Edição 227 | Ano II

Londres / Inglaterra
Brasil decola e pode ser a 5ª economia
O Brasil é o tema de capa da The Economist nesta semana. Com uma foto do Cristo Redentor subindo como um foguete, a revista britânica diz que o "Brasil decola". A publicação afirma que o País deve se tornar a quinta maior economia do mundo em uma década após 2014, ultrapassando o Reino Unido e a França. No entanto, avalia que o maior risco para a nação é a "arrogância". A revista lembra que, quando o Goldman Sachs lançou o acrônimo BRIC, a presença do Brasil, ao lado da Rússia, Índia e China, era questionada. No entanto, o País supera as demais nações do grupo em alguns pontos. "Ao contrário da China, é uma democracia. Ao contrário da Índia, não tem insurgentes, conflitos religiosos ou étnicos ou vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, exporta mais do que petróleo e armas e trata os investidores estrangeiros com respeito", diz a extensa reportagem.
A economia brasileira está crescendo a uma taxa anualizada de 5% e deve ganhar mais velocidade nos próximos anos com as grandes descobertas de petróleo, aponta a publicação. "Sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-líder sindicalista que nasceu na pobreza, o governo tem se movido para reduzir as marcas das desigualdades." Para a The Economist, parece que o Brasil entrou no cenário mundial repentinamente. Sua chegada foi marcada simbolicamente pela escolha do Rio de Janeiro para as Olimpíadas de 2016, dois anos depois de o País ser definido como sede da Copa do Mundo de 2014. No entanto, a revista avalia que o Brasil emergiu de forma estável, já que os primeiros passos foram dados na década de 1990, com a nova política econômica.
"Assim como seria um erro subestimar o novo Brasil, também seria encobrir suas fraquezas. Algumas são deprimentemente conhecidas", afirma a revista. Entre os problemas, a The Economist cita o crescimento acelerado dos gastos públicos, os baixos números de investimentos, a violência, e problemas na educação e infraestrutura, que deixam o País ainda atrás da China e Coreia do Sul - como lembrou o blecaute desta semana. Além disso, há novos problemas no horizonte por trás das descobertas de petróleo, na avaliação da Economist. O real já se valorizou 50% em relação ao dólar desde dezembro. Se isso aumenta o padrão de vida da população, ao baratear as importações, também torna a vida dos exportadores mais difícil. Para a publicação, a taxação imposta recentemente ao capital estrangeiro não irá interromper a apreciação da moeda, principalmente depois que o petróleo começar a ser explorado.
resposta instintiva do presidente Lula para esta questão é a política industrial, já que o governo vai exigir que os equipamentos para o setor de petróleo sejam feitos localmente e vem "mandando" que a Vale construa uma nova siderúrgica. Apesar de a política pública ter ajudado a criar a base industrial brasileira, foram a privatização e a abertura que deram seu formato, avalia a revista. Para a Economist, o governo "não está fazendo nada" para eliminar os obstáculos aos negócios, principalmente as "regras barrocas" de impostos sobre a contratação de pessoal. "Dilma Rousseff, a candidata de Lula para a eleição presidencial de outubro, insiste que não é necessário reformar a arcaica lei trabalhista."
Na avaliação da revista, este é o maior perigo que o Brasil enfrenta: a arrogância. "Lula está certo em dizer que o País merece respeito, assim como ele merece muito da adulação que hoje desfruta", diz a Economist. "Mas ele também tem sido um presidente de sorte, colhendo as recompensas do boom das commodities e operando a partir da sólida plataforma para o crescimento feita por seu predecessor, Fernando Henrique Cardoso." Para manter o desempenho do Brasil, o sucessor de Lula terá de tratar de alguns problemas que o atual presidente ignorou, acredita a publicação. "O resultado da eleição pode determinar a velocidade com a qual o Brasil avançará na era pós-Lula." A capa da The Economist vem uma semana depois do destaque obtido pelo País no Financial Times, após seminário realizado em Londres com o primeiro escalão do governo e o presidente Lula.


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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Sydney / Austrália
Wall Street e commodities pesam sobre bolsas da Ásia
A maior parte das bolsas de valores da Ásia encerrou a sexta-feira em queda, acompanhando a baixa da véspera em Wall Street e abatida por perdas em commodities. Alguns analistas culparam as perdas em Nova York pelas preocupações sobre o consumo norte-americano, enquanto outros disseram que o rali de nove meses do mercado está indo além dos fundamentos econômicos.
- O índice MSCI de ações da região Ásia Pacífico com exceção do Japão operava praticamente estável às 8h10min (horário de Brasília), com oscilação positiva de 0,04%, depois de operar em baixa mais cedo.
- A bolsa de TÓQUIO caiu 0,35%, para 9.770 pontos. Além do desânimo de Wall Street, pesaram no mercado as perdas de papéis de usinas siderúrgicas em meio à queda dos preços dos metais não-ferroros.
- O mercado de SYDNEY caiu 0,87%, para 4.706 pontos, com a queda dos papéis ligados a commodities.
- Na COREIA DO SUL, a bolsa teve variação negativa de 0,05%. A preocupação sobre o consumo derrubou ações como as da LG Electronics e da Samsung SDI.
- Na contramão, a bolsa de HONG KONG teve alta de 0,70%, a 22.553 pontos.
- A Bolsa de XANGAI subiu 0,46%, para 3.187 pontos. O ânimo veio de uma previsão positiva do Industrial and Commercial Bank of China e de negociações sobre fusões e aquisições.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão de hoje em baixa de 1,67 pontos (0,03%), aos 5.274,83. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu hoje em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres e estava cotado a US$76,30, US$0,28 mais que no fechamento da quinta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu o pregão de hoje em baixa de 0,05%, aos 5.661,15 pontos. O euro abriu hoje com uma ligeira tendência de baixa no mercado de divisas de Frankfurt e estava cotado a US$ 1,4886, frente aos US$ 1,4882 de ontem pela tarde. O Banco Central Europeu (BCE) fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,4922.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Paris abriu o pregão de hoje em baixa de 0,35%, aos 3.794,63 pontos, frente aos 3.808,07 do fechamento do véspera.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri abriu o pregão de hoje em baixa de 10 pontos (0,08%), aos 11.824.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu o pregão de hoje em baixa de 0,44%, aos 23.107,59 pontos.


ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Bovespa fecha em queda de quase 3%
Os investidores concentraram as ordens de vendas principalmente nas últimas horas do pregão de ontem, dia 12/11, na Bovespa. As ações da Vale e da Petrobras desabaram, puxando as perdas do dia. Os mercado americanos sofreram com o aumento da aversão ao risco. E num ambiente de maior nervosismo, a taxa de câmbio cravou R$ 1,73.
- O Ibovespa retrocedeu 2,99%, aos 64.447 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 8,08 bilhões, acima da média do mês (R$ 6,4 bilhões/dia).
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,738, em alta de 0,92%.
- A taxa de risco-pais marca 216 pontos, número 3,34% acima da pontuação anterior. Corretores destacaram a medida do Banco Central para supervisionar as captações de recursos externas de bancos e empresas
Análise 1 - A ação preferencial da Vale, com movimento de R$ 1,2 bilhão, desvalorizou 4,08%; A ação preferencial da Petrobras, que movimentou outros R$ 748 milhões, teve queda de 2%. Profissionais de mercado viram no forte volume de negócios a indicação de que os investidores iniciaram um movimento bastante conhecido de final de ano: a venda de ações mais caras para embolsar os ganhos do período (71,6% neste ano), de modo a garantir uma rentabilidade positiva para as carteiras de investimentos. O fato dos balanços de empresas já publicados terem mostrado resultados pelo menos satisfatórios foi outro fator que justificou a onda de vendas de hoje. Outro indicador importante foi o Ibovespa ter atingido os 67 mil pontos na jornada de ontem, sem ultrapassar esse nível. A esse preço, as ordens de venda começaram a ser disparadas.
Análise 2 - A área de análise da Um Investimentos observa que essa volatilidade deve ser a tônica dos últimos dias desse ano, numa temporada em que os fundamentos econômicos não devem mais "mandar" tanto nos rumos do mercado. "Essa medida tem efeito regulador. Dessa forma, o governo pode monitorar as operações dessas empresas e até evitar que se repita o que aconteceu com a Sadia e a Aracruz no ano passado, por exemplo", comenta Mário Paiva, analista da corretora Liquidez. "E com essa medida, o Banco Central também mostra que está monitorando a situação, está acompanhando de perto. E cria a expectativa de que pode soltar mais medidas lá na frente", acrescenta.
Os destaques do dia:
- Os balanços de algumas das mais importantes empresas do país, a exemplo do Banco do Brasil, que apurou ganho de R$ 1,979 bilhão, 6% superior ao ganho de R$ 1,867 bilhão em igual período do ano anterior. A ação ordinária cedeu 0,16%.
- A fabricante de bebidas Ambev reportou lucro líquido consolidado de R$ 1,23 bilhão no terceiro trimestre, alta de 5,8% na comparação com o lucro de R$ 1,16 bilhão um ano antes. A ação preferencial cedeu 4,41%.
- Já o Grupo Pão de Açucar anunciou lucro líquido de R$ 171 milhões no terceiro trimestre deste ano, em um crescimento de 156,7% sobre o resultado no mesmo período de 2008. Os números já embutem a aquisição da rede Ponto Frio, no início de junho. A ação preferencial teve queda de 4,40%.
- Anteontem à noite, dia 10/11, a MMX, braço de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou prejuízo de R$ 27,2 milhões no terceiro trimestre do ano, contra perda de R$ 343,4 milhões no mesmo período do ano passado. A ação ordinária caiu 4,71%.

Nova Iorque / EUA
Bolsas de NY recuam com mau desempenho de empresas de energia e varejo
As Bolsas americanas fecharam nesta quinta-feira com perdas, puxada pelo mau desempenho do preço das commodities e do resultado trimestral ruim da rede de varejo Wal-Mart. Porém, a queda não foi tão pronunciada graças aos dados divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho sobre pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que recuaram.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse - fechou em baixa de 0,91%, para 10.197,47 pontos.
- O ampliado S&P 500 perdeu 1,03%, para 1.087,24 unidades.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite caiu 0,83%, para 2.149,02.
Análise 1 - O aumento das reservas semanais de petróleo fez com que o preço da commodity sofresse hoje uma queda de quase 3%, o que puxou consigo as ações das empresas petrolíferas. O mesmo ocorreu com as empresas de varejo com a divulgação dos resultados da líder do setor, o Wal-Mart. O lucro no trimestre fiscal do Wal-Mart (de agosto a outubro) subiu 3%, para R$ 3,23 bilhões (US$ 0,84 por ação), contra US$ 3,14 bilhões (US$ 0,80 por ação) registrados um ano antes. Porém, as vendas em mesmas lojas - critério onde só são contabilizados os resultados de lojas com ao menos um ano de funcionamento - nos EUA caíram 0,4%, o que desapontou os investidores.
Análise 2 - Outra fonte de preocupação hoje foi a divulgação do deficit fiscal do governo americano em outubro, que atingiu US$ 176,4 bilhões - o maior da história para este mês, e acima dos US$ 150 bilhões previstos pelos analistas. A única boa notícia do dia veio no mercado de trabalho: o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu em 12 mil na semana encerrada no último dia 7, para 502 mil solicitações, contra 514 mil no período imediatamente anterior. Foi o menor patamar desde a semana encerrada em 3/1.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias fecham perto da estabilidade
Os principais índices de ações das Bolsas europeias fecharam ontem, dia 12/11, em direções divergentes, mas perto da estabilidade, divididos entre a pressão da queda nas Bolsas da Ásia e dos Estados Unidos e a divulgação de resultados por empresas como BT Group e Peugeot. O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 avançou 0,17%, para 246,61 pontos.
- Em Londres, o índice FT-100 subiu 0,19% e fechou a 5.276,50 pontos.
- Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,17%, para 3.808,07 pontos.
- O índice Dax-30, de Frankfurt, caiu 0,08%, para 5.663,96 pontos.
- Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 0,28%, para 11.834,50 pontos.
Análise - "Nossas equipes de estratégia para o mercado de ações e de alocação de ativos notaram a pausa recente e acreditam que o melhor (período) já passou para os ativos de risco", disseram estrategistas do UBS. Eles ressaltaram, no entanto, que isso não implica uma correção significativa para os mercados de ações. "Ainda há mais por vir, mas isto ocorrerá em meio a uma volatilidade mais ampla e à escassez de tendências claras." As ações do BT Group fecharam em alta de 3,66%. A companhia apresentou um lucro maior que o esperado em seu segundo trimestre fiscal e elevou as estimativas de dividendos para o ano. Os papéis da montadora Peugeot avançaram 0,4%, após a companhia aumentar a projeção de lucro para o ano. Já as ações da Vopak, maior operadora independente de terminais de estocagem do mundo, subiram 5%, depois de a empresa revisar em alta sua perspectiva de lucro pela segunda vez neste ano. Entre as companhias aéreas, as ações da Iberia fecharam em alta de 11,78% e as da British Airways subiram 7,50%, em meio a notícias de que as companhias planejam uma fusão. A cervejaria belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB InBev) fechou a sessão em alta de 1,5%, mesmo depois de anunciar que os volumes totais de vendas caíram 5,1%, para 106,6 milhões de hectolitros no terceiro trimestre.


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MERCADO FINANCEIRO

Brasília / DF
BB manterá estratégia de forte expansão do crédito
O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, afirmou ontem, dia 12/11 que a instituição financeira manterá a estratégia de forte expansão das concessões de crédito no quarto trimestre e, dessa forma, vai tentar alcançar um crescimento acima da média do mercado. "Iremos atuar fortemente nas concessões, (mas é) claro que dependerá da demanda", disse o executivo. Segundo ele, o banco estatal também trabalha para ter um crescimento acelerado em outros produtos, e não apenas no crédito.
Nos 12 meses encerrados em setembro, o BB acumulou um crescimento das operações de crédito de 41,2%. A média do sistema financeiro, segundo o Banco Central (BC), foi de 16,1% no mesmo período. A concessão de empréstimos acima do ritmo dos concorrentes fez com que o banco elevasse sua participação neste mercado de 16,4% em setembro do ano passado para 20,1% em setembro deste ano.
O executivo disse que a estratégia foi acertada e que isso pode ser confirmado pelos números apresentados pelo BB no terceiro trimestre. "Foi um resultado muito bom e mostrou que a expansão do crédito se deu de forma sustentável", afirmou. Entre julho e setembro, a instituição financeira apresentou lucro líquido de R$ 1,979 bilhão, um crescimento de 6% sobre igual período do ano passado. O lucro recorrente chegou a R$ 1,764 bilhão, alta de 2,2%.
Apesar de mantida a estratégia, o executivo preferiu não revisar as projeções de crescimento para 2009, que é de uma carteira de crédito de 13% a 17% maior. Considerando só as operações do BB (sem considerar Nossa Caixa e 50% do Banco Votorantim), o estoque de empréstimos nos 12 meses encerrados em setembro apresentou avanço de 21,5%. "Vamos superar a projeção dada. Porém, não temos claro qual deverá ser o nosso crescimento e, por essa razão, não vamos anunciar um novo guidance (estimativa de resultados)", disse.
Bendine acredita que, em 2010, o Brasil presenciará um forte crescimento do crédito, impulsionado pela maior atividade econômica. Neste cenário, o executivo espera maior concorrência, mas indica que o banco está preparado para lidar com as disputas, inclusive com a possibilidade de redução da margem financeira. "Dado o movimento iniciado pelo BB para destravamento do crédito durante a crise, já esperávamos esse aumento da concorrência. Isso deve se acirrar no ano de 2010", disse.
Para compensar a possível redução da margem, o executivo afirmou que o banco trabalha para aumentar o volume das operações de crédito, melhorar as receitas com tarifas, reduzir as despesas e ampliar o índice de eficiência, que nos primeiros meses de 2009 ficou em 43%, ante 48,1% de igual período do ano passado. Esse indicador mostra a relação entre despesas e receitas e quanto menor, melhor. (Agência Estado)


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INDÚSTRIA


Da redação - São Paulo / SP
Cosan reverte perda e encerra trimestre com lucro de R$ 173,4 milhões
A produtora de açúcar e álcool Cosan anunciou nesta sexta-feira que encerrou o trimestre passado com lucro líquido de R$ 173,4 milhões, revertendo resultado negativo de R$ 380,7 milhões um ano antes. A companhia registrou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 355,7 milhões contra R$ 182,5 milhões um ano antes. A margem despencou de 25,5% para 9,9%.


São Paulo / SP
Brasil Foods registra lucro de R$ 211 milhões no trimestre
A Brasil Foods, resultado da fusão entre Perdigão e Sadia, registrou lucro de R$ 211 milhões no terceiro trimestre deste ano. As companhias formalizaram a união em maio deste ano. Na comparação pró-forma, as empresas teriam registrado prejuízo de R$ 52 milhões no mesmo período do ano passado. No mesmo período, a receita líquida chegou a R$ 5,3 bilhões. Foram comercializadas 1,4 milhão de toneladas, somados os negócios de carnes, de lácteos e de outros processados. De acordo com a empresa, a melhor performance ficou com o mercado interno, que representou 58% das vendas líquidas, o equivalente a uma receita de R$ 3,8 bilhões. As exportações atingiram R$ 2,3 bilhões. "A pressão cambial, associada à lenta retomada dos principais mercados internacionais, comprimiu as margens, mas o impacto foi amenizado pelo bom desempenho do mercado doméstico", informou a companhia. A receita bruta totalizou R$ 6,2 bilhões e o lucro bruto alcançou R$ 1,1 bilhão. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro operacional antes das despesas financeiras, impostos e depreciação) foi de R$ 291 milhões. "Os investimentos no acumulado do ano, considerando-se as informações pró-forma (isto é, montante dos investimentos feitos pela BRF e pela Sadia desde o primeiro dia de janeiro de 2009), somaram R$ 665,5 milhões", informou a companhia. (Agência Estado)


São Paulo / SP
Camargo e LLX firmam acordo para fábrica de cimento
A Camargo Corrêa Cimentos firmou hoje com a LLX, empresa de logística de Eike Batista, acordo para a construção de uma fábrica de cimento no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. O acordo ainda está em fase preliminar, mas o investimento deve ser de no mínimo R$ 100 milhões para a produção de cerca de 400 mil toneladas por ano. "Vemos um grande potencial no porto, pela região em que está localizado: pelos investimentos do pré-sal e pela própria facilidade de cabotagem que vai permitir. Ele nos dará melhor acesso a outros Estados, à Bahia, por exemplo", comentou o presidente da unidade Brasil da Camargo Corrêa Cimentos, Humberto Farias.
Atualmente sem fábricas no Rio de Janeiro, a companhia tem pouca entrada no mercado do Estado. O Porto do Açu seria uma oportunidade. Lá poderão ser utilizados , na produção de cimento, tanto resíduos da siderúrgica quanto da termelétrica, que ficarão instaladas por perto. O coque, insumo para geração de energia, chegaria com facilidade pelo porto. Apesar de todas essas facilidades, a Camargo não decidiu ainda que modelo de fábrica deve estabelecer no local. Uma possibilidade seria fazer apenas uma planta para processar clínquer - matéria-prima para fabricação de cimento -, atuando apenas na etapa final da produção do cimento. Nesse caso, o investimento seria mais tímido, em torno dos R$ 100 milhões. Se a decisão for optar pelo processo completo na unidade do Açu, o valor do investimento será bem maior, mas a empresa não revela valores. Uma planta como esta costuma demorar dois anos para começar a produzir.
Além dos investimentos no Brasil, a Camargo, que é dona da maior produtora de cimento da Argentina, avançou também na operação do Paraguai. A empresa está implantando uma fábrica no país vizinho, em investimento orçado em R$ 180 milhões para a produção de outras 400 mil toneladas anuais. A fábrica paraguaia deve entrar em operação até meados de 2012. Esses investimentos fazem parte de uma ofensiva da cimenteira para passar a ocupar o segundo lugar entre as maiores do país; esta nova fábrica será a oitava unidade brasileira. Hoje ela está na terceira posição, atrás da Votorantim - que detém quase a metade das vendas - e da João Santos, que produz o cimento Nassau e é forte, sobretudo, no Nordeste.
"O mercado brasileiro vai terminar 2009 praticamente estável, mas nós vamos nos sair muito melhor", disse Farias. Ele não dá números fechados, mas, em 2008, a produção de cimento da Camargo no Brasil ficou em 4,7 milhões de toneladas, enquanto a da Loma Negra, na Argentina, fechou em 5,5 milhões. Este ano - contando com a ajuda do mercado imobiliário nacional, bastante aquecido - tudo indica que a produção brasileira vai superar a do país vizinho. O acordo com a Camargo deve gerar para a LLX receita anual de R$ 30 milhões. Hoje, na divulgação do balanço do terceiro trimestre, o presidente da LLX, Otávio Lazcano, reforçou que já existem 66 contratos de empresas interessadas em se instalar ou movimentar suas cargas no Porto do Açu. Além disso, afirmou que a empresa está avaliando oportunidades de investimento fora do Brasil. (Agência Estado)

São Paulo / SP
Coca-Cola investirá R$ 11 bi no Brasil em cinco anos
A Coca-Cola investirá US$ 5,8 bilhões, o equivalente a R$ 11 bilhões, no Brasil nos próximos cinco anos, o que representa um crescimento de 75% em relação aos aportes anunciados para o período de 2005 a 2009, de US$ 3,3 bilhões (R$ 6 bilhões). Os investimentos foram anunciados hoje pelo presidente do Conselho e diretor-executivo da The Coca-Cola Company, Muhtar Kent, que está no País para inaugurar uma fábrica de chás na região da Grande Curitiba/PR. Além do potencial de crescimento para as operações no Brasil, que já é um dos principais mercados da Coca-Cola no mundo, a companhia vê nos eventos esportivos que serão realizados no País nos próximos anos (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas de 2016) oportunidades adicionais de expansão, segundo comunicado enviado pela assessoria de imprensa da fabricante de bebidas. Em nota, Kent ressalta que nos últimos 50 anos o volume de vendas da Coca-Cola Brasil cresceu 50 vezes. A fábrica da Leão Junior inaugurada hoje pela empresa no município de Fazenda Rio Grande, na Grande Curitiba, terá capacidade de produzir quase 11 mil toneladas de diversos tipos de chás secos por ano. Entre as bebidas fabricadas pela Leão Junior, que integra o sistema Coca-Cola desde 2007, está o tradicional Matte Leão. A unidade foi construída de acordo com os mais avançados conceitos de sustentabilidade, sendo a primeira fábrica "verde" da Coca na América Latina. A empresa estima economias de 23% e 36% no consumo de energia e de água da nova fábrica, respectivamente, devido a diferenciais de construção, como uso de iluminação natural, aquecedores solares e coleta de água de chuvas. Também exaltando o conceito de sustentabilidade, a empresa está lançando um produto orgânico, o Matte Granel Orgânico. No plantio orgânico da erva mate utilizada como matéria-prima, não são utilizados defensivos agrícolas ou adubos químicos, e os caminhões utilizam biodiesel para transportar a erva até a fábrica reduzindo a emissão de CO2. Na embalagem, é utilizado 100% de papel reciclado e a impressão visa redução de 90% do uso de tinta. (Agência Estado)


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AGRONEGÓCIOS


São Paulo / SP
Lucro da JBS despenca 78% no 3o trimestre para R$ 151,5 milhões
A JBS registrou queda de 78% em seu lucro no terceiro trimestre, informou a companhia em comunicado divulgado no final da quinta-feira, dia 11/11. A empresa registrou lucro de R$ 151,5 milhões de julho a setembro, ante resultado positivo de R$ 694 milhões no mesmo período do ano anterior. O Ebitda ficou em R$ 291,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, frente a R$ 474,9 milhões um ano antes. A margem Ebitda ficou em 3,5% de julho a setembro, com queda se comparada à margem de 6,1% no terceiro trimestre de 2008.

São Paulo / SP
Marfrig levanta R$ 1,36 bilhão com oferta de ações
O frigorífico Marfrig levantou 1,36 bilhão de reais com a oferta primária de ações realizada para pagar a aquisição da Seara. Conforme informações disponíveis no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada nova ação saiu a 19 reais, o que representa um deságio de 3,1 por cento ante o preço do papel no fechamento da Bovespa de ontem, dia 12/11, de R$ 19,60. A operação envolveu a emissão de 71.744.000 de ações. O coordenador-líder da oferta foi o Bradesco BBI. A Marfrig anunciou em 14 de setembro a compra da Seara por 706,2 milhões de reais de dólares em dinheiro, assumindo ainda dívidas de 193,8 milhões de dólares. (Agência Reuters)

São Paulo / SP
Números mostram que excesso de oferta atropelou valorização do frango
Analisando-se a relação entre oferta interna aparente de carne de frango e preço pago pelo consumidor (base: PROCON-SP para a cidade de São Paulo) nos últimos 12 meses, constata-se que a compulsória e forte redução de oferta desencadeada pelo setor produtivo a partir da eclosão da crise econômica mundial no quadrimestre final de 2008 não conseguiu neutralizar a queda (típica, pois sazonal) dos preços do frango nos primeiros quatro meses deste ano. Uma possível explicação para esse fato estaria na formação de estoques (a partir do final de 2008) de produto não exportado. Assim, embora os números do setor demonstrassem queda da oferta interna, ela teria sido anulada pelos altos estoques então disponibilizados para o mercado interno.
Tudo indica, porém, que essa “pressão negativa” cessou a partir de abril, mês em que se registrou a menor oferta interna de carne de frango dos últimos 12 meses. Dessa forma, aparentemente, a combinação dos dois fatores (queda de estoques + queda de oferta) propiciou o início de reversão dos preços, que se mantiveram ascendentes até julho.O “aparentemente” acima merece uma explicação. Porque, independentemente de crises econômicas ou do volume produzido, essa é a curva típica de preços do frango – coincide com a entrada da entressafra da carne (bovina). E o anormal, neste caso, foi o retrocesso de preços já a partir de agosto, quando é habitual os preços do produto permanecerem em ascensão até o final do ano.
Mas essa anormalidade tem sua explicação: o aumento excessivamente rápido da produção, sem a concomitante evolução das exportações. Tanto que, tendo atingido o “fundo do poço” em abril (500 mil toneladas), em agosto a oferta interna voltava a superar as 700 mil toneladas. E – convenhamos – nenhuma atividade econômica permanece impune aumentando sua oferta interna em 40% (quarenta por cento!) em apenas quatro meses. Deu no que deu: preços em queda há três meses consecutivos e, agora, já abaixo do experimentado no período mais difícil da crise econômica. Isso – note-se – a despeito da oferta interna ter apresentado redução nos últimos dois meses. (Agência Folha)


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VAREJO & SERVIÇO


Da redação - São Paulo / SP
PBKIDS prevê crescimento de 20% para o Natal
A rede de brinquedos PBKIDS, com 50 lojas em todo o país, projeta um aumento entre 17% e 20% nas vendas de Natal em relação ao mesmo período do ano passado. A projeção da empresa é elevar em até 10% o tíquete médio, para R$ 134,00. O estoque das lojas foi reforçado com um volume 15% maior que em 2008, sendo que aproximadamente 40% desses produtos são nacionais. As grandes apostas da PBKIDS para a data são produtos que estimulam a imaginação e o desenvolvimento das crianças, como as fashion dolls da linha Only Hearts Club; réplicas de carros clássicos como Fusca, Kombi e Cadillac em versão com controle remoto; os bonecos gêmeos Twins; e a linha Mookie de acessórios para atividades ao ar livre: frisbee, volleyball, peteca e basquete.

São Paulo / SP
Chlorophylla entra no porta a porta
Disposta a concorrer mais fortemente no rico mercado de cosméticos e perfumaria, a Chlorophylla está reformulando totalmente sua operação. As mudanças vão desde a composição de preço, entre 10% e 20% menores, passando pelo formato das lojas, e chegando até a entrada da chamada venda porta a porta, com a elaboração de catálogos e equipe de venda de rua – um mercado hoje dominado por empresas como Natura e Avon. No centro das atenções dessa indústria está a classe C, ávida por consumo e representando, segundo a empresa, o público com maior potencial de incremento nas vendas. A reformulação se inicia por Pernambuco, com a reabertura da loja do Shopping Recife já com exposição diferenciada dos itens, proporcionando maior contato com os produtos e meta de vendas 20% superiores.
A indústria aportou R$ 1 milhão em estudos de mercado. “Partimos para uma negociação com a indústria fornecedora de matéria-prima e renegociamos preços. Também conversamos com o setor de transporte para oferecer preços melhores. Tudo dentro de um contexto para melhorar a margem do franqueado, sem queda de qualidade dos produtos”, explica a diretora-presidente da Chloropylla, Rosane Schweidson. A Chlorophylla movimenta R$ 30 milhões por ano e soma 300 pontos de venda, sendo 100 deles de lojas exclusivas e os outros 200 com pontos multimarcas. Em Pernambuco, um dos mais fortes mercados da empresa, são 60 revendas, entre exclusivas e multimarcas. Com a reformulação, a empresa quer blindar um pouco a operação dos franqueados exclusivos a partir do momento que não vai incentivar a proliferação de pontos fixos de vendas. Por outro lado, vai oferecer ao lojista a opção de gerir outro negócio paralelamente à loja, que é a equipe de 20 revendedores de catálogo ligados a cada loja e aumentar, assim, a penetração dos produtos nas faixa B e C. “Estamos fazendo um levantamento para saber qual franqueado tem perfil. Os revendedores dos catálogos terão um salário fixo e comissão. Toda a mudança vai ser importante até para aproximar o consumidor que hoje deixa de entrar na loja porque acredita que não pode consumir nossos produtos. Queremos mudar essa imagem”, detalha. (Agência Estado)

Da redação - São Paulo / SP
Bourbon Shopping oferece Sem Parar/Via Fácil no estacionamento
O Bourbon Shopping São Paulo passou a oferecer nesta semana a seus clientes o sistema automático de pagamentos Sem Parar/Via Fácil em seu estacionamento, proporcionando mais facilidade e conforto aos frequentadores. O serviço permite que o cliente entre e saia do shopping sem ter de pegar o tíquete de estacionamento ou fila em caixas para efetuar o pagamento. O Sem Parar/Via Fácil funciona por meio da tecnologia de radiofrequência, que identifica o veículo com o tag (etiqueta eletrônica), abre a cancela automaticamente e envia a informação aos computadores da STP, empresa que administra o sistema e faz a cobrança posteriormente. O pagamento pode ser feito por meio de débito em conta ou cartão de crédito. Para instalar o dispositivo, o usuário paga uma taxa de adesão de R$ 58,33 e mensalidade de R$ 10,40 (veículos de passeio) mais o valor dos gastos com estacionamento ou pedágio.

Da redação - Porto Alegre / RS
Café do Porto abre loja dentro da Saraiva Megastore na capital gaúcha
A tradicional rede gaúcha de cafeterias Café do Porto abriu uma unidade dentro da megastore Saraiva no Praia de Belas Shopping, em Porto Alegre/RS. O Café do Porto, além da carta especial de cafés, oferece uma intensa atividade cultural. No calendário estão exposições de arte e o Café Filo, que recebe convidados para debater temas da atualidade.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação - Brasília / DF
Exportação brasileira de soja segue apetite chinês e tomba em outubro
No Brasil, o Ministério da Agricultura divulgou os resultados da balança do campo em outubro e um dos grandes destaques negativos foi o forte recuo das exportações de soja em grão; na China, novos números de importações mostraram uma forte queda das compras do mesmo produto no exterior no mesmo mês.
Os embarques brasileiros do agronegócio alcançaram US$ 5,475 bilhões no mês passado, 17,3% menos que em outubro de 2008. No caso do complexo soja, que no mês perdeu a liderança das exportações do agronegócio para carnes e açúcar e álcool, o recuo foi de 33,8% na mesma comparação, para US$ 769,3 milhões. Superaquecida no primeiro semestre por causa da forte demanda chinesa, o recuo já era previsto por analistas.
E a demanda chinesa, seguindo uma estratégia bem definida e executada pelo governo do país, voltou a decepcionar. Em outubro, as importações do gigante recuaram pelo quarto mês consecutivo, para o menor patamar em um ano. foram 2,52 milhões de toneladas, pouco menos da metade do recorde mensal atingido em junho (4,7 milhões de toneladas. Mas agora que a entrada da safra (2009/10) dos Estados Unidos no mercado ganhou ritmo e os preços caíram - também por causa da redução das compras da China -, o gigante asiático deverá voltar às compras, conforme estimam analistas.
Ontem as cotações do grão recuperaram as perdas de terça-feira, dia 10/11, na bolsa de Chicago, em parte causadas por novas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a produção no país e no mundo em 2009/10, que serão recorde. Os contratos para janeiro fecharam a US$ 9,72 por bushel, alta de 4 centavos de dólar. Diferentemente do que informou ontem o Valor por um erro de edição, a produção mundial da oleaginosa deverá somar 250,23 milhões de toneladas, 1,7% mais que o estimado em outubro e 18,7% acima da safra 2008/09.


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MERCADO WEB

Rio de Janeiro / RJ
Pão de Açúcar quer liderança no comércio eletrônico
Impulsionado pelos resultados do Ponto Frio, o Grupo Pão de Açúcar vai em busca da liderança no comércio eletrônico. Segundo Enéas Pestana, vice-presidente administrativo e financeiro da empresa, esse segmento é a "joia da coroa" e vai movimentar mais de R$ 1 bilhão em vendas neste ano na empresa. "Vamos intensificar nossos investimentos e fazer esse negócio crescer para brigar pela liderança desse segmento", disse.
O grupo não divulga os números exatos da expansão no faturamento do Extra.com em relação ao ano passado, informando apenas que as vendas virtuais continuam crescendo acima de 50% no ano. No Ponto Frio, houve alta de 197% no terceiro trimestre ante igual período em 2008, para R$ 173,4 milhões, e de 95% no acumulado dos nove meses de 2009, para R$ 386,3 milhões.
"O pontocom é um foco estratégico. À medida em que decidimos intensificar o investimento em categorias de não-alimentos, eletroeletrônicos principalmente, evidentemente que a gente vai impulsionar fortemente esse canal de vendas", completou Pestana. Segundo a consultoria e-bit, especializada no setor, a participação de mercado do líder em vendas no comércio eletrônico, a B2W, formada pela fusão de Submarino e Americanas.com, caiu de 41,5%, no primeiro semestre de 2008, para 36% no mesmo período deste ano.
Considerando os dez primeiros colocados, essa fatia passou de 76,3% para 74,1%. Uma das razões dessa descentralização, de acordo com a e-bit, é a ampliação de informações sobre lojas e produtos em sites de busca e comparação de preços. Outra aposta do grupo para o próximo ano é o mercado de imóveis, com a criação de uma empresa para administrar esse segmento que terá "um ativo inicial ao redor de R$ 1,8 bilhão a R$ 2 bilhões", de acordo com Pestana. "Com esse tamanho de ativos e a carteira de recebíveis já é certamente uma das maiores empresas imobiliárias do país", completou.
Sinergias - Sobre as sinergias com o Ponto Frio, adquirido em junho deste ano, o presidente da empresa focada em eletroeletrônicos, Jorge Herzog, disse que devem ficar acima dos R$ 500 milhões previstos inicialmente, mas não revelou o número. "O foco é a rentabilização das lojas existentes", afirmou, acrescentando que as unidades com resultados abaixo da média do grupo serão fechadas.
Isso não quer dizer, afirma, fechar lojas que estejam próximas, por não considerá-las sobreposição, já que é normal ter mais de uma unidade da mesma bandeira no segmento de eletroeletrônicos na mesma rua ou no mesmo shopping center. Embora o mais provável seja o corte de funcionários com a união de duas empresas, segundo Herzog, "houve mais admissões do que demissões" nesse caso, até porque foi preciso aumentar o quadro de empregados nas lojas do Ponto Frio. A junção das duas financeiras do grupo está em estudo e deve ser feita "tão logo seja possível", nas palavras de Pestana.
Os investimentos de R$ 750 milhões previstos para este ano podem não ser alcançados, admite o vice-presidente do grupo. Até setembro, foram R$ 429,8 milhões, sendo R$ 215,7 milhões no terceiro trimestre. Para 2010, de acordo com Pestana, os aportes devem ficar "bem acima disso", com concentração na abertura de lojas do Assai, do Extra Fácil e em supermercados dessa bandeira. (Agência Estado)


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Três estaleiros fazem proposta para construir navios da Transpetro
Três estaleiros apresentaram propostas técnicas para a construção de oito navios gaseiros da Transpetro, subsidiária da Petrobras na área de transportes e logística. Estão em análise as condições propostas pelos estaleiros Eisa, Mauá e Promar Ceará. A próxima etapa será comporta por análise da conformidade das propostas técnicas dos concorrentes com as exigências do edital. Em seguida, serão abertas as propostas comerciais. Os navios gaseiros, voltados para o transporte de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), fazem parte do Promef - Programa de Modernização da Frota da Petrobras. Está prevista a construção de 49 navios, num total de 4 milhões de toneladas de porte bruto. Até o momento, foram licitadas 33 embarcações. A Transpetro exige que os navios sejam feitos no Brasil, sendo que pelo menos 70% dos equipamentos e serviços tem que ser adquiridos de empresas nacionais.


Londres / Inglaterra
British Airways e Iberia assinam acordo de fusão
As companhias aéreas British Airways e Iberia assinaram ontem, dia 12/11, um acordo de fusão "entre iguais", segundo o qual os acionistas da empresa britânica ficarão com 55% da nova companhia, e os da empresa espanhola, com 45%. A nova empresa, chamada de TopCo no comunicado comum emitido pelas duas empresas, será dirigida pelo atual presidente da British Airways, Willie Walsh. A nova companhia terá uma frota de 149 aviões indo para 205 destinos diferentes. Em 2008, as duas companhias tiveram um número total de passageiros de 62 milhões. Juntos, seus faturamentos totalizaram cerca de 15 bilhões de euros nos últimos anos. A TopCo será cotada na Bolsa de Londres, e terá possivelmente uma segunda cotação em Madri. Ela será espanhola, mas a sede ficará em Londres. A fusão será finalizada no fim de 2010, e as duas empresas manterão seus nomes respectivos e suas operações atuais, segundo o comunicado. Iberia e British Airways estavam negociando a fusão desde 2008. A British Airways fracassara em comprar a Iberia em 2007. A Iberia possui 9% da British Airways, que por sua vez possui 13% da companhia aérea espanhola. (Agence Frane Presse / AFP)


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TELECOM & ENERGIA


Da redação - Brasília / DF
BNDES deve liberar R$ 14 bi para setor elétrico no ano
O gerente do Departamento de Energia do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -, Alexandre Siciliano Espósito, disse que o banco aprovou créditos de cerca de R$ 13 bilhões para o setor elétrico nacional até setembro deste ano e deve encerrar o ano com desembolsos superiores a R$ 14 bilhões. O resultado representará quase o dobro do valor liberado no ano passado, que foi de R$ 8,5 bilhões. "Praticamente dobrou, muito por conta dos grandes projetos hidrelétricos, como as usinas do Rio Madeira".
A maior parcela do financiamento aprovado até setembro, correspondente a R$ 11,4 bilhões, foi destinada ao segmento de geração de energia elétrica, sendo R$ 7,5 bilhões para médias e grandes hidrelétricas, R$ 2,6 bilhões para termelétricas, R$ 934 milhões para as PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e R$ 342 milhões para biomassa. Outros R$ 686 milhões foram aprovados para o segmento de distribuição e R$ 662 milhões para a área de transmissão.
Espósito disse que o objetivo para 2010 é o de repetir o volume de empréstimos deste ano, com desembolsos entre R$ 14 bilhões e R$ 15 bilhões. Ele explicou que como os investimentos elétricos têm um tempo de maturação grande e boa parte deles já está na carteira do banco, a tendência é que os desembolsos perdurem nesse patamar durante um bom tempo. De acordo com o gerente, os projetos apoiados pelo banco, desde 2003, totalizam 12 mil quilômetros em linhas de transmissão. Em geração, o incremento foi próximo a 25 mil megawatts. (Agência Brasil)

Da redação - Brasília / DF
Anatel dá sinal verde para aquisição da GVT
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu ontem, dia 12/11, sinal verde para que a Telefônica possa concluir a compra da GVT. O órgão regulador, no entanto, impôs quatro grupos de exigências para o caso de o negócio ser concretizado, entre eles a preservação da marca GVT por cinco anos e a manutenção de operações independentes pelo mesmo período. A Anatel também aprovou hoje o pedido de anuência prévia feito pelo grupo francês Vivendi para adquirir a GVT. Os acionistas da GVT ainda não decidiram para quem vão vender a operadora. A Telefônica apresentou a maior oferta, de R$ 50,50 por ação, enquanto a Vivendi ofereceu R$ 42. A conclusão da oferta pública da Telefônica está prevista para a quinta-feira da próxima semana, dia 19/11.
O presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, explicou hoje, durante entrevista, que não foram impostas exigências para a Vivendi, porque o grupo ainda não opera no Brasil, enquanto a Telefônica tem forte atuação no País e, por isso, os condicionantes são necessários. "As exigências são suficientes para manter a competição", disse ele. Caso a Telefônica compre a GVT, as duas empresas terão que manter, cada uma, de forma autônoma e independente, suas estruturas administrativas, operacionais, funcionais e comerciais. Essa exigência deve vigorar por cinco anos, mas pode ser revista pela Anatel depois de cumpridos dois anos.
No caso das áreas em que as duas empresas têm licenças para operar telefonia fixa, uma delas terá que ser devolvida, no prazo de 18 meses. A sobreposição mais expressiva de licenças, segundo a Anatel, ocorre no Estado de São Paulo. Também terá que ser devolvido no mesmo prazo um dos códigos usados pelas empresas para fazer ligações interurbanas e internacionais. Sardenberg disse que a decisão da Anatel foi de aprovada por 3 a votos a 1 pelo Conselho Diretor da agência e levou em conta as opiniões manifestadas por órgãos de defesa do consumidor sobre o negócio. A conselheira Emília Ribeiro não foi contra a anuência, mas apresentou voto diferente. "É um resultado prático, permite o andamento da questão e faz exigências", disse Sardenberg, referindo-se ao fato de que a Telefônica marcou para o dia 19 a conclusão da oferta pública de ações feita no início do mês passado. Segundo ele, a Anatel viu a necessidade de impor exigências à Telefônica para evitar problemas de competição já que a empresa, ao contrário do grupo francês Vivendi, tem forte operação no setor de telecomunicações no Brasil.


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CURSOS, SEMINÁRIOS & EVENTOS

Vitória / ES

Renda extra com fabricação de conservas
Produtores rurais de Santa Maria de Jetibá terão a oportunidade de aumentar a renda familiar por meio da comercialização de Conservas Vegetais. Para ensinar a fabricação de geléias, compotas e afins, Senar/ES (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sindicato Rural do Município realizarão no próximo dia 14/11, na comunidade de São João de Garrafão, capacitação na área. Durante o treinamento os participantes aprenderão a preparar e armazenar alimentos, normas básicas de manipulação, noções de nutrição, rotulagem de produtos, além de técnicas e receitas para a fabricação de produtos finais.
O treinamento é gratuito e os interessados podem entrar em contato com o Sindicato Rural de Santa Maria de Jetibá, pelo telefone (27)3263.0042, Sindicato Rural de Santa Maria de Jetibá (27) 3263.0042 ou no Senar/ES (27)3185.9202.


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