Edição 204 | Ano I

Brasília/DF – Da redação
Mantega admite que economia pode ficar estagnada em 2009

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem, dia 14/5, que a economia pode ficar estagnada neste ano e que, no melhor dos cenários, espera um crescimento de 2%. Mantega, no entanto, enfatizou que não espera retração do PIB - Produto Interno Bruto. "Eu continuo com a minha projeção de que nós deveremos ter um crescimento positivo este ano, ao contrário da maioria dos países, que ficará entre 0% e 2%", disse. O ministro acredita em um "forte crescimento" da economia no último trimestre de 2009, após uma recuperação gradativa no decorrer do ano. Segundo ele, o crescimento de 0,3% na vendas do varejo em março, indica que "talvez a retração que houve nos meses anteriores tenha terminado". Mantega contou que consultou diversas modalidades de comércio varejista e, tendo essas conversas como base, acredita que o setor "já está em forte recuperação". O ministro falou após um encontro com executivos da Editora Abril, em São Paulo.
Poupança - Mais cedo, ao chegar no evento, Mantega disse estar satisfeito com a repercussão das novas regras da poupança. Ele também afirmou que não há pressa para a redução do IR - imposto de renda - dos investimentos em renda fixa, medida anunciada na quarta-feira, dia 13/5. Segundo Mantega, a medida pode ser tomada caso haja nova queda na taxa Selic, hoje em 10,25% ao ano. "A redução do IR para renda fixa vai depender da queda da Selic. Aí, vamos estar reduzindo não só para renda fixa mas para outras aplicações, também. Por enquanto, não há necessidade de definição. Pode ser até que não seja necessário", disse antes de participar de seminário na Editora Abril, em São Paulo. O ministro afirmou ainda que, para ele, a população recebeu muito bem as alterações na poupança e ressaltou que é preciso manter a confiança nesse instrumento. "A população entendeu que foram preservados os rendimentos da poupança, que continua sendo um dos melhores investimentos hoje no País." O governo anunciou na quarta-feira as regras para tributação da caderneta de poupança acima de R$ 50 mil. Será tributado apenas o que exceder tal valor. Hoje, todas as aplicações na poupança estão isentas. A medida ainda precisa ser aprovada no Congresso e passaria a valer em 2010. Assim, uma aplicação de R$ 70 mil pagará imposto sobre o rendimento mensal dessa diferença, nesse caso, R$ 20 mil. De acordo com a equipe econômica, as aplicações acima de R$ 50 mil representam cerca de 1% das contas na caderneta de poupança. A cobrança do IR será feita na fonte quando o valor do rendimento for superior a R$ 7.750, considerando a Selic atual (10,25% ao ano). Caso contrário, o IR só será pago na declaração do IR do ano seguinte. (Agência Brasil)

Paris/França
França entra em recessão após segunda queda consecutiva do PIB
O PIB - Produto Interno Bruto - francês caiu 1,2% no primeiro trimestre do ano, revelou hoje o INSEE - Instituto Nacional de Estatística -, o que marca a entrada oficial do país em recessão econômica, ao somar seis meses consecutivos de queda da economia. O FMI - Fundo Monetário Internacional - e a CE - Comissão Europeia - calculam que a economia francesa cairá 3% em 2009, um número que o Governo começa a considerar como possível, embora oficialmente mantenha suas expectativas em 1,5%. O INSEE revisou para baixo a queda do PIB no último trimestre de 2008, que situou em 1,5%. Também revisou para baixo os dados do terceiro trimestre, nos quais, segundo a nova avaliação, o PIB caiu a 0,2%, frente ao crescimento de 0,1% previsto. O consumo interno manteve sua tendência positiva, com uma alta de 0,2%, no mesmo nível que no trimestre anterior, mas este foi o único indicador positivo. O saldo comercial exterior sofreu importantes quedas, tanto no que se refere às exportações (6%), como nas importações (5,3%). (Agência Efe)

Washington/EUA
Recuperação econômica dos EUA levará mais de três anos
Especialistas já começam a ver sinais de melhora na economia dos EUA, mas a completa recuperação virá em alguns anos. Pesquisa realizada pelo jornal "The Wall Street Journal" publicada ontem, dia 13/5, mostra que a retomada total da maior economia do mundo só ocorrerá daqui a três anos. Para metade dos 52 economistas consultados pelo jornal, os EUA levarão no mínimo três anos para superar as perdas provocadas pela recessão iniciada em dezembro de 2007. Somente 14% apostam numa recuperação dentro de um ou dois anos, e 28% acreditam que o prazo para que a atividade volte ao nível de dezembro de 2007, será na verdade de cinco ou seis anos, acrescentou o jornal em sua edição online. Os economistas esperam que a produção interna deva contrair, em média, 1,4% neste trimestre, na comparação com a retração de 6,1% do PIB - Produto Interno Bruto - nos primeiros três meses do ano. Já para 2010, a média de crescimento citada pelos economistas é de 2%. O consumo, que responde por quase dois terços da atividade econômica americana, é a grande preocupação dos analistas - e o principal motivo para a demora da recuperação econômica. Até o fim de 2009 o número de desempregados deve ficar na casa dos 9,7%, com mais de dois milhões de pessoas sem trabalho, o que vai causar grande queda nos níveis de consumo. "Estamos seguindo para um caminho de transição na economia para um nível melhor de consumo", afirmou Paul Kasriel, da empresa The Northern Trust. "Esta é uma pesada recessão que está transformando a economia dos EUA, mas essas transformações não ocorrem da noite pro dia." (Agence France Presse/AFP)

Brasília/DF
Tesouro Direto registra aumento de compras e vendas em abril

A venda de títulos públicos pela Internet para pessoas físicas chegou a R$ 131,7 milhões em abril. O número representa um aumento de 21,5% na comparação anual e é o melhor resultado para meses de abril desde a criação do Tesouro Direto, em 2002. Em relação a março, no entanto, houve uma queda de 26,5% no valor investido. As recompras feitas pelo Tesouro, também aumentaram no mês passado. Toda quarta-feira, o governo recompra os títulos dos aplicadores que querem sair do investimento. Em abril, essas operações somaram R$ 40,2 milhões, o maior valor desde outubro do ano passado, quando chegou a R$ 51,3 milhões. De acordo com o balanço divulgado pelo Tesouro Nacional, os títulos mais procurados pelos investidores foram os prefixados (LTN e NTN-F), que possuem rentabilidade definida no momento da compra, cuja participação atingiu 48,1%. Os títulos indexados ao IPCA, índice oficial de inflação, (NTN-B e NTN-B Principal) ficaram em segundo lugar, com participação de 38,5% do total das vendas. Já os títulos indexados à taxa básica de juros, a Selic, (LFT) apresentaram participação de 13,4% nas vendas no mês.
Rentabilidade - Em relação à rentabilidade, destacaram-se as NTN-Bs com vencimento em 2009 e 2010, que apresentaram retorno de 1,06% e 0,91% no mês, respectivamente. O número total de investidores cadastrados atingiu 156.015, o que representa incremento de 34,9% nos últimos 12 meses. O valor médio por operação foi de R$ 15.342,91, mas as aplicações de até R$ 5.000 responderam por 64% das vendas. O estoque total de aplicações no Tesouro Direto alcançou o valor de R$ 2,768 bilhões - aumento de 71,3% sobre abril de 2008.

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INDICADORES ECONÔMICOS

Rio de Janeiro/RJ
Economia informal cresce em meio à crise, aponta FGV
A chamada economia "subterrânea" - produção de bens e serviços não reportada ao governo -, que mede o mercado informal e os movimentos ilegais entre os formais, cresceu ainda mais durante os primeiros impactos da crise econômica no País, no último trimestre do ano passado. Naquele período, essa economia teve expansão de 13,6% dentro do PIB - Produto Interno Bruto -, impulsionada pela falta de crédito no mercado formal, que pode ter levado as empresas a recorrerem a atividades não-declaradas ao governo. Nos três trimestres anteriores, a expansão da economia subterrânea dentro da economia total não havia sido superior a dois dígitos. Segundo o Etco - Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial -, a economia informal representa de 20% a 30% do PIB. O levantamento da FGV não detalha valores dessas participações. "A gente percebe é que a parada de crédito deu uma pancada muito forte na economia formal, mas os dados não mostram a economia subterrânea sendo afetado por ela. É até natural, visto que, como é subterrânea, não necessita do crédito para continuar o seu movimento", afirmou o pesquisador Fernando de Holanda Barbosa, do Ibre - Instituto Brasileiro de Economia -, da FGV - Fundação Getúlio Vargas.
De dezembro de 2007 a dezembro de 2008, a economia subterrânea teve expansão de 27,1% no PIB, a maior da série iniciada em 2003. Esse movimento foi influenciado também, pelo aumento da atividade econômica durante boa parte do ano passado, que acabou impulsionando a economia ilegal. "As economias crescem em paralelo, uma alimenta a outra. Renda gerada na economia subterrânea é gasto na economia formal, e renda gerada na economia formal, também é gasto na economia subterrânea", explicou.
Outros fatores, no entanto, também determinam o índice da FGV, como o nível da carga tributária do País, a percepção da corrupção junto a empresários e o nível das exportações, que segundo Barbosa, é um bom medidor das irregularidades, pela grande burocratização. "As variáveis todas combinadas, com exceção da exportação, implicaram nesse aumento. O nível de atividade contribuiu porque o desemprego estava caindo e a carga tributária mais uma vez foi o fator com maior contribuição. E a corrupção também", observou.
Os dados da pesquisa mostram que até setembro, o nível de atividade econômica era o principal fator que impulsionava a economia subterrânea. Depois da crise, a influência da carga tributária levou mais gente ao campo da economia ilegal. "Isso é um sintoma de que alguma coisa está estranha com a economia brasileira. Deve ter alguma coisa empurrando as empresas para a economia subterrânea, ao invés de ir para a formal. A principal variável que a gente vê é a carga tributária, ela explica grande parte desse aumento", comentou Barbosa.



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MERCADO DE CAPITAIS

(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


RESUMO dos pregões de ONTEM – 14/5:

São Paulo/SP
Bovespa fecha com ganho de 1,58% após três dias de queda
As notícias desfavoráveis da economia americana e os balanços desanimadores de algumas grandes empresas domésticas não foram suficientes para derrubar a Bovespa ontem, dia 14/5. Após um início nervoso, os investidores voltaram às compras e fizeram a Bolsa ter o quinto pregão positivo em nove dias úteis do mês. Já a taxa de câmbio cedeu para R$ 2,08.
- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 1,58% no fechamento e alcançou os 49.446 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,23 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque, fechou em alta de 0,56%.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,082, em um declínio de 1,13% sobre a cotação de quarta-feira.
- A taxa de risco-país marca 332 pontos, número 1,77% abaixo da pontuação anterior.
Análise 1 - O mercado teve um estresse "de momento" logo após a divulgação dos números mais recentes da economia americana, com desempenho pior do que o esperado pela maioria dos analistas. Os investidores, no entanto, relativizaram esses números, dentro do espírito de relativismo "otimismo" que impera no mercado há pelo menos dois meses. Mesmo os balanços corporativos ganharam uma leitura favorável, já que basicamente, ainda refletem um período reconhecidamente ruim da economia global. No front doméstico, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - informou que as vendas no comércio varejista em março, cresceram 0,3%, na comparação com fevereiro, pouco abaixo do calculado por economistas do mercado. A Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - reportou que o nível de emprego da indústria paulista subiu 0,8% em abril, na comparação com março.
Análise 2 – Empresas - O Banco do Brasil anunciou ontem, dia 14/5, que lucrou R$ 1,665 bilhão no primeiro trimestre de 2009, com recuo de 29,1% sobre o mesmo período do ano passado. A ação ordinária do banco valorizou 4,39% no pregão de ontem. A Aracruz Celulose fechou o primeiro trimestre de 2009 com prejuízo de R$ 1,7 milhão, depois de ter amargado um prejuízo bilionário no quarto trimestre do ano passado - quase R$ 3 bilhões - devido a apostas erradas no mercado cambial. A ação preferencial desvalorizou 3,13%. Já a CSN - Companhia Siderúrgica Nacional - reportou ontem, que obteve lucro líquido de R$ 369 milhões no primeiro trimestre, um resultado 52% menor do que no mesmo período do ano passado. A ação ordinária caiu 0,65%. Na quarta-feira, 13/5, à noite, a Usiminas admitiu um prejuízo líquido de R$ 112 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante lucro de R$ 712 milhões no mesmo período de 2008. A ação preferencial sofreu perdas de 3,92%. A ação dessa companhia amargou forte queda de 3,92%, a pior entre os papéis mais negociados pelos investidores.



Nova Iorque/EUA
Bolsas dos EUA fecham em alta mesmo com dados negativos de emprego
As Bolsas dos EUA fecharam em alta ontem, dia 14/5, após a forte queda de quarta-feira, dia 13/5, e em um dia de dados negativos sobre emprego. Segundo o Departamento de Trabalho americano, foram registrados 637 mil pedidos de seguro-desemprego
na semana passada, acima do previsto pelo mercado.
- O índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse - Bolsa de Valores de Nova Iorque -, fechou em alta de 0,56%, indo para 8.331,32 pontos.
- O índice ampliado S&P 500 subiu 1,o4%, para 893,07 pontos.
- O indicador Nasdaq ganhou 1,50%, para 1.681,21 pontos.
Análise 1 - Os números da semana passada ficaram abaixo do registrado no período imediatamente anterior, de 650 mil solicitações (número revisado), mas superaram a estimativa dos economistas do setor financeiro, de um montante em torno de 610 mil pedidos de seguro desemprego. Segundo análise do próprio departamento, as demissões do setor automobilístico aumentaram a demanda pelos benefícios. Na semana passada, o governo já havia informado que foram fechados 539 mil postos de trabalho em abril, e que a taxa de desemprego continuou a subir, indo de 8,5% em março a 8,9% - o maior patamar desde setembro de 1983. Em outra divulgação de ontem, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que a inflação medida pelo PPI - Índice de Preços ao Produtor - foi de 0,3% em abril, número acima do esperado por analistas de mercado (0,1%). Em março, o PPI teve queda de 1,2%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, os preços acumulam uma queda de 3,7% - a maior perda percentual desde janeiro de 1950.
Análise 2 - Entre os balanços, a rede varejista Walmart registrou um lucro de US$ 3,02 bilhões em todo o mundo no primeiro trimestre de 2009. O resultado representa uma estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior, causada pela alta do dólar em vários países. A receita da empresa ficou em US$ 93,47 bilhões no mês passado, uma queda de 0,6%, frente aos US$ 94,04 bilhões registrados no mesmo mês de 2008. O faturamento total da empresa ficou abaixo das expectativas dos analistas de mercado, que previam uma alta de US$ 96,37 bilhões.
Reação das Ações:
- O dia foi positivo para os bancos. As ações dos bancos JPMorgan e Citigroup subiram 4,38% e 4,11%, respectivamente. Os papéis do Bank of America avançaram 2,72%, enquanto que os do American Express ganharam 2,62%.
- A jornada também foi propícia para a Intel, cujas ações subiram 2,71%, e para os papéis da Hewlett-Packard, que avançaram 2,10%.
- A maior queda de ontem, entre as empresas que compõem o Dow Jones, foi mais uma vez das ações da General Motors, que registraram baixa de 4,95% e fecharam a US$ 1,15.



Londres/Inglaterra
Bolsas europeias invertem tendência e fecham com ganhos

As principais Bolsas europeias inverteram a tendência e encerraram em valorização ontem, dia 14/5, depois de passar o dia em terreno negativo. O setor bancário ajudou os mercados da região a retomarem os ganhos, após três dias consecutivos de perdas.
- A Bolsa de Londres subiu 072% no índice FTSE 100, indo para 4.362,58 pontos.
- A Bolsa de Paris avançou 0,11% no índice CAC 40, para 3.156,29 pontos.
- A Bolsa de Frankfurt subiu 0,23% no índice DAX, indo para 4.738,47 pontos.
- A Bolsa de Zurique tinha valorização de 1,57%, indo para 5.360 pontos no índice Swiss Market.
- A Bolsa de Amsterdã registrou perda de 0,47% no índice AEX General, indo para 249,02 pontos.
- A enquanto a Bolsa de Milão desvalorizou 0,42% no índice MIBTel, indo para 15.280 pontos.
Análise 1 - Papéis de bancos tiveram valorização depois que os investidores retornaram às compras nesta quinta, para aproveitar as "pechinchas" das quedas consecutivas dos últimos dias. Barclays, Credit Suisse, HSBC, Lloyds e Royal Bank of Scotland tiveram alta 3,9% a 6,2%. "O mercado não quer se desvalorizar muito", afirmou Mike Lenhoff, estrategista da Brewin Dolphin Securities. "Ele pode ter se excedido um pouco nas quedas e agora volta a dar um alívio. Isso nos leva a pensar que a recuperação já está ocorrendo." Ontem, o BCE - Banco Central Europeu - divulgou que já observa sinais de certa estabilização econômica na zona do euro, apesar de a recuperação, de fato, ser prevista somente para 2010. Em seu boletim de maio, o banco diz que "a demanda externa e interna será muito fraca em 2009 e que se recuperará gradualmente em 2010". "A atividade econômica continuou se enfraquecendo na zona de euro no primeiro trimestre de 2009, paralelamente com a deterioração da economia mundial".
Análise 2 – Petróleo - Ao contrário dos bancos, as empresas do setor de energia tiveram desvalorização hoje, puxadas pelas perspectivas de queda na demanda global neste ano. Papéis de empresas como Cairn Energy, BP, Royal Dutch Shell e Total desvalorizaram de 1,7% a 3,6%.
Ontem, a AIE - Agência Internacional de Energia - voltou a revisar para baixo a previsão de demanda mundial de petróleo para 2009. A estimativa é que o consumo da commodity sofra a maior queda anual desde 1981 (-3%).
Ligada aos países consumidores dentro da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos), a AIE considera que o consumo de petróleo neste ano ficará em 83,2 milhões de barris por dia (mbd), o que representa uma queda de 2,6 mbd em relação a 2008.
Já a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduziu a previsão de demanda de petróleo para 2009 em 1,8%. Segundo o cartel, a demanda deve registrar uma contração no ano de 1,57 milhão de barris por dia (mbd), a 84,03 milhões, contra 85,59 mbd em 2008. A Opep havia anunciado em março uma previsão de queda de 1,37 mbd. "Persistem riscos consideráveis no mercado petroleiro, que continua desequilibrado pela baixa constante na demanda e pela superprodução crescente", adverte a Opep em seu relatório mensal.


HOJE – Nas Bolsas da Ásia

Bolsa de Tóquio encerra com alta de 1,9%
A Bolsa de Tóquio fechou em alta, puxada por financeiras e algumas blue chips tecnológicas, como a Sony. A estabilidade do iene e o dado sobre pedidos de maquinários em março, melhor do que o esperado, também sustentaram o sentimento do mercado.
- O índice Nikkei 225 ganhou 171,29 pontos, ou 1,9%, e fechou aos 9.265,02 pontos, encerrando pouco abaixo de sua máxima intraday.
Análise 1 - Com a temporada de balanços se aproximando do fim, o mercado nas próximas semanas provavelmente se concentrará nos indicadores econômicos, disse Yukio Takahashi, analista da corretora Mizuho Securities. Isso inclui a produção industrial dos EUA e o PIB da zona do euro, a serem divulgados ainda nesta sexta-feira, bem como o PIB do Japão e os dados sobre o mercado imobiliário dos EUA, nos próximos dias. Takahashi prevê que o Nikkei oscilará na faixa dos 9 mil a 9.500 pontos na próxima semana.
Análise 2 - Os próximos dados econômicos deverão influenciar a cotação do dólar diante do iene na semana que vem, o que por sua vez afetará o comportamento do Nikkei, segundo o diretor-executivo da Investrust, Hiroyuki Fukunaga. Se o dólar cair abaixo dos 93,55 ienes - nível em que estava no começo de janeiro - a sustentação do Nikkei nos 9 mil pontos pode ficar em risco, acrescentou Fukunaga. Apesar do ganho de hoje, o índice perdeu 1,8% na semana, mas ainda acumula alta de 4,9% em maio e de 4,6% no ano. O dado sobre os pedidos de maquinários em março - divulgado antes da abertura da Bolsa - caiu menos do que o esperado, com o tão observado núcleo de encomendas do setor privado apresentando queda de 1,3% no mês, ajustada à sazonalidade. A previsão de consenso era de um declínio de 5,1%. Os papéis das instituições financeiras registraram forte alta depois da valorização de suas concorrentes dos EUA no pregão de ontem das bolsas de Nova York.
- Manila - O índice PSEI da Bolsa de Manila operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 33,47 pontos (1,48%), aos 2.297,7.
- Cingapura - O índice Straits Times da Bolsa de Cingapura operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 46,38 pontos (2,19%), aos 2.168,49.
- Bangcoc - O índice SET da Bolsa de Bangcoc operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 9,77 pontos (1,85%), aos 536,32.
- Kuala Lumpur – O índice KLCI da Bolsa de Kuala Lumpur operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 7,44 pontos (0,74%), aos 1.019,43.


HOJE – Nas Bolsas da Europa

- Londres - O índice FTSE-100 da Bolsa de Londres operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 12,5 pontos (0,29%), aos 4.375.
- Frankfurt - O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,32%, para 4.753,68 pontos.
- Madri - O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,71%, aos 9.047 pontos.
- Paris - O indicador CAC-40 da Bolsa de Paris operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,72%, aos 3.179,29 pontos.
- Roma - O índice S&P/MIB da Bolsa de Milão operava nos primeiros minutos do pregão de hoje em alta de 0,81%, para 19.427 pontos. O índice geral Mibtel subia na abertura 0,58%, aos 15.369 pontos.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP - Da redação
BNDES financia plástico verde
O projeto de produção de resinas de etanol para os chamados plásticos verdes da Braskem conseguiu um financiamento de R$ 555,6 milhões do BNDES. O projeto da Braskem envolve investimentos de R$ 800,4 milhões para a produção de 204 mil toneladas anuais de resinas termoplásticas de etanol da cana-de-açúcar.


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INDÚSTRIA


Concórdia/SC – Da redação (Porto Alegre)
Sadia tem prejuízo de R$ 239,2 milhões no primeiro trimestre de 2009
Às vésperas de anunciar a fusão com a concorrente Perdigão
, a Sadia informou ontem, dia 14/5, que registrou prejuízo líquido de R$ 239,169 milhões no primeiro trimestre deste ano, ante lucro de R$ 248,266 milhões no mesmo período do ano passado. No quarto trimestre de 2008, a empresa tinha anotado perda de R$ 2 bilhões com o impacto de operações cambiais. A receita operacional bruta consolidada nos três primeiros meses deste ano, porém, ficou positiva, alcançando R$ 2,9 bilhões, 10,6% superior ao mesmo período do ano anterior. "Este aumento se deve ao desempenho no mercado interno, que registrou elevação de vendas em volume e preço", informou a Sadia. A receita do segmento de industrializados atingiu R$ 1,5 bilhão, 17,6% superior à de igual período de 2008. "A maior concentração das vendas da companhia no mercado interno superou a média histórica e atingiu 59,5% do total da receita e o equivalente a 53,1% do volume total, com crescimentos em todos os segmentos em que a Sadia atua", informou.
O volume total de vendas caiu 0,5% no primeiro trimestre e totalizou 530 mil toneladas. Enquanto no mercado interno elevaram-se 10,3%, no mercado externo decresceram 10,5% devido, principalmente, "à crise econômica mundial e à restrição de crédito nos mercados da Ásia e da Eurásia", explica a Sadia. A receita bruta neste mercado totalizou R$ 1,2 bilhão, uma queda de 3,3% em relação ao primeiro trimestre de 2008. Os preços médios em reais aumentaram 3% na mesma comparação. "Afetados pelo enxugamento do crédito, importadores promoveram grandes reduções de seus estoques, que acabaram afetando as exportações brasileiras do nosso setor. O redirecionamento dos produtos para o mercado interno compensou em parte a redução das receitas externas. (...) O resultado da Sadia no primeiro trimestre sofreu o impacto do conjunto atípico de ajustes realizados na cadeia de valor por conta da crise econômica global", segundo comunicado assinado pelo diretor-presidente da empresa, Gilberto Tomazoni.
O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, participações nos resultados, depreciações e amortizações) somou R$ 62,5 milhões, uma queda de 75,7% em relação ao primeiro trimestre de 2008. A margem Ebitda alcançou 2,5%, redução de 8,8 pontos percentuais quando comparada aos três primeiros meses do ano passado. O lucro bruto somou R$ 386,2 milhões ao final do primeiro trimestre deste ano, queda de 28,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. "Tal desempenho decorre, principalmente, do aumento de 19,3% nos custos dos produtos vendidos em razão de variações nos preços de grãos (milho e soja)", informou. O resultado financeiro líquido da Sadia, por sua vez, ficou negativo em R$ 260 milhões no primeiro trimestre, contra R$ 90,2 milhões positivo, no mesmo período de 2008. A maior despesa financeira (R$ 122,9 milhões) refere-se a pagamentos de juros de financiamentos, seguida pelo impacto de R$ 71,2 milhões em variações cambiais sobre ativos e passivos em moeda estrangeira.
Por fim, a Sadia encerrou o primeiro trimestre com endividamento financeiro líquido de R$ 6,8 bilhões. "Como forma de equacionar a atual situação patrimonial e financeira, ocasionada pelo aumento do endividamento financeiro, a administração vem buscando estruturar o seu passivo financeiro de curto prazo", explica em comunicado. E os investimentos totalizaram R$ 170,3 milhões de janeiro a março, 60,1% inferior quando comparado aos R$ 427,1 milhões investidos no mesmo período do ano passado.

São Paulo/SP
Embraer entrega o primeiro jato 190 à Niki Luftfahrt
A Embraer entregou ontem, dia 14/5, o primeiro jato Embraer 190 à Niki Luftfahrt GmbH, empresa que pertence ao ex-piloto de automóveis Niki Lauda. A aeronave atenderá a malha aérea europeia da companhia de baixo custo, operando a partir de Viena e Innsbruck, na Áustria. Segundo informações divulgadas pela fabricante brasileira, a Niki tem planos de estrear o E-Jet em novas rotas entre cidades europeias. O negócio foi anunciado em julho de 2008, durante o Farnborough Airshow, no Reino Unido, e inclui pedidos firmes para cinco modelos Embraer 190 e mais cinco direitos de compra. "A decisão da Niki amplia a visibilidade para a nossa família de E-Jets (composta por quatro aeronaves com capacidade de 70 a 122 assentos), uma vez que reforça o valor da aeronave para uma empresa aérea altamente eficiente e que atua em um dos mercados mais exigentes do mundo", afirmou, em nota, o presidente e CEO da Embraer, Frederico Fleury Curado. Conforme informações da Embraer, a companhia austríaca de baixo custo será a primeira na Europa a operar na mesma frota o jato Embraer 190 de 100 assentos, preparado para rotas de média densidade, e aeronaves convencionais de fuselagem estreita ("narrow-body") de 150 a 210 assentos, voltadas para rotas de alta densidade. "A aeronave é ideal para o estabelecimento de novas rotas, pois mantém os custos iniciais baixos e oferece ao passageiro o conforto de um jato de médio alcance", disse o Niki Lauda. (Agência Estado)

Nova Iorque/EUA
Nike demite 1.750 funcionários em todo o mundo devido à crise
A companhia americana de material esportivo Nike confirmou ontem, dia 14/5, que vai demitir 1.750 funcionários em todo o mundo. O corte, que já havia sido antecipado em fevereiro, vai atingir 5% do quadro de empregados da empresa. Com 35 mil trabalhadores no mundo todo, a Nike não divulgou em que países ocorrerão as demissões. Reportagem da agência de notícias Associated Press informa que ao menos 500 vagas serão fechadas na sede da empresa, no Estado do Oregon/EUA. Segundo a companhia, as iniciativas são uma continuação da mudança de estratégia decidida há dois anos e têm como objetivo se aproximar dos consumidores e ganhar em eficácia. Em fevereiro, a Nike já havia antecipado que poderia demitir parte de seus empregados. Na ocasião, o presidente e executivo-chefe da Nike, Mark Parker, disse que na situação econômica atual "é mais essencial que nunca" concentrar a atenção no consumidor. No mês seguinte, a empresa divulgou que cancelou encomendas
em três fábricas de calçados na China e uma no Vietnã, além de suspender os pedidos a outras unidades de tecidos. A Nike tem 640 fábricas terceirizadas em todo o mundo, 72 delas somente de calçados. A China é o principal país de produção da Nike para calçados, roupas e acessórios, seguido por Vietnã, Indonésia, Tailândia e Coreia do Sul. (Agence France Presse/AFP)

São Paulo/SP
Pior fase de corte de empregos na indústria já passou
A indústria paulista deve interromper a série de quedas no índice de emprego a partir de maio, ou ao menos ter uma queda "residual", disse ontem, dia 14/5, o diretor do Depecon - Departamento de Pesquisas Econômicas - da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo -, Paulo Francini. Apesar da criação de 19 mil empregos em abril, o índice de emprego da indústria paulista com ajuste sazonal, teve no mês passado a sua sétima queda seguida ao ficar em -1,09%. Mas o ritmo dessas quedas já se amenizou ante a pior fase da crise, no último trimestre do ano passado e os dois primeiros meses de 2009. "No mês passado já tínhamos visto uma atenuação da perda de vagas. Abril nos deu a mesma impressão", disse Francini. "A força maior já passou, e agora se tiver mais alguma baixa será residual. Pode até cair de novo em maio, embora acreditemos em uma estabilidade."
Dois números divulgados ontem, motivam o otimismo da Fiesp. A primeira é a redução do ritmo das perdas de emprego sem contar o setor de açúcar e álcool - que nos últimos dois meses sustentou o aumento de vagas da indústria paulista - e a segunda, é a melhoria constante do Sensor Fiesp (indicador de perspectivas futuras da indústria paulista). Descontadas as contratações das usinas de cana, o índice de emprego teria apresentado baixas de 1,2% em janeiro, 1,9% em fevereiro, 0,9% em março e 0,4% em abril. "Não me surpreenderia se em maio esse dado viesse estável", disse Francini.
Já o Sensor Fiesp da primeira quinzena de maio ficou em 53,2 pontos, se descolando definitivamente, do cenário pessimista visto desde o agravamento da crise financeira global, no final do ano passado. Francini deu destaque ao indicador de Vendas, que passou dos 60 pontos pela primeira vez desde março de 2007, e do de Estoque, que é o mais fraco do Sensor (44 pontos), mas já se aproxima dos 50 pontos - que indica estabilidade. "Este número mostra que os estoques estão sendo absorvidos, resultando em um ajuste entre a produção e a demanda", disse Francini. "Com isso, em breve a produção deve se alinhar com as vendas e a produção voltará a crescer, estabilizando o emprego."

Porto Alegre/RS
Braskem negocia novo crédito com BNDES
Após obter financiamento para a construção da fábrica de polietileno a partir do etanol da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, a Braskem negocia uma nova linha de crédito de R$ 500 milhões com o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. "Negociamos com o banco de fomento a contratação de outra linha, só que na modalidade Calc - Contrato de abertura de linha de crédito -", disse o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Braskem, Carlos Fadigas. De acordo com o executivo, essa nova linha de crédito tem como objetivo suportar os investimentos de menor porte em curso na companhia. "Esses recursos serão utilizados em paradas de manutenção, em desgargalamentos que aumentem um pouco a nossa produtividade, otimização de processos, reposição de maquinários, entre outros. Pelo tamanho do parque industrial da Braskem, esses investimentos são fundamentais", explicou Fadigas. Por ser uma espécie de crédito pré-aprovado, o executivo afirmou que a modalidade Calc facilita o acesso a recursos de financiamento em projetos de menor porte. "Os recursos serão sacados pela companhia na medida em que comprovamos os gastos com os projetos. Isso simplifica a vida de todos os envolvidos", disse. A expectativa de Fadigas é de que as negociações com o BNDES para esta operação sejam concluídas no segundo semestre deste ano. "Isso não significa, porém, que os R$ 500 milhões serão sacados integralmente em 2009", ponderou o executivo. Para 2009, a meta da Braskem é investir R$ 900 milhões, dos quais R$ 123 milhões já foram aplicados no primeiro trimestre. Em função do cenário adverso no mercado de resinas por conta da crise econômica internacional, a companhia não descarta postergar uma parcela dos investimentos para 2010. Na quarta-feira, dia 13/5, o BNDES aprovou um financiamento de R$ 555,6 milhões para a construção da fábrica de polietileno a partir de etanol no Pólo Petroquímico de Triunfo/RS, cuja pedra fundamental foi lançada ao final de abril deste ano. A Braskem anunciou na quarta-feira, que decidiu paralisar uma fábrica no pólo petroquímico de Camaçari, na Bahia, encarregada de produção de nylon. (Agência Estado)


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AGRONEGÓCIOS

Ribeirão Preto/SP – Da redação
Unica lança Relatório de Sustentabilidade em inglês
A Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar - lançou na quarta-feira, dia 13/5, em Ribeirão Preto/SP, uma versão em inglês do Relatório de Sustentabilidade. Na oportunidade também foi lançado o livro “Imagens do Etanol Brasileiro”, produzido para a Unica pelo fotógrafo Tadeu Fessel. A publicação apresenta mais de 600 projetos que foram conduzidos pelas usinas associadas à Unica em 2008, o que representa investimentos de R$ 160 milhões nas áreas social, ambiental e econômica das usinas, beneficiando cerca de 500 mil pessoas. Entre os objetivos dos projetos estão a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, racionalização do uso da terra e da água, mitigação dos efeitos da mecanização da colheita e preservação de ecossistemas. De acordo com o presidente da Unica, Marcos Jank, o relatório mostra a transparência com que as usinas tratam dos desafios inerentes ao setor sucroenergético. “A empresa que não realiza um documento como este, fica para trás. O relatório hoje em dia, é uma questão de sobrevivência para gerenciar riscos e oportunidades”, disse. O relatório da Unica, lançado oficialmente em dezembro de 2008, sob a coordenação da consultora de responsabilidade social e corporativa da entidade, Maria Luiza Barbosa, tem como base critérios da GRI - Global Reporting Initiative -, entidade reconhecida mundialmente como detentora dos parâmetros mais completos para esse tipo de relatório.

Curitiba/PR – Da redação (Porto Alegre)
Cepea divulga relatórios sobre café
A baixa liquidez do mercado cafeeiro vem preocupando vendedores. Estão disponíveis no site do Cepea os relatórios de abril/09 sobre os mercados de café arábica e robusta, que incluem os Indicadores CEPEA/ESALQ de ambas as variedades. A baixa liquidez do mercado cafeeiro vem preocupando vendedores. Com a proximidade do início efetivo da colheita da safra 2009/10 de arábica, a preocupação está relacionada aos estoques ainda elevados de grãos da safra 2008/09. De acordo com colaboradores do Cepea, no Noroeste do Paraná, entre 30% e 40% da temporada 2008/09, ainda encontra-se nos armazéns. Para o café robusta, a colheita foi intensificada tanto no Espírito Santo quanto em Rondônia em abril. No entanto, apenas alguns lotes de cafés precoces estiveram disponíveis para comercialização, devido à baixa qualidade – alta incidência de grãos verdes e elevada umidade.

Belo Horizonte/MG
Superagro esclarece dúvidas sobre o plantio de florestas
Minas Gerais lidera a área com florestas plantadas no País e contabilizou, em 2008, cerca de 198 mil novos hectares plantados, volume 17% superior ao de 2007, segundo dados da MAS - Associação Mineira de Silvicultura. O Estado possui hoje 1,361 milhão de hectares plantados. Proporcionalmente, o plantio das empresas cresceu mais nessa última década, cerca de 580%, o que pode ser creditado à importância da matéria-prima florestal para a sustentabilidade das indústrias. No mesmo intervalo, o cultivo dos produtores rurais também cresceu significativamente, variação de 260%. O avanço do produtor rural, independente ou vinculado, se deve à perspectiva da madeira como produto de alta liquidez de mercado, de acordo com a AMS.
Com base nesses dados, os produtores rurais que têm interesse em ingressar ou mesmo esclarecer dúvidas sobre o plantio de florestas, não podem perder a conferência “Obstáculos ao Desenvolvimento do Setor Florestal para Produção de Biomassa para Energia”, que será ministrada pelo presidente da Abraf - Associação Brasileira de Florestas Plantadas -, Fernando Henrique Fonseca. Este encontro acontecerá no dia 3/6, no 1° Congresso Brasileiro de Florestas Energéticas, durante a 5° edição da Superagro.
Segundo Fonseca, o tema é muito oportuno para o momento, uma vez que a questão de energia de agora em diante será muito demandada no País. Na pauta da conferência, Fonseca destacou que fará abordagens sobre a produção de energia, empecilhos no transporte, além das questões burocráticas e jurídicas da atividade. “Quando se tem uma floresta plantada, existe um estoque de energia”, explicou. Para o dirigente, o transporte ainda representa um dos principais desafios, pois, quando feito entre longas distâncias, pode inviabilizar os negócios. Porém, ele salientou que existem meios para tornar o sistema viável e competitivo. “Outro ponto importante é a questão ambiental na produção das árvores. É preciso o licenciamento prévio dos órgãos do meio ambiente, o que nem sempre é muito ágil”.
Outro ponto destacado pelo dirigente, que também será abordado na conferência, é com relação aos financiamentos que hoje não são adequados, uma vez que os produtores esbarram na quantidade de garantias pedidas para liberação dos créditos. Por outro lado, apesar da liquidez da madeira no mercado, o retorno não é imediato, uma vez que até a primeira poda, o processo leva sete anos.
Minas Gerais é o estado com maior área de florestas plantadas no Brasil. Segundo inventário conduzido pela Ufla - Universidade Federal de Lavras -, com apoio do IEF - Instituto Estadual de Florestas - e Semad - Secretaria Estadual do Meio Ambiente -, o Estado detém hoje 1,361 milhão de hectares plantados, das quais 1,218 milhão são de eucaliptos e 143,4 mil de pinus. De acordo com o mesmo levantamento de 2007, Minas detém 25% da área total de floresta plantada no Brasil, enquanto São Paulo figura em segundo lugar, com 17% (956.5 mil hectares). O Congresso Brasileiro de Florestas Energéticas será realizado no Expominas, em Belo Horizonte, de 2/6 a 5/6, como um dos eventos da Superagro Minas 2009. A promoção é do governo de Minas, Embrapa Florestas e Embrapa Agroenergia e SIF - Sociedade de Investigações Florestais.

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SETOR AUTOMOTIVO


Washington/EUA
Ford consegue US$ 1,6 bilhão com venda de ações
A montadora americana Ford informou ontem, dia 14/5, ter alcançado capitalização líquida de US$ 1,6 bilhão com a venda de novas ações. Conforme documento enviado às autoridades da Bolsa dos EUA, os interessados no programa de venda de ações "exerceram inteiramente sua opção e compraram 45 milhões de títulos extras, o que leva a quantia total (do capital captado) a aproximadamente US$ 1,6 bilhão". A Ford anunciou no início da semana um aumento de capital com o lançamento de novas ações, com a intenção de conseguir um crédito de US$ 1,4 bilhão. Caso existisse uma forte demanda, a oferta poderia ser elevada em 45 milhões de títulos extras, advertiu. Ao contrário das rivais em apuros General Motors e Chrysler, a Ford é a única das "três grandes de Detroit" que não recebeu ajuda federal. Em abril, a venda de carros novos
da Ford nos EUA, caiu 31,4% em relação ao mesmo período do ano passado, com 129.898 unidades negociadas. Em março, o desempenho anual já tinha encolhido 41%. No primeiro trimestre deste ano, a Ford teve prejuízo de US$ 1,4 bilhão. A perda por ação da montadora no período foi de US$ 0,60, contra um ganho de US$ 3 por ação no mesmo período do ano passado. A receita da Ford caiu 37% no trimestre passado, para US$ 24,8 bilhões, contra as previsões eram de uma perda de US$ 22 bilhões. (Agence France Presse/AFP)

Toronto/Canadá
GM fecha fábrica de caminhonetes no Canadá
A GM - General Motors - fechou ontem, dia 14/5, uma fábrica de caminhonetes que existia há 44 anos na cidade canadense de Oshawa, a cerca de 60 km de Toronto, o que representa a eliminação de 2.600 postos de trabalho. O fechamento da instalação faz parte da reestruturação da companhia e foi forçado pela drástica queda da demanda por caminhonetes. A fábrica chegou a produzir 323 mil veículos em 2000, quando operava com capacidade total e 3.500 trabalhadores. Desde janeiro, a instalação só funcionava a um terço de sua capacidade. Um analista do setor declarou ao jornal "Toronto Star", que o fechamento definitivo desta fábrica representará a perda de outros 12 mil empregos em empresas relacionadas. Um estudo da empresa AutomotiveCompass afirmou que, embora a GM tenha se comprometido com as autoridades canadenses a manter 20% de sua produção voltada para a América do Norte no Canadá, é impossível que a empresa cumpra com sua promessa. O Canadá se comprometeu a liberar 6 bilhões de dólares canadenses (US$ 5,1 bilhões) em ajuda para que a GM mantenha 20% de sua produção para a América do Norte, em território canadense. (Agência Efe)

Curitiba/Paraná
Novos ônibus Volvo já estão rodando
Os primeiros ônibus Volvo projetados para circular com biocombustíveis, começaram a operar no sábado passado, dia 9/5, na Linha Verde, o sexto corredor de transporte de Curitiba. O chassi articulado Volvo B12M rodará na canaleta exclusiva, fazendo o percurso que liga o Terminal do Pinheirinho, na zona Sul, até o centro da cidade. A Linha Verde é uma avenida construída sobre o leito do trecho urbano da BR-476, que agora está integrada à malha urbana da capital, unindo duas importantes regiões de Curitiba. "A introdução destes veículos na Linha Verde é mais um passo na tradicional parceria entre a Volvo e a Prefeitura de Curitiba, para melhorar ainda mais um sistema organizado de transporte coletivo urbano, que é considerado um sucesso e que também serve de modelo para muitas outras cidades e países", afirma Per Gabell, presidente da Volvo Bus Latina America. "Contribuir com ônibus preparados para rodar com combustível alternativo é muito importante, pois o respeito ao meio ambiente é um dos três valores essenciais da marca, ao lado da segurança e da qualidade", completa Euclides Castro, gerente da divisão de ônibus urbano da Volvo Bus Latin America. A Linha Verde ajudará a aperfeiçoar ainda mais, o sistema de transporte curitibano. É uma obra do município prevista no Programa de Transporte Urbano. Com o novo corredor de transporte serão implantadas novas linhas de ônibus - a primeira delas é a Pinheirinho-Centro, que tem demanda inicial prevista de 35 mil passageiros por dia. O primeiro trecho entregue pela administração municipal em dezembro de 2008, tem 12,2 km. Atualmente, 24% da frota de 1,9 mil ônibus que circulam na capital paranaense em 395 linhas, são de veículos Volvo, todos fabricados em Curitiba. Dos biarticulados, 100% são da marca. O Sistema Integrado de Transporte Coletivo é utilizado por dois milhões de passageiros todos os dias e é responsável pelo emprego direto de 15 mil pessoas, entre motoristas, cobradores, fiscais e mecânicos, entre outros profissionais.



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VAREJO & CONSUMO


São Paulo/SP – Da redação
Dell Anno abre loja de R$ 1 milhão
A rede de móveis planejados Dell Anno aposta na cidade de São Paulo para expandir seus negócios. A empresa abriu no bairro do Tatuapé uma de suas maiores lojas do País, com 1.600 m² e investimento de R$ 1 milhão. A marca possui hoje 89 lojas no Estado e pretende encerrar o ano com 115 unidades autorizadas. O empreendimento é do Grupo WW, um dos principais revendedores da marca.

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Mundo Verde busca artesanato sustentável
A rede de produtos naturais e orgânicos Mundo Verde continuam a negociar hoje, com artesãos de todo o País durante a Rodada de Negócios Artesanato 2009 - Top 100, no Rio de Janeiro. Cerca de 70 compradores participarão de reuniões de negócios com 100 produtores de artesanato selecionados pelo Sebrae. Segundo o Mundo Verde, há interesse em fechar negócios com projetos que trabalhem o artesanato sustentável, com conceito de Comércio Justo.

Nova Iorque/EUA
NCR adquire quiosques de locação de DVDs Blockbuster Express
A NCR, uma das maiores fabricantes de soluções de autoatendimento do mundo, adquiriu 100% das ações da TNR Holdings, segunda maior operadora de quiosques de DVD na América do Norte, visando expandir o portfólio NCR SelfServ Entertainment por toda a região, usando a marca Blockbuster Express em supermercados e lojas de conveniência. No último trimestre do ano passado, a NCR iniciou uma aliança estratégica com a rede de locadoras Blockbuster para a implantação dos quiosques de locação de DVDs com a marca Blockbuster Express, em um programa piloto que foi o primeiro passo para o lançamento de milhares de quiosques no mercado americano. (Agência Efe)

São Paulo/SP – Da redação
Falta de âncoras adiam construção de vários shoppings

Depois que as grandes redes de varejo pisaram no freio e reduziram seus planos de expansão, os proprietários de shoppings centers, também decidiram preservar o caixa e adiar a construção de muitos empreendimentos que estavam previstos para este ano e 2010. Apesar de o movimento nos shopping centers ter se mantido em níveis acima do esperado ao longo do primeiro trimestre, as grandes redes, ainda não falam em acelerar seus planos de ampliação. Um exemplo é a General Shopping, que possui 12 empreendimentos e prevê construir outros três até 2011. Um deles, o Jardim Sulacap, no Rio, deveria ser aberto ainda no início deste ano, mas sua inauguração foi adiada para 2010. Há cerca de um ano, a BR Malls anunciou a construção de seis shopping centers a partir do zero (greenfield). Um deles, em Bauru/SP, não foi adiante e o projeto de um outro shopping, em Cabo Frio/RJ, está sendo reavaliado. Atualmente, a BR Malls está mais empenhada na construção de dois empreendimentos, um na Granja Viana, na cidade de São Paulo; e outro em Sete Lagoas/MG. A empresa disse ter adiado os demais projetos e pretende construir dois shoppings por ano. A Multiplan, maior empresa de shoppings do País em faturamento, decidiu suspender a construção de três empreendimentos, um no Lago Sul, de Brasília/DF; e outros em Jundiaí/SP e Maceió/AL. No setor, estima-se que o número de projetos que foram engavetados é grande. As previsões mais pessimistas são de que 50% dos empreendimentos que haviam sido anunciados durante o boom do setor, antes da crise, poderão não sair da prancheta ou serão adiados. De acordo com a Abrasce - Associação Brasileira de Shopping Centers -, estão previstas 23 inaugurações no País neste ano e outras 17, em 2010. Luiz Fernando Pinto Veiga, presidente da entidade, afirma que, por enquanto, todas as aberturas estão mantidas.


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MERCADO DE TI


São Paulo/SP – Da redação
Gestão de riscos exige integração de soluções

A crise financeira que teve início nos EUA e a gripe suína tem em comum o fato de causarem impacto no cenário econômico mundial e deram uma lição a quem cuida de gerenciamento de riscos: problemas acontecem todos os dias, da maneira mais inesperada. Para monitorar riscos e garantir ações eficazes no sentido de prevenir maiores consequências, uma das principais tendências na área é integrar soluções de gestão e manter uma estrutura apta a lidar com os problemas no mesmo momento em que eles surgem. Determinados acontecimentos pedem ações imediatas e, para que as ações sejam tomadas, todo o risco precisa estar mapeado.
Segundo Fernando Nery, sócio-fundador da Módulo, empresa de educação, consultoria e software, antigamente as pessoas falavam de gestão de risco de forma independente. Áreas como financeira, risco cambial, jurídica, recursos humanos estavam todas separadas. “Hoje, existe a necessidade de possuir soluções que entreguem ao gestor relatórios integrados, para que a tomada de decisões seja ágil”, afirma. Cláudio Basso, gerente de consultoria da Sion, concorda com a necessidade de integração de ferramentas, e acrescenta que a empresa precisa ter cuidado com a base de conhecimento que está sendo aplicada. Toda ferramenta de GRC - governança, risco e conformidade - deve ter uma capacidade adequada ao porte da empresa. “Garantir isso é papel do analista de GRC, o piloto da ferramenta, mas é necessário contar com um consultor para indicar o que fazer com cada item apontado por essa solução”, afirma.
A abordagem integrada tem outra justificativa: hoje as agências reguladoras possuem regras bem mais rígidas do que tinham nas últimas décadas. Essas organizações possuem muito dinamismo ao lidar com as mudanças da sociedade. Fica mais fácil acompanhar as mudanças com uma ferramenta única. E para escolher a solução, a melhor coisa, segundo Fernando Nery, é avaliar a experiência do fornecedor. Como todas essas questões são muito novas, as empresas não possuem estruturas internas maduras para comprar ferramentas de fornecedores sem experiência de mercado e suporte adequado para implementação. “Além disso, a troca de experiência entre consumidores, que são concorrentes em uma mesma área, é fundamental para obter uma visão sistêmica de riscos e consolidar GRC em cada setor”, complementa.

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MERCADO ONLINE


Brasília/DF – Da redação
Regras da web via rede elétrica serão votadas este semestre
Em cerca de 30 dias, o texto final que regulamenta o serviço PLC - Power Line Communications - que permite o acesso à Internet por meio da rede de energia elétrica - deverá ser encaminhado à Procuradoria Federal na Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica - e, em seguida, para a diretora da agência Joísa Campanher - que é relatora do assunto. A estimativa foi informada pelo superintende de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel, Carlos Alberto Mattar, após audiência pública realizada pela agência, em Brasília, na quarta-feira, dia 13/5, quando terminou o prazo para recebimento de contribuições públicas sobre o tema. A expectativa é que a regulamentação seja votada pela diretoria geral da Aneel ainda no primeiro semestre deste ano.
Em abril, a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - aprovou o regulamento que permite a oferta de acesso à Internet por meio do PLC. A resolução da Aneel estabelece que as distribuidoras de eletricidade não poderão prestar serviços diretamente, usando a tecnologia PLC - o que deverá ser feito por uma outra empresa. No entanto, as companhias de energia querem comercializar o sistema diretamente, sem ter de ceder a exploração da tecnologia para operadoras de telecomunicações. Este foi um dos pontos mais discutidos durante a audiência pública. O representante da Abradee - Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica -, José Gabino, sugeriu que a resolução seja mudada. “Isso vai facilitar que a distribuidora mantenha o controle estratégico desse serviço de comunicação via rede e contribuir para a redução da tarifa para os consumidores”, afirmou. Segundo ele, se as distribuidoras abrirem mão do serviço, há riscos de interferências no sistema.
Para Ramatis Costa Marinho, da Aptel - Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações -, a implantação do PLC é uma oportunidade de modernizar o setor elétrico brasileiro. “O setor elétrico não pode entregar o que tem de melhor, a concessão pública de energia tem que ser valorizada”, disse. Mais um ponto discutido na audiência foi a proposta da Aneel que estabelece que a receita resultante do uso comum das instalações de distribuição elétricas para a oferta de serviços de telecomunicações, deverá ser revertida para garantir a modicidade tarifária no setor. Mas o percentual que deverá ser revertido ainda não foi definido. “É legítimo que a empresa obtenha algum lucro com o compartilhamento da rede, mas parte desta receita tem que ser direcionada para a modicidade tarifária, em benefício dos consumidores daquela concessionária”, afirmou o superintende de Regulação dos Serviços de Distribuição da Aneel. José Gabino, da Abradee, defende que a resolução da Aneel incentive a participação das distribuidoras nesse tipo de serviço, isentando o repasse no início da atividade.
O consultor da Copel - Companhia Paranaense de Energia -, Orlando Cesar de Oliveira, ressaltou a importância do sistema PLC para a inclusão digital no Brasil. Segundo ele, hoje a tecnologia ADSL (utilizada por serviços como o Velox e Speedy) tem um alcance de 4% da população, enquanto o acesso à Internet, por meio da rede elétrica, pode ter uma penetração de 30% atualmente, sem investimentos no sistema.

Porto Alegre/RS – Da redação
Trópico é novo cliente da Datadrome
A Trópico, rede de franquias do setor de vestuário do Brasil, escolheu a Datadrome, especializada em data center e hospedagem web sob medida, como parceira para qualificar sua comunicação entre matriz e filiais. Através da estrutura de alta estabilidade e disponibilidade do Hosting Dedicado, a empresa terá seu servidor hospedado no IDC Datadrome, proporcionando a todos os franqueados maior qualidade e segurança no acesso às informações. Gustavo Schifino, diretor de expansão de franquias da Trópico, justifica: “A ideia é fazermos mais com menos, através de um atendimento ágil e especializado. Ou seja, passamos a ter uma conectividade mais segura, um servidor mais confiável, back ups sistematizados e ainda gastaremos menos do que antes. Analisamos as opções de mercado, a satisfação dos atuais clientes, a relação custo x benefício e optamos pela Datadrome.” (Fonte: Comunicative+Ideali)


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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA


São Paulo/SP
Gol registra lucro de R$ 61 milhões com queda no preço do petróleo
A companhia aérea Gol informou ontem, dia 14/5, que registrou lucro líquido de R$ 61,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, depois de encarar prejuízo de R$ 1,3 bilhão em 2008. A empresa informou que o resultado "reflete a retomada da rentabilidade da companhia". No primeiro trimestre do ano passado, a Gol registrou prejuízo de R$ 20,5 milhões e, no quarto trimestre, de R$ 541,6 milhões. A companhia informou ainda, que foi beneficiada pelo cenário econômico, que se manteve estável no trimestre, e pela redução do custo dos combustíveis. "O desempenho que alcançamos no trimestre é reflexo, principalmente, do reposicionamento estratégico por que passamos no final de 2008, com o foco das operações no mercado doméstico e na América do Sul", afirmou Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol. "Com a integração entre Gol e Varig, entramos em 2009 como uma empresa muito mais fortalecida e preparada para o presente e o futuro". Segundo a empresa, o trimestre fechou com margem Ebitdar (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) de 23,7% (R$ 359,3 milhões), ante os 15,3% (R$ 245,7 milhões) verificados no primeiro trimestre de 2008 e 19,1% (R$ 296,5 milhões) no quarto trimestre de 2008. Os custos e despesas operacionais somaram R$ 1,411 bilhão no trimestre, uma queda de 9,2% em relação ao mesmo intervalo de 2008, com destaque para a redução das despesas comerciais e de combustível. A receita líquida do trimestre foi de R$ 1.517 milhão, representando uma redução de 5,4% e 2,0%, comparado ao 1T08 e 4T08, respectivamente, em virtude da consolidação e otimização da malha aérea, que eliminou sobreposição das rotas. A Gol informou que reestruturou seu plano de frota para aliar a renovação de suas aeronaves ao crescimento de sua oferta, que contribui para redução dos custos de manutenção. Dos 92 pedidos firmes com a Boeing para entrega entre 2009 e 2014, foram redistribuídas as entregas de 20 aeronaves originalmente previstas para 2011 e 2012 para o período entre 2011 à 2014.


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TELECOM & ENERGIA


São Paulo/SP
Grupo Oi tem lucro de R$ 10,8 milhões no 1º trimestre
O grupo Oi registrou lucro líquido de R$ 10,8 milhões no primeiro trimestre do ano. O resultado é consolidado com os números da BrT - Brasil Telecom. Na demonstração financeira divulgada ontem, dia 14/5, a companhia ofereceu base de comparação pro forma do primeiro trimestre de 2008, quando seu lucro líquido consolidado com a Brasil Telecom foi de R$ 564 milhões. A receita líquida da Oi foi de R$ 7,487 bilhões no primeiro trimestre, ante R$ 7,231 bilhões verificados no mesmo período do ano passado. Já o Ebitda - lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações - consolidado do trimestre, totalizou R$ 2,191 bilhões, contra R$ 2,584 bilhões no primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda foi de 29,3% contra 35,7%.
A base de usuários de banda larga do grupo Oi aumentou 18,3% no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado, totalizando 3,938 milhões de acessos em março de 2008. A operadora de telecomunicações informou que 17,8% dos assinantes de linhas fixas contratavam o serviço de internet rápida via tecnologia ADSL. Um ano antes, essa relação era menor, de 14,8%.
A base de usuários de telefonia móvel, por sua vez, cresceu 45,3% no primeiro trimestre, ante igual período do ano passado, para 31,8 milhões de clientes. Conforme a Oi, do total de novos clientes, 2,632 milhões foram resultado do início das operações em São Paulo, 1 milhão da aquisição da Amazônia Celular e 6,294 milhões de crescimento orgânico da Oi nas Regiões I e II. A base de clientes pré-pagos aumentou 1,7 milhão, o que equivale a 90% das adições líquidas do trimestre. No final do trimestre os clientes pré-pagos totalizaram 26,857 milhões, uma expansão de 47,1% no ano. Já o número de clientes pós-pagos subiu 36,3%, contra o primeiro trimestre de 2008, somando 4,978 milhões. Quanto às linhas fixas em serviço somaram 21,826 milhões de usuários no fim do trimestre, uma redução de 1,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2008. "A tendência de substituição fixo-móvel foi parcialmente compensada pela estratégia focada na comercialização de planos alternativos e das ofertas de produtos convergentes", ressaltou a Oi no balanço. Segundo a companhia, os planos alternativos somaram 11,1 milhões de linhas, o que representa 51% do total das linhas fixas em serviço, ante 40% no primeiro trimestre de 2008. Além disso, o número também representa 71% das linhas residenciais. (Agência Estado)

Lisboa/Portugal
Puxado pela Vivo, lucro da Portugal Telecom cresce 19%
O grupo Portugal Telecom registrou lucro líquido de 166,4 milhões de euros (cerca de US$ 227,1 milhões) no primeiro trimestre de 2009, crescimento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo nota da empresa, o resultado foi puxado pelo desempenho da operadora brasileira Vivo e redução em provisões para impostos. No primeiro trimestre de 2009, as receitas operacionais totalizaram 1,6 bilhão de euros, aumento de 2,1% sobre o primeiro trimestre de 2008, impulsionadas principalmente, pelo crescimento dos serviços de rede fixa em Portugal e da Vivo. A operadora de telefonia móvel brasileira já havia anunciado um lucro líquido de R$ 123,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, representando um aumento de 26,5% em relação ao mesmo período de 2008. O EBITDA - lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização - registrou 603 milhões de euros, o equivalente a uma margem de 37,6%, e o resultado operacional atingiu 254 milhões de euros. Em 31/3/2009, a dívida líquida registrava 5.741 milhões de euros. (Agência Lusa)


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MERCADO DE LUXO

São Paulo/SP – Da redação
Saquês de ouro
Se você é do tipo que acha que saquê é tudo igual e que, tirando a zonzeira que se sente ao tentar levantar depois da terceira dose, a bebida está mais para água do que para álcool, pode parar de ler esta matéria. O assunto aqui é para entendedores. Ou pelo menos para aqueles que estão tão dispostos a buscar as sutilezas do destilado de arroz que não se importariam de pagar caro por isso. Dividido em seis categorias – daiginjo, ginjo, tokubetsu, junmai, honjouzou e futsuu-shu –, de acordo com o nível de polimento de arroz e o tipo de álcool, o universo dos saquês reserva àqueles classificados como daiginjo o mesmo glamour que recebem os Grand Crus no mundo do vinho. Feitos com arrozes especiais - como o Yamada Nishiki –, polidos em até 70% de seu tamanho original para que somente o coração de cada grão seja utilizado, alguns saquês ultra premium, produzidos artesanalmente e em edições limitadas, se tornam objetos de desejo no mercado. Caso do Hokusetsu YK35 Shizukuzake, avaliado em R$ 22 mil. Produzido com grãos do tipo Yamada Nishiki na província de Niigata – uma das mais tradicionais regiões produtoras de saquê do país, ao norte do Japão -, ele é obtido da lenta filtragem – e não prensagem - do “moromi” (mosto de arroz já fermentado) em sacos de pano. O resultado é um líquido seco, com notas sutis de lichia e aroma floral, comercializado em garrafas de titânio, para que as ações nocivas, dos raios ultravioleta, não danifiquem suas características originais. Outra estrela internacional é o Myoka Rangyoku, produzido pela Daishichi, uma das fabricantes mais antigas e respeitadas na região de Fukushima. Envelhecido por três anos antes de ser distribuído ao mercado, seu preço tem variado de R$ 1.485 a R$ 2.970 nos restaurantes mais badalados de Las Vegas. E, segundo especialistas, seu nome, dado em homenagem a um espetáculo dramático do século XIV, dá a exata sensação que se tem ao degustá-lo.
Raridade etílica oriental, o Gekkakou Kikusakari Daigijo Vintage 89 é um dos poucos saquês safrados em circulação. Daí, sua garrafa de 500 ml ser vendida a R$ 932 no restaurante londrino Sake no Hana. “Apesar de trazer uma data de validade de dois anos no rótulo, o saquê pode envelhecer bem, mas seu sabor, aroma e coloração certamente irão mudar com o tempo”, afirma o especialista Alexandre Tatsuya Iida. Com uma impressionante variedade de saquês, a casa inglesa conta com o Mizubasho Daiginjo Premium (R$ 939) e o Wataribune Junmai Daiginjo Nama Zume (R$ 739), ambos classificados entre os mais frutados da carta com mais de 90 rótulos.No Brasil, onde não circulam mais de 80 rótulos diferentes – no Japão, esse número é superior a 49 mil -, o Koshi No Hana pode ser apontado como o saquê mais valioso a disposição. Importado pela Adega de Sake, ele é vendido no restaurante Kinoshita, em São Paulo, a R$ 523. “Levemente seco, aveludado e com um bom corpo, este é, sem dúvida, uma boa opção para acompanhar charutos”, diz Iida. Dono da importadora, ele explica que o público alvo desse tipo de bebida, ainda se limita a grandes empresários e executivos de multinacionais asiáticas. Mais do que o alto custo, o interesse restrito se justifica por um fator cultural. “Este mercado ainda está engatinhando no País e, de fato, é muito difícil sentir as nuances que caracterizam um saquê especial. O diferencial quase sempre está na qualidade do arroz e da água utilizados, na tradição do fabricante e na escassez de oferta”, explica. (Especial – Gestão do Luxo, Anna Julia Prieto)


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AGENDA – CURSOS E EVENTOS


Porto Alegre/RS – Da redação
Agência gaúcha apresenta cases no 12º Congresso de Comunicação Corporativa
As mais renomadas e reconhecidas agências de comunicação do Brasil estarão presentes, com seu know how e melhores cases de relações públicas e assessoria de imprensa, no 12º Congresso de Comunicação Corporativa, evento programado para os dias 27, 28 e 29 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
A agência gaúcha Martha Becker Assessoria de Comunicação participará levando o tema Criatividade. Sua Sócia-Diretora e Diretora Regional Sul da ABRACOM - Associação Brasileira das Agências de Comunicação -, Martha Becker, vai apresentar a palestra intitulada Agregando valor à corporação e à marca com uso intensivo da mídia espontânea. A jornalista atuou, também, como Diretora na AJE - Associação dos Jovens Empresários -, no período de 2001 a 2002, e na redação, produção e apresentação de programas e telejornais da TVE, TVCOM e RBSTV.
Durante o congresso, o presidente do grupo RBS, Nelson Sirotsky, receberá o prêmio Personalidade da Comunicação 2009. Nas edições anteriores foram homenageados Miguel Jorge, Alberto Dines, Mino Carta, Ruy Mesquita, Roberto Civita, Octavio Frias de Oliveira e Johnny Saad, entre outros. Além da representante gaúcha, outras 12 agências apresentarão seus cases.
Inscrições – As inscrições estão abertas e custam R$ 980, com desconto especial para profissionais vinculados às entidades apoiadoras do evento, como Fenaj e sindicatos de jornalistas filiados, Conferp e conselhos regionais de relações públicas, Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação -, Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação -, Sinco - Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Social -, Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial -, Abrasca - Associação Brasileira das Companhias Abertas -, Ibri - Instituto Brasileiro de Relações com Investidores -, ABRP - Associação Brasileira de Relações Públicas - e Sinprorp - Sindicato Nacional dos Profissionais de Relações Públicas. Inscrições e programação completa no www.megabrasil.com.br. Outras informações pelo tel. +55 11 5576.5600, com Aline ou Laura. (Fonte: Martha Becker Comunicação)



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