I-Press.biz Economia & Mercado | Edição 182 | Ano I

Brasília/DF
BC reduz previsão para investimento estrangeiro em 2009

Com a piora no cenário externo, o Banco Central reduziu a previsão para os investimentos estrangeiros no setor produtivo neste ano de US$ 30 bilhões para US$ 25 bilhões. Em 2008, os investimentos estrangeiros alcançaram o valor recorde de US$ 45,06 bilhões, quando ainda não haviam refletido os efeitos da crise econômica. O BC também divulgou ontem, dia 24/3, o resultado do primeiro bimestre de 2009, quando entraram no País US$ 3,898 bilhões, uma queda de 32% em relação ao resultado do mesmo período de 2008. Somente em fevereiro, os investimentos estrangeiros diretos somaram US$ 1,968 bilhão, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado (US$ 890 milhões). O número mostra uma recuperação em relação a janeiro, quando houve uma queda de 60% na mesma comparação. Os investimentos estrangeiros em ações e títulos públicos continuou negativo em janeiro, com uma saída de US$ 2,373 bilhões. Em relação aos investimentos em ações, o BC aumentou a previsão de saída de dinheiro do País de US$ 3 bilhões para US$ 10 bilhões. Nos dois primeiros meses do ano, saíram US$ 2,5 bilhões, sendo US$ 849 milhões somente em fevereiro.
Déficits - Os investimentos estrangeiros ajudam o Brasil a financiar o seu déficit na conta de transações correntes, que fechou o mês passado com um resultado negativo de US$ 591 milhões. No ano, o déficit acumulado é de US$ 3,344 bilhões, abaixo do registrado no mesmo período de 2008 (US$ 5,9 bilhões). Entram nessa conta o resultado da balança comercial (US$ 1,766 bilhão em fevereiro), os gastos do País com serviços e rendas (-US$ 2,629 bilhões) e as transferências unilaterais (+US$ 273 milhões). O BC reduziu a previsão para o déficit em conta corrente de US$ 25 bilhões para US$ 16 bilhões. A previsão para o saldo da balança passou de US$ 14 bilhões para US$ 17 bilhões. Para as exportações, caiu de US$ 193 bilhões para US$ 158 bilhões. Para as importações, recuou de US$ 179 bilhões para US$ 141 bilhões.
Dívida externa - A dívida externa total atingiu US$ 198,4 bilhões no último mês apurado pelo BC, dezembro de 2008, redução de US$ 13 bilhões em relação ao valor do final do terceiro trimestre do ano passado. Para fevereiro, o BC estima uma nova redução no total da dívida, de US$ 2,5 bilhões.
Viagens - Os gastos dos brasileiros com viagens internacionais caíram de US$ 1,786 bilhão para US$ 1,294 bilhão no primeiro bimestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano passado, informou na terça-feira, o Banco Central. Em fevereiro, foram gastos US$ 551 milhões, abaixo dos US$ 812 milhões verificados no segundo mês do ano passado.


Genebra/Suíça
OIT afirma que Brasil foi o país que gastou menos com pacotes anticrise
O Brasil foi o país que teve em 2008 o menor gasto relativo entre as nações que apresentaram medidas anticrise, informou ontem, dia 24/3, a OIT - Organização Internacional do Trabalho - em relatório que será entregue aos países do G20 (grupo dos países ricos e dos principais emergentes) para servir de subsídio para a reunião de cúpula no início de abril, em Londres. Segundo a organização, no ano passado o Brasil gastou o equivalente a 0,2% do PIB - Produto Interno Bruto - em medidas para reduzir o impacto da crise financeira global. Foi o pior desempenho entre os 32 países que também anunciaram recursos. O maior gasto relativo foi o da China, que liberou o equivalente a 13% do PIB em medidas anticrise. Foi seguido por Arábia Saudita (11,3% do PIB), Malásia (7,9%), EUA (5,6%) e México (4,7%). Além do Brasil, os piores índices foram da Itália (0,3% do PIB), Suíça (0,3%), Índia (0,3%) e Bélgica (0,5%). Nas contas, esses 32 países juntos tomaram medidas anticrise equivalentes a 1,3% do PIB deles em 2008.
O Brasil é citado negativamente no relatório também no tocante da abrangência dos benefícios para desempregados. Segundo o documento, 93% dos desempregados do País, não são beneficiados com tais programas, o maior índice entre oito das maiores economias do mundo pesquisadas pela OIT. Nesta análise, China (84%) e Japão (77%) seguem o Brasil, enquanto que a Alemanha (13%) apresentou o melhor desempenho. A OIT ainda questiona que só 9,2% das despesas dos planos de resgate são destinados a promover o emprego, e as medidas de política social representam apenas 1,8%. Esta é a principal queixa que o órgão faz no relatório. "Nós não dizemos para não se recuperar os bancos, porque, sem eles, a economia não funcionará, mas solicitamos que, ao mesmo tempo, leve-se em conta a necessidade de impulsionar a economia real", afirmou o diretor-geral da OIT, Juan Somavía, em coletiva à imprensa. "Fazemos uma chamada ao G20 para que leve isso muito em conta, e tome as medidas necessárias.
Somavía insistiu também na "crise anterior à crise, quando se subvalorizava o mercado e as regulações, e se desprezava a dignidade do trabalho e o respeito ao meio ambiente". "A mostra evidente de que o mercado de trabalho não era de qualidade foi a facilidade com a qual os empregos foram eliminados", acrescentou o diretor da OIT. No relatório, a OIT afirmou que, para superar os graves efeitos da crise, é preciso um pacto global sobre o emprego baseado em políticas que favoreçam o trabalho digno e torne mais justa a globalização. "Se forem aplicadas medidas coordenadas em resposta à crise nos próximos três meses, poderíamos estabilizar o desemprego, e o crescimento do emprego poderia começar em 2010. Se as medidas só forem tomadas daqui a seis meses, o processo será mais lento e a recuperação só começará no início de 2011", disse Somavía.
Segundo os números apresentados pela instituição em janeiro, entre 2008 e 2009, serão eliminados 52 milhões de empregos no mundo. No entanto, os economistas da OIT destacaram que essas previsões foram feitas quando ainda se achava que o crescimento global deste ano seria positivo, e dado que os dados atuais mostram que realmente haverá uma recessão, os números de desemprego poderiam aumentar. Essa seria uma circunstância muito negativa, dado que, com base simplesmente no crescimento demográfico, entre 2009 e 2010, o mundo precisaria da criação de 90 milhões de postos de trabalho extras, algo que todo o mundo concorda que será impossível de alcançar. Por isso, Somavía pediu "ações urgentes". (Agência Efe)


Brasília/DF – Da redação
Mantega elogia nova linha do FMI e descarta acessar mecanismo
A nova linha de crédito anunciada pelo Fundo Monetário Internacional ontem, dia 24/3, é um grande avanço dentro do FMI, avaliou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem a medida é uma vitória conquistada pelo Brasil. "O objetivo não é nós pegarmos, não estamos precisando", disse Mantega a jornalistas, descartando a necessidade de o Brasil acessar os novos recursos. Segundo ele, a nova linha de crédito voltada a mercados emergentes visa beneficiar especialmente países que estejam enfrentando problemas de liquidez.


Nova Iorque/EUA
Ativos de Madoff no valor de US$ 75 milhões são localizados em Gibraltar
O administrador Irving Picard, encarregado de liquidar bens do investidor Bernard Madoff para compensar as vítimas de sua fraude, localizou ativos em Gibraltar no valor de US$ 75 milhões, informou ontem, dia 24/3, o diário The Wall Street Journal. O advogado David Sheenan, que representa Picard no processo aberto no Tribunal de Falências de Nova Iorque, confirmou ao jornal a identificação de ativos nesse território. Com isso, os descobertos até agora superam US$ 1 bilhão. Picard solicitou há uma semana a esse tribunal nova-iorquino, que lhe permitisse contratar os serviços do escritório Attias & Levy para atuar em seu nome nas ações legais destinadas a recuperar propriedades de Madoff em Gibraltar. O administrador informou recentemente, em documentos entregues à Justiça no Reino Unido, que tinham sido recuperados mais de US$ 946 milhões em dinheiro e em ativos financeiros, segundo o jornal. As autoridades francesas também estão realizando ações para apreender uma residência do investidor nova-iorquino em Cap d'Antibes, avaliada em cerca de US$ 1 milhão. Madoff, de 70 anos e protagonista de uma das maiores fraudes já descobertas, espera na prisão receber uma sentença, em junho, após se declarar culpado de 11 acusações relacionadas a uma fraude multimilionária que afetou milhares de investidores. (Agência Efe)


Brasília/DF – Da redação
Micro e pequenas empresas do Simples terão mais prazo para pagar tributos
As micro e pequenas empresas que fazem parte do Simples Nacional ganharam mais tempo para pagamento de tributos. O Comitê Gestor do Simples Nacional aprovou ontem, dia 24/3, a prorrogação do prazo para pagamento mensal dos tributos incluídos no programa. Hoje, o pagamento é feito no último dia útil da primeira quinzena do mês seguinte. Agora, passará a ser feito no dia 20 ou no primeiro dia útil seguinte. A medida já passa a valer para o próximo vencimento. O recolhimento dos tributos relativos aos fatos geradores ocorridos em março será no dia 20/4l. A prorrogação desses prazos era uma das medidas reivindicadas pelas empresas para que elas pudessem ter mais dinheiro em caixa durante o período de crise econômica. Em novembro, o governo já havia dado mais prazo para as grandes empresas recolherem o IR - Imposto de Renda - na fonte, a contribuição previdenciária, o PIS/Cofins e o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados. Também foi prorrogado o prazo para entrega da DASN - Declaração Anual do Simples Nacional - de 2009, de 31/3 para o dia 4/5. O Comitê informou ainda, que as pendências que causaram os indeferimentos de pedidos de opção ao Simples, a partir de 2009, passam a ser liberadas paulatinamente, por Estado, assim que se conclua a análise das impugnações impetradas pelas empresas. Após a última liberação, a opção pelo Simples Nacional fica automaticamente deferida. O Simples Nacional é o sistema que unifica o recolhimento de oito tributos para micro e pequenas empresas com receita bruta de até R$ 240 mil por ano ou empresas de pequeno porte com receita bruta de até R$ 2,4 milhões.


Paris/França
Diárias de hotéis registram queda em todo o mundo
A queda dos preços das diárias nos hoteis se acelerou em todo o mundo, alcançando uma média de 12% no último trimestre de 2008 - seu nível mais baixo em quatro anos -, segundo o índice de preços do site de reservas online Hotels.com, publicado na terça-feira, dia 24/3. "A queda dos preços afetou principalmente a América do Norte (12%), depois a Europa, o Caribe e finalmente a América Latina", indicou David Roche, presidente do Hotels.com, citado no estudo. "2009 será sem dúvida o ano para viajar com pouco dinheiro", concluiu. Em Nova Iorque, o preço médio caiu 16%, mas a cidade continua entre as mais caras do mundo - uma média de US$ 253 (R$ 575) o quarto. As quedas mais fortes foram registradas em Mumbai (38%) e Nova Déli (36%), ambas na Índia, Las Vegas (30%), nos EUA, e Reykjavík (27%), na Islândia. Na França, a queda foi de 3%, a 94 euros (R$ 290) a diária em média. Somente cidades como Deauville (132 euros; R$ 405) e Paris (119 euros; R$ 365) mantêm preços superiores aos 100 euros (R$ 306). Já a queda no Reino Unido foi de 24%.
Média europeia - A diminuição dos preços das diárias em todas as cidades europeias foi de uma média de 10% no último trimestre de 2008, quando se acelerou a crise econômica e financeira mundial. Em Moscou, a queda de preços foi de 16%. O indicador HPI - Hotel Price Index - do Hotels.com é uma filial da operadora turística americana Expedia, que agrupa os dados de 68.000 hoteis em mais de 12.500 destinos no mundo. As tarifas assinaladas correspondem aos preços pagos pelos usuários do site. (Agence France Presse)


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INDICADORES ECONÔMICOS


São Paulo/SP – Da redação
Ipea apresenta Carta de Conjuntura de março
Neste ano de crise, o Brasil vai entrar em recessão? Como ficarão os empregos? A taxa Selic chega mesmo ao inédito valor de um dígito? E como a cotação do dólar fechará o ano? E a inflação? Para contribuir no desenvolvimento de longo prazo do País e ajudar a responder às questões acima, o Ipea apresenta hoje, dia 25/3, suas projeções para a atividade econômica em 2009. A Carta de Conjuntura de março, a primeira das quatro anuais, será divulgada para a imprensa em Brasília, às 10h. Como já foi feito em 2008, é nesta primeira Carta de Conjuntura do ano em que são apresentadas as estimativas para bandas de variação de quatro grandes séries de indicadores da nossa economia:
1. NÍVEL DE ATIVIDADE - PIB, emprego, agropecuária, indústria, serviços, comércio e transporte.
2. DEMANDA AGREGADA - Consumo total, privado e do governo, formação bruta de capital fixo, exportações e importações.
3. SETOR EXTERNO - Conta corrente, balança comercial, exportações, importações, serviços e rendas e transferências unilaterais.
4. INFLAÇÃO, CÂMBIO E JUROS - IPCA, núcleo Ipea, câmbio e taxa Selic.
A Carta de Conjuntura é elaborada pelo GAP - Grupo de Análise e Projeções -, da Dimac - Diretoria de Estudos Macroeconômicos. Todas as Cartas de Conjuntura anteriores – com suas respectivas séries históricas de dados – estão disponíveis no sítio eletrônico do Ipea, www.ipea.gov.br. Basta clicar em Publicações e em Carta de Conjuntura. As próximas saem em junho, setembro e dezembro.



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MERCADO DE CAPITAIS
(Informações: Dow Jones, Bovespa, Reuters e AFP)

São Paulo/SP
Bovespa devolve "exageros" de segunda-feira e fecha em queda de 2,27%
A Bovespa devolveu parte do "dia gordo" de segunda-feira, dia 23/3. De um lado, os investidores preferiram embolsar os lucros com a disparada das ações de segunda, e revisaram a recepção eufórica ao plano do Tesouro americano para sanear os bancos. O câmbio manteve sua trajetória de baixa e desceu para R$ 2,24, a menor taxa desde o início de fevereiro.
- O Ibovespa, recuou 2,27% no fechamento, aos 41.486 pontos.
- O giro financeiro foi de R$ 4,10 bilhões.
- O dólar comercial foi vendido por R$ 2,243, em declínio de 0,13%.
- A taxa de risco-país marca 416 pontos, número 1,71% acima da pontuação anterior.
Análise 1 - A Bolsa brasileira teve a sua segunda maior valorização neste ano, logo após o anúncio do Tesouro de que vai mobilizar pelo menos US$ 500 bilhões para tirar dos bancos os "ativos tóxicos" - créditos problemáticos gerados na crise dos "subprimes" - passando adiante esses papéis por meio de leilões com investidores privados, fornecendo ao mesmo tempo grandes garantias. As condições oferecidas pelo governo entusiasmaram uma boa parcela dos investidores e analistas, que viram uma possível "luz no final do túnel" para o impasse dos bancos, carregados de papeis podres e com a circulação de crédito travada. Ontem, no entanto, com a "cabeça fria", ganharam maior relevância as primeiras dúvidas sobre a viabilidade dessas propostas. "Mesmo com a participação do governo com capital e garantias no fundo para compra de ativos tóxicos, é incerta a atratividade tanto por parte de quem ofertará as carteiras de títulos tóxicos, como por parte da demanda", questionava o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, em relatório aos investidores logo na abertura do mercado.
Análise 2 - Entre as principais notícias do dia, o Banco Central revisou sua previsão para os investimentos estrangeiros no setor produtivo, de US$ 30 bilhões para US$ 25 bilhões. Em 2008, os investimentos estrangeiros alcançaram o valor recorde de US$ 45,06 bilhões. Ainda segundo o BC, houve uma queda nos gastos dos brasileiros com viagens internacionais, de US$ 1,786 bilhão registrado no primeiro bimestre de 2008 para US$ 1,294 bilhão entre janeiro e fevereiro deste ano. O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, defendeu a ajuda federal à seguradora AIG - American International Group - sob argumento de que a quebra dessa empresa teria imposto riscos "inaceitáveis" para o sistema financeiro global e para a economia americana.


Nova Iorque/EUA
Bolsas dos EUA recuam com investidores em busca de lucro
As Bolsas americanas fecharam em forte queda ontem, dia 24/3, castigadas pelas realizações de lucros, um dia depois de sua mais forte alta em cinco meses.
- O índice DJIA - Dow Jones Industrial Average -, da Bolsa de Nova Iorque, caiu 1,49%, ficando em 7.660,21 pontos.
- O Nasdaq, 2,52%, a 1.516,52 pontos.
- O índice Standard & Poor's 500 perdeu 2,03%, a 806,25 pontos.
Análise 1 - O principal índice de Wall Street, após uma passagem pelo verde no período da tarde, mergulhou no vermelho nos últimos minutos da sessão. Os investidores aproveitaram o dia para vender suas ações após os ganhos expressivos registrados no pregão de segunda-feira - impulsionados pelo plano do governo americano para ajudar o setor bancário, que pode chegar a US$ 1 trilhão. "Tivemos realizações de lucros, mas o sentimento geral não é ruim", comentou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank, para quem o recuo poderia ter sido ainda maior, devido à alta do mercado na véspera. Na segunda-feira, o Dow Jones disparou 6,84%, seu melhor desempenho desde o fim de outubro de 2008, depois da divulgação do plano do Tesouro americano para livrar os bancos de seus ativos tóxicos. "O mercado está muito calmo, como vem acontecendo sempre neste ano no dia seguinte a um movimento forte, seja de alta ou de baixa", disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management. O volume de trocas foi moderado. O movimento de realizações de lucros atingiu logicamente os valores bancários, que dispararam na véspera: Citigroup cedeu 3,83%, Bank of America, 7,05% e JPMorgan Chase, 8,70%.
Análise 2 - Os investidores acompanharam ontem, os pronunciamentos do presidente do Fed - Federal Reserve, o BC americano -, Ben Bernanke, e do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, à Comissão de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados). Ambos pediram aos legisladores uma revisão do sistema regulatório sobre as instituições financeiras, a fim de endurecer a fiscalização e impedir novas crises como a que atualmente abala tanto a economia americana como a global. Bernanke e Geithner foram à comissão explicar a postura das instituições que comandam no caso do pagamento de US$ 165 milhões em bonificações a executivos da AIG, que recebeu US$ 180 bilhões em ajuda do governo e registrou prejuízos bilionários no ano passado - US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre e de US$ 99,289 bilhões em 2008, como um todo (ambos recorde). Sobre esse caso, Bernanke disse que a quebra da empresa teria imposto um risco 'inaceitável' para o sistema financeiro global e para a economia americana. Segundo ele, o apoio à AIG foi um passo "difícil, mas necessário para proteger a economia e estabilizar o sistema financeiro".


Londres/Inglaterra
Bolsa de Londres fecha em queda com mineradoras
As principais Bolsas da Europa tiveram fechamento divergente ontem, dia 24/3, com os investidores menos animados para dar continuidade às altas de segunda-feira, após a divulgação de dados negativos sobre a economia europeia. O destaque do dia foi a Bolsa de Londres, que fechou em baixa, pressionada pelos setores de mineração e petróleo.
- O índice FTSE-100, de Londres, perdeu 41,35 pontos, ou 1,05%, a 3.911,46 pontos, puxado por quedas expressivas no setor de mineração, com destaque para Antofagasta (-8,02%), Anglo American (-6,66%), BHP Billiton (-4,84%), Kazakhmys (-6,59%), Xstrata (-5,63%) e Rio Tinto (-2,23%). As ações dessas companhias foram pressionadas pelo declínio dos preços dos metais, como o cobre, provocado por realizações de lucro sobre os ganhos de segunda-feira. Entre as petroleiras, BP perdeu 0,84% e Royal Dutch Shell recuou 2,5%.
- Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX subiu 10,99 pontos, ou 0,26%, a 4.187,36 pontos.
- Em Paris, o CAC-40 subiu 4,82 pontos, ou 0,17%, a 2.874,39 pontos.
- Em Madri, o Ibex-35 avançou 37,20 pontos, ou 0,47%, a 7.989,50 pontos.
Análise 1 - David Scott, corretor sênior da Redmayne-Bentley Stockbrokers, disse que a queda nas ações das mineradoras representa mais uma realização de lucros que uma mudança na perspectiva do setor. Ele considera que as commodities (matérias-primas) podem ser as primeiras a subir assim que os investidores detectarem sinais mais claros de recuperação da economia, mas isso, ainda é algo distante.
Análise 2 - Dados divulgados ontem, dia 24/3, na Europa, mostraram uma surpreendente aceleração da inflação ao consumidor no Reino Unido para 3,2%, em fevereiro e queda de 2% nos gastos dos consumidores na França em fevereiro, ante janeiro. A Markit Economics informou que a economia da zona do euro se contraiu em ritmo menos acelerado em março, com a atividade nos setores de serviços e industrial caindo com menos força, mas as empresas relataram que cortaram empregos pelo nono mês consecutivo. A Markit Economics também disse que os dados sugerem que o PIB - Produto Interno Bruto - do primeiro trimestre deverá cair mais que o 1,5% registrado no quarto trimestre de 2008. Entre outras altas do dia na Europa, as ações da ArcelorMittal subiram 7,61% na Bolsa de Paris, depois que a empresa lançou 1,1 bilhão de euros (US$ 1,5 bilhão) em bônus conversíveis e reafirmou sua perspectiva de lucro no primeiro trimestre. A companhia informou por meio de comunicado, que continua a prever lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de cerca de US$ 1 bilhão no período, com margem 15% acima ou abaixo desse valor.
Análise 3 - Ainda em Paris, as ações do grupo de equipamentos para telecomunicações Alcatel-Lucent, subiram 13,1% depois de a empresa vencer uma licitação da China Unicom, para instalação de equipamentos de terceira geração. Em Frankfurt, as ações do Deutsche Bank subiram 4,5%, depois de o banco dizer que não necessitará levantar mais capital. O Credit Suisse, que reportou um bom início de ano, viu suas ações caírem 3,3% em Zurique. Ainda na Alemanha, as ações da varejista Metro AG caíram 3,3%, uma vez que a empresa informou aumento de 5% no lucro do quarto trimestre, mas não forneceu previsões para 2009, nem detalhes sobre o custo de seu plano de reestruturação.



HOJE – Bolsas da Ásia
Hong Kong fecha em queda de 2,1% depois de dois dias de alta; Tóquio cai 0,1%
Depois de um dia de grande euforia com o plano dos EUA de retirar papéis "podres" dos mercados, as Bolsas asiáticas recuaram hoje, seguindo tendência das Bolsas ocidentais, que caíram ontem, castigadas pelas realizações de lucros dos investidores. A "ressaca" na Ásia, entretanto, foi um pouco mais branda que nos EUA, com algumas Bolsas importantes, como a de Seul, registrando altas.
No Japão, o índice Nikkei ficou praticamente estável, caindo 0,1% e fechando em 8.480 pontos. Durante o pregão, o índice chegou a atingir o maior nível em dois meses e meio mas perdeu força. A queda no preço das ações de empresas exportadoras, como a Sony e a Panasonic, que haviam subido de maneira expressiva na terça-feira, contribuiu para o mau resultado de hoje.
- Em Hong Kong, as perdas foram mais acentuadas. Depois de uma alta de 8,4% em dois dias, o índice Hang Seng recuou 2,1% e chegou aos 13.622 pontos. As ações do HSBC, que haviam subido 9,8% na terça, caíram 4,7% hoje, de maneira semelhante às ações de bancos nos EUA. A petrolífera chinesa Sinopec, entretanto, subiu impulsionada por um anúncio de alta do preço dos combustíveis na China.
- Na China, o índice Shangai Composite caiu 2%, chegando aos 2.291 pontos.
-Em Taiwan, o Taiex subiu 2% e atingiu os 5.346 pontos.
- O índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou em alta de 0,6%, alcançando 1.229 pontos.
- Na Austrália, o S&P/ASX 200 alcançou os 3.609 pontos (alta de 0,82%).
- O indicador composto JKSE, da bolsa de Jacarta, abriu o pregão desta quarta-feira em baixa de 0,76 ponto (0,05%) aos 1.435,36.
- O índice SET, da bolsa de Bangcoc, abriu o pregão desta quarta-feira em 437,83 pontos, após ter queda de 0,33 (0,07%).
- O índice seletivo KLCI, da bolsa de Kuala Lumpur, abriu o pregão desta quarta-feira em baixa de 5,08 pontos (0,58%), aos 872,84.
- O índice Straits Times, da bolsa de Cingapura, abriu o pregão desta quarta-feira em baixa de 13,48 pontos (0,79%), aos 1.692,86.
- O índice Psei, da bolsa de Manila, abriu o pregão desta quarta-feira em alta de 6,68 pontos (0,35%), aos 1.924,37.


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MERCADO FINANCEIRO


São Paulo/SP – Da redação
Febraban diz que expansão do crédito deve ficar em 14% no ano
Pesquisa feita pela Febraban - Federação Brasileira dos Bancos - com 33 instituições financeiras, aponta para uma redução nas expectativas de crescimento do crédito em 2009. Os bancos consultados esperam uma expansão de 14,2% na pesquisa realizada entre os dias 19/3 e 20/3, ante 16,2% do levantamento realizado em janeiro. Em 2008, o crédito no País cresceu 31,1%. Para o crédito à pessoa física, a projeção foi reduzida de 15,9% para 13,9%. Ao contabilizar apenas o financiamento de veículos, a expectativa passou de 14,6% para 12,5%. Em relação às empresas, a deterioração das expectativas é maior, com a projeção passando de 19,1% para 15,8%. "Até o final do ano havia expectativa de que a economia brasileira seria menos afetada. Agora, com atividade menor, se espera menor demanda por crédito", afirmou o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg. Para a inadimplência de todas as modalidades de crédito, a projeção subiu de 4,9% para 5,4%. Ainda assim, Sardenberg não espera, em razão da inadimplência, elevações adicionais dos spreads bancários (diferença entre as taxas pagas pelos bancos e pelo consumidor). "O movimento de alta dos últimos meses era o impacto dessa maior inadimplência esperada."
Sobre a evolução do PIB
O levantamento da Febraban mostra que os bancos estão mais pessimistas com a economia brasileira neste ano. A projeção de expansão do PIB - Produto Interno Bruto - em 2009 passou de 1,9% na pesquisa realizada em janeiro, para 0,3% nos dados colhidos em 19/3 e 20/3. Sardenberg não descarta, ainda, a possibilidade de a projeção para o PIB ser negativa em 2009. Isso dependerá, segundo ele, da capacidade de recuperação da economia norte-americana. Os bancos esperam que o PIB do setor agropecuário tenha um recuo de 0,3% e o industrial, de 1,3%, este ano. O único setor em que é esperada elevação é o de serviços, com alta de 1%. Rubens Sardenberg lembrou que o setor de serviços é normalmente o menos impactado pelos ciclos econômicos e, por isso, conseguirá manter a variação positiva, principalmente pela atividade gerada pelo setor público.
Para a produção industrial, a Febraban espera recuo de 1,7%, ante crescimento de 1,3% na pesquisa anterior. As instituições financeiras apontam ainda, para uma redução na expectativa da taxa de inflação medida pelo IPCA este ano, de 4,6% para 4,3%. Para a taxa Selic (juro básico da economia brasileira), as instituições consultadas esperam que atinja, ao final deste ano, nível de 9,25%, ante 10,75% no levantamento anterior. Para a próxima reunião do Copom, em abril, a pesquisa aponta para um corte de 1 ponto percentual, o que faria a taxa chegar a 10,25% ao ano. Um outro corte de 1 ponto percentual seria feito no encontro de junho, segundo a expectativa dos bancos, o que colocaria a taxa em 9,25%.
Para a balança comercial, os bancos consultados esperam que o superávit fique em US$ 13,8 bilhões este ano, ante US$ 13,12 bilhões da pesquisa anterior. Para o IED - Investimento Estrangeiro Direto -, a pesquisa da Febraban aponta para a entrada de US$ 21,3 bilhões ante US$ 22,1 bilhões da pesquisa feita em janeiro. Das instituições consultadas, 33,3% apostam que a economia brasileira começará a se recuperar em 2009. Já para 59,3% dos pesquisados, essa recuperação só irá ocorrer a partir de 2010. Um grupo de 7,4% espera que a retomada do crescimento só ocorra a partir de 2011. (Fonte: Febraban)


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INDÚSTRIA


São Paulo/SP
Vale conclui aquisição de ativos de exploração na África
A mineradora Vale anunciou ontem,24/3, que completou a transação para a criação de uma joint venture (associação) com a ARM - African Rainbow Minerals Limited. De acordo com nota divulgada pela Vale, cada companhia terá 50% de participação no negócio, que será destinado ao desenvolvimento e operação dos ativos da TEAL Exploration & Mining Incorporated. Conforme a Vale, a operação vai ampliar as opções estratégicas de crescimento no segmento de negócios de cobre na África. A operação envolve uma série de etapas, através das quais a Vale adquiriu participação de 50% nas subsidiárias da TEAL por 81 milhões de dólares canadenses (US$ 65,8 milhões) e a TEAL teve seu capital fechado pela ARM ao preço de 3 dólares canadenses (US$ 2,4416) à vista por ação da TEAL. Como resultado desta transação, os ativos da TEAL pertencerão direta ou indiretamente, à nova joint venture controlada pela Vale e ARM. Segundo o comunicado da Vale, as negociações das ações da TEAL na Bolsa de Johanesburgo (JSE) foram suspensas na abertura dos negócios de ontem e suas ações ordinárias serão retiradas da lista da JSE em 3/4/2009. A solicitação para a deslistagem das ações ordinárias da TEAL foi arquivada na Bolsa de Toronto e deverá ser efetuada brevemente. Um requerimento para permitir que a TEAL deixe de ser uma empresa com obrigações de divulgação de informações no Canadá, será arquivado em breve. "Esperamos que a nova joint venture adicione valor significativo aos nossos acionistas no médio e longo prazos, uma vez que a mesma amplia nossa plataforma de crescimento global no mercado de cobre e contribui para a diversificação do nosso portfólio de ativos, permitindo simultaneamente, a diversificação geográfica em uma região com o maior potencial de exploração mineral do mundo, o copperbelt (cinturão do cobre) africano", informou a Vale, no comunicado. (Agência Estado)


São Paulo/SP
Perdigão retoma operações em Rio Verde após incêndio
A Perdigão retomou ontem, dia 24/3, a atividade de abate no complexo agroindustrial de Rio Verde, em Goiás, atingido no último sábado por um incêndio de grandes proporções. De acordo com nota encaminhada pela empresa, foi totalmente restabelecido o abate de suínos, o equivalente a 5,6 mil cabeças por dia, enquanto o abate de aves retornou parcialmente. Hoje, cerca de 300 mil aves, aproximadamente dois terços da capacidade total da unidade, foram abatidas em duas linhas de operação. A produção de frangos em Rio Verde é principalmente direcionada para o mercado externo. A companhia ainda informa, por meio da nota, que está agilizando a transferência dos produtos acabados para portos, clientes e armazéns de terceiros, para suprir a perda de capacidade de estocagem do centro de distribuição, a área do complexo mais atingida pelo incêndio. Segundo a empresa, cerca de 400 prestadores de serviços, das áreas de engenharia mecânica, civil e elétrica, estão mobilizados na desmontagem das áreas afetadas e no processo de revisão e recuperação dos sistemas atingidos. Na segunda-feira, durante entrevista coletiva à imprensa, o presidente da Perdigão, José Antonio Fay, disse que "boa parte" da produção de processados na unidade deve ser retomada até o final do mês. O complexo agroindustrial de Rio Verde é responsável por aproximadamente 12% da produção total da Perdigão. (Agência Estado)

São Paulo/SP – Da redação
ABINEE participa da posse do presidente do CEITEC, em Porto Alegre
O vice-presidente da ABINEE, Luiz Francisco Gerbase, representando o presidente Humberto Barbato, participa na próxima sexta-feira, 27/3, às 9h, em Porto Alegre, da cerimônia de posse do presidente da empresa pública CEITEC - Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada -, Eduard Rudolf Weichselbaumer. Estarão presentes à cerimônia a Ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, e o Ministro Sérgio Rezende, da Ciência e Tecnologia. Na oportunidade, as autoridades participarão da inauguração das instalações do CEITEC.

São Paulo/SP - Da redação
BNDES libera FINAME para empresas que utilizam serviços de manufatura
O BNDES alterou a regra que limitava o cadastramento no FINAME, de máquinas e equipamentos por parte de empresas de informática, conceituadas na Lei de Informática, que terceirizam as suas atividades de fabricação. A medida foi tomada a pedido da ABINEE que vinha desenvolvendo gestões junto ao BNDES, pleiteando a possibilidade de cadastramento no programa por parte das empresas detentoras de marcas e tecnologias, que utilizam serviços de empresas especializadas em manufatura (EMS), prática muito utilizada na organização industrial do setor. A alteração já está publicada no site do BNDES e se encontra no artigo 5º do novo Programa de Credenciamento da instituição.


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AGRONEGÓCIOS


Ribeirão Preto/SP
Frigorífico Independência fecha unidades e demite 2 mil funcionários
O Frigorífico Independência informou ontem, que as unidades em Senador Canedo/GO e em Anastácio/MS, foram fechadas na terça-feira, dia 24/3, o que irá provocar a demissão de 2 mil empregados, sendo 1,1 mil na unidade goiana e 900 na sul-mato-grossense. Com o fechamento das plantas, os abates das 2,4 mil cabeças de gado, suspensos desde o pedido de recuperação judicial, no início deste mês, também serão encerrados. "O fechamento das unidades é uma decisão muito difícil de ser tomada. A companhia conhece suas responsabilidades e reconhece que esta atitude irá impactar seus colaboradores e a sociedade em que ela se encontra, mas a difícil decisão teve de ser tomada a fim de parar a significante saída de dinheiro que estas operações estavam causando por causa da situação atual do mercado", informou o executivo-chefe do frigorífico, Roberto Graziano Russo, por meio de comunicado ao mercado. "Os fechamentos são imperativos para tentar preservar a saúde financeira da companhia e garantir a continuidade de suas operações", completou. No comunicado, o Independência justifica que o fechamento das unidades é parte do programa de ajuste das operações da companhia à realidade do mercado atual, "que foram severamente impactadas pela menor demanda internacional, pelo excesso de oferta de carne, tanto no mercado doméstico como nas exportações, e pela queda nos preços de venda da carne". Com o fechamento das duas unidades, o Independência passa a ter capacidade de abate de 6 mil cabeças de boi por dia, ante 8,4 mil anteriormente. A companhia, com sede em Cajamar/SP, passa a ter dez plantas no Brasil e no Paraguai. No comunicado divulgado ontem, o executivo do frigorífico sinalizou ainda, que a companhia pode seguir com o fechamento de suas outras dez unidades, mas admitiu também, reabrir alguma planta industrial. "Nós continuaremos a avaliar cada uma de nossas unidades produtivas dentro das condições adversas do mercado atual e tomaremos as decisões necessárias, quando tiverem de ser tomadas. Isso pode incluir, também, a reabertura de qualquer unidade, caso as condições de mercado se estabilizem e voltem a níveis normais, permitindo que a companhia opere com lucro", informou Russo, em comunicado. "O Independência se mantém fortemente compromissado em continuar suas atividades e manter suas relações comerciais com seus clientes e fornecedores, à medida que procura adequar suas operações ao ambiente econômico atual", diz a nota. "Além disso, reafirma seu comprometimento com a transparência em fornecer informações e se empenhará em manter o mercado informado sobre qualquer novo desenvolvimento em sua situação atual", conclui o comunicado. (Agência Estado)


São Paulo/SP – Da redação
Boi gordo: movimento de baixa chegando ao fim
As chuvas também estão provocando certa dificuldade no transporte de animais de outros Estados, o que reduz a oferta e ajuda na manutenção das cotações. As informações são da Scot Consultoria. Mesmo assim, a participação do gado de praças vizinhas nas escalas de abate paulistas, continua elevada. A arroba em São Paulo está cotada em R$77,50, a prazo, para descontar o Funrural, podendo chegar a R$78, nas mesmas condições. As escalas praticamente não evoluíram nos últimos dias. Na média das 28 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, os preços do boi gordo caíram 9% desde o início de 2009. Mas o movimento de baixa parece estar próximo de encontrar um piso. As cotações estão estáveis na maior parte do País. (Fonte: Scot Consultoria)


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SETOR AUTOMOTIVO

São Paulo/SP
Volkswagen atinge 2 milhões de carros flex no Brasil

A Volkswagen do Brasil informou que alcançou ontem, dia 24/3, a marca de 2 milhões de veículos flex fuel (bicombustíveis) produzidos no País, desde que a tecnologia foi lançada, há seis anos. O número corresponde a mais de 27% dos modelos vendidos no País, capazes de rodar com gasolina, álcool ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção. O primeiro modelo flex da montadora - equipado com motor 1.6 e abastecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante as comemorações dos 50 anos da Volkswagen no Brasil em 2003 - foi o Gol. Meses depois, em outubro do mesmo ano, a marca também foi responsável pelo lançamento do primeiro carro com motor 1.0 bicombustível, o Fox Total Flex. Ontem, seis anos após o lançamento, toda a linha nacional da Volks é equipada com motores bicombustíveis. (Agência Estado)


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COMÉRCIO EXTERIOR


São Paulo/SP – Da redação
Carne: exportadores australianos registram aquecimento da demanda
De acordo com o MLA - Meat and Livestock Austrália -, a demanda internacional por carne bovina está em alta, já que os estoques dos grandes importadores estão baixos. Na Austrália, esse fato já foi suficiente para fazer com que os preços pecuários voltassem a reagir. No Brasil, ao longo dos últimos 2 ou 3 dias, a pressão de baixa sobre o mercado do boi gordo praticamente cessou. O MLA aponta que, além da redução dos estoques de carne, o enfraquecimento do dólar australiano, os efeitos sazonais de demanda no Japão e na Coréia do Sul e a retomada das compras da Rússia, que busca principalmente carne sul-americana, também estimulam o aumento dos embarques de carne bovina. Outro aspecto interessante do mercado australiano é que a recuperação dos preços pecuários está fazendo com que os confinamentos voltem a ser viáveis. Efeito semelhante começa a ser observado aqui no Brasil, já que o mercado futuro passou a trabalhar em alta. (Fonte: Scot Consultoria)

Cidade do México/México
Exportação de café da AL caiu 4,5% em fevereiro
As exportações de café do grupo de países produtores da América Latina caíram 4,5% para 2.633.949 sacas de 60 quilos em fevereiro, segundo a Anacafe- Associação Nacional de Café da Guatemala. Em fevereiro do ano passado, o grupo formado por Colômbia, México, Peru, República Dominicana, Guatemala, Costa Rica, Honduras, El Salvador e Nicarágua, exportou 2.758.209 sacas. Desde o início da safra 2008/09, em outubro passado até 28/2, as exportações recuaram 5,8% para 10.500.956 sacas, contra 11.147.076 sacas no mesmo período da temporada anterior. As exportações dos nove países, que produzem quase exclusivamente café arábica lavado, totalizaram 29.278.062 sacas em 2007/08, alta de 3,7% sobre 28.239.387 sacas em 2006/07. (Agência Dow Jones)


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VAREJO & COMÉRCIO


Bentonville/EUA
Walmart paga US$ 2 bilhões em bônus para funcionários
O Walmart, maior varejista mundial, pagará cerca de US$ 2 bilhões neste ano a cerca de um milhão de funcionários a título de bônus, participação nos resultados e planos de ações, devido à alta de suas vendas, mesmo em um momento de recessão no mercado americano. Em média, cada trabalhador receberá quase US$ 2.000, 67% mais do que a empresa distribuiu no ano passado. Para o mercado financeiro, esse aumento mostra que o Walmart quer melhorar seu relacionamento com os trabalhadores e evitar a atuação dos sindicatos na empresa. (Agência Efe)

São Paulo/SP – Da redação
Cacau Show espera alta de 70% nas vendas de Páscoa
A rede de docerias Cacau Show espera aumentar suas vendas em 70% nesta Páscoa, em relação à mesma data do ano passado, chegando a R$ 110 milhões em vendas. O período chega a representar 40% das vendas anuais da varejista. A rede, que encerrou o ano com 600 lojas em todo o Brasil, se prepara para vender 1.200 toneladas de ovos de chocolate. Serão mais de 4 milhões de ovos para atender os consumidores. A Cacau Show preparou uma forte campanha de marketing para o período. A empresa investiu R$ 3 milhões em filme, spots de rádio, anúncios e merchandising para aproximar a marca do consumidor.

São Paulo/SP – Da redação
Imaginarium pretende crescer 10% no ano
Há 18 anos no mercado, a rede de acessórios, itens de decoração e presentes Imaginarium, atualmente com 70 franquias e mais de 350 pontos multimarcas no País, pretende abrir neste ano, 12 novas lojas em dez cidades: Brasília/DF, Campinas/SP, Curitiba/PR, Joinville/SC, Natal/RN, Ribeirão Preto/SP, Rio de Janeiro, Salvador/BA, Sorocaba/SP e São Paulo. Com o projeto Imaginarium na Medida – corners exclusivos da Imaginarium em lojas multimarcas espalhadas pelo Brasil – a marca pretende fechar 2009 com mais 50 pontos de vendas em todo o País. Os corners representam hoje 20% do faturamento da Imaginarium e leva a marca a mercados antes não explorados.


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MERCADO DE TI


São Paulo/SP – Da redação
Avaya e Itautec anunciam parceira de negócios
A Avaya Brasil e a Itautec anunciaram ontem à tarde, dia 24/3, uma parceria de negócios entre as duas companhias. Pelo acordo, as duas empresas passam a trabalhar juntas na oferta de soluções de comunicações unificadas, telefonia IP e contact center para empresas de todos os portes. A parceria vai ampliar a oferta de soluções da Itautec, em soluções de comunicações unificadas e contact center, e aumentar o volume de negócios da empresa com grandes corporações, com foco no segmento financeiro, governo e indústria. “Nossa expectativa é expandir até o final do ano o volume de faturamento de produtos de terceiros, revendidos pela Itautec, agregando o portfólio de soluções Avaya”, afirma Ranieli de Albuquerque Pereira, gerente de distribuição e canais da Itautec, lembrando que a Itautec vai atuar como parceiro de grandes projetos da Avaya. Para a Avaya, a Itautec permitirá fortalecer a área de atuação da empresa no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Brasília, Espírito Santo, Curitiba e Rio Grande do Sul, principalmente.

Tóquio/Japão
Dell insinua que pode lançar smartphone
Michael Dell ofereceu a maior dica, até agora, que a companhia que leva seu nome está desenvolvendo um aparelho para web móvel ou smartphone, durante um discurso feito em Tóquio, ontem, dia 24/3. "É verdade que estamos explorando aparelhos com telas menores", afirmou. "Não temos nenhum anúncio hoje, mas fiquem espertos para quando tivermos algumas novidades para compartilhar com vocês". Dell afirmou estar assistindo o desenvolvimento de ecossistemas formados ao redor de aparelhos para web móvel. A revelação de Dell acontece um dia depois de analistas alegarem que o smartphone não havia impressionado operadoras. A Apple vem vendendo aplicações para usuários do iPhone e, nos últimos meses, o Google entrou no mercado com um espaço online para vendas de programas que rodam no sistema Android. Em fevereiro, a Nokia se juntou às duas empresas e afirmou que também, lançaria uma loja de aplicativos. "Já temos acordos com muitas operadoras sobre netbooks, então não seria sem razão esperar que tenhamos aparelhos para web móvel ainda menores ou smartphones, no futuro", adiantou. O executivo não revelou mais detalhes sobre a possível reentrada da Dell no mercado e se negou a comentar a notícia publicada no Commercial Times, de Taiwan, alegando que a Hon Hai Precision Industry recebeu ordens da empresa para produzir um smartphone. Nesta semana, analistas também aventaram a possibilidade da aquisição da Palm pela Dell, como uma maneira rápida da fabricante de desktops entrar no mercado. (Agência Reuters)

Porto Alegre/RS - Da redação
Vale a pena as empresas investirem num blog?
No dia 27/3, o Seprorgs - Sindicato das Empresas de Informática - realiza a primeira edição 2009 do Mesas Redondas. O tradicional almoço de negócios, realizado no Ritter Hoteis, terá como tema “Redes Sociais: Ferramentas online e a reputação da sua empresa na internet”. A proposta, segundo a publicitária, Doutora e Mestre em Comunicação Social, Sandra Portella Montardo, é alertar as empresas para o fato de que a comunicação mudou. “As pessoas passam muito tempo conectadas. No Brasil, as redes sociais são ainda mais populares e qualquer indivíduo, sem muito recurso ou conhecimento, emite opiniões sobre uma determinada marca de produto, entra num site de relacionamento, cria uma comunidade”, destaca Sandra. Fatores, que na avaliação da publicitária, precisam ser levados em conta na comunicação corporativa. “As empresas vão ter que aprender a se relacionar com estas linguagens. Não apenas monitorar o processo, mas reverter opiniões negativas a seu favor”. A palestra será apresentada por Sandra Portella Montardo e pela professora da Graduação e Pós-Graduação em Comunicação Social e Gestão da Produção da Feevale, Helaine Abreu Rosa. Informações pelo tel. +55 51 3311.5533 ou pelo e-mail comunicacao@seprorgs.org.br . (Fonte: Martha Becker Assessoria de Comunicação)

Porto Alegre/RS - Da redação
Encontro para debater a Tecnologia da Informação no Cenário de Crise Mundial
A Assespro-RS - Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, regional do Rio Grande do Sul - está com inscrições abertas para o evento Cenário de TI Mundial, que será realizado na segunda-feira, 6/4, a partir das 18h30min, no auditório da entidade, na Avenida Ipiranga, 6681, prédio 96D, sala 208, do Tecnopuc. A iniciativa da Assespro conta com o apoio do Comitê Setorial da Qualidade RS - Informática, Softsul e Seprorgs, e tem o objetivo de debater informações da percepção do mercado nacional e mundial, frente à demanda de TI - Tecnologia da Informação -, no atual cenário da crise econômica. Na pauta, temas referentes aos mercados do Brasil, da América Latina, dos EUA, da Europa e da Índia. Serão painelistas: o empresário Cesar Leite, do Grupo Processor, Eduardo Merlin, da Fecomércio, Marcio Luiz Miorelli, da Advanced IT e Assespro; Mário Bastos, da Unacorp e DB Server; e Wesley Lacerda e Silva, do Grupo Meta. Informações e inscrição pelo tel. +55 51 3433.5180 ou pelo e-mail eventos@assespro-rs.org.br (Fonte: Assecom)


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MERCADO WEB


São Paulo/SP – Da redação
Banda larga residencial cresceu 24% em um ano
O acesso residencial à internet por meio de banda larga cresceu 24% nos últimos 12 meses, revelou ontem, 24/3, a pesquisa Ibope Nielsen Online, que mede o comportamento dos usuários de internet no mundo. O analista de mídia José Calazans, avalia que o serviço de internet rápida alcançou novas regiões do País, o que pode explicar o aumento. Segundo o estudo, dos 24,8 milhões de brasileiros que acessaram a internet de suas casas em fevereiro, 87% navegaram por meio de banda larga.
Com o início do ano letivo, a categoria de sites que registrou aumento mais expressivo do público em fevereiro, foi "Educação e Carreiras", com alta de 5,9% na comparação com o mês anterior. Calazans explica que no início do ano muitos estudantes buscam resultados dos vestibulares e informação sobre matrícula em sites das instituições. Outros segmentos que apresentaram alta do público foram "Portais, Buscadores e Comunidades", com 1,7% e "Telecomunicações e Serviços de Internet", com 1,4%. O brasileiro acessou a internet de sua residência por em média 22 horas e 10 minutos em fevereiro, o que representa uma queda de 10% do tempo de navegação, em relação a janeiro. "Por ser um mês mais curto, fevereiro registrou diminuição da navegação em todos os países. Na Europa, a queda foi menor por causa do crescente interesse por redes sociais neste momento", explicou o analista. Na comparação com outros países, o Brasil perdeu a liderança no ranking de maior tempo de navegação residencial para o Reino Unido, que registrou em fevereiro a média por internauta de 23 horas e 29 minutos. Em seguida ficaram: França, com 22 horas e 50 minutos, e Alemanha, com 22 horas e 22 minutos.


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MERCADO DE TELECOM & ENERGIA


Rio de Janeiro/RJ – Da redação
CVM mantém decisão que obriga controladora da TIM fazer oferta de aquisição
A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários da CVM - Comissão de Valores Mobiliários - manteve a obrigatoriedade da Telco, controladora da Telecom Itália, realizar uma oferta pública de aquisição (OPA) para os acionistas minoritários da TIM Brasil, já que a Telco é "adquirente do poder de controle indireto da TIM Participações S.A.", conforme consta em comunicado à imprensa divulgado pela CVM. Cabe ao Colegiado da CVM tomar a decisão final a respeito do assunto, mas não há prazo final para isso. O colegiado é composto pela presidente e quatro diretores. Procurada, a assessoria de imprensa da TIM informou que cabe aos acionistas da Telco comentar o assunto.
Entenda o caso - Em abril de 2007, a Telco adquiriu 100% do capital da Olímpia S.p.a., que detinha cerca de 18% do controle acionário da Telecom Itália. A Telco é uma sociedade composta por Telefonica S.A, Assicurazioni Generali S.p.a, Sintonia S.A., Intesa SanPaolo S.p.a e Mediobanca S.p.a e a Olímpia era formada por Pirelli e C. S.p.a. Naquele ano, a CVM abriu um processo para avaliar a mudança na composição acionária nos controladores da Telecom Itália e, indiretamente, na TIM Participações, subsidiária da empresa italiana no Brasil. No dia 22/1, a TIM Participações recebeu um ofício da CVM, determinando a realização de uma OPA para os acionistas minoritários da companhia. A legislação brasileira garante a acionistas minoritários o direito de receber 80% do valor por ação pago pelos acionistas majoritários, em casos de transferência de controle acionário.

Rio de Janeiro/RJ – Da redação
Usina termelétrica do Sul pode ser cancelada
A usina termelétrica de Seival, no Rio Grande do Sul, poderá não sair do papel. O projeto da unidade foi estruturado para que a energia gerada seja enviada totalmente, ao Uruguai. Segundo a Suez, controladora da Tractebel, que desenhou o projeto, há um problema regulatório entre o dois países que levou a retirada de financiamentos. Como os equipamentos são importados, fica impedido ainda crédito do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Para que o Brasil possa construir uma unidade exclusivamente para exportação de energia elétrica, será necessário modificar a legislação atual. Assim como o Uruguai, também precisaria modificar suas leis para importar a energia. "O projeto está dependendo da regulamentação do acordo entre o Brasil e o Uruguai, para exportação de energia e para importação, que necessita de regras de operação, despacho, situações de racionamento no Brasil, que precisam ser regulamentados", disse o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Suez, Gil Maranhão. O projeto está muito bem encaminhado do ponto de vista de licenciamento e de fornecimento de carvão, segundo o diretor. O projeto técnico está bem encaminhado também. No entanto, a companhia enfrenta problemas no financiamento da usina.
O investimento total será de US$ 850 milhões, para uma capacidade de geração de 340 megawatts. O formato da operação financeira foi desenhado para que 60% ou 70% sejam financiados e o restante seja de caixa próprio. A Tractebel chegou a realizar uma concorrência internacional para o financiamento do projeto, de que diversos grandes bancos estrangeiros participaram, inclusive o BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento -, mas as propostas foram retiradas. "O projeto hoje, eu diria que está esperando a onda passar", disse Maranhão, em referência à crise financeira internacional. "O projeto parou. Teve que parar por causa dessa regulamentação entre os dois países. Depois veio a crise. Atrasou tudo. Alguns bancos não mantiveram as suas propostas de financiamento. Nós temos que revisar essa proposta de financiamento", disse.
Atualmente, a Tractebel tem receio que, quando conseguir equacionar o problema do financiamento e da regulamentação, o Uruguai já tenha conseguido solucionar seu problema de geração de energia elétrica por outras fontes. O projeto de Seival foi todo voltado para o envio da energia ao país vizinho. Caso isso aconteça, a transferência para o mercado interno poderá até ser cogitada, dependendo do preço da energia no país, considerada barata demais para o porte do projeto. Caso contrário, poderá ser cancelado. "Todo projeto é cancelável, Não houve um investimento de vulto até o momento", disse o diretor da Suez, após participar de seminário organizado pelo Gesel - Grupo de Estudos do Setor Elétrico - da UFRJ. E, se o projeto for levado adiante, precisará ser "refeito quase na sua totalidade".
A mudança de cenário do mercado nacional poderá inclusive levar a um aumento do número de projetos a carvão, segundo Maranhão. "Já vi gente dizendo que, por todas as mudanças nos preços, nos financiamentos e nos mercados, projetos termelétricos a carvão nacional voltarão para a luz do dia, pela viabilidade econômica", disse o diretor da Suez. No entanto, ele disse que o objetivo da companhia é investir no que seria a vocação do País: geração hídrica. A Suez estuda a possibilidade de entrar na concorrência da usina de Belo Monte, no rio Xingu. Em relação à usina de Jirau, no Rio Madeira, o diretor disse que as obras estão no andamento correto e que o início das operações está marcado para março de 2012. A primeira ensecadeira já foi concluída, o que possibilita que as obras de construção efetiva da usina sejam iniciadas, assim que a licença ambiental definitiva sair. A previsão é que seja liberada "a qualquer momento".


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MERCADO DE LUXO


Nova Iorque/EUA
O polêmico plano estratégico da Tiffany
Para uma marca do segmento do luxo, a Tiffany & Co. está colocando em prática uma estratégia ousada que prevê a inauguração de lojas menores e a venda de joias femininas a preços mais acessíveis. A loja que caracteriza a nova estratégia da empresa, com cerca de 200 m², foi inaugurada com a presença de investidores durante um café da manhã em Wall Street. A companhia planeja abrir 70 lojas dentro do novo conceito, com joias femininas, sendo a maioria em prata, custando entre US$ 100 e US$ 15 mil.
Os executivos da empresa afirmam que a nova estratégia dará maior visibilidade aos produtos que se perdem nas grandes lojas da Tiffany. Eles alegam também, que as lojas menores tendem a ser mais rentáveis, com uma margem maior e menores estoques. A estratégia ampliará a base de consumidores e a marca ganhará versatilidade, com uma linha mais extensa de produtos para diferentes humores e ocasiões. “É simplesmente um novo jeito de ver a Tiffany”, disse Michael J Kowalski, presidente e chefe executivo da empresa.
No entanto, essa é uma decisão arriscada e que segue na contramão das estratégias adotadas pelas joalherias de luxo. Chopard, Boucheron, Graff e Cartier fazem questão de fincar suas estacas no degrau do luxo absoluto, vendendo joias cada vez mais exclusivas e caras, para um segmento de mercado que ainda não perdeu a classe diante do nervosismo da economia mundial.
Para minimizar os efeitos negativos da expansão e preservar o seu posicionamento, a Tiffany tem a opção de sustentar o valor da marca utilizando suas joias de alto nível e seus famosos aneis de noivado, que vendem cerca de 20% a mais a cada ano. Esses produtos continuarão sendo vendidos somente nas lojas conceito, maiores e mais requintadas. No entanto, ainda que a comunicação da marca seja concentrada nos produtos top, é praticamente impossível que a percepção do consumidor não se modifique diante do número crescente de lojas menores, vendendo produtos mais acessíveis.
Portanto, não se trata de um simples plano de expansão, mas de uma mudança de conceito que causará impacto sobre o posicionamento da marca. Mesmo que a Tiffany continue produzindo peças de alta joalheria sob encomenda, a marca tenderá a ser reconhecida pelos produtos de preços medianos que deverão circular com maior frequência. Se, por um lado, a marca ganha em volume, por outro ela perde prestígio e presença ao lado de marcas da alta joalheria no segmento do luxo. Quais serão as consequências dessa estratégia na receita da empresa nos próximos anos? Façam suas apostas.



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