Edição 226 | Ano II


São Paulo / SP
Após apagão, grandes empresas calculam os prejuízos
Metalúrgicas, siderúrgicas, companhias da cadeia petroquímica, fabricantes de cerâmica e vidro estão entre as principais empresas afetadas pela queda do fornecimento de energia ocorrido ontem. O apagão durou até seis horas, dependendo da localização da empresa. Foram afetadas principalmente as companhias em que o ciclo de produção é contínuo, como no caso da Suzano Papel e Celulose. De acordo com o presidente da companhia, Antonio Maciel Neto, o complexo instalado no município de Suzano (SP) teve a energia retomada apenas às 3 horas de hoje. "Quando ocorre uma queda brusca de energia é uma situação muito complicada", afirmou. As perdas da empresa ainda não foram dimensionadas. A interrupção da energia, muitas vezes, gera perdas superiores ao que deixa de ser produzido no período de apagão. A fabricante de condutores elétricos Wirex Cable, por exemplo, contabilizou um prejuízo de R$ 150 mil a R$ 200 mil, o que representa cerca de 1% do faturamento mensal da empresa. "Os cabos são feitos sob medida, na extensão solicitada pelo cliente. Se o fornecimento de energia é interrompido, (a empresa) perde tudo o que estava na linha, não há como reaproveitar o material, que vira sucata", explicou o diretor-presidente da empresa, Sérgio Aredes, que também é presidente do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel). Fabricantes de outros metais, como alumínio e aço, também indicaram que houve prejuízos. Em comunicado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou que o blecaute "exigiu redução de ritmo ou desligamento de vários equipamentos da Usina Presidente Vargas". Segundo a empresa, os equipamentos principais, como os do alto forno e laminadores, tiveram seu funcionamento interrompido temporariamente. A CSN afirmou que ainda está dimensionando o impacto na produção, que "aos poucos volta ao normal". Gerdau, ArcelorMittal e Usiminas também divulgaram notas informando perdas em suas unidades, que já operam normalmente. (Agência Estado)

Da redação - Brasília / DF
Saída de dólares supera entrada em quase US$ 1,4 bilhões
O Banco Central revelou que o fluxo cambial do País (diferença de saídas e entradas de dólares) teve saldo negativo de US$ 1,388 bilhão em novembro, até o dia 6. No acumulado deste ano, o resultado é positivo em US$ 21,468 bilhões. No ano passado, considerando o mesmo período de quatro dias úteis, o fluxo cambial foi negativo em US$ 95 milhões. De janeiro a novembro, o saldo estava positivo em US$ 12,454 bilhões. Pela conta comercial (exportações e importações), o resultado é negativo em US$ 569 milhões. Pelo lado financeiro, o saldo foi negativo em US$ 818 milhões. Já no acumulado deste ano, a conta comercial respondeu por um fluxo de US$ 9,031 bilhões, enquanto a conta financeira, de US$ 12,437 bilhões. No mês passado, o saldo foi positivo em US$ 14,59 bilhões, apesar da instituição da taxação de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para estrangeiros em investimentos em rendas fixa e variável no País. O resultado, impulsionado pelo lançamento de ações do banco Santander, foi o maior do ano e ficou muito acima do registrado em setembro, quando o saldo foi positivo em US$ 1,36 bilhão.


Brasília / DF
Estados produtores terão 25% de royalties do pré-sal
O governo abriu mão de parte da participação da União nos royalties do pré-sal para beneficiar os Estados produtores. Após reunião de três horas com os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, o governo topou fixar em 25% a participação dos Estados produtores no bolo dos royalties. Antes da reunião, o relatório da partilha determinava uma parcela de 18% para os Estados produtores. A União, que levava 27% (fora os 3% para mitigação de mudanças climáticas), agora vai ficar com 19% dos royalties. O projeto da partilha será votado amanhã, às 9h. Segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tanto o governo federal como os Estados tiveram que ceder. Cabral e Hartung vieram a Brasília querendo 33% de royalties.
Cabral agradeceu a disposição do presidente Lula em negociar e disse que o acordo de hoje é uma "solução que nos deixa satisfeitos, dentro da perspectiva de que o ótimo é inimigo do bom". É um jogo que todos ganham e perdem, nas palavras do governador. Ganhou também na decisão de hoje os municípios com instalação para extração de petróleo. Antes tinha 2%, agora terá 3%.
Os Estados e municípios não produtores continuarão a ganhar 44% dos royalties, divididos ao meio. O Fundo de Participação dos Municípios definirá a distribuição entre as cidades, e o Fundo de Participação dos Estados, dos Estados. Os municípios produtores continuam com 6% do dinheiro, e o fundo de mitigação de mudanças climáticas também ficou inalterado. A alíquota de royalties considerada nos novos cálculos é de 15%. Padilha falou também que está confiante na votação em plenário dos projetos, apesar da ameaça de obstrução da oposição. Agradeceu ainda aos deputados membros das comissões especiais por cumprir o prazo estabelecido entre o presidente Lula e o presidente da Câmara, Michel Temer, de começar as votações esta semana. A votação do relatório da Petro-Sal em plenário era esperada para hoje, mas deve ficar para amanhã. O único relatório pendente até agora é o da partilha. (Agência Estado)



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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo / SP
Crédito ao consumidor avança 5,5% em outubro
O Índice SCPC Nacional de Crédito ao Consumidor, baseado nas consultas aos 2.200 SCPCs/SPCs municipais de todo o Brasil, avançou 5,5% em outubro em comparação a setembro, informou a ACSP - Associação Comercial de São Paulo. Segundo a entidade, o resultado mostra a "tendência de recuperação do crédito e das vendas do varejo", o que para eles deve chegar ao mesmo patamar do ano anterior até o fim de 2009. O crédito ao consumidor ainda recuou 8,7% sobre o mesmo mês de 2008, mas trata-se de uma queda cada vez menor, explicou a entidade. Na divisão por regiões, a que apresentou maior expansão foi a Sul (9,8%), seguida por Centro-Oeste (5,8%), Sudeste (5,1%), Norte (3,7%) e Nordeste (0,7%). Na inadimplência, o indicador apontou alta de 6,5% no número de novos registros entre setembro e outubro. Na comparação com outubro do ano passado, houve recuo de 12,4%. Já entre os registros cancelados, o número teve recuo de 0,9% sobre setembro e alta de 6,1% ante outubro do ano passado. Segundo Marcel Solimeo, economista da ACSP, a alta dos registros cancelados no mês é explicado pelo aumento do emprego e da renda e também pela maior facilidade de renegociação oferecida pelos credores.


São Paulo / SP
Fundos de pensão colocam DI e renda fixa na liderança
Os fundos de pensão e institucionais colocaram os DI e renda fixa na liderança de captação em novembro, de acordo com dados do site financeiro Fortuna (www.fortuna.com.br). No mês, até o dia 6, os fundos de renda fixa têm fluxo positivo de R$ 844 milhões e os referenciados DI, de R$ 320 milhões. No varejo, no entanto, o fluxo para os fundos conservadores segue negativo. Nos meses anteriores, a liderança na captação ficou com os multimercados, tanto para os investidores institucionais quanto para pessoa física.
Pela pesquisa com os fundos populares conservadores (renda fixa, DI e curto prazo), com aplicação inicial de até R$ 5 mil, a captação foi negativa em R$ 99,1 milhões. Aqueles com aplicação inicial entre R$ 5 mil e R$ 100 mil tiveram saques de R$ 83,8 milhões. Os fundos com aplicação inicial acima de R$ 100 mil tiveram captação negativa de até R$ 237,9 milhões. “A competição com outros produtos conservadores, como CDBs e caderneta de poupança, continua grande”, avalia o diretor do Fortuna, Marcelo D’Agosto.
Apesar de o rendimento ainda estar achatado, devido ao nível baixo do juro, quem resolver aplicar nos fundos conservadores deve ponderar o retorno das aplicações. Segundo o responsável por renda fixa na Avanti Gestão de Recursos, Luiz Augusto Monteiro, os fundos de renda fixa atualmente têm uma rentabilidade anualizada de aproximadamente 10,15%. “Investimentos prefixados levam uma pequena vantagem em relação aos pós-fixados, que devem acompanhar a Selic de 8,75% ao ano”, diz. (Agência Estado)



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)


São Paulo / SP
Marfrig levanta R$1,36 bilhão com oferta de ações
O frigorífico Marfrig levantou R$ 1,36 bilhão com a oferta primária de ações realizada para pagar a aquisição da Seara. Conforme informações disponíveis no site da CVM - Comissão de Valores Mobiliários -, cada nova ação saiu a R$ 19, o que representa uma depreciação de 3,1% ante o preço do papel no fechamento da Bovespa de ontem, dia 11/11, de R$ 19,60. A operação envolveu a emissão de 71.744.000 de ações. O coordenador-líder da oferta foi o Bradesco BBI. O Marfrig anunciou em 14 de setembro a compra da Seara por US$ 706,2 milhões em dinheiro, assumindo dívidas de US$ 193,8 milhões. (Agência Reuters)


HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Asiáticas cedem com motivos locais
As principais bolsas asiáticas cederam os ganhos do início do dia nesta quinta-feira, pressionadas por motivos locais e mostrando sinais de fadiga à medida em que o forte rali recente chega ao seu nono mês.
- O índice MSCI da Ásia Pacífico exceto Japão caía 0,56 por cento, para 408 pontos, dando fim a uma sequência de quatro sessões de recuperação.
- A bolsa de HONG KONG caiu 1 por cento, a 22.397 pontos, com as perdas de bancos e papéis do setor imobiliário.
- O índice Nikkei da bolsa de TÓQUIO perdeu 0,68 por cento, para 9.804 pontos, com a queda da empresa de transporte Nippon Yusen por preocupações relacionadas a seus planos de levantar capital.
- O mercado de SYDNEY caiu 0,19 por cento, depois que um forte dado de emprego de outubro elevou a probabilidade de uma nova alta nos juros no próximo mês.
- Na COREIA, a bolsa fechou com queda de 1,4 por cento, pressionada pelas perdas de exportadores, como a Hyundai Motor e a LG Electronics, que foram pressionadas pela força do won.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão de hoje em baixa de 4,39 pontos (0,08%), aos 5.262,36. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu hoje em alta e cotado a US$78,19 no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, US$0,24 mais que no fechamento da quarta-feira.
- Frankfurt / Alemanha - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt abriu o pregão de hoje em baixa de 0,30%, aos 5.653,56 pontos. O euro manteve sua cotação frente ao dólar praticamente estável no mercado de divisas de Frankfurt e estava cotado US$1,4998, frente aos US$1,4990 de ontem pela tarde. O Banco Central Europeu (BCE) fixou na sexta-feira o câmbio oficial do euro em US$1,5037.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Paris abriu o pregão de hoje em baixa de 0,21% aos 3.806,43 pontos.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu o pregão de hoje em baixa de 0,14%, aos 23.233,07 pontos.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri abriu o pregão de hoje em baixa de 4,70 pontos (0,04%), aos 11.799.


ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Bovespa fecha com avanço de 0,19% em terceiro dia de ganhos
As ordens de compra predominaram durante a maior pregão de ontem, dia 11/11, a Bovespa. Indicadores econômicos da China, um maiores importadores mundiais de commodities, animaram os investidores nas Bolsas asiáticas, européias e americanas. A taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,72. As ações do setor de energia subiram no pregão de hoje, um dia após o apagão de quatro horas que atingiu 18 Estados brasileiros. O IEE, índice que segue a movimentação dos papéis das elétricas, avançou 0,44%. Analistas destacaram que o apagão, por enquanto, não apontou para problemas no fornecimento de energia no país.
- O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, valorizou 0,19% no fechamento, aos 66.431 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,90 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 1,722, em alta de 0,29%.
- O Banco Central revelou que o fluxo cambial do País teve saldo negativo de US$ 1,388 bilhão em novembro, até o dia 6. No acumulado deste ano, o resultado é positivo em US$ 21,468 bilhões.
Análise 1 - A Bolsa voltou a atingir o patamar dos 67 mil pontos, em seu pico do ano, e quase já apagou o "efeito IOF" sobre os negócios. No dia 19 de outubro, quando o governo anunciou a medida, houve nervosismo entre investidores, o que pode ter contribuído para saída de quase R$ 4 bilhões da Bolsa nos dias subsequentes. Os últimos números da Bovespa, no entanto, já mostram que os estrangeiros retornaram ao mercado brasileiro: em novembro, as compras de ações brasileiras por não-residentes supera as vendas por R$ 718,6 milhões (até o pregão do dia 9/11). "A nosso ver, o Brasil continuará no radar do investidores, pois apesar de toda a alta, comparativamente aos demais mercados emergentes ou mesmo desenvolvidos, ainda aguardamos grande atividade. Devemos considerar que os eventos Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 demandarão investimentos relevantes e, apesar das datas, não podem demorar a se iniciar", avalia a equipe de analistas da corretora Planner, em relatório sobre o mercado financeiro distribuído ontem.
Análise 2 - Entre as principais notícias do dia, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - apontou inflação de 0,28% em outubro ante 0,24% em setembro, conforme a leitura do IPCA, utilizado como índice oficial de preços para o regime de metas do governo. E na madrugada de hoje, o governo chinês informou que a produção industrial desse país cresceu no maior ritmo (16,1%) em 19 meses no mês de outubro. Analistas avaliam que esse recuperação deve se estender pelo quarto trimestre do ano e por 2010. Nesse mesmo mês, as vendas do setor varejista tiveram crescimento de 16,2%. A balança comercial acumula superavit de US$ 23,99 bilhões.
Reação das Empresas:
- A Telefônica (Telesp) reportou lucro líquido de R$ 600,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, um crescimento de 2,2% sobre o resultado apurado um ano antes. A ação preferencial retraiu 3,61%.
- A seguradora Porto Seguro anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 73,3 milhões no terceiro trimestre deste ano --com uma queda de 2,3% ante o mesmo período de 2008. A ação ordinária subiu 0,91%.
- A Positivo Informática anunciou que teve lucro líquido de R$ 59,1 milhões no terceiro trimestre, com uma alta de 4,9% sobre o mesmo período do ano passado. A ação ordinária teve perda de 2,24%.
- Anteontem à noite, a BM&FBovespa - controladora da Bovespa e da BM&F - Bolsa de Mercadorias e Futuros - registrou um lucro líquido de R$ 245,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, um resultado 4,3% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. A ação ordinária teve alta de 1,84%.


Nova Iorque / EUA
Bolsas americanas sobem com manutenção dos juros baixos nos EUA
Em um dia com poucos negócios, as Bolsas americanas fecharam em alta ontem, dia 11/11, com a expectativa dos investidores de que a taxa de juros no país deverá permanecer baixa por algum tempo.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse fechou com alta de 0,43%, para 10.291,26 pontos.
- O ampliado S&P 500 avançou 0,5%, a 1.098,51 unidades.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite ganhou 0,74%, para 2.166,90 pontos.
Análise 1 - Com os juros baixos, os investidores ficam mais propensos a manter seus recursos no mercado acionário, o que favorece os negócios. Essa expectativa ganhou força ontem depois que o presidente do Fed - Federal Reserve - de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que o ritmo de crescimento do país seja "relativamente fraco" no médio prazo - o que leva a esperar que os juros fiquem baixos. A confiança dos investidores, no entanto, continua fraca; segundo analistas, persiste a avaliação de que, com a economia americana ainda tentando se recuperar, o ritmo de valorização das ações foi acelerado demais, e qualquer indicador negativo da economia americana poderia disparar uma onda de vendas.
Análise 2 - Outro motivo para o bom desempenho de Wall Street hoje foi a China. A produção industrial do país teve em outubro o maior crescimento em 19 meses, mostrando que a terceira maior economia do mundo definitivamente deixou para trás o pior da crise financeira global. Hoje também a loja de departamentos Macy's divulgou uma perda menor no terceiro trimestre passado que no mesmo período de 2008. A empresa disse ter se beneficiado de medidas como controles mais restritos de estoques. A expectativa dos analistas, no entanto, era de resultados maiores.


Londres / Inglaterra
Bolsas da Europa fecham em alta com otimismo sobre China e bancos
As Bolsas europeias fecharam no maior nível em três semanas ontem, dia 11/11, impulsionadas por empresas do setor financeiro e mineradoras, à medida que o apetite por ativos de risco, como ações, cresceu após a divulgação de dados macroeconômicos positivos da China.
- A Bolsa de Londres subiu 0,69%, indo para 5.266,75 pontos no índice FTSE 100;
- A Bolsa de Frankfurt subiu 0,98% no índice DAX, para 5.668,35 pontos;
- A Bolsa de Zurique teve alta de 0,09%, indo para 6.374,70 pontos no índice Swiss Market;
- A Bolsa de Amsterdã fechou com ganho de 1,50%, com 317,97 pontos no índice AEX General;
- A Bolsa de Madri, a exceção do dia, teve leve variação negativa de 0,09%, com 1.231,93 pontos no índice Madrid General.
- O índice FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos principais papéis do continente, terminou em alta de 0,31%, a 1.013 pontos, maior patamar de encerramento desde 22 de outubro.
Análise 1 - O indicador, que subiu em cinco das últimas seis sessões, está agora valorizado 22% em 2009 e disparou 57% desde a mínima recorde atingida no início de março. O segmento bancário foi um dos de melhor desempenho, com os papéis do banco francês Credit Agricole subindo 6%, depois que o lucro líquido da instituição relativo ao terceiro trimestre caiu menos que o previsto por muitos e após o banco nomear um novo presidente-executivo de suas influentes divisões regionais. Standard Chartered, HSBC, Lloyds, BNP Paribas, Société Générale, Natixis e UBS tiveram alta entre 0,7% e 4,5%.
Análise 2 - "Dados macroeconômicos positivos da China ajudaram o mercado hoje", disse o estrategista de ações Tammo Greetfeld, da UniCredit. "O recente número aliviou algumas preocupações e estamos convencidos de que o mercado de ações terá um impulso de dados positivos nos próximos meses. Achamos que a valorização cíclica nas ações ainda está para acontecer", acrescentou. A produção industrial chinesa teve em outubro o maior crescimento em 19 meses, mostrando que a terceira maior economia do mundo definitivamente deixou para trás o pior da crise financeira global.



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MERCADO FINANCEIRO

São Paulo / SP
Investidores estrangeiros levam 78% da oferta do Santander
Os investidores estrangeiros, a maioria fundos de pensão e de investimento, ficaram com 78% dos papéis do banco Santander Brasil, vendidos na maior oferta de ações do mundo em 2009. O resultado final da operação saiu ontem. Dos papéis vendidos, 60% serão negociados diretamente na Bolsa de Nova York e só 40% na BM&F Bovespa, confirmando o favoritismo do mercado americano para negociação de papéis brasileiros. A captação do Santander aconteceu antes de o governo colocar o IOF de 2% para o investidor estrangeiro na Bolsa, fato que desestimula a entrada de recursos no país.
Na operação, o Santander Brasil captou R$ 13,2 bilhões - inicialmente, havia informado R$ 14,1 bilhões, mas o valor recuou com a venda parcial dos lotes suplementares e com o trabalho de estabilização nos preços, que envolve venda de papéis. Mesmo assim, seguiu à frente da abertura de capital da construtora chinesa CSCEC, que levantou US$ 7,34 bilhões (R$ 12,5 bilhões) em julho. Diferentemente da maioria dos IPOs (ofertas iniciais de ações) brasileiros, a oferta do Santander foi simultânea no Brasil e nos EUA. Pela primeira vez, os investidores estrangeiros tiveram a opção de comprar os papéis no exterior sem ter de trazer dinheiro ao país.
Por esse motivo, havia uma expectativa no mercado de que a oferta brasileira tivesse uma adesão menor de estrangeiros, que prefeririam comprar os papéis nos EUA, país com custos menores e sem risco cambial. O resultado ontem mostrou que 62% dos papéis vendidos no Brasil foram para estrangeiros, dentro do histórico das últimas ofertas. No auge dos IPOs, em 2007, os estrangeiros costumavam levar 75%. Neste ano, o IPO da VisaNet teve adesão de 57% de estrangeiros.


São Paulo / SP
Lucro da Nossa Caixa sobe 407,3% no terceiro trimestre
A Nossa Caixa anunciou ontem um lucro contábil de R$ 354,286 milhões no terceiro trimestre de 2009, o que representa um aumento de 407,3% sobre os R$ 69,830 milhões de igual período de 2008. O lucro recorrente foi de R$ 164,7 milhões, superior em 33,4% ao resultado recorrente de igual trimestre do ano passado. O resultado recorrente exclui as despesas com provisão para contingências cíveis e o crédito tributário decorrente de alinhamento com os critérios do Banco do Brasil (BB), controlador da Nossa Caixa. O presidente da Nossa Caixa, Demian Fiocca, afirmou que está previsto para o dia 30 de novembro a incorporação societária da Nossa Caixa ao BB. Por essa razão, a partir do quarto trimestre, apenas o BB fará a divulgação de seus resultados. Pelo cronograma anunciado em março pelo banco federal ao assumir a Nossa Caixa, essa incorporação poderia ocorrer até março de 2010. Em relação a mudança das agências Nossa Caixa para Banco do Brasil, Fiocca afirmou que ela ocorrerá de forma gradual a partir do ano que vem, mas o cronograma ainda não foi definido.
Crédito - A Nossa Caixa também informou hoje que espera repetir no quarto trimestre o crescimento da carteira de crédito registrado no terceiro trimestre do ano. Ao fim de setembro, a carteira da instituição financeira somava R$ 19,8 bilhões, valor 68% superior ao registrado em igual mês de 2008 e 13,2% acima do estoque de empréstimos do segundo trimestre. "Esperamos ao menos a manutenção no ritmo. Ainda mais levando em conta que, para a economia, o quarto trimestre deve ser melhor que o terceiro", afirmou Fiocca. O sistema financeiro cresceu 5,5% entre junho e setembro. Até setembro deste ano, a carteira da Nossa Caixa já cresceu 49,7% na comparação com dezembro. A meta de expansão dos empréstimos no ano é de 50% e, considerando o desempenho até o terceiro trimestre, ela será superada.
O crescimento trimestral do crédito foi impulsionado pela estratégia adotada pelo banco, em meados do ano, de priorizar as concessões a empresas. Esse segmento somava em setembro R$ 4 bilhões, o que representa um crescimento de 31,4% no trimestre e de 40,4% em 12 meses. O ritmo foi alcançado devido ao lançamento de novos produtos, como uma linha de capital de giro competitiva. "A linha antiga era cara", disse Fiocca. Essa nova linha fez com que a média mensal de concessões no terceiro trimestre chegasse a R$ 72,5 milhões, um volume 240% superior ao concedido em igual período de 2008. O novo posicionamento do banco inclui a divulgação dessas linhas em campanhas publicitárias e a promoção de cafés da manhã com a participação de empresários no interior de São Paulo. Até agora, foram realizados quatro cafés da manhã e um quinto está programado para a próxima semana.
Pessoas físicas - No segmento de pessoas físicas, a carteira de crédito do banco somava ao fim de setembro R$ 15,3 bilhões, o que representa um crescimento de 9,3% no trimestre e de 77,2% em 12 meses. O principal produto desse segmento é o crédito consignado, com um total de empréstimos de R$ 10,7 bilhões. Por considerar essa modalidade mais segura, o banco ampliou seu leque de clientes, passando a conceder o crédito também para beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). (Agência Estado)


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INDÚSTRIA


Da redação - São Paulo / SP
Indústria retoma plano de investimentos
Depois de colocar o pé no freio por conta da crise, a indústria mostra agora disposição para voltar a investir. Levantamento do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - realizado mostra que as consultas de financiamento ao banco, termômetro da intenção de realizar investimentos, dispararam nos últimos meses. Entre julho e setembro, foram recebidas 18.171 consultas, alta de 58% em relação ao trimestre anterior. Entre os setores que mais consultaram o BNDES, estão os segmentos têxtil, de alimentos e bebidas e a indústria mecânica, que abrange bens de capital e autopeças, entre outros. "Após paralisarem seus investimentos e desovarem estoques, as empresas foram surpreendidas a partir de meados do ano com o crescimento na demanda interna. O uso da capacidade instalada aumentou rapidamente, e agora os investimentos são retomados", disse Fernando Pimentel Puga, chefe do departamento de acompanhamento econômico e operações do BNDES.

Zurique / Alemanha
Logitech compra empresa de equipamento de videoconferência por US$ 405 milhões
A empresa de informática Logitech anunciou a compra da fabricante de equipamentos para videoconferência LifeSize Communications por US$ 405 milhões, reforçando posição no valorizado mercado de comunicação por vídeo, visto como importante fonte de crescimento futuro. Analistas do banco suíço Wegelin disseram que a aquisição faz sentido, apesar da Logitech estar pagando um preço "considerável". "Faz muito tempo que a Logitech provou ser uma empresa que se destaca da multidão", escreveram os analistas, em uma nota.
Webcams - "A Logitech, líder mundial em webcams, é uma parceira natural para a LifeSize", diz um comunicado desta, em sua página na internet. Na terça-feira, dia 10/11, a Cisco Systems revelou que a maioria dos acionistas da Tandberg, outra empresa de produtos para videoconferência, tinham rejeitado sua oferta de compra de cerca de US$ 3 bilhões. Poucos analistas esperam que a Cisco retire sua oferta, uma vez que a empresa já declarou que vê oportunidades de crescimento na área de videoconferência online. Além disso, analistas disseram que, qualquer que seja o seu resultado, as negociações podem incentivar mais transações envolvendo companhias de videoconferência como a Polycom.

Rio de Janeiro / RJ
Mineradora de Eike Batista tem prejuízo de R$ 27,2 mi no 3º trimestre
A MMX, braço de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista, registrou prejuízo de R$ 27,2 milhões no terceiro trimestre do ano, contra perda de R$ 343,4 milhões no mesmo período do ano passado. A empresa teve Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo de R$ 77,1 milhões de julho a setembro, ante geração de caixa positiva de R$ 13,8 milhões há uma ano. A receita bruta da mineradora ficou em R$ 112,8 milhões no terceiro trimestre, com uma queda de 55,4% sobre o mesmo período do ano passado. O volume de vendas de minério de ferro no período, porém, se manteve estável: apresentou leve alta de 2,1%, para 1,692 milhão de toneladas. Segundo a empresa, o principal motivo para o resultado ruim foi uma multa de R$ 33,9 milhões pagos a Anglo American Amapá por força de indenização contratual decorrente de venda de minério a cliente no exterior realizada durante 2008, quando o ativo ainda pertencia à MMX. "Na ocasião a Companhia não dispunha de instrumentos que permitissem antecipar tal contingência", explicou a empresa em comunicado ao mercado. (Agência Reuters)


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AGRONEGÓCIOS


Da redação - São Paulo / SP
Produção de alimentação animal registra queda de 1,6% de janeiro a setembro
A indústria de alimentação animal no Brasil registrou queda de 1,6% em sua produção nos primeiros nove meses em relação ao mesmo período do ano passado. Dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) mostram que o ritmo de crescimento dos últimos anos foi negativamente influenciado pela crise financeira global no primeiro semestre, o que fez com que a produção total recuasse para 43,3 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2009.
Apesar de registrar queda em quase todos os segmentos, a estimativa do Sindirações é que a produção de rações termine o ano com produção estável, em torno de 58 milhões de toneladas mais aproximadamente 2 milhões de toneladas de sal mineral.
Houve redução mais acentuada na produção de pré-misturas do que na produção de ração, o que comprova a queda no uso de tecnologia, compensada pelo aumento no consumo de grãos. Os preços competitivos do milho fizeram com que os produtores comprassem mais grãos, compensando parte dos nutrientes supridos pelos aditivos. “A queda no uso de tecnologia, porém, pode comprometer a produtividade futura”, afirma o diretor executivo do Sindirações, Ariovaldo Zanni.
AVICULTURA DE CORTE - A avicultura de corte, que demanda quase 50% da produção nacional de ração, consumiu 20,4 milhões de toneladas nos primeiros nove meses do ano, quantidade semelhante ao mesmo período de 2008. A queda das exportações, seguida de maior disponibilidade no mercado doméstico, tem determinado preços mais baixos para o frango vivo. O menor alojamento de pintos e matrizes, apurado desde agosto, pode demandar menos ração e conseqüentemente menor mobilização de tecnologia nutricional no último trimestre.
AVICULTURA DE POSTURA - Com crescimento de 1,4% no consumo em relação ao mesmo período de 2008, a demanda por ração na avicultura de postura respondeu ao comportamento de estabilidade no alojamento de pintainhas e preços competitivos dos ovos no primeiro semestre. O resultado foi um aumento no consumo de ração - foram consumidas 3,5 milhões de toneladas.
BOVINOCULTURA DE CORTE - Com queda de 7,1% no consumo de ração durante os primeiros nove meses, a bovinocultura de corte dificilmente alcançará a quantidade demandada no ano passado. Neste ano, o descompasso na relação do valor da arroba do boi e o preço do bezerro, além de outros fatores de ordem conjuntural, forçaram produtores a tardar o confinamento, deixando o boi a pasto. O resultado foi uma retração no consumo para gado de corte. No total, foram produzidas quase 2 milhões de toneladas de ração de janeiro a setembro.
BOVINOCULTURA DE LEITE - A produção de ração para a bovinocultura leiteira teve queda de 10%, a mais acentuada em todos os setores analisados pelo Sindirações, totalizando aproximadamente 3,5 milhões de toneladas. A acentuada diminuição da captação, as importações oriundas da Argentina e Uruguai e o comprometimento da produção afetaram negativamente o uso da tecnologia nutricional.
SUINOCULTURA - A suinocultura, também impactada pela crise financeira global, reduziu o consumo de ração e emprego de tecnologia. O resultado foi uma produção 1,2% menor nos três primeiros trimestres deste ano, ou seja, pouco mais de 11,2 milhões de toneladas. Os preços internacionais da carne suína alcançados no ano passado desabaram por conta da crise financeira global. A quantidade embarcada para o mercado internacional chegou a aproximadamente 450 mil toneladas nos primeiros nove meses do ano.
CÂES E GATOS, EQUINOS, PEIXES E CAMARÕES, OUTROS -Outros setores que continuam a registrar queda no período - também causada pelo impacto da crise mundial - foram os de ração para cães e gatos (-2,6%) e eqüinos (-5,4%).
Sobre o Sindirações - O Sindirações, Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, foi fundado em 1953, e é hoje o principal representante da indústria brasileira de ingredientes, premix, suplementos e rações para animais. Com sede em São Paulo, no edifício da Fiesp, a entidade reúne cerca de 160 associados – que representam cerca de 90% do mercado comercial de produtos destinados à alimentação animal –, tem como parceiro a Asbram, Associação Brasileira da Indústria de Suplementos Minerais e é filiado a FEED LATINA, Associação de Industrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe e à IFIF – International Feed Industry Federation. (Fonte: Perspectiva Assessoria de Comunicação)



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SETOR AUTOMOTIVO


Da redação - São Paulo / SP
GM anuncia a contratação de 600 empregados em São Paulo
Para atender o aumento da demanda por veículos no mercado brasileiro neste ano, a GM - General Motors - decidiu contratar 600 empregados em São Paulo, dos quais 250 para a unidade de São Caetano do Sul, outros 250 para São José dos Campos e 100 para a fábrica de Mogi das Cruzes. "O expressivo crescimento do mercado automotivo brasileiro nos impulsiona a ampliar as atividades nas unidades da empresa no país. Nossa expectativa é a de atingir um recorde histórico de vendas neste ano", afirma José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da General Motors do Brasil. A montadora informa que o processo de seleção e recrutamento vai dar preferência aos empregados que trabalharam anteriormente na empresa. De acordo com os últimos dados divulgados pela Anfavea, a produção da indústria automobilística apresentou aumento de 15,7% em outubro no comparativo com o mês anterior, registrando o segundo melhor mês da história, perdendo apenas para julho de 2008. No confronto com outubro do ano passado, houve aumento de 6,3% na produção - a primeira alta depois de um ano de quedas neste comparativo.


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VAREJO & SERVIÇO

Da redação - Rio de Janeiro / RJ
Petrobras projeta investir R$ 10 milhões em lojas de conveniência em 2010
A rede de lojas de conveniência BR Mania, dos postos Petrobras, está completando 15 anos de vida com 722 unidades franqueadas no Brasil e uma previsão de faturamento de R$ 400 milhões para este ano. Em 2010, a Petrobras Distribuidora pretende investir cerca de R$ 10 milhões no segmento de conveniência, com foco na melhoria da gestão, intensificação do relacionamento com os fornecedores, modernização visual das lojas, expansão da linha de sanduíches quentes e a ampliação do número de lojas com o BR Mania Café.

Da redação - São Paulo / SP
Multiplan tem alta de 51,6% nos lucros líquidos
A Multiplan, uma das maiores empresas de shopping centers do país, disse que no terceiro trimestre do ano seu lucro líquido ajustado ficou em R$ 71,4 milhões, 51,6% mais que no mesmo período de 2008. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) foram de R$ 79,4 milhões, um aumento de 38,4%. As vendas totais dos 12 shopping centers em operação foram de R$ 1,4 bilhão, um crescimento de 17,6% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior. O resultado foi impulsionado pela abertura de quatro expansões nos últimos 12 meses e pela inauguração do BarraShoppingSul, em Porto Alegre/RS. Os destaques foram para o Shopping Anália Franco/SP, o BarraShopping/RJ, o ParkShopping/DF e o DiamondMall/BH, que apresentaram índices de crescimento acima dos 10%. As vendas em mesmas lojas subiram 5,6% e as vendas em mesmas áreas tiveram crescimento de 7,2% na comparação anual, em termos reais. Assim como no segundo trimestre de 2009, as vendas nas lojas âncoras avançaram acima da média, com elevação de 7,5% em mesmas lojas, enquanto nas lojas satélites a expansão foi de 4,9%. O segmento de vestuário (+9,9%) foi o destaque das âncoras, seguido de artigos do lar e escritório (+7,1%). Entre as satélites, o destaque ficou para o setor de serviços (+7,1%), especialmente agências de viagens e cabeleireiros; seguido do setor de artigos diversos (+7%), principalmente pelo desempenho de joalherias e farmácias.

Washington / EUA
Starbucks quer abrir 300 lojas no próximo ano
A rede americana de cafeterias Starbucks pretende abrir cerca de 300 novas lojas nos próximos 12 meses, sendo 200 delas fora dos Estados Unidos, particularmente na China e em outros mercados emergentes, regiões que têm apresentado um crescimento mais acelerado da economia. No início do ano, em virtude da crise financeira global, a rede de cafeterias fechou um grande número de pontos de venda, especialmente nos Estados Unidos e na Austrália, como reação à crise financeira global.(Agence France Presse / AFP)

Da redação - São Paulo / SP
Jequiti Cosméticos prevê crescimento de 250% no ano
A Jequiti Cosméticos, do grupo Silvio Santos, projeta fechar este ano com um faturamento de R$ 200 milhões, 250% mais que em 2008. Boa parte dessa expansão decorre do aumento da força de vendas: de junho até novembro, o número de consultoras da marca cresceu 40%, chegando a 100 mil pessoas.

Da redação - São Paulo / SP
Marisa revisa plano anual de expansão
A rede varejista Marisa revisou sua estimativa de abertura de lojas em 2009, de seis pontos de venda previstos no início do ano para 12. Para 2010, a rede deverá abrir 28 lojas, sendo 22 do modelo tradicional e seis em um novo formato. Para a empresa, após um recuo de 0,3% nas vendas no terceiro trimestre, o desempenho está melhorando neste fim de ano.



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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília / DF
BC amplia controle sobre recursos captados no exterior
A diretoria do Banco Central aprovou nesta quarta-feira medida que estabelece obrigatoriedade de registro dos instrumentos financeiros derivativos que estejam vinculados a empréstimos captados no exterior. A partir de agora, esse registro deve ser feito em sistema administrado por entidades de registro e de liquidação financeira de ativos devidamente autorizadas pelo Banco Central ou pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários – como a CBLC - Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia - ou a Cetip - Câmara de Custódia e Liquidação. Até então, esse tipo de registro só era exigido de instituições financeiras que realizassem operações com derivativos no país - a medida foi instituída em 2007. Agora, explicou o BC, a medida vale também para qualquer empresa ou banco com derivativos vinculados a captações no exterior.
Se a medida existisse no ano passado, por exemplo, estaria sob vigilância os contratos que fizeram grandes empresas como a Aracruz, a Votorantim e a Sadia amargassem fortes prejuízos financeiros. Na ocasião, elas tinham contratos de hedge atrelados ao dólar que apostavam na continuidade da desvalorização da moeda americana, mas foram surpreendidos pela repentina alta da cotação causada pelo agravamento da crise financeira global. "A ideia agora é tentar ampliar essa medida. Primeiro, estendendo às captações externas e, segundo, porque essa medida agora pega também as empresas", afirmou Silvia Marques, chefe-adjunta do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do BC.
A partir do momento que a medida entrar em vigor, em 45 dias, o registro será pré-requisito para a liberação dos recursos ao tomador do empréstimo. O principal objetivo desta medida é fazer com que empréstimos ligados à derivativos - como, por exemplo, ligados à variação do dólar - estejam sob o controle do Banco Central. O BC negou que a medida vise algum tipo de controle do fluxo cambial, afirmando que se trata de uma ampliação do registro que já era estudada há algum tempo.
Estimativas feitas pelo próprio BC apontam que cerca de 5% das captações realizadas no exterior tenham essa característica. "A referida medida representa um passo importante para o aprimoramento e ampliação dos registros dessas operações financeiras. Além disso, tem por meta oferecer melhores condições para acompanhamento dos derivativos envolvidos nas operações de empréstimo externo", disse o BC. "Essa medida prudencial está em linha com as recomendações de aprimoramento do arcabouço regulatório em discussão nos diferentes fóruns internacionais dos quais o Brasil é parte integrante." (Agência Reuters)



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MERCADO DE TI


Boston / EUA
Por que a Oracle está batalhando tanto pelo MySQL?
A Oracle está permitindo que a aprovação das autoridades regulatórias à sua aquisição da Sun Microsystems, por 7 bilhões de dólares, demore meses, devido a uma controvérsia quanto a um banco de dados que a maioria dos usuários obtém gratuitamente. O banco de dados MySQL, da Sun, embora minúsculo como fonte de receita, é importante para a Oracle porque pode ajudar a companhia a se expandir a novos mercados e melhorar sua posição competitiva diante da grande rival Microsoft, dizem os analistas. A base de clientes do MySQL é formada por pequenas e médias empresas que utilizam a tecnologia para operar sites e armazenar dados de negócios. Os bancos de dados Oracle costumam se sair mal nesses mercados, e a empresa em lugar disso se concentra em grandes clientes corporativos. "A base instalada da Oracle representa o Velho Mundo - o mercado existente de aplicativos empresariais. Mas existe todo um Novo Mundo que a Oracle não foi capaz de capturar," disse Marten Mickos, antigo presidente-executivo da MySQL. Embora as autoridades dos EUA já tenham aprovado o acordo, os fiscais antitruste da União Europeia apresentaram uma declaração de objeções na segunda-feira, alegando que a transação prejudicaria a competição no mercado de bancos de dados, que movimenta 19 bilhões de dólares ao ano, caso a Oracle tomasse o controle da MySQL.Essas preocupações causaram meses de atraso à transação, e resultaram em prejuízos que o presidente-executivo da Oracle, Larry Ellison, calcula em centenas de milhões de dólares. A Oracle se recusa a ceder quanto ao MySQL, ativo que os analistas consideram possa ajudar a segunda maior produtora de software para empresas a se expandir rumo a novos mercados. Google, Amazon, Facebook e diversas agências de viagem online estão entre os gigantes da Web que usam software MySQL em seus sites, e esse é um mercado que a Oracle encontrou dificuldades para penetrar. O MySQL, um produto de fonte aberta disponível para download gratuito na Internet, é o único programa de banco de dados de uma grande empresa disponível a custo zero. A Sun fatura oferecendo versões com recursos adicionais, e serviços como atualizações para corrigir defeitos.

Boston / EUA
Adobe vai cortar 9% da força de trabalho para reduzir despesas
A Adobe Systems vai cortar 680 empregos, ou 9% de sua força de trabalho, em campanha para reduzir despesas, informou a empresa nesta quarta-feira.A empresa, que recentemente comprou a Omniture, vai assumir encargos de entre US$ 65 milhões a US$ 71 milhões, antes de impostos, com os cortes. Até 15/9, a Adobe tinha 7.564 empregados. (Agência Reuters)


Londres / Inglaterra
Canon lança scanner portátil mais rápido do mercado
A Canon acaba de lançar na Europa o imageFORMULA P-150, um scanner capaz de digitalizar até 15 páginas por minuto, operando, segundo a empresa, a quase o dobro da velocidade nominal do seu concorrente mais próximo. O imageFORMULA P-150 é único da sua categoria com software integrado para digitalização instantânea, quando plugado a um computador. O sistema, chamado de CaptureOnTouch Lite, é “plug and play” e permite aos usuários ligar o aparelho a qualquer desktop ou laptop que utilize Windows, sem a necessidade de instalação de um driver ou software adicional. O alimentador automático, situado no topo da peça, pode receber até 20 folhas. O diretor de marketing para produtos empresariais da Canon, Trevor Dodsworth, disse ao site ITPro que o grande apelo do aparelho é o fato de não ser mais pesado que um saco de açúcar. O público-alvo da empresa são executivos que precisam transferir documentos imediatamente ao escritório, enquanto estão visitando clientes ou viajando a negócios. Segundo o site Ecoustics , o preço sugerido do produto é de US$ 250, cerca de R$ 490. (Agence France Presse / AFP)


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MERCADO WEB


Da redação - São Paulo / SP
Vendas no comércio eletrônico devem crescer 30% no Natal
O comércio eletrônico deve movimentar R$ 1,63 bilhão no Natal, com crescimento de 30% em relação ao mesmo período no ano passado, quando o faturamento do setor atingiu R$ 1,25 bilhão, de acordo com pesquisa da consultoria e-bit divulgada ontem, dia 11/11. "Diferente de outras datas comemorativas, no Natal, as pessoas têm o hábito de presentear familiares e amigos, o que potencializa a compra. Por isso, o volume de vendas é tão alto em qualquer canal de vendas, principalmente na internet", afirma o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti. Segundo estimativa da empresa, no carrinho virtual dos consumidores devem estar livros, categoria que historicamente é a líder do setor, e eletrodomésticos, que devem continuar em alta com a prorrogação até janeiro do IPI reduzido para itens com baixo consumo de energia. Com o resultado do Natal, o varejo virtual deve fechar 2009 com um faturamento superior a R$ 10,5 bilhões, com crescimento de 28% em relação ao ano passado. De acordo com a e-bit, apenas 25% das pessoas que acessam a internet no Brasil são e-consumidores - a previsão é chegar a 17 milhões no final de dezembro.

Bangalore / Índia
VeriSign vê pressão sobre preços de SSL
A fornecedora de serviços de segurança e registros na Internet VeriSign vê possibilidade de pressões sobre preços em seus negócios de certificados de segurança online no curto prazo, mas também espera ver um crescimento de suas margens em 2010 com controle de custos, afirmou seu presidente-executivo. A empresa tem sofrido com a queda de demanda por seus negócios de SSL - que possibilita comércio e comunicações seguros online - para os quais a receita média anualizada por unidade de certificados VeriSign, GeoTrust ou Thawte no terceiro trimestre foi de 234 dólares, 3 por cento menos que no trimestre anterior. "Continuaremos vendo alguma pressão sobre o setor de serviços online por um tempo", disse o presidente-executivo da VeriSign, Mark McLaughlin, em entrevista à Reuters. "Com a economia melhorando, isso deve começar a diminuir". Seus negócios de serviços de certificação, que inclui SSL, representa cerca de 39 por cento da receita da VeriSign. A maior parte do resto é gerado por seus serviços de registro - a VeriSign é registradora global de domínios .com, .net, .tv, .cc, .name e .jobs. A empresa oferecia descontos para clientes antigos para preservar relacionamentos, afirmou. "Não cortamos nossos preços, mas estamos dispostos a discutir descontos", disse McLaughlin. "Isso é e ao mesmo tempo não é uma benção, onde o mercado menor está crescendo mais rápido que o mercado de topo de linha", afirmou. McLaughlin também vê uma melhora nas margens de 2010. "No ano que vem, continuaremos esse firme controle de despesas. Acreditamos que deveríamos conseguir seguir com isso para ter alguma melhora no ano que vem". A VeriSign afirmou que espera que as margens do quarto trimestre estejam em linha com os resultados do terceiro trimestre, quando registrou uma margem operacional, excluindo itens, de 38,6 por cento. (Agência Reuters)



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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


Brasília / DF
Anac autoriza US Airways a operar no Brasil
A Anac - Agência Nacional de Aviação Civil - autorizou ontem, dia 11/11, a companhia aérea US Airways - uma das maiores empresas do setor nos EUA - a operar no Brasil. A autorização, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União, diz que a companhia aérea poderá operar "serviço aéreo de transporte regular internacional de passageiro, carga e mala postal." A empresa já havia anunciado que vai operar, a partir de 16 de dezembro, uma rota ligando o Rio à cidade de Charlotte (Carolina do Norte) - principal "hub" (centro de conexão de vôos) da companhia aérea nos EUA. A US Airways é uma dos membros da Star Alliance - a maior aliança global da aviação comercial, integrada atualmente por 22 companhias aéreas. (Agência Brasil)



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TELECOM & ENERGIA


Da redação - São Paulo / SP
Ultrapar lucra 9% a mais no terceiro trimestre
A petroquímica Ultrapar - empresa que controla, entre outros, a distribuidora de gás Ultragaz e a rede de postos Ipiranga - anunciou nesta quarta-feira que obteve lucro líquido de R$ 133 milhões no terceiro trimestre. O resultado apontou para um avanço de 9% no resultado ante o mesmo período de 2008, e de 43% na comparação com o segundo trimestre. A receita líquida no trimestre atingiu R$ 9,66 bilhões, com alta de 25% sobre igual intervalo do ano passado e estável sobre o trimestre imediatamente anterior. Nas mesmas bases de comparação, o Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) indicou altas de 39% e 16%, respectivamente, para R$ 371 milhões. "Decorrido praticamente um ano desde o início da crise financeira mundial, apresentamos resultados crescentes pelo quarto trimestre consecutivo, fruto da resistência de nossos negócios e da captura dos benefícios dos investimentos realizados", informou o presidente da Ultrapar, Pedro Wongtschowski, em comunicado ao mercado. Segundo os dados das suas empresas, o volume de gás distribuído pela Ultragaz atingiu 425 mil toneladas, com recuo de 2% ante o terceiro trimestre do ano passado. Já a rede Ipiranga viu o volume vendido crescer 51% na mesma base de comparação, para 4,786 milhões de metros cúbicos de comsbustíveis. Além da Ultragaz e da Ipiranga, a Ultrapar ainda é controladora da fabricante de produtos químicos Oxiteno e da transportadora de produtos líquidos Ultracargo.


Da redação - Brasília / DF
Entenda como funciona o setor elétrico no Brasil
No Brasil, por suas proporções continentais, é possível que, enquanto o Nordeste enfrenta períodos chuvosos, o Sul e o Sudeste passem por fortes secas. Para aproveitar essa característica do país, o governo optou pelo Sistema Interligado Nacional, em que usinas hidrelétricas e termelétricas são conectadas a grandes redes de transmissão. Com isso, é possível, por exemplo, enviar energia gerada por hidrelétricas do Norte para o Sul e vice-versa.
O Sistema Interligado Nacional é formado por empresas de geração e distribuição de energia das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Apenas parte da região Norte não está conectada ao sistema, o que corresponde a 3,4% da capacidade de produção de eletricidade do país. Nesses locais, a energia é gerada principalmente por termelétricas a óleo - mais caras e mais poluentes - e o custo é dividido com todos os consumidores de energia elétrica, que pagam um encargo na conta de luz chamado CCC - Conta Consumo de Combustíves Fósseis.
O sistema interligado traz economia para o setor como um todo e permite que a matriz elétrica brasileira seja principalmente hidráulica. A interligação evita, por exemplo, que uma termelétrica seja acionada durante o período seco no Nordeste, já que é possível enviar energia do Sul para a região. Além disso, locais que não são atendidos por hidrelétricas podem receber a energia mais limpa e mais barata de outras localidades. Assim, o acionamento de termelétricas fica restrito a períodos em que essa energia fica mais barata ou que há risco de faltar água nos reservatórios das hidrelétricas.
Ao mesmo tempo, porém, a interligação facilita que panes no sistema se espalhem rapidamente de uma localidade para outra, no que os especialistas chamam de "efeito dominó". Dessa forma, um problema mais grave como o que ocorreu ontem em uma parte localizada do país pode se espalhar rapidamente por praticamente todo o Brasil. Especialistas cobram do governo a construção de linhas e sistemas reduntantes, que funcionariam como uma espécie de "reserva" aos oficiais. Isso poderia, entretanto, encarecer o valor pago pelo brasileiro pela conta de luz.
De acordo com o ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico -, o sistema interligado brasileiro é o único desse tamanho no mundo. É dividido em dois grandes subsistemas, o Sul/Sudeste/Centro-Oeste e o Norte/Nordeste. A usina de Itaipu atende ao subsistema S/SE/CO, mas os efeitos do apagão atingiram também estados do Nordeste por conta da interligação entre os dois subsistemas.


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MERCADO DE LUXO


Londres / Inglaterra
Burberry fecha parceira com Facebook para impulsionar marca
O grupo de produtos de luxo Burberry ligou-se à empresa da rede social Facebook para lançar um site celebrando seu casaco trench coat, tornando-se o mais recente varejista a usar a mídia social numa tentativa de impulsionar a marca. O site, artofthetrench.com, permitirá aos membros conectados via Facebook submeter imagens e histórias sobre os casacões da Burberry e compartilhá-las entre si. Criado inicialmente pelo fundador da Burberry, Thomas Burberry, para oficiais do Exército britânico em 1914, o trench coat ainda é uma das peças mais vendidas da companhia. A ação coloca a Burberry no grupo de varejistas que usa a mídia social, tais como Facebook, Twitter e YouTube, para colocar suas marcas diante dos consumidores e interagir com eles. A varejista britânica de produtos para bebês Mothercare tem uma rede social própria, o site Gurgle.com, assim como o grupo fashion online ASOS, com o ASOS Life. Outras, como a Marks & Spencer, que disse que no mês passado tinha 80 mil seguidores em sua página do Facebook, tem páginas instaladas nos principais sites de redes sociais. (Agência Reuters)


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