênico já foram aprovados pela CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - desde 2007, mas só um tinha sementes disponíveis no mercado para a safra passada: o MON 810, da empresa Monsanto. Ele traz em seu DNA um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), responsável pela síntese de uma proteína que é tóxica para certos tipos de lagarta que atacam a lavoura – porém inofensiva para o homem e outros animais. Assim, a planta produz seu próprio inseticida orgânico. Quando a larva tenta se alimentar do milho, ela morre, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos. "A semente transgênica é mais cara, mas acaba compensando porque você usa menos inseticida", diz Werlang, cuja fazenda fica nos arredores de Brasília. A média na região, segundo ele, é de seis a oito aplicações de inseticida por plantio. Com o milho transgênico, ele acha que pode chegar a zero. "No ano passado eu fiz uma aplicação só por desencargo de consciência, mas nem precisava. O transgênico daria conta sozinho."
Outros dois milhos transgênicos estão disponíveis para esta safra: o Bt 11, da Syngenta, e o Herculex, da DuPont/Dow. Também foi aprovado recentemente o milho Bt11xGA21, da Syngenta, o primeiro que combina dois genes em uma mesma planta: um de resistência a lagartas e outro, de tolerância ao herbicida glifosato. Isso permite que o produto seja aplicado sobre toda a lavoura para o controle de ervas daninhas, sem prejudicar o milho. Nos Estados Unidos, 85% do milho plantado já é transgênico, com várias combinações de genes. Na Argentina, 60%.
No caso da soja, a previsão da Céleres é de que a porção de transgênicos na produção brasileira aumente de 65% na safra passada para 71%, na safra 2009-10. A soja transgênica é plantada legalmente no País desde 2003 e ilegalmente, desde o fim da década de 90, com sementes inicialmente contrabandeadas da Argentina. A única tecnologia disponível é a Roundup Ready (RR), da Monsanto, cuja liberação comercial no País foi bloqueada durante cinco anos – entre 1998 e 2003 –, por causa de ações judiciais movidas por organizações ambientalistas e de defesa do consumidor. Outras quatro variedades estão sendo avaliadas pela CTNBio, incluindo uma desenvolvida em parceria pela Embrapa e a Basf.
A soja RR tem o gene de uma bactéria que a torna resistente ao glifosato. No Rio Grande do Sul, onde o problema com ervas daninhas é mais grave, a adesão aos transgênicos é de quase 100%. Já em Mato Grosso, a soja convencional ainda é a mais plantada. A parcela de transgênicos no Estado foi de 42% na safra passada e poderá chegar a 48% neste ano, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A preferência deve-se a dois fatores, segundo o diretor executivo da Aprosoja - Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso -, Marcelo Monteiro. Um é a falta de variedades transgênicas bem adaptadas ao clima do Estado, onde a soja convencional é extremamente produtiva. Outro é a estratégia comercial de algumas empresas de produzir soja convencional para suprir nichos de mercado na Europa. É o caso do Grupo André Maggi, que "reservou" uma rota de escoamento e uma região inteira no oeste do Estado só para a produção de soja convencional. A empresa faz parte da recém-criada Abrange - Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados. "Não somos contra a tecnologia de forma alguma, desde que se respeite o direito do produtor de plantar o que quiser e o do consumidor, de comprar o que quiser", diz o engenheiro agrônomo Ivan Paghi, diretor técnico da Abrange. (Agência Estado)

Da redação - Porto Alegre / RS
Irga divulga números oficiais do plantio do arroz no RS
A evolução do plantio nas últimas semanas vem agradando especialistas e principalmente os produtores, fazendo com que os números atuais ficassem próximos de 2008, no mesmo período. Nesta semana, foi registrado 720.414 de área total, o que representa 65,92% de área semeada no Rio Grande do Sul. Nesta mesma época no ano passado, os números eram um pouco superiores: 816.033 ou 73,80% A intenção de plantio nesta temporada é de aproximadamente 1,090 milhão hectares e acontece até a metade de dezembro. As chuvas das últimas semanas fizeram com que o déficit hídrico das barragens da Fronteira Oeste e da Campanha animasse os produtores mesmo que ainda não tenha sido suficiente. Até agora, a região da Fronteira Oeste foi a que mais semeou: 241 mil hectares, 76,35% da área prevista. O engenheiro agrônomo do Irga em Uruguaiana, Gustavo Hernandes, ressalta que com a chuva das últimas semanas, a Fronteira Oeste ficou com capacidade hídrica de 83,6%. “Isso significa água para irrigar 263 mil hectares. Estamos com o mesmo ritmo de plantio do ano passado”, destaca.
Números oficiais da evolução do plantio no RS:
• Fronteira Oeste: 76,35% de 315,6 mil hectares
• Campanha: 69,68% de 164,5 mil hectares
• Depressão Central: 48,25% de 166,3 mil hectares
• Planície Costeira Interna: 65,41% de 143,2 mil hectares
• Planície Costeira Externa: 41,72 % de 125 mil hectares
• Zona Sul: 77,83% de 178,1 mil hectares
• Total: 65,92% de 1,090 milhão de hectares
(Fonte: Assessoria de Imprensa IRGA)

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SETOR AUTOMOTIVO


São Paulo / SP
Setor automotivo terá 1º deficit na balança comercial desde 1998
O setor automotivo terá neste ano, como sequela da crise global e efeito da valorização do câmbio, seu primeiro deficit na balança comercial desde 1998. A retração nos principais mercados de exportação do país, combinada com o avanço das importações de veículos no ano, já provocou um saldo negativo de US$ 2,5 bilhões entre janeiro e setembro. A conta leva em consideração também autopeças e máquinas agrícolas e rodoviárias.Só as montadoras acumulam deficit de US$ 1,5 bilhão. Em volume, foram exportados 371 mil veículos (incluindo carros de passeio, caminhões e ônibus) nos dez primeiros meses do ano, uma queda de 42% ante igual período de 2008. Já a entrada de importados avançou 21,6% e chegou a 386 mil. "Naturalmente, teremos deficit neste ano por conta da queda drástica das exportações de autoveículos", diz o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider. A crise provocou encolhimento nos principais mercados de exportação brasileiros, como Argentina e México.
De acordo com Schneider, a reversão do quadro deficitário dependerá, em primeiro lugar, do retorno desses mercados e, em segundo, da capacidade que o país terá para garantir competitividade no exterior. Ele estima que a demanda global começará a reagir a partir do segundo trimestre de 2010. Mas a indústria terá de reconquistar o espaço perdido. "A valorização do real deixa os produtos menos competitivos. Mas há outras questões estruturais que afetam a competitividade, como os problemas tributários, de logística, além do custo de capital. Tudo isso demanda tempo para resolver." "E o mercado de exportação é muito difícil para entrar, mas muito fácil para sair."
O setor de autopeças já vai para o terceiro ano consecutivo de deficit. Neste ano, até setembro, o saldo negativo chega a US$ 1,76 bilhão. Para o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, a redução nas alíquotas de importação de peças foi o primeiro golpe na indústria, que já havia consolidado uma balança comercial superavitária. "Com a diminuição do imposto, há cerca de quatro anos, as subsidiárias instaladas aqui passaram a importar muito mais das matrizes em vez de produzir internamente."
E a valorização cambial acabou por intensificar esse processo, já que os importados ficam mais baratos", acrescenta. Ao mesmo tempo em que houve aumento de produtos estrangeiros no país, caíram as exportações do setor.Em 2008, as vendas externas respondiam por 22% da produção. Para este ano, a previsão do Sindipeças é que encerrem com uma fatia de 12%. Se ainda não há um processo evidente de desindustrialização, graças ao aquecimento do mercado interno de veículos, os investimentos do setor e a geração de empregos diminuem, segundo Butori.
O deficit no setor automotivo, tradicionalmente superavitário, é um fato emblemático e de maior gravidade para a economia como um todo, afirma Augusto Castro, diretor da AEB - Associação de Comércio Exterior do Brasi. "A indústria automotiva era muito importante para a geração de superavit na balança comercial. O efeito do deficit é que a pauta de exportações fica mais e mais dependente das commodities." Castro argumenta que é mais difícil para o país planejar as exportações de commodities, já que não é formador de preços nem volumes. (Agência Reuters)


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VAREJO & SERVIÇO


Bentonville / EUA
Walmart amplia lucros no trimestre
O Walmart, maior varejista mundial, apresentou no trimestre encerrado em 31/10 um lucro líquido de US$ 3,23 bilhões (US$ 0,84 por ação), 5% mais que no mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima das expectativas dos analistas de Wall Street (US$ 0,81 por ação) e da varejista (entre US$ 0,78 e US$ 0,82). O resultado foi atribuído pela empresa ao aumento de produtividade e às melhorias de gestão de estoques. As vendas cresceram 1,1%, para US$ 98,67 bilhões, abaixo das expectativas do mercado, de US$ 99,88 bilhões. Nos Estados Unidos, as vendas caíram 0,4% em mesmas lojas, com queda de 0,5% nos supercenters e alta de 0,1% nos clubes de atacado Sam’s Club. Para o quarto trimestre, que engloba a temporada de Natal, o Walmart projeta um lucro por ação entre US$ 1,08 e US$ 1,12, enquanto Wall Street espera um resultado de US$ 1,12 por ação. Já as vendas em mesmas lojas ficarão entre zero e -1%, contra uma expansão de 2,4% no ano passado. Embora o número projetado para o quarto trimestre seja fraco, ele deve-se parcialmente à deflação do preço dos alimentos. (Agência EFE)

Da redação - São Paulo / SP
Varejo brasileiro cresce 5% em setembro
As vendas do varejo brasileiro tiveram em setembro uma expansão de 5% em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o IBGE. Como tem ocorrido nos últimos meses, o segmento de Hiper, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo impulsionou o desempenho total do varejo, com uma alta de 9,7% nas vendas. O setor vem crescendo nos últimos meses acima da média geral, por conta do aumento da massa salarial da população e pela baixa inflação. ”A expectativa é que o setor continue crescendo bem acima da média do varejo no período de Natal”, afirma Luiz Goes, sócio sênior e diretor da GS&MD - Gouvêa de Souza. As vendas de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria avançaram 8,1% em setembro, um ritmo inferior aos 14% de agosto e os 14,2% de julho. O resultado, porém, é fortemente positivo, já que no ano o segmento acumula uma alta de 11,9% nas vendas. Esse é o mesmo desempenho alcançado, de janeiro a setembro, por Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação, categoria que inclui celulares e computadores e que vem em forte expansão nos últimos anos. Em setembro, esse segmento apresentou uma expansão de 3,2% nas vendas, por conta da forte base de comparação. No varejo ampliado, as vendas cresceram 9,1% na comparação anual, levando o acumulado de 2009 a uma expansão de 4,4% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. O setor de Veículos e motos, partes e peças teve em setembro um crescimento de 18,9%, por conta do último mês de isenção de IPI para o setor. “Setembro foi o melhor mês da história do segmento, com a comercialização de 296 mil automóveis, segundo a Fenabrave, 16,7% mais que no ano passado. Com isso, já foram vendidos mais de 2,2 milhões de automóveis em 2009”, comenta Goes. Material de Construção, porém, continua sua trajetória descendente, com queda de 8,2% em julho e de 8,5% no acumulado de 2009.


Da redação - São Paulo / SP
Brasil é sétimo em ranking de prejuízo com furtos no varejo
Os prejuízos causados por roubos ao comércio varejista no Brasil aumentaram 6,6% em 2009 na comparação com 2008, segundo levantamento global do Centro de Pesquisas do Varejo, na Grã-Bretanha. O país aparece em sétimo lugar no ranking de perdas provocadas por crimes, atrás apenas de Índia, Marrocos, México, África do Sul, Turquia e Tailândia. No Brasil, os roubos provocaram prejuízo equivalente a 1,62% das vendas do varejo, num total de US$ 2,2 bilhões (R$ 3,8 bilhões). Em todo o mundo, as perdas chegam a US$ 114,8 bilhões (R$ 197 bilhões), o que representa 1,43% das vendas. Na comparação com 2008, houve aumento de 5,9% das perdas mundiais. O número leva em consideração roubos e também perdas causadas por falhas processuais, como erros contábeis. Excluindo as falhas, mas incluindo na conta os recursos investidos em prevenção aos roubos, os gastos do comércio mundial em 2009 chegaram a US$ 120,5 bilhões (R$ 208 bilhões). No Brasil, o custo dos crimes contra o varejo somado aos investimentos em prevenção chegou a US$ 2,1 bilhões (R$ 3,6 bilhões) em 2009, 0,74% maior do que o de 2008. A pesquisa foi realizada em 41 países, onde 1.069 empresas responderam ao questionário. Em 38 nações houve percepção de aumento nos roubos no varejo. As maiores altas foram registradas na Eslováquia (9,8%) e na África do Sul (8,2%). O Brasil aparece em 15º lugar no ranking do número de comerciantes que relataram aumento dos prejuízos em cada país, com 37,5%. O maior percentual de varejistas que observaram crescimento do número de roubos está na Itália (54,2%), seguida por África do Sul (52,6%) e Estados Unidos (51,7%).


Londres / Inglaterra
Tesco fecha acordo para construir shoppings na China
A rede britânica de supermercados Tesco fechou uma joint-venture com grupos chineses para construir três shopping centers no mercado mais populoso do mundo. A varejista terá uma participação de 50% na nova empresa, que irá construir shoppings em Anshan, Fushan e Qinhuangdao. Cada mall contará com um hipermercado da Tesco como âncora. Dois empreendimentos serão de uso misto, incluindo condomínios residenciais e atrações de entretenimento. A Tesco pretende abrir 18 novos hipermercados na China nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2010, chegando a uma rede de 65 hipermercados e três lojas de vizinhança. (Agence France Presse / AFP)

Da redação - São Paulo / SP
Lucro da Dufry cai 25%
A redução do volume de passageiros internacionais nos aeroportos, decorrente da crise econômica global e da gripe suína, levou a Dufry South America, operadora de lojas Duty-Free e Duty-Paid dos principais aeroportos do Brasil, a apresentar um lucro líquido de US$ 19,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, 2,5% menos que os US$ 20,2 milhões verificados em igual período do ano passado. Nos nove primeiros meses do ano, a empresa obteve lucro líquido de US$ 48,7 milhões, queda de 19,1% sobre os US$ 60,2 milhões verificados de janeiro a setembro de 2008. A empresa explicou que as quedas também foram influenciadas por conta de resultados do meio do ano passado terem representado recordes. "Cabe também mencionar que julho do ano passado foi o melhor mês da história da companhia, assim como o terceiro trimestre de 2008, que apresentou crescimento de 28%", diz a empresa em seu relatório de balanço. A companhia informou que os dois fatores (gripe e crise) foram preponderantes para a redução das vendas, levando a empresa registrar receita líquida de US$ 147,4 milhões no terceiro trimestre - queda de 17,7% ante igual período do ano passado, quando o faturamento atingiu US$ 179,2 milhões. Nos nove primeiros meses de 2009, a receita líquida ficou em US$ 399,6 milhões, contra US$ 474,8 milhões de igual período de 2008 - queda de 15,8%.


Da redação POA - Caxias do Sul / RS
Balonè inaugura primeira loja no RS
Com um perfil voltado para mulheres modernas e de bom gosto, inaugurou dia 14/11, na área de expansão do Iguatemi Caxias do Sul, a primeira franquia Balonè do Rio Grande do Sul. A marca integra o grupo Ornatus, que já está presente no Shopping com as franquias Morana e Jin Jin. À frente do projeto estão Ana Costa e André Lima, também proprietários da Morana. “O sucesso da loja e da expansão do Shopping nos motivou a trazer para a região essa nova opção para atender ao público feminino exigente com peças coloridas, descontraídas e despojadas”, afirma Lima. O investimento na Balonè levou em consideração a inexistência de uma operação similar no Estado. “Percebemos que esse público não estava sendo atendido. Por isso e pelo que representa o Iguatemi, que presenteou a Serra com um mix diversificado e marcas de renome nacional, a abertura de uma unidade da Balonè foi um processo natural”, afirmam. A ambientação irá revelar o conceito descontraído da grife, apresentando uma loja clean com detalhes em tons de roxo. Tudo para destacar anéis, pulseiras, tiaras, colares, além de uma ampla linha de produtos Disney, da qual a Balonè possui licença exclusiva para comercialização, e valorizar o visual feminino. A loja do Shopping também irá contemplar os clientes com objetos de decoração, como porta-retratos, e acessórios para celular e ipods. (Fonte: Enter Consultora em Comunicação)


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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo / SP
Novas leis ameaçam exportação do País
Estão surgindo novas ameaças às exportações brasileiras nos maiores mercados do mundo, Estados Unidos e União Europeia. Três grupos de barreiras preocupam: ambientais, trabalhistas e de segurança. Deputados americanos e europeus debatem novas legislações sobre esses temas, que são foco da agenda comercial. Estudo da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - aponta que por ano 15,4% das exportações brasileiras para os EUA - o equivalente a US$ 5 bilhões - estão na mira da nova legislação americana de mudanças climáticas. A lei pode atingir as vendas brasileiras de aço, celulose, papel e alumínio.
O aquecimento global tornou o tema ambiental urgente. O presidente Barack Obama deu sinais de que está disposto a assumir compromissos na reunião de Copenhague. Preocupadas em ficar em desvantagem com outros países, as empresas americanas exigem compensações. Existem dois projetos sobre o tema no Congresso americano. O mais provável é que sejam aprovadas medidas que obriguem os importadores a comprar licenças para emissão de carbono. "Isso joga o ônus da adaptação nos países em desenvolvimento", disse o diretor de relações internacionais da Fiesp, Mário Marconini.
A União Europeia também estuda a adoção de uma "taxa de carbono" contra produtos importados, caso os países emergentes não se disponham a assumir compromissos equiparáveis aos ricos de redução de emissões em Copenhague. Segundo a consultora da CNI - Confederação Nacional da Indústria -, Sandra Rios, essas tarifas distorcem a negociação climática, que reconhece que os países ricos e em desenvolvimento têm responsabilidades diferentes pelo aquecimento global. "O problema é que essas tarifas vão equiparar os esforços. As nações emergentes têm de manter seu crescimento."
Nas discussões trabalhistas, os sindicatos ganharam força para defender regras rígidas em acordos comerciais, depois do desemprego causado pela crise e do apoio decisivo a Obama. A maior preocupação é com o trabalho escravo e infantil.
Tramita no Congresso dos EUA um projeto para reformar a lei de aduanas. Segundo o diretor executivo da Coalização das Indústrias Brasileiras, com sede em Washington, Diego Bonomo, pode entrar em vigor uma nova lista de produtos feitos com trabalho escravo e infantil, que ficariam impedidos de entrar no país. A lista inclui 13 itens brasileiros, como algodão, calçados e tabaco. A segurança também ganhou relevância desde os ataques de 11 de setembro de 2001. O Congresso concedeu um mandato para o Executivo americano escanear 100% dos contêineres que chegam ao país. Existe um projeto-piloto, mas a administração federal argumenta que não há condições de colocar a lei em prática. (Agência Folha)


São Paulo / SP
Queda do dólar reduz crescimento das exportações de TI
As exportações de serviços de terceirização de Tecnologia da Informação (offshore outsourcing) devem crescer 36,4% em 2009, somando US$ 3 bilhões, segundo Antonio Carlos Rego Gil, presidente da Brasscom - Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação Comunicação. O índice é bem menor do que os 175% registrados entre 2007 e 2008, quando o volume de negócios passou de US$ 800 milhões para US$ 2,2 bilhões. Pesaram a crise financeira e a valorização do real em relação ao dólar, que diminuiu a atratividade das empresas brasileiras. Retomada a normalidade econômica, a expectativa é gerar US$ 3,5 bilhões de 2010. O prejuízo só não foi pior nos contratos que preveem exportações ou pagamentos em dólar, graças à Lei 11.774, que entrou em vigor em setembro de 2008 para reduzir custos de operação no mercado externo. Dependendo do volume exportado, a medida pode promover desoneração de até 20% na folha de pagamentos. “O que deveria ser um benefício veio compensar a variação da moeda”, explica Gil.
No esforço de internacionalização, a Brasscom realizou no dia 10/11, em Nova York, o U.S. Brazil IT BPO Summit, para apresentar dados do setor a cerca de 130 potenciais clientes e formadores de opinião. Gil acredita que o Brasil, atualmente variando entre quarta e quintaposição do ranking, pode se tornar o segundo ou terceiro maior fornecedor de serviços de TI do mundo. O segmento offshore de outsourcing, software e serviços movimenta anualmente 84 bilhões de dólares e cresce a mais de 20% ao ano globalmente. A Índia domina 50 bilhões de dólares desse total, e o restante é dividido entre China, Rússia, Brasil, México e Filipinas.
O Brasil se destaca, de acordo com Gil, porque oferece estabilidade política, econômica, grande mercado interno, conhecimento tecnológico, fuso horário favorável, infraestrutura avançada, afinidade cultural. Precisa, contudo, reduzir seus custos internos e definir logo um Plana Nacional de Banda Larga (em elaboração na Casa Civil). “Também é fundamental que as empresas brasileiras criem rapidamente uma rede, seja por meio de filiais ou pela formação de consórcios. É fundamental é ter presença nos EUA, na Europa e na Índia”, diz o presidnete da Brasscom.
Crescimento interno - O mercado brasileiro de tecnologia da informação e comunicação, estimado em 60 bilhões de reais em 2008, também promete crescer, de 10% a 12%, este ano e no próximo, quando já terá voltado ao cenário anterior ao da retração. Gil destaca que esse número se refere à receita do setor, e não ao volume de negócios, que apresentou taxa maior, mas acompanhada de uma queda média de 30% na rentabilidade das empresas. A maior parte das vezes, devido a renegociações, para baixo, de contratos de licenciamento de software e de serviços. O U.S. Brazil IT BPO SUmmit teve apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), e se repetiu em Tóquio, nos dias 12/11 e 13/11. As 40 associadas da Brasscom incluem as maiores do setor e representam cerca de 70% do mercado.

Da redação - Brasília / DF
Média diária exportada cresce 0,6% na 2ª semana
A média diária exportada na segunda semana de novembro (entre os dias 9/11 a 15/11), de US$ 655,2 milhões, cresceu 0,6% ante a primeira semana do mês (US$ 651,5 milhões). Esse aumento, segundo dados divulgados ontem, dia 16/11, pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, foi motivado pelas vendas de bens manufaturados, que cresceram 16,9% no mesmo período de comparação. Aumentaram as vendas de óleos combustíveis, açúcar refinado, aviões, gasolina, aparelhos transmissores/receptores e motores e geradores.
Por outro lado, caíram as exportações de semimanufaturados (-35,9%), resultado das quedas das vendas de açúcar em bruto, ferro-ligas, couros e peles, semimanufaturados de ferro ou aço, ferro fundido e óleo de soja em bruto; e de básicos (-5,8%), por causa de minério de ferro, carne de frango e bovina, milho em grão e fumo em folhas. Pelo lado das importações, a média diária registrada na segunda semana de novembro, de US$ 622,2 milhões, ficou 9,6% abaixo da verificada na primeira semana do mês (US$ 688,3 milhões). Essa queda, segundo dados do MDIC, foi motivada pela redução nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos eletroeletrônicos, químicos orgânicos/inorgânicos, farmacêuticos e cereais.
No acumulado do mês de novembro, o saldo comercial é positivo em US$ 18 milhões. As exportações somam US$ 5,882 bilhões (média diária de US$ 653,6 milhões), o que representa uma queda de 2,5% ante a média registrada em outubro último (US$ 670,6 milhões). Essa queda foi provocada pela redução nas vendas de produtos básicos (-7,1%) e manufaturados (-1,5%), enquanto as vendas de semimanufaturados cresceram 0,1%. Na comparação com novembro do ano passado, quando a média diária importada foi de US$ 655,9 milhões, a média do acumulado de novembro deste ano está 0,7% menor. Segundo os dados do MDIC, diminuíram os gastos, principalmente, com siderúrgicos (-50,2%), borracha e obras (-22,6%), aeronaves e peças (-14,2%), químicos orgânicos/inorgânicos (-14%) e instrumentos de ótica e precisão (-8,1%).


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MERCADO DE TI


San José / EUA
Cisco aumenta oferta pela Tandberg para US$ 3,4 bilhões
A Cisco aumentou a oferta pela fabricante de produtos de videoconferência norueguesa Tandberg de US$ 3 bilhões para US$ 3,4 bilhões. A proposta vale até o dia 1/12 e, segundo a empresa norte-americana, trata-se da oferta final. A proposta inicial de compra, considerada baixa por um grupo chave de acionistas, contava com o apoio de cerca de 10% de detentores de papéis da Tandberg. A nova oferta já conta com 40% de aceitação. Para conseguir a compra, a Cisco precisa do apoio de 90% dos acionistas. O presidente da Tandberg na Europa, Oriente Médio e África, Geir Olsen, declarou que o aumento da oferta mostra como a Cisco considera importante a aquisição da Tandberg e o mercado de videconferência. (Agência IDG News Service)


Stamford / EUA
Gartner revê projeções na receita global de chips
O Gartner, empresa especializada em pesquisas de assuntos relacionados a TI, elevou sua previsão de receita para a indústria global de chips ontem dia 16/11. A razão foi a demanda mais forte do que o esperado para PCs e telefones celulares. Programas governamentais de estímulo também têm impulsionado a demanda por chips. O grupo prevê que a receita global de chips chegue a 226 bilhões de dólares este ano. Embora seja 11,4% menor que os 255 bilhões do ano passado, o valor representa uma relativa melhora em relação a previsão anterior, que indicava um resultado de 212 bilhões e uma queda de 17,1%. O Gartner também elevou sua projeção para 2010, afirmando que a receita de chips subirá 13%, atingindo 255 bilhões de dólares. Pela previsão anterior, o crescimento seria de 10,3% para o próximo ano, com um faturamento projetado de 233 bilhões de dólares.
Números revistos - A nova previsão marca a segunda vez em que o Gartner revê suas estimativas para a indústria de chips em menos de três meses. "A recuperação do mercado de semicondutores está no caminho certo, e as perspectivas continuam a melhorar, como os resultados trimestrais dos fornecedores de semicondutores”, afirma o analista do Gartner, Bryan Lewis. A forte recuperação da demanda por PC tornou os microprocessadores e as DRAMs dois dos melhores desempenhos em chips de 2009, relata o Gartner. No terceiro trimestre, as DRAMs começaram a ser rentáveis para algumas empresas, depois de quase três anos de perdas. Apesar das notícias positivas, Lewis alertou que os pedidos de PCs podem sofrer desacerelação mais cedo do que o esperado e que as vendas em 2010 podem ter um início lento. (Agência IDG News Service)


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MERCADO WEB


Brasília / DF
Plano nacional de banda larga será apresentado a Lula em 24/11
O plano nacional de banda larga será apresentado ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira da próxima semana, dia 24/11. A informação é do coordenador dos programas de inclusão digital do Governo Federal, Cezar Alvarez, que participa de seminário em Brasília/DF sobre banda larga. Alvarez, que também é chefe de gabinete adjunto da agenda do Presidente da República, abriu a palestra dizendo que apresentaria, "em linhas gerais, elementos iniciais do programa nacional de banda larga". Ele afirmou que "quebraria a tradição latina" e leria seu discurso para "ser preciso com cada palavra". De acordo com o coordenador dos programas de inclusão digital, o plano pretende impulsionar e estruturar um sistema nacional de banda larga que favoreça a competição em bases colaborativas e que seja para uso público e privado.
Alvarez ressaltou que a política nacional de banda larga procurará o apoio da iniciativa privada, mas afirmou que o governo pretende usar os 21 mil quilômetros de rede de fibra óptica da Eletronet e da Petrobrás no programa. "Não é possível que ainda se mantenha uma visão anacrônica e preconceituosa de que o governo não possa fazer uso de seus ativos de fibra óptica", criticou. O coordenador destacou que a rede da Eletronet é um ativo cujo uso é considerado pelo plano, mas que sua forma de utilização será discutida com o mercado e a socidade, em fóruns que serão realizados após a apresentação do documento para o Presidente da República."Se ela será usada para complementar três anéis ou para a ampliação do backbone tanto no atacado quanto no mercado, onde o mercado não chega com a presteza e a qualidade necessárias, são hipóteses que estarão disponíveis a partir de um fórum com as empresas, sejam wireless, incumbents ou novos provedores. A rede da Eletronet não será usada para destruir mercado", observou.
Segundo Alvarez, a visão estratégica do plano será de colaboração, parceria e competição e os desafios são ampliar a cobertura, aumentar a capacidade de tráfego e diminuir preço da banda larga no Brasil, classificada por ele como cara, lenta e concentrada.O coordenador afirmou ainda que o governo considera discutir políticas tributárias para o setor, mas considera que esta seria uma "simplificação da questão relacionada a promover o provimento na última milha e sua democratização".

Da redação SP - Uberlândia / MG
Ricardo Eletro projeta expansão de 100% nas vendas varejo online
A rede de eletroeletrônicos Ricardo Eletro inaugurou na semana passada sua nova loja virtual, que apresenta uma navegação mais simples e mais ofertas. A expectativa da rede é ampliar suas vendas virtuais em 100% neste fim de ano, oferecendo um mix de mais de 10 mil itens. Para garantir o cumprimento do prazo de entrega dos pedidos e atender ao crescimento da demanda no período de Natal, a Ricardo Eletro ampliou sua infraestrutura pontocom com a abertura de um Centro de Distribuição exclusivo para as operações online em Contagem/MG.

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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


Londres / Inglaterra
Transporte ruim atrasa prosperidade do agronegócio do Brasil
A falta de investimentos na área de transportes é um dos principais obstáculos para o crescimento do "próspero" setor agrícola brasileiro, segundo reportagem do jornal britânico Financial Times em sua edição de ontem, dia 16/11. "Muitos ao redor do mundo estão acompanhando avidamente o despontar do Brasil como uma superpotência agrícola. Mas analistas do país dizem que a produção está chegando a seu limite e que o investimento necessário para o crescimento -especialmente na infraestrutura de transportes - está ficando curto", diz o diário. O correspondente do jornal no Brasil entrevistou fazendeiros em Primavera do Leste/MT, que reclamam de ter que desembolsar cerca de US$ 100 por tonelada de produtos a serem transportados por terra aos portos de onde são exportados - o que, segundo eles, custa cerca de US$ 30 nos EUA. "Há alguns projetos de transporte ferroviário e hidroviário em construção, mas muitas pessoas estão cansadas de esperar", afirma a reportagem.
Leis ambientais - Além disso, segundo o Financial Times, o agronegócio brasileiro é "atrapalhado" por altos impostos, burocracia e "uma das mais rígidas legislações ambientais do mundo". "As leis obrigam os fazendeiros a preservar áreas florestais sem receber compensação alguma", diz o jornal. "O setor agrícola também enfrenta barreiras comerciais, e o fortalecimento estável da moeda brasileira - especialmente frente ao dólar - está acabando com a competitividade." O diário britânico ressalta ainda que o Brasil, além de ter se tornado o maior exportador mundial de produtos como soja, açúcar, carne e frango, é um dos maiores produtores com espaço para crescer. "O país tem 72 milhões de hectares sendo cultivados e outros 172 milhões de hectares dedicados à pecuária. Outros 96 milhões de hectares de terras cultiváveis estão disponíveis sem que se precise tocar em áreas de proteção ambiental", afirma. Mas um dos fazendeiros entrevistados pelo jornal diz ter dúvidas sobre "como o Brasil vai cultivar esses 96 milhões de hectares", apesar de acreditar que o país possa conseguir expandir sua área produtiva em cerca de 50%. (Agência BBC Brasil)


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TELECOM & ENERGIA


Da redação – São Paulo / SP
ANÁLISE - Compra da GVT pela Vivendi acirra disputa
O anúncio da compra da GVT pelo grupo francês de entretenimento Vivendi, no início da noite de sexta-feira, dia 13/11, aumenta a briga no mercado brasileiro pelos segmentos de banda larga e TV por assinatura. Para o analista sênior da consultoria Yankee Group, Julio Pünschel, mudanças significativas devem acontecer nos próximos meses. "Temos agora uma nova operadora no País", afirma. Na opinião de Püschel, o negócio vai dar fôlego à estratégia da GVT focada no uso de redes baseadas em fibra ótica, com preços acessíveis. "O grande ganho é que sairemos dos pacotes normais vendidos pelas outras operadas". A única brecha que o analista vê seria uma nova oferta da Telefônica para comprar 100% da companhia - intenção que foi negada pela operadora espanhola na sexta-feira, por meio de comunicado. Assim sendo, os planos da Telefônica de sair de São Paulo foram postergados no médio prazo. Resta à operadora começar do zero suas ações de ingressar em novas localidades. "Esta é a principal razão para o alto valor oferecido pela GVT". Na avaliação do analista, dificilmente haverá outra aquisição no mercado nacional, já que a GVT representava "uma das últimas oportunidades de um grupo internacional entrar em São Paulo". (Fonte: Computerworld)

Da redação - São Paulo / SP
Pinhão tem produtividade três vezes maior do que soja para fabricação de biodiesel
Com uma produtividade potencial três vezes maior que a da soja, o pinhão manso necessita de modificações para que possa se adaptar às diversas regiões do país e para que deixe de ser tóxico. A necessidade de um estudo específiico sobre a espécie foi apresentada durante o 1º Congresso de Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - e a ABPPM - Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão Manso. O encontro reuniu pesquisadores, técnicos, professores e estudantes na semana passada, em Brasília. A principal meta científica é domesticar a oleaginosa para ser usada na nutrição animal. Além disso, é preciso torna-lá resistente a pragas e tornar a colheita uniforme. Atualmente, a produção da oleaginosa no Brasil ocupa cerca de 60 mil hectares de área plantada. De acordo com o diretor-técnico da ABPPM, Luciano Piovesan, a cultura do pinhão manso não é excludente nem exclusiva. "É uma planta que inclusive recupera áreas degradadas do solo.” O interesse em investimento em pinhão manso ocorre porque ele é rico em óleo e gordura e, portanto, tem potencial fonte de fabricação de biocombustíveis, de acordo com o especialista. O Brasil precisa alcançar a meta proposta para o chamado B5. O plano divulgado em outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva prevê a adição de 5% do biocombustível ao diesel consumido no país, mas para isso, o Brasil precisa produzir 2,4 bilhões de biodiesel. Atualmente, a maior parte dessa demanda provém principalmente da soja, do girassol, amendoim, da mamona, do algodão, da canola e do dendê. “O programa do biodiesel do Brasil requer uma grande demanda de óleo. Isso significa que estamos tomando dessas espécies tradicionais”, explica o chefe da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães. Segundo Durães, o Brasil , no caso da soja, por exemplo, existem 22 milhões de hectares produzindo 60 milhões de toneladas de grãos anualmente. “A operacionalidade da semente da soja é alta, pois apresenta em sua constituição 18% de óleo e isso faz com que ela gere 550 quilos por hectare”, explica Durães. Segundo ele, isso tudo foi possível graças aos anos de estudo destinados à soja e por isso a importância de pesquisar os benefícios do pinhão manso. (Fonte: Agência Radiobrás)

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MERCADO DE LUXO

Londres / Inglaterra
Burberry fecha parceira com Facebook para impulsionar marca
O grupo de produtos de luxo Burberry ligou-se à empresa da rede social Facebook para lançar um site celebrando seu casaco trench coat, tornando-se o mais recente varejista a usar a mídia social numa tentativa de impulsionar a marca. O site, artofthetrench.com, permitirá aos membros conectados via Facebook submeter imagens e histórias sobre os casacões da Burberry e compartilhá-las entre si. Criado inicialmente pelo fundador da Burberry, Thomas Burberry, para oficiais do Exército britânico em 1914, o trench coat ainda é uma das peças mais vendidas da companhia. A ação coloca a Burberry no grupo de varejistas que usa a mídia social, tais como Facebook, Twitter e YouTube, para colocar suas marcas diante dos consumidores e interagir com eles. A varejista britânica de produtos para bebês Mothercare tem uma rede social própria, o site Gurgle.com, assim como o grupo fashion online ASOS, com o ASOS Life. Outras, como a Marks & Spencer, que disse que no mês passado tinha 80 mil seguidores em sua página do Facebook, tem páginas instaladas nos principais sites de redes sociais. (Agência Reuters)


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