I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 186 | Ano I

Washington/EUA
Banco Mundial vê queda no comércio e propõe fundo de estímulo de US$ 50 bilhões
O Banco Mundial prevê uma queda sem precedentes de 6,1% do volume do comércio mundial de bens e serviços em 2009, devido aos efeitos da crise. O presidente do Banco, Robert Zoellick, sugeriu a criação de um fundo de US$ 50 bilhões para estimular o comércio. Zoellick disse que pediu aos líderes do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes) que se reunirão na quinta-feira, dia 2/4, em Londres (Reino Unido) o apoio à criação do fundo, a fim de evitar um agravamento da atividade comercial mundial. Em seu relatório "Global Economic Outlook" ("Perspectivas Econômicas Globais", em tradução livre), divulgado ontem, a instituição prevê que a economia mundial entrará pela primeira vez em recessão desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), com uma contração média de 1,7% em 2009. Nos países em desenvolvimento, o crescimento deve registrar uma forte desaceleração, mas seguirá positivo, a 2,1% contra 5,8% em 2008, anunciou o Banco, que manifestou preocupação com as consequências sociais e humanas da crise nestes países. No último dia 23/3, a OMC - Organização Mundial do Comércio - informou que o comércio mundial deverá recuar 9% em 2009 sob o efeito da recessão, a maior queda desde a Segunda Guerra Mundial. "A derrubada da demanda mundial, gerada pela maior recessão econômica observada em décadas, levará a uma queda do volume das exportações de aproximadamente 9% em 2009", destacaram os economistas da OMC. (Agence France Presse/AFP)



São Paulo/SP
KPMG: fusões e aquisições caem 30% no 1º trimestre, com 99 acordos
O enxugamento da liquidez internacional e a dificuldade em prever o cenário dos próximos meses, levaram a uma forte redução no ritmo de fusões e aquisições envolvendo empresas brasileiras. De acordo com dados que serão divulgados hoje, pela consultoria KPMG, o número de transações sofreu queda de 30% no primeiro trimestre do ano, com 99 acordos, ante 140 do trimestre anterior. O resultado negativo foi provocado, em grande medida, pela forte queda nas transações domésticas, nas quais as empresas brasileiras ocupam tanto a ponta compradora quanto vendedora. Internamente foram contabilizadas apenas 50 operações, ante 84, entre outubro e dezembro do ano passado, sendo este o pior desempenho trimestral desde os três primeiros meses de 2007. "A redução na oferta de crédito fez com que as empresas evitassem lançar mão de seu caixa para aquisições. Acredito, no entanto, que o ritmo dos negócios pode voltar a crescer em meados do segundo semestre, com um cenário mais claro do rumo da crise e com o caixa preservado", avalia Luís Motta, sócio responsável pela área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil. Um dos motores das fusões e aquisições em 2007 e 2008, a compra por grupos nacionais de empresas estrangeiras perdeu fôlego. No primeiro trimestre do ano foi apenas cinco transações, recuo superior a 50% na comparação com o último trimestre do ano passado, quando foram realizadas 11 operações. Ainda registram boa movimentação os setores de Tecnologia da Informação, com 13 operações, e de Alimentos, Bebidas e Fumo, com nove. (Agência Estado)



Brasília/DF
Crise reduz superávit primário em 54% e setor público tem pior resultado desde 2005
A economia da União, dos Estados e dos municípios para pagar os juros da dívida, o chamado superávit primário, caiu 54% em fevereiro de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Com a queda na arrecadação e o aumento do déficit da Previdência no mês passado, o superávit primário caiu de R$ 8,966 bilhões para R$ 4,107 bilhões nessa comparação. Trata-se do pior resultado para meses de fevereiro desde 2005. No primeiro bimestre, o superávit teve uma queda de 66%, para R$ 9,295 bilhões. Esse valor equivale a 2% do PIB - Produto Interno Bruto – (soma das riquezas produzidas no período). O superávit primário acumulado em 12 meses caiu pelo quinto mês seguido e ficou em R$ 99,7 bilhões. O valor equivale a 3,43% do PIB, abaixo da meta de 3,8% do PIB prevista para este ano. Em relação aos entes da federação, o governo central (governo federal, BC e INSS) fez um superávit primário de R$ 903 milhões em fevereiro; os Estados e municípios, de R$ 3,2 bilhões. As estatais tiveram superávit de R$ 21 milhões. Juros - No mês passado, o setor público pagou juros da dívida no valor de R$ 10,179 bilhões. Descontado o superávit primário, houve um déficit de recursos no valor de R$ 6,072 bilhões. No bimestre, o resultado depois do pagamento de juros ficou negativo em R$ 15,3 bilhões, ante um déficit de apenas R$ 946 milhões no mesmo período de 2008. Em 12 meses, os juros pagos somam R$ 158,386 bilhões (5,44% do PIB). Descontado o superávit primário, houve um déficit nominal de R$ 58,683 bilhões (2,02%) do PIB. (Agência Brasil)



Paris/França
Presidente da France Presse propõe que agência seja sociedade pública
O presidente da agência de notícias francesa France Presse, Pierre Louette, propôs transformar a agência em uma "sociedade nacional de capitais públicos" e criar uma fundação que garanta sua independência, para assegurar um financiamento "estável e perene". A medida consta em um relatório enviado pela agência ao governo francês. A França havia pedido a Louette no final de 2008, que enviasse suas propostas antes de 31/3 para modernizar o estatuto da agência. Louette enviou ontem suas conclusões aos ministros da Economia, Christine Lagarde, do Orçamento, Eric Woerth, e da Cultura, Christine Albanel. Segundo uma lei de 1957 destinada a garantir sua independência, a France Presse tem um estatuto sem equivalentes: a agência não tem capital e é administrada por um conselho integrado por representantes da imprensa francesa, do setor audiovisual público, do Estado francês e dos trabalhadores. "A France Presse pode se tornar um dos líderes da informação na era digital se for beneficiada com o financiamento do seu desenvolvimento, o que apenas uma capitalização e o apoio de acionistas podem proporcionar, porque não se pode pedir ajuda ao Estado" quando é necessário financiar novos projetos, explicou Louette. O presidente propõe transformar a agência em uma "sociedade nacional" com 100% de capitais públicos ou mistos, como CDC - Caixa de Depósitos e Consignações - ou a Agência de Participações do Estado. Esta sociedade nacional seria colocada sob supervisão de uma fundação composta por personalidades qualificadas, o que seria "a melhor maneira de dar forma à garantia de independência" da redação, que é ao mesmo tempo uma "evidência e um imperativo comercial", disse Louette. Essa fundação contaria com pelo menos uma ação com direito preferencial e enfatizaria a "manutenção da composição do capital dentro dos limites fixados inicialmente". Em reação a estas propostas, o Sindicato Nacional dos Jornalistas considerou que a agência "enfrenta uma das ameaças mais graves, talvez, a mais grave de sua história". A Sociedade dos Jornalistas da agência indicou que está "extremamente preocupada com o desencadeamento de um processo legislativo sobre bases tão frágeis", lamentando que "questões essenciais" (composição do conselho administrativo, nomeação dos membros da fundação, entre outras medidas) permaneçam indefinidas. (Agence France Presse/AFP)


Londres/Inglaterra – Da sucursal Lisboa – Maria João S. Freitas
Confiança econômica na zona do euro atinge menor nível
A confiança das empresas e dos consumidores da zona do euro se enfraqueceu mais e atingiu nível recorde de baixa em março, uma vez que as novas encomendas continuaram diminuindo e as preocupações com perda de emprego aumentaram. Segundo pesquisa mensal da Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, o Indicador de Sentimento Econômico nos 16 países europeus que compartilham a moeda, caiu para 64,6 em março, de 65,3 em fevereiro. Trata-se do menor nível desde que a pesquisa começou. Os indicadores nacionais de Alemanha, Áustria, Chipre, Eslovênia, Eslováquia, Grécia, Itália, Luxemburgo e Malta também atingiram recorde de baixa. A confiança na indústria caiu para o recorde de -38 em março, de -36 em fevereiro. O indicador da comissão para novas encomendas recuou a -61 neste mês, ante -57 no mês anterior. O indicador de confiança do consumidor recuou para o recorde de baixa de -34 em março, de -33 em fevereiro, por causa do maior pessimismo sobre a perspectiva econômica e aumento das preocupações com desemprego.


Porto Alegre/RS – Da redação
Intelly busca expansão no mercado latinoamericano
A Diretora Executiva da Intelly Consulting – Turismo, Marise Carrijo, esteve em La Serena/Chile, no período de 25/3 a 28/3, a convite da Diretoria Executiva do La Serena Convention & Visitors Bureau. O convite teve como objetivo disseminar experiências nacionais e internacionais na área do turismo de conferências e de negócio. As atividades iniciaram quinta-feira, dia 26/3, com a abertura do Programa de Capacitação La Serena Convention Bureau, que contou com a presença de lideranças do trade turístico local e regional, como do prefeito Raul Saldivar Auger e do Administrador do governo do Chile - SERNATUR, Aldo Carpanetti Lanyon. O case nacional de experiências de CVBx, foi apresentado pelo Diretor Gerente do Viña del Mar Convention Bureau, Flavio Veja e o internacional “Modelos de Financiamento - Casos e Experiências – Uberlândia Convention” foi apresentado por Marise Carrijo, que foi superintendente do Uberlândia Convention durante cinco anos.
O grande destaque foi à segunda apresentação da diretora da Intelly Consulting- Turismo “Implantação de Estratégias de Negócios Intelly para Setor Público, Organizações Não Governamentais e Empresas Privadas”. Nesse módulo foram destacados os cases Projeto Competitividade e Projeto BBE – Banco Brasileiro de Eventos -, ambos desenvolvidos para a Confederação Brasileira de Convention Visitors Bureaux. Outro destaque foi à explanação sobre o módulo de captação de eventos, que faz parte da ferramenta Ioffice, desenvolvida pela Intelly e utilizada pela Secretaria Estadual de Turismo de Minas Gerais e o conceito DMS - Sistema de Gerenciamento de Destinos Turísticos -, um produto criado através de uma parceria da Intelly e a New Mind, empresa inglesa referência mundial no segmento. Além do programa de capacitação, aconteceram visitas técnicas, reuniões setorizadas e city tour pela bela região de La Serena. Para Marise Carrijo, a participação nesse encontro proporcionou excelentes contatos e prospecção de grandes negócios no mercado chileno. (Fonte: Due Company)



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ESPECIAL

São Paulo/SP
Petróleo e etanol devem dar novo status ao Brasil até 2020
O potencial energético do Brasil, ampliado com as recentes descobertas de petróleo e gás na camada pré-sal e a produção de etanol, deverá transformar o País em exportador de energia até 2020. A mudança de status deverá colocar o Brasil em posição de destaque no cenário mundial. Entre os grandes emergentes que formam o grupo BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China -, somente os russos, que têm grandes reservas de gás e petróleo, são exportadores líquidos de energia. Um relatório com projeções até 2030 elaborado em conjunto pela consultoria Ernst & Young Brasil e a FGV - Fundação Getúlio Vargas - indica que o consumo doméstico de energia poderá crescer a uma média de 3,3% ao ano, ante um aumento médio de 4,2% na produção, o que geraria excedente de petróleo e etanol para o mercado externo. De acordo com esse estudo, novos investimentos em refino de petróleo no Brasil também deverão resultar em um combustível de condições técnicas adequadas às exigências do mercado internacional. "Grandes volumes de gasolina brasileira devem ser exportados", diz o relatório, "chegando a 9,3 bilhões de litros em 2030".
Déficit - Atualmente, o Brasil já exporta petróleo. Segundo a ANP - Agência Nacional de Petróleo -, em 2008 o Brasil exportou 158,1 milhões de barris, com receita de US$ 13,6 bilhões. Mas também importou 147,9 milhões de barris, ao custo de US$ 16,3 bilhões. No entanto, o déficit na balança ocorre porque o petróleo exportado pelo Brasil é do tipo pesado, de menor valor de mercado, e o País ainda precisa importar o petróleo leve, que é mais caro. A transformação do Brasil em grande exportador marca uma grande evolução em relação a um passado não muito distante. "Na década de 70, duas fontes dominavam a matriz energética brasileira: lenha e petróleo", diz Maurício Tolmasquim, presidente da EPE - Empresa de Pesquisa Energética. A grande dependência de uma fonte fez com que em 1973 o primeiro choque do petróleo afetasse fortemente o País. Uma das razões do avanço do País no setor, nas últimas décadas, foi o investimento na diversificação. "O Brasil tem hoje uma das matrizes mais renováveis do mundo - 46% são de fontes renováveis. A média mundial é de 13%", afirma o presidente da EPE.
Etanol - Uma das grandes apostas do governo brasileiro, o etanol vem ganhando destaque no cenário mundial em meio a discussões sobre mudanças climáticas, a crescente demanda internacional por fontes de energia mais limpas e a preocupação dos países em reduzir sua dependência de petróleo. Ao contrário, por exemplo, dos EUA, que produzem etanol à base de milho, também utilizado para alimentação, o Brasil usa como matéria-prima a cana-de-açúcar, considerada mais eficiente por especialistas e com maior poder de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. EUA e União Europeia têm programas para promover o consumo de biocombustíveis e deverão aumentar a mistura de etanol nos próximos anos. Segundo o relatório da Ernst & Young, as exportações brasileiras do produto deverão crescer 8,9% ao ano. O etanol tem ainda o desafio de se tornar uma commodity global. As barreiras enfrentadas pelo produto no mercado internacional, como tarifas de importação, "deverão ser reduzidas gradualmente", segundo a projeção da Ernst & Young. Além disso, avanços tecnológicos nos próximos 10 anos, como o etanol de segunda geração, produzido a partir de materiais hoje descartados, como sobras de colheita ou palha e bagaço de cana, deverão permitir aumentar a produção sem necessidade de ampliação de área. A previsão do governo brasileiro é de aumentar a produção de etanol em mais de 150% até 2020. Mesmo com todos os avanços, porém, o mercado de etanol ainda é pequeno. Calcula-se que todos os biocombustíveis não representem nem 1% do peso do petróleo. Segundo o presidente da Unica - União da Indústria de Cana-de-Açúcar -, Marcos Jank, imaginar que o crescimento do etanol significa uma substituição do petróleo "é besteira".
Pré-sal - Com a descoberta de enormes reservas na camada pré-sal, que se estende por 800 quilômetros entre Espírito Santo e Santa Catarina, o Brasil deve ganhar uma posição de destaque também no mercado internacional de petróleo. Ainda não há um cálculo preciso sobre o volume dessas reservas, mas algumas estimativas chegam a apontar que a camada pode abrigar, no total, até 100 bilhões de barris, o que deverá consolidar o Brasil como potência energética. Há dificuldades, porém. As reservas estão a uma profundidade de 7 quilômetros abaixo do leito do mar, e a tecnologia de exploração é cara. "A viabilidade de exploração depende não só encontrar reservas, mas de viabilizar as reservas em função dos aspectos econômicos da sua exploração e produção e também, dos aspectos tecnológicos", diz José Carlos Pinto, sócio da Ernst & Young. Segundo ele, é necessário um preço de mercado que seja superior ao custo de produção, além de capacidade tecnológica para viabilizar a produção e a extração. Há cálculos que indicam necessidade de investimentos de até US$ 1 trilhão para explorar a camada pré-sal. O governo já afirmou que a exploração é viável com o preço do barril em torno de US$ 40. "Há tendências que indicam que os custos de exploração e produção estão se reduzindo substancialmente, talvez, também, impactados pela crise", afirma o representante da Ernst&Young. "O que também reduz o patamar mínimo em que o preço de mercado do petróleo viabilizaria (a exploração do pré-sal)." (Especial BBC Brasil)



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INDICADORES ECONÔMICOS

São Paulo/SP - Da redação
Confiança da indústria cresce 2,2% e marca 3º mês consecutivo de alta
O ICI - Índice de Confiança da Indústria - subiu 2,2% em março, ao passar para 77,9 pontos (considerando-se dados com ajuste sazonal), contra 76,2 de fevereiro, segundo dados divulgados ontem, dia 30/3, pela FGV - Fundação Getulio Vargas. "O nível do indicador ainda se encontra baixo em termos históricos, sinalizando um ritmo fraco de atividade industrial", diz a FGV em um comunicado. Apesar disso, o resultado é positivo, uma vez que marca o terceiro mês consecutivo de avanço do ICI e reflete uma melhora na atividade de mais setores da indústria. Neste mês, tanto o ISA - Índice da Situação Atual - quanto o IE - Índice de Expectativas - avançaram em relação ao mês anterior - o primeiro, de 77,8 para 79,5 pontos, e o segundo, de 74,6 para 76,3 pontos, ambos atingindo os maiores níveis desde novembro de 2008. Em fevereiro passado, a evolução positiva da confiança na indústria foi atribuída apenas à recuperação do segmento de autopeças e montadoras, destacou a fundação. Entre fevereiro e março de 2009, a proporção de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte elevou-se de 4,0% para 11,9%, enquanto a parcela das que o consideram como fraco aumentou, em menor proporção, de 36,3% para 40,1%. Das 1.066 empresas consultadas, 27,7% preveem aumento e 17,7%, redução no trimestre entre março e maio. No mês anterior, estes percentuais haviam sido de 25,4% e 27,1%, respectivamente.



São Paulo/SP - Da redação
Preços dos ovos de Páscoa sobem mais que a inflação em 2009
A Páscoa será de preços mais salgados nos ovos de chocolate neste ano, apontou uma pesquisa da FGV - Fundação Getúlio Vargas - realizada em sete cidades brasileiras. Entre março de 2009 e o mesmo mês do ano passado, a inflação medida pelo IPC - Índice de Preços ao Consumidor - para o produto, foi de 6,24%. Os ovos de Páscoa número 15 - cujo peso varia entre 180g e 240g dependendo do fabricante - e número 20 (de 375g) chegam ao mercado para esta Páscoa com aumento médio de 12% em relação ao ano passado. O valor médio do ovo de chocolate número 15 passou de R$ 17,14 em março de 2008 para R$ 19,26 em março de 2009. O número 20 seguiu trajetória semelhante no mesmo período, passando o preço médio de R$ 24,47 para R$ 27,50. Segundo o economista André Braz, da FGV, a cidade que registrou a maior variação no valor do ovo de chocolate foi Belo Horizonte, onde os preços subiram 20,22%, em média. Na capital mineira também foram encontrados os maiores preços paras os ovos número 15 (R$ 20,57) e 20 (R$ 29,55). Porto Alegre/RS ficou com o menor percentual de aumento (6,79%) e também com os ovos mais baratos - número 15 (R$ 18,50) e 20 (R$ 25,88). Em São Paulo, os preços variaram 10,2% para os ovos de tamanho 15 - com preços de indo de R$ 17,15 para R$ 18,91 neste ano. Os ovos, tamanho 20, subiram de R$ 24,4 para R$ 26,9 (alta de 10,3%). A pesquisa avaliou ainda os preços dos produtos em Salvador (onde a alta foi de até 12%), no Recife (até 10% de variação nos preços), Brasília (até 10%) e Rio de Janeiro (até 17%).



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)


São Paulo/SP
Bovespa fecha em alta de 0,67% e tem melhor mês desde abril de 2008
A Bovespa encerrou o mês em terreno positivo, aproveitando a recuperação das Bolsas americanas e com a recuperação dos preços das commodities (matérias-primas) metálicas. A Bolsa brasileira teve sua maior valorização mensal desde abril de 2008, favorecida pelo retorno do capital estrangeiro. O câmbio doméstico cedeu para R$ 2,31.
- Em março, a Bolsa valorizou 7,18%, o maior ganho desde abril de 2008, liderando o ranking de melhor aplicação do mês. O dólar comercial recuou 2,19% no mesmo período.
- O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve alta de 0,67% no fechamento, alcançando os 40.925 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,17 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,318, em baixa de 0,60%.
- A Taxa de risco-país marca 425 pontos, número 0,23% acima da pontuação anterior.
Reação das Ações - A ação preferencial da Petrobras recuou 0,79% enquanto a ação da Vale valorizou 0,33%. Juntos, os dois papeis movimentaram mais de R$ 1,1 bilhão. Unibanco e Itaú unificaram as ações negociadas na Bolsa de Valores. A ação preferencial do conglomerado (Itauunibanco PN) foi o terceiro papel mais negociado da Bolsa, sendo negociado em baixa de 0,69% no final do pregão.
Análise 1 - Profissionais de mercado apontaram que boa parte dos investidores estrangeiros que esperavam na alta do dólar, começaram a reduzir suas apostas no mercado futuro de moeda, o que ajudou a tirar pressão sobre os preços da moeda americana. "Se nós continuarmos vendo esse alívio na cena externa, provavelmente esse desmonte de posições pode continuar", comenta Carlos Alberto Postigo, da mesa de operações da corretora Advanced. "Agora, a volatilidade do câmbio não vai acabar tão cedo, sempre refletindo alguma notícia pontual, como nós vimos no caso da General Motors. Basta lembrar que o dólar oscilou de R$ 2,22 para R$ 2,30 em poucos dias", acrescenta. Entre as principais notícias do dia, o instituto privado de pesquisa Conference Board, detectou uma melhora modesta na confiança do consumidor americano na economia nacional neste mês. O consumo é uma das principais alavancas da economia dos EUA e o indicador procura antecipar tendências para os próximos meses. A notícia compensou parcialmente a pesquisa da Standard & Poor's/Case-Shiller, que revelou uma queda recorde nos preços dos imóveis em janeiro.
Análise 2 - No Brasil, o Banco Central comunicou que a dívida pública cresceu no mês passado, piorando a relação dívida/PIB - de 36,9% em janeiro para 37% em fevereiro. Em termos absolutos, a dívida passou de R$ 1,047 trilhão para R$ 1,091 trilhão nos últimos três meses. A OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - estimou que a economia brasileira deve encolher 0,3% neste ano, principalmente por conta da queda na produção industrial. O governo japonês informou que a taxa de desemprego do País atingiu 4,4% em fevereiro. Já o nível de consumo das famílias contraiu 3,5% no mesmo mês. "Num cenário bastante turbulento para as commodities, essa estratégia pode ter dificuldade de implementação. Continuamos acreditando que as ações da VCP e da Aracruz permanecerão voláteis, refletindo não só o processo de consolidação, mas também, o cenário desfavorável de curto prazo", comenta a equipe de analistas da corretora Ativa. A companhia TAM anunciou ontem, perdas da ordem de R$ 1,36 bilhão no ano passado, ante um lucro líquido de R$ 505 milhões no exercício de 2007. A ação preferencial da TAM perdeu 3,78%. A MMX Mineração, do empresário Eike Batista, amargou um prejuízo de R$ 848,8 milhões no exercício de 2008, ante ganhos de R$ 765 milhões no balanço anterior. A ação ordinária da mineradora desabou 5,40% no pregão de ontem.




São Paulo/SP
Bovespa foi melhor aplicação do mês e dólar e ouro foram os piores
A Bolsa de Valores teve o seu melhor mês desde abril do ano passado e ocupou, com folga, a posição de investimento mais rentável de março. Na ponta oposta, investimentos vinculados ao dólar e ouro apresentaram os piores retornos para os investidores. O índice Ibovespa, que serve de parâmetro para boa parte dos fundos de renda variável, subiu 7,18% em março. A economia americana mostrou alguns sinais de recuperação, ainda bastante incipientes, mas foram suficientes para animar uma parcela dos investidores, que voltaram às compras. Os estrangeiros, principalmente, haviam deixado mais de R$ 2 bilhões no mercado brasileiro, considerando o saldo (compras de ações menos vendas) até o pregão do dia 26/3. Após a Bolsa, os investimentos mais rentáveis foram os fundos DI e de Renda Fixa, com retornos de 0,87% e 0,91%, respectivamente. Essas taxas médias de rentabilidade foram calculadas pela Anbid - Associação dos Bancos de Investimento -, levando em conta dados atualizados até o dia 26/3. Logo após, a popular caderneta de poupança permitiu um retorno de 0,64%. Quem apostou no dólar, desta vez, teve que amargar uma desvalorização de 2,19% neste mês. Para os investidores que aplicaram em ouro, o prejuízo foi ainda pior: considerando os preços praticados na BM&F - Bolsa de Mercadorias & Futuros -, a queda na cotação foi de 4,28%. A inflação do período foi de 0,11%, pela referência do IPCA-15, que reflete a variação dos preços numa cesta de consumo para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Pelo IGP-M (o índice do aluguel), houve deflação de 0,74% no mês.
Trimestre - A Bolsa de Valores ainda ocupa a posição de investimento mais rentável no período trimestral. Entre janeiro e março, o índice Ibovespa ficou 8,99% mais alto. Na segunda posição, os preços da commodity ouro apresentaram variação de 4,77% no mesmo período. Os fundos DI e de Renda Fixa propiciaram rentabilidade, em média, de 2,82% e 2,90% no trimestre, ainda pelos cálculos da Anbid. A poupança, por sua vez, teve retorno de 1,22%. E mesmo no trimestre, a moeda americana ainda apresenta retorno negativo: o dólar ficou 0,68% entre janeiro e março. Nos primeiros três meses do ano, a inflação acumulada é de 1,14% pelo IPCA-5. Pelo IGP-M, no entanto, há deflação de 0,92%.


Nova Iorque/EUA
Bolsas americanas fecham em alta e indicador tem melhor mês em seis anos
As Bolsas americanas fecharam o último dia de março com nova alta, garantindo ao mês um dos melhores desempenhos dos últimos anos, marcado pela franca recuperação dos papeis do setor bancário. O indicador S&P 500, um dos principais da Nyse - Bolsa de Valores de Nova Iorque -, teve o maior avanço mensal desde outubro de 2002. As boas notícias das instituições financeiras europeias ajudaram a animar os investidores e puxaram as altas das ações dos bancos, enquanto que o setor tecnológico se beneficiou com a elevação da nota de risco da gigante Microsoft.
- O Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse, teve alta de 1,16%, aos 7.608,92 pontos.
- O S&P 500 ganhou 1,31%, a 797,87 unidades.
- Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite, teve ganho de 1,78%, para 1.528,59 pontos.
- No acumulado do mês, o Dow Jones teve alta de 7,74%, enquanto o S&P 500 ganhou 8,54% e o Nasdaq Composite subiu 10,94%.
Análise 1 - O setor financeiro se beneficiou com a notícia de que o Banco britânico Barclays, decidiu não participar de um programa de proteção de ativos do governo. Além disso, o grupo financeiro Fortis informou que prevê operar de forma viável como um grupo do setor de seguros. "O que tem acontecido é que, aos poucos, estamos começando a fazer progresso em termos de percepção de risco", disse à agência de notícias Reuters o gerente de carteiras de investimento Mark Bronzo, da Security Global Advisers em Nova Iorque. Essa virada no setor bancário - que, por sua vez, arrastou o mercado acionário como um todo - começou no dia 10, quando o executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, disse que o Banco operou com ganhos no primeiro bimestre. Ele informou que o resultado operacional antes de impostos e itens extraordinários, fechou positivo em US$ 8,3 bilhões em fevereiro. O Bank of America também fez um anúncio semelhante dias depois.
Análise 2 - A Nasdaq teve motivos extras para subir Ontem, dia 30/3. A corretora Davenport elevou a classificação dos papeis da Microsoft de "neutro" para "compra". A corretora informou que a demanda por computadores pessoais na China e nos EUA, além da recomposição de estoques na Europa justificaram a decisão. "O setor de tecnologia teve um desempenho bastante forte neste trimestre", disse Bronzo à Reuters. "Ouvimos comentários de que alguns dos mercados de componentes para computadores estão se estabilizando".
Análise 3 - Os indicadores econômicos divulgados ontem, não influenciaram o ritmo dos negócios. O instituto privado de pesquisa Conference Board informou que a confiança do consumidor registrou ligeiro avanço neste mês, após a queda recorde registrada em fevereiro. Mesmo assim, a percepção do consumidor americano ainda é pessimista, segundo a diretora de pesquisa do instituto, Lynn Franco. "Os consumidores continuam extremamente pessimistas quanto ao curto prazo e não preveem uma reviravolta na economia nos próximos seis meses", disse. Além disso, o índice Standard & Poor's/Case-Shiller - um dos principais indicadores do mercado imobiliário americano - referente aos preços de casas nas 20 principais regiões metropolitanas dos EUA, teve queda recorde de 19% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2008.



Londres/Inglaterra
Bolsas da Europa perdem mais de 10% no 1º trimestre
Os principais índices do mercado de ações europeu terminaram em alta no último dia do primeiro trimestre, com bancos recuperando parte das perdas registradas em sessões anteriores e conduzindo o mercado para o território positivo.
- O índice pan-europeu Dow Jones Stoxx 600 subiu 3,5%, para 176,39 pontos, acumulando alta de 2% no mês e queda de 10,38% no trimestre - sétimo trimestre consecutivo de perdas.
- Em termos de mercados locais, o índice londrino FTSE-100 ganhou 163,23 pontos, ou 4,34%, para 3.926,14 pontos. No mês, o índice avançou 2,50%, enquanto no trimestre registrou perdas de 11,45%.
- Na Bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 88 pontos, ou 3,24%, para 2.807,34 pontos, acumulando ganhos de 3,88% no mês e queda de 12,76% no trimestre.
- Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX avançou 95,53 pontos, ou 2,39%, para 4.084,76 pontos. No mês, o índice subiu 6,27%, enquanto no trimestre registrou perdas de 15,08%.
- Em Madri, o índice Ibex-35 teve alta de 213,90 pontos, ou 2,81%, para 7.815 pontos, acumulando ganhos de 2,54% no mês e queda de 15,01% no trimestre.
Análise - Entre as ações do setor financeiro, o HSBC subiu 6,61%, o Standard Chartered avançou 8,58% e o BNP Paribas teve alta de 6,79%. As ações do Fortis ganharam 2,99%. Apesar disso, no trimestre, os bancos caíram 17,7% e as seguradoras recuaram 26,5%, em meio a receios sobre estatizações. "Os bancos estão sendo conduzidos inteiramente pelo sentimento no momento. Ou valem muito menos do que o preço atual ou muito mais, mas ninguém tem muita certeza de qual é a situação", disse Oliver Russ, gerente de fundos da Argonaut Asset Management. Na segunda-feira, dia 30/3, os mercados acionários de todo o mundo foram pressionados por receios sobre a saúde da indústria automotiva norte-americana. No entanto, as ações da Fiat subiram 10,30% ontem em Milão. A companhia italiana está negociando para investir na norte-americana Chrysler. Por outro lado, a Porsche teve queda de 4,48%. Embora tenha divulgado um salto significativo no lucro do primeiro semestre fiscal devido a acordos acionários com a Volkswagen, a montadora anunciou que a dívida líquida cresceu de 3,1 bilhões de euros para 9 bilhões de euros no período.




HOJE – Na Ásia
Bolsa de Tóquio sobe 3% impulsionada por montadoras e Hong Kong cai 0,4%
As principais Bolsas da Ásia fecharam em alta nesta quarta-feira, impulsionadas por ganhos nas montadoras de automóveis japonesas e sul-coreanas. As declarações do presidente americano, Barack Obama, de que a situação da General Motors está chegando a uma definição, mesmo que essa definição seja a falência da companhia, ajudaram a dissipar as incertezas entre os investidores. As exceções ficaram nas Bolsas de Hong Kong, que caiu com o pessimismo dos investidores a respeito de empresas de telefonia, e da Austrália.
- O índice Nikkei, da Bolsa de Valores de Tóquio, subiu 3% e fechou aos 8.351 pontos.
- O índice Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 2,2%, chegando a 1.233 pontos.
- Também em alta (1,5%), o Shangai Composite, da China, atingiu os 2.408 pontos.
- O Taiex, de Taiwan, teve alta de 2% e chegou aos 5.314 pontos.
- Já o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,4% e fechou em 13.519 pontos.
- Na Austrália, o ASX 200 teve leve queda de 0,07% e chegou aos 3.579 pontos.
- O indicador SET, da bolsa de Bangcoc, abriu o pregão desta quarta em alta de 0,44 pontos (0,1%), aos 431,94.
- O índice Straits Times, da bolsa de Cingapura, abriu o pregão desta quarta com alta de 8,54 pontos (0,5%), aos 1.708,53.
- O indicador composto KLCI, da bolsa de Kuala Lumpur, abriu o pregão desta quarta em 879,7 pontos, após ter alta de 7,15 (0,82%).
- O índice composto JKSE, da bolsa de Jacarta, abriu o pregão desta quarta em alta de 18,16 pontos (1,27%), aos 1.452,23 pontos.
- O índice seletivo Psei, da bolsa de Manila, abriu o pregão desta quarta-feira em queda de 16,49 pontos (0,83%), aos 1.969,73.
Análise - No Japão, o iene se desvalorizou em relação ao dólar e ajudou as empresas exportadoras. Além de montadoras de carros como Honda, que teve alta de 6,7%, Toyota (alta de 4,8%) e Nissan (alta de 10%), as fabricantes de eletrônicos também tiveram bons resultados, com os papéis da Sony ganhando 6,4%. Em Hong Kong, as empresas de telefonia puxaram o índice Hang Seng para baixo. Os papéis da China Unicom perderam 8,1% do seu valor enquanto a China Mobile recuou 2,7%. Uma disparada de 9,7% no Bank of China (Hong Kong) impediu que o resultado fosse ainda pior.



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MERCADO FINANCEIRO


Brasília/DF
Banco do Brasil amplia linha de crédito para material de construção
O Banco do Brasil ampliou a linha de crédito que financia material de construção e pode conceder até R$ 400 milhões em crédito para os clientes que queiram fazer reformas em casa. A informação é do gerente executivo da diretoria de Varejo do BB, Mário Casasanta. Segundo ele, a redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - na aquisição de material de construção e o pacote habitacional lançado pelo governo federal, na semana passada, foram determinantes para a decisão do BB no sentido de revigorar a linha de crédito - que já financiou R$ 2,4 bilhões desde 2004. O governo modificou o regime de tributação para a construção civil (que congrega os impostos IR, CSLL, PIS e Cofins), aplicado às construtoras, com redução de 7% para 6%. Caso a construtora esteja no programa de habitação do governo, a redução vai a 1%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou também, que terão alíquotas menores de IPI os materiais de construção, como revestimentos, vernizes, tintas, cimento, pias, louças de banheiro, rede e grade de aço, chuveiro, fechaduras e dobradiças, entre outros itens. Outros produtos tiveram apenas redução, como massa de vidraceiro, cujo IPI foi de 10% para 2%. Casasanta disse que a principal alteração, já em vigor desde a segunda-feira, 30/3, é o aumento do prazo de carência, que passou de dois meses para seis meses. Com isso, o cliente só precisa pagar a primeira parcela do financiamento 180 dias depois de fazer a compra. "Assim, o cliente ganha mais fôlego para pagar o crédito obtido", disse. Ele afirmou que o prazo máximo para pagamento é de quatro anos mais os seis meses de carência. O empréstimo pode chegar até R$ 20 mil e os juros variam entre 1,74% e 2,99% ao mês, dependendo do prazo contratado pelo cliente. Setor habitacional - O setor habitacional tem despertado a atenção dos bancos públicos. Atualmente, o déficit habitacional do País é estimado pela FGV - Fundação Getulio Vargas - em 7,2 milhões de moradias. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, ampliou de 96 para 120 meses o prazo de amortização da linha de crédito Construcard, com recursos do FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - para a compra de material de construção por famílias com renda de até R$ 1,9 mil por mês. Essas famílias podem financiar até R$ 25 mil, com juros que variam de 5% a 7,16% ao ano, de acordo com a renda familiar do tomador. Criada em 1997, a linha Construcard beneficiou aproximadamente, 1,07 milhão de trabalhadores com financiamentos, no valor total de R$ 5,9 bilhões, de acordo com a superintendente nacional de Habitação da Caixa, Bernadete Maria Pinheiro Coury. A expectativa, segundo ela, é financiar mais R$ 1 bilhão no segmento este ano. (Agência Brasil)


São Paulo/SP – Da redação
Itaú reforça presença junto aos supermercados
O Banco Itaú pretende neste ano reforçar sua presença no setor supermercadista, apoiando as empresas no planejamento financeiro para expansão e melhor gestão dos seus negócios. O Banco pretende atender as necessidades dos supermercadistas no gerenciamento de pagamentos e recebimentos, como a domiciliação de cartão de crédito, custódia de cheques, recolhimento de valores, cobrança e pagamentos de fornecedores, salários e tributos. Além disso, está em estudo a concessão de crédito em condições especiais para contratação de capital de giro, desconto de cheques e duplicatas, e leasing de máquinas e equipamentos.



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INDÚSTRIA

Berlim/Alemanha
Vinhos brasileiros aproveitam crise para ampliar presença no mercado europeu
Pela primeira vez, as empresas brasileiras chegam à ProWein, feira internacional das indústrias líderes na produção mundial de vinho, com estratégias prontas para intensificar sua presença no mercado europeu. Em sua quinta participação na feira, que acontece na cidade alemã de Düsseldorf, o País busca sua consolidação. Segundo o Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho -, neste ano, as dez vinícolas brasileiras com estandes na feira possuem importadores definidos, o que é um fato inédito. "Os vinicultores querem mostrar seus novos produtos e eventualmente ampliar o número de importadores", explica Andreia Milan, gerente do projeto Wines from Brazil, do Ibravin. (Agência Deutsche Welle)



São Paulo/SP
Fabricantes de remédio podem reajustar preços em 5,9%
A partir de ontem, dia 30/3, os fabricantes de medicamentos já podem reajustar os preços de seus produtos em até 5,9%. O aumento máximo foi fixado pela CMED - Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos -, da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segundo a agência, cerca de 20 mil remédios estão sujeitos ao aumento. O preço máximo deverá ser mantido até março de 2010. Os fabricantes tiveram até ontem, para apresentar à CMED um relatório com os preços que pretendem praticar ao longo do ano. De acordo com a Anvisa, os fabricantes que não cumprirem a medida poderão ser multados em até R$ 3,2 milhões. Os remédios homeopáticos e fitoterápicos não estão submetidos a este controle. (Agência Estado)



São Paulo/SP
Perdigão dá férias a empregados de fábrica incendiada
A Perdigão concedeu férias coletivas a 630 funcionários da unidade de Rio Verde/GO afetada por um incêndio no último dia 21/3. De acordo com informações da assessoria de imprensa da companhia, os trabalhadores devem ficar em casa por um mês, contado a partir de ontem. Todos os empregados são da área de industrializados, uma das mais afetadas pelo fogo. Na semana passada, o presidente da Perdigão, José Antonio Say, disse que a direção da Perdigão estudava remanejar parte da produção de industrializados de Rio Verde para outras fábricas da empresa, mas até o momento não foram divulgadas novas informações a respeito. O abate de aves e suínos nessa unidade já foi retomado. O complexo agroindustrial de Rio Verde é responsável por aproximadamente 12% da produção total da Perdigão. (Agência Estado)


São Paulo/SP - Da redação
VCP apura prejuízo de R$ 1,312 bilhão em 2008
A Votorantim Celulose e Papel registrou prejuízo de R$ 1,312 bilhão no ano passado, o que contrata com o lucro de R$ 838 milhões registrado no exercício de 2007. As perdas foram contabilizadas principalmente no quarto trimestre de 2008, quando a VCP apurou prejuízo líquido de R$ 970 milhões, ante ganhos de R$ 191 milhões no trimestre final de 2007. Os efeitos da variação do dólar sobre as operações da VCP com derivativos geraram um resultado negativo de quase R$ 1 bilhão (R$ 996 milhões) no quarto trimestre pelo lado financeiro das contas da empresa. No trimestre final de 2007, as receitas financeiras superavam as despesas em R$ 234 milhões. A receita líquida da VCP totalizou R$ 2,487 bilhões no ano passado, abaixo dos R$ 2,61 bilhões do exercício de 2007. O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 190 milhões em 2008, ante R$ 184 milhões no exercício anterior.



São Paulo/SP – Da redação
Fundo americano associa-se à CMAA
O fundo de investimentos americano ZBI Ventures - Ziff Brothers Investments - associou-se à CMAA - Companhia Mineira de Açúcar e Álcool -, segundo comunicado da CMAA à CVM - Comissão de Valores Mobiliários. Com a associação, o fundo passa a deter 33% do capital da empresa. Criada em 2006, a CMAA era controlada pela PCP, gestora que administra dinheiro dos ex-sócios do antigo Banco Pactual, e a JF Citrus, empresa citrícola instalada em Bebedouro/SP. Agora, com o novo sócio, o grupo ganha maior robustez no mercado. Os projetos da CMAA contemplam a construção de três usinas de álcool. As três plantas da CMAA deverão ter capacidade total para moer 9,6 milhões de toneladas em sua primeira fase, chegando a 15 milhões de toneladas quando os investimentos estiverem concluídos. A expectativa é de que as plantas industrializem 280 milhões de litros de álcool combustível. A primeira usina da companhia está sendo construída em Uberaba/MG e deverá entrar em operação a partir da safra 2010/11. Com foco em energia, o fundo terá um terço do capital social total e votante da companhia, no valor de R$ 48,714 milhões. A expansão da CMAA será por meio de projetos greenfield e também por meio de aquisições.


Porto Alegre/RS - Da redação
Barbato participa de reunião sobre APL de Automação com empresários gaúchos
Na próxima terça-feira, dia 7/4, o presidente da ABINEE, Humberto Barbato, participa, ao lado do presidente da FIERGS, Paulo Tigre, de reunião com empresários e das associadas da ABINEE no Rio Grande do Sul. Em pauta, a evolução do projeto do APL de Automação e Controle no Estado e o lançamento oficial do portal do APL pelo diretor regional da ABINEE, Luiz Gerbase. Na oportunidade, Barbato apresentará "O comportamento do setor elétrico e eletrônico no cenário de crise que enfrentamos".
São Paulo/SP – Da redaçãoNestlé amplia canais para alcançar baixa renda A Nestlé vem desenvolvendo várias ações para o segmento de baixa renda, uma de suas plataformas estratégicas para o crescimento. Em 2008, a empresa obteve incremento de 15%, com mais de R$ 1 bilhão em vendas para esse público. A Nestlé vem desenvolvendo uma série de iniciativas para oferecer soluções acessíveis de Nutrição e Saúde; aumentar as oportunidades de negócios junto às comunidades que compõem a base da pirâmide econômica; e proporcionar aumento de renda e inclusão social a essa população. Entre essas ações está o sistema de vendas porta a porta, iniciado em 2006 e que hoje conta com 6.000 revendedoras, que atuam em regiões carentes atendendo mais de 200 mil residências.



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AGRONEGÓCIOS


São Paulo/SP – Da redação
Relatório de conjuntura aponta cenário apertado para as usinas
Relatório da trading Czarnikow indica que o Brasil deverá processar menos cana na safra 2010/11, que se encerra em março de 2011. A previsão leva em conta a falta de financiamento, o que poderá comprometer a expansão das usinas e redução do capital de giro das empresas deste segmento. Ainda segundo o relatório, a trading alerta que o setor sucroalcooleiro está em crise, com cinco empresas com pedido de concordata e outras unidades, em processo de negociação com instituições financeiras. As usinas do setor registram problemas decorrentes da alta dos custos com frete, insumos e equipamentos, o que obrigou as empresas a buscar recursos adicionais para projetos de longo prazo. O processo de expansão teve de ser revisto por conta do aperto do crédito. O Brasil é o maior produtor e exportador de açúcar. A valorização do real sobre o dólar entre 2005 e 2008, puxou os custos de produção do País para patamares superiores aos do mercado mundial, segundo o relatório da trading. O setor sucroalcooleiro brasileiro enfrentará mais um ano de capacidade industrial limitada.



São Paulo/SP – Da redação
Semana decisiva para o mercado interno e externo do milho
Neste mês de março o mercado a futuro na BM&F acumula uma alta de quase 2,9%, frente a uma remuneração no porto bem mais firme. Em Chicago o contrato de maio/09 encerrou essa segunda-feira a US$ 151,97 a tonelada, com uma ligeira queda de 0,3%. Em um dia de forte realização de lucros no mercado financeiro, o câmbio doméstico, ao contrário, subiu a R$ 2,333 de dólar (+ 1,79%), o que acabou consolidando uma paridade externa até mais alta ao mercado interno. A estimativa de remuneração no porto fica hoje estimada ao redor de R$ 22,75 a saca FOB. Diante disso e apesar de um dia extremamente negativo no mercado financeiro global, o mercado a futuro na BM&F se comportou relativamente estável, com o contrato de maio de 2009 mantendo-se próximo de R$ 22,20 a saca (Campinas/SP). Assim, nas regiões produtoras os referenciais ao milho também permanecem estáveis, já tecnicamente no "fundo do poço". Em Goiás, a referência principal continua sendo R$ 17 a saca para o grão posto da indústria, com um deságio de R$ 1 a R$ 2 a saca para a referência FOB produtor. Nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, o grão oscila estavelmente ao redor de R$ 17,10 a saca. Sob um mesmo panorama, o milho é cotado na média de R$ 16,35 a saca nas regiões produtoras do Paraná. Esta semana será de extrema importância ao mercado do milho. O USDA divulgou a primeira estimativa oficial de plantio nos EUA. As expectativas dos operadores giram ao redor de 34,2 milhões ha neste ano, 1,7% abaixo do plantio realizado no ano passado. Ressalta-se, porém, que em fevereiro o USDA havia previamente sinalizado uma estabilidade de plantio no País, o que definitivamente não seria uma notícia positiva ao mercado. Hoje, dia 1/4 a Secretaria de Comércio Exterior divulgará o número de embarques de milho no Brasil durante este mês de março. Quanto maior o número de exportações, obviamente que melhor será a sustentação do mercado interno no curto prazo. A análise de mercado de milho é realizada diariamente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da FAEG - Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás. (Fonte: Faeg)



Brasília/DF – Da redação
Governo deve aumentar recursos para safra 2009/2010
Os produtores rurais deverão contar com mais recursos para o financiamento da safra agrícola de 2009/2010, conforme afirmaram representantes do Banco Central e do Banco do Brasil, em audiência pública na CRA - Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. No entanto, a expansão da produção de alimentos visando à exportação foi desaconselhada pelo professor Guilherme Dias, da Universidade de São Paulo, que no debate representou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Para o professor, o setor deve ser cauteloso frente às incertezas geradas pela crise financeira internacional. De acordo com dados apresentados por Guilherme Dias, tem sido acentuada a queda da atividade econômica nos países compradores de produtos agrícolas brasileiros, o que significa redução de renda e de consumo, com consequente queda de demanda por alimentos. "Nesse cenário, não tem sentido o Brasil aumentar a oferta, principalmente dos produtos de exportação. Não há nada que indique que devemos nos aventurar a produzir mais. Ao contrário, todo esse cenário, mostra que devemos ser extremamente cautelosos, manter a oferta de alimentos para o mercado interno, mas oferecer menos para o mercado externo", disse o especialista. De acordo com Guilherme Dias, o aumento do endividamento dos produtores e o risco de queda na demanda externa de alimentos podem resultar em estagnação do agronegócio brasileiro. O alerta foi feito após Antonio Gustavo Matos do Vale, diretor de Liquidações e Desestatização do Banco Central, anunciar a disposição do governo federal de aumentar o volume de crédito direcionado à agricultura. Na safra atual, que vai de julho de 2008 a julho de 2009, foram disponibilizados R$ 65 bilhões para a agricultura patronal e R$ 13 bilhões para a agricultura familiar, montante que deverá ser ampliado no próximo plantio. Para viabilizar os recursos, explicou o diretor do Branco Central, o governo elevou a taxa de exigibilidade bancária (percentual que os bancos são obrigados a investir em crédito rural) de 25% para 30% para depósitos a vista, e de 65% para 70% para depósitos de poupança.Custeio - Os recursos do crédito rural representam um terço do total gasto para o plantio da safra, de acordo com Reinaldo Kazufumi Yokoyama, gerente-executivo da Diretoria de Agronegócio do Banco do Brasil. Os outros dois terços são representados principalmente, pelos financiamentos oferecidos por grandes indústrias de insumos e máquinas agrícolas e por empresas exportadoras (tradings), havendo ainda a parcela de recursos dos próprios agricultores. Conforme Yokoyama, o governo tem buscado fortalecer o aporte de recursos públicos na agricultura, para compensar a redução do crédito disponibilizado pelas tradings. Nesse sentido, o Banco do Brasil está antecipando R$ 1,5 bilhão para a próxima safra agrícola, visando permitir que os agricultores façam a compra antecipada de insumos, negociando os fertilizantes a um preço mais vantajoso. Esses recursos, disse, são 32% superiores ao montante antecipado no ano passado. No debate, os senadores manifestaram preocupação com as dificuldades de acesso ao crédito por parte de produtores que renegociaram dívidas anteriores. Nessa situação, o produtor é considerado como um tomador de crédito de risco elevado, sendo impedido de acessar o crédito rural, conforme resolução do Banco Central, baseada em entendimentos internacionais, como o Acordo de Basileia, que norteiam o funcionamento do sistema financeiro. Conforme informações de Guilherme Dias, a inadimplência do setor rural vem crescendo desde 2004, passando de 10% no último ano e podendo chegar a 15%, ainda neste semestre. Com essa inadimplência, explicou, não há como liberar crédito novo, havendo o represamento dos recursos destinados ao financiamento da safra. Também presente ao debate, Juraci Moreira Souto, secretário de Finanças e Administração da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - afirmou que o crédito rural é um dos elementos do Plano Safra, ao lado da pesquisa, assistência técnica e canais de comercialização, entre outros. Para ele, antecipação de recursos anunciada pelo Banco do Brasil só será efetiva se vier acompanhada desses outros fatores que interferem na capacidade produtiva dos agricultores. (Fonte: Assessoria de Imprensa do Senado Federal)



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SETOR AUTOMOTIVO

Tóquio/Japão
Honda vai parar produção por 14 dias na América do Norte
A montadora japonesa Honda suspenderá a produção em suas fábricas da América do Norte por 14 dias, divididos ao longo de três meses a partir de maio, com o objetivo de ajustar os níveis dos estoques. A queda da demanda por automóveis no mundo todo, especialmente em Estados Unidos e Canadá, obrigou a empresa a tomar a medida, segundo informaram hoje à agência Efe fontes da Honda. Com a medida, a Honda reduzirá em 62 mil veículos sua produção para finais do atual ano fiscal, que começou hoje no Japão e termina em março de 2010. No mês de maio, as fábricas norte-americanas da Honda ficaram fechadas em 1º, 8, 15, 18, 22, 25 e 29, embora durante alguns desses dias a paralisação vá afetar apenas unidades ou americanas, ou canadenses. Em junho, a suspensão acontecerá em 5 e 19 nas fábricas norte-americanas da Honda, enquanto em julho a paralisação se dará em cinco dias consecutivos, entre 6 e 10. (Agência Efe)



Brasília/DF
Mantega analisará se demissões na Peugeot contrariam acordo sobre IPI
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, analisará na volta da reunião do G20, as demissões anunciadas ontem, dia 30/3, pela montadora PSA Peugeot Citröen. Segundo comunicado emitido pela assessoria do ministério, o governo não pode obrigar as empresas automobilísticas a preservar os postos de trabalho, mas lembrou que a manutenção dos empregos consta do acordo que estendeu a redução do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - por três meses. "O governo não tem como obrigar as montadoras a manter o emprego. Mas, sendo o IPI um tributo regulatório, o governo tem a prerrogativa de voltar atrás no benefício fiscal, caso a indústria (como um todo e não apenas uma empresa específica) não cumpra o acordo de não demissão", destacou o comunicado. O ministério, no entanto, ressaltou que ainda não existe nenhuma expectativa sobre uma eventual revisão do acordo. "Não existe decisão tomada nesse sentido", informou a assessoria. As demissões ocorreram no mesmo dia em que o governo prorrogou, até o final de junho, a redução do IPI para automóveis com motorização até 2.0, caminhões e caminhonetes. Durante o anúncio da desoneração, o ministro da Fazenda afirmou que a preservação dos empregos era uma das principais novidades do acordo. De acordo com a assessoria, Mantega não sabia das demissões até ontem. "O ministro Guido Mantega só tomou conhecimento das demissões da Peugeot nesta terça-feira. Ele pode se manifestar sobre o assunto quando retornar de sua viagem ao exterior", afirmou a assessoria. As dispensas ocorreram na única fábrica da montadora no País, no Rio de Janeiro. Dos 700 trabalhadores do terceiro turno, 250 perderam o emprego. O ministro da Fazenda está em Paris. Na quinta, 1/4, ele viaja a Londres para participar da reunião de cúpula do G20, onde será debatida a atual crise econômica internacional. Mantega deve retornar a Brasília na próxima semana. (Agência Brasil)



Chicago/EUA
GM admite fechar fábricas e lançar novo PDV nos EUA
O novo executivo-chefe da General Motors, Frederick "Fritz" Henderson, disse que a companhia pode precisar fechar mais fábricas, lançar um novo programa de demissão voluntária (PDV) e extrair maiores concessões dos sindicatos e dos detentores de bônus para poder sobreviver. Contudo, Henderson afirmou que a empresa poderá atingir as metas estabelecidas pela força-tarefa do governo dos EUA antes do prazo de 1/6. O executivo disse que a concordata, embora não seja a opção preferida para a GM, se tornou o resultado "mais provável" para a montadora. "Pediram que eu faça a GM se tornar bem-sucedida e vou fazer isso, não importa o que for necessário", disse Henderson. "Nós teremos esse trabalho feito, e vamos fazê-lo nos tribunais ou fora deles", acrescentou. O executivo afirmou que a GM começou bem a preparação do novo plano de reestruturação, depois de a força-tarefa dizer ontem, que o plano apresentado anteriormente era insuficiente e negar um novo empréstimo à empresa. O novo plano provavelmente vai incluir outro programa para reduzir a quantidade de empregados horistas. Além disso, mais fechamentos de fábricas, além dos 14 planejados para até 2012, poderão ser necessários. O governo vai fornecer à GM capital de giro até 1/6, enquanto a montadora tenta chegar a acordos com sindicatos, credores e outros envolvidos com a empresa. "Mais tempo não vai ajudar no processo", disse Henderson, admitindo que a companhia seria forçada a pedir proteção judicial se não entregar o novo plano até 1/6. Henderson disse que a GM vai tentar acelerar seus esforços para reestruturação e identificar meios de "ir mais fundo e mais rápido". Segundo o executivo, a força-tarefa não identificou especificamente novas metas para redução de custos e dívida, mas ficou claro que a companhia precisa fazer mais e mais rápido. Henderson acrescentou que a força-tarefa não deu um prazo para seu mandato como CEO. (Agência Dow Jones)





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VAREJO & COMÉRCIO


São Paulo/SP – Da redação
Silvio Santos quer comprar Ponto Frio para expandir Baú
O Grupo Silvio Santos informou ontem, dia 30/3, o interesse em comprar a rede de lojas Ponto Frio, que já anunciou buscar um comprador. Em nota, o Grupo Silvio Santos afirmou que o negócio, caso se concretize, "antecipa o projeto de transformar o Baú Crediário em uma das maiores redes do País". "Depois de tomar conhecimento da possível venda do Ponto Frio, o Grupo Silvio Santos se posiciona como um dos interessados na compra da rede, atualmente a segunda maior varejista de móveis e eletrodomésticos, com 445 lojas espalhadas pelo País", informou o comunicado. A Ponto Frio retomou o projeto de vender as lojas e está atrás de comprador. Lily Safra, viúva do bilionário, banqueiro Edmond Safra, e acionista majoritária da rede, já tentou negociar as lojas há cerca de dois anos. A iniciativa foi retomada, agora, diante das dificuldades de sucessão do negócio. Segundo o presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sebastião Sandoval, a possível compra da Ponto Frio "é um passo importante e vem em boa hora". "Conseguiremos avançar alguns anos o nosso planejamento. Anteciparíamos em muito o nosso projeto de cinco anos", avaliou Sandoval. O plano de expansão, segundo o executivo, contempla a recente inauguração de pontos de venda em Poços de Caldas, Taubaté e novas inaugurações no interior, litoral e grande São Paulo. O Baú Crediário é a mais nova empresa do Grupo Sílvio Santos, há 50 anos no mercado. "A rede é enxuta, leve e rápida na tomada de decisões, o que garante o sucesso de sua expansão. Tem força para encarar o mercado graças à vasta gama de produtos, como eletrônicos, eletrodomésticos, móveis, telefonia e decoração, crediário facilitado e atendimento personalizado", informou o grupo do empresário Sílvio Santos, dono do SBT. Ponto Frio – Ontem, dia 30/3, a Globex Utilidades, companhia que opera a marca Ponto Frio, anunciou queda de 85,5% no lucro líquido no quarto trimestre do ano passado, para R$ 11,2 milhões, ante igual período em 2007. No acumulado de 2008, o recuo foi de 64,2%, para R$ 32 milhões. No balanço dos resultados, a empresa informou ter encerrado o ano passado com 458 lojas (7,3% em relação ao final de 2007) e 15,2% mais de funcionários (12.129). No comunicado ao mercado, a companhia destacou os avanços conseguidos com a mudança do sistema de crédito da empresa, com o abandono do carnê e a adoção do cartão de crédito. "A partir do quarto trimestre de 2008, o esforço de mudança de modelo de gestão do crédito no Banco Investcred passou a evidenciar resultados positivos, com a inadimplência sob controle", informou.


Recife/Pernanbuco
Walmart vai investir R$ 1,6 bilhão no País em 2009
"O Brasil vai continuar crescendo, nós vamos continuar investindo e a crise econômica no mundo um dia vai terminar". A afirmação otimista foi feita ontem, em Recife, pelo presidente nacional da rede de supermercados Walmart, Hector Nuñez. Em entrevista coletiva, ele informou que a rede teve um faturamento de R$ 17 bilhões no País em 2008, o que representou um crescimento de 17,1% em relação ao ano anterior. "Um crescimento maior que a média mundial, que foi em torno de 6%", afirmou, ao antecipar que "2009 será um bom ano". Na sua avaliação, a crise não chegou ao setor no País. "O que há é um momento de turbulência, de incerteza", observou ao lembrar que comparado a outros países emergentes, "a posição do Brasil é privilegiada". "O Brasil não é blindado, mas vai crescer este ano entre 1% e 2%", disse ele. Os investimentos chegarão a R$ 1,6 bilhão este ano no País com a abertura de 90 lojas e geração de 10 mil postos de trabalho, com a expansão de todas as bandeiras da rede - Maxxi, Sam's Club e Todo Dia além do Bompreço. Deste total, o Nordeste ficará com R$ 450 milhões, com a construção de mais de 30 lojas e a criação de 2,5 mil empregos. Ao fazer um balanço da presença dos cinco anos da empresa na Região Nordeste, desde que adquiriu a rede Bompreço, Nuñez informou que neste período os investimentos na região totalizaram R$ 1,2 bilhão. "O Nordeste superou as expectativas, a experiência na região é absolutamente fantástica", afirmou, ao destacar os programas sociais do governo federal que aumentaram a renda da população pobre nordestina. Ele também mencionou as farmácias da rede, que no Nordeste somam 123 unidades - Farmácia Bompreço e Farmácia Todo Dia - como fatores positivos para o bom desempenho da empresa. Nuñez observou que a rede Walmart nasceu nos EUA há 43 anos para tempos de crise, uma vez que tem proposta de fazer o cliente economizar. Mas frisou que os investimentos no Brasil independem da crise mundial. Nuñez não quis comentar as especulações de que a Walmart está interessada na aquisição da rede varejista Ponto Frio. (Agência Estado)



Porto Alegre/RS – Da redação
Yázigi Internexus quer abrir mais 30 unidades neste ano
A rede de franquias de idiomas Yázigi Internexus pretende inaugurar 30 unidades até o fim de 2009. Entre as praças em que a rede tem um foco especial estão Vitória/ES e Porto Alegre/RS. Ao todo, o Yázigi conta com cerca de 400 escolas espalhadas pelo Brasil. Em Vitória/ES, onde conta com três unidades, a expectativa é abrir mais duas escolas. Em Porto Alegre/RS, a meta é crescer entre 10% e 15% neste ano. O Yázigi conta com dez unidades na capital e uma em Cachoeirinha, na região metropolitana.



Nova Iorque/EUA
Aumenta confiança do consumidor americano
O índice de confiança do consumidor elaborado pela Universidade de Michigan, nos EUA, alcançou 57,3 pontos em março, um ponto mais que no mês passado. O número ficou ligeiramente acima das expectativas do mercado e foi atribuído à boa receptividade, pelos americanos, às primeiras iniciativas econômicas do presidente Barack Obama. Vinte e dois por cento dos entrevistados tiveram uma impressão favorável em relação à política econômica, contra 7% em janeiro. (Agência Efe)



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COMÉRCIO EXTERIOR


Brasília/DF
Porto destaca potencial exportador de hortigranjeiros
O secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, apontou ontem, dia 30/3, que o Brasil tem potencial para ampliar as exportações brasileiras de produtos hortigranjeiros. "Há oportunidades no Oriente Médio e nos países asiáticos que precisamos explorar", afirmou o secretário. Ele lembrou que o estado da Califórnia, um dos mais ricos dos EUA, é grande exportador desses produtos, rompendo tradição americana de venda externa de grãos e algodão. Outro exemplo citado pelo secretário foi o Chile, importante exportador mundial de frutas. O diretor do Departamento de Promoção Internacional do ministério, Eduardo Sampaio, disse que o Brasil tem pequena participação no comércio mundial de banana. De acordo com ele, a União Europeia compra em torno de US$ 3 bilhões da fruta por ano, enquanto o Brasil exporta apenas US$ 38 milhões, o que representa participação de 0,5% no mercado mundial. Eles participaram, em São Paulo, do 21º Seminário do AgroEx - Agronegócio para Exportação -, na sede da Ceagesp - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. No encontro, Porto reafirmou o potencial do agronegócio brasileiro, apesar de a crise internacional. "O agronegócio brasileiro pode sair fortalecido da crise financeira mundial e se consolidar no mercado internacional. Em momentos como este se verifica que um país é realmente competitivo. O Brasil é uma potência e pode se inserir mais fortemente no comércio exterior", disse. (Agência Estado)



Brasília/DF – Da redação
Importações de fertilizantes devem aumentar
As importações de fertilizantes devem aumentar em maio e junho deste ano. A expectativa é dos representantes da Câmara Temática de Insumos Agrícolas reunidos em Brasília, na segunda-feira, dia 30/3. A queda nas importações foi de 87,6%, de janeiro a fevereiro, em comparação ao mesmo período do ano passado. A redução foi maior que a ocorrida na produção nacional, que diminuiu 32,7%, segundo a Anda - Associação Nacional para Difusão de Adubos. A entrega ao produtor final caiu 26,3%, na comparação entre janeiro e fevereiro de 2008 e de 2009. “O que se espera é aumentar o volume de comercialização, já que os preços dos fertilizantes estão baixos”, disse o presidente da câmara, Cristiano Walter Simon.Dados da Anda revelam que a soja representa 34% do mercado nacional de fertilizantes; o milho, 17%; e a cana de açúcar, 13%. Nas compras de fertilizantes, o Paraná lidera com 20,1% das aquisições, acima de MT (15,9%), MG (14,9%) e SP (14,7%). Quanto aos créditos, o Banco do Brasil já liberou mais de R$ 2 bilhões para compra de insumos utilizados na produção de soja e milho, na safra 2009/2010.
Defensivos - De acordo com a Andef - Associação Nacional de Defesa Vegetal -, a comercialização de defensivos caiu 13%, de janeiro de 2008 a fevereiro de 2009. Em janeiro e fevereiro de 2009, foram comercializados R$ 686 milhões, com variação positiva de 1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Melhoramento Genético - A Agrobio - Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e Agroindústria - informou que, até agora, foram aprovadas dez sementes geneticamente modificadas (OMG´s), sendo três de soja, uma de algodão e seis de milho.

Fiscalizações - Resultados de 4.102 amostras de fertilizantes corretivos e inoculantes, fiscalizadas no segundo semestre de 2008, indicam melhoria na qualidade dos insumos, na comparação ao mesmo período de 2007.
Isonomia - O representante da Fiesp, David Roquetti Filho, sugeriu a discussão pela câmara da falta de isonomia tributária entre os fertilizantes produzidos no Brasil e os importados. Atualmente, os importadores não pagam o ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços -, enquanto a indústria brasileira paga, em média, 8,4%. (Fonte: Mapa)



São Paulo/SP – Da redação
Organics Brasil exporta US$ 36 milhões no trimestre
O Projeto Organics Brasil fechou o primeiro trimestre do ano com US$ 36,75 milhões em produtos exportados ou com potencial para exportação, nos próximos 12 meses, com participação em duas feiras internacionais: Biofach Nuremberg (Alemanha) e Expo West (EUA). Na avaliação dos participantes do Projeto, o consumidor do segmento não deixará de comprar orgânicos, mas haverá mais briga por preços. O Brasil é o terceiro maior país do mundo em área de plantação de orgânicos, segundo levantamento da IFOAM - Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica Internacional. Pela diversidade de produtos, as frutas continuam sendo as mais procuradas.




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MERCADO DE TI

Nova Iorque/EUA
Microsoft revela parceiros para loja de aplicativos
A Microsoft assinou com múltiplos parceiros de software para sua loja de software para celulares, entre os quais o serviço de música na Web Pandora, a produtora de videogames Electronic Arts e o site de redes sociais Facebook. A produtora de software anunciou ontem, dia 30/3, que planeja discutir essas parcerias e conduzir demonstrações da loja de software - que deve ser lançada ainda neste ano - durante a feira de comunicação móvel CTIA, esta semana em Las Vegas. A Apple lançou a tendência de lojas de aplicativos para celulares, no ano passado, e suas ofertas de software produzido por terceiros, com produtos tanto práticos quanto fantasiosos, ajudaram a promover as vendas do iPhone. Alguns analistas estão céticos quanto à capacidade dos rivais da Apple para gerar igual interesse dos consumidores e programadores, com suas lojas de software para celulares. Os analistas antecipam que a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, que popularizou o e-mail em celulares, lance oficialmente sua loja de aplicativos na CTIA. O Google já tem uma loja para celulares que operem com seu sistema Android. E a Palm planeja criar uma delas para seu celular Pre. Em fevereiro, a Microsoft revelou planos para abrir o Windows Marketplace for Mobile no segundo semestre deste ano, mas não havia anunciado parceiros de software antes da CTIA. Além da lista de parceiros iniciais, a empresa disse esperar que muitos de seus 20 mil parceiros existentes de software para telefonia móvel, venham a oferecer software em seu mercado. Outros parceiros incluem a Gameloft, o site meteorológico Accuweather.com e o site de redes sociais MySpace, da News Corp. O aplicativo Windows para a rede social Facebook será o primeiro a permitir que os consumidores subam vídeos capturados com seus celulares diretamente para o Facebook, em abril. O mercado de aplicativos será dirigido a celulares equipados com o Windows Mobile 6.5, a nova versão do sistema operacional Microsoft para aparelhos móveis, que sairá este ano. As empresas que planejam oferecer celulares equipados com o Windows Mobile 6.5 incluem a LG Electronics e a HTC. (Agência Reuters)



Taipé/China
Lucro da Acer no 4º trimestre cresce apesar da crise econômica global
A taiuanesa Acer, terceira maior fabricante de notebooks do mundo, informou ontem, dia 30/3, que seu lucro líquido no quarto trimestre cresceu, mas ficou abaixo do esperado por conta de queda da receita junto com a demanda corporativa e de consumidores. Analistas afirmam, porém, que a companhia está tendo um desempenho melhor do que a concorrência em meio à crise financeira. A margem de lucro operacional da Acer foi de 2,94% no quarto trimestre, superando a concorrente de menor porte Asustek, cujas margens negativas levaram a um prejuízo de US$ 2,8 bilhões taiuaneses durante o mesmo período. O lucro líquido entre outubro e dezembro, de US$ 2,81 bilhões taiuaneses (US$ 82,9 milhões), registrou alta de 17,1%, mas ficou abaixo de uma projeção da Reuters com oito analistas, de US$ 3,1 bilhões taiuaneses. A receita da Acer caiu 8%, para US$ 134,9 bilhões taiuaneses. "Eles tem protegido a margem de lucro operacional, e continuarão fazendo isso", disse Vincent Chen, analista da Yuanta Securities. "A Acer tem cortado custos e despesas com êxito, e esses resultados mostram que ela está absolutamente em boa forma." A companhia permaneceu relativamente resistente durante a crise financeira global devido à linha de noteboks de baixo custo altamente popular. Números da empresa de pesquisa de mercado IDC indicam que a empresa ganhou três pontos percentuais em sua participação de mercado em 2008. (Agência Reuters)



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MERCADO ONLINE

Nova Iorque/EUA
Google abre fundo de US$ 100 milhões para investimento em start-ups
O Google está formando um fundo de US$ 100 milhões para investimento em companhias iniciantes. O fundo, que será chamado de Google Ventures, será totalmente controlado pela empresa, mas vai operar como uma entidade separada e vai buscar oportunidades de investimento para maximizar retornos, em vez de buscar por investimentos que se encaixam estritamente com a visão estratégica da companhia. Rich Miner, co-fundador da empresa de software para celulares Android, que o Google comprou em 2005, e Bill Maris, são os dois administradores do fundo. Miner disse ontem, que a Google Ventures vai buscar uma ampla variedade de empresas para investir, incluindo produtos de consumo de Internet, tecnologia da informação, assistência médica e biotecnologia, entre outras áreas. A Google Ventures já investiu na Pixazza, um serviço online de marketing baseado em fotos e na Silver Spring Networks, companhia que usa tecnologia para melhorar a eficiência de redes de distribuição de energia elétrica. A companhia investiu em outras companhias no passado por meio de sua divisão filantrópica Google.org. Várias grandes empresas de tecnologia têm operações de investimento de risco, incluindo Intel e Motorola. A Google Ventures terá capacidade de fazer investimentos de dezenas de milhares a "várias dezenas de milhões" de dólares, disse Maris. (Agência Reuters)



Porto Alegre/RS – Da redação
Datadrome tem novo gerente de contas em SP
Com o objetivo de dar continuidade ao plano de expansão e alavancar negócios em SP, a Datadrome - data center e hospedagem web sob medida, contrata gerente de contas para a filial paulista. Formado e pós-graduado pela FAAP e com oito anos de experiência no mercado de TI, Fábio Narciso tem passagens por instituições como a Secretaria da Fazendo do Estado de SP, G&P Tecnologia, CPM S/A e NPGroup Tecnologia. Nestas experiências, desenvolveu projetos para empresas como Unibanco, Telefônica, Bradesco, Walmart, C&A, Bombril, Record, SBT e Banco Mercedes, entre outras. Com reconhecida experiência em BPO, ITIL e PMI, possui diversas certificações Microsoft e apresenta consolidado conhecimento técnico. Fábio tem como foco na Datadrome atender grandes contas, assumir o contato com a base de clientes em SP, alavancar negócios e dobrar o faturamento atual da filial, alinhado ao planejamento da empresa de tornar-se referência nacional no segmento de datacenter. Rodrigo Sica, diretor comercial da Datadrome completa: “Fábio é um profissional que tem condições de iniciar e terminar um projeto, além de poder auxiliar qualquer empresa interessada em vários pontos, com conhecimento próprio e indicação de parceiros. Nossa expectativa é de crescimento acelerado em SP, apesar do cenário nacional. Temos condições de dobrar o faturamento global da Datadrome este ano.” (Fonte: Comunicative+Ideali)



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LOGISTICA & INFRAESTRUTURA

São Paulo/SP - Da redação
TAM anuncia prejuízo de R$ 1,36 bilhão em 2008
A violenta oscilação cambial no final de 2008 que vitimou várias empresas brasileiras, não deixou a TAM incólume: a companhia área anunciou ontem, dia 30/3, perdas da ordem de R$ 1,36 bilhão no ano passado, ante um lucro líquido de R$ 505 milhões no exercício de 2007. As perdas foram concentradas principalmente no quarto trimestre, quando a companhia área teve perdas de R$ 1,12 bilhão, ante um lucro de R$ 118,5 milhões no trimestre final de 2007. O lado financeiro foi a principal origem do prejuízo da companhia: no quarto trimestre, a companhia registrou uma despesa financeira líquida (já descontadas as receitas com aplicações financeiras) de R$ 1,963 bilhão, com o impacto das variações cambiais calculado em R$ 815 milhões. No exercício de 2007, a companhia havia registrado uma receita financeira líquida (que superava as despesas) em R$ 46,2 milhões no último trimestre de 2007. A receita operacional líquida totalizou R$ 2,92 bilhões no quarto trimestre, em um incremento de 28,2% sobre o último trimestre de 2007. (Colaboração Agência Estado)



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TELECOM & ENERGIA

São Paulo/SP – Da redação
Grupo Ultra conclui aquisição dos postos Texaco
A compra da Texaco no Brasil pelo grupo Ultra, foi concluída ontem, dia 30/3. A partir de agora, os cerca de 2.000 postos da marca Texaco, além de 48 bases de distribuição, fazem parte do portfólio do grupo Ultra, que detém ainda, os postos da rede Ipiranga nas regiões Sul e Sudeste. O negócio havia sido anunciado em agosto de 2008. O Ultra desembolsou R$ 1,1 bilhão para ficar com a rede da Texaco no Brasil, controlada pela americana Chevron. O Ultra poderá utilizar a marca Texaco por mais cinco anos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e por até três anos no Sul e Sudeste. Com isso, a Chevron pretende concentrar seus negócios na área de exploração e produção de petróleo, e na fabricação de lubrificantes. A companhia deve começar a produzir até 85 mil barris/dia de petróleo no Brasil ainda este ano, no campo Frade, na bacia de Campos. O grupo Ultra foi criado há 71 anos pela família Igel, profissionalizou-se e abriu o capital em 1999. Em 2007, com Petrobras e Braskem, o Ultra comprou os negócios do grupo Ipiranga por US$ 4 bilhões. (Colaboração Agência Reuters)


Helsinque/Finlândia
Nokia fecha acordo de US$ 1,76 bilhão para fornecer aparelho na China
A Nokia assinou um conjunto de acordos em 2009, no valor de US$ 1,76 bilhão para fornecer aparelhos na China para a principal distribuidora de telefones do País, a China PTAC. O valor do contrato anual é menor em relação ao do ano passado. O conjunto de acordos do último ano entre as duas companhias, somou US$ 2 bilhões, enquanto o de 2007 totalizou US$ 2,5 bilhões. "Além do mais, ambas as partes concordaram em expandir os laços estratégicos, especialmente com relação à tecnologia 3G e aos negócios de operação", informou a Nokia em um comunicado datado de 30/3. (Agência Reuters)



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MERCADO DE LUXO

São Paulo/SP
O inferno da Daslu: como o palácio virou um palco "dantesco"
"Espetáculo dantesco". Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado da Daslu em 2005, definiu assim a Operação Narciso, desencadeada naquele ano e que resultou na prisão, por duas vezes, e na condenação a 94,5 anos em regime fechado para Eliana Tranchesi, dona da butique de luxo. Do palacete de R$ 200 milhões de seus sonhos, a empresária passou ao inferno em quatro anos. Eliana enfrentou tratamentos contra o câncer, protestos de diversos movimentos, acusações que vão desde falsificação de documentos a formação de quadrilha. A Daslu surgiu em 1958, fundada por Lucia Piva Albuquerque, mãe de Eliana Tranchesi. Nos anos 70, a filha assumiu os negócios da família e, em 2005, com custo estimado em R$ 200 milhões, foi inaugurado o novo prédio da empresa, que foi vendido em 2006 para a construtora WTorre, por R$ 385,8 milhões. Contudo, a Daslu continuou funcionando no lugar. O que aconteceu entre maio e julho de 2005 poderia servir de presságio ao que viria nos anos seguintes. Em pouco mais de um mês, a grande loja de produtos de luxo sofreu com intoxicação de garçons durante uma festa, roubo de uma carga (por engano, os suspeitos declararam que procuravam o caminhão de outra empresa) e um protesto do MSU - Movimento dos Sem Universidade. O período ruim culminou com a prisão da própria Eliana, no dia 13/7/2005, acusada de sonegação de impostos durante a Operação Narciso. Cerca de 250 agentes da Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público, realizaram uma varredura na loja de cerca de 20 mil m² e que custou R$ 200 milhões em investimentos para cumprir 35 mandados de busca e apreensão. Além de Eliana, foram presos na época o irmão da proprietária, Antonio Carlos Piva, e dois empresários.
Vestidos declarados por US$ 10 e vendido por R$ 5 mil - Segundo a PF, os produtos da Daslu tinham o preço subfaturado para reduzir a incidência do Imposto de Importação. A loja, que vende produtos de luxo, roupas de grife, eletroeletrônicos, barcos e até helicópteros, usaria também empresas fantasmas para fazer as importações. Segundo a PF, em um dos casos de preço adulterado, alguns vestidos declarados como tendo sido comprados por US$ 10 ou US$ 15 chegavam a ser vendidos por R$ 5 mil.
Presa, mas com "glamour" - No dia da prisão, Eliana declarou à polícia que cuidava apenas do "glamour" de sua loja e que quem era responsável pela área administrativa e contábil era o irmão, Antonio Carlos Piva. Dez horas mais tarde, com a decisão da juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, Eliana Tranchesi deixou a prisão. O irmão, Antônio Carlos Piva, e o contador da loja, Celso de Lima, foram soltos cinco dias depois.
Sonegação, de novo - Em agosto de 2006, o juiz federal Villiam Bollmann, de Itajaí/SC, ordenou que uma carga avaliada em R$ 1,7 milhão, importada para a Daslu, fosse leiloada. Segundo o magistrado, a empresa que fez a intermediação não declarou que a carga era da loja, o que levou à sonegação de R$ 300 mil. Segundo a PF, que descobriu a carga, as etiquetas da importadora eram sobrepostas às da Daslu.
Irmão é preso, de novo - O irmão de Eliana, Antônio Carlos Piva, aquele que não cuidava do "glamour", foi novamente preso em junho. O diretor financeiro da loja foi acusado de importações ilegais. Segundo o MPF - Ministério Público Federal -, Piva continuou com a sonegação, mesmo após passar cinco dias na prisão em 2005. Piva foi solto nove dias depois, devido a um habeas corpus. Contudo, o empresário voltou à carceragem da PF no dia 16/8, após o habeas ser cassado. Pela terceira vez, o irmão de Eliana foi solto, em 7/9, após conseguir uma liminar no Tribunal Regional Federal da 3ª região.
O "glamour" falsificado - O MPF de Santa Catarina instaurou mais um processo contra os irmãos da Daslu em agosto. Dessa vez, a acusação era de falsificação de documentos para facilitar a entrada de produtos importados. Outras cinco pessoas foram denunciadas, todas donas de importadoras.
Um ano no purgatório: 2008 - Nesse ano, os procuradores da República Matheus Baraldi Magnani e Luciana Sperb Duarte, pediram as condenações da dona da Daslu, Eliana Tranchesi, de seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, diretor financeiro da empresa, e de mais cinco empresários donos de quatro importadoras: Celso de Lima (Mult Import), André Beukers (Kinsberg), Roberto Fakhouri Junior e Rodrigo Nardy Figueiredo (Todos os Santos) e Christian Polo (By Brasil).
Um ano no inferno: 2009 - Se o ano anterior não foi bom para a Daslu, 2009 está sendo ainda pior. A Justiça Federal condenou, no dia 25/3, Eliana Tranchesi e seu irmão a 94,5 anos de prisão cada um. O empresário Celso de Lima, da Mult Import, pegou 52 anos de prisão. Contudo, a legislação só permite que alguém passe, no máximo, 30 anos em regime fechado. Outros empresários também foram condenados. André de Moira Deukers, condenado a 30 anos de prisão; Cristian Polo, condenado a 14 anos de prisão; Roberto Facury Jr. (que está no exterior), condenado a 11,5 anos de prisão; e Rodrigo Nardi Figueiredo, condenado a 11,6 anos. Ninguém pode recorrer em liberdade. (Especial Terra)


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CURSOS & EVENTOS

São Paulo/SP – Da redação
ABINEE TEC 2009, em junho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi
O ABINEE TEC 2009 será realizado de 1 a 5 de junho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, e compreenderá Fórum, Seminários e as Feiras FIEE – 25ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação e electronicAmericas - 5ª Feira Internacional da Indústria de Componentes eletrônicos, Subconjuntos, Equipamentos para a Produção de Componentes, Tecnologia Laser e Optoeletrônica. As Feiras, que contam com apoio da ABINEE, são promovidas e organizadas pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, e a electronicAmericas conta com apoio da Messe Munich International e tendo como representante internacional a Imag - Internationaler Messe-und Ausstellungsdienst GmbH. Com uma área de 60 mil m2, as feiras devem reunir 1.100 empresas expositoras e atrair a visita de mais de 52 mil profissionais e compradores nacionais e estrangeiros que poderão conferir os principais lançamentos e as mais importantes novidades da indústria eletroeletrônica que serão apresentados durante o evento.





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