Edição 222 | Ano II

Rio de Janeiro / RJ
Investimento e consumo garantem maior PIB em 20 anos
O maior crescimento, em 20 anos, da economia em 2007 foi impulsionado pelo crescimento dos investimentos no País nesta década e pelo forte consumo interno, de acordo com os dados revisados do PIB - Produto Interno Bruto - daquele ano, divulgados ontem, dia 4/11, pelo IBGE -Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pela ótica da oferta, os setores de serviços e a indústria cresceram ainda mais na revisão do PIB, enquanto a agropecuária perdeu espaço.
Entre 2003 e 2007, a participação do investimento no PIB cresceu 2,1 p.p (pontos percentuais), representando 17,4% do total. Entre 2006 e 2007, essa taxa deu um salto de 1 p.p. Isso significou R$ 24 bilhões de investimentos a mais em 2007, na comparação com o ano anterior. Já o consumo final cresceu 5,8% em 2007, ante alta de 4,5% no ano anterior. As famílias elevaram sua demanda em 5,8%, contra incremento de 4,5% em 2006. Já o consumo dos governos registrou alta de 5,1% há dois anos. Em 2006, havia crescido menos, com aumento de 2,6%.
A revisão definitiva do IBGE identificou um crescimento maior da indústria, e principalmente, o setor de serviços. Este último, por ter maior participação na economia, teve maior influência para a elevação de 6,1% do PIB em 2007, ante alta de 5,7% observada anteriormente. O dado anterior indicava um incremento de 5,4% no valor adicionado dos serviços naquele ano. A edição atualizada aponta elevação de 6,1%. Já a indústria teve aumento de 5,3% no valor adicionado ao PIB, de acordo com a revisão definitiva. Anteriormente, a alta era de 4,7%.
A agropecuária cresceu ainda menos, informou o IBGE. Em 2007, a expansão foi de 4,8%, ante alta de 5,9% observada antes. A obtenção de dados mais completos indicou, por exemplo, que o incremento no valor adicionado do algodão, que tinha sido de 40%, ficou em 14,7%. O mesmo se aplica à cana, cuja alta de 15,1%, na verdade, não passou de 9%, pelos dados revisados. Em termos de participação no PIB, pela ótica da oferta, o setor de serviços ampliou sua fatia de 65,8% para 66,6%. Já a indústria perdeu terreno, encolhendo de 28,8% para 27,8%. Segundo o gerente da coordenação das Contas Nacionais do IBGE, Cristiano Martins, um dos fatores para a redução da participação da indústria foi a valorização do real frente ao dólar, cuja apreciação foi de 10% de 2006 para 2007. "Em anos de valorização, existe a tendência de se importar mais e produzir menos", afirmou. (Agências Estado e Brasil)

Brasília / DF
Entrada de dólares no País em outubro bate recorde do ano
Apesar da instituição da taxação de IOF - Imposto sobre Operações Financeiras - para estrangeiros em investimentos em rendas fixa e variável no país, a entrada de dólares no Brasil superou a saída em outubro e o saldo no mês foi positivo em US$ 14,59 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem, dia 4/11, pelo Banco Central. O resultado, impulsionado pelo lançamento de ações do banco Santander, foi o maior do ano e ficou muito acima do registrado em setembro, quando o saldo foi positivo em US$ 1,36 bilhão. De acordo com dados do BC, o saldo foi também o segundo maior da série histórica, que tem início em 1982 - só perdeu para julho de 2007, quando foi positivo em US$ 16,56 bilhões.
O setor financeiro - que inclui aplicações, investimentos, gastos e remessas de lucros - registrou fluxo positivo em US$ 13,1 bilhões. A área comercial - que registra as compras e vendas de produtos entre o Brasil e outros países - também teve resultado positivo de US$ 1,49 bilhão. No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo US$ 22,85 bilhões. No mesmo período do ano passado, o saldo era positivo em US$ 12,54 bilhões. No ano, o fluxo das operações financeiras é positivo em US$ 13,25 bilhões, e no comércio exterior também positivo, em US$ 9,6 bilhões.
Reservas - O Banco Central divulgou também dados relativos às intervenções da autoridade monetária no mercado de dólar. Em outubro, o Banco Central comprou US$ 6,73 bilhões no mercado de dólar à vista, valor que afeta os níveis das reservas internacionais, que até ontem estavam em US$ 233,08 bilhões, segundo o BC. Só no dia 8/11, por conta da operação do Santander, o BC comprou US$ 4,64 bilhões. Desde maio, o BC já comprou US$ 21 bilhões no mercado para evitar a queda excessiva da moeda norte-americana. (Agências Estado e Brasil)

Da redação - Rio Janeiro / RJ
Petrobras diz que avalia oportunidades de investimento na Arábia Saudita
A Petrobras informou ontem, dia 4/11, que avalia novas oportunidades de investimento na Arábia Saudita depois de visitar o país no fim de outubro. "A visita foi realizada no Complexo Petroquímico de Jubail, o maior da Arábia Saudita, onde deve ser construída uma fábrica de fertilizantes destinada à produção de nitrato de amônia, e uma planta de calcinação de coque verde de petróleo (CVP) com o objetivo de atender a indústria de alumínio", informou a empresa em comunicado enviado à CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Segundo o documento, "a Petrobras vem negociando com a empresa saudita Modern Mining Holding Company Ltd e sua coligada Modern Chemical Company Ltd o fornecimento de CVP para a planta de calcinação, bem como a possibilidade de participação nos dois empreendimentos". Outra reunião será realizada em dezembro para dar continuidade às negociações, informou a Petrobras no comunicado.

Rio de Janeiro / RJ
Petrobras obteve financiamento de US$ 10 bilhões com chineses
A Petrobras informou ontem, dia 4/11, que assinou ontem os contratos que concluem os procedimentos para o financiamento de US$ 10 bilhões junto ao CDB - China Development Bank. O empréstimo já estava sendo negociado desde maio de 2009, após a assinatura de um acordo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita ao país asiático. Segundo o acordo, o CDB vai liberar os recursos ao longo de 10 anos. A Petrobras disse em comunicado ao mercado que irá informar toda vez que realizar os saques dos recursos vindos deste empréstimo. Os recursos serão utilizados para financiar o plano de investimentos da estatal no período entre 2009 e 2013. "Este financiamento tornou-se simbólico pelo valor financeiro envolvido e por representar uma nova fase de evolução das relações entre mercados de países em franco desenvolvimento", informou o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, no comunicado. Além de fechar o acordo sobre o financiamento, a Petrobras ainda acertou contrato de fornecimento de petróleo por 10 anos para a Unipec Asia, uma subsidiária da gigante chinesa do petróleo Sinopec. Segundo o acordo, a estatal brasileira fornecerá 150 mil barris diários no primeiro ano de contrato, e 200 mil barris diários nos outros nove anos. (Agências Reuters e EFE)

Washington / EUA
Buffett se une ao Goldman Sachs para comprar créditos da Fannie Mae
O fundo do milionário Warren Buffet, Berkshire Hathaway, vai se associar ao banco Goldman Sachs para a compra de US$ 3 bilhões em créditos fiscais na instituição de refinanciamento hipotecário Fannie Mae, informou a imprensa ontem, dia 4/11. O Wall Street Journal, que cita fontes ligadas ao caso, considerou que a implicação de Buffet é uma nova virada em um tema sensível para o governo norte-americano. Segundo o jornal financeiro, o Departamento do Tesouro poderá bloquear a transação por considerar que não seria benéfica aos contribuintes. Por sua vez, a Berkshire e o Goldman Sachs poderão utilizar esses créditos de impostos para reduzir seus gastos fiscais. As decisões sobre a Fannie Mae dependem do governo norte-americano desde que este o colocou sob sua tutela para evitar a quebra. (Agence France Presse / AFP)


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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters, EFE, AFP e Associated Press)

HOJE – Fechamento das Bolsas da Ásia

Hong Kong / China
Bolsas da Ásia caem com investidores decepcionados com Fed
As bolsas de valores da Ásia terminaram em baixa nesta quinta-feira, com os investidores pouco encorajados pela decisão do Federal Reserve de manter a taxa básica de juro dos Estados Unidos perto do patamar zero por um "período prolongado", prevendo uma recuperação lenta na maior economia do mundo. O BCE (Banco Central Europeu) deve manter a taxa básica de juro da zona do euro no nível de baixa recorde nesta quinta-feira, dia 5/11, mas pode fornecer sinais sobre quando começará a retirada dos estímulos aos bancos. O Banco da Inglaterra também decidirá se deve injetar mais estímulo na economia britânica. A atenção agora está voltada para os dados de auxílio-desemprego ns Estados Unidos, que podem mostrar sinais sobre o estado da recuperação econômica do país, disseram analistas. "Investidores estão puxando o mercado para baixo, preparando para mais vendas de investidores como fundos de hedge caso os dados de emprego dos EUA aumentem uma inquietação", disse Tsuyoshi Segawa, estrategista de ativos da Mizuho Securities, em Tóquio.
- Às 8h (horário de Brasília), o índice MSCI, que reúne as principais bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, cedia 0,68%, para 388 pontos.
- A bolsa de Tóquio recuou 1,29%, para 9.717 pontos, atingindo o menor patamar de fechamento em um mês.
- A bolsa de Sydney caiu 0,71%, influenciada por mineradoras e grupos do setor imobiliário, embora o segmento de saúde tenha limitado as perdas.
- Hong Kong perdeu 0,63% e Cingapura retrocedeu 0,73%.
- Na contramão, a bolsa de Xangai subiu 0,85%, renovando o maior nível de fechamento em três meses após cinco sessões consecutivas de ganhos.
Análise - Ações de exportadores foram afetadas por ganhos iniciais de moedas asiáticas, embora o dólar tenha mostrado valorização. Os papéis da Toyota, contudo, podem estar posicionados para uma recuperação na sexta-feira, depois que a montadora apresentou um lucro trimestral surpreendente e reduziu projeção de prejuízo anual em mais de 50%. Em Seul, houve queda de 1,75%, com o volume de negócios alcançando a mínima em 14 meses, apesar de dados econômicos positivos, incluindo um crescimento de dois dígitos nas vendas em lojas de departamento e um novo avanço nas exportações para a China no mês passado. A Hyundai Motor declinou 4,2% após analistas terem dito que a companhia, especializada em carros de pequeno e médio portes, pode perder participação de mercado nos Estados Unidos. O mercado de Taiwan teve oscilação negativa de 0,66%, com investidores embolsando lucros em ações dos setores financeiro e imobiliário.


HOJE – A abertura das Bolsas da Europa

- Londres / Inglaterra - O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres abriu o pregão de hoje em alta de 70,68 pontos (1,40%), aos 5.107,89. O barril de petróleo Brent para entrega em dezembro abriu hoje em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, cotado a US$78,25, US$0,64 menos que no fechamento do pregão anterior.
- Frankfurt /Alemanha - O índice DAX-30 da Bolsa de Frankfurt abriu o pregão de hoje em baixa de 1,12%, aos 5.383,45 pontos. O euro se mateve estável na abertura do do mercado de divisas de Frankfurt cotado a US$ 1,4825, uma pequena queda em relação aos US$1,4835 dólares de quarta-feira pela tarde.
- Madri / Espanha - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri abriu o pregão de hoje em baixa de 106,40 pontos (0,88%), aos 1.179,91.
- Paris / França - O índice CAC-40 da Bolsa de Paris abriu o pregão de hoje em baixa de 0,97% aos 3.637,12 pontos.
- Roma / Itália - O índice FTSE-MIB da Bolsa de Milão abriu o pregão de hoje em baixa de 1,25 %, aos 22.103,85 pontos.


ONTEM - Resumo dos pregões

São Paulo / SP
Bovespa segue NY e fecha em alta de 2,03%
A Bovespa já acumula ganho de quase 4% nos últimos dois dias, com o mercado revendo as fortes quedas anteriores. A decisão do banco central americano não surpreendeu os investidores, e contribuiu de forma "ligeiramente positiva" para a recuperação dos preços, na visão de alguns analistas. A taxa de câmbio cedeu para R$ 1,72. O Federal Reserve manteve a taxa básica de juros desse país na "banda" de zero a 0,25% ao ano. Em seu comunicado pós-reunião, os integrantes da autoridade monetária americana apontaram uma economia em recuperação, mas que deve permanecer "fraca" por "algum tempo".
- O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 2,03% no fechamento, aos 63.912 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 6,60 bilhões.
- O dólar comercial foi negociado por R$ 1,728, em um decréscimo de 0,97%.
- A taxa de risco-país marca 226 pontos, número 4,23% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - "Os mercados mundiais já estavam antecipando desde manhã esse relatório do Fed, que veio dentro do esperado. A alta dos preços dos commodities, com a queda do dólar [frente ao euro e à libra], certamente também ajudou na recuperação de hoje", comenta André Hanna Farath, da área de análise da corretora Interfloat. Farath ressaltou que a leitura do relatório do Fed não foi totalmente positiva. "O fato dele ter mantido basicamente o mesmo comunicado da reunião anterior, também pode significar que, para ele, a recuperação ainda não é totalmente consistente", avalia o analista. Em seu comunicado pós-reunião, a autoridade monetária dos EUA sinaliza que deve manter a taxa básica de juros em nível "extraordinariamente baixo" por um longo tempo.
Análise 2 - O Banco Central informou que o país teve a maior entrada de dólares do ano - US$ 14,59 bilhões - já considerando as retiradas. O resultado foi impulsionado pelo lançamento de ações do banco Santander e superou por larga margem o fluxo de setembro (US$ 1,36 bilhão). Entre as principais notícias do dia, a consultoria ADP reportou que o setor privado nos EUA perdeu 203 mil postos de trabalho em outubro. Trata-se do menor número de vagas fechadas no país desde julho do ano passado, segundo a consultoria. O dado é bastante influente, porque antecipa o relatório oficial sobre mercado de trabalho previsto para sexta-feira.
Análise 3 - Ainda nos EUA, o ISM - Instituto de Gestão de Oferta - apontou que o nível de atividade do setor de serviços, um dos mais importantes da economia americana, apresentou contração em outubro. A sondagem do instituto privado mostrou leitura de 50,6 em no mês passado, ante 50,9 em setembro. No front doméstico, a Fipe - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - calculou inflação de 0,25% para o mês de outubro no município de São Paulo, ante 0,16% em setembro, pela leitura do IPC - Índice de Preços ao Consumidor.
Empresas
- A Telefônica elevou sua proposta para adquirir a operadora de telefonia fixa GVT, de aproximadamente R$ 6,5 bilhões para R$ 6,95 bilhões, dispondo-se a pagar R$ 50,50 por ação. A ação da GVT teve ganho de 1,27%, sendo cotada a R$ 51.65.
- A CSN - Companhia Siderúrgica Nacional - registrou lucro líquido de R$ 1,15 bilhão no terceiro trimestre, ante lucro de R$ 40 milhões em igual período do ano passado, período afetado pelas perdas pesadas dessa empresa com derivativos financeiros. A ação preferencial teve acréscimo de 3,07%.
-Já o Bradesco anunciou um lucro líquido de R$ 1,81 bilhão para o terceiro trimestre, queda de 5,2% em relação ao ganho de R$ 1,91 bilhão um ano antes. A ação preferencial cedeu 0,25%.
- Na cena externa, o destaque foi o resultado da gigante do setor de entretenimento Time Warner comunicou que obteve lucro líquido no terceiro trimestre, para US$ 661 milhões (US$ 0,55 por ação), uma queda de 38,2% sobre o resultado de um ano antes.


Nova Iorque / EUA
Bolsas em NY sobem com dados positivos e manutenção dos juros
As Bolsas americanas fecharam em alta ontem, dia 4/11, refletindo o otimismo dos investidores após a divulgação do crescimento no setor de serviços e pela previsão de manutenção das taxas de juros em níveis baixos por mais algum tempo pelo Fed - Federal Reserve.
- O Dow Jones Industrial Average - principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York) - subiu 0,31%, para 9.802,14 pontos.
- Enquanto o ampliado S&P 500 teve alta de 0,1%, para 1.046,50 unidades.
- Já na Bolsa tecnológica Nasdaq, o índice Nasdaq Composite recuou 0,09%, para 2.055,22 pontos.
Análise 1 - O Fed anunciou ontem, dia 4/11, a manutenção da taxa básica de juros americana na faixa entre zero e 0,25% ao ano. Mesmo com o fim da recessão, o Fed manteve a cautela, considerando que os juros baixos podem ajudar a economia a se reerguer - o último índice positivo de desempenho da economia dos EUA, antes do terceiro trimestre deste ano, foi o do mesmo trimestre de 2008, quando a contração foi de 2,7%. O documento dá dois rumos ambíguos para o mercado. O positivo é que os juros devem se manter baixos por mais algum tempo - o que favorece investimentos de renda variável, como as ações. O negativo é que a economia americana ainda depende de pesados estímulos governamentais para se manter.
Análise 2 - Entre as notícias macroeconômicas, o destaque ficou para o setor de serviços. O índice de atividade do setor, apurado pelo ISM - Instituto de Gestão de Oferta -, caiu para 50,6 no mês passado, contra 50,9 em setembro, abaixo da estimativa de economistas de 51,5. Apesar do recuo, é o segundo mês seguido que o índice fica acima dos 50 pontos - o que indica expansão do setor. O indicador de novas encomendas no setor, por sua vez, subiu mais que o previsto, o que foi recebido como sinal positivo para a economia americana. Hoje também consultoria de recursos humanos ADP Employer Services informou que o setor privado dos EUA perdeu 203 mil postos de trabalho em outubro, menor número de vagas fechadas no país desde julho do ano passado. Trata-se do sétimo mês seguido de redução no corte de vagas no país.


Londres / Inglaterra
Bolsas europeias sobem com dados positivos nos EUA
As Bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, puxadas pelo setores financeiro e automotivo, em linha com mais evidências de uma recuperação econômica nos Estados Unidos antes do comunicado do Fed (Federal Reserve, o BC americano), às 17h15 (em Brasília).
- A Bolsa de Londres subiu 1,40%, indo para 5.107,89 pontos no índice FTSE 100.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 1,70% no índice DAX, para 5.444,23 pontos.
- A Bolsa de Zurique teve alta de 0,87%, indo para 6.267,11 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã fechou com ganho de 1,92%, com 305,88 pontos no índice AEX General.
- A Bolsa de Madri fechou em alta de 1,31%, com 1.189,84 pontos no índice Madrid General.
- O índice FTSEurofirst 300, que mede o desempenho das ações das principais empresas europeias, subiu 1,6%, a 984 pontos, mais do que recuperando as perdas da última sessão. O indicador avançou mais de 52% desde que tocou a mínima recorde no início de março.
Análise 1 - O setor bancário foi o que mais contribuiu para o índice. As ações do banco francês Société Générale subiram 4,6%, impulsionadas por uma sólida performance no terceiro trimestre de sua divisão de bancos varejistas na França e por mais especulações de acordos. As ações do Barclays, Banco Santander, BNP Paribas, HSBC e UBS cresceram entre 1,2% e 4,2%. A expectativa é de que o Fed reafirme sua intenção de manter o juro básico norte-americano em níveis muito baixos por um longo tempo, com o objetivo de dar suporte à economia, mesmo com sinais de recuperação se multiplicando. Dois dados ajudaram a alimentar a confiança na economia dos EUA. O setor de serviços norte-americano cresceu em outubro pelo segundo mês consecutivo, embora num ritmo mais lento que o esperado. Companhias dos Estados Unidos cortaram postos de trabalho no menor ritmo em mais de um ano, sugerindo alguma estabilização no mercado de trabalho à medida que a economia sai da recessão, mostrou um relatório.
Análise 2 - Os empregadores privados dos EUA extinguiram 203 mil empregos em outubro, menos que as 227 mil vagas perdidas em setembro, segundo a ADP Employer Services. O dado de setembro apontava inicialmente o corte de 254 mil postos de emprego. "As ações estão em um bom momento", disse o analista Jeremy Batstone-Carr, da Charles Stanley. "As taxas de juro estão baixas. Aparentemente está havendo crescimento, e os investidores consideram essa uma boa hora para aplicarem em ativos de maior risco." "Mas eles estão numa corda bamba. Pode-se dizer que os ganhos de hoje tiveram base nas palavras 'período maior' em relação à sustentação por parte do Fed de sua política de afrouxamento monetário", afirmou.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo / SP
Bancos revisam estimativa e preveem aumento da Selic para 10,5% em 2010
Os bancos brasileiros alteraram suas previsões para o comportamento dos juros em 2010, levando em conta a recuperação da economia demonstrada nos últimos meses. Segundo pesquisa da Febraban, as instituições preveem que a taxa Selic feche o ano que vem em 10,5%, ante 8,75% da pesquisa anterior, feita em setembro. Para este ano, a expectativa é de manutenção da taxa no nível atual, de 8,75%. Os dados apontam que a maioria dos bancos entrevistados (cerca de 54%) espera que a elevação na taxa comece apenas no segundo semestre do ano que vem. Para 32,1% a alta deve ocorrer ainda na primeira metade de 2010. 'Há um certo consenso de que 2010 já está ganho em termos de inflação, então este aumento na Selic, diz mais respeito ao controle de preços em 2011', afirmou o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.
De forma geral, houve melhora em todos os indicadores que dizem respeito ao crescimento da economia neste ano e no próximo. As projeções de crescimento para o PIB de 2009 subiram de 0,02% para 0,2% - puxado pelo setor de serviços -, enquanto estimativa para a expansão econômica em 2010 foi de 3,98% para 4,6% (levando em conta uma recuperação na indústria que puxaria a alta no ano). Para a economia dos EUA, as previsões melhoraram para -2,2% em 2009 e +1,9% em 2010, ante -2,3% e +1,7%, respectivamente. 'Temos um cenário de retomada, ainda que moderada, com uma melhora e todos os componentes e, por outro lado, gerando uma mudança nos números externos', disse Sardenberg.
No cenário externo, houve uma queda significativa nas projeções para o saldo comercial do país em 2010 de US$ 23,2 bilhões para US$ 16,7 bilhões. 'A balança será muito afetada pelo câmbio e, por conseguinte, teremos um deficit em conta corrente bem maior, financiado por um aumento dos investimentos estrangeiros', afirmou Sardenberg. Os bancos preveem que a taxa de câmbio termine este ano a R$ 1,71, e a R$ 1,75 em 2010. A projeção para o saldo negativo em conta corrente no próximo ano saltou de US$ 25,7 bilhões na pesquisa de setembro para US$ 32 bilhões no levantamento de outubro. Os investimentos estrangeiros diretos devem ficar em US$ 32,3 bilhões. Sobre a decisão do governo de taxar o capital estrangeiro em 2%, a grande maioria dos executivos - 82,1% - afirmou que, se o cenário permanecer o mesmo nos próximos meses, a medida será pouco efetiva, já que os fundamentos positivos da economia e a liquidez externa devem continuar pesando mais.
Crédito - As projeções dos bancos para o crescimento das operações de crédito também melhoraram no mês passado. A expectativa é que a elevação seja de 17,9% neste ano e de 18,8% no próximo. Segundo Sardenberg, os dados mostram um otimismo maior nas previsões para as pessoas físicas, e uma estabilidade para as empresas. A taxa de inadimplência, porém, sofreu piora nas previsões. subindo dos 5,3% previstos anteriormente para este ano, para 5,8%. Para 2010, a estimativa é de uma taxa de 5%. O economista-chefe da Febraban explicou que o aumento ocorreu por causa de um ajuste das projeções às taxas divulgadas no último mês. Atualmente, a inadimplência está em 5,7%, o que mostra que os bancos preveem relativa estabilidade na taxa neste ano e queda em 2010. (Agência Folha e Assessoria de Imprensa Fenabrave)


São Paulo / SP
Crédito imobiliário no Brasil vai triplicar em 5 anos
O crédito imobiliário no Brasil como proporção do PIB - Produto Interno Bruto - deve triplicar nos próximos cinco anos, afirmou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira. "O setor tem um potencial enorme de crescimento, e é um foco da organização", disse. Segundo ele, os financiamentos imobiliários de todas as instituições no país somam hoje cerca de 3,5% do PIB, e o número deve atingir 11,4% em 2014. "Nós estamos vivendo um momento expansionista da construção civil no Brasil, o que é muito bom, porque gera emprego e renda. E vamos mirar 10% do PIB nos próximos cinco anos", afirmou. Trabuco ressaltou que a expansão vai levar em conta as experiências vividas pelos Estados Unidos e Europa, evitando passar pelos mesmos problemas. "Vamos priorizar sempre o financiamento do proprietário, e não do imóvel", explicou.
Em balanço divulgado ontem, dia 4/11, o Bradesco aponta que sua carteira de crédito atingiu R$ 215,536 bilhões em setembro deste ano, crescimento de 10,2% em relação a igual período do ano anterior. Dentro desta carteira, os financiamentos imobiliários cresceram 5%, chegando a R$ 2,853 bilhões. "Praticamente todo o crescimento na carteira total é explicado por novos tomadores de crédito, o que mostra que nós estamos crescendo com qualidade e diversificando os riscos", afirmou o vice-presidente e diretor de relações com investidores do Bradesco, Domingos de Abreu.
De acordo com ele, a instituição vem percebendo um aumento na demanda por recursos tanto das pessoas físicas quanto das jurídicas, "que estão voltando a investir", disse. "Isso nos permite acreditar que o nosso guidance, de crescimento entre 8% e 12% na carteira neste ano, deve ser atingido." A expectativa do banco é de que, com a recuperação forte da economia do ano que vem - o Bradesco prevê alta de 5,4% no PIB em 2010 -, o ritmo de crescimento do crédito aumente e atinja 20%. Além disso, as taxas de inadimplência, que chegaram a 5% para pessoas físicas e jurídicas em setembro, devem voltar a cair, atingindo os níveis registrados antes da crise.


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INDÚSTRIA


Tóquio / Japão
Panasonic começa adquirir ações para concretizar fusão com Sanyo
A empresa eletrônica japonesa Panasonic começou nesta quinta-feira a comprar mais de 50% das ações da Sanyo para transformá-la em sua subsidiária a um preço de 131 ienes por título, muito abaixo dos 216 ienes do preço de mercado. Com este acordo, a Panasonic assegura que os investidores particulares não participarão de um trato fechado com os três principais acionistas de Sanyo: Goldman Sachs, Daiwa Securities e Sumitomo Mitsui. Após esta operação, será criado o segundo maior fabricante de aparelhos elétricos e eletrônicos do Japão por vendas, muito perto do líder Hitachi e na frente de Sony. A Oferta Pública de Ações culminará dia 7 de dezembro, segundo os planos de Panasonic, que teve que atrasar a fusão por problemas com as leis de concorrência, já que ambas multinacionais são líderes no setor das baterias de lítio. Um ano após haver anunciado suas intenções, finalmente a Panasonic pode adquirir participações de Sanyo, uma vez que os reguladores de seus principais mercados deram o sinal verde à fusão. A Panasonic e a Sanyo anunciaram seu projeto de fusão há um ano mas o processo se atrasou à espera dos organismos de concorrência de onze países se pronunciassem a respeito. Em outubro, a Sanyo anunciou um plano para vender algumas de suas operações no setor das baterias com o objetivo de evitar as objeções dos organismos de concorrência, enquanto a Panasonic terá que reduzir sua participação em seus negócios com Toyota. Os reguladores dos Estados Unidos tinham se oposto à oferta pública de ações por sua posição dominante, mas Panasonic considera que oficiosamente se chegou a um acordo, segundo o jornal local Nikkei. (Agência EFE)


Da redação - São Paulo / SP
Indústria de máquinas fatura abaixo de 2008, mas ensaia recuperação
O faturamento da indústria de máquinas e equipamentos brasileira entre janeiro e setembro desta ano caiu 20% na comparação com o mesmo período de 2008, para R$ 46,64 bilhões, segundo dados divulgados ontem, dia 4/11, pela Abimaq - Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos. Apesar da queda, o desempenho mês a mês indica recuperação do setor. Na comparação de setembro com agosto, a alta foi de 4,6%. Já no confronto com o mesmo mês no ano passado, houve queda de 25,2%. Os únicos segmentos com crescimento no ano foram os relacionados à indústria de infraestrutura e do petróleo, com crescimento de 15,4% em bombas e motobombas e aumento de 6,6% no de bens sob encomenda. O segmento de máquinas para madeira continua sendo o mais afetado pela crise, com queda de 63,8% no faturamento. As exportações de máquinas e equipamentos nos nove primeiros meses do ano caíram 39,4%, para US$ 5,6 bilhões. A redução é mais acentuada que a das importações, que tiveram baixa de 16,2% no mesmo período, chegando a US$ 13,8 bilhões. Com isso, o deficit da balança comercial do setor ficou 13,7% acima do contabilizado no mesmo período de 2008, em US$ 8,2 bilhões.
Emprego - Em setembro, o emprego no setor registrou leve alta de 0,2% ante agosto, fechando o mês com 231.377 pessoas contratadas. A queda acumulada desde setembro de 2008 - mês de agravamento da crise no Brasil - é de 7,2%.

São Paulo / SP
Samsung fabricará laptops e netbooks no Brasil
A partir de de fevereiro de 2010, a fabricante de equipamentos eletrônicos Samsung passará a montar, no Brasil, cinco modelos de computadores portáteis, entre laptops e netbooks. O diretor da divisão de tecnologia da Samsung, Ronaldo Miranda, justificou a iniciativa com a perspectiva otimista para o segmento dos PCs portáteis para os próximos anos. De acordo com números das consultorias IDC e ITData, o Brasil será o terceiro maior mercado mundial de PCs em 2010. Os institutos apontam também que o segmento dos laptops e netbooks deve crescer de 10% a 15% em 2009 em relação ao ano passado e que 2010 será o ano em que a venda de portáteis ultrapassará a de desktops.Apesar da fabricação local, os novos modelos serão importados a princípio para serem lançados em novembro, a tempo de aproveitar o mercado aquecido no último trimestre do ano. Os computadores terão preços sugeridos entre R$ 1.499,00 e R$ 3.599,00. Segundo Miranda, a fábrica de Campinas já monta monitores e televisores e tem estrutura para fabricar os portáteis. O executivo afirmou que a empresa não têm planos de ingressar no mercado de desktops. (PC World)

Rio de Janeiro / RJ
CSN mostra otimismo com demanda no 4º trimestre e em 2010
A CSN - Companhia Siderúrgica Nacional - prevê uma demanda "muito forte" por aço no quarto trimestre e tem expectativa otimista em relação a 2010, afirmou nesta quarta-feira o diretor comercial da empresa, Luis Fernando Martinez. Após um primeiro semestre em que todo o setor siderúrgico foi afetado pelo colapso na demanda, por causa da crise financeira internacional, a CSN está em negociações avançadas com potenciais sócios para tocar projetos anteriores de expansão de capacidade siderúrgica, com a construção de duas usinas, que terão capacidade conjunta de 9 milhões de toneladas. "A ideia das duas usinas é que tenhamos sócios para que boa parte da produção seja comprometida com o parceiro. Pretendemos manter o controle dos projetos, mas talvez nem tenhamos uma participação de 50% dos projetos", afirmou Juarez Saliba, diretor de mineração da CSN, em teleconferência com analistas. "Estamos em estágio avançado de negociação com potenciais sócios para essas duas usinas", disse o executivo. Segundo ele, uma usina, em Itaguaí/RJ, já tem licença prévia e, para a usina de Congonhas/MG, a empresa tem expectativa de obter licença de instalação até o final de 2010. As novas usinas deverão consumir também minério de ferro produzido pela própria CSN.
Paralelamente, a empresa investirá no próximo ano cerca de US$ 350 milhões para concluir uma usina de aços longos em Volta Redonda/RJ, que tem previsão de iniciar operação em 2011. Segundo Martinez, após a crise no primeiro semestre, "a equação de oferta e demanda está bastante favorável. A demanda está muito forte para o quarto trimestre e, para o começo do ano que vem, nossa previsão é muito otimista". "Os setores de linha branca e automotivo, que usualmente têm férias em dezembro, praticamente vão trabalhar cheios em novembro e dezembro", informou o executivo.
A CSN divulgou na madrugada de ontem, dia 4/11, lucro líquido de R$ 1,15 bilhão, impulsionado por ganho de R$ 835 milhões gerado por desdobramentos da venda de 40% da unidade de mineração Namisa, no ano passado, a um consórcio asiático. No segundo trimestre, o lucro somou R$ 335 milhões. O lucro também foi apoiado em redução de custos de produção, apesar de a empresa ter trabalhado durante o terceiro trimestre consumindo carvão contratado a preços mais caros antes da crise.
Mineração - Em outra frente, a companhia trabalha na consolidação de todas as atividades ligadas à mineração, incluindo ativo portuário, em uma nova empresa. A expectativa é que o plano fique pronto no início de 2010. "Nos próximos dois a três meses estaremos trabalhando para entregar esse projeto. A partir de um determinado momento do início do ano que vem, vamos estar operando 100% dos ativos de mineração dentro de uma nova empresa", disse Saliba. Segundo ele, numa etapa subsequente, a CSN decidirá o que fazer com a nova empresa. "Todas as opções estão na mesa: possível IPO oferta pública inicial de ações ou possível venda de participação estratégica. Mas ainda não tomamos uma decisão." Em entrevista em setembro, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que uma eventual oferta de ações do principal ativo de mineração do grupo, a mina Casa de Pedra, movimentará um valor "muito maior" que US$ 2 bilhões. (Agência Reuters)

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AGRONEGÓCIOS


Da redação - Brasília / DF
Publicado zoneamento para soja, banana e dendê no Pará
Os zoneamentos de risco climático para as culturas de soja, banana e dendê no Pará foram publicados em três portarias. O Pará produziu 209 mil toneladas de soja em área de 72 mil hectares, de acordo com os dados da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento. A soja adapta-se a temperaturas entre 20° e 30°C. Na germinação e floração, a leguminosa necessita de maior disponibilidade de água. O Brasil é um dos três maiores produtores mundiais de banana, com produção estimada em mais de sete milhões de toneladas e área de 500 mil hectares. Conforme o zoneamento, são recomendados os solos com profundidade superior a 50 centímetros, maior umidade e não pedregosos. O dendezeiro é uma palmeira africana cultivada no País desde o século 17. O Pará concentra mais de 80% da área nacional plantada. Atualmente, chega a produzir oito toneladas de óleo por hectare/ano. A temperatura, a insolação e a ocorrência de chuva são os principais elementos climáticos que afetam a produção do dendê.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da Companhia Nacional de Abastecimento)

Da redação – São Paulo / SP

Frango vivo ainda pode repetir preço médio de 2008
Apesar de todos os pesares que vem enfrentando no decorrer de 2009, o frango vivo comercializado no interior paulista obteve, nos 10 primeiros meses do ano, pequeno ganho nominal em relação à cotação média registrada em 2008 – passou de R$ 1,63/kg para R$ 1,64/kg, adicional de um centavo. Porém, mantida a cotação atual de R$ 1,40/kg – inalterada desde a penúltima semana de outubro – esse ganho se reverterá ainda em novembro, ficando negativo em comparação ao ano passado. Nada impede, no entanto, que haja uma repetição do preço médio alcançado em 2008. Para isso basta apenas que a média do bimestre novembro-dezembro de 2009 fique em torno de R$ 1,56/kg, cerca de 12% a mais que o valor vigente no momento. Parece muito, mas é bem menos que a média de R$ 1,68/kg registrada no mesmo período do ano passado.


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SETOR AUTOMOTIVO


Tóquio / Japão
Lucro líquido da Toyota cai 84% no trimestre, para US$ 241,8 milhões
A montadora japonesa Toyota Motor anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 21,8 bilhões de ienes (US$ 241,8 milhões) entre julho e setembro, segundo trimestre do ano fiscal em curso (que termina em março de 2010). O resultado representa uma queda de 84% em relação ao mesmo período do ano anterior, 139,8 bilhões de ienes (US$ 1,55 bilhão). No primeiro semestre fiscal (período de abril a setembro deste ano), no entanto, a montadora perdeu 55,99 bilhões de ienes (US$ 621 milhões), frente ao lucro de 493,47 bilhões de ienes (US$ 5,47 bilhões) do mesmo período do ano anterior. O lucro operacional da empresa foi de 58 bilhões de ienes (US$ 643,3 milhões) no segundo trimestre fiscal, 66% menor ao registrado entre julho e setembro do ano passado. A melhora nesses três meses se deu graças ao impulso das vendas em mercados como o japonês e chinês pelas medidas de desconto e subsídios à compra de novos veículos, pelo que os ingressos minguaram menos que o esperado, 24% até 4,54 trilhões de ienes (US$ 50,3 bilhões). Para todo o ano fiscal em curso, a empresa prevê uma perda líquida de 200 bilhões de ienes (US$ 2,21 bilhões), mais da metade do que previa em agosto passado. Além disso, a montadora prevê vender 7,03 milhões de veículos, 400 mil unidades mais que em sua previsão anterior. O ano fiscal de 2009 será o segundo consecutivo em que a Toyota registrará perdas líquidas e operativas, devido à queda nas vendas em seus principais mercados e à valorização do iene frente ao dólar.


Berlim / Alemanha
General Motors prevê 10 mil demissões na Opel
A montadora americana General Motors estima que haverá cerca de 10.000 dispensas na Opel, a montadora que decidiu não vender e que emprega atualmente mais de 50.000 pessoas na Europa, declarou nesta quarta-feira seu vice-presidente, John Smith. A GM havia decidido terça-feira manter a Opel, desistindo de vender a empresa, como o previsto. O grupo americano quer partir, agora, para reestruturar a Opel. A GM busca reduzir os custos de sua filial em 30%, o que se traduzirá em demissões, explicou Smith durante entrevista por telefone a jornalistas europeus. A Opel produz na Alemanha, onde trabalha a metade de seus assalariados, assim como na Espanha, na Bélgica, na Polônia e no Reino Unido, sob a marca Vauxhall. (Agence France Presse / AFP)

Auburn Hills / EUA
Executivo-chefe nega que Chrysler desperdice dinheiro
O executivo-chefe da Chrysler, Sergio Marchionne, disse hoje que a montadora não está "queimando" dinheiro e que no final de setembro contava com US$ 5,7 bilhões em liquidez. Marchionne, que também dirige a Fiat, disse durante a apresentação do novo plano empresarial da montadora americana que há "muitas ideias falsas" sobre a situação financeira da Chrysler. Segundo ele, a Chrysler teve lucro antes de impostos de perto de US$ 200 milhões no terceiro trimestre do ano e seus custos operacionais estavam dentro da margem de rentabilidade em setembro. Perante cerca de 150 analistas financeiros e outros 50 jornalistas especializados convocados na sede da Chrysler, na cidade de Auburn Hills, Marchionne afirmou que muitos subestimaram a redução de custos fixos feita durante a concordata.
A nova direção está apresentando o plano empresarial desenhado por Marchionne para a montadora para os próximos cinco anos. Ao início da apresentação, o presidente do Grupo Chrysler, Robert Kidder, disse que a nova equipe diretora está convencida de que os problemas que levaram a empresa à quebra podem ser resolvidos. Kidder explicou que Marchionne e sua equipe estão "reinventando o modelo empresarial da Chrysler com uma verdadeira economia global de escala". Marchionne deve anunciar hoje que a nova geração de veículos do Grupo Chrysler será baseada em plataformas e modelos da Fiat. O compacto 500 é um dos modelos mais esperados, dada as graves carências da montadora americana nesse segmento. Mostra da importância dada a esse carro para seus negócios é que a Chrysler chegou a colocar hoje um modelo 500 na porta do centro onde aconteceu a apresentação de Marchionne. Mas as novidades anunciadas hoje em Auburn Hills não foi bem recebida por todos.
Desde começo da manhã, a sede da Chrysler é sobrevoada por um pequeno avião que exibe um cartaz que diz: "Chrysler/Fiat bailout bandit" ("Chrysler/Fiat bandido do resgate financeiro"). O protesto foi organizado pela Teamsters Union, um sindicato de profissionais que se opôs às ajudas financeiras proporcionadas pelas autoridades americanas a General Motors e Chrysler para garantir sua sobrevivência. (Agência EFE)


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VAREJO & SERVIÇO


Da redação - Rio de Janeiro / RJ
McDonald's sai em busca da classe C

O McDonald's está em busca de endereços mais próximos da classe C no Brasil, que ganhou prioridade nos planos de expansão da maior rede de fast-food do mundo. Diferentemente dos Estados Unidos, onde o grande público da rede de hambúrgueres está na base da pirâmide social, o McDonald's sempre foi mais elitista no Brasil. E isso se explica pelas diferenças estruturais do mercado consumidor de cada país. A participação da classe C nas vendas do McDonald's ainda gira em torno de 20%. A empresa não divulga projeções, mas afirma que esse percentual vai crescer devido às estratégias implementadas pela cadeia de fast-food. Além de abrir unidades em locais populares, o McDonald's lançou uma plataforma de produtos e preços para a classe C, que permite oferecer menus por até R$ 6, seja de sanduíches ou sobremesas. O McDonald's também pretende reforçar sua presença no Brasil no mercado de cafés. Nos EUA, a rede de fast-food causou estragos à concorrência, em particular à Starbucks, ao entrar de forma agressiva no segmento. O segredo do McCafé foi vender expressos mais baratos, além de incluir bebidas geladas e café da manhã. No Brasil, a implementação dessa estratégia está a todo vapor: neste ano, estão sendo abertos dez novos McCafés, sempre dentro dos restaurantes. Existem operações de café em apenas 10% da rede atualmente. Para o McDonald's, as cafeterias têm um ingrediente especial: as margens de lucro são mais altas. Como a estratégia da rede é vender hambúrgueres a preços populares, as operações de café dão o contrapeso, equilibrando as margens dos restaurantes. Após a aquisição das operações no Brasil, a Arcos Dourados voltou a acelerar as inaugurações. Neste ano, serão abertos 24 restaurantes, elevando o total para 577. Devido ao longo litígio com um grupo de franqueados no Brasil na primeira metade desta década, o McDonald's deu prioridade às lojas próprias. Hoje, apenas 25% das unidades do McDonald's pertencem a franqueados, mas a rede voltou a dar concessões no País. Dos 24 restaurantes abertos neste ano, 10 são de franqueados.

Da redação - São Paulo/ SP
Avon tem queda nas vendas no terceiro trimestre

A gigante americana de cosméticos Avon, uma das principais empresas de venda porta a porta do Brasil, disse que no terceiro trimestre deste ano suas receitas caíram 4% em termos absolutos na comparação com o mesmo período de 2008, para US$ 2,6 bilhões, embora tenham avançado 7% em moedas locais. As vendas de produtos de beleza caíram 3% em dólar e avançaram 8% nas moedas locais, enquanto o número de representantes ativas teve uma evolução de 10%. O destaques ficaram para o mercado brasileiro, onde as vendas cresceram 22% em Reais; e para a Venezuela, com alta de 24% em pesos. A margem bruta da empresa, de 62,6%, ficou 50 pontos-base abaixo do mesmo período de 2008. Ganhos de produtividade na produção, benefícios obtidos com a estratégia de strategic sourcing e aumentos de preços em alguns produtos anularam parte da queda de 140 pontos-base advinda do efeito cambial desfavorável. O lucro da empresa ficou em US$ 259 milhões, contra US$ 297 milhões um ano atrás.


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COMÉRCIO EXTERIOR


Da redação – Brasília / DF
Embarques de carne de frango voltam a superar as 300 mil toneladas
Após registrarem, em setembro passado, volume próximo das 290 mil toneladas, as exportações brasileiras de carne de frango voltaram a apresentar recuperação em outubro. Só de produto in natura foram embarcadas no mês, conforme a SECEX/MDIC, 301.440 toneladas, volume que representou incremento de 15,5% sobre o mês anterior, e – pela primeira vez nos últimos 12 meses (isto é, desde que o setor passou a ser mais gravemente afetado pela crise econômica mundial) – variação positiva em relação a idêntico mês do ano passado. Neste caso, o aumento em relação a outubro de 2008 foi de 6,2%. O preço médio, porém, continua retrocedendo. No mês passado, acabou sendo ligeiramente menor que o de setembro (recuo de 1,9%), o que não impediu aumento (de 13,3%) sobre a receita cambial do mês anterior. Já em comparação ao mesmo mês do ano passado, a receita cambial de outubro foi 13,7% menor. (Fonte: Assessoria de Comunicação SECEX/MDIC)

Da redação – Brasília /DF
Brasil vende mais açúcar e menos etanol em outubro
O volume de açúcar exportado em outubro pelo Brasil atingiu 2,25 milhões de toneladas, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. É o terceiro maior volume já exportado pelo Brasil, ficando atrás dos meses de setembro e julho deste ano. O volume é 2% superior ao registrado em outubro de 2008 e 11,86% inferior ao verificado em setembro de 2009. Já a receita das exportações de etanol somaram US$ 151,8 milhões em outubro, queda de 32,9% em relação a outubro de 2008. O volume de etanol exportado atingiu 326,3 milhões de litros, queda de 12% em relação aos 370,8 milhões de litros em setembro e queda de 32,2% em relação ao mesmo período de 2008.


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MERCADO DE TI


Nova Iorque / EUA
Resultados da Cisco superam expectativas e indicam recuperação
A receita trimestral da Cisco Systems aumentou mais que o esperado em relação ao trimestre anterior, indicando que as empresas voltaram a investir em equipamentos de rede após um ano de cortes nos gastos com tecnologia. A Cisco afirmou que no trimestre terminado em 24/10 a receita caiu 13% ante o mesmo período de 2008, para US$ 9 bilhões. No entanto, o resultado foi 6% superior ao do trimestre anterior, e acima da previsão média de Wall Street, de US$ 8,7 bilhões, segundo a Thomson Reuters. O lucro líquido da empresa foi de US$ 1,8 bilhão, ou US$ 0,30 por ação, ante os US$ 2,2 bilhões, ou US$ 0,37 por ação, um ano antes. Excluindo itens extraordinários, o lucro foi de US$ 0,36 por ação, ante US$ 0,42 por ação um ano antes e maior que a previsão média de Wall Street, de US$ 0,31 por ação. A empresa também afirmou que seu conselho de diretores autorizou até US$ 10 bilhões em recompra adicional de ações. A Cisco é a maior fabricante de roteadores e outros equipamentos de rede do mundo em termos de vendas. Seus produtos são usados por empresas globais, incluindo operadoras de telefonia e governos. (Agência Reuters)


Washington / EUA
Microsoft anuncia demissão de mais 800 funcionários
O gigante americano da informática Microsoft anunciou ontem, dia 4/11, a ampliação da reestruturação anunciada em janeiro, com a demissão de mais 800 funcionários em todo o mundo. Um porta-voz do grupo disse que estas demissões se somarão às 5 mil já anunciadas em janeiro, quando a Microsoft apresentou resultados negativos. "Isto representa a conclusão do esforço de reestruturação anunciado em janeiro pelo diretor-geral, Steve Ballmer", declarou o porta-voz Lou Gellos. O porta-voz não quis especificar quais áreas da empresa ou que tipos de empregados seriam afetados no novo corte. Estas reduções de empregos são relativamente modestas em relação aos 91.005 funcionários que o grupo reunia em 30 de setembro, mas representam a decisão de maior alcance em termos de corte de funcionários na história da Microsoft. (Agence France Presse / AFP)


Londres / Inglaterra
UE pode impor objeção à compra da Sun pela Oracle
A Oracle está esperando para os próximos dias uma objeção formal da Comissão Europeia à sua planejada compra da Sun Microsystems por 7,4 bilhões de dólares, informa o Financial Times. A Oracle não ofereceu nenhuma concessão às autoridades europeias, informou uma fonte próxima do assunto ao jornal, apesar das preocupações sobre o impacto da operação no mercado de banco de dados. Atualmente a Oracle compete com o MySQL, da Sun. Até agora, a comissária de defesa da concorrência da UE decidiu proibir apenas duas operações de fusão. Uma análise da operação pelo órgão fiscalizador da competição na Europa tem prazo até 19/01/2010. A compra da Sun pela Oracle já foi autorizada pelo Departamento de Justiça dos EUA. (Agência Reuters)


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MERCADO WEB


Da redação - São Paulo / SP
Pagamento Digital faz parceria para fomentar e-commerce

A Pagamento Digital, plataforma de pagamentos online que também realiza a análise de risco de transações não presenciais, conta a partir deste mês com um novo módulo de integração em lojas virtuais, desenvolvido pela Indexa, empresa de sistemas de internet com base no Magento, ferramenta que oferece ao usuário controle sobre a gestão de seu comércio eletrônico.

Mountain View / EUA
Google Wave terá loja de aplicativos
Google confirmou que seu serviço de comunicação Wave terá uma loja de aplicativos que permitirá que a expansão de funcionalidades da plataforma por meio de códigos de terceiros. Chamada de Wave Application Store, a loja permitirá que desenvolvedores possam vender e lucrar com os aplicativos criados, em sistema semelhante ao proposto pela Apple na sua loja de aplicativos App Store, segundo o site The Next Web. Ainda não está claro se o Google, assim como faz a Apple, dividirá os ganhos com o desenvolvedor e, caso a estratégia seja confirmada, qual será o compartilhamento de receita entre o buscador e o criador do aplicativo. Desde seu lançamento, o Wave tem códigos e funcionalidades abertas e documentadas para que desenvolvedores possam criar aplicativos que explorem a plataforma. (Agência IDG Now!)


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


São Paulo / SP
Gol faz reestruturação após renúncia de vice-presidentes
O Conselho de Administração da Gol recebeu, na noite de ontem, dia 3/11, a renúncia de Wilson Maciel Ramos, vice-presidente de planejamento e tecnologia da informação da empresa, e de Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços. Segundo a companhia aérea, com a saída dos dois vice-presidentes, será feita uma reestruturação organizacional na empresa. As funções de Ramos serão acumuladas por Leonardo Pereira, atual vice-presidente de finanças e Relações com Investidores, enquanto a área de marketing e serviços ficará com o diretor-presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior. Algumas funções subordinadas a Gargioni anteriormente, como central de relacionamento com o cliente, aeroportos e tripulação comercial, serão acumuladas pelo diretor de Gestão & Pessoas, Ricardo Khauaja. Em nota, a Gol diz que "a iniciativa simplifica a gestão empresarial e responde ao crescimento rápido da companhia nos últimos anos, alinhando com seus objetivos estratégicos". (Agência Estado / AE)


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TELECOM & ENERGIA


Da redação - São Paulo / SP
Lucro da Vivo cresce 154% no trimestre, para R$ 340 milhões
A operadora de telefonia celular Vivo registrou lucro líquido de R$ 340 milhões no terceiro trimestre, alta de 154% em relação ao lucro de R$ 133,9 milhões um ano antes. A receita líquida de serviços da empresa totalizou R$ 3,8 bilhões de julho a setembro, ante R$ 3,6 bilhões nos mesmos três meses de 2008. A empresa encerrou setembro com quase 49 milhões de clientes, expansão de 15,5% em 12 meses. A receita média por assinante no terceiro trimestre foi de R$ 26,4 reais, queda de 10,2% ante o mesmo intervalo de 2008, porém alta de 0,4 por cento sobre o segundo trimestre deste ano. A geração de caixa calculada pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação, na sigla em inglês) ficou em R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre, com margem de 34,4%. Um ano atrás, o Ebitda foi de R$ 1,3 bilhão, com margem de 32,5%.


Madrid / Espanha
Telefônica eleva oferta por GVT para quase R$ 7 bilhões
A Telefônica divulgou nesta quarta-feira que elevou sua proposta para adquirir a operadora de telefonia fixa GVT, de aproximadamente R$ 6,5 bilhões para R$ 6,95 bilhões, dispondo-se a pagar R$ 50,50 por ação. Às 11h58min, a ação ordinária da GVT era cotada por R$ 51,70, em alta de 1,37%. A Telefônica manteve a intenção de adquirir 100% do capital da GVT. Ontem, os acionistas dessa operadora decidiram em assembleia retirar cláusulas do estatuto da empresa a pedido da Telefônica, o que abre caminho para a operação. Pela decisão de ontem, a aquisição da GVT deve ser concretizada até 28 de fevereiro de 2010, e o pagamento, realizado em dinheiro. Em comunicado ao mercado, a direção da Telefônica justifica a nova oferta baseado em "informações adicionais a respeito da GVT resultantes dos excelentes resultados por ela apresentados no terceiro trimestre deste ano". No trimestre passado, a GVT apurou lucro líquido de R$ 57,193 milhões, ante prejuízo de R$ 14,754 milhões um ano antes. A receita líquida totalizou R$ 442,35 milhões, em um crescimento de 27,3%. A operadora tem uma base de 1,33 milhão de linhas telefônicas em operação, além de uma base de 604 mil assinantes de serviços de banda larga. (Agência EFE)

Nova Iorque / EUA
Comanche Clean Energy implanta Programa de Produtividade
A Comanche Clean Energy, grupo produtor de etanol e biodiesel, assinou um acordo estratégico com a empresa californiana EdeniQ, que atua no ramo tecnológico, para implantação de um Programa de Aumento de Produtividade nas áreas industrial e agrícola. Com o emprego da patente Eden3 da EdeniQ, a Comanche espera aumentar produtividade, lucros e resultados ambientais. "A EdeniQ não só desenvolve o seu próprio pacote de soluções, mas também é altamente especializada e capacitada para identificar, aperfeiçoar e comercializar tecnologias emergentes", disse o presidente da EdeniQ no Brasil, Paulo Mylla. Para o CEO da EdeniQ, Larry Gross, o programa vai auxiliar os chamados produtores de primeira geração a se tornarem mais eficientes, lucrativos e ambientalmente responsáveis. "É o caminho mais rápido para tornar a produção de segunda geração, etanol celulósico, uma realidade". “Neste momento, somos uma indústria madura, com grandes e sofisticados jogadores. Eficiência é o tema da hora. Nossa busca por melhores tecnologias nos leva para todos os lugares do globo. Quer seja uma nova variedade de cana-de-açúcar, ou processos de inovação industrial como o que a EdeniQ oferece", disse o presidente da Comanche, Tom Cauchois. (Agência Reuters)


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MERCADO DE LUXO


Paris / França e Roma / Itália
Diamante negro da gastronomia
As trufas preservam o mesmo sabor especial da Antiguidade e são iguarias que agregam valor a qualquer prato. A França divide com a Itália o título de centro mundial da alta gastronomia. Não são poucos os restaurantes premiados e desejados abrigados por esses dois países e também não faltam chefs estrelados e restaurantes finos. Os dois países mediterrâneos também dividem o posto de berços das trufas negras, junto com a Espanha. Chamadas por Brillat-Savarin, famoso gastrônomo e epicurista francês, de “diamantes negros” da cozinha, as trufas são consumidas desde a Antiguidade e eram apreciadas por gregos e romanos. Escritores antigos já destacavam os poderes afrodisíacos da iguaria. Não se sabe exatamente o porquê, mas as trufas quase desapareceram das cozinhas durante a Idade Média, porém foram redescobertas no século XIV nos arredores das moradias dos papas, à época na cidade de Avignon, na França. Quando, em 1835, o rei Charles VI conheceu as trufas, difundiu-as pela corte francesa e tornou-as um dos símbolos da alta gastronomia.
Dando um salto na história, já no século XIX chefs célebres, como Antonin Carême e Auguste Escoffier, inventaram grande variedade de receitas com a iguaria, que nunca mais saiu das cozinhas requintadas. Isso porque, além de seu sabor marcante e aveludado, ela combina perfeitamente com outros ingredientes refinados, como foie gras e lagostas. Mas ela também completa risotos, carnes de caça, saladas, batatas, massas e até mesmo ovos - sob a forma de omelete - de maneira brilhante. Aqui no Brasil, um dos chefs mais conhecidos por usar as trufas negras é Alessandro Segatto, que em seu La Risotteria, na cidade de São Paulo, apresenta um festival de pratos com a iguaria no mês de outubro.
Uma raridade
A trufa é um produto raro – em 1900, a produção na França era de 2000 toneladas; hoje, é de cerca de 500 toneladas – e por isso mesmo caro. Para se ter ideia, o site Truffefrance.com, especializado na venda, comercializa 100 gramas de trufas frescas por 29 euros. As trufas de verão, cujo sabor é mais suave, saem por 18 euros. Elas vêm conservadas em um sumo extraído das próprias trufas em embalagens de vidro de 25 gramas. Trufas negras congeladas em embalagens de 200 gramas saem por até 309 euros.
Além da já mencionada raridade, o que encarece as trufas são suas exigências climáticas específicas e a mão-de-obra especializada envolvida em seu cultivo, a chamada truficultura. As trufas nascem aos pés de algumas árvores, como carvalhos e nogueiras e são relativamente frequentes em encostas calcárias. Elas exigem um clima temperado, com estações bem marcadas, sem geadas excessivas no inverno, com primaveras suaves e verões quentes e secos. As tempestades do agosto europeu favorecem seu crescimento, que se acentua no outono. Por isso, são colhidas entre novembro e março por agricultores especializados, normalmente conduzidos por animais de olfato apurado, como porcos ou cães, únicos capazes de detectar no solo os locais onde se dissimulam as trufas maduras.
A espécie mais valorizada é a Tuber Mélanosporum Vittadini, que tem forma arredondada e pode atingir o tamanho de uma maçã, pesando em média 60 gramas. Seu talo apresenta escamas que passam de um tom avermelhado ao negro, quando maduras. Sua polpa tem consistência firme e é preta-violácea, com finas veias brancas ramificadas, que ficam negras ao ser cozidas. Seu perfume envolve o ambiente e, com tanta história e savoir-faire envolvido em seu preparo, elas agregam valor aos restaurantes que a exibem em seu cardápio.


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